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Normas Aplicáveis à

Segurança de
Barragens

Solange Costa
Março de 2023
Bem-vindo à nova era da educação.

Índice

1) Evolução Normativa da Segurança de Barragens no Brasil

2) Acidentes com barragens

3) Política Nacional de Segurança de Barragens

4) Política Estadual de Segurança de Barragens em Minas


Gerais

5) Resolução ANM n. 95/2022


Bem-vindo à nova era da educação.

1. Evolução Normativa da Segurança de Barragens no


Brasil

É possível perceber que a evolução das normas aplicáveis à


segurança de barragens, infelizmente, costuma vir na
sequência de acidentes com essas estruturas. E isso é, de
fato, salutar, na medida em que os agentes reguladores
sentem a necessidade de responder à sociedade sempre
que ocorrem situações dessa natureza.

A evolução, nessa linha, vem acompanhada de normas mais


restritivas e, em certos casos e para determinadas
situações, com conteúdo por vezes proibitivos para a
continuidade da atividade de mineração. Importante frisar,
nesse contexto, que o presente curso versará tão somente a
segurança das barragens voltadas à atividade de mineração.

No quadro abaixo será possível observar a ocorrência dos


acidentes vis a vis o surgimento de novas normas aplicáveis
ao setor mineral, seja em nível nacional, seja nos próprios
estados onde ocorreram tais acidentes. Não obstante, há
normas ou projetos de normas que surgem na sequência
aos fatos relacionados aos acidentes com barragens, porém
em estados distintos da ocorrência destes.
Bem-vindo à nova era da educação.

2. Acidentes com barragens x Normas de Segurança


Bem-vindo à nova era da educação.

3. Política Nacional de Segurança de Barragens

LEI Nº 12.334, DE 20 DE SETEMBRO DE 2010.

Estabelece a Política Nacional de Segurança de


Barragens destinadas à acumulação de água para
quaisquer usos, à disposição final ou temporária de
Regulamento rejeitos e à acumulação de resíduos industriais, cria o
Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de
Barragens e altera a redação do art. 35 da Lei
no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e do art. 4o da Lei
no 9.984, de 17 de julho de 2000.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Esta Lei estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e cria o Sistema
Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB).

Parágrafo único. Esta Lei aplica-se a barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à
disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais que apresentem pelo menos uma
das seguintes características:

I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a 15m (quinze
metros);

I - altura do maciço, medida do encontro do pé do talude de jusante com o nível do solo até a crista de
coroamento do barramento, maior ou igual a 15 (quinze) metros; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000m³ (três milhões de metros cúbicos);

III - reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas aplicáveis;

IV - categoria de dano potencial associado, médio ou alto, em termos econômicos, sociais, ambientais ou
de perda de vidas humanas, conforme definido no art. 6o.

IV - categoria de dano potencial associado médio ou alto, em termos econômicos, sociais, ambientais ou de
perda de vidas humanas, conforme definido no art. 7º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

V - categoria de risco alto, a critério do órgão fiscalizador, conforme definido no art. 7º desta Lei. (Incluído
pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 2o Para os efeitos desta Lei, são estabelecidas as seguintes definições:


Bem-vindo à nova era da educação.

I - barragem: qualquer estrutura em um curso permanente ou temporário de água para fins de contenção ou
acumulação de substâncias líquidas ou de misturas de líquidos e sólidos, compreendendo o barramento e as
estruturas associadas;

I - barragem: qualquer estrutura construída dentro ou fora de um curso permanente ou temporário de água,
em talvegue ou em cava exaurida com dique, para fins de contenção ou acumulação de substâncias líquidas ou
de misturas de líquidos e sólidos, compreendendo o barramento e as estruturas associadas; (Redação dada
pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - reservatório: acumulação não natural de água, de substâncias líquidas ou de mistura de líquidos e


sólidos;

III - segurança de barragem: condição que vise a manter a sua integridade estrutural e operacional e a
preservação da vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente;

IV - empreendedor: agente privado ou governamental com direito real sobre as terras onde se localizam a
barragem e o reservatório ou que explore a barragem para benefício próprio ou da coletividade;

IV - empreendedor: pessoa física ou jurídica que detenha outorga, licença, registro, concessão, autorização
ou outro ato que lhe confira direito de operação da barragem e do respectivo reservatório, ou, subsidiariamente,
aquele com direito real sobre as terras onde a barragem se localize, se não houver quem os explore
oficialmente; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

V - órgão fiscalizador: autoridade do poder público responsável pelas ações de fiscalização da segurança
da barragem de sua competência;

VI - gestão de risco: ações de caráter normativo, bem como aplicação de medidas para prevenção, controle
e mitigação de riscos;

VII - dano potencial associado à barragem: dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento,
infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem.

VII - dano potencial associado à barragem: dano que pode ocorrer devido a rompimento, vazamento,
infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem, independentemente da sua probabilidade de
ocorrência, a ser graduado de acordo com as perdas de vidas humanas e os impactos sociais, econômicos e
ambientais; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

VIII - categoria de risco: classificação da barragem de acordo com os aspectos que possam influenciar na
possibilidade de ocorrência de acidente ou desastre; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

IX - zona de autossalvamento (ZAS): trecho do vale a jusante da barragem em que não haja tempo
suficiente para intervenção da autoridade competente em situação de emergência, conforme mapa de
inundação; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

X - zona de segurança secundária (ZSS): trecho constante do mapa de inundação não definido como
ZAS; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XI - mapa de inundação: produto do estudo de inundação que compreende a delimitação geográfica


georreferenciada das áreas potencialmente afetadas por eventual vazamento ou ruptura da barragem e seus
possíveis cenários associados e que objetiva facilitar a notificação eficiente e a evacuação de áreas afetadas por
essa situação; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XII - acidente: comprometimento da integridade estrutural com liberação incontrolável do conteúdo do


reservatório, ocasionado pelo colapso parcial ou total da barragem ou de estrutura anexa; (Incluído pela Lei nº
14.066, de 2020)
Bem-vindo à nova era da educação.

XIII - incidente: ocorrência que afeta o comportamento da barragem ou de estrutura anexa que, se não
controlada, pode causar um acidente; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XIV - desastre: resultado de evento adverso, de origem natural ou induzido pela ação humana, sobre
ecossistemas e populações vulneráveis, que causa significativos danos humanos, materiais ou ambientais e
prejuízos econômicos e sociais; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XV - barragem descaracterizada: aquela que não opera como estrutura de contenção de sedimentos ou
rejeitos, não possuindo características de barragem, e que se destina a outra finalidade. (Incluído pela Lei nº
14.066, de 2020)

Art. 2º-A. Fica proibida a construção ou o alteamento de barragem de mineração pelo método a
montante. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 1º Entende-se por alteamento a montante a metodologia construtiva de barragem em que os diques de


contenção se apoiam sobre o próprio rejeito ou sedimento previamente lançado e depositado. (Incluído pela Lei
nº 14.066, de 2020)

§ 2º O empreendedor deve concluir a descaracterização da barragem construída ou alteada pelo método a


montante até 25 de fevereiro de 2022, considerada a solução técnica exigida pela entidade que regula e fiscaliza a
atividade minerária e pela autoridade licenciadora do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). (Incluído
pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 3º A entidade que regula e fiscaliza a atividade minerária pode prorrogar o prazo previsto no § 2º deste
artigo em razão da inviabilidade técnica para a execução da descaracterização da barragem no período previsto,
desde que a decisão, para cada estrutura, seja referendada pela autoridade licenciadora do Sisnama. (Incluído
pela Lei nº 14.066, de 2020)

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 3o São objetivos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB):

I - garantir a observância de padrões de segurança de barragens de maneira a reduzir a possibilidade de


acidente e suas consequências;

I - garantir a observância de padrões de segurança de barragens de maneira a fomentar a prevenção e a


reduzir a possibilidade de acidente ou desastre e suas consequências; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de
2020)

II - regulamentar as ações de segurança a serem adotadas nas fases de planejamento, projeto, construção,
primeiro enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação e de usos futuros de barragens em todo o
território nacional;

II - regulamentar as ações de segurança a serem adotadas nas fases de planejamento, projeto, construção,
primeiro enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação, descaracterização e usos futuros de
barragens; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - promover o monitoramento e o acompanhamento das ações de segurança empregadas pelos


responsáveis por barragens;

IV - criar condições para que se amplie o universo de controle de barragens pelo poder público, com base
na fiscalização, orientação e correção das ações de segurança;
Bem-vindo à nova era da educação.

V - coligir informações que subsidiem o gerenciamento da segurança de barragens pelos governos;

VI - estabelecer conformidades de natureza técnica que permitam a avaliação da adequação aos


parâmetros estabelecidos pelo poder público;

VII - fomentar a cultura de segurança de barragens e gestão de riscos.

VIII - definir procedimentos emergenciais e fomentar a atuação conjunta de empreendedores, fiscalizadores


e órgãos de proteção e defesa civil em caso de incidente, acidente ou desastre. (Incluído pela Lei nº 14.066, de
2020)

CAPÍTULO III

DOS FUNDAMENTOS E DA FISCALIZAÇÃO

Art. 4o São fundamentos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB):

I - a segurança de uma barragem deve ser considerada nas suas fases de planejamento, projeto,
construção, primeiro enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação e de usos futuros;

I - a segurança da barragem, consideradas as fases de planejamento, projeto, construção, primeiro


enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação, descaracterização e usos futuros; (Redação dada
pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - a população deve ser informada e estimulada a participar, direta ou indiretamente, das ações
preventivas e emergenciais;

II - a informação e o estímulo à participação direta ou indireta da população nas ações preventivas e


emergenciais, incluídos a elaboração e a implantação do Plano de Ação de Emergência (PAE) e o acesso ao seu
conteúdo, ressalvadas as informações de caráter pessoal; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - o empreendedor é o responsável legal pela segurança da barragem, cabendo-lhe o desenvolvimento de


ações para garanti-la;

III - a responsabilidade legal do empreendedor pela segurança da barragem, pelos danos decorrentes de
seu rompimento, vazamento ou mau funcionamento e, independentemente da existência de culpa, pela reparação
desses danos; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

IV - a promoção de mecanismos de participação e controle social;

IV - a transparência de informações, a participação e o controle social; (Redação dada pela Lei nº 14.066,
de 2020)

V - a segurança de uma barragem influi diretamente na sua sustentabilidade e no alcance de seus


potenciais efeitos sociais e ambientais.

V - a segurança da barragem como instrumento de alcance da sustentabilidade socioambiental. (Redação


dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 5o A fiscalização da segurança de barragens caberá, sem prejuízo das ações fiscalizatórias dos órgãos
ambientais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama):
Bem-vindo à nova era da educação.

I - à entidade que outorgou o direito de uso dos recursos hídricos, observado o domínio do corpo hídrico,
quando o objeto for de acumulação de água, exceto para fins de aproveitamento hidrelétrico;

I - à entidade que outorga o direito de uso dos recursos hídricos, observado o domínio do corpo hídrico,
quando o objeto for de acumulação de água, exceto para fins de aproveitamento hidrelétrico; (Redação dada
pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - à entidade que concedeu ou autorizou o uso do potencial hidráulico, quando se tratar de uso
preponderante para fins de geração hidrelétrica;

II - à entidade que concede, autoriza ou registra o uso do potencial hidráulico, quando se tratar de uso
preponderante para fins de geração hidrelétrica; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - à entidade outorgante de direitos minerários para fins de disposição final ou temporária de rejeitos;

III - à entidade que regula e fiscaliza as atividades minerárias, para fins de disposição de rejeitos, observado
o disposto no inciso V do caput deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

IV - à entidade que forneceu a licença ambiental de instalação e operação para fins de disposição de
resíduos industriais.

IV - à entidade que concede a licença ambiental, para fins de disposição de resíduos industriais; (Redação
dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

V - à entidade que regula, licencia e fiscaliza a produção e o uso da energia nuclear, quando se tratar de
disposição de rejeitos de minérios nucleares. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 1º Os órgãos fiscalizadores referidos no caput deste artigo devem dar ciência ao órgão de proteção e
defesa civil das ações de fiscalização que constatarem a necessidade de adoção de medidas emergenciais
relativas à segurança de barragens. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 2º A fiscalização prevista no caput deste artigo deve basear-se em análise documental, em vistorias
técnicas, em indicadores de segurança de barragem e em outros procedimentos definidos pelo órgão
fiscalizador. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 3º O órgão fiscalizador deve manter canal de comunicação para o recebimento de denúncias e de


informações relacionadas à segurança de barragens. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

CAPÍTULO IV

DOS INSTRUMENTOS

Art. 6o São instrumentos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB):

I - o sistema de classificação de barragens por categoria de risco e por dano potencial associado;

II - o Plano de Segurança de Barragem;

II - o Plano de Segurança da Barragem, incluído o PAE; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB);

IV - o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (Sinima);


Bem-vindo à nova era da educação.

V - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;

VI - o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos


Ambientais;

VII - o Relatório de Segurança de Barragens.

VIII - o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH); (Incluído pela Lei nº 14.066,
de 2020)

IX - o monitoramento das barragens e dos recursos hídricos em sua área de influência; (Incluído pela Lei
nº 14.066, de 2020)

X - os guias de boas práticas em segurança de barragens. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Parágrafo único. Os sistemas nacionais de informações previstos neste artigo devem ser
integrados. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Seção I

Da Classificação

Art. 7o As barragens serão classificadas pelos agentes fiscalizadores, por categoria de risco, por dano
potencial associado e pelo seu volume, com base em critérios gerais estabelecidos pelo Conselho Nacional de
Recursos Hídricos (CNRH).

§ 1o A classificação por categoria de risco em alto, médio ou baixo será feita em função das características
técnicas, do estado de conservação do empreendimento e do atendimento ao Plano de Segurança da Barragem.

§ 1º A classificação por categoria de risco em alto, médio ou baixo será feita em função das características
técnicas, dos métodos construtivos, do estado de conservação e da idade do empreendimento e do atendimento
ao Plano de Segurança da Barragem, bem como de outros critérios definidos pelo órgão fiscalizador. (Redação
dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 2o A classificação por categoria de dano potencial associado à barragem em alto, médio ou baixo será
feita em função do potencial de perdas de vidas humanas e dos impactos econômicos, sociais e ambientais
decorrentes da ruptura da barragem.

§ 3º O órgão fiscalizador deverá exigir do empreendedor a adoção de medidas que levem à redução da
categoria de risco da barragem. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Seção II

Do Plano de Segurança da Barragem

Art. 8o O Plano de Segurança da Barragem deve compreender, no mínimo, as seguintes informações:

I - identificação do empreendedor;

II - dados técnicos referentes à implantação do empreendimento, inclusive, no caso de empreendimentos


construídos após a promulgação desta Lei, do projeto como construído, bem como aqueles necessários para a
operação e manutenção da barragem;
Bem-vindo à nova era da educação.

III - estrutura organizacional e qualificação técnica dos profissionais da equipe de segurança da barragem;

IV - manuais de procedimentos dos roteiros de inspeções de segurança e de monitoramento e relatórios de


segurança da barragem;

V - regra operacional dos dispositivos de descarga da barragem;

VI - indicação da área do entorno das instalações e seus respectivos acessos, a serem resguardados de
quaisquer usos ou ocupações permanentes, exceto aqueles indispensáveis à manutenção e à operação da
barragem;

VII - Plano de Ação de Emergência (PAE), quando exigido;

VII - Plano de Ação de Emergência (PAE), exigido conforme o art. 11 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº
14.066, de 2020)

VIII - relatórios das inspeções de segurança;

VIII - relatórios das inspeções de segurança regular e especial; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de
2020)

IX - revisões periódicas de segurança.

X - identificação e avaliação dos riscos, com definição das hipóteses e dos cenários possíveis de acidente
ou desastre; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XI - mapa de inundação, considerado o pior cenário identificado; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XII - identificação e dados técnicos das estruturas, das instalações e dos equipamentos de monitoramento
da barragem. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 1o A periodicidade de atualização, a qualificação do responsável técnico, o conteúdo mínimo e o nível de


detalhamento dos planos de segurança deverão ser estabelecidos pelo órgão fiscalizador.

§ 2o As exigências indicadas nas inspeções periódicas de segurança da barragem deverão ser


contempladas nas atualizações do Plano de Segurança.

§ 2º As exigências indicadas nas inspeções de segurança regular e especial da barragem devem ser
contempladas nas atualizações do Plano de Segurança da Barragem. (Redação dada pela Lei nº 14.066, de
2020)

§ 3º O empreendedor deve manter o Plano de Segurança da Barragem atualizado e operacional até a


desativação ou a descaracterização da estrutura. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 4º O Plano de Segurança da Barragem deve estar disponível e acessível, antes do início da operação da
estrutura, para a equipe responsável pela operação e gestão da barragem no local do empreendimento e para o
órgão fiscalizador, bem como ser inserido no Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens
(SNISB). (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 5º O Plano de Segurança da Barragem deve ser elaborado e assinado por responsável técnico com
registro no respectivo conselho profissional, bem como incluir manifestação de ciência por parte do
empreendedor, no caso de pessoa física, ou do titular do cargo de maior hierarquia na estrutura da pessoa
jurídica. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 9o As inspeções de segurança regular e especial terão a sua periodicidade, a qualificação da equipe
responsável, o conteúdo mínimo e o nível de detalhamento definidos pelo órgão fiscalizador em função da
categoria de risco e do dano potencial associado à barragem.

§ 1o A inspeção de segurança regular será efetuada pela própria equipe de segurança da barragem,
devendo o relatório resultante estar disponível ao órgão fiscalizador e à sociedade civil.

§ 2o A inspeção de segurança especial será elaborada, conforme orientação do órgão fiscalizador, por
equipe multidisciplinar de especialistas, em função da categoria de risco e do dano potencial associado à
barragem, nas fases de construção, operação e desativação, devendo considerar as alterações das condições a
montante e a jusante da barragem.

§ 3o Os relatórios resultantes das inspeções de segurança devem indicar as ações a serem adotadas pelo
empreendedor para a manutenção da segurança da barragem.

§ 4º O órgão fiscalizador deverá estabelecer prazo para que o empreendedor cumpra as ações previstas
nos relatórios de inspeção de segurança. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 10. Deverá ser realizada Revisão Periódica de Segurança de Barragem com o objetivo de verificar o
estado geral de segurança da barragem, considerando o atual estado da arte para os critérios de projeto, a
atualização dos dados hidrológicos e as alterações das condições a montante e a jusante da barragem.

§ 1o A periodicidade, a qualificação técnica da equipe responsável, o conteúdo mínimo e o nível de


detalhamento da revisão periódica de segurança serão estabelecidos pelo órgão fiscalizador em função da
categoria de risco e do dano potencial associado à barragem.

§ 2o A Revisão Periódica de Segurança de Barragem deve indicar as ações a serem adotadas pelo
empreendedor para a manutenção da segurança da barragem, compreendendo, para tanto:

I - o exame de toda a documentação da barragem, em particular dos relatórios de inspeção;

II - o exame dos procedimentos de manutenção e operação adotados pelo empreendedor;

III - a análise comparativa do desempenho da barragem em relação às revisões efetuadas anteriormente.

§ 3º O órgão fiscalizador deverá estabelecer prazo para que o empreendedor cumpra as ações previstas na
Revisão Periódica de Segurança de Barragem. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 11. O órgão fiscalizador poderá determinar a elaboração de PAE em função da categoria de risco e do
dano potencial associado à barragem, devendo exigi-lo sempre para a barragem classificada como de dano
potencial associado alto.

Art. 11. A elaboração do PAE é obrigatória para todas as barragens classificadas como de: (Redação dada
pela Lei nº 14.066, de 2020)

I - médio e alto dano potencial associado; ou (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - alto risco, a critério do órgão fiscalizador. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Parágrafo único. Independentemente da classificação quanto ao dano potencial associado e ao risco, a


elaboração do PAE é obrigatória para todas as barragens destinadas à acumulação ou à disposição de rejeitos de
mineração. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 12. O PAE estabelecerá as ações a serem executadas pelo empreendedor da barragem em caso de
situação de emergência, bem como identificará os agentes a serem notificados dessa ocorrência, devendo
contemplar, pelo menos:

I - identificação e análise das possíveis situações de emergência;

I - descrição das instalações da barragem e das possíveis situações de emergência; (Redação dada pela
Lei nº 14.066, de 2020)

II - procedimentos para identificação e notificação de mau funcionamento ou de condições potenciais de


ruptura da barragem;

II - procedimentos para identificação e notificação de mau funcionamento, de condições potenciais de


ruptura da barragem ou de outras ocorrências anormais; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - procedimentos preventivos e corretivos a serem adotados em situações de emergência, com indicação
do responsável pela ação;

III - procedimentos preventivos e corretivos e ações de resposta às situações emergenciais identificadas


nos cenários acidentais; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

IV - estratégia e meio de divulgação e alerta para as comunidades potencialmente afetadas em situação de


emergência.

IV - programas de treinamento e divulgação para os envolvidos e para as comunidades potencialmente


afetadas, com a realização de exercícios simulados periódicos; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

V - atribuições e responsabilidades dos envolvidos e fluxograma de acionamento; (Incluído pela Lei nº


14.066, de 2020)

VI - medidas específicas, em articulação com o poder público, para resgatar atingidos, pessoas e animais,
para mitigar impactos ambientais, para assegurar o abastecimento de água potável e para resgatar e salvaguardar
o patrimônio cultural; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

VII - dimensionamento dos recursos humanos e materiais necessários para resposta ao pior cenário
identificado; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

VIII - delimitação da Zona de Autossalvamento (ZAS) e da Zona de Segurança Secundária (ZSS), a partir
do mapa de inundação referido no inciso XI do caput do art. 8º desta Lei; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

IX - levantamento cadastral e mapeamento atualizado da população existente na ZAS, incluindo a


identificação de vulnerabilidades sociais; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

X - sistema de monitoramento e controle de estabilidade da barragem integrado aos procedimentos


emergenciais; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XI - plano de comunicação, incluindo contatos dos responsáveis pelo PAE no empreendimento, da


prefeitura municipal, dos órgãos de segurança pública e de proteção e defesa civil, das unidades hospitalares
mais próximas e das demais entidades envolvidas; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XII - previsão de instalação de sistema sonoro ou de outra solução tecnológica de maior eficácia em
situação de alerta ou emergência, com alcance definido pelo órgão fiscalizador; (Incluído pela Lei nº 14.066, de
2020)

XIII - planejamento de rotas de fuga e pontos de encontro, com a respectiva sinalização. (Incluído pela Lei
nº 14.066, de 2020)
Bem-vindo à nova era da educação.

Parágrafo único. O PAE deve estar disponível no empreendimento e nas prefeituras envolvidas, bem como
ser encaminhado às autoridades competentes e aos organismos de defesa civil.

§ 1º O PAE deverá estar disponível no site do empreendedor e ser mantido, em meio digital, no SNISB e,
em meio físico, no empreendimento, nos órgãos de proteção e defesa civil dos Municípios inseridos no mapa de
inundação ou, na inexistência desses órgãos, na prefeitura municipal. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 2º O empreendedor deverá, antes do início do primeiro enchimento do reservatório da barragem, elaborar,


implementar e operacionalizar o PAE e realizar reuniões com as comunidades para a apresentação do plano e a
execução das medidas preventivas nele previstas, em trabalho conjunto com as prefeituras municipais e os órgãos
de proteção e defesa civil. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 3º O empreendedor e os órgãos de proteção e defesa civil municipais e estaduais deverão articular-se


para promover e operacionalizar os procedimentos emergenciais constantes do PAE. (Incluído pela Lei nº 14.066,
de 2020)

§ 4º Os órgãos de proteção e defesa civil e os representantes da população da área potencialmente afetada


devem ser ouvidos na fase de elaboração do PAE quanto às medidas de segurança e aos procedimentos de
evacuação em caso de emergência. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 5º O empreendedor deverá, juntamente com os órgãos locais de proteção e defesa civil, realizar, em
periodicidade a ser definida pelo órgão fiscalizador, exercício prático de simulação de situação de emergência com
a população da área potencialmente afetada por eventual ruptura da barragem. (Incluído pela Lei nº 14.066, de
2020)

§ 6º O empreendedor deverá estender os elementos de autoproteção existentes na ZAS aos locais


habitados da ZSS nos quais os órgãos de proteção e defesa civil não possam atuar tempestivamente em caso de
vazamento ou rompimento da barragem. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 7º O PAE deverá ser revisto periodicamente, a critério do órgão fiscalizador, nas seguintes
ocasiões: (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

I - quando o relatório de inspeção ou a Revisão Periódica de Segurança de Barragem assim o


recomendar; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - sempre que a instalação sofrer modificações físicas, operacionais ou organizacionais capazes de


influenciar no risco de acidente ou desastre; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - quando a execução do PAE em exercício simulado, acidente ou desastre indicar a sua
necessidade; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

IV - em outras situações, a critério do órgão fiscalizador. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 8º Em caso de desastre, será instalada sala de situação para encaminhamento das ações de emergência
e para comunicação transparente com a sociedade, com participação do empreendedor, de representantes dos
órgãos de proteção e defesa civil, da autoridade licenciadora do Sisnama, dos órgãos fiscalizadores e das
comunidades e Municípios afetados. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Seção III

Do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB)

Art. 13. É instituído o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB), para
registro informatizado das condições de segurança de barragens em todo o território nacional.

