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N-2098 REV.

E FEV / 2008

CONTEC SC-23 INSPEÇÃO DE DUTOS TERRESTRES EM


Inspeção de Sistemas e
Equipamentos em OPERAÇÃO
Operação

2a Emenda

Esta é a 2a Emenda da Norma PETROBRAS N-2098 REV. E e se destina a modificar o seu


texto nas partes indicadas a seguir.

- Capítulo 2:

Exclusão da norma Directorate of Engine Research or Development (DERD).

- Item 4.2.2.2:

Alteração do texto.

- Nota da FIGURA B-3.1:

Correção da palavra elático para elástico.


Correção da palavra trançado para traçado.

- Item B-2.4:

Alteração no título.

- Item B-2.4.5:

Alteração no texto.

Nota: As novas páginas das alterações efetuadas estão localizadas nas páginas
originais correspondentes.

_____________

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página


N-2098 REV. E FEV / 2006

INSPEÇÃO DE DUTOS
TERRESTRES EM OPERAÇÃO

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnica Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 23 CONTEC - Subcomissão Autora.

Inspeção de Sistemas e
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Equipamentos em Operação
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 23 páginas, Índice de Revisões e GT


N-2098 REV. E FEV / 2006

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis na inspeção de dutos terrestres
enterrados de transporte e transferência, em operação, construídos em aço-carbono, com
diâmetro igual ou superior a 6 polegadas ou quando houver exigência legal.

Nota: Para dutos enterrados de diâmetros inferiores a 6 polegadas, dutos aéreos, dutos
de distribuição e adutoras, o órgão responsável deve elaborar um procedimento
de inspeção específico ou aplicar esta Norma.

1.2 Esta Norma abrange a inspeção dos dutos, complementos e componentes.

1.3 Esta Norma se aplica a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma.

PETROBRAS N-464 - Construção, Montagem e Condicionamento de Duto


Terrestre;
PETROBRAS N-505 - Lançador e Recebedor de “Pig” para Duto;
PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som;
PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual;
PETROBRAS N-2180 - Relatório para Classificação de Locação de Gasodutos
Terrestres;
PETROBRAS N-2200 - Sinalização de Faixa de Domínio de Duto e Instalação
Terrestre de Produção;
PETROBRAS N-2240 - Pré-Operação e Operação de Oleoduto;
PETROBRAS N-2246 - Pré-Operação e Operação de Gasoduto;
PETROBRAS N-2364 - Avaliação de Corrosão Interna Através de Cupom de
Perda de Massa;
PETROBRAS N-2368 - Inspeção, Manutenção, Calibração de Válvulas de
Segurança e/ou Alívio;
PETROBRAS N-2634 - Operações de Passagem de “Pigs” em Dutos;
PETROBRAS N-2726 - Dutos;
PETROBRAS N-2737 - Manutenção de Oleoduto e Gasoduto Terrestre;
PETROBRAS N-2775 - Inspeção e Manutenção de Faixas de Dutos Terrestres
e Relações com a Comunidade;
PETROBRAS N-2785 - Monitoração, Interpretação e Controle da Corrosão
Interna e Dutos;
PETROBRAS N-2786 - Avaliação de Defeitos e Modos de Falha em Oleodutos
e Gasodutos Terrestres e Submarinos Rígidos em
Operação;
PETROBRAS N-2801 - Inspeção do Sistema de Proteção Catódica de Dutos
Terrestres;
ABNT NB 284 - Válvulas de Segurança e/ou Alívio de Pressão -
Aquisição, Instalação e Utilização;

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API RP 1110 - Pressure Testing of Liquid Petroleum Pipelines;


API RP 1110/97 - Recommended Practice for Pressure Testing of
Petroleum Pipelines;
API Spec 6D - Pipeline Valves (Steel Gate, Plug, Ball and Check
Valves);
ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings;
ASME B31.4 - Liquid Petroleum Transportation Piping Systems;
ASME B31.8 - Gas Transmission and Distribution Piping Systems;
ASME B31G - Manual for Determining the Remaining Strength of
Corroded Pipelines;
BSI BS 8010-2 - Part 2o - Pipelines on Land: Design, Construction and
Installation;
NACE MR-0175 - Sulfide Stress Cracking Resistant Metallic Materials for
Oilfield Equipment;
NACE RP-0169 - Control of External Corrosion on Underground
Submerged Metallic Piping Systems;
NACE TM-0172 - Determining Corrosive Properties of Cargoes in
Petroleum Product Pipelines;
NACE TM-0497 - Measurement Techniques Related to Criteria for
Cathodic Protection on Underground or Submerged
Metallic Piping Systems.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas na norma


PETROBRAS N-2726.

