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MILTON VARGAS
SÃO CARLOS
2021
Universidade de São Paulo
Escola de Engenharia de São Carlos
Departamento de Geotecnia
L
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(Aula Inaugural de 1992)
Milton Vargas
{1)Relatório do IPT n2 676- "Estudo das Fundações dos Hangares da Escola de Aeronáutica de
Pirassununga", 1O de maio de 1944.
fracasso inicial é que preconizei, no relatório do IPT, a compactação do solo
para receber as cargas das sapatas; mas não foram feitas provas de carga para
comprovar essa solução.
Ele não acreditou e preferiu acreditar que aquela sondagem estava mal
feita, dizendo: não há desculpa alguma para sondagens mal feitas. E me p_ôs
para fora da sala. Isso consolou-me _um pouco, porque se era tão pouco o
conhecimento de solos porosos, mesmo pelo grande mestre Terzaghi, eu
também poderia ter me enganado em Pirassununga.
2
está lá na agora Avenida da Consolação, que distribui água para toda a região
da Paulista.
Mas, nessa época, nós começamos a desconfiar que tais solos porosos
não só eram compressíveis, mas eram também colapsíveis. Eles também
sofriam colapso de suas estruturas, quando saturados. Por que?
(2) Vargas, M. - "Fundação sobre aterro compactado". Revista RAE., junho 1951.
3
porosa, mesmo com carga muito baixa, se houvesse infiltração de água, a
estrutura do solo iria entrar em colapso.
Em 1954, ainda quando estava no IPT, estive aqui, neste mesmo local,
para estudar as fundações da Escola de Engenharia de São Carlos. Eram os
prédios principais desta Escola, que estavam sendo projetados na época. O IPT
foi encarregado de fazer as sondagens e emitir opinião também sobre o tipo de
fundação adequado. O que foi feito em três relatórios (3) .
4
Para meu espanto, e não sei como explicá-lo, a capacidade de carga
dessas provas profundas não era muito maior do que as superficiais. A de Sm
deu uma capacidade de carga de 2,0 kgf/cm2 e a de 7m deu 2,5 kgf/cm 2 . Deve
ter havido qualquer motivo porque que essas provas não mostravam, a seu
favor, o efeito de profundidade. Provavelmente, os poços onde as provas foram
feitas, eram largos demais para o tamanho das placas, então elas funcionavam
como provas superficiais, embora a grande profundidade.
Esse é um outro tipo de fundação que se pode utilizar nesses solos ditos
porosos. Eles são muito fáceis de escavar. Fazer um poço a céu aberto nesse
tipo de solo é extremamente fácil, porque apesar de muito compressível, tem
uma resistência capaz de permitir ser escavado verticalmente. Existem,
portanto, três tipos de fundação compatíveis com os solos porosos, que foram
adotados entre nós, ao correr da história dos solos porosos que eu estou
tentando aqui relatar. Primeiro escavar e recompactar o mesmo material. Quero
lembrar que este processo quase deu um escândalo público, no caso da
fundação do reservatório da Consolação, porque o fiscal da obra abriu um
verdadeiro escândalo, dizendo que aquilo tudo era uma grande marmelada dos
empreiteiros, porque escavavam o terreno e aterravam-no de novo. Ganhavam
assim na escavação e no re-aterro. Foi preciso muito argumento para mostrar
que não era assim; e foi preciso fazer prova de carga sobre o material poroso
original e sobre o mesmo material compactado, para mostrar ao fiscal que, de
fato, estava-se assim ganhando capacidade de carga e diminuindo a
compressibilidade do terreno.
5
O segundo método, é o do uso de estacas; e o terceiro é o de tubulões.
Então, por volta de 1960, já se poderia chegar à conclusão de que o que
chamávamos de solo poroso era um terreno superficial de grande porosidade,
cujo volume dos poros variava de 40 a 60% do volume total, e a umidade é
baixa; de tal forma que seu grau de saturação, quer dizer, o volume dos vazios
ocupados por água era pequeno. O grau de saturação de uma argila porosa
está sempre abaixo de 70% e, muitas vezes, bem menos do que isto.
Acima de 80% o solo não é mais poroso; pode-se, nesse caso, chamá-lo
de solo quase saturado. O solo tem mecânica de comportamento totalmente
diferente da de solo poroso, quando o grau de saturação está acima de 80%.
