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RIO VERDE – GO
2021
Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde
Bacharelado em Engenharia Civil
RIO VERDE – GO
2021
RESUMO
O transporte dos fluidos ocorre através de condutos podendo ser abertos para a
atmosfera (recebem o nome de canais) e os fechados onde a pressão é maior que a
atmosférica (denominados de dutos sob pressão). O escoamento interno das tubulações
sofre influências das paredes e acabam dissipando energia devido ao atrito. As partículas
que estão em contato com a parede adquirem a velocidade fornecida, que é nula, e passam
a influir nas partículas vizinhas através da viscosidade e da turbulência dissipando energia
(MANUEL F. BARRAL; et al).
Essa perda de energia que o fluido sob pressão sofre em razão de vários fatores
como o atrito deste com uma camada estacionária aderida à parede interna do tubo ou em
razão da turbulência devido às mudanças de direção do traçado refere-se à perda de carga
(DANDARA VIANA; et al). Alguns outros fatores como: o comprimento e diâmetro da
tubulação, a velocidade, a rugosidade e tempo de uso do material, a viscosidade do fluido,
entre outros são variáveis hidráulicas que influenciam na perda de carga. Existem dois
tipos de perdas de carga: as distribuídas e as localizadas.
A perda de carga distribuída se dá em trechos de tubulações retilíneas e com
diâmetro constante. Ocorre de forma que a parede dos dutos cauda uma perda de pressão
que é distribuída ao longo de seu comprimento, que faz com que a pressão diminua
gradativamente (DANDARA VIANA; et al). Esta perda depende do diâmetro e
comprimento do tubo, rugosidade da parede, das propriedades do fluido, da massa
específica, da viscosidade e da velocidade do escoamento. A rugosidade da parede
depende do material que o tubo foi fabricado bem como o seu estado de conservação,
sendo que, de maneira geral um tubo usado apresenta uma rugosidade maior que um tubo
novo (MANUEL F. BARRAL; et al).
A perda localizada ocorre em trechos da tubulação que contém acessórios,
podendo ser: válvulas, curas, derivações, registros ou conexões, bombas, turbinas e
outros. Esses acessórios contribuem para a alteração de módulo ou direção da velocidade
do escoamento e, consequentemente, a pressão no local. Ou seja, age alterando a
uniformidade do escoamento (DANDARA VIANA; et al). A ocorrência da perda de carga
é considerada concentrada no ponto provocando uma grande queda de pressão nesse
pequeno espaço compreendido pelo acessório (MANUEL F. BARRAL; et al).
Cada situação e perda de carga possui métodos específicos de solução que serão
abordados a seguir.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Devido ao atrito do fluido com a parede do tubo ocorre uma dissipação de energia,
quando um fluido escoa por uma tubulação de um ponto a outro haverá perda de energia.
Está energia dissipada, de modo geral, da perda de carga representa a energia perdida pelo
fluido por cada unidade de seu peso.
Essa perda de carga ocorre, entre outros fatores, pela rugosidade do meio de
escoamento, viscosidade e densidade do fluido, velocidade deste mesmo escoamento,
turbulência do movimento, comprimento da tubulação percorrida. Ao examinar o
comportamento de fluidos durante o escoamento, é observado dois tipos de perda de carga
distintas: a localizada e a distribuída, as quais ao serem somadas geram a perda de carga
total perdida no encanamento (BRUNETTI, 2008).
De modo geral a perda de carga em um sistema de tubulação é considerada como
a perda de energia do mesmo, senso assim, a variação de energia em um sistema onde
temos fluidos reais, pode ser previsto com a equação de Bernoulli (Equação 1) adaptada
(FOX e MCDONALD, 2001):
𝑃1 𝑉²1 𝑃2 𝑉²2
𝑍1 + + = 𝑍2 + + + 𝐻𝑝 (Eq. 1)
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔
Onde:
𝑍1 e 𝑍1 = alturas vertical dos pontos analisados.
𝑉1e 𝑉2= velocidade do fluxo.
𝑃1 e 𝑃2 = pressão de entrada e saída dos pontos analisados.
𝛾= peso específico do fluido analisado.
𝑔= aceleração da gravidade.
𝐻𝑝 = perda total de carga no sistema.
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distribuída. Para o cálculo da perda de carga distribuída, utiliza-se a forma universal,
(Equação 2) que nos possibilita determinar ao longo de um comprimento de tubulação a
sua perda de carga, dês de que seja conhecido o coeficiente de atrito (f) que pode ser
obtido através da Diagrama de Mood:
𝐿 𝑉²
𝐻𝑓 = 𝑓. 𝐷 . 2𝑔 (Eq. 2)
ℎ
Onde:
𝐿= comprimento do tubo.
𝑉= velocidade media do escoamento.
𝐷ℎ= diâmetro hidráulico.
𝑔= aceleração da gravidade.
𝑓= coeficiente de atrito, obtido com o diagrama de Moody, utilizando a relação
entre rugosidade e diâmetro do tubo (ε/D) e o número de Reynolds (Re).
𝑉²
𝐻𝑠 = 𝐾. 2𝑔 (Eq.3)
Onde:
𝑉= velocidade media do escoamento.
𝑔= aceleração da gravidade.
𝐾= coeficiente de perda de carga localizada, que é obtido experimentalmente ou
em tabelas de produtos que já realizam o teste e disponibilizam o resultado.
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3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
3.2 Métodos
O procedimento se inicia com a determinação da abertura da válvula esférica,
através de 4 tipos de abertura: totalmente aberta, metade fechada, 2/3 fechada e 1/3
fechada.
Em segundo instante, é medido a vazão do escoamento do fluido. Para a
determinação do volume e do tempo, utilizou-se um balde e um cronômetro, onde o fluido
liberado em um determinado tempo é despejado no balde e assim verificado o volume
por tempo.
O terceiro passo é a medição da diferença de nível da mangueira, onde adotou-se
um referencial (H0) a 52cm (H2) da tubulação, através de uma trena foi medido a altura
acima do referencial (H1). Logo, substitui-se na fórmula a seguir:
∆𝐻 = 𝐻1 − 𝐻2
Por fim, realizou-se a obtenção da constante K.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Abertura da Válvula
2/3 2/3
Totalmente ½ 1/3 2/3 2/3
fechada fechada
aberta fechada fechada fechada fechada
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Na válvula 1/3 fechada estabelece que K é 5,73, mas no nosso resultado é 5,5 o
que se considerou, uma vez que o valor medido foi bem próximo apesar de erros e falhas
de medições;
Já a válvula 2/3 fechada foi necessário repetir o experimento 4 vezes, pois
estabelece por norma que K é 206,0, mas no nosso resultado o mais próximo foi a 126,9
com volume de 0,0001m³ o que se considerou, uma vez que o valor medido foi bem
próximo apesar de erros e falhas de medições.
Logo abaixo, pode-se observar os tipos de válvulas citados no experimento:
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5. CONCLUSÃO
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUNETTI, F; Mecânica dos Fluidos. 2ª ed. Ed. Pearson. São Paulo, 2011.
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