4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

4.1 Inspeção da Faixa de Dutos

A inspeção da faixa de dutos deve ser realizada de acordo com a norma PETROBRAS
N-2775.

4.2 Inspeção do Duto

Consiste na avaliação das condições de integridade estrutural do duto e de seus


complementos e componentes conforme descritos nos itens 4.2.1 a 4.2.8.

4.2.1 Inspeção Visual e Medição de Espessura

4.2.1.1 Inspecionar visualmente, de acordo com os requisitos da norma PETROBRAS


N-1597, as condições físicas e de conservação dos trechos aéreos, transição
aéreo/enterrado, suportes, plataformas, luminárias e escadas de acesso, válvulas e
acessórios, quanto à corrosão externa, danos mecânicos, vazamentos, pintura, revestimento
e isolamento térmico.

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4.2.1.2 A inspeção visual dos trechos aéreos deve ser realizada com intervalo igual ou
inferior a 24 meses entre 2 inspeções consecutivas.

4.2.1.3 A medição de espessura deve ser realizada quando houver evidência de perda de
espessura na inspeção visual, para determinação da espessura remanescente.

Nota: Em caso de medição de espessura por ultra-som, o ensaio deve ser de acordo
com os requisitos da norma PETROBRAS N-1594.

4.2.1.4 A avaliação das descontinuidades e danos na parede do duto devem ser realizadas
de acordo com a norma PETROBRAS N-2786. Caso seja necessário, o reparo deve ser
executado de acordo com a norma PETROBRAS N-2737.

4.2.2 Inspeção por “Pig” Instrumentado

4.2.2.1 Os “pigs” instrumentados devem ser selecionados de acordo com o tipo de


ocorrência que se procura, sejam as ocorrências deflexões, descontinuidades, acessórios e
até mesmo características do duto. Na TABELA 1 estão listados os principais tipos de
ocorrências que se procura nos dutos e os “pigs” com capacidade de detectar as
ocorrências.

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TABELA 1 - TIPOS DE FERRAMENTAS DE INSPEÇÃO E OBJETIVOS


Ferramentas para Detecção de
Ferramentas de Perda de Espessura
Trincas
Objetivo da Vazamento do Fluxo Magnético Ferramentas Ferramentas de
Ultra-som Ultra-som MFL
inspeção (MFL) Geométricas Mapeamento
(Ondas de (Ondas Fluxo
Resolução Alta Resolução
Longitudinais) Transversais) Transverso
Padrão (LR) (HR)
1)
Perda de Detecta
2)
espessura Dimensiona
Detecta 1) Detecta 1) Detecta 1) Detecta 1)
(Corrosão) Não Discrimina Não detecta Não detecta
Dimensiona 2) Dimensiona 2) Dimensiona 2) Dimensiona 2)
Corrosão Externa Anomalia
Corrosão Interna interna/externa
Corrosão Externa Não Não Detecta 1) Detecta 1)
Não detecta Não detecta
Axial Estreita Detecta 1) Detecta 1) Dimensiona 2) Dimensiona 2)
Trincas e Defeitos 1) 1)
Detecta Detecta
Tipo Trincas Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Dimensiona 2) Dimensiona 2)
(Axial)
1)
Detecta
Trincas Detecta 3)
Não detecta Não detecta Dimensiona 2) se Não detecta Não detecta Não detecta
Circunferenciais Dimensiona 3)
modificado 4)
Amassamentos Detecta 5) Detecta 5) Detecta 5) Detecta 5)
Detectação,
Amassam. Pontual Detecta 5) Dimensionamento Dimensionamento Dimensionamento Dimensionamento Detecta 6)
Dimensionamento
Rugas em curvas não confiável não confiável não confiável não confiável Dimensiona 2)
não confiável
Dobramentos No caso de ser detectado fornece a posição circunferencial
Cavas Detecta 1) e Dimensiona 2) Não detecta
Dupla laminação Detecção Detecta Detecta
Detecção limitada Detecção limitada Não detecta Não detecta
ou Inclusões limitada Dimensiona 2) Dimensiona 2)
Detecta apenas
Detecta apenas Detecta apenas luvas metálicas e
Detecção de luvas metálicas e
luvas metálicas e luvas metálicas e bacalhaus, outros
Reparos anteriores bacalhaus, outros apenas com Não detecta Não detecta
bacalhaus bacalhaus apenas com
identificadores ferrosos
soldados ao duto soldados ao duto identificadores
ferrosos
Defeitos de Detecção
Detecção limitada Detecta Detecta Detecção limitada Não detecta Não detecta
fabricação limitada
Detecta Detecta
Curvas Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Dimensiona 7) dimensiona
Detecta Detecta
Ovalizações Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Dimensiona 2) Dimensiona 2) e 8)
Coordenadas da Detecta
Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Tubulação dimensiona