Parágrafo único. O SNISB compreenderá um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e


recuperação de suas informações, devendo contemplar barragens em construção, em operação e desativadas.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 1º O SNISB compreende sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de suas


informações e deve contemplar barragens em construção, em operação e desativadas. (Incluído pela Lei nº
14.066, de 2020)

§ 2º O SNISB deve manter informações sobre incidentes que possam colocar em risco a segurança de
barragens, sobre acidentes e sobre desastres. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 3º As barragens devem integrar o SNISB até sua completa descaracterização. (Incluído pela Lei nº
14.066, de 2020)

§ 4º O SNISB deve ser integrado ao sistema nacional de informações e monitoramento de desastres,


previsto na Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 14. São princípios básicos para o funcionamento do SNISB:

I - descentralização da obtenção e produção de dados e informações;

II - coordenação unificada do sistema;

III - acesso a dados e informações garantido a toda a sociedade.

Seção IV

Da Educação e da Comunicação

Art. 15. A PNSB deverá estabelecer programa de educação e de comunicação sobre segurança de
barragem, com o objetivo de conscientizar a sociedade da importância da segurança de barragens, o qual
contemplará as seguintes medidas:

Art. 15. A PNSB deverá estabelecer programa de educação e de comunicação sobre segurança de
barragem, com o objetivo de conscientizar a sociedade da importância da segurança de barragens e de
desenvolver cultura de prevenção a acidentes e desastres, que deverá contemplar as seguintes
medidas: (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

I - apoio e promoção de ações descentralizadas para conscientização e desenvolvimento de conhecimento


sobre segurança de barragens;

II - elaboração de material didático;

III - manutenção de sistema de divulgação sobre a segurança das barragens sob sua jurisdição;

IV - promoção de parcerias com instituições de ensino, pesquisa e associações técnicas relacionadas à


engenharia de barragens e áreas afins;

V - disponibilização anual do Relatório de Segurança de Barragens.

CAPÍTULO V

DAS COMPETÊNCIAS

Art. 16. O órgão fiscalizador, no âmbito de suas atribuições legais, é obrigado a:


Bem-vindo à nova era da educação.

I - manter cadastro das barragens sob sua jurisdição, com identificação dos empreendedores, para fins de
incorporação ao SNISB;

II - exigir do empreendedor a anotação de responsabilidade técnica, por profissional habilitado pelo Sistema
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) / Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (Crea), dos estudos, planos, projetos, construção, fiscalização e demais relatórios citados
nesta Lei;

II - exigir do empreendedor a anotação de responsabilidade técnica, por profissional habilitado pelo Sistema
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) / Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea),
dos estudos, planos, projetos, construção, inspeção e demais relatórios citados nesta Lei; (Redação dada pela
Lei nº 14.066, de 2020)

III - exigir do empreendedor o cumprimento das recomendações contidas nos relatórios de inspeção e
revisão periódica de segurança;

IV - articular-se com outros órgãos envolvidos com a implantação e a operação de barragens no âmbito da
bacia hidrográfica;

V - exigir do empreendedor o cadastramento e a atualização das informações relativas à barragem no


SNISB.

§ 1o O órgão fiscalizador deverá informar imediatamente à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Sistema
Nacional de Defesa Civil (Sindec) qualquer não conformidade que implique risco imediato à segurança ou
qualquer acidente ocorrido nas barragens sob sua jurisdição.

§ 1º O órgão fiscalizador deverá informar imediatamente à autoridade licenciadora do Sisnama e ao órgão


de proteção e defesa civil a ocorrência de desastre ou acidente nas barragens sob sua jurisdição, bem como
qualquer incidente que possa colocar em risco a segurança da estrutura. (Redação dada pela Lei nº 14.066, de
2020)

§ 2o O órgão fiscalizador deverá implantar o cadastro das barragens a que alude o inciso I no prazo
máximo de 2 (dois) anos, a partir da data de publicação desta Lei.

Art. 17. O empreendedor da barragem obriga-se a:

I - prover os recursos necessários à garantia da segurança da barragem;

I - prover os recursos necessários à garantia de segurança da barragem e, em caso de acidente ou


desastre, à reparação dos danos à vida humana, ao meio ambiente e aos patrimônios público e privado, até a
completa descaracterização da estrutura; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - providenciar, para novos empreendimentos, a elaboração do projeto final como construído;

III - organizar e manter em bom estado de conservação as informações e a documentação referentes ao


projeto, à construção, à operação, à manutenção, à segurança e, quando couber, à desativação da barragem;

IV - informar ao respectivo órgão fiscalizador qualquer alteração que possa acarretar redução da
capacidade de descarga da barragem ou que possa comprometer a sua segurança;

V - manter serviço especializado em segurança de barragem, conforme estabelecido no Plano de


Segurança da Barragem;
Bem-vindo à nova era da educação.

VI - permitir o acesso irrestrito do órgão fiscalizador e dos órgãos integrantes do Sindec ao local da
barragem e à sua documentação de segurança;

VI - permitir o acesso irrestrito do órgão fiscalizador, da autoridade licenciadora do Sisnama, do órgão de


proteção e defesa civil e dos órgãos de segurança pública ao local da barragem e das instalações associadas e à
sua documentação de segurança; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

VII - providenciar a elaboração e a atualização do Plano de Segurança da Barragem, observadas as


recomendações das inspeções e as revisões periódicas de segurança;

VII - elaborar e atualizar o Plano de Segurança da Barragem, observadas as recomendações dos relatórios
de inspeção de segurança e das revisões periódicas de segurança, e encaminhá-lo ao órgão
fiscalizador; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

VIII - realizar as inspeções de segurança previstas no art. 9o desta Lei;

IX - elaborar as revisões periódicas de segurança;

X - elaborar o PAE, quando exigido;

X - elaborar o PAE, quando exigido, e implementá-lo em articulação com o órgão de proteção e defesa
civil; (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

XI - manter registros dos níveis dos reservatórios, com a respectiva correspondência em volume
armazenado, bem como das características químicas e físicas do fluido armazenado, conforme estabelecido pelo
órgão fiscalizador;

XII - manter registros dos níveis de contaminação do solo e do lençol freático na área de influência do
reservatório, conforme estabelecido pelo órgão fiscalizador;

XIII - cadastrar e manter atualizadas as informações relativas à barragem no SNISB.

XIV - notificar imediatamente ao respectivo órgão fiscalizador, à autoridade licenciadora do Sisnama e ao


órgão de proteção e defesa civil qualquer alteração das condições de segurança da barragem que possa implicar
acidente ou desastre; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XV - executar as recomendações das inspeções regulares e especiais e das revisões periódicas de


segurança; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XVI - manter o Plano de Segurança da Barragem atualizado e em operação até a completa


descaracterização da estrutura; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XVII - elaborar mapa de inundação, quando exigido pelo órgão fiscalizador; (Incluído pela Lei nº 14.066, de
2020)

XVIII - avaliar, previamente à construção de barragens de rejeitos de mineração, as alternativas locacionais


e os métodos construtivos, priorizando aqueles que garantam maior segurança; (Incluído pela Lei nº 14.066, de
2020)

XIX - apresentar periodicamente declaração de condição de estabilidade de barragem, quando exigida pelo
órgão fiscalizador; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XX - armazenar os dados de instrumentação da barragem e fornecê-los ao órgão fiscalizador


periodicamente e em tempo real, quando requerido; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)
Bem-vindo à nova era da educação.

XXI - não apresentar ao órgão fiscalizador e às autoridades competentes informação, laudo ou relatório total
ou parcialmente falsos, enganosos ou omissos; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

XXII - cumprir as determinações do órgão fiscalizador nos prazos por ele fixados. (Incluído pela Lei nº
14.066, de 2020)

Parágrafo único. Para reservatórios de aproveitamento hidrelétrico, a alteração de que trata o inciso IV
também deverá ser informada ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

§ 1º Para reservatórios de aproveitamento hidrelétrico, a alteração de que trata o inciso IV do caput deste
artigo também deverá ser informada ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). (Incluído pela Lei nº
14.066, de 2020)

§ 2º Sem prejuízo das prerrogativas da autoridade licenciadora do Sisnama, o órgão fiscalizador pode
exigir, nos termos do regulamento, a apresentação não cumulativa de caução, seguro, fiança ou outras garantias
financeiras ou reais para a reparação dos danos à vida humana, ao meio ambiente e ao patrimônio público, pelo
empreendedor de: (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

I - barragem de rejeitos de mineração ou resíduos industriais ou nucleares classificada como de médio e


alto risco ou de médio e alto dano potencial associado; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - barragem de acumulação de água para fins de aproveitamento hidrelétrico classificada como de alto
risco. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 3º No caso de ausência de documentação técnica que impeça a classificação da barragem quanto ao


risco e ao dano potencial associado, cabe ao órgão fiscalizador decidir quanto às exigências previstas nos §§ 1º e
2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 4º As barragens já existentes terão o prazo de 2 (dois) anos para se adequarem à previsão do § 2º deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

CAPÍTULO V-A
(Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)
DAS INFRAÇÕES E DAS SANÇÕES

Art. 17-A. Sem prejuízo das cominações na esfera penal e da obrigação de, independentemente da
existência de culpa, reparar os danos causados, considera-se infração administrativa o descumprimento pelo
empreendedor das obrigações estabelecidas nesta Lei, em seu regulamento ou em instruções dela decorrentes
emitidas pelas autoridades competentes. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 1º São autoridades competentes para lavrar auto de infração e instaurar processo administrativo os
servidores dos órgãos fiscalizadores e das autoridades competentes do Sisnama. (Incluído pela Lei nº 14.066, de
2020)

§ 2º Qualquer pessoa, ao constatar infração administrativa, pode dirigir representação à autoridade


competente, para fins do exercício do seu poder de polícia. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 3º A autoridade competente que tiver conhecimento de infração administrativa é obrigada a promover a


sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de corresponsabilidade. (Incluído
pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 4º As infrações de que trata este artigo são apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o
direito a ampla defesa e ao contraditório. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 17-B. O processo administrativo para apuração de infração prevista no art. 17-A desta Lei deve
observar os seguintes prazos máximos: (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

I - 20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data
da ciência da autuação; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - 30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - 20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior da autoridade
competente; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

IV - 5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação. (Incluído
pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 17-C. As infrações administrativas sujeitam o infrator a 1 (uma) ou mais das seguintes
penalidades: (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

I - advertência; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - multa simples; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - multa diária; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

IV - embargo de obra ou atividade; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

V - demolição de obra; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

VI - suspensão parcial ou total de atividades; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

VII - apreensão de minérios, bens e equipamentos; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

VIII - caducidade do título; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

IX - sanção restritiva de direitos. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 1º Para imposição e gradação da sanção, a autoridade competente deve observar: (Incluído pela Lei nº
14.066, de 2020)

I - a gravidade do fato, considerados os motivos da infração e suas consequências para a sociedade e para
o meio ambiente; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de segurança de


barragens; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

III - a situação econômica do infrator, no caso de multa. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 2º Se o infrator cometer, simultaneamente, 2 (duas) ou mais infrações, devem ser aplicadas,


cumulativamente, as sanções a elas cominadas. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 3º A advertência deve ser aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação correlata
em vigor, ou de regulamentos e instruções, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo. (Incluído
pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 4º A multa simples deve ser aplicada sempre que o agente, por culpa ou dolo: (Incluído pela Lei nº
14.066, de 2020)
Bem-vindo à nova era da educação.

I - deixar de sanar, no prazo assinalado pela autoridade competente, irregularidades praticadas pelas quais
tenha sido advertido; ou (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

II - opuser embaraço à fiscalização da autoridade competente. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 5º A multa simples pode ser convertida em serviços socioambientais, a critério da autoridade competente,
na bacia hidrográfica onde o empreendimento se localiza, sem prejuízo da responsabilidade do infrator de,
independentemente da existência de culpa, reparar os danos causados. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 6º A multa diária deve ser aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no
tempo. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 7º A sanção indicada no inciso VI do caput deste artigo deve ser aplicada quando a instalação ou a
operação da barragem não obedecer às prescrições legais, de regulamento ou de instruções das autoridades
competentes. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 8º As sanções previstas nos incisos VII e VIII do caput deste artigo são aplicadas pela entidade
outorgante de direitos minerários. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 9º As sanções restritivas de direito são: (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

I - suspensão de licença, de registro, de concessão, de permissão ou de autorização; (Incluído pela Lei nº


14.066, de 2020)

II - cancelamento de licença, de registro, de concessão, de permissão ou de autorização; (Incluído pela


Lei nº 14.066, de 2020)

III - perda ou restrição de incentivos e de benefícios fiscais; (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

IV - perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de


crédito. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 17-D. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 17-E. O valor das multas de que trata este Capítulo deve ser fixado por regulamento e atualizado
periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, observado o mínimo de R$
2.000,00 (dois mil reais) e o máximo de R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais). (Incluído pela Lei nº 14.066,
de 2020)

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 18. A barragem que não atender aos requisitos de segurança nos termos da legislação pertinente
deverá ser recuperada ou desativada pelo seu empreendedor, que deverá comunicar ao órgão fiscalizador as
providências adotadas.

Art. 18. A barragem que não atender aos requisitos de segurança nos termos da legislação pertinente
deverá ser recuperada, desativada ou descaracterizada pelo seu empreendedor, que deverá comunicar ao órgão
fiscalizador as providências adotadas. (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 1o A recuperação ou a desativação da barragem deverá ser objeto de projeto específico.

§ 2o Na eventualidade de omissão ou inação do empreendedor, o órgão fiscalizador poderá tomar medidas


com vistas à minimização de riscos e de danos potenciais associados à segurança da barragem, devendo os
custos dessa ação ser ressarcidos pelo empreendedor.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 2º Na eventualidade de omissão ou inação do empreendedor, o órgão fiscalizador deverá informar essa


situação ao órgão de proteção e defesa civil da respectiva esfera do governo, para fins de apoio por meio das
ações previstas no art. 4º da Lei nº 12.340, de 1º de dezembro de 2010, e os custos deverão ser ressarcidos pelo
empreendedor, sem prejuízo da aplicação das sanções cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 3º São obrigatórios, para o empreendedor ou seu sucessor, o monitoramento das condições de segurança
das barragens desativadas e a implantação de medidas preventivas de acidentes ou desastres até a sua completa
descaracterização. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 18-A. Fica vedada a implantação de barragem de mineração cujos estudos de cenários de ruptura
identifiquem a existência de comunidade na ZAS. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 1º No caso de barragem em instalação ou em operação em que seja identificada comunidade na ZAS,


deverá ser feita a descaracterização da estrutura, ou o reassentamento da população e o resgate do patrimônio
cultural, ou obras de reforço que garantam a estabilidade efetiva da estrutura, em decisão do poder público,
ouvido o empreendedor e consideradas a anterioridade da barragem em relação à ocupação e a viabilidade
técnico-financeira das alternativas. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 2º Somente se admite na ZAS a permanência de trabalhadores estritamente necessários ao desempenho


das atividades de operação e manutenção da barragem ou de estruturas e equipamentos a ela
associados. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

§ 3º Cabe ao poder público municipal adotar as medidas necessárias para impedir o parcelamento, o uso e
a ocupação do solo urbano na ZAS, sob pena de caracterização de improbidade administrativa, nos termos da Lei
nº 8.429, de 2 de junho de 1992. (Incluído pela Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 18-B. Os órgãos fiscalizadores devem criar sistema de credenciamento de pessoas físicas e jurídicas
habilitadas a atestar a segurança da barragem, incluída a certificação, na forma do regulamento. (Incluído pela
Lei nº 14.066, de 2020)

Art. 18-C. O laudo técnico referente às causas do rompimento de barragem deve ser elaborado por peritos
independentes, a expensas do empreendedor, em coordenação com o órgão fiscalizador. (Incluído pela Lei nº
14.066, de 2020)

Art. 19. Os empreendedores de barragens enquadradas no parágrafo único do art. 1 o terão prazo de 2
(dois) anos, contado a partir da publicação desta Lei, para submeter à aprovação dos órgãos fiscalizadores o
relatório especificando as ações e o cronograma para a implantação do Plano de Segurança da Barragem.

Parágrafo único. Após o recebimento do relatório de que trata o caput, os órgãos fiscalizadores terão
prazo de até 1 (um) ano para se pronunciarem.

Art. 20. O art. 35 da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos
XI, XII e XIII:

“Art. 35. .......................................................................

.............................................................................................

XI - zelar pela implementação da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB);

XII - estabelecer diretrizes para implementação da PNSB, aplicação de seus instrumentos e atuação do
Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB);

XIII - apreciar o Relatório de Segurança de Barragens, fazendo, se necessário, recomendações para


melhoria da segurança das obras, bem como encaminhá-lo ao Congresso Nacional.” (NR)
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 21. O caput do art. 4o da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000, passa a vigorar acrescido dos seguintes
incisos XX, XXI e XXII:

“Art. 4o .........................................................................

.............................................................................................

XX - organizar, implantar e gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens


(SNISB);

XXI - promover a articulação entre os órgãos fiscalizadores de barragens;

XXII - coordenar a elaboração do Relatório de Segurança de Barragens e encaminhá-lo, anualmente, ao


Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), de forma consolidada.

...................................................................................” (NR)

Art. 22. O descumprimento dos dispositivos desta Lei sujeita os infratores às penalidades estabelecidas na
legislação pertinente.

Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 20 de setembro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Mauro Barbosa da Silva
Márcio Pereira Zimmermann
José Machado
João Reis Santana Filho

Este texto não substitui o publicado no DOU de 21.9.2010


Bem-vindo à nova era da educação.

4. Política Estadual de Segurança de Barragens em Minas


Gerais
LEI Nº 23291, DE 25/02/2019

Institui a política estadual de segurança de barragens.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus
representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Fica instituída a política estadual de segurança de barragens, a ser implementada de forma
articulada com a Política Nacional de Segurança de Barragens - PNSB, estabelecida pela Lei Federal
nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, e com as Políticas Nacional e Estadual de Meio Ambiente e de
Proteção e Defesa Civil.

Parágrafo único. Esta lei aplica-se a barragens destinadas à acumulação ou à disposição final ou
temporária de rejeitos e resíduos industriais ou de mineração e a barragens de água ou líquidos
associados a processos industriais ou de mineração, que apresentem, no mínimo, uma das
características a seguir:

I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a 10m (dez
metros);

II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 1.000.000m³ (um milhão de metros cúbicos);

III - reservatório com resíduos perigosos;

IV - potencial de dano ambiental médio ou alto, conforme regulamento.

Art. 2º Na implementação da política instituída por esta lei, serão observados os seguintes princípios:

I - prevalência da norma mais protetiva ao meio ambiente e às comunidades potencialmente afetadas


pelos empreendimentos;

II - prioridade para as ações de prevenção, fiscalização e monitoramento, pelos órgãos e pelas entidades
ambientais competentes do Estado.

Art. 3º O empreendedor é o responsável pela segurança da barragem, cabendo-lhe o desenvolvimento


das ações necessárias para garantir a segurança nas fases de planejamento, projeto, instalação,
operação e desativação e em usos futuros da barragem.

Art. 4º O licenciamento e a fiscalização ambiental de barragens no Estado competem a órgãos e


entidades do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Sisema, sem prejuízo das ações
de fiscalização previstas no âmbito da PNSB.

Parágrafo único. Os órgãos e as entidades competentes do Sisema articular-se-ão com os órgãos ou as


entidades responsáveis pela execução da PNSB, com vistas ao compartilhamento de informações e
ações de fiscalização.
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 5º O órgão ou a entidade competente do Sisema manterá cadastro das barragens instaladas no
Estado e as classificará conforme seu potencial de dano ambiental, observados os critérios gerais
estabelecidos no âmbito da PNSB.

Parágrafo único. O órgão ou a entidade competente do Sisema elaborará e publicará anualmente


inventário das barragens instaladas no Estado, contendo o resultado das auditorias técnicas de
segurança dessas estruturas e a respectiva condição de estabilidade da barragem.

CAPÍTULO II
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE BARRAGENS

Art. 6º A construção, a instalação, o funcionamento, a ampliação e o alteamento de barragens no Estado


dependem de prévio licenciamento ambiental, na modalidade trifásica, que compreende a apresentação
preliminar de Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental - Rima
- e as etapas sucessivas de Licença Prévia - LP, Licença de Instalação - LI - e Licença de Operação - LO,
vedada a emissão de licenças concomitantes, provisórias, corretivas e ad referendum.

§ 1º As atividades a que se refere o caput poderão ser executadas pelo empreendedor ou por empresa
terceirizada de engenharia que cumpra os seguintes requisitos:

I - tenha experiência comprovada na construção de obras de infraestrutura, especificamente na área de


barragens industriais e de mineração;

II - tenha suas atividades definidas como de construção pesada, de acordo com classificação
estabelecida no Cadastro Nacional de Atividades Econômicas - CNAE;

III - esteja inscrita no Sistema Conselho Federal de Engenharia e Agronomia-Conselho Regional de


Engenharia e Agronomia - Sistema Confea-Crea.

§ 2º Nas atividades de construção, instalação, funcionamento, reforma, ampliação e alteamento de


barragens será observada a legislação vigente sobre saúde, higiene e segurança do trabalho relativa aos
setores de mineração.

Art. 7º No processo de licenciamento ambiental de barragens, deverão ser atendidas as seguintes


exigências, sem prejuízo das obrigações previstas nas demais normas ambientais e de segurança e de
outras exigências estabelecidas pelo órgão ou pela entidade ambiental competente:

I - para a obtenção da LP, o empreendedor deverá apresentar, no mínimo:

a) projeto conceitual na cota final prevista para a barragem, com respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica - ART;
b) proposta de caução ambiental, estabelecida em regulamento, com o propósito de garantir a
recuperação socioambiental para casos de sinistro e para desativação da barragem;
c) caracterização preliminar do conteúdo a ser disposto no reservatório da barragem;
d) proposta de estudos e ações, acompanhada de cronograma, para o desenvolvimento progressivo de
tecnologias alternativas, com a finalidade de substituição da disposição de rejeitos ou resíduos de
mineração em barragens;
e) estudos sobre o risco geológico, estrutural e sísmico e estudos sobre o comportamento hidrogeológico
das descontinuidades estruturais na área de influência do empreendimento;
f) estudo conceitual de cenários de rupturas com mapas com a mancha de inundação;

II - para a obtenção da LI, o empreendedor deverá apresentar, no mínimo:


Bem-vindo à nova era da educação.

a) projeto executivo na cota final prevista para a barragem, incluindo caracterização físico-química do
conteúdo a ser disposto no reservatório, estudos geológico-geotécnicos da fundação, execução de
sondagens e outras investigações de campo, coleta de amostras e execução de ensaios de laboratórios
dos materiais de construção, estudos hidrológico-hidráulicos e plano de instrumentação, com as
respectivas ARTs;
b) plano de segurança da barragem contendo, além das exigências da PNSB, no mínimo, Plano de Ação
de Emergência - PAE, observado o disposto no art. 9º, análise de performance do sistema e previsão da
execução periódica de auditorias técnicas de segurança;
c) manual de operação da barragem, contendo, no mínimo, os procedimentos operacionais e de
manutenção, a frequência, pelo menos quinzenal, de automonitoramento e os níveis de alerta e
emergência da instrumentação instalada;
d) laudo de revisão do projeto da barragem, elaborado por especialista independente, garantindo que
todas as premissas do projeto foram verificadas e que o projeto atende aos padrões de segurança
exigidos para os casos de barragens com médio e alto potencial de dano a jusante;
e) projeto de drenagem pluvial para chuvas decamilenares;
f) plano de desativação da barragem;

III - para a obtenção da LO, o empreendedor deverá apresentar, no mínimo:

a) estudos completos dos cenários de rupturas com mapas com a mancha de inundação;
b) comprovação da implementação da caução ambiental a que se refere a alínea "b" do inciso I do caput,
com a devida atualização;
c) projeto final da barragem como construído, contendo detalhadamente as interferências identificadas na
fase de instalação;
d) versão atualizada do manual de operação da barragem a que se refere a alínea "c" do inciso II.

§ 1º O órgão ou a entidade competente do Sisema poderá estabelecer exigências específicas em relação


à qualificação dos responsáveis técnicos e ao conteúdo mínimo e ao nível de detalhamento dos estudos,
manuais, planos, projetos ou relatórios exigidos para o licenciamento ambiental de que trata este capítulo.

