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AULA 02: REVISÃO DE MECÂNICA DOS SOLOS

Material baseado no conteúdo da disciplina “Projeto e Construção de Superestrutura Viária” da


Universidade Federal do Ceará (UFC), ministrada pelos professores Heber Oliveira e Suelly Barroso
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=fzXSLD1XSqM&t=3247s

1. PAVIMENTOS FLEXÍVEIS

Os pavimentos flexíveis, em geral associados aos pavimentos asfálticos, são


compostos por camada superficial asfáltica (revestimento), apoiada sobre camadas de base, de
sub-base e de reforço do subleito, constituídas por materiais granulares, solos ou misturas de
solos, sem adição de agentes cimentantes ou aglutinadores que elevem a rigidez normalmente
verificada em materiais granulares e solos. Dependendo do volume de tráfego, da capacidade
de suporte do subleito, da rigidez e espessura das camadas, e condições ambientais, uma ou
mais camadas podem ser suprimidas. A figura abaixo mostra uma estrutura-tipo e a foto de
uma execução da camada de revestimento asfáltico.

2. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS DE BASE, SUB-BASE E REFORÇO DO


SUBLEITO

Para os componentes de base, sub-base e reforço do subleito, aplicam-se métodos de


escolha e de identificação de propriedades. A seleção é uma fase inicial que envolve avaliar os
materiais disponíveis em relação às suas características naturais, visando sua utilização na
construção dos pavimentos. As características naturais têm influência nas propriedades
geotécnicas quando compactados. De maneira geral, os materiais compactados para
pavimentação devem exibir resistência, baixa deformabilidade e permeabilidade que se
harmonize com sua função na estrutura. Os componentes de base, sub-base e reforço do
subleito são principalmente compostos por agregados, solos e, em certos casos, aditivos como
cimento, cal, emulsão asfáltica, entre outros.
É relevante destacar que estão sendo cada vez mais empregados materiais como
agregados, materiais de preenchimento e até substâncias com propriedades pozolânicas,
reciclados de diferentes origens, seja de pavimentos pré-existentes ou de diversas obras civis
(construções, viadutos, etc.), assim como de resíduos industriais provenientes de diversas
fontes (escórias, subprodutos da mineração e de usinas termoelétricas, borracha, plásticos
etc.). Deve-se sempre ter em mente que os materiais devem ter a capacidade de serem
reciclados várias vezes, ou seja, a viabilidade de múltiplos ciclos de reciclagem devem ser
considerada ao longo das décadas de vida útil dos pavimentos, incluindo até mesmo a
possibilidade de desmontagem, se necessário.
Portanto, os materiais que estão destinados a serem reciclados precisam ser analisados
sob uma perspectiva ambiental antes de serem adotados, de modo a não comprometer fontes
renováveis ou a vida das formas.

3. ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO:

Os ensaios de Caracterização têm como objetivo identificar as características dos


materiais e avaliar sua adequação para uso em camadas de pavimentos. Alguns parâmetros
importantes que são medidos incluem:
 Teor de umidade natural: Determina a quantidade de umidade presente no material em
seu estado natural.
 Peso específico aparente: Calcula o peso do material por unidade de volume,
considerando os vazios presentes.
 Densidade real dos grãos sólidos: Mede a densidade dos grãos sólidos do material,
excluindo os espaços vazios.
 Granulometria por peneiramento e/ou sedimentação: Analisa a distribuição de
tamanhos de partículas no material.
 Limites de consistência: Avalia os limites de umidade em que o material passa de um
estado sólido para plástico ou líquido.

4. ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO

Ensaio de Compactação: Esse ensaio envolve a aplicação de diferentes níveis de


energia para compactar o material. Isso é feito em várias camadas e níveis de compactação
para simular condições reais. O objetivo é encontrar a densidade máxima alcançada para o
material sob diferentes níveis de compactação. Isso ajuda a determinar como o material se
comportará quando compactado nas camadas de pavimento.
 Ensaio de compactação em diversas energias (N, I, IM e M): São realizados ensaios de
compactação em diferentes níveis de energia para determinar a densidade máxima do
material.
5. ENSAIOS DE PAVIMENTOS

Ensaios de Pavimentos: Nesse tipo de ensaio, são realizados testes para determinar as
propriedades do material que afetam sua resistência e durabilidade como parte de um
pavimento. Isso inclui avaliar a capacidade do material de suportar o tráfego, distribuir as
cargas e resistir ao desgaste. Esses ensaios ajudam a determinar se o material é adequado para
uso em camadas de pavimento.
 Índice de Suporte Califórnia (CBR) e expansão: Mede a resistência do material à
penetração e sua capacidade de suportar cargas.
 Ensaio de mini-CBR, expansão e contração: Uma variação do CBR para avaliar a
capacidade do material de resistir a cargas em uma escala menor.
 Compressão Simples, Resistência à Tração por Compressão Diametral, Impressão com
módulo de resiliência (MR) e deformação permanente (DP): Medem a capacidade do
material de suportar cargas, resistir a deformações e manter sua forma sob diferentes
condições.
 Ensaios de campo (Speedy, frasco de areia, DCP, LWD, GEOGAUGE): São testes
realizados diretamente no local para avaliar as características do solo in situ.
 Ensaios da classificação MCT: Uma classificação do material com base em suas
características.
 Perda de massa por imersão e Mini-MCV: Avaliam a durabilidade do material por
meio de perda de massa e características volumétricas

6. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE (DNER - ME 213/94)

A determinação do teor de umidade de um solo é de extrema importância na área de


pavimentação por diversos motivos:
 Projeto de Pavimentação: O teor de umidade do solo afeta diretamente as
propriedades mecânicas do solo, como sua capacidade de suporte e resistência.
Conhecer o teor de umidade do solo é essencial para o dimensionamento
adequado da estrutura de pavimentação, garantindo que ela suporte as cargas
previstas sem sofrer deformações excessivas.
 Compactação do Solo: A compactação é um processo fundamental na
construção de pavimentos. O teor de umidade do solo está intimamente
relacionado à sua densidade máxima alcançável durante a compactação. Um
teor de umidade inadequado pode resultar em uma compactação deficiente,
levando a problemas como acomodação do solo e redução da capacidade de
suporte.
 Estabilidade e Durabilidade: O teor de umidade influencia a estabilidade do
solo. Em solos com teor de umidade muito baixo, a coesão entre as partículas
pode ser reduzida, levando a problemas de segregação e erosão. Em
contrapartida, solos com teor de umidade muito alto podem comprometer a
resistência do solo devido à diminuição da coesão interna.
 Drenagem: O teor de umidade também afeta a capacidade de drenagem do
solo. Solos excessivamente úmidos podem reter água por mais tempo, o que
pode levar à formação de poças e danos à estrutura do pavimento ao longo do
tempo

Métodos de determinação do teor de umidade


 Método de laboratório: determinação do teor de umidade, com secagem em
estufa
 Métodos expeditos de campo: Speedy e Método expedito de álcool
Cálculo do teor de Umidade
 H=100% X (P água/P solo seco)
- P1=P cáp + P solo+ P água
- P2 = P cáp + P solo
- P água =P1 — P2
- P solo seco = P2 – Pcáp

 Exemplo aplicativo: Determinar a umidade de um solo que antes de ser


colocado na estufa apresentou um peso de 58,25g e após a colocação na estufa
apresentou um peso de 58,09g. Considere o peso da cápsula igual a 13,99g.

Qual a importância da determinação do teor de umidade de um solo na área de


pavimentação?
 Execução dos ensaios
 Compactação no campo

Exercício 1 - Adição de Água


A porcentagem, em peso, de água a ser adicionada, ΔH, para se atingir o teor ótimo
HÓT, e compensar a perda por evaporação, He, será:
 ΔH =HÓT - Hnat + He =11- 4+ 2=9%, em peso.
 Δ H = 9 % em peso.