Notas: 1) Limitado à profundidade, comprimento e largura mínimos dos defeitos.


2) Definido pela precisão de dimensionamento especificado pela ferramenta.
3) Probabilidade de Detecção (POD) reduzida para trincas fechadas.
4) Os transdutores devem ser girados de 90º.
5) Confiabilidade reduzida dependendo do tamanho e formado amassamento.
6) Dependendo da configuração da ferramenta, também fornece a posição
circunferêncial.
7) Se equipado para medir raios de curvatura.
8) Se a ferramenta estiver equipada para medir ovalização.
9) A área sombreada identifica tecnologias de inspeção interna que podem ser
utilizadas apenas em ambientes líquidos, isto é, tubulações de líquidos ou
gasodutos com acoplante líquido.

4.2.2.2 Recomenda-se que a inspeção com “pig” instrumentado geométrico e de perda de


espessura seja realizada com periodicidade máxima de 5 anos entre inspeções. Esta
periodicidade pode ser alterada desde que justificada tecnicamente e documentada, como
por exemplo utilizando-se um critério estabelecido por análise de risco.

4.2.2.3 A inspeção com “pig” instrumentado requer a habilitação prévia do duto incluindo
limpeza. As operações de lançamento, acompanhamento da corrida e recebimento de “pigs”
devem ser realizadas de acordo com os requisitos da norma PETROBRAS N-2634.

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4.2.2.4 Recomenda-se que o relatório final de inspeção com “pig” instrumentado seja
validado através de medições de campo em, no mínimo, 5 pontos diferentes. Esta validação
deve comparar os resultados da inspeção de campo com as informações do relatório de
inspeção com o “pig” instrumentado. A amostragem de correlação deve ser aumentada em,
no mínimo, mais 5 pontos diferentes, no caso das discrepâncias entre as indicações do
relatório do “pig” instrumentado e a inspeção de campo estarem acima das precisões da
ferramenta, recomendando-se também a solicitação da revisão do relatório. [Prática
Recomendada]

4.2.2.5 Recomenda-se que os critérios para reparo das indicações dos “pigs”
instrumentados sejam conforme as prescrições contidas no ANEXO A. [Prática
Recomendada]

4.2.3 Monitoração da Corrosão Interna

4.2.3.1 Recomenda-se que todos os dutos sejam monitorados quanto à corrosão interna.
[Prática Recomendada]

4.2.3.2 A monitoração, interpretação e controle da corrosão interna em dutos devem ser


realizados de acordo com a norma PETROBRAS N-2785.

4.2.4 Inspeção do Sistema de Proteção Catódica e do Revestimento Externo

A inspeção do sistema de proteção catódica e do revestimento externo deve ser realizada


de acordo com a norma PETROBRAS N-2801.

4.2.5 Inspeção de Válvulas de Bloqueio

4.2.5.1 Inspecionar as válvulas de bloqueio visualmente, de acordo com os requisitos da


norma PETROBRAS N-1597, quanto às condições físicas e operacionais, vazamentos,
pintura, revestimento, acesso e limpeza da caixa de válvulas.

4.2.5.2 A inspeção deve ser realizada com intervalo igual ou inferior a 24 meses entre
2 inspeções consecutivas.

4.2.6 Inspeção das Válvulas de Segurança e/ou Alívio

A inspeção, manutenção, calibração e teste das válvulas de segurança e/ou alívio devem
ser realizados de acordo com a norma PETROBRAS N-2368.