§ 2º Antes da análise do pedido de LP, o órgão ou a entidade competente do Sisema promoverá


audiências públicas para discussão do projeto conceitual da barragem, considerando suas diversas fases
de implantação até a cota final, para as quais serão convidados o empreendedor, os cidadãos afetados
direta ou indiretamente residentes nos municípios situados na área da bacia hidrográfica onde se situa o
empreendimento, os órgãos ou as entidades estaduais e municipais de proteção e defesa civil, as
entidades e associações da sociedade civil, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, o Ministério
Público Federal e a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.

§ 3º Nas audiências públicas previstas no § 2º, serão reservados espaço e tempo às mulheres, visando a
discutir os impactos específicos do empreendimento em suas vidas.

§ 4º As deliberações e os questionamentos apresentados nas audiências públicas constarão em ata e


serão fundamentadamente apreciados nos pareceres do órgão ambiental que subsidiarem o processo de
licenciamento.

§ 5º A concessão da LO está condicionada à aprovação do PAE, nos termos do caput do art. 9º

§ 6º Na LO, constarão expressamente o tempo mínimo a ser cumprido entre as ampliações ou os


alteamentos de barragens e os requisitos técnicos necessários para essas operações.

§ 7º O órgão ou a entidade ambiental competente deverá, ao conceder a LP, a LI ou a LO, estabelecer


condicionantes a serem cumpridas pelo empreendedor.

§ 8º O cumprimento das exigências para cada etapa do licenciamento ambiental, previstas dos incisos I a
Bem-vindo à nova era da educação.

III do caput, será comprovado antes da concessão das respectivas licenças, sendo vedada sua inserção
como condicionante para etapa posterior do licenciamento.

§ 9º O não cumprimento de condicionante estabelecida pelo órgão ou pela entidade ambiental


competente, prevista no § 7º, acarretará a suspensão da licença concedida.

§ 10 Qualquer omissão referente às exigências de que trata este artigo acarretará a nulidade de eventual
licença concedida.

§ 11 Não serão permitidas alterações no projeto original que modifiquem a geometria da barragem
licenciada, salvo se a alteração for objeto de novo procedimento de licenciamento ambiental.

§ 12 Quando houver mais de uma barragem na área de influência de uma mesma mancha de inundação,
os estudos dos cenários de rupturas de barragens a que se referem as alíneas "f" do inciso I e "a" do
inciso III do caput conterão uma análise sistêmica de todas as barragens em questão.

Art. 8º O EIA e o respectivo Rima, a que se refere o caput do art. 6º, conterão:

I - a comprovação da inexistência de melhor técnica disponível e alternativa locacional com menor


potencial de risco ou dano ambiental, para a acumulação ou para a disposição final ou temporária de
rejeitos e resíduos industriais ou de mineração em barragens;

II - a avaliação das condições sociais e econômicas das pessoas afetadas direta ou indiretamente pelo
empreendimento;

III - o estudo dos efeitos cumulativos e sinérgicos e a identificação pormenorizada dos impactos ao
patrimônio cultural, material e imaterial.

§ 1º No EIA e no respectivo Rima, serão priorizadas as alternativas de disposição que minimizem os


riscos socioambientais e promovam o desaguamento dos rejeitos e resíduos.

§ 2º Ficam vedadas a acumulação ou a disposição final ou temporária de rejeitos e resíduos industriais ou


de mineração em barragens sempre que houver melhor técnica disponível.

Art. 9º O Plano de Ação Emergência - PAE, a que se refere a alínea "b" do inciso II do caput do art. 7º,
será submetido à análise do órgão ou da entidade estadual competente e a divulgação e a orientação
sobre os procedimentos nele previstos ocorrerão por meio de reuniões públicas em locais acessíveis às
populações situadas na área a jusante da barragem, que devem ser informadas tempestivamente e
estimuladas a participar das ações preventivas previstas no referido plano. (Vide regulamentação dada
pelo Decreto nº 48078/2020)

§ 1º Constarão no PAE a previsão de instalação de sistema, de alerta sonoro ou outra solução


tecnológica de maior eficiência, capaz de alertar e viabilizar o resgate das populações passíveis de serem
diretamente atingidas pela mancha de inundação, bem como as medidas específicas para resgatar
atingidos, pessoas e animais, mitigar impactos ambientais, assegurar o abastecimento de água potável às
comunidades afetadas e resgatar e salvaguardar o patrimônio cultural.

§ 2º O PAE ficará disponível no empreendimento, no órgão ambiental competente e nas prefeituras dos
municípios situados na área a jusante da barragem, e suas ações serão executadas pelo empreendedor
da barragem com a supervisão dos órgãos ou das entidades estaduais e municipais de proteção e defesa
civil.

Art. 10 O empreendedor fica obrigado a notificar formalmente ao órgão fiscalizador e à entidade


fiscalizadora do Sisema a data de início e as dimensões da ampliação, do alteamento e eventuais obras
Bem-vindo à nova era da educação.

de manutenção corretiva da barragem, com antecedência mínima de quinze dias úteis contados da data
de início da ampliação, do alteamento ou da manutenção corretiva.

Art. 11 Em caso de barragens destinadas à acumulação ou à disposição final ou temporária de rejeitos ou


resíduos de mineração, o pedido de LP será apresentado até trinta dias depois de protocolado o
requerimento de autorização ou concessão de lavra ao órgão ou à entidade federal competente.

Art. 12 Fica vedada a concessão de licença ambiental para construção, instalação, ampliação ou
alteamento de barragem em cujos estudos de cenários de rupturas seja identificada comunidade na zona
de autossalvamento.

§ 1º Para os fins do disposto nesta lei, considera-se zona de autossalvamento a porção do vale a jusante
da barragem em que não haja tempo suficiente para uma intervenção da autoridade competente em
situação de emergência.

§ 2º Para a delimitação da extensão da zona de autossalvamento, será considerada a maior entre as


duas seguintes distâncias a partir da barragem:

I - 10km (dez quilômetros) ao longo do curso do vale;

II - a porção do vale passível de ser atingida pela onda de inundação num prazo de trinta minutos.

§ 3º A critério do órgão ou da entidade competente do Sisema, a distância a que se refere o inciso I do §


2º poderá ser majorada para até 25km (vinte e cinco quilômetros), observados a densidade e a
localização das áreas habitadas e os dados sobre os patrimônios natural e cultural da região.

Art. 13 Fica vedada a concessão de licença ambiental para operação ou ampliação de barragens
destinadas à acumulação ou à disposição final ou temporária de rejeitos ou resíduos industriais ou de
mineração que utilizem o método de alteamento a montante.

§ 1º O empreendedor fica obrigado a promover a descaracterização das barragens inativas de contenção


de rejeitos ou resíduos que utilizem ou que tenham utilizado o método de alteamento a montante, na
forma do regulamento do órgão ambiental competente.

§ 2º O empreendedor responsável por barragem alteada pelo método a montante atualmente em


operação promoverá, em até três anos contados da data de publicação desta lei, a migração para
tecnologia alternativa de acumulação ou disposição de rejeitos e resíduos e a descaracterização da
barragem, na forma do regulamento do órgão ambiental competente.

§ 3º Considera-se barragem descaracterizada, para fins do disposto neste artigo, aquela que não opera
como estrutura de contenção de sedimentos ou rejeitos, não possuindo características de barragem,
sendo destinada a outra finalidade.

§ 4º A reutilização, para fins industriais, dos sedimentos ou rejeitos decorrentes da descaracterização


será objeto de licenciamento ambiental, observado o disposto no caput do art. 6º desta lei.

§ 5º O empreendedor a que se referem os §§ 1º e 2º enviará ao órgão ou à entidade ambiental


competente, no prazo de noventa dias contados da data de publicação desta lei, cronograma contendo o
planejamento de execução das obrigações previstas nos respectivos parágrafos.

CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO DE BARRAGENS

Art. 14 Além das obrigações previstas na legislação vigente, em especial no âmbito da PNSB, cabe ao
Bem-vindo à nova era da educação.

empreendedor responsável pela barragem:

I - informar ao órgão ou à entidade competente do Sisema e ao órgão ou à entidade estadual de proteção


e defesa civil qualquer alteração que possa acarretar redução da capacidade de descarga da barragem
ou que possa comprometer a sua segurança;

II - permitir o acesso irrestrito dos representantes dos órgãos ou das entidades competentes do Sisema e
do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil - Sinpdec - ao local e à documentação relativa à
barragem;

III - manter registros periódicos dos níveis dos reservatórios, com a respectiva correspondência do
volume armazenado, e das características químicas e físicas do fluido armazenado, conforme
regulamento;

IV - manter registros periódicos dos níveis de contaminação do solo e do lençol freático na área de
influência do reservatório, conforme regulamento;

V - executar as ações necessárias à garantia ou à manutenção da segurança da barragem, em especial


aquelas recomendadas ou exigidas por responsável técnico;

VI - devolver para a bacia hidrográfica de origem a água utilizada na barragem, no mínimo, com a mesma
qualidade em que foi captada;

VII - disponibilizar, em site eletrônico com livre acesso ao público, os seguintes dados:

a) informações detalhadas sobre as empresas terceirizadas a que se refere o § 1º do art. 6º;


b) resultados das análises e dos acompanhamentos do grau de umidade e do nível da barragem, com a
respectiva ART;
c) análise semestral da água e da poeira dos rejeitos, com a respectiva ART.

Art. 15 O empreendedor, concluída a implementação do Plano de Segurança da Barragem no prazo


determinado como condicionante da LO, apresentará ao órgão ou à entidade competente do Sisema
declaração de condição de estabilidade da barragem e as respectivas ARTs.

Parágrafo único. A declaração a que se refere o caput será assinada por profissionais legalmente
habilitados.

Art. 16 O Plano de Segurança da Barragem será atualizado pelo empreendedor, atendendo às


exigências ou recomendações resultantes de cada inspeção, revisão, auditoria técnica de segurança ou
auditoria técnica extraordinária de segurança.

Parágrafo único. A cada atualização do Plano de Segurança da Barragem, o empreendedor apresentará


ao órgão ou à entidade competente do Sisema nova declaração de condição de estabilidade da
barragem, nos termos do art. 15.

Art. 17 As barragens de que trata esta lei serão objeto de auditoria técnica de segurança, sob
responsabilidade do empreendedor, na seguinte periodicidade, de acordo com seu potencial de dano
ambiental:

I - a cada ano, as barragens com alto potencial de dano ambiental;

II - a cada dois anos, as barragens com médio potencial de dano ambiental;

III - a cada três anos, as barragens com baixo potencial de dano ambiental.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 1º Relatório resultante da auditoria técnica de segurança, acompanhado das ARTs dos profissionais
responsáveis, será apresentado ao órgão ou à entidade competente do Sisema até o dia 1º de setembro
do ano de sua elaboração, junto com a declaração de condição de estabilidade da barragem, a que se
refere o art. 15, devendo ser disponibilizado no local do empreendimento para consulta da fiscalização.

§ 2º Em caso de evento imprevisto na operação da barragem ou de alteração nas características de sua


estrutura, o órgão ou a entidade competente do Sisema exigirá do empreendedor, por meio de
notificação, a realização de auditoria técnica extraordinária de segurança da barragem, cujo relatório será
apresentado no prazo de até cento e vinte dias contados da notificação, observado o disposto neste
artigo.

§ 3º As auditorias técnicas de segurança e as auditorias técnicas extraordinárias de segurança serão


realizadas por uma equipe técnica de profissionais independentes, especialistas em segurança de
barragens e previamente credenciados perante o órgão ou a entidade competente do Sisema, conforme
regulamento.

§ 4º Independentemente da apresentação de relatório resultante de auditoria técnica de segurança ou


auditoria técnica extraordinária de segurança, o órgão ou a entidade competente do Sisema poderá
determinar, alternativa ou cumulativamente:

I - a realização de novas auditorias técnicas de segurança, até que seja atestada a estabilidade da
barragem;

II - a suspensão ou a redução das atividades da barragem;

III - a desativação da barragem.

§ 5º Será elaborado, pelo órgão ou pela entidade competente, termo de referência contendo os
parâmetros e o roteiro básico que orientem os trabalhos da auditoria técnica de segurança ou auditoria
técnica extraordinária de segurança, assim como o conteúdo mínimo a ser abordado no relatório
resultante de cada auditoria.

§ 6º A equipe técnica, na elaboração das auditorias técnicas de segurança, observará o termo de


referência a que se refere o § 5º e descreverá detalhadamente a metodologia utilizada.

§ 7º Caso o empreendedor não apresente a declaração de condição de estabilidade da barragem a que


se referem os arts. 15 e 17 nos prazos determinados ou caso o auditor independente não conclua pela
estabilidade da barragem, o órgão ou a entidade competente do Sisema determinará a suspensão
imediata da operação da barragem até que se regularize a situação.

Art. 18 Os relatórios resultantes de auditorias técnicas de segurança, extraordinárias ou não, e os planos


de ações emergenciais serão submetidos, para ciência e subscrição, à deliberação dos membros dos
conselhos de administração e dos representantes legais dos empreendimentos, que ficam coobrigados à
adoção imediata das providências que se fizerem necessárias.

Art. 19 O órgão ou a entidade competente do Sisema fará vistorias regulares, em intervalos não
superiores a um ano, nas barragens com alto potencial de dano ambiental instaladas no Estado, emitindo
laudo técnico sobre o desenvolvimento das ações a cargo do empreendedor.

CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 20 O órgão ou a entidade competente do Sisema informará ao órgão ou à entidade competente da


Bem-vindo à nova era da educação.

PNSB e ao órgão ou à entidade estadual de proteção e defesa civil qualquer não conformidade que
implique risco à segurança e desastre ocorrido em barragem instalada no Estado.

Art. 21 É obrigação dos órgãos e servidores do Poder Executivo informar o Ministério Público sobre a
ocorrência de infrações às disposições desta lei, fornecendo-lhe informações e elementos técnicos, para
que os infratores sejam civil e criminalmente responsabilizados.

Art. 22 O descumprimento do disposto nesta lei, por ação ou omissão, sujeita o infrator, pessoa física ou
jurídica, às penalidades previstas no art. 16 da Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, sem prejuízo de
outras sanções administrativas, civis e penais.

§ 1º O disposto neste artigo se aplica ao presidente, diretor, administrador, membro de conselho ou órgão
técnico, auditor, consultor, preposto ou mandatário de pessoa jurídica que, de qualquer forma, concorrer
para a infração.

§ 2º Em caso de desastre decorrente do descumprimento do disposto nesta lei, o valor da multa


administrativa poderá ser majorado em até mil vezes.

§ 3º Do valor das multas aplicadas pelo Estado em caso de infração às normas de proteção ao meio
ambiente e aos recursos hídricos decorrente de rompimento de barragem, 50% (cinquenta por cento)
serão destinados aos municípios atingidos pelo rompimento.

Art. 23 O empreendedor é responsável, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos


danos causados pela instalação e operação da barragem, bem como pelo seu mau funcionamento ou
rompimento.

Parágrafo único. O empreendedor fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
solução técnica exigida pelo órgão ou pela entidade competente do Sisema, nas fases de instalação,
operação e desativação e em usos futuros da barragem.

Art. 24 As barragens em operação, em processo de desativação ou desativadas atenderão, no prazo de


um ano contado da data de publicação desta lei, as exigências previstas nas alíneas "a" a "f" do inciso II,
"a" a "d" do inciso III e § 12 do art. 7º, nos casos em que tais medidas não estejam previstas nos
respectivos licenciamentos ambientais ou nos casos em que não foram implementadas pelos
empreendimentos.

Art. 25 As barragens desativadas ou com atividades suspensas por determinação de órgão ou entidade
competente somente poderão voltar a operar após a conclusão de processo de licenciamento ambiental
corretivo.

Art. 26 Na ocorrência de acidente ou desastre, as ações recomendadas, a qualquer tempo, pelos órgãos
ou pelas entidades competentes e os deslocamentos aéreos ou terrestres necessários serão custeados
pelo empreendedor ou terão seus custos por ele ressarcidos, independentemente da indenização dos
custos de licenciamento e das taxas de controle e fiscalização ambientais.

Art. 27 As obrigações previstas nesta lei são consideradas de relevante interesse ambiental, e o seu
descumprimento acarretará a suspensão imediata das licenças ambientais, independentemente de outras
sanções civis, administrativas e penais.

Art. 28 O art. 5º da Lei nº 20.009, de 4 de janeiro de 2012, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 5º Ficam declaradas Áreas de Vulnerabilidade Ambiental do Estado aquelas em que:

I - haja cruzamento de rodovias com rios de preservação permanente ou com rios utilizados para
Bem-vindo à nova era da educação.

abastecimento público;

II - haja comunidade na zona de autossalvamento de barragem em operação, em processo de


desativação ou desativada, destinada à acumulação ou à disposição final ou temporária de rejeitos e
resíduos industriais ou de mineração, independentemente do porte e do potencial poluidor.".

Art. 29 Fica revogada a Lei nº 15.056, de 31 de março de 2004.

Art. 30 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, aos 25 de fevereiro de 2019; 231º da Inconfidência Mineira e 198º da Independência do
Brasil.

ROMEU ZEMA NETO


Bem-vindo à nova era da educação.

5. Resolução ANM n. 95/2022

MINISTÉRIO DE MINAS ENERGIA


AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO
RESOLUÇÃO Nº 95, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2022(*)

Consolida os atos normativos que dispõem sobre


segurança de barragens de mineração.

A DIRETORIA COLEGIADA DA AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO - ANM no


uso da competência que lhe confere o art. 2º, inciso II, XI e XXIII, art. 11, § 1º, inciso
II e art.13, inciso II, da Lei nº 13.575, de 26 de dezembro de 2017, e pelo art. 2º, inciso
II, e art. 9º, inciso II, da Estrutura Regimental da ANM, aprovada na forma do Anexo I
do Decreto nº 9.587, de 27 de novembro de 2018, e
CONSIDERANDO que compete à ANM, no âmbito de suas atribuições, fiscalizar as
atividades de pesquisa e lavra para o aproveitamento mineral e a segurança das
barragens destinadas à disposição de rejeitos resultantes destas atividades,
desenvolvidas com base em títulos outorgados pela própria autarquia e pelo Ministério
de Minas e Energia - MME;
CONSIDERANDO que a Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, estabeleceu a
Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e criou o Sistema Nacional de
Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB);
CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº 143 e na Resolução nº 144, de 10 de
julho de 2012, ambas do Conselho Nacional de Recursos Hídricos;
CONSIDERANDO que o Decreto de Lei nº 10.139, de 20 de novembro de 2019,
determinou a revisão e a consolidação dos atos normativos inferiores a Decreto;
CONSIDERANDO que a Lei nº 14.066, de 30 de setembro de 2020, alterou a Lei nº
12.334, de 20 de setembro de 2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança
de Barragens (PNSB);
CONSIDERANDO o constante dos autos do processo nº 48051.001903/2020- 91;,
resolve:
Art. 1º Esta Resolução define as medidas regulatórias aplicáveis para as barragens
de mineração.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 1º À exceção do Capítulo I, o qual se aplica a toda e qualquer barragem de


mineração, os demais dispositivos desta Resolução aplicam-se às Barragens de
Mineração abrangidas pela Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), isto
é, àquelas que apresentem pelo menos uma das seguintes características, conforme
o parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010:
I - altura do maciço, medida do encontro do pé do talude de jusante com o nível do
solo até a crista de coroamento do barramento, maior ou igual a 15 (quinze) metros;
II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000 m³ (três milhões de
metros cúbicos);
III - reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas
aplicáveis;
IV - categoria de dano potencial associado, médio ou alto, conforme definido no inciso
XVI do art. 2º e no Anexo IV; e
V - categoria de risco alto, conforme definido no inciso XI do art. 2º, § 1º do art. 5º e
Anexo IV desta Resolução.
§ 2º Todo empilhamento drenado deve possuir estudo técnico produzido por
profissional legalmente habilitado pelo Sistema Conselho Federal de Engenharia e
Agronomia - CONFEA/Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA, que
ficará disponível para a fiscalização no empreendimento e deverá concluir se a
estrutura é construída por meio de disposição hidráulica e susceptível à liquefação,
de modo a indicar se é passível ou não de enquadramento no conceito do inciso IV
do art. 2º.
§ 3º Os empilhamentos drenados não susceptíveis à liquefação devem ser reavaliados
periodicamente, em intervalos não superiores a 1 ano, e, se constatada
susceptibilidade à liquefação, ficarão sujeitos às obrigações previstas nesta
Resolução, devendo ser cadastrados de imediato no Sistema Integrado de Gestão de
Segurança de Barragens de Mineração (SIGBM).
§ 4º Fica o empreendedor detentor de barragem de mineração não enquadrada na
PNSB obrigado a informar à ANM, via e-mail segurancadebarragens@anm.gov.br,
situação que implique em reclassificação para CRI alto.
§ 5º Fica proibida a construção ou o alteamento de barragens de mineração pelo
método denominado "a montante" em todo o território nacional." (NR) (Acrescentado
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Art. 2º Para efeito desta Resolução, consideram-se:
I - Acidente: comprometimento da integridade estrutural com liberação incontrolável
do conteúdo do reservatório, ocasionado pelo colapso parcial ou total da barragem ou
de estrutura anexa;
Bem-vindo à nova era da educação.

II - ALARP: significa "tão baixo como razoavelmente exequível", onde os esforços para
a redução de risco devem ser contínuos até que o sacrifício adicional (em termos de
custo-benefício, viabilidade técnica, tempo, esforço ou outro emprego de recursos)
seja amplamente desproporcional à redução de risco adicional alcançada;
III - Anomalia: qualquer deficiência, irregularidade, anormalidade ou mau
funcionamento que possa vir a afetar a segurança da barragem;
IV - Barragens de Mineração:
a) barragens, barramentos, diques, cavas com barramentos construídos, associados
às atividades desenvolvidas com base em direito minerário, construídos em cota
superior a da topografia original do terreno, utilizados em caráter temporário ou
definitivo para fins de contenção, acumulação, decantação ou descarga de rejeitos ou
de sedimentos provenientes de atividades de mineração com ou sem captação de
água associada, compreendendo a estrutura do barramento e suas estruturas
associadas, excluindo-se deste conceito as barragens de contenção de resíduos
industriais; e
b) estruturas construídas por meio de disposição hidráulica de rejeitos, como um
maciço permeável, dotado de sistema de drenagem de fundo, suscetíveis à
liquefação;
V - Barragem de mineração ativa: estrutura em operação que esteja recebendo
rejeitos e/ou sedimentos oriundos de atividade de mineração;
VI - Barragem de mineração abandonada: estrutura que não está recebendo aporte
de efluentes oriundos de sua atividade fim, mantendo-se com características de uma
barragem de mineração, sem medidas de controle e/ou monitoramento e que não
recebe manutenção preventiva e/ou corretiva do empreendedor, caracterizando o
abandono da estrutura, no qual o processo de descaracterização está incompleto ou
ausente ou que não atendam às determinações desta Resolução por mais de 6 (seis)
meses;
VII - Barragem de mineração em construção: estruturas que estejam em processo de
construção, de acordo com o projeto técnico, que não estejam recebendo rejeitos e/ou
sedimentos oriundos da atividade de mineração;
VIII - Barragem de mineração descaracterizada: estrutura que não recebe,
permanentemente, aporte de rejeitos e/ou sedimentos oriundos de sua atividade fim,
a qual deixa de possuir características ou de exercer função de barragem, de acordo
com projeto técnico, compreendendo, mas não se limitando, às seguintes etapas
concluídas:
a) Descomissionamento: encerramento das operações com a remoção das
infraestruturas associadas, tais como, mas não se limitando: a espigotes e tubulações,
exceto aquelas destinadas à garantia da segurança da estrutura;
Bem-vindo à nova era da educação.

b) Controle hidrológico e hidrogeológico: adoção de medidas efetivas para reduzir ou


eliminar o aporte de águas superficiais e subterrâneas para o reservatório, bem como
a redução controlada da linha freática no interior do reservatório;
c) Estabilização: execução de medidas tomadas para garantir a estabilidade física e
química de longo prazo das estruturas que permanecerem no local; e
d) Monitoramento: acompanhamento pelo período mínimo de 2 (dois) anos após a
conclusão das etapas anteriores, objetivando assegurar a eficácia das medidas de
estabilização e de controle hidrológico e hidrogeológico, que deve ser dividido em até
duas fases, sendo estas: (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
1. Monitoramento ativo: compreende o período mínimo obrigatório de 2 (dois) anos
estabelecido no item 'd', podendo ser estendido conforme definição do projetista,
tendo por base estudo de ruptura hipotética, que considere as condições reológicas
do rejeito, os níveis freáticos atualizados e o volume mobilizável fisicamente possível,
devendo ser mantidas as obrigações de elaboração e atualização da documentação
técnica fixadas na norma, bem como a periodicidade de inspeções, níveis de
monitoramento da instrumentação geotécnica, emissões de relatórios e declarações
estabelecidas para as barragens em fase operacional; (Acrescentado pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
2. Monitoramento passivo: Período adicional não obrigatório de monitoramento,
exceto se exigido formalmente pela ANM, com duração, instrumentação e frequência
de aquisição de dados definidas pelo projetista, compreendido entre o fim do
monitoramento ativo e o efetivo descadastramento da estrutura, objetivando alcançar
os critérios preconizados nas normas técnicas e legais e nas boas práticas da
engenharia para a garantia da estabilidade física e química de longo
prazo. (Acrescentado pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
IX - Barragem de mineração inativa ou desativada: estrutura que não está recebendo
aporte de rejeitos e/ou sedimentos oriundos de sua atividade fim, mantendose com
características de uma barragem de mineração e que não se enquadra como
barragem abandonada;
X - Cadastro Nacional de Barragens de Mineração (CNBM): cadastro de
responsabilidade da ANM, com banco de dados oficial, contendo todas as barragens
de mineração declaradas pelos empreendedores ou identificadas pela ANM no
território nacional;
XI - Categoria de Risco (CRI): classificação da barragem de acordo com os aspectos
que possam influenciar na possibilidade de ocorrência de acidente ou desastre,
levando-se em conta as características técnicas, o método construtivo, o estado de
conservação, a idade do empreendimento e atendimento ao Plano de Segurança da
Barragem;
Bem-vindo à nova era da educação.