A massa de água, ma, correspondente será:


 ma = (ΔH/100 X msc —> msc = Vsc x sc = 36.000 x 2,00 = 72.000 t

A massa de água será:


 ma = (9/100) x 72.000 = 6.480 t
 ma = 6.480 t de água gua, cuja densidade é tomada pa =1,0 t/ m3
O volume de água, então, é:
 Va = 6.480m3 = 6.480.000 litros.

O número de viagens, Na, de uma irrigadora com capacidade, Q = 8.000 litros.


 Na = (Va x 1.000) / Q = (6.480 x 1.000) / 8.000 = 810 viagens.

 Na = 810 viagens (para construção de 30 km de rodovia)

 O grande número de viagens, cerca de 14 viagens em um dia de execução de


500 metros de base, indica a necessidade de manter, no canteiro de obras, um número
conveniente de irrigadoras, assim como um reservatório de água que garanta o suprimento
sem solução de continuidade.

7. OS ESTADOS DE CONSISTÊNCIA

7.1 Limite de Liquidez (LL):


 Teor de umidade em que as partículas de solo começam a perder sua
capacidade de transmitir tensão.
 Limite entre os estados líquido e plástico de um solo.

7.2 Limite de Plasticidade (LP):


 Teor de umidade limite, abaixo do qual o solo perde a plasticidade
 Limite entre os estados plástico e semissólido de um solo.

7.3 Execução de ensaio de liquidez


7.4 Execução de ensaio de Limite de Plasticidade (LP)

7.4 Resultados dos Ensaios de LL e LP

LL = Teor de umidade correspondente a 25 golpes


LP = Média dos teores de umidade
7.5 Indice de Plasticidade
 IP=LL-LP.

O que o IP “TENTA” medir na área de pavimentação?


Na área de pavimentação, o Índice de Plasticidade (IP) tenta medir a faixa de umidade
em que o solo mantém propriedades plásticas. Isso é relevante para entender como o solo
responderá à compactação e às cargas aplicadas durante a construção de pavimentos, bem
como para avaliar sua estabilidade em relação a mudanças sazonais de umidade. O IP ajuda a
projetar pavimentos resistentes e duráveis, considerando o comportamento plástico do solo.

Regras:
 LL máx = 25%
 IP máx = 6 %

7.6 Limite de Liquidez (LL):


7. 6. 1 Normas ditas tradicionais têm:

 LL máx = 25%
 IP máx = 6 %

7.6.2 Observação (para o caso dos solos TROPICAIS de comporta: lateríticos)

 Alguns solos podem ter LL superiores a 50% e não se expandirem (ou se expandirem
muito pouco)
 Alguns solos com baixo LL e IP, expandir-se bastante, quando compactados nas
condições das normas rodoviárias em seguida quando imersos em água.
 Solos com mesmo LL e IP podem apresentar expansão completamente diferente.
8. ENSAIO DE EQUIVALENTE DE AREIA

O ensaio de equivalente de areia, tem por finalidade a identificação de finos plásticos


no agregado miúdo. Colocar o material na proveta com solução padronizada deixar em
repouso. Agitar, ler a altura de suspensão (h1) e da sedimentação (h2). Para misturas asfálticas
EA >55 %.