4.2.7 Inspeção dos Instrumentos

4.2.7.1 Inspecionar os instrumentos e acessórios visualmente, de acordo com os requisitos


da norma PETROBRAS N-1597, quanto às condições externas, danos mecânicos,
vazamentos, pintura, revestimento e verificar o prazo de calibração.

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4.2.7.2 A inspeção dos instrumentos deve ser realizada com intervalo igual ou inferior a
24 meses entre 2 inspeções consecutivas.

4.2.8 Inspeção dos Lançadores e Recebedores de “Pigs” e de Esferas

4.2.8.1 Inspecionar os lançadores e recebedores de “pigs” e de esferas visualmente, de


acordo com os requisitos da norma PETROBRAS N-1597, quanto às condições físicas,
corrosão externa, danos mecânicos, vazamentos, pintura e revestimento dos trechos
aéreos, transição aéreo/enterrado, suportes, válvulas, acessórios, identificações,
plataformas e escadas de acesso, aterramentos e luminárias.

4.2.8.2 A medição de espessura deve ser realizada quando houver evidência de perda de
espessura na inspeção visual, para determinação da espessura remanescente.

Nota: Em caso de medição de espessura por ultra-som, o ensaio deve ser de acordo
com os requisitos da norma PETROBRAS N-1594.

4.2.8.3 As características construtivas devem estar de acordo com a norma PETROBRAS


N-505, respeitando-se a revisão utilizada no projeto do equipamento.

Nota: Os acessórios e equipamentos de segurança devem atender a revisão atual da


norma PETROBRAS N-505.

4.2.8.4 A avaliação das descontinuidades e danos na parede dos lançadores e recebedores


deve ser realizada de acordo com a norma PETROBRAS N-2786. Caso seja necessário, o
reparo deve ser executado de acordo com a norma PETROBRAS N-2737.

4.2.8.5 A inspeção dos lançadores e recebedores de “pigs” e de esferas deve ser realizada
com intervalo igual ou inferior a 24 meses entre 2 inspeções consecutivas.

4.3 Teste Hidrostático

4.3.1 Recomenda-se efetuar teste hidrostático nos dutos existentes, visando assegurar que
o duto, no trecho testado, suporta as condições de Pressão Máxima de Operação
Admissível (PMOA), nos seguintes casos: [Prática Recomendada]

a) dutos que tenham permanecido mais de 5 anos desativados temporariamente


de acordo com a norma PETROBRAS N-2240 ou N-2246 e que tenham
necessidade de operar novamente;
b) dutos que tenham permanecido mais de 3 anos contínuos fora de operação;
c) em substituição à inspeção com “pig” instrumentado de perda de espessura, no
caso de dutos não “pigáveis”;

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d) dutos que estejam operando há mais de 10 anos sem teste hidrostático e que
necessitem operar a pressões maiores que 80 % da PMOA original (definida
pelo último teste hidrostático realizado) e o aumento for maior que 25 % da
PMOA corrente; no entanto, caso a tensão devido à nova pressão de operação
não ultrapasse 30 % do limite de escoamento do duto, o teste hidrostático pode
ser dispensado.

4.3.2 Deve-se efetuar teste hidrostático nos dutos existentes, visando assegurar que o duto,
no trecho testado, suporta as condições de PMOA, nos seguintes casos:

a) dutos existentes quando, durante sua manutenção, os trechos inseridos não


forem pré-testados hidrostaticamente (em separado) ou que não tenham suas
soldas circunferenciais inspecionadas 100 % por radiografia ou ultra-som;
b) dutos existentes que necessitem operar a pressões superiores àquela
qualificada pelo último teste hidrostático realizado, limitado à pressão de
projeto;
c) dutos existentes, quando indicado a partir de estudos de integridade estrutural.

4.3.3 A pressão de teste hidrostático em qualquer ponto do duto não deve ser superior ao
menor dos seguintes valores:

a) 1,5 vez a pressão máxima admissível, para a classe de pressão dos acessórios
instalados, válvulas e flanges, conforme as normas ASME B16.5 e API Spec 6D;
b) pressão que produza tensão circunferencial na parede da tubulação
equivalente a 100 % da tensão mínima de escoamento especificada para o
material (SMYS), considerando a espessura corroída ou 90 % do SMYS,
considerando a espessura nominal, exceto se ocorrer às condições
especificadas no item 4.3.4.