Mais adiante vamos ver porquê.
(4 lPichler, Ernesto - "Regional Study of the Soils from São Paulo - Brazil". Proc. 2nd
I.C.S.M.F.E., Rotterdam, 1948.
6
Essa é uma hipótese de explicação da existência desses solos e esse
processo é um processo de evolução pedológica_ Hoje em dia, está-se mais ou
menos certo de que a deposição, a fase geológica, não é por si só suficiente
para explicar o solo poroso_ Ele tanto pode ser um solo residual, como pode ser
um solo transportado, coluviaL É necessário que, depois de ser formado, ainda
haja uma evolução pedológica e eluviação, dos finos dos solos; além de solução
e precipitação da matéria cimentadora dos grãos.
A Figura 1b mostra os grãos como que ligados pelo cimento uns aos
outros, deixando um vazio muito grande entre eles_ Quando recebem uma
carga, caem, a estrutura colapsa e cai, diminuindo o volume de vazios como
aparece na figura_
5
( )Jennings, J.E. & Knight, K. - "The Additional Settlement of Foundations dueto a Collapse of
Structure of Sandy Sub-soils on Wetting"_ Proc. 4th LC.S.M.F.E., London, 1957_
7
é residual. Essa é a geologia elementar dos engenheiros; nós, engenheiros,
temos que conhecer uns elementos de geologia, suficientes para sair do
embrulho; mas não suficientes para explicar o que os geólogos gostam de
explicar.
Pois, a linha de seixos está aqui mostrando que este solo é, de fato, um
solo transportado. Assim, Jennings e Knight propuseram uma primeira idéia de
como é possível identificar um solo poroso, coluvial ou eólico. Eles não usam a
palavra "poroso"; usam sempre, colapsível.
Então, para se ter uma amostra de solo poroso, que se possa ter
confiança, é preciso que ela seja cortada, com todo cuidado, no fundo de poços.
Como nos solos porosos é fácil abrir poços, é mais barato até, do que fazer uma
sondagem, para tirar amostras com amostradores especiais.
8
O fato de existirem camadas de solos porosos superficiais há milhares de
anos, sofrendo chuvas e secamentos, parece mostrar que não, quando não há
carga, não há colapso. O colapso só se daria com carga aplicada, mas há a
opinião, também, que de vários terrenos colapsíveis, colapsavam sem carga,
sem aplicação de carga alguma sobre eles.
É uma questão em aberto. Eu me inclino mais por aceitar que, para haver
colapso, precisa haver, pelo menos, uma pequena carga aplicada. Por que?
Porque na natureza existem solos que há milhares de anos, suportam chuvas e
continuam sendo de alta porosidade.
9
A idéia de Jennings é que o solo poroso está em equilíbrio com a
pressão de terra e portanto, não colapsa por saturação nessa condição. Se
fosse descarregado e carregado de novo, chegaria a um valor do índice de
vazios igual ao que se obteria se saturasse-o com a pressão igual ao peso da
terra. No exemplo, a pressão de terra é de 0,5 tffft2. Não há colapso algum com
pressões inferiores. Se porém, carregar-se com pressões maiores que 0,5 tf/ft2
e saturar-se, haverá colapso. Esse colapso atingiria um máximo (que na figura
corresponde a 2 tffft2) mas, decrescerá para pressões mais elevadas. Se a
pressão aplicada for suficientemente alta (8 tf/ft2 na figura í e) não haverá
colapso por saturação; embora ocorra recalque elevado por compressão
O solo no seu estado natural não deve saturar, mesmo que chova
intensamente; mas, à medida que as cargas são aplicadas, o colapso vai
aumentando até chegar a um valor máximo; daí por diante começa a diminuir
até atingir pressão elevada, onde não haverá mais colapso. Na suposição de
Jennings haveria dois princípios que ele.só demonstra empiricamente.
10
que não há mais recalque. Isso não tem muita vantagem prática, porque o
recalque já é grande, um recalque inadmissível para a fundação. A vantagem
prática desse fato seria a de possibilitar o pré-carregamento para evitar
colapsos futuros.
11
quando se passa da topografia abrupta da Serra para a· topografia suave do
Planalto. É uma linha bem nítida, entre uma topografia velha, senil, e outra
jovem e violenta.