Para o cálculo de equivalente de areia:


h2
EA= x 100
h1

9. ANÁLISE GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO PARA FINS DE


CLASSIFICAÇÃO

9.1 Materiais empregados


9.2 Curva granulométrica

9.2 Abertura das Peneiras Padronizadas


10. APLICAÇÕES PRÁTICAS DOS ENSAUIS DE LL, LP E GRANULOMETRIA

10.1 Classificação dos Solos do TRB/ AASHTO

Solos do grupo A-7: se IP≤ LL-30 será A-7-5; se IP> LL-30 será A-7-6

10.2 Tipos de Curva Granulométrica


11. ANÁLISE GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO (DNER-ME 080/94)

11.1 Preparação da Amostra:


 Secagem ao ar
 Determinação da Umidade Higroscópica

11.2 Execução do Ensaio:


 O peneiramento será executado na fração do solo retido na peneira de Nº 200
 Colocar as peneiras no agitador ou realizar o peneiramento manual
 Realizar a pesagem das frações do solo retidas em cada peneira, iniciando pela peneira
superior
11.3 Cálculo do Ensaio
peso do solo seco retino na peneira
 % Retida: Peso da amostra total seca ( Ps )
 % Retida Acumulada: Somatório da % retida nas peneiras acima dela
 % que Passa: 100 - % Retida Acumulada
11.4 Apresentação dos Resultados

12. ANÁLISE GRANULOMÉTRICA POR SEDIMENTADO (DNER-ME 051/94)

 Definir a curva granulométrica dos solos que são muito finos para serem ensaiados por
peneiramento:
 Baseia-se na lei de Stokes, segundo a qual, a velocidade de queda de uma partícula
esférica de peso específico γg em um fluido de viscosidade η e peso específico γ a, é
proporcional ao quadrado do diâmetro dessas partículas, sendo matematicamente
representada por:

2
∗γ g − γ a 2
9
v=
η
∗ d
2 ()
 O diâmetro equivalente é então dado por:

d=
√ 1800 ∗η ∗ v
γ g−γa
12.1 Execução do ensaio por sedimentação:

Análise Granulométrica por Sedimentação (DNER-ME 051/94)


12.2 Obtenção da Distribuição Granulométrica Completa
 Peneiramento das partículas que apresentam dimensões inferiores a 2 mm e superiores
a 0,074 mm (o ensaio de sedimentação é realizado somente para as partículas que
passam na peneira de número 10).

 Peneiramento das partículas que apresentam dimensões superiores a 2 mm.


 Determinação das porcentagens com dimensões inferiores a 0,074 mm (ensaio de
sedimentação).
12.3 Aplicações dos ensaios de granulometria
 Classificação dos solos
 Conhecimento das faixas granulométricas

13. ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

13.1 Compactação
Redução mais ou menos rápida do índice de vazios de um solo por meio de processos
manuais ou mecânicos:
 Compactação manual: para compactar um solo manualmente, são utilizados soquetes,
em que a energia é aplicada mediante golpes sobre a camada.
 Compactação mecânica: utilizam-se soquetes mecânicos, rolos estáticos (lisos ou
dentados) e vibratórios. A energia aplicada é função do número de passadas do
equipamento sobre a camada e também da pressão aplicada.
O efeito da compactação resulta na melhoria das qualidades mecânicas e hidráulicas
do solo. Entre elas, o acréscimo de resistência ao cisalhamento e a redução da
compressibilidade e da permeabilidade.
13.2 Curva de Compactação
 Objetivo: determinar a umidade ótima (hót) e massa específica seca máxima (γsmáx)
13.3 Energias de Compactação

13.3 Ensaio de Compactação


Aplicando-se energias de compactação mais elevadas, verifica-se uma redução na
umidade ótima, bem como um aumento no valor máximo da massa específica aparente seca.

Os resultados do ensaio de Proctor são usados para controle de compactação em


campo, visto que, durante a execução das camadas de um pavimento, é necessário que o solo
seja compactado próximo à sua umidade ótima, a fim de que se possa obter alta eficiência na
operação de compactação.
Materiais granulares bem graduados caracterizam-se por menores valores de umidade
ótima e maiores valores de massa especifica aparente seca máxima, quando comparados aos
solos de granulometria uniforme ou argilosos, cabendo aos solos siltosos comportamento
intermediário.