4.3.4 Quando o perfil do duto exigir ou para teste de reabilitação, a tensão circunferêncial
na parede do duto, em algum ponto, pode ultrapassar 90 % do SMYS considerando a
espessura nominal. Neste caso, deve ser evitado ciclar mais que 2 vezes a pressão de teste
hidrostático ou manter o duto pressurizado, na pressão de teste, por tempo superior a
2 vezes o estabelecido no procedimento de teste. Deve-se ainda empregar um ou mais dos
seguintes cuidados adicionais propostos a seguir:

a) monitoração visual com comunicação específica para os pontos solicitados


acima de 90 % do SMYS;
b) monitorar por extensometria (ou método equivalente) para acompanhar
pressão e avaliar se ocorreu plastificação nos pontos solicitados acima de 95 %
do SMYS;
c) elaborar gráfico P x V de todo o trecho em teste para avaliar se está ocorrendo
escoamento em algum ponto do duto;
d) prever logística apropriada para o acionamento rápido do plano de contingência
para minimizar o volume vazado caso ocorra vazamento durante o teste.

4.3.5 Para oleodutos, a pressão de teste de resistência mecânica em qualquer ponto do


duto deve ser, no mínimo, igual ou maior que os seguintes valores, respeitado o item 4.3.3:

a) 1,25 vez a PMO no ponto, em condições de escoamento em regime


permanente ou a pressão em condição estática;

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b) 1,136 vez a PMO no ponto, em condições anormais de escoamento (alívio,


transientes de pressão).

4.3.6 Para gasodutos a pressão de teste de resistência mecânica em qualquer ponto do


duto deve ser, no mínimo, igual aos valores a seguir, estabelecidos em função da classe de
locação conforme norma PETROBRAS N-2180, onde o duto estiver instalado, respeitado o
item 4.3.3:

a) classe 1 divisão 2: 1,10 vez a PMO;


b) classe 1 divisão 1: 1,25 vez a PMO;
c) classe 2: 1,25 vez a PMO;
d) classe 3: 1,40 vez a PMO;
e) classe 4: 1,40 vez a PMO.

4.3.7 O valor da pressão de teste hidrostático a ser adotado deve estar compreendido entre
os valores estabelecidos nos itens 4.3.3 e 4.3.5 ou 4.3.6.

Nota: Recomenda-se a adoção do maior valor de pressão de teste hidrostático dentro


da faixa estabelecida. [Prática Recomendada]

4.3.8 O teste de estanqueidade deve ser realizado a uma pressão correspondente ao


menor dos seguintes valores:

a) 88 % da pressão do teste de resistência;


b) a pressão que produzir uma tensão circunferêncial equivalente a 80 % do
“SMYS”.

4.3.9 O teste hidrostático deve ser executado de acordo com os requisitos e procedimento
estabelecido no ANEXO B desta Norma.

4.3.10 Garantias do Teste Hidrostático

4.3.10.1 O teste hidrostático habilita o duto para operar a uma pressão interna igual ou
inferior à pressão de teste dividida pelo fator de teste (1,25 para oleoduto ou o valor adotado
no item 4.9.6 para gasoduto), limitada a pressão de projeto. Este valor deve ser estabelecido
como a PMOA do duto.

4.3.10.2 A garantia do teste hidrostático é puramente mecânica; entretanto pequenos


defeitos podem vir a falhar após sua execução, por não ter sido estancado o processo
corrosivo. Isto reforça a necessidade de associação do teste hidrostático a um sistema de
controle do processo corrosivo interno e/ou externo do duto.

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4.3.11 Pressão de Teste Hidrostático - Memorial de Cálculo e Diagrama de Teste


Hidrostático

Todo duto deve possuir um memorial de cálculo demonstrando as premissas que


conduziram a determinação dos valores máximo e mínimo da pressão de teste ao longo do
duto, verificando para cada ponto a sua cota no perfil longitudinal e a espessura nominal,
indicando o ponto/equipamento/acessório determinante da pressão de teste (ponto mais
restritivo, que para uma seção de teste de mesmo material e espessura, corresponde ao
ponto de menor cota do perfil). Deve possuir, também, um desenho de perfil longitudinal
com indicação da(s) pressão(ões) de teste hidrostático - diagrama de teste hidrostático.

5 REGISTRO DAS INSPEÇÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 Os relatórios, recomendações técnicas de inspeção, bem como as conclusões quanto à


integridade estrutural do duto, devem ser arquivados em meio físico ou digital, de modo a
compor seu histórico de inspeção e manutenção e facilitar a consulta e verificação das
condições atuais do duto.