XII - Centro de Monitoramento Geotécnico: ambiente físico projetado, estruturado e


dedicado exclusivamente ao monitoramento de barragens e acionamento dos
dispositivos de alerta e alarme, quando necessário, com equipe dedicada, tratando e
analisando os dados advindos da instrumentação, câmeras e demais dispositivos
inerentes à segurança das barragens, objetivando intervenção célere e imediata
quando necessário, com operação ininterrupta 24 (vinte e quatro) horas por dia;
XIII - Ciclo de vida: é a sucessão de fases na vida da estrutura de contenção de
rejeitos/sedimentos, contemplando o planejamento, projeto, construção, primeiro
enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação e descaracterização;
XIV - Classificação quanto à gestão operacional: classificação que consta do Anexo I
desta Resolução;
XV - Controles críticos: controles de risco cruciais para prevenir um evento de
consequência elevada ou mitigar as consequências de tal evento;
XVI - Dano Potencial Associado (DPA): dano que pode ocorrer devido ao rompimento,
vazamento, infiltração no solo ou mau funcionamento de uma barragem,
independentemente da sua probabilidade de ocorrência, a ser graduado de acordo
com as perdas de vidas humanas, impactos sociais, econômicos e ambientais;
XVII - Declaração de Condição de Estabilidade (DCE): documento assinado pelo
empreendedor e pelo responsável técnico que o elaborou, atestando a condição de
estabilidade da estrutura em análise, com cópia da respectiva ART, conforme modelo
estabelecido no SIGBM e no Anexo V desta Resolução;
XVIII - Declaração de Encerramento de Emergência (DEE): declaração emitida pelo
empreendedor para as autoridades públicas competentes, estabelecendo o fim da
situação de emergência, conforme modelo estabelecido no SIGBM e no Anexo VI
desta Resolução;
XIX - Desastre: resultado de evento adverso, de origem natural ou induzido pela ação
humana, sobre ecossistemas e populações vulneráveis, que causa significativos
danos humanos, materiais ou ambientais e prejuízos econômicos e sociais;
XX - Empilhamento drenado: estrutura construída hidráulica ou mecanicamente com
rejeitos, que se configura como um maciço permeável, dotado de sistema de
drenagem de fundo, com formação de espelho de água reduzido podendo ser
implantada em fundo de vale, encosta ou outra área;
XXI - Empreendedor: pessoa física ou jurídica que detenha outorga, licença, registro,
concessão, autorização ou outro ato que lhe confira direito de operação da barragem
e do respectivo reservatório, ou, subsidiariamente, aquele com direito real sobre as
terras onde a barragem se localize, se não houver quem os explore oficialmente;
XXII - Engenheiro de Registros (EdR): profissional externo à empresa, com registro
no CREA, capaz de apoiar a aplicação dos procedimentos recomendados às boas
Bem-vindo à nova era da educação.

práticas de segurança, respaldado pelos regulamentos, diretrizes e normas aplicáveis


no âmbito nacional e internacional;
XXIII - Equipe de segurança da barragem: conjunto de profissionais responsáveis
pelas ações de segurança da barragem, podendo ser composta por profissionais do
próprio quadro de pessoal do empreendedor ou contratada especificamente para este
fim;
XXIV - Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ): estrutura construída a jusante de
uma barragem de mineração ou empilhamento drenado com disposição hidráulica de
rejeitos e suscetíveis à liquefação, com o objetivo de reter os efluentes desta no evento
de ruptura ou funcionamento inadequado;
XXV - Estudo de Inundação: estudo capaz de caracterizar adequadamente os
potenciais impactos, provenientes do processo de inundação em virtude de ruptura ou
mau funcionamento da Barragem de Mineração, que deverá ser feito por profissional
legalmente habilitado para essa atividade, cuja descrição e justificativa deverá,
necessariamente, constar no PAEBM, sendo de responsabilidade do empreendedor
e deste profissional a escolha da melhor metodologia para sua elaboração;
XXVI - Extrato de Inspeção Especial (EIE): item de responsabilidade do
empreendedor, constante no SIGBM, contendo o resumo das informações relevantes
das fichas de inspeções especiais preenchidas e eventuais informações solicitadas
no citado Sistema;
XXVII - Extrato de Inspeção Regular (EIR): item de responsabilidade do
empreendedor, constante no SIGBM, contendo o resumo das informações relevantes
das fichas de inspeções regulares preenchidas e eventuais informações solicitadas
no citado Sistema;
XXVIII - Ficha de Inspeção Especial (FIE): documento elaborado pelo empreendedor
com o objetivo de registrar as condições da barragem verificadas durante as
inspeções de campo, após a identificação de anomalia com pontuação 10 em
qualquer coluna do Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco
(1.2 - Estado de Conservação), do Anexo IV, devendo conter, minimamente, o
expresso no Anexo III;
XXIX - Ficha de Inspeção Regular (FIR): documento elaborado pelo empreendedor
com o objetivo de registrar as condições da barragem, verificadas durante as
inspeções rotineiras de campo, devendo conter, minimamente, o quadro de estado de
conservação referente à categoria de risco constante no Anexo IV desta Resolução;
XXX - Incidente: ocorrência que afeta o comportamento da barragem ou de estrutura
anexa que, se não controlada, pode causar um acidente;
XXXI - Inspeção de Segurança Especial (ISE): atividade sob a responsabilidade do
empreendedor, que visa avaliar as condições de segurança da barragem em
Bem-vindo à nova era da educação.

situações específicas, devendo ser realizada por equipe multidisciplinar de


especialistas nas fases de construção, operação e desativação;
XXXII - Inspeção de Segurança Regular (ISR): atividade sob responsabilidade do
empreendedor, que visa identificar e avaliar eventuais anomalias que afetem
potencialmente as condições de segurança e de operação da barragem, bem como
seu estado de conservação, devendo ser realizada, regularmente, com a
periodicidade estabelecida nesta Resolução;
XXXIII - Mapa de inundação: produto do estudo de inundação, compreendendo a
delimitação geográfica georreferenciada das áreas potencialmente afetadas por
eventual vazamento ou ruptura da barragem e seus possíveis cenários associados,
que objetiva facilitar a notificação eficiente e a evacuação de áreas afetadas por esta
situação;
XXXIV - Método de construção ou alteamento "a montante": metodologia construtiva
de barragens onde os maciços de alteamento se apoiam sobre o próprio rejeito ou
sedimento previamente lançado e depositado, estando também enquadrados nessa
categoria os maciços formados sobre rejeitos de reservatórios já implantados;
XXXV - Método de construção ou alteamento "a jusante": consiste no alteamento para
jusante a partir do dique inicial, onde os maciços de alteamento são construídos com
material de empréstimo ou com o próprio rejeito;
XXXVI - Método de construção ou alteamento "linha de centro": método em que os
alteamentos se dão de tal forma que o eixo da barragem se mantém alinhado com o
eixo do dique de partida, em razão da disposição do material construtivo, parte a
jusante e parte a montante, em relação à crista da etapa anterior;
XXXVII - Níveis de controle da instrumentação: níveis que delimitam os limites
aceitáveis de auscultação para cada instrumento, ou conjunto de instrumentos, da
estrutura visando subsidiar a tomada de decisão para ações preventivas e corretivas,
utilizado como um dos elementos para avaliação de segurança da barragem, devendo
ser definido individualmente para cada estrutura através de avaliações de segurança
e classificados nos níveis normal, alerta e emergência;
XXXVIII - Nível de emergência: convenção utilizada nesta Resolução para graduar as
situações de emergência em potencial que possam comprometer a segurança da
barragem;
XXXIX - Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM):
documento técnico e de fácil entendimento elaborado pelo empreendedor, no qual
estão identificadas as situações de emergência em potencial da barragem,
estabelecidas as ações a serem executadas nesses casos e definidos os agentes a
serem notificados, com o objetivo de minimizar danos e perdas de vida, composto, no
mínimo, pelos elementos indicados no Anexo II;
Bem-vindo à nova era da educação.

XL - Plano de Segurança de Barragem (PSB): instrumento da PNSB, de elaboração e


implementação obrigatória pelo empreendedor, de atualização constante e que se
trata de um repositório de dados, informações e documentos da estrutura, composto,
no mínimo, pelos elementos indicados no Anexo II;
XLI - Primeiro enchimento: início da disposição dos rejeitos ou dos sedimentos
provenientes de atividades de mineração no reservatório de forma operacional,
conforme descrito no Plano de Aproveitamento Econômico;
XLII - Relatório Conclusivo de Inspeção Especial (RCIE): documento integrante da
Inspeção de Segurança Especial, que compila as informações coletadas em campo
referentes às anomalias detectadas que ensejaram o início da inspeção especial,
elaborado após a extinção ou controle destas anomalias;
XLIII - Relatório de Causas e Consequências do Acidente (RCCA): documento de
responsabilidade do empreendedor que deverá ser elaborado exclusivamente por
equipe multidisciplinar de consultoria externa 6 (seis) meses após a ocorrência do
acidente;
XLIV - Relatório de Inspeção de Segurança Regular (RISR): documento integrante da
Inspeção de Segurança Regular, que compila as informações coletadas em campo e
que balizará as análises técnicas sobre a estabilidade da estrutura;
XLV - Revisão Periódica de Segurança de Barragem (RPSB): estudo cujo objetivo é
diagnosticar o estado geral de segurança da barragem, considerando o atual estado
da arte para os critérios de projeto, a atualização de dados hidrológicos, as alterações
das condições a montante e a jusante do empreendimento, e indicar as ações a serem
adotadas pelo empreendedor para a manutenção da segurança;
XLVI - Risco aceitável: situação em que nenhum controle adicional é necessário.
Pode-se considerar uma solução mais econômica ou o aperfeiçoamento que não
imponham custos extras. A monitoração é necessária para assegurar que os controles
sejam mantidos;
XLVII - Risco Inaceitável: situação em que o trabalho não deve ser iniciado nem
continuar até que o risco tenha sido reduzido. Se não for possível reduzir o risco,
mesmo com recursos ilimitados, o trabalho tem de permanecer proibido;
XLVIII - Simulado: teste prático que tem por função permitir que a população e agentes
envolvidos diretamente no Plano de Contingência da ZAS tomem conhecimento das
ações previstas e sejam treinados em como proceder, caso haja alguma situação de
emergência real;
XLIX - Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração
(SIGBM): sistema operacional desenvolvido pela ANM com o objetivo de gerenciar as
barragens de mineração no território nacional;
Bem-vindo à nova era da educação.

L - Situações de emergência: situações decorrentes de eventos adversos que afetem


a segurança da barragem e possam causar danos à sua integridade estrutural e
operacional, à preservação da vida, da saúde, da propriedade e do meio ambiente;
LI - Zona de Autossalvamento (ZAS): trecho do vale à jusante da barragem em que
se considera que os avisos de alerta à população são da responsabilidade do
empreendedor, por não haver tempo suficiente para uma intervenção das autoridades
competentes em situações de emergência, devendo-se adotar a maior das seguintes
distâncias para a sua delimitação: a distância que corresponda a um tempo de
chegada da onda de inundação igual a 30 (trinta) minutos ou 10 km (dez quilômetros);
e
LII - Zona de Segurança Secundária (ZSS): trecho constante do Mapa de Inundação,
não definida como ZAS.
CAPÍTULO I
DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS DE
MINERAÇÃO E DO CADASTRO NACIONAL DE BARRAGENS DE MINERAÇÃO
Seção I
Do Cadastramento das Barragens
Art. 3º As barragens de mineração e as ECJ serão cadastradas pelo empreendedor,
diretamente no Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de
Mineração (SIGBM), integrando o Cadastro Nacional de Barragens de Mineração
(CNBM).
§ 1º O empreendedor é obrigado a cadastrar todas as barragens de mineração em
construção, em operação e desativadas sob sua responsabilidade, em consonância
com o § 1º do art. 13 da Lei nº 12.334, de 2010, de acordo com a periodicidade
expressa no art. 4º desta Resolução.
§ 2º Para o caso de descadastramento por descaracterização, a estrutura deverá ter
concluído as etapas mínimas previstas no inciso VIII, art. 2º e o empreendedor deverá
apresentar à ANM, por meio do SIGBM: (Redação dada pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
I - documento atestando a descaracterização da citada estrutura, elaborado por
profissional legalmente habilitado, adicionado de revisão de segunda parte e
acompanhado das respectivas anotações de responsabilidade técnica, de acordo com
o art. 77 desta Resolução; ou
II - cópia de documento específico expedido pelo órgão ambiental, comprovando a
descaracterização.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 3º A revisão de segunda parte citada no § 2º deverá ser realizada, necessariamente,


por consultoria externa, com experiência mínima de 5 (cinco) anos.
§ 4º Quando houver mais de uma estrutura de barramento, seja com função de
fechamento de sela topográfica ou para compartimentação interna em um mesmo
reservatório, os critérios considerados no segmento de barragem de maior pontuação
devem ser estendidos às demais estruturas, não devendo ser cadastrada como uma
barragem de mineração independente.
§ 5º Os estudos e planos a serem executados para o barramento principal devem
abranger as situações peculiares de cada estrutura auxiliar de contenção do
reservatório, os mapas de inundação e as análises de risco.
§ 6º As ECJ devem ser cadastradas no SIGBM em campo específico, associadas à
barragem de mineração objeto de sua construção e ter a condição de estabilidade
informada na forma prevista no § 5º do art. 19.
§ 7º Ficam dispensadas do monitoramento previsto na alínea 'd', inciso VIII, art. 2º, as
barragens de mineração em que houver a remoção total do barramento e do
reservatório. (Acrescentado pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
§ 8º A situação operacional das barragens de mineração no SIGBM deve ser
atualizada pelo empreendedor quando forem iniciadas as obras de descaracterização
e o monitoramento, conforme definição do art. 2º, inciso VIII, alínea 'd'. (Acrescentado
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Seção II
Da Periodicidade de Cadastramento das Barragens
Art. 4º O cadastramento de novas barragens de mineração deverá ser efetuado pelo
empreendedor, por meio do SIGBM, quando iniciarem as obras de
construção. (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
§ 1º As barragens de mineração em construção devem observar, minimamente, os
requisitos da norma ABNT NBR 13.028/2017 ou norma que a suceda. (Redação dada
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
§ 2º O empreendedor deve manter atualizados os dados de sua responsabilidade
contidos no SIGBM.
Seção III
Da Classificação das Barragens de Mineração
Art. 5º As barragens de mineração serão classificadas pela ANM em consonância com
o art. 7º da Lei nº 12.334, de 2010, quanto a Categoria de Risco e ao Dano Potencial
Bem-vindo à nova era da educação.

Associado em alto, médio ou baixo, conforme o quadro constante no Anexo IV, e


quanto à gestão operacional em AA, A, B, C e D, conforme o quadro constante no
Anexo I.
§ 1º A barragem de mineração será automaticamente enquadrada como CRI alta,
quando:
I - detectadas anomalias com pontuação 10 em qualquer coluna do Quadro 3 - Matriz
de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - Estado de Conservação), do
Anexo IV; ou
II - a DCE não for enviada, conforme os prazos previstos no inciso III do art. 19 desta
Resolução; ou
III - a DCE for enviada concluindo pela não estabilidade da barragem; ou
IV - os Fatores de Segurança mínimos estabelecidos no art. 23 desta Resolução não
sejam atingidos a qualquer tempo; ou
V - seja classificada como em Nível de Emergência 1, 2 ou 3; ou
VI - o sistema extravasor não estiver dimensionado de acordo com o Tempo de
Retorno estabelecido no art. 24 desta Resolução; ou
VII - a estrutura não possuir borda livre, conforme projeto.
§ 2º Sempre que o empreendedor tiver ciência por qualquer meio da reclassificação
da barragem de mineração para CRI alto, deverá imediatamente, sob pena de
embargo ou suspensão de atividade da barragem de mineração, interromper o
lançamento de efluentes e (ou) rejeitos no reservatório, mantendo os serviços de
monitoramento, manutenção e conservação da estrutura de contenção de rejeitos e
sedimentos.
§ 3º A barragem de mineração que apresentar CRI alto será enquadrada em Nível de
Emergência, nos termos previstos no art. 41 desta Resolução.
§ 4º As barragens de mineração somente serão classificadas quanto à gestão
operacional em AA, A, B, C e D caso se enquadrem na PNSB.
Art. 6º O empreendedor é obrigado a elaborar mapa de inundação para auxílio na
classificação referente ao Dano Potencial Associado (DPA) e para suporte às demais
ações descritas no PAEBM de todas as suas barragens de mineração,
individualmente.
§ 1º O mapa de inundação a que se refere o caput deve ser detalhado e deve exibir
em gráficos e mapas georreferenciados às áreas a serem inundadas, explicitando a
ZAS e a ZSS, os tempos de viagem para os picos da frente de onda e inundações em
locais críticos, abrangendo os corpos hídricos e possíveis impactos ambientais.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 2º O deslocamento da frente de onda a que se refere o § 1º deve ser feito


considerando, minimamente, modelos 2D contemplando o acréscimo de materiais que
a onda carreará em seu deslocamento, onde o empreendedor deverá executar ou
considerar minimamente:
I - a caracterização geotécnica e reológica dos materiais passíveis de mobilização na
ruptura;
II - a classificação dos rejeitos ou sedimentos armazenados no reservatório segundo
a norma ABNT/NBR 10.004 ou norma que a suceda; e
III - a topografia atual e primitiva do reservatório.
§ 3º O mapa de inundação a que se refere o caput deve ser elaborado por responsável
técnico com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de acordo com o expresso
no art. 77, respeitando as boas práticas de engenharia e explicitando o método
adotado para sua elaboração.
§ 4º Nas situações em que houver barragens localizadas a jusante da estrutura objeto
da avaliação e que estejam dentro da área de influência da inundação, o estudo e o
mapa de inundação devem considerar também uma análise conjunta das estruturas.
§ 5º Os modos de ruptura constantes do estudo e do mapa de inundação devem
considerar o cenário de maior dano sendo que, para o caso de modo de falha por
liquefação, a totalidade do maciço e do volume contido no reservatório devem ser
considerados no cálculo do volume mobilizável.
§ 6º O estudo de ruptura hipotética deve conter explicitamente o critério de parada da
onda de ruptura escolhido.
§ 7º Os mapas de inundação devem ser executados com base topográfica atualizada
em escala apropriada, de acordo com as Instruções Reguladoras das Normas
Técnicas da Cartografia Brasileira, constantes no Decreto nº 89.817, de 20 de junho
de 1984, ou norma que a suceda, para a representação da tipologia do vale a jusante,
devendo identificar e manter atualizados os dados referentes a:
I - residências com o quantitativo de população existente e com identificação de
vulnerabilidades sociais, tais como portadores de necessidades especiais, idosos,
crianças, dentre outros;
II - infraestruturas de mobilidade tais como ferrovias, estradas de uso local, rodovias
municipais ou estaduais ou federais;
III - equipamentos urbanos tais como, mas não se limitando a: escolas, hospitais,
presídios, subestações de energia, estações de tratamento de água ou de esgoto;
IV - equipamentos com potencial de contaminação, tais como, mas não se limitando
a: postos de gasolina, indústrias ou depósitos químicos/radiológicos;
Bem-vindo à nova era da educação.

V - infraestruturas de interesse cultural, artístico, histórico e de outra natureza que


integrem ou sejam relevantes ao patrimônio cultural;
VI - sítios arqueológicos e espeleológicos;
VII - unidades de conservação, áreas de interesse ambiental relevante ou áreas
protegidas em legislação específica;
VIII - existência de comunidades indígenas tradicionais ou quilombolas; e
IX - estações de captação de água para abastecimento urbano.
§ 8º O mapa de inundação deve estar atualizado refletindo o cenário atual da
barragem de mineração e devendo estar em conformidade com sua cota licenciada.
§ 9º O mapa de inundação, de responsabilidade do empreendedor, deve ser enviado
à ANM, via SIGBM, em formato KMZ ou outro definido pela ANM, sempre que houver
atualização, discriminando a ZAS e a ZSS.
Seção IV
Do Sistema de Monitoramento
Art. 7º O empreendedor é obrigado a manter sistema de monitoramento de segurança
de barragem.
§ 1º Para as barragens de mineração classificadas com DPA alto, o empreendedor é
obrigado a manter sistema de monitoramento automatizado de instrumentação,
adequado à complexidade da estrutura, com acompanhamento em tempo real e
período integral, incluindo redundância no sistema de alimentação de energia,
seguindo os critérios definidos pelo projetista, sendo de responsabilidade do
empreendedor a definição da tecnologia, dos instrumentos e dos processos de
monitoramento.
§ 2º As informações advindas do sistema de monitoramento, contemplando os dados
de instrumentação, devem ser armazenadas e estar disponíveis para a fiscalização
das equipes ou sistemas das Defesas Civis estaduais e federais e da ANM, sendo que
para as barragens de mineração com DPA alto, estas devem manter vídeo-
monitoramento 24 (vinte e quatro) horas por dia de sua estrutura devendo esta ser
armazenada pelo empreendedor pelo prazo mínimo de 90 (noventa) dias.
§ 3º Quando ocorrer a reclassificação da barragem para DPA Alto, o empreendedor
disporá de 1 (um) ano para atendimento ao disposto neste artigo.
Art. 8º As barragens de mineração com DPA alto ou DPA médio quando o item
"existência de população a jusante" atingir 10 pontos, conforme o Anexo IV desta
Resolução, devem contar com sistemas automatizados de acionamento de sirenes
instaladas fora da mancha de inundação e outros mecanismos adequados ao eficiente
alerta na ZAS, instalados em lugar seguro, e dotados de modo contra falhas em caso
Bem-vindo à nova era da educação.

de rompimento da estrutura, complementando os sistemas de acionamento manual


no empreendimento e o remoto.
§ 1º Para os casos em que a mancha de inundação seja demasiadamente larga ou
em outros casos excepcionais em que não seja possível a instalação das sirenes fora
da mancha de inundação, estas podem ser instaladas dentro da citada mancha desde
que devidamente justificado pelo projetista no PAEBM.
§ 2º Os sistemas de alerta de acionamento automático e manual, referidos no caput,
deverão ser projetados e implementados em consonância com as características da
barragem e com os critérios de acionamento relacionados a parâmetros de
deformação e deslocamentos, cujos limites deverão ser definidos pelo projetista da
barragem.
§ 3º Quando ocorrer a reclassificação da barragem para DPA Alto ou DPA médio
quando o item "existência de população a jusante" atingir 10 pontos, conforme o
Anexo IV desta Resolução, o empreendedor disporá de 1 (um) ano para atendimento
ao disposto neste artigo.
§ 4º O não atendimento, ao disposto neste artigo, implicará o embargo ou a suspensão
de atividade da barragem de mineração até que se cumpram os requisitos dispostos.
CAPÍTULO II
DO PLANO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS
Seção I
Da Estrutura e do Conteúdo Mínimo do Plano de Segurança da Barragem
Art. 9º O PSB é instrumento da PNSB, de implementação obrigatória pelo
empreendedor, cujo objetivo é auxiliá-lo na gestão da segurança da barragem.
Art. 10. O PSB deverá ser composto ordinariamente por 6 (seis) volumes,
respectivamente:
I - Volume I: Informações Gerais;
II - Volume II: Planos e Procedimentos;
III - Volume III: Registros e Controles;
IV - Volume IV: Revisão Periódica de Segurança de Barragem (RPSB);
V - Volume V: Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM);
e
VI - Volume VI: Processo de Gestão de Risco (PGRBM).
§ 1º O conteúdo mínimo e o nível de detalhamento de cada volume são especificados
no Anexo II.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 2º O PSB de toda barragem de mineração construída após a promulgação da Lei nº


12.334, de 2010, deve conter projeto "como construído" - "as built", para todas as
etapas de alteamento, reforço ou qualquer outra intervenção realizada na estrutura,
com alteração na geometria ou características de materiais da mesma, a ser concluído
e anexado ao PSB em até 6 (seis) meses após o término das intervenções. (Redação
dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
§ 3º O PSB de toda barragem de mineração construída antes da promulgação da Lei
nº 12.334, de 2010, que não possua o projeto "as built", deverá conter o projeto "como
está" - "as is" atualizado, contendo minimamente um relatório técnico detalhado com
estudos geológico-geotécnicos, hidrológicos e hidráulicos, instrumentação, análises
de estabilidades e os desenhos técnicos da estrutura.
§ 4º O empreendedor, em conformidade com o disposto no inciso VII do art. 17 da Lei
nº 12.334, de 2010, deve prover acesso ao PSB atualizado, sempre que solicitado
pela ANM. (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
Seção II
Da Elaboração e Atualização do Plano de Segurança da Barragem
Art. 11. O PSB deve ser elaborado, organizado e assinado por responsável técnico
com registro no respectivo conselho profissional, bem como possuir manifestação de
ciência por parte do empreendedor pessoa física ou do administrador titular do cargo
de maior hierarquia na estrutura da pessoa jurídica, com função de direção efetiva e
representação como, por exemplo, o diretor-presidente da sociedade anônima.
Art. 12. O PSB deverá ser elaborado até o início do primeiro enchimento da barragem,
a partir de quando deverá estar disponível para utilização pela Equipe de Segurança
de Barragem e para serem consultados pelos órgãos fiscalizadores e pela Defesa
Civil.
Parágrafo único. O PSB deverá estar disponível no empreendimento, até o seu
descadastramento, sendo que o volume V, deverá ser obrigatoriamente físico e digital.
Art. 13. O PSB deverá ser atualizado em decorrência das ISR e ISE e das RPSB,
incorporando os seus registros e relatórios, assim como suas exigências e
recomendações.
Art. 14. Todos os estudos, projetos, relatórios e registros das obras relacionados a
esta Resolução deverão ser anexados ao Plano de Segurança de Barragens.
CAPÍTULO III
DA REVISÃO PERIÓDICA DE SEGURANÇA DA BARRAGEM
Bem-vindo à nova era da educação.