13.4 Execução de Ensaio

(a) Colocação de papel filtro no molde; (b) esquema de compactação (soquete leve e soquete pesado); (c)
compactação com cilindro grande; (d) pesagem do corpo de prova após a compactação; (e) e (f) extração do
corpo de prova.
O ensaio pode ser executado em cilindro de dimensões reduzidas:

13.5 Apresentação de Resultados

14. ÍNDICE DE SUPORTE CALIFÓRNIA (CBR)

 É usado para o dimensionamento de pavimentos flexíveis.


 O CBR expressa, por definição, a relação entre a resistência à penetração de um
cilindro padronizado em uma amostra de solo compactado e a resistência do mesmo
cilindro em uma pedra britada padronizada.
 Quanto mais elevado for o valor de CBR de um solo, mais adequado ele é para ser
utilizado em camadas nobres do pavimento.
 Principal Vantagem:
 O seu uso é consagrado em diversos órgãos rodoviários.
 Principal Desvantagem:
 O método de dimensionamento de pavimentos baseado no CBR não considera
o mecanismo de ruptura do pavimento por fadiga (efeito da repetição de
cargas).

14.1 Etapas do ensaio CBR


 Moldagem: o ensaio é realizado com o material que passa na peneira 4 de 3/4".
 Imersão do corpo de prova: 4 dias de imersão.
 Penetração do corpo de prova.

1 2 3

(1) Compactação do corpo-de- prova / (2) Imersão do corpo de prova por 4 dias / (3) Ensaio
de penetração de pistão padrão no corpo-de- prova e medida de penetração e resistência

O ensaio pode ser executado em cilindro de dimensões reduzidas:

1 2
(1) Cilindro CBR utilizado no método tradicional e o cilindro mini-CBR do método MCT /
(2) Compactador padrão para execução dos ensaios do método MCT.
14.2 Cálculos
 Determinar o teor de umidade do corpo de prova e a massa especifica aparente seca do
corpo de prova
 Determinar a expansão do corpo de prova
leitura final −leitura inicial do extensômetro
Expansão ( % )= ∗100
altura inicial do corpo de prova
 Traçar a curva carga versus penetração.
 Registrar os valores de carga F1e F2 correspondentes às penetrações de 2,5 mm e 5,0
mm, respectivamente.
 Admitir como valor do Índice de Suporte Califórnia, o maior dos índices obtidos do
seguinte modo:

F 1∗ 100
CBR a 25 mm =
1350

F 2∗ 100
CBR a 50 mm =
200 0

14.3 Curva de Proctor e CBR


14.4 Aplicações Práticas
 Dimensionamento

15. ENSAIOS DE CAMPO

 Para fins de controle da execução das camadas de um pavimento e do recebimento dos


serviços, são determinadas a umidade in situ e a massa específica aparente do solo
 O controle do teor de umidade (o método mais utilizado é o do Speedy) deve ser feito
antes do início da compactação
 Determinação do teor de umidade pelo método de Speedy (DNER-ME 052/94).
 Fundamenta-se na propriedade que o sal carbureto de cálcio (CaC 2) tem
de liberar gás quando em contato com água e de tal liberação ser função
direta da quantidade de água com que uma porção desse sal entra em
contato.
 Determina-se a umidade a partir da medição da pressão exercida pelo
gás liberado em uma câmara que contém solo em seu estado natural de
umidade e carbureto de cálcio.
 A maior vantagem do emprego do método Speedy é poder dispor, no
campo, de uma alternativa relativamente simples e rápida para se
conhecer o teor de umidade do solo in situ.