Nessa primeira zona, existe um solo residual vermelho, mas esse solo
não é colapsível, pelo que se tem visto na Serra do Mar, não se encontram
solos colapsíveis muito espessos. É possível que exista em algum ponto, com
pequena espessura, mas não é freqüente, a ocorrência de solo "poroso" nessa
zona.
Eu aceito que existe uma grande parte de solos colapsíveis que são
transportados, por exemplo, estes aqui de São Carlos. Não tenho a menor
dúvida de que este solo é um solo transportado, é um solo coluvial ou aluvial;
mas existem zonas de arenito e zonas de alteração de basalto, onde os solos
residuais chegaram por eluviação a um estado poroso. Eles sofreram uma
evolução pedológica.
12
O perfil da Figura 4 indica claramente a linha divisória. Este é um solo de
uma das zonas de empréstimo da barragem de Ilha Solteira; a camada superior
é, sem dúvida, transportada. A camada superior transportada repousa sobre o
solo residual. Existem, como se pode constatar no poço aberto, remanescentes
da estrutura da rocha. Sob o solo "poroso" encontram-se certos traços que são
nitidamente originários da rocha residual e, embaixo, o basalto.
13
abaixo da linha D, de índice de atividade 0,75. São, portanto, solos cauliníticos
de pequena atividade. Mas, isso não pode ser generalizado, pois há uma
tendência de generalizar, que os solos porosos são sempre solos de
plasticidade abaixo da linha A, e de atividade pequena. Não é verdade. Os
solos aqui de São Carlos, por exemplo, eles estão acima da linha A e com
atividade que chega a ser maior que 1,25.
14
A Figura 8 mostra o perfil dos solos porosos de Campinas, em que se vê
a camada porosa superficial que vai até 9,5m; até lá aparece volume de ar no
gráfico da coluna da direita. Abaixo de 9,5m não há volume de ar. Mas, existe
entre 12 e 15m de profundidade um bolsão de ar. Pode ser que apareça, nessa
altura, uma camada de solo poroso abaixo do solo residual. Observe-se que a
percentagem de argila é pequena, a areia e o silte dominam; e o teor de
umidade está muito abaixo do limite de plasticidade.
15
Nós dispomos de uma única informação sobre a composição
mineralógica dos solos porosos do interior de São Paulo, a qual já foi
apresentada em vários artigos, em várias palestras, mas que vale a pena repetir
de novo. É uma investigação mineralógica feita pelo próprio Prof. Grim (6 l, o
autor do livro "Ciay Mineralogy" . Ele recebeu amostras de três locais: daqui de
São Carlos, de Londrina, e a terceira do solo residual de gnaisse de São Paulo.
Infelizmente, as amostras do basalto chegaram nos Estados Unidos
completamente misturadas, mas as amostras do arenito de São ·Carlos e do
gnaisse de São Paulo foram ensaiadas pelo Prof. Grim. Desses ensaios
resultou que a camada superficial de São Carlos, porosa, é composta de
caulinita, gipsita, óxido de ferro e quartzo. Mas, abaixo de 12m, no solo residual
de arenito, a fração argila montmorilonita, feldspato e quartzo, além de óxidos
de ferro (como mostra a Figura 11 ).
Isso mostra que há uma espécie de. evolução também do mineral argila.
Dá a idéia de que a montmorilonita se transforme em caulinita, à medida em que
o solo envelhece.
(6 ) Grim, R.E. & Bradley, W.F. - "Ciay Mineral Composition and Properties of Deep Residual
Soíls from São Paulo, Brazil". Anais 11 COPAMSEF, São Paulo, 1963.
16
Jennings é de 3,9%, maior que os 2% que ele propõe como mínimo. Depois
desses ensaios foi feita a saturação em várias amostras do mesmo solo em
diversas pressões. Com 0,2 kgf/cm2, feita a saturação, o colapso é muito
pequeno; com 0,4 kgf/cm2 ele já cresce; com 0,7 e 0,8 ele é muito grande;
depois diminui; com 6,5 kgf/cm2 ele é quase nulo. A curva de colapso como
proposta por Jennings, poderia ser obtida traçando uma reta do ponto
correspondente ao peso de terra até 6,5 kgf/cm2. Em vez de fazer o ensaio que
Jennings propõe, de carga e descarga, o IPT obteve a curva com a saturação
de vários corpos de provas sob várias pressões. Esse é um ponto aberto para
pesquisa. Saber se as duas curvas são equivalentes ou não, feitas com
saturação em vários estágios ou feitas com carga e recarga. Com carga e
recarga é mais econômico, porque a gente usa uma única amostra, enquanto
que na saturação em várias pressões, precisa-se usar várias amostras, as
quais nem sempre são exatamente iguais.