5.2 Relatório de Inspeção

Recomenda-se que conste no relatório de inspeção: [Prática Recomendada]

a) identificação da área e do equipamento, título, número do relatório, período da


inspeção e data do relatório; no caso de serviços executados por empresa
contratada, recomenda-se identificar o nome da empresa e número do
contrato;
b) objetivo ou referência, histórico do equipamento, dados técnicos do
equipamento, dados da inspeção realizada abordando o critério de aceitação,
documentos complementares e condições físicas do equipamento, resultado de
testes ou ensaios executados, serviços de manutenção executados, conclusão,
recomendações e informações adicionais, tais como: número de vias e
destinatários, indexação com recomendação de inspeção emitida, observações
para inspeções futuras e relação de documentos anexados;
c) identificação e assinatura com data, dos técnicos e engenheiros responsáveis
pela inspeção.

_____________

/ANEXO A

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ANEXO A - CRITÉRIO PARA ANÁLISE, GERENCIAMENTO E REPARO DAS


INDICAÇÕES DOS “PIGS” INSTRUMENTADOS

A-1 “PIG” INSTRUMENTADO DE PERDA DE ESPESSURA

A-1.1 Avaliar e reparar de acordo com os requisitos das normas PETROBRAS N-2786 e
N-2737, respectivamente, todas as indicações de redução de espessura que comprometam
a pressão de operação do duto, considerando a previsão de crescimento das
descontinuidades até a próxima inspeção (taxa de corrosão acumulada), o erro da
ferramenta no dimensionamento da profundidade e do comprimento e a interação com
outras descontinuidades.

A-1.1.1 Indicações de redução de espessura menor que 10 % da espessura nominal da


parede do duto não necessitam ser reparadas.

A-1.1.2 Indicações de redução de espessura de parede compreendidas entre 10 % e 50 %


devem ser verificadas de acordo com os critérios da norma PETROBRAS N-2786 após
validação dos resultados do “pig”, não havendo necessidade de ser feito dimensionamento
prévio (correlação de campo) de todos os pontos, aplicando-se os critérios definidos no
item A-1.1.

A-1.1.3 Indicações de redução de espessura entre 51 % e 80 % da espessura nominal da


parede do duto, deve-se:

a) realizar a inspeção de campo para dimensionamento do defeito e avaliação


conforme a norma PETROBRAS N-2786;
b) caso o processo corrosivo não possa ser interrompido, considerar, na avaliação
da necessidade de reparo, o intervalo até a próxima inspeção (perda de
espessura acumulada);
c) caso seja necessário, o reparo deve ser executado de acordo com a norma
PETROBRAS N-2737;
d) na impossibilidade da realização da inspeção de campo para o
dimensionamento do defeito, reparar todas as indicações de acordo com os
requisitos da norma PETROBRAS N-2737.

A-1.1.4 As reduções de espessura maiores que 80 % da espessura nominal da parede do


duto devem ser reparadas de acordo com os requisitos da norma PETROBRAS N-2737.

A-1.1.5 As reduções de espessura por corrosão em cordão de solda ou zona termicamente


afetada devem ser avaliadas de acordo com os critérios da norma PETROBRAS N-2786.

A-1.2 Recomenda-se a análise e gerenciamento das indicações de descontinuidades


relatadas pelo “pig” instrumentado de perda de espessura de acordo com as diretrizes a
seguir: [Prática Recomendada]

a) avaliar se o processo corrosivo é interno ou externo à parede do duto;

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b) no caso de corrosão interna, recomenda-se planejar e implantar um sistema de


monitoração de acordo com a norma PETROBRAS N-2785 e avaliar a
necessidade de reduzir o intervalo entre inspeções por “pig” instrumentado;
c) no caso de corrosão externa, recomenda-se implementar as ações previstas na
norma PETROBRAS N-2801;
d) armazenar os dados dos pontos não substituídos para comparação com
inspeções futuras;
e) comparar com a última inspeção, caso aplicável.

A-2 “PIG” INSTRUMENTADO GEOMÉTRICO

A-2.1 Avaliar as indicações de não-conformidades da inspeção por “pig” instrumentado


geométrico de acordo com a norma PETROBRAS N-2786.

A-2.2 Caso seja necessário, o reparo deve ser executado de acordo com a norma
PETROBRAS N-2737.