15 .1Aparelhagem
 Conjunto Speedy
 Ampolas com carbureto de cálcio e balança

15.2 Procedimento do Ensaio de Speedy


 Colocar na câmara duas esferas de aço, seguidas de uma ampola de carbureto de cálcio
(3)
 Fechar o aparelho e agitá-lo (4)
 Aguardar que a leitura do manômetro se estabilize e fazer a leitura correspondente a
essa pressão (5)

15.2 Cálculo do Ensaio


Conhecendo-se a leitura manométrica e a massa da amostra utilizada no ensaio,
consulta-se a tabela de aferição própria do aparelho, de onde se obtém a porcentagem de
umidade em relação à amostra total úmida (h,) e determina-se a umidade (H) em relação ao
solo seco

H =100 x (100 — h1) /h1


16. CONTROLE DA COMPACTAÇÃO IN SITU

 Para fins de controle da execução das camadas de um pavimento e do recebimento dos


serviços, são determinadas a umidade in situ e a massa específica aparente do solo.
 O controle do teor de umidade (o método mais utilizado é o do Speedy) deve ser feito
antes do início da compactação.
 O controle da massa específica aparente seca (determinado mais comumente através
do processo do frasco de areia) deve ser realizado após a compactação.
 Grau de compactação.
γ ( )
GC= S Campo ∗100
γ S ,máx ( Lab)

 De maneira geral, espera-se que o grau de compactação tenha uma variação de 95 % a


105 %.

16.1 Método do Frasco de Areia


No Método do Frasco de Areia, usa-se uma areia de massa específica aparente
conhecida, determinando-se o volume do orifício escavado pela diferença de peso antes e
após a abertura do registro. = Aparelho para determinação da massa específica aparente de um
solo in situ.
16.2 Aparelhagem necessária à execução do ensaio do frasco de areia:
 Frasco de vidro provido de gargalo rosqueado e funil dotado de registro e de rosca
para se atarraxar ao frasco.
 Bandeja quadrada de alumínio, com lado medindo aproximadamente 30 cm,
apresentando no centro orifício circular.
 Pá de mão, balança, talhadeira de aço com comprimento de 30 cm, martelo com massa
igual a 1 kg.
 Recipiente em que se possa manter a amostra sem que a mesma perca umidade, antes
de sua secagem.
 Estufa e areia com granulometria compreendida entre 0,8 mm e 0,6 mm, lavada, seca e
com massa específica a determinar.
16.6Procedimento para Determinação da Massa Específica Aparente Seca:
16.3.1 Determinação do peso de areia referente ao volume do funil.
 Enche-se o frasco com areia e apoia-se o funil sobre uma superfície plana; em seguida,
abre-se a válvula para que a areia encha o funil, fechando-a. Por diferença de massas
do frasco, antes (P1) e depois (P2), obtém-se a massa de areia contida no funil.
P3 = P2 - P1.
16.3.2 Determinação da massa específica aparente da areia:

Parte-se do frasco cheio (P4), que deve ser vertido sobre um cilindro de volume
conhecido (V). Em seguida, deve-se abrir a válvula e deixar que a areia encha todo o cilindro.
Pesa-se novamente o conjunto frasco+funil (P5).
P6 = P4 - P5 - P3.
16.3.3 Determinação da massa aparente do solo seco In Situ (s)
µ h ∗ 100
µs=
100+ h

13.3.4 Determinação do grau de compactação

γ S (Campo )
 GC= ∗100
γ S ,máx ( Lab)
17. EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

1. Qual a importância da determinação do teor de umidade de um solo na área de


pavimentação?

2. O que o IP “TENTA” medir na área de pavimentação?

3. Por que o ensaio de granulometria é importante para a área de pavimentação?

4. O que ocorre, de modo geral, quando há excesso de finos em uma mistura estabilizada
granulometricamente?

5. Pode-se utilizar materiais com excesso de finos na área de pavimentação?

6. Por que o ensaio de Proctor é importante para as operações de compactação no


campo?

7. O que se deve esperar dos parâmetros de compactação quando:

• A energia de compactação aumenta?


• O teor de argilosidade do material aumenta?

8. As propriedades dos materiais podem melhorar com o acréscimo de compactação? Em


quais situações?

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