17
da camada são do endurecimento pelo cimento ferruginoso que é ali
precipitado. Mas note-se que a tendência das pressões de pré-adensamento
seria a de conformar-se com os pesos de terra.
(7) Clemence, S.P. & Finbarr, A.O. - "Design Consideration for Collapsible Soils". Journal Geot.
Eng. Div. ASCE, march 1981.
i8
Observe-se: antes do enchimento do reservatório, as cargas da barragem
subindo, depois estabilizam, finalmente, sobem um pouco. Têm-se o recalque
na curva de baixo. Vejam: chega a 52cm de recalque. Uma barragem de pouco
mais de 1Om de altura, com 52cm de recalque, não é uma coisa tão
problemática assim. Vem agora o segundo problema: o de recalque por colapso,
devido à saturação do terreno de fundação.
19
seria igual a um coeficiente de compressibilidade vezes a variação da pressão
efetiva (8l .
e o colapso:
Mas, esta teoria não vale para solos colapsíveis. Vamos pôr isso como
dogma: NÃO VALE. Ela vale para solos quase saturados, isto é, aqueles solos
que têm um grau de saturação da ordem de 80%; então têm-se uma interface
entre a água e o ar, o ar está como bolhas dentro da água. Então quando
cresce a pressão de água, cresce a pressão de ar também. É preciso que exista
uma situação tal que o ar esteja como bolhas dentro d'água, de forma que haja
a interação. Porém, no solo colapsível não existe isso, no solo colapsível o
vazio está vazio mesmo. Portanto, a pressão d'água não está interagindo com a
do ar. Em outras palavras, num solo colapsível, a pressão total é igual a
pressão efetiva. Claro, para todos os efeitos, não existe interferência, nem da
pressão da água, e nem da pressão do ar. De forma que as teorias que querem
matematizar o fenômeno de colapso, a partir do princípio da pressão efetiva,
são erradas. São várias delas, inclusive, as que querem aplicar elementos
finitos para cálculo de colapso. Está errado. A não ser que aqueles solos, onde
se as empregou, não sejam colapsíveis; sejam solos simplesmente quase
saturados.
(BJ Brackley, I.J.A. - "Partial Collapse in Unsaturated Expansive Clay". Proc. Sfh Reg. Conf. for
Africa in Soil Mec. & Found. Eng., Luanda, 1971.
20
dizer que a Mecânica dos Solos Colapsíveis é um problema em aberto. Se
alguns dos senhores quiserem enfrentar esse problema, daria uma excelente
dissertação de mestrado, ou tese de doutorado, que viria a calhar; porque está
havendo a necessidade dessa matematização para o emprego dos elementos
finitos, por exemplo, para calcular eletronicamente, recalques de fundações ou
de estruturas sobre solos colapsíveis. Para tanto será necessário esclarecer, de
antemão, tal mecânica dos solos colapsíveis. No que se refere ao adensamento,
antes do colapso, o solo pode ser considerado como compressível. Então pode-
se definir um coeficiente de compressibilidade no que se refere à parcela de
compressibilidade. Mas, haverá uma segunda parcela, referente ao colapso
brusco da estrutura, que não tem nada a ver com coeficiente de
compressibilidade.
Uma coisa interessante, que poderia servir de base para esses estudos,
é a seguinte: é que no colapso não há compressão, mas há ruptura; há uma
ruptura por cisalhamento da estrutura.
21
Para terminar essa palestra proponho dois temas para investigação. O
primeiro seria o da comparação entre a curva obtida pela maneira de Jennings,
por carregamento e descarga, a qual tem a vantagem de que o ensaio é sobre
uma amostra só; e a outra em que se obtém a curva saturada com a saturação
em várias pressões. Comparar as duas para concluir qual das duas é preferível.
Creio que a nossa é mais realista porque, na prática o colapso dá-se depois do
adensamento do material não saturado; e o processo de Jennings supõe que o
colapso dá-se simultaneamente com a saturação a partir da pressão de terra.
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22
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