FUNDAÇÕES

PROFUNDAS
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE
CONCRETO
PROF. MSC. ROUBIER MUNIZ DE SOUSA
GEOTECIFPE@GMAIL.COM
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▐ Características gerais (NBR 6122/10)

▐ As estacas pré-moldadas podem ser de concreto armado ou
protendido, vibrado ou centrifugado, com qualquer forma geométrica
da seção transversal, devendo apresentar resistência compatível com
os esforços de projeto e decorrentes do transporte, manuseio,
cravação e eventuais solos agressivos.

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▐ Estacas pré-
moldadas de
concreto:
(a) a (d) seções
transversais
típicas;
(e) seção
longitudinal com
armadura típica;
(f) estaca com
furo central e anel
de emenda
(apenas o concreto
representado)
(Velloso e Lopes,
2012)

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▐ Estacas centrifugadas
▐ Tensão média de compressão no
concreto de 15 Mpa
▐ Cargas de trabalho entre 550 e
3.100 kN
▐ Obras de grande porte
▐ Protendidas
▐ Tensão média de compressão no
concreto de 11,5 Mpa
▐ Cargas de trabalho entre 300 e
650 kN
▐ Obras de menor porte
Gusmão Filho (2015)
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Manuseio
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▐ Descarga
Na descarga
com uso de
guindaste

As estacas pré-fabricadas T&A estão

dimensionadas para resistir aos esforços
decorrentes da descarga, manuseio e
transporte.
Tais esforços foram calculados a partir dos
modos de suspensão (descarga e manuseio) e
içamento das estacas (no início da cravação)

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▐ Estocagem

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▐ Içamento da
Estaca T&A

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▐ Içamento

Gusmão Filho (2015)

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INSPEÇÃO
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▐ Inspeção
▐ A inspeção visual de cada estaca produzida, possibilita ainda que
eventuais
problemas sejam claramente identificados e quantificados em
conformidade com determinados parâmetros de engenharia,
possibilitando a todas as partes envolvidas na execução da obra que
sejam tomadas providências técnicas adequadas antes da instalação
das estacas no subsolo e, por
conseqüência, sua utilização como elementos de fundação
(Infraestrutura, engenharia Ltda, site: acesso 2018)

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▐ Inspeção
▐ Antes da estocagem das estacas
▐ Responsável pelo recebimento (engenheiro ou técnico) deverá
proceder a uma inspeção visual de todas as estacas
características geométricas das estacas correspondem às
especificadas no projeto (tipo, diâmetro, espessura da parede e
comprimento)
presença de fissuras (abertura inferior a 1 mm) e trincas (abertura
maior que 1 mm)

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▐ Classificação das fissuras (Manual da T&A)

▐ Classe 1
▐ Classe 2
▐ Classe 3
▐ Classe 4
▐ Classe 5
▐ Classe 6
▐ Classe 7

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▐ Classe 1
▐ Fissuras transversais: aquelas que apresentam abertura máxima de 1 mm em
plano transversal ao eixo da peça. Neste caso, a fissuração não é nociva
quando as fissuras (ou pelo menos 85% delas) não ultrapassam os valores:
0,3 mm para estruturas protegidas com revestimento;
0,2 mm para estruturas expostas em meio não agressivo;
0,1 mm para estruturas expostas em meio agressivo.
▐ Fissuras estiverem dentro dessas faixas, nenhuma providência especial
precisa ser tomada. Quando as fissuras ultrapassam esses valores, porém
não atingem 1 mm, a estaca deverá ser marcada, riscando-se com lápis de
cera especial junto às fissuras para identificação das mesmas.
▐ Essas estacas deverão ser cuidadosamente
▐ acompanhadas durante seu içamento e aprumo junto
▐ ao bate-estacas, após o que novo exame deverá ser
▐ efetuado junto às marcas de lápis.
▐ Caso as fissuras tenham se fechado CRAVADA
▐ normalmente, caso contrario rejeitada

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▐ Classe 2
▐ Fissuras longitudinais: aquelas que apresentam abertura máxima de
1 mm paralelamente ao eixo longitudinal da peça.
▐ Este tipo de fissura, relativamente rara, é suficiente para rejeitar a
estaca.

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▐ Classe 3
▐ Trincas transversais: aquelas que apresentam abertura superior a 1
mm em plano transversal ao eixo da peça são prenúncio de que a
armadura longitudinal superou o estado elástico e a estaca deverá
ser rejeitada

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▐ Classe 4
▐ Trincas longitudinais: deverão ser rejeitadas da mesma forma que o
caso 2. Geralmente ocorrem em estacas vazadas provocadas pela
pressão radial interna, exercida por solo mole com água, durante a
cravação.
▐ Para evitar este problema, nesse tipo de solo, a ponta da estaca
deve ser fechada para não permitir a entrada do material mole com
água, que ao atingir o capacete e não tendo por onde sair, cria
pressões internas analogamente a um pistão hidráulico

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▐ Classe 5
▐ Desagregações: pequenas partes superficiais da peça que se soltam
por motivos diversos, geralmente pancadas acidentais.
▐ Neste caso, a estaca deve ser recuperada na região da área
afetada.

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▐ Classe 6
Ruptura do corpo da estaca:
▐ se a ruptura ocorrer na descarga
ou durante içamento e for justificável economicamente, a estaca
poderá ser recuperada.
▐ Se a ruptura ocorrer durante a cravação,
deverá ser analisada a causa e, dependendo desta e da
profundidade onde ocorreu a ruptura, a estaca poderá ser extraída,
abandonada ou cortada e recuperada para a continuação da
cravação.