Seção I
Da Estrutura e do Conteúdo Mínimo
Art. 15. A RPSB deverá indicar as ações a serem adotadas pelo empreendedor para
a manutenção da segurança, compreendendo, para tanto:
I - o exame de toda a documentação da barragem, em particular dos relatórios de
inspeção;
II - o exame dos procedimentos de manutenção e operação adotados pelo
empreendedor;
III - a análise comparativa do desempenho da barragem em relação às revisões
efetuadas anteriormente;
IV - a realização de novas análises de estabilidade;
V - a análise da segurança hidráulica em função das condições atuais de enchimento
do reservatório;
VI - análise da aderência entre projeto e construção;
VII - revisão da documentação "as is", a depender do caso; e
VIII - análise dos resultados dos estudos para redução da categoria de risco da
barragem.
§ 1º Caso as conclusões da RPSB indiquem a não estabilidade da estrutura ou caso
não seja enviada a DCE deste estudo nos prazos estabelecidos nesta Resolução,
será aplicada a sanção de embargo ou de suspensão de atividade da barragem de
mineração.
§ 2º O conteúdo mínimo da RPSB é detalhado no Anexo II.
§ 3º A RPSB deve ser realizada por equipe multidisciplinar externa contratada, com
competência nas diversas disciplinas que envolvam a segurança da barragem em
estudo, devendo ser distinta da equipe externa contratada elaboradora do último
RISR.
Art. 16. O produto final da RPSB é um relatório que deve contemplar os elementos
indicados no Volume IV - Revisão Periódica de Segurança de Barragem do Plano de
Segurança da Barragem (Anexo II), que inclui uma DCE, a qual deverá ser anexada
ao PSB e inserida no SIGBM.
Art. 17. As recomendações do relatório da RPSB deverão indicar prazos para sua
implementação, considerando a complexidade das ações e os riscos envolvidos.
§ 1º As recomendações referenciadas no caput devem ser atendidas pelo
empreendedor dentro dos prazos estipulados pelo responsável técnico e as
Bem-vindo à nova era da educação.

recomendações que não tenham prazo estipulado devem ser realizadas


imediatamente pelo empreendedor.
§ 2º A eventual alteração ou cancelamento das recomendações deverá ser avaliada,
justificada tecnicamente e registrada pela consultoria externa por meio de relatório
específico, acompanhado da ART, anexado ao volume IV do PSB.
Seção II
Da Periodicidade da Revisão Periódica de Segurança de Barragem
Art. 18. A periodicidade máxima da RPSB será definida em função do DPA, sendo:
I - DPA alto: a cada 3 (três) anos;
II - DPA médio: a cada 5 (cinco) anos; e
III - DPA baixo: a cada 7 (sete) anos.
§ 1º Sempre que ocorrerem modificações estruturais, como alteamentos ou
modificações na classificação dos rejeitos depositados na barragem de mineração de
acordo com a NBR ABNT nº 10.004/2004, no prazo de 6 (seis) meses contados da
conclusão da modificação, o empreendedor ficará obrigado a executar e concluir nova
RPSB.
§ 2º Para o caso de barragens de mineração alteadas continuamente, independente
do DPA, a RPSB será executada a cada 2 (dois) anos ou a cada 10 (dez) metros
alteados, prevalecendo o que ocorrer antes, com prazo máximo de 6 (seis) meses
para a conclusão da citada Revisão.
§ 3º Nos casos de reaproveitamento de rejeitos ou de remoção dos rejeitos ou
sedimentos, ou de empilhamentos de rejeitos desaguados ou qualquer outro tipo de
material, temporariamente ou permanentemente, assentados sobre o reservatório
existente, o empreendedor deverá executar previamente a RPSB, sob pena de
embargo ou suspensão de atividade da barragem de mineração.
§ 4º A periodicidade estabelecida nos incisos do caput não será interrompida ou
alterada quando a barragem entrar em processo de descaracterização, à exceção da
fase prevista no item 2, alínea 'd', inciso VIII do art. 2º. (Redação dada pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
CAPÍTULO IV
DAS INSPEÇÕES DE SEGURANÇA REGULARES
Seção I
Da Estrutura, do Conteúdo Mínimo e da Periodicidade
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 19. A ISR deve ser realizada pelo empreendedor, observadas as seguintes
prescrições:
I - preencher, quinzenalmente ou em menor período, a seu critério, as FIR;
II - preencher, quinzenalmente, o EISR da Barragem no SIGBM; e
III - elaborar, semestralmente, o RISR com a DCE que deverá ser enviada à ANM via
SIGBM, entre 1º e 31 de março e entre 1º e 30 de setembro.

Nota: Prazo prorrogado até o dia 07 de outubro de 2022 pela Resolução


115/2022/ANM/MME

§ 1º Os documentos mencionados no inciso III, com entrega prevista entre 1º e 30 de


setembro de cada ano, devem ser elaborados, obrigatoriamente, por equipe de
consultoria externa contratada.
§ 2º A ANM poderá exigir do empreendedor, a qualquer tempo, a realização de nova
análise de estabilidade, para fins de apresentação de DCE da barragem.
§ 3º A não apresentação da DCE, assim como o envio da DCE não atestando a
estabilidade, ensejará a aplicação imediata da sanção de embargo ou de suspensão
de atividade da barragem de mineração.
§ 4º Os períodos quinzenais a que se referem os itens I e II do caput devem ser
entendidos como aqueles compreendidos entre o primeiro e o décimo-quinto dia de
cada mês e entre o décimo-sexto e o último dia de cada mês.
§ 5º Para as ECJ o empreendedor deverá enviar a DCE via SIGBM, entre 1º e 31 de
março e entre 1º e 30 de setembro.
§ 6º A DCE da ECJ poderá ser elaborada conforme o preconizado nesta Resolução
ou de acordo com a definição do projetista seguindo as melhores práticas de
engenharia.
§ 7º A não apresentação da DCE da ECJ, assim como o envio da DCE da ECJ não
atestando sua estabilidade, ensejará a aplicação imediata da sanção de embargo e
de suspensão de atividade do complexo minerário associado à ECJ.
Art. 20. A FIR tem seu modelo definido pelo empreendedor e deverá abranger todos
os componentes e estruturas associadas à barragem e conter, obrigatoriamente, o
Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - Estado de
Conservação), do Anexo IV.
Parágrafo único. As FIR devem ser anexadas ao PSB no Volume III - Registros e
Controles - e serão objeto de análise no caso de RPSB.
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 21. O preenchimento do EIR no SIGBM deverá ocorrer até o final da quinzena
subsequente à inspeção em campo que gerou o preenchimento da FIR, à exceção da
ocorrência de anomalia com pontuação 10, a qual deve ser reportada no SIGBM em
até 24 horas.
§ 1º O não preenchimento dos EIR durante o período de quatro quinzenas
subsequentes, ensejará o embargo ou suspensão de atividade da barragem de
mineração.
§ 2º O envio de EIR com pontuação 6 (seis) na mesma coluna no Quadro 3 - Matriz
de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - Estado de Conservação), do
Anexo IV, durante o período de 4 (quatro) quinzenas subsequentes, ensejará a
aplicação imediata da sanção de embargo ou suspensão de atividade da barragem
de mineração.
Art. 22. O RISR da barragem deverá conter, no mínimo, os elementos indicados no
Anexo II.
Parágrafo único. O RISR deve ser acompanhado da respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica do profissional que o elaborar, conforme constante no art.
77 e deverá ser anexado ao PSB em seu Volume III.
Art. 23. Cabe ao profissional legalmente habilitado pelo CONFEA/CREA, calcular os
Fatores de Segurança para as barragens de mineração inseridas na PNSB,
independentemente do método construtivo adotado, com base na ABNT NBR
13.028/2017 ou norma que a suceda, nas práticas internacionais e nas boas práticas
de engenharia, sendo exigido, para as análises de estabilidade e estudos de
susceptibilidade à liquefação na condição não drenada, global ou local, valor igual ou
superior a 1,30 para resistência de pico. (Redação dada pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
§ 1º Os Fatores de Segurança mencionados no caput devem ser considerados para
a elaboração do RISR, RCIE, RPSB e demais relatórios técnicos, assim como para
fins de dimensionamento das estruturas necessárias para estabilização das barragens
a serem descaracterizadas, contemplando o período de execução das obras.
§ 2º Os parâmetros de resistência utilizados para o cálculo dos fatores de segurança
devem ser obrigatoriamente definidos a partir da análise e interpretação de resultados
de ensaios geotécnicos, das condições drenada e não drenada, atualizados e
representativos, conforme definido pelo projetista, realizados no próprio material
constituinte do barramento, do reservatório e da fundação, devendo ser informadas
as fontes dos parâmetros utilizados.
§ 3º Quando o Fator de Segurança, nas condições drenada ou não drenada, se
encontrar momentaneamente abaixo dos valores mínimos estabelecidos pela norma
Bem-vindo à nova era da educação.

ABNT NBR 13.028/2017 e conforme descrito no caput, o empreendedor é obrigado,


sob pena de embargo ou suspensão de atividade da barragem de mineração, a
interromper imediatamente o lançamento de efluentes e (ou) rejeitos no reservatório
e a notificar a ANM, por meio do SIGBM, bem como a implementar ações de controle
e mitigação para garantir a segurança da estrutura e avaliar a necessidade de
evacuação da área à jusante, até que o Fator de Segurança retorne aos valores
mínimos previstos.
Art. 24. A RISR deve levar em consideração séries históricas de precipitação e vazão,
estudos hidrológicos e hidráulicos, visando atestar a segurança da estrutura.
§ 1º A capacidade de escoamento do vertedouro dos reservatórios, de acordo com o
tempo de retorno previsto, deve ser reavaliada com base nos dados disponíveis de
precipitação e vazão da bacia hidrográfica do reservatório, considerando as incertezas
dos estudos de vazão máxima de projeto.
§ 2º O tempo de retorno mínimo a ser considerado para dimensionamento do sistema
extravasor durante o período de operação da barragem, deve atender aos seguintes
critérios, em consonância com o DPA:
I - DPA baixo: 500 (quinhentos) anos;
II - DPA médio: 1.000 (mil) anos; e
III - DPA alto: 10.000 (dez mil) anos ou PMP (Precipitação Máxima Provável), a que
for mais restritiva para a duração crítica do sistema hidrológico avaliado.
§ 3º O período de retorno mínimo a ser considerado para dimensionamento do sistema
extravasor para o período de desativação ou descaracterização da estrutura, deve
atender, independentemente do DPA, a 10.000 (dez mil) anos ou PMP (Precipitação
Máxima Provável), a que for mais restritiva para a duração crítica do sistema
hidrológico avaliado.
§ 4º Os sistemas vertedouros de barragens existentes deverão ser adequados aos
tempos de retorno determinados neste artigo até 31 de dezembro de 2023.
§ 5º O empreendedor deve calibrar os dados das bacias e das sub-bacias de sua
barragem com dados obtidos de instrumentos com tempo suficiente para calibração
visando o adequado dimensionamento dos vertedouros com dados reais,
compreendendo 2 (dois) ciclos hidrológicos com eventos de máxima significativos.
Art. 25. As recomendações dos RISR deverão indicar prazos estabelecidos para
implementação, considerando a complexidade das ações e os riscos envolvidos.
§ 1º As recomendações referenciadas no caput devem ser atendidas pelo
empreendedor dentro dos prazos estipulados pelo responsável técnico e as
recomendações que não tenham prazo estipulado devem ser realizadas
imediatamente pelo empreendedor.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 2º A eventual alteração ou cancelamento das recomendações deverá ser avaliada,


justificada tecnicamente e registrada pelo responsável técnico por meio de relatório
específico, acompanhado da ART, anexado ao volume III do PSB.
Art. 26. O empreendedor deve encaminhar à ANM, por meio do SIGBM, a DCE da
barragem de mineração e da ECJ, na forma do modelo estabelecido no SIGBM,
individualizada por estrutura, semestralmente, entre os dias 1º e 31 de março e 1º e
30 de setembro. (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
Parágrafo único. A DCE da barragem de mineração ou da ECJ deverá ser assinada
pelo responsável técnico por sua elaboração e pelo empreendedor pessoa física ou
pelo administrador titular do cargo de maior hierarquia na estrutura da pessoa jurídica,
com função de direção efetiva e representação como, por exemplo, o diretorpresidente
da sociedade anônima.
CAPÍTULO V
DAS INSPEÇÕES DE SEGURANÇA ESPECIAIS
Seção I
Da Estrutura, do Conteúdo Mínimo e da Periodicidade
Art. 27. Sempre que detectadas anomalias com pontuação 10 (dez) em qualquer
coluna do Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 -
Estado de Conservação), do Anexo IV, devem ser realizadas as ISE na forma desta
Resolução.
Parágrafo único. As ISE também devem ser realizadas a qualquer tempo, quando
exigidas pela ANM, bem como, independentemente de solicitação formal pela
agência, após a ocorrência de eventos excepcionais que possam significar impactos
nas condições de estabilidade.
Art. 28. A ISE de Barragem deve ser realizada pelo empreendedor, observadas as
seguintes prescrições:
I - preencher, diariamente, as FIE, até que a anomalia detectada na ISE tenha sido
classificada como extinta ou controlada;
II - preencher, diariamente, o EIE da barragem, até que a anomalia detectada na ISE
tenha sido classificada como extinta ou controlada; e
III - avaliar as condições de segurança e elaborar o RCIE da barragem, por meio de
equipe multidisciplinar de especialistas, quando a anomalia detectada na ISE da
barragem for classificada como extinta ou controlada.
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 29. A FIE da barragem terá seu modelo definido pelo empreendedor e deverá
abranger os componentes e estruturas associadas à barragem que tenham motivado
a ISE da barragem e, no mínimo, os tópicos existentes no Anexo III.
Parágrafo único. A FIE deverá ser anexada ao PSB no Volume III - Registros e
Controles.
Art. 30. O EIE da barragem deverá ser preenchido diretamente via sistema SIGBM,
diariamente.
Art. 31. O RCIE da barragem deve conter, no mínimo, os elementos indicados no
Anexo III.
§ 1º As anomalias que resultem na pontuação máxima de 10 (dez) pontos, em
qualquer coluna do Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco
(1.2 - Estado de Conservação), serão classificadas de acordo com definições a seguir:
I - Extinto: quando a anomalia que resultou na pontuação máxima de 10 (dez) pontos
for completamente extinta, não gerando mais risco que comprometa a segurança da
barragem;
II - Controlado: quando a anomalia que resultou na pontuação máxima de 10 (dez)
pontos não for totalmente extinta, mas as ações adotadas eliminarem o risco de
comprometimento da segurança da barragem, não obstante deva ser controlada,
monitorada e reparada ao longo do tempo; e
III - Não controlado: quando a anomalia que resultou na pontuação máxima de 10
(dez) pontos não foi controlada e tampouco extinta, necessitando de novas ISE e de
novas intervenções a fim de eliminá-la.
§ 2º A extinção ou o controle da anomalia deverá ser informada à ANM por meio do
sistema SIGBM.
§ 3º O RCIE deverá ser acompanhado da respectiva ART do profissional que o
elaborar, conforme estabelecido no art. 77 desta Resolução.
§ 4º A anomalia encontrada que ocasionou a ISE deverá ser reclassificada
individualmente.
Art. 32. O RCIE deverá ser anexado ao PSB no Volume III - Registros e Controles.
CAPÍTULO VI
DO PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA BARRAGENS DE MINERAÇÃO
Seção I
Da Estrutura e do Conteúdo Mínimo
Art. 33. O PAEBM deverá ser elaborado para todas as barragens de mineração
inseridas na PNSB.
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 34. O PAEBM deverá contemplar o previsto no caput e respectivos incisos do art.
12 da Lei nº 12.334, de 2010, e seu nível de detalhamento deve seguir o estabelecido
no Anexo II desta Resolução, à exceção das barragens mencionadas no § 2º do art.
44 e no parágrafo único do art. 79, que poderão ter PAEBM com conteúdo
simplificado. (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
Parágrafo único. O documento físico do PAEBM deverá ter capa vermelha e o nome
da barragem em destaque, visando fácil localização no momento de sinistro e deverá
estar em local de fácil acesso no empreendimento, preferencialmente no escritório da
equipe de segurança de barragem, ou em local mais próximo à estrutura.
Art. 35. Devem ser entregues cópias físicas atualizadas do PAEBM para os órgãos de
proteção e defesa civil dos municípios inseridos no mapa de inundação ou, na
inexistência destes órgãos, na prefeitura municipal.
§ 1º Os respectivos protocolos de recebimento devem ser inseridos no PAEBM.
§ 2º O empreendedor deverá, antes do início do primeiro enchimento do reservatório
da barragem, elaborar, implementar e operacionalizar o PAEBM e realizar reuniões
com as comunidades para a apresentação do plano e a execução das medidas
preventivas nele previstas, em trabalho conjunto com as prefeituras municipais e os
órgãos de proteção e defesa civil.
§ 3º Para as barragens de mineração já existentes e que após nova classificação
passem a se enquadrar na PNSB, o empreendedor terá 1 (um) ano para se adequar
ao disposto no § 2º deste artigo.
Seção II
Da Atualização e Revisão do PAEBM
Art. 36. O PAEBM deve ser atualizado, sob responsabilidade do empreendedor,
sempre que houver alguma mudança nos meios e recursos disponíveis para serem
utilizados em situação de emergência, bem como no que se refere à verificação e à
atualização dos contatos e telefones constantes no fluxograma de notificações ou
quando houver mudanças nos cenários de emergência.
Art. 37. O PAEBM deverá ser revisado nas seguintes situações, sem prejuízo de estar
sempre atualizado:
I - quando o RISR, o RCIE, o RCO (Relatório de Conformidade e Operacionalidade
do PAEBM) ou a RPSB assim o recomendar;
II - sempre que a estrutura sofrer modificações estruturais, operacionais ou
organizacionais capazes de influenciar no risco de incidente, acidente ou desastre;
Bem-vindo à nova era da educação.

III - quando a execução do PAEBM em exercício simulado, incidente, acidente ou


desastre indicar a sua necessidade;
IV - quando o PGRBM indicar a sua necessidade;
V - quando a mancha de inundação sofrer modificações decorrentes da aplicação do
art. 6º desta Resolução; e
VI - em outras situações, a critério da ANM.
Parágrafo único. A revisão do PAEBM, a que se refere o caput, implica reavaliação
das ocupações a jusante e dos possíveis impactos a ela associado, assim como
atualização do mapa de inundação.
Seção III
Das Responsabilidades no PAEBM
Art. 38. Cabe ao empreendedor da barragem de mineração, em relação ao PAEBM:
I - providenciar a elaboração do PAEBM, incluindo o estudo e o mapa de inundação;
II - disponibilizar informações, de ordem técnica, para a Defesa Civil, para as
prefeituras e para as demais instituições indicadas pelo governo municipal, quando
solicitado formalmente;
III - promover treinamentos internos, no máximo a cada 6 (seis) meses, e manter os
respectivos registros das atividades;
IV - realizar, juntamente com os órgãos locais de proteção e defesa civil, exercício
prático de simulação de situação de emergência com a população da área
potencialmente afetada por eventual ruptura da barragem e, caso solicitado
formalmente pela Defesa Civil, apoiar e participar de simulados de situações de
emergência na ZSS, devendo manter registros destas atividades no Volume V do
PSB;
V - designar formalmente o coordenador do PAEBM e seu substituto;
VI - possuir equipe de segurança da barragem capaz de detectar, avaliar e classificar
as situações de emergência em potencial, de acordo com os níveis de alerta e
emergência, descritos no art. 41 desta Resolução;
VII - declarar situação de emergência e executar as ações descritas no PAEBM;
VIII - executar as ações previstas no fluxograma de notificação;
IX - notificar a defesa civil estadual, municipal e nacional, as prefeituras envolvidas,
os órgãos ambientais competentes e a ANM em caso de situação de emergência;
X - emitir e enviar, via SIGBM, a DEE, de acordo com o modelo do estabelecido no
citado sistema, em até 5 (cinco) dias após o encerramento da citada emergência;
Bem-vindo à nova era da educação.

XI - providenciar a elaboração do RCCA, conforme art. 43 desta Resolução, com a


ciência do responsável legal da barragem, dos organismos de defesa civil e das
prefeituras envolvidas;
XII - fornecer aos organismos de defesa civil municipais os elementos necessários
para a elaboração dos Planos de Contingência em toda a extensão do mapa de
inundação;
XIII - prestar apoio técnico aos municípios potencialmente impactados nas ações de
elaboração e desenvolvimento dos Planos de Contingência Municipais, realização de
simulados e audiências públicas;
XIV - estabelecer, em conjunto com a Defesa Civil, estratégias de alerta, comunicação
e orientação à população potencialmente afetada na ZAS, sobre procedimentos a
serem adotados nas situações de emergência auxiliando na elaboração e
implementação do plano de ações na citada zona;
XV - alertar a população potencialmente afetada na ZAS, caso se declare Nível de
Emergência 3, sem prejuízo das demais ações previstas no PAEBM e das ações das
autoridades públicas competentes;
XVI - ter pleno conhecimento do conteúdo do PAEBM, nomeadamente do fluxo de
notificações;
XVII - assegurar a divulgação do PAEBM e o seu conhecimento por parte de todos os
entes envolvidos;
XVIII - orientar, acompanhar e dar suporte no desenvolvimento dos procedimentos
operacionais do PAEBM;
XIX - avaliar, em conjunto com a equipe técnica de segurança de barragem, a
gravidade da situação de emergência identificada;
XX - acompanhar o andamento das ações realizadas, frente à situação de emergência
e verificar se os procedimentos necessários foram seguidos;
XXI - executar as notificações previstas no fluxograma de notificações;
XXII - para as barragens de mineração com DPA médio, quando o item "existência de
população a jusante" atingir 10 pontos ou o item "impacto ambiental" atingir 10 pontos
no quadro de Dano Potencial Associado constante do Anexo IV, ou DPA alto, instalar,
nas comunidades inseridas na ZAS, sistema sonoro ou outra solução tecnológica de
maior eficácia, com redundância, visando alertar a ZAS, tendo como base o item 5.3
do "Caderno de Orientações para Apoio à Elaboração de Planos de Contingência
Municipais para Barragens", instituído pela Portaria nº 187, de 26 de outubro de 2016,
da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração
Nacional, ou documento legal que venha a sucedê-lo; (Redação dada pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
Bem-vindo à nova era da educação.