_____________

/ANEXO B

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ANEXO B - TESTE HIDROSTÁTICO DE DUTOS TERRESTRES EXISTENTES


(PROCEDIMENTO)

B-1 PREPARAÇÃO PARA O TESTE HIDROSTÁTICO

B-1.1 Planejamento do Teste

Devem ser considerados no planejamento do teste hidrostático os fatores descritos nos itens
B-1.1.1 a B-1.1.12.

B-1.1.1 As pressões de teste em qualquer ponto do duto ou da seção de teste deve ficar
situadas dentro dos limites estabelecidos nos itens 4.9.1 a 4.9.7 desta Norma.

B-1.1.2 Exame detalhado da documentação de projeto do duto ou da seção de teste


(complementado, eventualmente, por levantamentos de campo) visando identificar o
componente que limita a pressão de teste, considerando os registros de testes anteriores,
distribuição dos materiais e espessuras de parede dos tubos, perfil de elevações, classe de
pressão dos acessórios. Deve também ser identificados os equipamentos e instrumentos
que devem ser isolados/desconectados durante o teste e os pontos a serem raqueteados.

B-1.1.3 As pressões máximas de operação previstas, tanto para o regime permanente


como para o regime transiente, devem ser consideradas no estabelecimento das pressões
de teste.

B-1.1.4 Eventuais inspeções internas com “pigs” instrumentados realizadas devem ser
cuidadosamente analisadas, considerando os aspectos de integridade estrutural
remanescente do duto e distribuição das espessuras de parede registrada pelo “pig”.

B-1.1.5 Água para a realização do teste hidrostático - os cuidados necessários com a fonte
e o descarte - coleta de amostra e envio para análise em laboratório especializado, inclusive
para o caso de vazamento.

B-1.1.6 Precauções e procedimentos de segurança para o pessoal envolvido na execução


do teste.

B-1.1.7 Uma avaliação de responsabilidades dos envolvidos na organização e execução do


teste, especialmente aqueles que devem preparar documentos.

B-1.1.8 Equipes, equipamentos e ferramentas para apoio ao teste hidrostático.

B-1.1.9 Identificação dos trechos críticos ou sensíveis.

B-1.1.10 Precauções e procedimentos para minimizar o risco ao público e ao meio


ambiente.

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N-2098 REV. E FEV / 2006

B-1.1.11 Notificação às autoridades competentes, agências de fiscalização e grupos de


combate de emergências, bem como aos donos de propriedades ao longo da faixa, sobre a
execução do teste.

B-1.1.12 Necessidade do emprego de corante e/ou inibidor de corrosão.

B-1.2 Procedimento de Teste

Deve ser elaborado, previamente ao início da execução do teste hidrostático propriamente


dito, um procedimento básico de teste abordando, no mínimo, os seguintes itens:

a) descrição resumida do duto;


b) diagrama de teste hidrostático, consistindo de desenho de perfil do duto,
contendo, pelo menos, as seguintes informações:
- classes de locação (gasoduto), espessuras de parede e materiais, válvulas,
suspiros, rodovias e rios mais importantes;
- gradiente de teste hidrostático em Metros de Coluna d’Água (MCA);
c) ponto onde a pressão de teste deve ser aplicada (km e cota);
d) pressão de teste de resistência mecânica e de estanqueidade a ser aplicada
em cada ponto de teste;
e) pressões e correspondentes tensões circunferenciais máximas e mínimas
desenvolvidas e localização (km e cota dos pontos);
f) método de limpeza e enchimento do duto ou trecho com água - vazão e tempo
de enchimento (ver Nota 2);
g) especificação dos “pigs” de limpeza/enchimento e calibração - seqüência de
lançamento e espaçamento entre “pigs” (ver Nota 2);
h) métodos de isolamento dos segmentos em teste, indicando localização de
flanges cegos, raquetes e plugues a instalar, válvulas por remover e
retificadores de proteção catódica a ser desenergizados;
i) definição dos locais de instalação dos equipamentos de pressurização e dos
instrumentos de controle e registro, incluindo os de registro permanente e os de
leitura periódica;
j) teste hidrostático conforme requisitos mínimos do Capítulo B-2;
k) vazão máxima e mínima de água a ser injetada na pressurização;
l) gráfico PV (pressão x volume de água injetada) teórico;
m) volume requerido e vazão de injeção de corante ou inibidor de corrosão
(quando aplicável);
n) descrição do sistema de comunicação a ser utilizado;
o) descrição do plano de comunicação prévia às autoridades competentes e
grupos de combate de emergências, bem como às comunidades existentes ao
longo da faixa.