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▐ Classe 7
▐ Esmagamento da cabeça da estaca: este caso é semelhante à classe
6, podendo ser causados por folgas do capacete, deficiência do
coxim ou decorrente de uma cravação forçada. São válidas as
recomendações do caso anterior.

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EXECUÇÃO
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▐ Equipamento (NBR 6122/10)

▐ A cravação de estacas pode ser feita por percussão, prensagem ou
vibração.
▐ A escolha do equipamento deve ser feita de acordo com o tipo,
dimensão da estaca, características do solo, condições de vizinhança,
características do projeto e peculiaridades do local.
▐ A folga do martelo e do capacete não deve ser superior a 3,0 cm
▐ Martelo de queda livre:
a) peso do martelo não inferior a 20 kN;
b) peso do martelo no mínimo igual a 75% peso total da estaca;
c) peso do martelo não inferior a 40 kN para estacas com carga
de trabalho entre 9,7MN e 1,3 MN;
d) para estacas cuja carga de trabalho seja superior a 1,3 MN, a
escolha do sistema de cravação deve ser previamente analisada

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▐ Martelo hidráulico
Acionamento
hidráulico e
automático
peso de até 120
kN
Eficiência de até
90%
Grande
mobilidade
(esteiras)
▐ Martelo de queda
livre
Acionamento com
guincho manual
peso de até 65
kN
Eficiência média
inferior a 30%
Baixa mobilidade
(cilindros)
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▐ Cravação
▐ O armazenamento e o içamento de estacas pré-moldadas na obra
devem obedecer às prescrições do fabricante
▐ Para cravação de estacas através de terrenos resistentes, podem ser
empregadas pré-perfurações (sustentadas ou não)ou auxiliadas por
jato d'água (“lançagem”)
▐ No caso em que a cota de arrasamento esteja abaixo da cota do
plano de cravação, pode-se utilizar um elemento suplementar,
denominado "prolonga" ou "suplemento".
Limitado a 3,0m

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▐ Componentes de
um Sistema de
Cravação de
Estacas a
Percussão

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▐ Emendas
▐ uso de luva de encaixe
uma única emenda por estaca
não haja tração ou flexão tanto na cravação quanto na utilização
da estaca
as luvas de encaixe não possuam geometria diferente
as folgas existentes entre a luva e os segmentos de estacas nunca
sejam superiores a 10mm
altura total da luva deve ser de (2 x Øest) e no mínimo 50 cm, a
espessura da chapa deve ser maior que Øest/60 e no mínimo 5
mm, e desde que seja respeitada a espessura de compensação
de corrosão
Øest corresponde ao diâmetro do circulo circunscrito à seção transversal das
estacas.

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▐ Detalhe da
Emenda com Luva

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▐ Equipamentos
e acessórios para
cravação das
estacas
(fonte: SOTEF
ENGENHARIA)

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▐ Reparo de cabeça e ligação com o bloco de coroamento

▐ Estacas com concreto danificado abaixo da cota de arrasamento
Demolição do trecho comprometido e a recomposição
Material com resistência não inferior ao concreto da estaca
▐ Acima da cota de arrasamento
Demolido
Plana e perpendicular ao eixo da estaca

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▐ Preparo da
cabeça da
estaca. Topo
abaixo da cota
de arrasamento
ou estaca
danificada
abaixo da cota
de arrasamento

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▐ Preparação da
Cabeça da Estaca
para Ligação com
o Bloco

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▐ Preparo da
cabeça da
estaca. Corte da
estaca acima da
cota de
arrasamento

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▐ Características
técnicas
T&A

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▐ Registro de execução (NBR 6122/10)

▐ a) identificação da obra e local, e nome do contratante e executor;
▐ b) data da cravação elou recravação, quando houver;
▐ c) identificação ou número da estaca, com as datas e horário de início e término da
cravação;
▐ d) comprimentos cravado e util das estacas;
▐ e) composição dos elementos utilizados;
▐ f) peso do martelo e altura de queda para a determinação da nega;
▐ g) suplemento utilizado, tipo e comprimento;
▐ h) características do pré-furo, quando houver;
▐ i) intervalo de tempo decorrido na cravação;
▐ j) características geométricas da estaca;
▐ k) cotas do terreno e de arrasamento;
▐ I) características do suplemento utilizado, tipo e comprimento;
▐ m) desaprumo e desvio de locação;
▐ n) características e identificação do equipamento de cravação;
▐ o) negas e repiques ao final de cravação e na recravação, quando houver;
▐ p) especificação dos materiais e insumos utilizados;
▐ q) deslocamento e levantamento de estacas por efeito de cravação de estacas vizinhas;
▐ r) observações e anormalidades de execução.

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▐ Vantagens ▐ Desvantagens
▐ Integridade do fuste ▐ Vibrações e ruídos: áreas urbanas
▐ Várias seções disponíveis: 300 a ▐ Necessitam de emendas: custo +
3.100 kN perda de produtividade
▐ Comprimento “ilimitado”: ▐ Baixa resistência a tração:
depende do equipamento de prédios
cravação altos, galpões, torres de telefonia,
▐ Controle da capacidade de carga etc (Gusmão Filho, 2015)
durante a cravação: nega,
repique, etc
▐ Preço competitivo: R$ 1.800 a
2.000 por m3 (fornecimento) +
cravação
(Gusmão Filho, 2015)

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