Redações Anteriores
XXIII - para os casos não contemplados no inciso XXII, e quando o item de "população
a jusante" obtiver pontuação 3 (três) ou 5 (cinco), instalar sistema sonoro ou outra
solução tecnológica de maior eficácia no entorno da estrutura, preferencialmente fora
da mancha de inundação de modo a alertar as pessoas possivelmente afetadas;
XXIV - prover os recursos necessários à garantia de segurança da barragem e, em
caso de acidente ou desastre, à reparação dos danos à vida humana, ao meio
ambiente e aos patrimônios público e privado, até o descadastramento da estrutura;
e
XXV - notificar imediatamente à ANM, à autoridade licenciadora do Sisnama e ao
órgão de proteção e defesa civil qualquer alteração das condições de segurança da
barragem que possa implicar acidente ou desastre.
§ 1º Os períodos semestrais a que se refere o inciso III devem ser entendidos como
aqueles compreendidos entre o primeiro e o sexto mês de um ano e entre o sétimo e
décimo segundo mês do ano.
§ 2º A designação a que se refere o inciso V não exime o empreendedor da
responsabilidade legal pela segurança da barragem.
Art. 39. O coordenador do PAEBM deve ser profissional designado pelo
empreendedor da barragem, com autonomia e autoridade para mobilização de
equipamentos, materiais e mão de obra a serem utilizados nas ações corretivas e/ou
emergenciais, devendo estar treinado e capacitado para o desempenho da função, e
estar disponível para atuar prontamente nas situações de emergência da barragem.
Seção IV
Das Situações e Níveis de Alerta e Emergência
Art. 40. Considera-se iniciada uma situação de alerta ou emergência quando:
I - Situação de Alerta:
a) for detectada anomalia com pontuação 6 (seis) na mesma coluna do Quadro 3 -
Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - Estado de Conservação)
do Anexo IV em 2 (dois) EIR seguidos; ou
b) for detectada anomalia que não implique em risco imediato à segurança, mas que
deve ser controlada e monitorada; ou
c) a DCO não for enviada, conforme os prazos previstos no inciso II do art. 45 desta
Resolução; ou (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
d) a DCO for enviada concluindo pela não conformidade e operacionalidade do
PAEBM da barragem; ou (Acrescentada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Bem-vindo à nova era da educação.

e) a barragem for classificada como risco inaceitável no PGRBM; ou (Acrescentada


pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
f) a critério da ANM. (Acrescentada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
II - Situação de Emergência:
a) iniciar-se uma ISE da Barragem de Mineração; ou
b) em qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da
estrutura; ou c) em qualquer dos casos elencados no inciso II do art. 41 desta
Resolução; ou
d) a critério da ANM.
Art. 41. O empreendedor, ao ter conhecimento de uma situação de alerta ou de
emergência expressa no art. 40, deve avaliá-la e classificá-la, por intermédio do
coordenador do PAEBM e da equipe de segurança de barragens, de acordo com os
seguintes Níveis:
I - Nível de Alerta:
a) quando identificada situação descrita no inciso I do art. 40;
II - Nível de Emergência 1 (NE1):
a) quando a barragem de mineração estiver com Categoria de Risco Alta; ou
b) quando for detectada anomalia com pontuação 6 (seis) na mesma coluna do
Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - Estado de
Conservação) do Anexo IV em 4 (quatro) EIR seguidos; ou
c) quando for detectada anomalia com pontuação 10 (dez) no EIR; ou
d) qualquer situação elencada no § 1º do art. 5º desta Resolução; ou
e) quando o Fator de Segurança drenado estiver entre 1,30 £ FS < 1,50 ou Fator de
Segurança não drenado de pico estiver entre 1,20 £ FS < 1,30 ou quando o Fator de
Segurança não drenado de pico estiver entre 1,20 £ FS < 1,50 para os casos
elencados no inciso I, § 5º, do art. 54 desta Resolução; ou (Redação dada
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
f) para qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da
estrutura.
III - Nível de Emergência 2 (NE2):
a) quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida no inciso I for
classificado como "não controlado", de acordo com a definição do § 1º do art. 31 desta
Resolução; ou
Bem-vindo à nova era da educação.

b) quando o Fator de Segurança drenado estiver entre 1,10 £ FS < 1,30 ou Fator de
Segurança não drenado de pico estiver entre 1,00 £ FS < 1,20. (Redação dada
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
IV - Nível de Emergência 3 (NE3):
a) a ruptura é inevitável ou está ocorrendo; ou
b) quando o Fator de Segurança drenado estiver abaixo de 1,10 ou Fator de
Segurança não drenado de pico estiver abaixo de 1,00. (Redação dada
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
§ 1º Após a classificação quanto aos Níveis de Emergência, o coordenador do PAEBM
deve declarar Situação de Emergência e executar as ações descritas no PAEBM.
§ 2º Declarada a Situação de Emergência, o coordenador do PAEBM deve comunicar
e estar à disposição dos organismos de defesa civil por meio do número de telefone
constante do PAEBM para essa finalidade.
§ 3º Quando a barragem for classificada em nível de emergência, o empreendedor
deverá imediatamente, sob pena de embargo ou suspensão de atividade da barragem
de mineração, interromper o lançamento de efluentes e (ou) rejeitos no reservatório,
e manter os serviços de monitoramento, manutenção e conservação da estrutura de
contenção de rejeitos e sedimentos.
Art. 42. Quando a emergência for NE3, sem prejuízo das demais ações previstas no
PAEBM e das ações das autoridades públicas competentes, o empreendedor é
obrigado a alertar a população potencialmente afetada na ZAS de forma rápida e
eficaz, objetivando sua evacuação, utilizando os sistemas de alerta e de avisos
constantes no PAEBM, assim como se articular com a Defesa Civil e informar à ANM.
§ 1º Quando a emergência for NE2, o empreendedor é obrigado a se articular com a
Defesa Civil objetivando a evacuação preventiva da população inserida na ZAS.
§ 2º A forma rápida e eficaz a que se refere o caput, compreende, mas não se limita,
ao acionamento de sirenes nas áreas afetadas pela inundação, integradas à estrutura
de monitoramento e alerta da barragem de mineração.
§ 3º Caso a Defesa Civil solicite formalmente, o empreendedor deve manter sistema
de alerta ou avisos à população potencialmente afetada na ZSS, de acordo com o
pactuado previamente com o citado órgão e após verificação de forma conjunta da
sua eficácia, em consonância com a Portaria nº 187, de 26 de outubro de 2016, da
Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil ou normativo que venha a sucedê-lo.
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 43. Após a ocorrência do acidente, o empreendedor fica obrigado a apresentar à


ANM, o RCCA, que deve ser anexado ao Volume V do Plano de Segurança de
Barragem, devendo conter, no mínimo, os elementos indicados no Anexo II (Volume
V, item 18).
§ 1º O relatório citado no caput deve ser elaborado por equipe multidisciplinar
especializada de consultoria externa.
§ 2º O citado relatório deve ser enviado à ANM, via SIGBM, em até 6 (seis) meses
após o acidente.
Seção V
Da Avaliação de Conformidade e Operacionalidade do PAEBM
Art. 44. O empreendedor detentor de barragens de mineração enquadradas na PNSB,
fica obrigado a executar, para cada barragem, anualmente, Avaliação de
Conformidade e Operacionalidade do PAEBM (ACO).
Parágrafo único. (Suprimido pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
§ 1º Entende-se por Conformidade a avaliação e comprovação dos itens mínimos do
PAEBM e, por Operacionalidade, a comprovação de efetividade do PAEBM em
eventual situação de emergência. (Acrescentado pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
§ 2º Os empreendedores que tenham barragem de mineração com DPA baixo ou DPA
médio, quando o item de "população a jusante" obtiver menos que 10 pontos no
quadro de Dano Potencial Associado constante do Anexo IV, poderão elaborar ACO
simplificada, contendo minimamente os itens a, b, c, d, i, j, k, l e m do conteúdo definido
no Anexo II, item 20 do volume V, não sendo obrigados a fazer uso das regras
impostas no artigo 48, à exceção de haver solicitação formal da Defesa
Civil. (Acrescentado pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Art. 45. A ACO deve ser realizada com observância das seguintes prescrições:
I - elaborar, anualmente, o Relatório de Conformidade e Operacionalidade do PAEBM
(RCO);
II - emitir, anualmente, a Declaração de Conformidade e Operacionalidade do PAEBM
- DCO e enviá-la à ANM, via SIGBM, entre 1º e 30 de junho;
III - validar, por meio de equipe externa contratada, o mapa e o estudo de inundação,
quanto à sua consonância com os parâmetros estabelecidos no art. 6º, concluindo-se
por uma sugestão de Classificação em Dano Potencial Associado; e
IV - realizar treinamentos internos e seminário orientativo, na forma prevista nos
artigos 47 e 48 desta Resolução.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 1º O RCO e a DCO devem ser anexados ao PSB, devendo manter sempre a última
RCO e sua DCO no PAEBM e as demais RCO e DCO no Volume I, Tomo II do PSB.
§ 2º O conteúdo mínimo do RCO é detalhado no Volume V, do Anexo II desta
Resolução.
§ 3º O modelo da DCO é descrito no Anexo VII desta Resolução.
Art. 46. A ACO deve ser realizada por equipe multidisciplinar externa contratada com
competência nas diversas disciplinas que envolvam a segurança da barragem em
estudo e seu vale a jusante.
§ 1º O responsável técnico pela emissão da DCO deverá ser distinto dos responsáveis
técnicos pela elaboração do PAEBM e do estudo de ruptura hipotética vigentes da
barragem.
§ 2º A ANM poderá exigir do empreendedor, a qualquer tempo, a realização de novo
RCO, para fins de apresentação de nova DCO da barragem.
§ 3º A equipe externa responsável pela elaboração do RCO e pela emissão da DCO,
deve ser multidisciplinar e a responsabilidade destes documentos deve ser confiada
a profissionais legalmente habilitados, com registro no Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia - CREA, e ser objeto de Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART), consoante exigido pela Lei nº 6.496, de 7 de dezembro de 1977, com
indicação explícita, no campo de atividade técnica da ART, da atribuição profissional
para prestação de serviços ou execução, conforme o caso.
§ 4º A não apresentação da DCO ou a apresentação da DCO não atestando que o
PAEBM da barragem está em conformidade com a legislação vigente e operacional
em sua aplicabilidade em situações de emergência até o termo final do prazo
estabelecido no art. 45, II, ensejará a aplicação imediata da sanção de embargo ou
de suspensão de atividade da barragem de mineração.
§ 5º A DCO deverá ser assinada pelo responsável técnico por sua elaboração e pelo
empreendedor pessoa física ou pelo administrador titular do cargo de maior hierarquia
na estrutura da pessoa jurídica, com função de direção efetiva e representação como,
por exemplo, o diretor-presidente da sociedade anônima. (Acrescentado
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Art. 47. Os treinamentos internos a serem realizados pelo empreendedor, no máximo
a cada 6 (seis) meses, em consonância com o inciso III do art. 38 desta Resolução,
com participação da equipe externa contratada para realizar a ACO e emitir a DCO
devem ser acompanhados e aprovados pelo empreendedor, compreendendo:
I - Exercícios expositivos internos: apresentações expositivas em salas de
treinamento, onde são explicados os procedimentos descritos no PAEBM.
Bem-vindo à nova era da educação.

II - Exercícios de fluxo de notificações internos: exercícios conduzidos pelo


empreendedor com o objetivo de testar os procedimentos de notificação interna
presentes no PAEBM.
III - Exercícios simulados internos:
a) Hipotético: é um teste hipotético e lúdico de efetividade e operacionalidade do
PAEBM feito em sala de treinamento, com situações de tempo próximas ao real
previsto.
É feito para avaliar a capacidade e o tempo de resposta do empreendedor em caso
de emergência; e
b) Prático: compreende exercícios de campo simulando uma situação de emergência
envolvendo a ativação e mobilização dos centros de operação internas de
emergências, pessoal e recursos disponíveis, inclusive dos procedimentos de
evacuação internos.
§ 1º O inciso III deve ser executado optando-se pelas alíneas a) ou b), sendo que a
alínea b) deve ser executada, obrigatoriamente, pelo menos 1 (uma) vez durante o
ano calendário para composição da ACO.
§ 2º Os treinamentos internos têm por objetivo contribuir para manter o estado de
prontidão, uma vez que permitem uma maior familiarização dos envolvidos com os
seus elementos e atribuições inerentes ao PAEBM concluindo pela evolução
operacional do citado Plano.
Art. 48. O empreendedor, com participação da equipe externa contratada e após
validação do mapa de inundação, fica obrigado a promover e realizar Seminários
Orientativos anuais, com participação das prefeituras, organismos de defesa civil,
equipe de segurança da barragem, demais empregados do empreendimento,
população compreendida na ZAS e, caso tenha sido solicitado formalmente pela
defesa civil, população compreendida na ZSS também.
Parágrafo único. O citado Seminário Orientativo referenciado no caput deve
compreender a exposição do mapa de inundação envolvendo participantes internos e
externos visando a discussão de procedimentos não abrangendo um teste real.
CAPÍTULO VII
PROCESSO DE GESTÃO DE RISCO
Seção I
Da Estrutura, do conteúdo mínimo
Art. 49. O empreendedor deve implementar o Processo de Gestão de Riscos para
Barragens de Mineração (PGRBM) como parte integrante da gestão e da tomada de
Bem-vindo à nova era da educação.

decisão, integrado nas operações e processos relacionados às barragens de


mineração.
§ 1º O PGRBM deverá ser aplicado para barragens com DPA alto.
§ 2º O PGRBM deverá anteceder cada fase do ciclo de vida da estrutura e estar
implementado antes do primeiro enchimento.
§ 3º O PGRBM deverá conter a identificação, análise, avaliação e classificação dos
riscos em aceitável, ALARP e não aceitável, utilizando metodologias reconhecidas
nacionalmente e internacionalmente.
§ 4º Cada etapa do PGRBM deverá ser realizada por equipe multidisciplinar, sendo
que o líder da equipe deverá ter conhecimento das atividades, experiência em
análises de riscos e amplo conhecimento da técnica de análise de riscos a ser
utilizada, além de ser capaz de realizá-la de forma objetiva e imparcial.
Art. 50. O PGRBM deve ser elaborado e documentado, seguindo o estabelecido no
Anexo II desta Resolução.
Art. 51. O PGRBM deve conter manifestação de ciência por parte do empreendedor
pessoa física ou do administrador titular do cargo de maior hierarquia na estrutura da
pessoa jurídica, com função de direção efetiva e representação como, por exemplo, o
diretor- presidente da sociedade anônima.
Art. 52. Caso a barragem seja classificada como risco inaceitável, o empreendedor
deverá imediatamente, sob pena de embargo ou suspensão de atividade da barragem
de mineração, interromper o lançamento de efluentes e (ou) rejeitos no reservatório,
e manter os serviços de monitoramento, manutenção e conservação da estrutura de
contenção de rejeitos e sedimentos, até que seja reclassificada para o nível ALARP
ou aceitável.
Seção II
Da Periodicidade do Processo de Gestão de Riscos
Art. 53. O PGRBM deve ser atualizado nas seguintes situações:
I - antes de qualquer modificação estrutural, incluindo o processo de
descaracterização;
II - antes de mudanças nas operações, procedimentos ou instalações que possam
afetar a integridade da estrutura;
III - sempre que houver incidentes, acidentes ou desastres;
IV - por exigência da ANM.
Parágrafo único. Não ocorrendo nenhum dos casos acima mencionados deverá ser
atualizado com periodicidade máxima de 2 (dois) anos.
Bem-vindo à nova era da educação.

CAPÍTULO VIII
DAS MEDIDAS REGULATÓRIAS LOCACIONAIS PARA BARRAGENS DE
MINERAÇÃO
Art. 54. Fica vedada a implantação de novas barragens de mineração cujo mapa de
inundação identifique a existência de comunidade na ZAS, o qual deve ser executado
pelo empreendedor previamente à construção da barragem.
§ 1º No caso de barragens de mineração que iniciaram a instalação ou a operação
antes da entrada em vigor da Lei nº 14.066, de 2020, em que seja identificada
comunidade, conforme conceito de áreas urbanas, aglomerados rurais ou subnormais
e aldeias definidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, na ZAS,
deverá ser feita a descaracterização da estrutura, ou o reassentamento da população
e o resgate do patrimônio cultural, ou obras de reforço que garantam a estabilidade
efetiva da estrutura.
§ 2º Para subsidiar a decisão do Poder Público, o empreendedor deverá apresentar à
ANM, até 30 de junho de 2022, estudo elaborado por equipe profissional qualificada,
avaliando a relação de custos, riscos e benefícios para a adoção de cada uma das
alternativas apresentadas no § 1º, devendo considerar a anterioridade da barragem
em relação à ocupação e a viabilidade técnico- financeira das ações que devem ser
adotadas em cada uma das situações analisadas, sugerindo ao Poder Público a
alternativa mais viável.
§ 3º A ANM se manifestará sobre a alternativa considerada adequada no processo
administrativo competente, podendo consultar, a seu critério, outros órgãos do poder
público envolvidos no tema, devendo o empreendedor iniciar as ações cabíveis
imediatamente após a manifestação formal.
§ 4º Fica o empreendedor obrigado a encaminhar à ANM, em até 72 (setenta e duas)
horas após protocolização do mencionado estudo, por meio do e-mail institucional
segurancadebarragens@anm.gov.br, ou dispositivo que o suceda, o recibo eletrônico
de protocolo no SEI dos documentos referenciados no § 2º.
§ 5º As obras de reforço citadas no § 1º se referem à execução de intervenções que
incrementem a segurança da estrutura que permanecerá, devendo, além das
obrigações constantes nesta Resolução:
I - obter Fator de Segurança na condição não drenada global com valor igual ou
superior a 1,50 para resistência de pico, quando os materiais forem sujeitos à
mobilização por resistência não drenada; (Redação dada pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
II - possuir borda livre mínima maior ou igual a 1,0 (um) metro ou conforme projeto, o
que for maior; e (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Bem-vindo à nova era da educação.

Redações Anteriores
III - possuir Centro de Monitoramento Geotécnico operando 24 (vinte e quatro) horas
por dia.
§ 6º As barragens de mineração em instalação que realizarão o reforço da estrutura,
conforme previsto no § 1º deste artigo, deverão atender ao disposto nos incisos
previstos no § 5º antes da entrada em operação desta.
§ 7º Para as barragens de mineração não enquadradas no art. 58 que executarão o
reforço da estrutura, os prazos para o atendimento do previsto no § 5º são:
I - incisos I e II, do § 5º: até 31 de dezembro de 2025; e
II - inciso III, do § 5º: até 31 de dezembro de 2023.
§ 8º Para o empreendedor que irá descaracterizar a estrutura, ou reassentar a
população e resgatar o patrimônio cultural, o prazo para tal conclusão é até 31 de
dezembro de 2027.
§ 9º O não atendimento ao disposto neste artigo ensejará a aplicação imediata da
sanção de embargo ou de suspensão de atividade da barragem de mineração.
Art. 55. É vedado aos empreendedores responsáveis por quaisquer barragens de
mineração construir, manter e operar na ZAS:
I - instalações destinadas a atividades administrativas, de vivência, de saúde e de
recreação;
II - barragens de mineração ou estruturas vinculadas ao processo operacional de
mineração para armazenamento de efluentes líquidos, situadas imediatamente à
jusante da barragem de mineração cuja existência possa comprometer a segurança
da barragem situada à montante, conforme definido pelo projetista; e
III - qualquer instalação, obra ou serviço que manipule, utilize ou armazene fontes
radioativas.
§ 1º Para novas barragens de mineração a proibição a que se refere o inciso I será
aplicável a partir do primeiro enchimento do reservatório.
§ 2º Consideram-se áreas de vivência referenciadas no inciso I as seguintes
instalações:
a) instalações sanitárias, exceto aquelas essenciais aos trabalhadores que atuam nas
áreas a jusante da barragem;
b) vestiário;
c) alojamento;
d) local de refeições;
Bem-vindo à nova era da educação.

e) cozinha;
f) lavanderia;
g) área de lazer;
h) ambulatório; e
i) estacionamentos.
Art. 56. Somente se admite na ZAS a permanência de trabalhadores estritamente
necessários ao desempenho das atividades de operação, manutenção, obras de
alteamento, descaracterização ou reforço da barragem ou de estruturas e
equipamentos a ela associados.
§ 1º Para efeito desta Resolução, serão considerados estruturas e equipamentos
associados à barragem, as áreas de lavra, beneficiamento e de disposição de rejeitos
e estéril de empreendimentos com título autorizativo de lavra outorgado e implantado
até a data de entrada em vigor da Lei nº 14.066, de 2020.
§ 2º Os responsáveis pelas barragens que tenham quaisquer áreas elencadas no § 1º
dentro da ZAS, com a presença e atividade de trabalhadores, devem atender aos
critérios estabelecidos nos incisos I, II e III do § 5º do art. 54 desta Resolução, nos
prazos constantes no § 7º desse artigo, além das obrigações constantes nesta
Resolução.
§ 3º Durante o período abrangido entre a entrada em vigor desta Resolução e o fim
dos prazos constantes no § 7º do art. 54 desta Resolução, poderão ser mantidas e
em operação todas as atividades citadas no § 1º deste dispositivo, devendo as
medidas de segurança e salvaguarda das pessoas estarem previstas no PAEBM.
§ 4º Consideram-se as coletas de dados para realização de estudos geotécnicos,
geológicos e ambientais como atividades de operação e manutenção da estrutura.
§ 5º O não atendimento ao disposto neste artigo ensejará a aplicação imediata da
sanção de embargo ou de suspensão de atividade da barragem de mineração e a
evacuação imediata das áreas elencadas no § 1º situadas na ZAS.
Art. 57. Deverão ser descaracterizadas as barragens de mineração referenciadas no
inciso II do art. 55 desta Resolução até 15 de agosto de 2022.
Parágrafo único. O não atendimento ao disposto neste artigo, implicará a aplicação
imediata da sanção de embargo ou de suspensão de atividade da barragem de
mineração.
Art. 58. Com vistas a minimizar o risco de rompimento, em especial por liquefação,
das barragens alteadas pelo método a montante ou por método declarado como
desconhecido, o empreendedor deverá:
Bem-vindo à nova era da educação.

I - possuir projeto técnico executivo de descaracterização da estrutura, o qual deverá


contemplar, também, sistemas de estabilização da barragem existente ou a
construção de nova estrutura de contenção situada à jusante, ambos conforme
definição técnica do projetista, com vistas a minimizar o risco de rompimento por
liquefação ou reduzir o dano potencial associado, tendo como balizador a segurança
e obedecendo a todos os critérios de segurança descritos nesta Resolução e na norma
ABNT NBR 13.028 e ou normativos que venham a sucedê-las;
II - executar as obras do sistema de estabilização da barragem existente ou a
construção de nova estrutura de contenção situada a jusante, conforme definição
técnica do projetista;
III - concluir a descaracterização da barragem até 25 de fevereiro de 2022, conforme
prazo determinado no § 2º, art. 2-A da Lei nº 12.334, de 2010, podendo ser prorrogado
pela ANM mediante apresentação de justificativa técnica e desde que seja
referendada pela autoridade licenciadora do Sisnama.
§ 1º Para os casos em que se necessite de prorrogação de prazo para a conclusão
da descaracterização, conforme definição do inciso VIII do art. 2º desta Resolução,
em razão de inviabilidade técnica, o empreendedor deverá encaminhar requisição
com justificativa técnica até o dia 25 de fevereiro de 2022 à ANM, a qual
posteriormente deverá ser referendada pela autoridade licenciadora do Sisnama.
§ 2º O projeto técnico referenciado no inciso I, assim como a justificativa técnica para
prorrogação do prazo referenciado no § 1º deste artigo, deverão ser elaborados por
equipe externa e independente, constituída por profissionais legalmente habilitados
pelo CONFEA/CREA .
§ 3º É vedada a realização de novos alteamentos, exceto se assim exigido no projeto
técnico executivo referido no inciso I para fins de descaracterização, devendo a obra
ser executada sob supervisão de profissional legalmente habilitado pelo
CONFEA/CREA .
§ 4º Os empreendedores que não encaminharem o pedido de prorrogação de prazo
das barragens de mineração, conforme mencionado no § 1º deste artigo, deverão
estar com a descaracterização concluída até a data de 25 de fevereiro de 2022.
§ 5º Caso o empreendedor não cumpra o disposto no § 4º deste artigo, a barragem
de mineração estará enquadrada no § 2º do art. 18 da Lei nº 12.334, de 2010,
considerando- se como omissão ou inação do empreendedor.
§ 6º O não atendimento ao disposto neste artigo, implicará a aplicação da sanção de
embargo ou de suspensão de atividade do complexo minerário até que se cumpram
os requisitos dispostos.
CAPÍTULO IX
DA QUALIFICAÇÃO TÉCNICA MÍNIMA
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 59. As empresas que executarão quaisquer documentos técnicos constantes


desta Resolução ou farão parte destas equipes devem atender aos seguintes
requisitos mínimos:
I - ter equipe multidisciplinar que possua conhecimento para atuação em diversas
áreas da barragem de mineração, contendo, minimamente, profissionais com
conhecimento em geologia, geotecnia, hidrologia, hidráulica e engenharia de
barragens com experiência profissional em serviços de consultoria, assessoria e/ou
auditoria técnica independente, elaboração, supervisão e/ou fiscalização de projetos
e/ou obras de barragens e em avaliação de segurança de barragens em sua área de
atribuição/habilitação;
II - ter Código de Ética implementado na empresa; e
III - ter Certificado de Pessoa Jurídica no Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia - CREA.
Art. 60. Os profissionais que executarão quaisquer documentos técnicos constantes
desta Resolução ou farão parte destas equipes, com exceção da ACO/DCO e do
PGRBM, devem atender aos seguintes requisitos mínimos: (Redação dada
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
I - no que se refere a habilitação profissional, ter:
a) Especialização, mestrado ou doutorado em geotecnia, ou engenharia de barragens
ou segurança de barragens ou equivalente, reconhecida pelo Ministério da Educação
- MEC; ou
b) Especialização, mestrado ou doutorado em hidrologia ou hidráulica ou equivalente,
reconhecida pelo Ministério da Educação - MEC.
II - ser membro de organização profissional reconhecida que possua código de ética
devendo seguir tal Código de Ética deste Conselho;
III - ter experiência em estudos, projetos, planos, manuais de dimensionamento,
implantação, segurança, monitoramento, manutenção ou operação de barragens; e
IV - ter conhecimento detalhado de manuais e normas utilizados no Brasil e em outros
países sobre "Avaliação da Segurança de Barragens" e "Inspeção de Barragens".
§ 1º A elaboração e o envio, quando couber, do RISR, do RCIE, da RPSB, do RCCA,
da DCE, do estudo de susceptibilidade à liquefação de empilhamentos drenados e do
projeto de descaracterização são restritos aos profissionais que atendam ao disposto
no caput e deve ser elaborado por equipe multidisciplinar composta, minimamente,
por profissionais que atendam aos requisitos das alíneas "a" e "b" e assinado pelo
coordenador que deve cumprir os requisitos da alínea "a" do inciso I deste artigo.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 2º A elaboração e o envio, quando couber, do estudo e do mapa de inundação são


restritos aos profissionais que atendam ao disposto no caput e deve ser elaborado por
equipe multidisciplinar composta, minimamente, por profissionais que atendam os
requisitos das alíneas "a" e "b" e assinado pelo coordenador que deve cumprir os
requisitos da alínea "a" ou "b" do inciso I deste artigo.
CAPÍTULO X
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 61. O empreendedor, como responsável legal pela segurança da barragem, é
obrigado a:
I - manter a contínua e efetiva estabilidade da estrutura, e declarar periodicamente
essa condição, na forma prevista nesta Resolução; e
II - permitir o acesso irrestrito da ANM, da autoridade licenciadora do Sisnama, do
órgão de proteção e defesa civil e dos órgãos de segurança pública ao local da
barragem e das instalações associadas e à sua documentação de segurança.
Art. 62. O empreendedor é obrigado a manter o barramento com revestimento vegetal
controlado, quando aplicável, livre de vegetação arbustiva e arbórea permitindo
inspeção visual adequada da estrutura.
Parágrafo Único. Em caso de descumprimento da obrigação prevista no caput,
impossibilitando a inspeção visual da estrutura, pelo princípio da precaução, os itens
"Percolação", "Deformações e Recalques" e "Deterioração dos Taludes/Paramentos",
do Quadro 3 - Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 - Estado de
Conservação), serão classificados pela ANM com pontuação 10 (dez), ensejando ISE,
a ser iniciada imediatamente após comunicado da Agência ao empreendedor, sem
prejuízo das sanções cabíveis.
Art. 63. Para o acesso ao sistema SIGBM, tanto o empreendedor quanto o
responsável técnico pela equipe externa contratada, deverão, individualmente e
independentemente, assinar de forma eletrônica, Termo de Compromisso de
Responsabilidade.
Parágrafo único. As DCE deverão ser assinadas eletronicamente no sistema SIGBM,
tanto pelo empreendedor, observado o disposto no Parágrafo único do art. 26, quanto
pelo responsável técnico.
Art. 64. Os documentos e ações técnicas referenciadas nesta Resolução, tais como
estudos, planos, projetos, construções, inspeções, declarações e relatórios, devem
ser confiados a profissionais legalmente habilitados pelo Sistema Conselho Federal
de Engenharia e Agronomia - CONFEA / Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia - CREA, e ser objeto de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART),
com indicação explícita, no campo de atividade técnica da ART, da atribuição
Bem-vindo à nova era da educação.

profissional para prestação de serviços ou execução, conforme o caso, de projeto,


construção, operação ou manutenção de barragens.
Art. 65. Deve ser designado um Engenheiro de Registro (EdR) para todas as
barragens que possuírem DPA alto.
§ 1º O EdR deverá avaliar a estrutura continuamente, emitindo relatórios, com ART,
que considerem se os objetivos de desempenho, parâmetros de segurança, diretrizes,
padrões aplicáveis e requisitos legais vem sendo alcançados, considerando todo seu
ciclo de vida.
§ 2º O EdR deverá ser externo à empresa, não deverá compor a equipe de
manutenção e operação da barragem e tampouco ser o emissor da RPSB.
§ 3º O EdR deverá cumprir os requisitos previstos na alínea "a" do inciso I do art. 60.
§ 4º O EdR deverá compor a equipe multidisciplinar do Processo de Gestão de Risco.
§ 5º O EdR poderá ser o emissor do RISR.
§ 6º Quando ocorrer a reclassificação da barragem para DPA Alto, o empreendedor
disporá de 6 (seis) meses para o cadastramento do EdR no SIGBM.
Art. 66. A barragem que não atender aos requisitos de segurança nos termos da
legislação pertinente deverá ser recuperada, desativada ou descaracterizada pelo seu
empreendedor, que deverá comunicar à ANM as providências adotadas.
Parágrafo Único. Na eventualidade de omissão ou inação do empreendedor, a ANM
informará essa situação ao órgão federal de proteção e defesa civil, para fins de apoio
por meio das ações previstas no art. 4º da Lei nº 12.340, de 1º de dezembro de 2010,
e os custos deverão ser ressarcidos pelo empreendedor, sem prejuízo da aplicação
das sanções cabíveis.
CAPÍTULO XI
DAS PENALIDADES E MEDIDAS ACAUTELATÓRIAS
Art. 67. O descumprimento pelo empreendedor das obrigações estabelecidas nesta
Resolução e das providências relativas à segurança de barragens de mineração,
indicadas pela fiscalização da ANM, sujeitará o infrator às penalidades estabelecidas
no art. 17-c da Lei nº 12.334, de 2010, e normas correlatas, assim como o
estabelecido na Resolução ANM nº 122, de 28 de novembro de 2022, ou ato
normativo que a suceda, independente do regime minerário associado à barragem de
mineração, sem prejuízo da aplicação de outras sanções legalmente
previstas. (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
§ 1º As penalidades previstas neste artigo poderão ser aplicadas cumulativamente.
Bem-vindo à nova era da educação.

§ 2º O preenchimento incorreto das informações a serem reportadas no SIGBM, a


apresentação de declaração, informação, laudo, plano, mapa ou relatório total ou
parcialmente falso, enganoso ou omisso, assim como a falsificação, adulteração,
inutilização, simulação ou alteração de registros e de outros documentos exigidos na
legislação, acarretará a aplicação das sanções previstas na Resolução ANM nº 122,
de 28 de novembro de 2022 ou legislação que a substitua, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis. (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
§ 3º No caso de não atendimento, no prazo fixado, das determinações estabelecidas
nesta Resolução, a ANM poderá adotar medidas acautelatórias, tais como embargo
ou suspensão de parte ou da integralidade das operações do empreendimento, sem
prejuízo da imposição das sanções administrativas cabíveis.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 68. Para o cumprimento do § 9º do art. 6º desta Resolução, o empreendedor deve
enviar o mapa de inundação de todas as barragens de mineração no SIGBM até 30
de setembro de 2022, mantendo-o atualizado no sistema.

Nota: Prazo prorrogado até o dia 07 de outubro de 2022 pela Resolução


115/2022/ANM/MME

Parágrafo único. Para novas barragens de mineração cadastradas após 30 de


setembro de 2022, o empreendedor deve enviar o mapa de inundação no SIGBM
antes do primeiro enchimento, mantendo-o atualizado no sistema.
Art. 69. O envio da primeira DCE para as ECJ, conforme § 5º do art. 19 desta
Resolução, deverá ocorrer:
I - na campanha de entrega de setembro, se a ECJ tiver sua construção concluída
entre 1º de outubro e 31 de março;
II - na campanha de entrega de março do ano seguinte, se a ECJ tiver sua construção
concluída entre 1º de abril e 30 de setembro.
Art. 70. Para o cumprimento do art. 33 desta Resolução, o empreendedor terá até 30
de junho de 2023 para a elaboração do PAEBM, no caso de barragens que passaram
a ter a obrigatoriedade de possuir o PAEBM, na forma da Lei nº 12.334, de 2010,
alterada pela Lei nº 14.066, de 2020.
Parágrafo único. A emissão da primeira DCO para as barragens enquadradas no
caput deste artigo, para fins de cumprimento do art. 45, inciso II, desta Resolução,
somente ocorrerá no ano subsequente ao de elaboração do PAEBM.
Bem-vindo à nova era da educação.

Art. 71. Quando, em decorrência de reclassificação promovida pela ANM, a barragem


passar a ser enquadrada na PNSB, segundo o disposto no § 1º do art. 1º desta
Resolução, deve o empreendedor, no prazo de 1 (um) ano, elaborar o PSB, incluindo
o PAEBM.
§ 1º O envio da primeira DCE, para os casos previstos no caput, deverá ocorrer:
I - na campanha de entrega de setembro, se o enquadramento ocorrer entre 1º de
outubro e 31 de março;
II - na campanha de entrega de março do ano seguinte, se o enquadramento ocorrer
entre 1º de abril e 30 de setembro.
§ 2º O envio da primeira DCO, para os casos previstos no caput, deverá ocorrer na
campanha de entrega seguinte após 1 (um) ano do enquadramento.
Art. 72. Para o cumprimento do art. 49 desta Resolução, o empreendedor terá até 31
de dezembro 2022 para a implantação do PGRBM.
Parágrafo único. Quando ocorrer a reclassificação da barragem para DPA Alto, o
empreendedor disporá de 1 (um) ano para a implantação do PGRBM.
Art. 73. O prazo para cumprimento da remoção do inciso I do art. 55 é até 30 de junho
de 2022.
Art. 74. As disposições previstas nos artigos 59 e 60 passam a ser obrigatórias a partir
de 1º de janeiro de 2024. (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
Art. 75. Para o cumprimento do art. 65 desta Resolução, o empreendedor deverá
cadastrar o EdR, obrigatoriamente, até 30 de junho de 2022.
Parágrafo único. Quando ocorrer a reclassificação da barragem para DPA Alto, o
empreendedor disporá de 6 (seis) meses para o cadastramento do EdR no SIGBM.
Art. 76. Constatada a existência de barragem abrangida pela PNSB, segundo o
disposto no parágrafo único do art. 1º, não cadastrada pelo empreendedor no CNBM,
conforme exigido no art. 3º desta Resolução, o prazo para elaboração do PSB,
incluindo o PAEBM, será definido pela fiscalização da ANM.
Art. 77. Todos os estudos, planos, projetos, construções, inspeções e demais
relatórios citados nesta Resolução, devem conter Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART), por profissional habilitado pelo Sistema Conselho Federal de
Engenharia e Agronomia - CONFEA / Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
- CREA.
Art. 78. O empreendedor fica obrigado a manter as condições de segurança das
estruturas de contenção de rejeitos, atendendo às exigências da legislação vigente,
Bem-vindo à nova era da educação.

requisitos previstos nos planos e projetos de engenharia e condicionantes definidas


no licenciamento ambiental.
Art. 79. A ANM poderá, a seu critério, em casos excepcionais e quando devidamente
justificado pelo interessado, estabelecer prazos e obrigações distintas das previstas
nesta Resolução, nos termos do art. 2º, inciso XI, da Lei nº 13.575, de 26 de dezembro
de 2017.
Parágrafo único. Barragens de mineração na fase de monitoramento passivo,
conforme definição do art. 2°, inciso VIII, alínea 'd' item 2, ficam dispensadas de
preencher quinzenalmente os extratos de inspeção de segurança regular (EIR) no
SIGBM, elaborar o RPSB, executar a ACO, promover o Seminário Orientativo Anual
e emitir a DCE da ECJ, quando aplicável, mantidas todas as demais obrigações desta
resolução, com a observância das seguintes prescrições: (Acrescentado
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
I - inspeções regulares com periodicidade máxima bimestral, com preenchimento das
FIR e envio do EIR no SIGBM, monitoramento da instrumentação geotécnica, a serem
anexados no Volume III do PSB; (Acrescentado pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
II - elaboração do Relatório de Inspeção Regular (RISR) uma vez ao ano (campanha
de setembro), com envio da respectiva DCE à ANM via SIGBM, conforme requisito do
§ 1º do art. 19; (Acrescentado pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
III - realização de treinamentos internos conforme art. 47, no mínimo 1 vez ao ano,
compreendendo os incisos I, II e III do art. 47, podendo o empreendedor optar entre
as alíneas 'a' ou 'b' no caso do inciso III; e (Acrescentado pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
IV - o PAEBM pode ter conteúdo simplificado, desde que atendidos os itens mínimos
previstos no art. 12 da Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010. (Acrescentado
pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Art. 80. Fica estabelecido o SIGBM e o e-mail institucional
segurancadebarragens@anm.gov.br como meios de comunicação para o
recebimento de denúncias e de informações sobre segurança de barragens de
mineração.
Parágrafo único. (Suprimido pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
§ 1º Fica o empreendedor obrigado a encaminhar à ANM, em até 72 (setenta e duas)
horas após protocolização, por meio do e-mail institucional referenciado no caput, ou
dispositivo que o suceda, o recibo eletrônico de protocolo no SEI dos documentos no
processo minerário que informem ou impliquem em situação emergencial ou de
Bem-vindo à nova era da educação.

potencial comprometimento da segurança estrutural das barragens sob sua


responsabilidade. (Acrescentado pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
§ 2º Fica o empreendedor obrigado a comunicar à ANM imediatamente, via SIGBM,
sobre a ocorrência de incidente ou acidente nas barragens de mineração sob sua
responsabilidade. (Acrescentado pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Art. 81. Esta Resolução entra em vigor em 22 de fevereiro de 2022.
Art. 82. Ficam revogadas:
a) a Portaria DNPM nº 70.389, de 17 de maio de 2017;
b) a Resolução ANM nº 13, de 08 de agosto de 2019;
c) a Resolução ANM nº 32, de 11 de maio de 2020;
d) a Resolução ANM nº 40, de 06 de julho de 2020;
e) a Resolução ANM nº 51, de 24 de dezembro de 2020; e
f) a Resolução ANM nº 56, de 28 de janeiro de 2021.
VICTOR HUGO FRONER BICCA
Diretor-Geral
ANEXO I

Nota: Retificação publicada no D.O.U., 03/03/2022 - Seção 1 vide retificação.

Classificação quanto à Gestão Operacional

I.3 - GESTÃO OPERACIONAL Pontos


FAIXAS DE CLASSIFICAÇÃO GESTÃO OPERACIONAL GOP
AA 0
A 1a7
B 8 a 35
C 36 a 60
D >= 60 (*)
(*) Barragem que deveria estar cadastrada no CNBM sendo descoberta em ação
fiscalizatória permanecerá em classe D por 6 meses subsequentes.

ANEXO II
Bem-vindo à nova era da educação.

Estrutura e Conteúdo Mínimo do Plano de Segurança da Barragem

VOLUMES CONTEUDO MÍNIMO


1. Identificação do Empreendedor;
2. Caracterização do empreendimento, incluindo processo e
cópia do título minerário associado;
3. Estrutura organizacional, contatos dos responsáveis e
qualificação técnica dos profissionais da equipe de segurança
da barragem atualizadas;
Volume I - Tomo I 4. Licenças ambientais, outorgas e demais requerimentos
Informações Gerais legais.
5. ART do elaborador do PSB e manifestação de ciência por
parte do empreendedor, no caso de pessoa física, ou do titular
do cargo de maior hierarquia na estrutura da pessoa
jurídica. (Redação dada pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores

1. Projetos (básico e/ou executivo), caso existam;


Volume I - Tomo 2 2. Projeto como construído(as built), no caso de barragem
Documentação construída após a promulgação da Lei nº 12.334, de 2010;
Técnica do 3. Projeto como está(as is), no caso de barragem construída
Empreendimento antes da promulgação da Lei nº 12.334, de 2010, que não
possua o projeto"as built".
1. Plano de operação, incluindo, mas não se limitando a
procedimentos para atendimento às regras operacionais
definidas pelo Empreendedor ou por entidade responsável,
quando for o caso, incluindo, mas não se limitando a:
i. Procedimentos de inspeções de segurança e monitoramento;
Volume II
ii. Procedimentos para calibragem, testagem, comissionamento
Planos e
e manutenção de equipamentos e instrumentos;
Procedimentos
iii. Procedimentos operacionais para o transporte e disposição
de rejeitos;
iv. Procedimentos para gerenciamento da água associada às
estruturas de rejeitos sob condições normais de operação e,
também, sob situações extraordinárias; e
v. Regra operacional dos dispositivos de vertimento, caso
existam.
2. Plano de monitoramento e instrumentação contemplando:
Bem-vindo à nova era da educação.

i. Objetivos, indicadores específicos e mensuráveis para cada


tipo de instrumento;
ii. Parâmetros, frequência de aquisição dos dados,
instrumentos utilizados, localização dos instrumentos ou
localização de coleta de amostras;
iii. Metodologias e procedimentos para aquisição e análise de
dados;
iv. Processos e procedimentos para a documentação e reporte
dos resultados do monitoramento.
3. Planejamento das manutenções, com identificação e
descrição das estruturas que possuem requisitos de
manutenção, considerando:
i. A localização;
ii. Perigos e procedimentos de segurança;
iii. Pessoas ou equipes responsáveis pela realização da
manutenção;
iv. Recursos necessários para conduzir a manutenção;
v. Frequência da atividade de manutenção preventiva; e
vi. Atividades de manutenção preditiva e corretiva.
4. Cronogramas de testes e calibração de equipamentos e
instrumentos, caso existam;
5. Plano de treinamento.
1. Registros de Operação;
2. Registros da Manutenção;
3. Registros de Monitoramento e Instrumentação,
Volume III
contemplando os controles críticos, a identificação e seus
Registros e Controles
dados técnicos;
4. Fichas de Inspeções de Segurança de Barragens;
5. Registro de treinamento;
6. Relatórios de Inspeção de Segurança Regular (RISR)
contendo, minimamente:
a) Identificação do representante legal do empreendedor;
b) Identificação da equipe técnica responsável pela elaboração
do RISR;
c) Análise crítica das inspeções quinzenais executadas durante
o semestre, contemplando as principais anomalias
encontradas, as tratativas executadas assim como sua
eventual reclassificação com relatório fotográfico.
d) Caracterização dos materiais construtivos e do rejeito:
natureza, caracterização físico-química, mineralogia e
Bem-vindo à nova era da educação.

plasticidade, reologia, parâmetros de resistência em condições


drenadas e não drenadas e susceptibilidade ao fenômeno da
liquefação, quando for o caso;
e) Avaliação dos resultados do monitoramento da
instrumentação;
f) Avaliação das séries, estudos hidrológicos e do
monitoramento hidráulico, assim como avaliação da
capacidade dos dispositivos de vertimento existentes;
g) Análise da estabilidade da barragem de mineração tendo por
base os critérios indicados nesta Resolução e fazendo uso das
boas práticas da engenharia;
h) Análise crítica da evolução das análises de estabilidade
quinzenais executadas ao longo do semestre;
i) Recomendações de ações e medidas que visem a garantia e
melhoria da segurança da barragem, objetivando a redução da
categoria de risco;
j) Manifestação de ciência e concordância por parte do
empreendedor, no caso de pessoa física, ou do titular do cargo
de maior hierarquia na estrutura da pessoa jurídica, sobre o
relatório e suas recomendações;
k) Declaração de Condição de Estabilidade da Barragem,
conforme o Anexo V.
7. Relatórios Conclusivos de Inspeção de Segurança Especial,
contendo, minimamente:
a) Identificação do representante legal da empresa, assim
como da equipe multidisciplinar, com a identificação do
responsável técnico para a mitigação das anomalias
identificadas;
b) Avaliação das anomalias que resultaram na pontuação
máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer coluna do Quadro 3 -
Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 -
Estado de Conservação), do Anexo V, encontradas e
registradas, individualmente, identificando possível mau
funcionamento e indícios de deterioração ou defeito de
construção;
c) Relatório fotográfico contendo as anomalias que resultaram
na pontuação máxima de 10 (dez) pontos, em qualquer coluna
do quadro de Estado de
Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem
identificadas;
Bem-vindo à nova era da educação.

d) Reclassificação, quando necessário, quanto à pontuação do


Estado de Conservação referente à Categoria de Risco da
Barragem de cada anomalia identificada na Ficha de Inspeção
Especial;
e) Comparação com os resultados da Inspeção de Segurança
Especial anterior, quando houver;
f) Ações adotadas para a eliminação das anomalias que
resultaram na pontuação máxima de 10 (dez) pontos, em
qualquer coluna do quadro de Estado de
Conservação referente à Categoria de Risco da Barragem e
classificação como em extinta, controlada e não controlada; e
g) Manifestação de ciência e concordância por parte do
empreendedor, no caso de pessoa física, ou do titular do cargo
de maior hierarquia na estrutura da pessoa jurídica.
1. Resultado de inspeção da barragem e de suas estruturas
associadas;
2. Reavaliação dos projetos existentes, verificando sua
aderência;
Volume IV 3. Atualização das séries e estudos hidrológicos e confrontação
Revisão Periódica de desses estudos com a capacidade dos dispositivos de
Segurança da vertimento existentes.
Barragem 4. Reavaliação dos manuais de operação e manutenção,
contemplando os testes, as instrumentações e os
monitoramentos;
5. Atualização dos planos de comunicação e treinamento em
decorrência de eventuais alterações promovidas pela RPSB;
6. Reavaliação do Plano de Ação de Emergência para
Barragens de Mineração (PAEBM);
7. Reavaliação do PGRBM;
8. Revisão dos relatórios das revisões periódicas de segurança
de barragem anteriores;
9. Avaliação da aderência da instrumentação instalada em
relação ao projeto;
10. Avaliação dos estudos sísmicos da barragem de mineração
tendo por base a Norma Brasileira ABNT NBR 13.028 e ou
norma que venha a sucedê-la;
11. Avaliação da necessidade de intervenções para garantir a
estabilidade estrutural da barragem;
12. Outros aspectos relevantes indicados pelo responsável
técnico pelo documento;
Bem-vindo à nova era da educação.

13. Recomendações de ações e medidas que visem a garantia


e melhoria da segurança da barragem, objetivando a redução
da categoria de risco;
14. Avaliação e implementação de eventuais soluções voltadas
à redução do aporte de água operacional nas barragens;
15. Avaliação e implementação das soluções técnicas para
evitar o aporte de água superficial e subterrânea no
reservatório em desacordo com o projeto;
16. Reavaliação da categoria de risco e dano potencial
associado;
17. Declaração de Condição de Estabilidade (DCE);
18. Manifestação de ciência e concordância por parte do
empreendedor, no caso de pessoa física, ou do titular do cargo
de maior hierarquia na estrutura da pessoa jurídica, sobre o
relatório de revisão periódica e suas recomendações.
1. Apresentação e objetivo do PAEBM;
2. Identificação e contatos do Empreendedor, do Coordenador
do PAE e das entidades constantes do Fluxograma de
Notificações;
Volume V 3. Responsabilidades e atribuições no PAEBM (empreendedor,
Plano de Ação de coordenador do PAEBM, equipe técnica e Defesa Civil),
Emergência - PAEBM incluindo ciência expressa do coordenador sobre suas
obrigações;
4. Descrição geral da barragem e estruturas associadas;
5. Detecção, avaliação e classificação das situações de alerta
e/ou de emergência em níveis 1, 2 e/ou 3;
6. Ações esperadas para cada nível de emergência;
7. Descrição dos procedimentos preventivos e corretivos;
8. Recursos humanos, materiais e logísticos disponíveis para
uso em situação de emergência;
9. Procedimentos de comunicação e notificação (incluindo o
Fluxograma de Notificação);
10. Descrição do funcionamento geral do sistema de alerta para
a população a jusante, incluindo seu modo de acionamento;
11. Síntese do estudo de inundação com os respectivos mapas,
indicação da ZAS e ZSS, conforme previsto no art. 6º desta
Resolução;
12. Medidas específicas, em articulação com o Poder Público,
para resgatar atingidos, pessoas e animais, para mitigar
Bem-vindo à nova era da educação.

impactos ambientais, para assegurar o abastecimento de água


potável e para resgatar e salvaguardar o patrimônio cultural;
13. Descrição das rotas de fuga e pontos de encontro, com a
respectiva sinalização, desenvolvida em conjunto com a
Defesa Civil;
14. Descrição dos programas de treinamento e divulgação para
os envolvidos e para as comunidades potencialmente afetadas,
com a realização de exercícios simulados periódicos.
15. Descrição do sistema de monitoramento integrado à
segurança da barragem de mineração;
16. Registros dos treinamentos do PAEBM;
17. Protocolos de entrega do PAEBM às autoridades
competentes;
18. Relatório de Causas e Consequências do Acidente (RCCA),
contendo, no mínimo:
a) Descrição detalhada do evento e possíveis causas;
b) Relatório fotográfico;
c) Descrição das ações realizadas durante o acidente;
d) Em caso de ruptura, a identificação das áreas afetadas;
e) Consequências do evento, inclusive danos materiais, à vida
e à propriedade;
f) Proposições de melhorias para revisão do PAEBM;
g) Manifestação de ciência e concordância por parte do
empreendedor, no caso de pessoa física, ou do titular do cargo
de maior hierarquia na estrutura da pessoa jurídica, sobre o
relatório e suas recomendações.
19. Declaração de Encerramento de Emergência, quando for o
caso;
20. Relatório de Conformidade e Operacionalidade do PAEBM
- RCO:
a) Identificação do representante legal do empreendedor;
b) Identificação da equipe externa contratada responsável
técnica pela elaboração do Relatório de Conformidade e
Operacionalidade do PAEBM de Barragem;
c) Verificação e comprovação da conformidade e
operacionalidade do PAEBM conforme a legislação vigente;
d) Validação do mapa e do estudo de inundação da barragem
em consonância com os parâmetros estabelecidos no art. 6º
desta Resolução, com sugestão de Classificação em Dano
Potencial Associado;
Bem-vindo à nova era da educação.

e) Descrição dos treinamentos internos realizados pelo


empreendedor com as eventuais melhorias propostas para o
PAEBM, no máximo a cada 6 (seis) meses, em consonância
com o inciso III do art. 38 desta Resolução;
f) Descrição do Seminário Orientativo Anual realizado e seus
resultados, com a participação das prefeituras, organismos de
defesa civil, equipe de segurança da barragem, demais
empregados do empreendimento e a população compreendida
na ZAS;
g) Descrição dos testes, com registro e comprovação de
funcionalidade das sirenes instaladas, das rotas de fuga e
pontos de encontro tendo como base o item 5.3, do "Caderno
de Orientações para Apoio à Elaboração de Planos de
Contingência Municipais para Barragens" instituído pela
Portaria nº 187, de 26 de outubro de 2016, da Secretaria
Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração
Nacional, ou documento legal que venha sucedê-lo ou boas
práticas divulgadas pelas Defesas Civis Federais, Estaduais e
Municipais;
h) Avaliação e comprovação da instalação das sirenes em local
adequado conforme art. 8 desta Resolução;
i) Comprovação da integração do PAEBM com o Plano de
Contingência da Defesa Civil, caso exista;
j) Descrição do eventual apoio e participação em simulados de
situações de emergência realizados de acordo com o art. 8º,
inciso XI, da Lei nº 12.608, de 19 de abril de 2012, caso o
empreendedor tenha sido solicitado formalmente pela defesa
civil;
k) Declaração de Conformidade e Operacionalidade do PAEBM
da Barragem, conforme Anexo VII;
l) Ciente do empreendedor ou de seu representante legal; e
m) Assinatura do elaborador do RCO com ART específica.
1. Identificação da equipe e responsabilidades;
2. Definição do escopo e dos objetivos contemplando a
descrição da estrutura que será submetida à análise;
Volume VI 3. Justificativa e descrição da(s) metodologia(s) utilizada(s);
Processo de Gestão 4. Identificação, análise e avaliação dos riscos associados às
de Risco diferentes etapas do ciclo de vida da estrutura;
5. Tratamento dos riscos com a identificação, implementação e
registro das ações necessárias para mitigação e redução dos
riscos a um nível ALARP e
Bem-vindo à nova era da educação.

avaliação da eficácia do tratamento dos riscos através do


monitoramento e análise crítica;
6. Identificação dos controles de riscos e dos controles críticos,
requisitos de monitoramento dos controles críticos e
identificação das ações predefinidas a serem executadas se o
controle crítico não for mantido;
7. Estabelecimento de cronograma com prazos compatíveis
com a complexidade das ações e a classificação dos riscos,
para a implementação de medidas previstas para mitigação;
8. Justificativa para as decisões tomadas e para possíveis
modificações na implementação das ações previstas no
Processo de Gestão dos Riscos; e
9. Plano de Comunicação para divulgação dos resultados
oriundos do Processo de Gestão de Risco aos interessados.

ANEXO III
Modelo de Ficha de Inspeção Especial de Barragem

DADOS GERAIS DA BARRAGEM


1 - Empreendedor:
2 - Nome da Barragem:
3 - Coordenadas do centro da crista: ° ’ " S ° ’ " O
4 - Município/UF:
5 - Data da Vistoria: / /

Anomalias identificadas - SITUAÇÃO PRETÉRITA (ÚLTIMA INSPEÇÃO)


Coluna(s) do quadro de Estado de
Identificação Situação Pontuação Observações
Conservação com anomalia

Anomalias identificadas - AÇÕES EXECUTADAS


Identificação da Ações Classificação do resultado das ações
Anomalia Executadas tomadas
¿ Extinto;
Bem-vindo à nova era da educação.

¿ Controlado;
¿ Não controlado.

Identificação do Avaliador
Nome:
Cargo:
CREA nº: ART nº:
Assinatura:

ANEXO IV
QUADRO 1 - CLASSIFICAÇÃO PARA BARRAGENS DE MINERAÇÃO

NOME DA BARRAGEM:
DATA DA CLASSIFICAÇÃO E ENQUADRAMENTO:

1 CATEGORIA DE RISCO (CRI) PONTOS


1.1 Características Técnicas (CT)
1.2 Estado de Conservação (EC)
1.3 Plano de Segurança de Barragens (PS)

PONTUAÇÃO TOTAL (CRI) = CT + EC + PS


CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

FAIXAS DE CLASSIFICAÇÃO CATEGORIA DE RISCO CRI


>= 80 ou EC = 10
ALTO
(*)
MÉDIO 40 < CRI < 80
BAIXO <= 40
(*) Pontuação (10) em qualquer coluna de Estado de Conservação (EC) implica
automaticamente CATEGORIA DE RISCO ALTA e necessidade de providências
imediatas pelo responsável pela barragem
Bem-vindo à nova era da educação.

NOME DO EMPREENDEDOR:
CLASSIFICAÇÃO PARA BARRAGENS DE MINERAÇÃO

2 DANO POTENCIAL ASSOCIADO (DPA) PONTOS


2.1 Volume total do reservatório
2.2. Existência de População à Jusante
2.3 Impacto Ambiental
2.4. Impacto Sócio-Econômico

PONTUAÇÃO TOTAL (DPA)


CLASSIFICAÇÃO DE DANO

FAIXAS DE CLASSIFICAÇÃO DANO POTENCIAL ASSOCIADO DPA


ALTO >= 13
MÉDIO 7 < DPA < 13
BAIXO <= 7
MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO

QUADRO 2 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CATEGORIA DE RISCO (RESÍDUOS E


REJEITOS)
1 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS - CT
Inclinaç
ão
média Existênc
Controle Idade
dos Vazão ia de Método
Alt Compri de Instrume da
taludes de drenage Fundação Constru
ura mento compacta ntação barrag
na Projeto m (g) tivo
(a) (c) ção (i) em
seção (d) interna (h)
(e) (j)
princip (f)
al
(b)
Bem-vindo à nova era da educação.

Existem Drenage
document m
Suave Existe
CMP os que construí
(£ instrume
Alt (Cheia comprova da
1V:3H) Fundação ntação
ura Compri Máxima m o conform Entre
ou investigada Etapa de
£ mento Prováve controle e projeto 5 e 15
barrag conforme única acordo
15 £ 50m l) ou de ou não anos
em de projeto (0) com o
m (0) Decamil compacta existe (1)
concret (0) projeto
(0) enar ção drenage
o técnico
(0) conforme m em
(0) (0)
projeto e projeto
que (0)
comprova
m o
acompanh
amento e
controle
tecnológic
o durante
a
execução
(0)
Existem Existe
Drenage
estudos instrume
m
15 geotécnic ntação
Interme corretiva
m os que em
diário construí
< 50m < comprova Fundação desacor Entre
(1V:2H da Alteam
Alt Compri m o grau parcialment do com o 15 e
³ Milenar posterior ento a
ura mento de e projeto, 30
Inclinaç (2) mente a jusante
< < 200m compacta investigada porém anos
ão > conclus (2)
30 (1) ção de (6) em (2)
1V:3H) ão da
m acordo processo
(3) barrage
(1) com de
m
projeto instalaçã
(4)
(4) o de
instrume
ntos
para
adequaç
ão ao
projeto
Bem-vindo à nova era da educação.

(2)
Não
houve
controle < 5
Existe
0m tecnológic Sistema anos
instrume
£ o e/ou não de Fundação ou >
200 £ Alteam ntação
Alt Ingrime TR = há drenage desconhecid 30
Compri ento por em
ura (> 500 informaçã m em a/Estudo anos
mento linha de desacor
£ 1V:2H) anos o e/ou desacor não ou
£ 600m centro do com o
60 (6) (5) compacta do com confiável sem
(2) (5) projeto
m ção em projeto (10) inform
sem
(4) desacordo ou ação
processo
com (3)
projeto
(10)
de
instalaçã
o de
instrume
ntos
para
adequaç
ão ao
projeto
(6)
inexiste
nte ou
desconh
ecida ou
estudo
não
confiáve
l ou
inoperan
te
(10)
Alt Compri TR Alteam Barrage
ura mento Inferior ento a m não
> > 600m a 500 montant instrume
60 (3) anos ou e ou ntada
Bem-vindo à nova era da educação.

m desconh descon em
(7) ecida/ hecido desacor
Estudo (10) do com o
não projeto
confiáve (8)
l
(10)
CT =S (a até j)

QUADRO 3 - MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO QUANTO À CATEGORIA DE RISCO


(RESÍDUOS E REJEITOS)
L2 - ESTADO DE CONSERVAÇÃO - EC
Confiabilidade Deterioração dos
Deformações e Drenagem
das Estruturas Percolação Taludes /
Recalques Superficial
Extravasoras (l) Paramentos
(m) (o)
(k) (n)
Estruturas
civis bem
Não existem
mantidas e em
Percolação deformações e
operação Não existe Drenagem
totalmente recalques com
normal deterioração de superficial
controlada pelo potencial de
/barragem taludes e existente e
sistema de comprometimento
sem paramentos operante
drenagem da segurança da
necessidade (0) (0)
(0) estrutura
de estruturas
(0)
extravasoras
(0)
Umidade ou Existência de
Estruturas Falhas na
surgência nas Existência de trincas e/ou
com proteção dos
áreas de jusante, trincas e assoreamento
problemas taludes e
paramentos, abatimentos com e/ou
identificados e paramentos,
taludes e medidas abatimentos
medidas presença de
ombreiras corretivas em com medidas
corretivas em vegetação
estáveis e implantação corretivas em
implantação arbustiva
monitorados (2) implantação
(3) (2)
(3) (2)
Estruturas Umidade ou Existência de Erosões Existência de
com surgência nas trincas e superficiais, trincas e/ou
Bem-vindo à nova era da educação.

problemas áreas de jusante, abatimentos sem ferragem exposta, assoreamento


identificados e paramentos, implantação das presença de e/ou
sem taludes ou medidas vegetação abatimentos
implantação ombreiras sem corretivas arbórea, sem sem medidas
das medidas implantação das necessárias implantação das corretivas em
corretivas medidas (6) medidas implantação
necessárias, corretivas corretivas (4)
sem restrição necessárias necessárias.
operacional e (6) (6)
extravasor
com
capacidade
plena
(6)
Surgência nas
áreas de jusante Depressões
Estruturas
com carreamento Existência de acentuadas nos
com
de material ou trincas, taludes,
problemas
com vazão abatimentos ou escorregamentos,
identificados, Drenagem
crescente ou escorregamentos, sulcos profundos
com redução superficial
infiltração do com potencial de de erosão, com
de capacidade inexistente
material contido, comprometimento potencial de
vertente e sem (5)
com potencial de da segurança da comprometimento
medidas
comprometimento estrutura da segurança da
corretivas
da segurança da (10) estrutura
(10)
estrutura (10)
(10)
EC = ¿ (k até o)

QUADRO 4 - MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO QUANTO A CATEGORIA DE RISCO


(RESÍDUOS E REJEITOS) 1.3 - PLANO DE SEGURANÇA DA BARRAGEM - PS
Estrutura Plano de Relatórios de
Organizacional e Manuais de Ação inspeção e
Qualificação dos Procedimentos Emergencial monitoramento
Documentação
Profissionais na para inspeções de PAE (quando da
de Projeto
Equipe de Segurança e exigido pelo instrumentação e
(p)
Segurança da Monitoramento órgão de Análise de
Barragem (r) fiscalizador) Segurança
(q) (s) (t)
Bem-vindo à nova era da educação.

Possui manuais de
procedimentos
Possui unidade Emite
para inspeção,
administrativa regularmente
monitoramento e
Projeto com profissional relatórios de
operação ou é
executivo e técnico inspeção e
barragem não Possui PAE
"como qualificado monitoramento
enquadrada nos (0)
construído" responsável pela com base na
incisos I, II, III ou
(0) segurança da instrumentação e
IV, parágrafo único
barragem ou é de Análise de
do art. 1º da Lei nº
barragem Segurança
12.334/2010
(0)
ou é barragem
não enquadrada
não enquadrada
nos incisos I, II, III
nos incisos I, II, III
ou IV, parágrafo
ou IV, parágrafo
único do art. 1º da
único do art. 1º da
Lei nº
Lei nº
12.334/2010
12.334/2010
(0)
(0)
Possui
profissional
técnico Não possui
Projeto Possui apenas Emite
qualificado PAE (não é
executivo ou manual de regularmente
(próprio ou exigido pelo
"como procedimentos de apenas relatórios
contratado) órgão
construído" monitoramento de Análise de
responsável pela fiscalizador)
(2) (2) Segurança (2)
segurança da (2)
barragem
(1)
Possui unidade
administrativa
Emite
sem profissional Possui apenas
regularmente
Projeto "como técnico manual de PAE em
apenas relatórios
está" qualificado procedimentos de elaboração
de inspeção e
(3) responsável pela inspeção (4)
monitoramento
segurança da (4)
(4)
barragem
(3)
Bem-vindo à nova era da educação.

Não possui
unidade Não possui
Não possui Emite
administrativa e manuais ou
PAE (quando regularmente
responsável procedimentos
Projeto básico for exigido apenas relatórios
técnico formais para
(5) pelo órgão de inspeção
qualificado pela monitoramento e
fiscalizador) visual
segurança da inspeções
(8) (6)
barragem (8)
(6)
Não emite
regularmente
relatórios de
Projeto
inspeção e
conceitual
monitoramento e
(8)
de Análise de
Segurança
(8)
Não há
documentação
de projeto
(10)
PS = S (p até t)

QUADRO 5 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO DANO POTENCIAL ASSOCIADO -


DPA (RESÍDUOS E REJEITOS)
Volume Total
Existência de população a Impacto
do Impacto ambiental
Jusante socioeconômico
Reservatório (c)
(b) (d)
(a)
INSIGNIFICANTE
INEXISTENTE (não existem (área afetada a jusante INEXISTENTE
pessoas da barragem encontra- (não existem
Muito
permanentes/residentes ou se totalmente quaisquer
Pequeno < =
temporárias/transitando na descaracterizada de instalações na área
500 mil m3
área afetada a jusante da suas condições afetada a jusante
(1)
barragem) naturais e a estrutura da barragem)
(0) armazena apenas (0)
resíduos Classe II B -
Bem-vindo à nova era da educação.

Inertes, segundo a
NBR 10004 da ABNT)
(0)
POUCO
BAIXO
SIGNIFICATIVO (área
(existe pequena
afetada a jusante da
concentração de
barragem - (não
instalações
POUCO FREQUENTE (não apresenta área de
residenciais,
existem pessoas ocupando interesse ambiental
Pequeno 500 agrícolas,
permanentemente a área relevante ou áreas
mil a 5 industriais ou de
afetada a jusante da protegidas em
milhões m3 infraestrutura de
barragem, mas existe legislação específica,
(2) relevância
estrada vicinal de uso local) excluídas APPs, e
socioeconômica
(3) armazena apenas
cultural na área
resíduos Classe II B -
afetada a jusante
Inertes, segundo a
da barragem)
NBR 10004 da ABNT)
(1)
(2)
SIGNIFICATIVO (área MÉDIO (existe
FREQUENTE (não existem afetada a jusante da moderada
pessoas ocupando barragem apresenta concentração de
permanentemente a área área de interesse instalações
afetada a jusante da ambiental relevante ou residenciais,
Médio 5
barragem, mas existe áreas protegidas em agrícolas,
milhões a 25
rodovia municipal ou legislação específica, industriais ou de
milhões m3
estadual ou federal ou outro excluídas APPs, e infraestrutura de
(3)
local e/ou empreendimento armazena apenas relevância
de permanência eventual de resíduos Classe II B - socioeconômico
pessoas que poderão ser Inertes, segundo a cultural na área
atingidas) (5) NBR 10.004 da ABNT) afetada a jusante
(6) da barragem) (3)
ALTO (existe alta
MUITO
EXISTENTE (existem concentração de
SIGNIFICATIVO
pessoas ocupando instalações
(barragem armazena
Grande 25 permanentemente a área residenciais,
rejeitos ou resíduos
milhões a 50 afetada a jusante da agrícolas,
sólidos classificados
milhões m3 barragem, portanto, vidas industriais ou de
na Classe II A - Não
(4) humanas poderão ser infraestrutura de
Inertes, segundo a
atingidas) relevância
NBR 10004 da ABNT
(10) socioeconômico
(8)
cultural na área
Bem-vindo à nova era da educação.

afetada a jusante
da barragem)
(5)
MUITO
SIGNIFICATIVO
AGRAVADO
Muito
(barragem armazena
Grande > =
rejeitos ou resíduos
50 milhões
sólidos classificados
m3
na Classe I - Perigosos
(5)
segundo a NBR
10.004 da ABNT)
(10)
DPA = S (a até d)

QUADRO 6 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO À GESTÃO OPERACIONAL


Programa
Declaração Declaração
de Gestão
de de
Declaração de de Risco Certificaçã
Condição Condição Extrato de
Conformidade e Existência para o e/ou
de de Inspeção
Operacionalidad de EdR Barragens padrões da
Estabilidad Estabilidad enviado
e enviada (e) de indústria
e RISR e RPSB (d)
(c) Mineração (g)
enviada enviada
- PGRBM
(a) (b)
(f)
Dentro
dos
prazos
legais e
Atestando Atestando
sem Existe Possui ISO
a a Atestando à
registro de Engenheir 31.000 ou
estabilidad estabilidad conformidade Possui
anomalia o de adota o
e nos e nos nos últimos 3 PGRBM
pontuação Registro TSM ou
últimos 3 últimos 5 anos (0)
4, 6 ou 10 contratado ICMM
anos anos (0)
no EC (0) (0)
(0) (0)
durante os
últimos 2
anos
(0)
Bem-vindo à nova era da educação.

Dentro
dos
Não existe
prazos
Engenheir
legais e Não possui
Atestando Atestando o de Não possui
sem PGRBM
a a Atestando à Registro ISO
registro de (não é
estabilidad estabilidad conformidade contratado 31.000 ou
anomalia exigido
e durante o e referente durante o último (não é não adota
pontuação pelo órgão
último a última ano exigido o TSM ou
4, 6 ou 10 fiscalizador
semestre enviada (1) pelo órgão ICMM
no EC )
(1) (1) fiscalizador (1)
durante (1)
)
último
(1)
semestre
(1)
Fora dos
prazos
legais ou
Não existe
dentro dos
Engenheir
prazos
o de
legais,
Registros
mas com PGRBM
Não Não contratado
Não atestando registro de em
atestando atestando (quando
(8) anomalia elaboração
(8) (8) exigido
pontuação (4)
pelo órgão
4, 6 ou 10
fiscalizador
no EC
)
durante o
(10)
último
semestre
(2)
Não possui
Com
PGRBM
pendência
(quando
Não Não s de envio
Não enviada for exigido
enviada enviada durante o
(10) pelo órgão
(10) (10) último
fiscalizador
semestre
)
(6)
(9)
Bem-vindo à nova era da educação.

Não enviado mais de 4 extratos subsequentes ou intercalados durante o último


semestre
(10)
GO = S (a até g)

ANEXO V
DECLARAÇÃO DE CONDIÇÃO DE ESTABILIDADE
Competência: ............(semestre) /...........(ano)
Empreendedor:
Nome da Barragem:
Dano Potencial Associado:
Categoria de Risco:
Município/UF:
Data da última inspeção:
Declaro para fins de acompanhamento e comprovação junto ao ANM, que realizei
Inspeção de Segurança Regular de Barragem na estrutura acima especificada
conforme Relatório de Inspeção de Segurança Regular de Barragem, elaborado em
.............(dia) /.............(mês) /...........(ano), e (não) atesto a estabilidade da mesma em
consonância com a Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, e Resoluções ANM
vigentes.
Local e data.
Nome completo do responsável pela Inspeção Regular de Segurança da Barragem
Formação profissional
Nº do registro no CREA
Nome completo do representante legal do empreendedor
CPF
ANEXO VI
DECLARAÇÃO DE ENCERRAMENTO DE EMERGÊNCIA
Empreendedor:
Nome da Barragem:
Dano Potencial Associado:
Categoria de Risco:
Bem-vindo à nova era da educação.

Município/UF:
Data da última inspeção que atestou o encerramento da emergência:
Declaro para fins de acompanhamento e comprovação junto ao ANM, que a situação
de emergência iniciada em XX/XX/XXXX foi encerrada em XX/XX/XXXX, em
consonância com a Lei nº 12.334, de 20 de setembro de 2010, e Resoluções ANM
vigentes.
Local e data.
Nome completo do Responsável Técnico (Redação dada pela Resolução
130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores
CPF (Redação dada pela Resolução 130/2023/ANM/MME)
Redações Anteriores

ANEXO VII
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE E OPERACIONALIDADE DO PAEBM - DCO
Competência: ...........(ano)
Empreendedor:
Nome da Barragem:
Dano Potencial Associado:
Categoria de Risco:
Município/UF:
Declaro para fins de acompanhamento e comprovação junto à ANM, que realizei
Avaliação de Conformidade e Operacionalidade do PAEBM na estrutura acima
especificada conforme Relatório de Conformidade e Operacionalidade do PAEBM,
elaborado em .............(dia) /.............(mês) /...........(ano), e (não) atesto que o PAEBM
da barragem em questão está em conformidade com a legislação vigente e
operacional em sua aplicabilidade em situações de emergência.
Local e data.
Nome completo do responsável pela Declaração de Conformidade e
Operacionalidade do PAEBM - Formação profissional - Nº do registro no CREA
Nome completo do representante legal do empreendedor
CPF
Bem-vindo à nova era da educação.

(*) Republicada por ter saído com erros materiais no DOU de 16/2/2022, Edição: 33,
Seção 1, Página 49.
D.O.U., 16/02/2022 - Seção 1
REP., 18/02/2022 - Seção 1
RET., 28/02/2023 - Seção 1
RET., 05/05/2022 - Seção 1
RET., 25/03/2022 - Seção 1
RET., 03/03/2022 - Seção 1
Este texto não substitui a Publicação Oficial.
Que marca
o IM quer
deixar?
Pessoas realizadas em suas
carreiras, empresas ganhando em
competitividade, lucro e
relacionamento com seus
stakeholders.

email@email.com.br
31 00000-0000

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