Notas: 1) A empresa executante do teste hidrostático deve apresentar um procedimento


executivo, detalhado, com base nas informações relacionadas no item B-1.2.
2) Devem ser observados, onde aplicável, os requisitos apresentados na norma
PETROBRAS N-464, sobre limpeza, enchimento e calibração do duto.

14
N-2098 REV. E FEV / 2006

B-2 TESTE HIDROSTÁTICO

B-2.1 O teste hidrostático deve atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) o trecho do duto a ser testado deve estar limpo internamente e inteiramente


cheio de água;
b) restrições para acesso (isolamento) e sinalização devem ser providenciadas,
durante o teste hidrostático, principalmente em trechos expostos, ou áreas em
que houver riscos para as pessoas que estejam localizadas no entorno do duto;
c) a primeira parte do teste hidrostático do duto deve consistir num teste de
resistência mecânica, conforme definido no item B-2.3, visando verificar a
integridade estrutural e resistência mecânica do trecho em teste, bem como
aliviar as tensões decorrentes de trechos substituídos;
d) a segunda parte do teste hidrostático do duto deve consistir num teste de
estanqueidade conforme definido no item B-2.4, realizado logo após o teste de
resistência mecânica;
e) o gráfico pressão x tempo (P x T) para os testes hidrostáticos de resistência
mecânica e estanqueidade, deve ter o aspecto conforme a FIGURA B-1.

TESTE DE
RESISTÊNCIA TESTE DE
100
ESTANQUEIDADE
% DA PRESSÃO DE TESTE

80 12 H
4 H 30 MIN 4 H 30 MIN

60

40

20

0
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

TEMPO EM HORAS

FIGURA B-1 - GRÁFICO PRESSÃO X TEMPO (P X T)

B-2.2 Os equipamentos e instrumentos requeridos para a execução do teste hidrostático


devem atender aos requisitos da norma API RP 1110. Os instrumentos necessários ao
teste, acompanhados dos respectivos certificados de calibração (dentro do prazo de
validade), devem também atender às seguintes recomendações:

a) balança de peso morto ou um equivalente dispositivo sensor de pressão, que


seja capaz de medir incrementos de pressão menores ou iguais a 0,07 kgf/cm2
(1 psi); o dispositivo deve possuir um certificado de calibração, cuja data de
emissão possua antecedência inferior a 1 ano da data do início do teste, ou
deve ser calibrado na própria obra, de acordo com as recomendações do
fabricante;
b) medidor e transmissor de vazão que forneça na cabine de teste a indicação da
vazão instantânea;
c) dispositivo totalizador de vazão que permita a leitura de incrementos de volume
para incrementos de 0,1 kg/cm2 da pressão de teste;
d) dispositivo de registro contínuo da pressão (tal como um registrador de carta)
que forneça um registro permanente da pressão em função do tempo; este
dispositivo deve ser calibrado imediatamente antes de cada utilização (através
da balança de peso morto) ou calibrado de acordo com as recomendações do
fabricante; deve ter resolução mínima de 0,07 kgf/cm2 (1 psi);

15
N-2098 REV. E FEV / 2006

e) manômetros com resolução mínima de 0,5 kgf/cm2 e faixa de medição no


segundo terço da escala;
f) dispositivos de registro de temperatura, que forneça um registro permanente da
temperatura do duto em função do tempo; deve ter resolução mínima de
0,1 ºC;
g) termômetro de leitura direta, para determinação da temperatura ambiente;
h) válvula de alívio de pressão, a ser instalada no sistema de pressurização, com
ajuste igual ou inferior a 5 % da pressão máxima prevista durante o teste, no
ponto específico do duto em que a válvula de alívio for instalada.

Notas: 1) Como alternativa, um sistema computadorizado pode ser utilizado para


monitorar pressão, vazão, volume injetado e temperatura, desde que os
sensores pertinentes ao sistema tenham resolução compatível com os
instrumentos acima listados e possam ser calibrados de modo similar.
2) Os instrumentos de leitura do teste devem ser instalados em ambiente
fechado, com temperatura controlada e livre de intempéries.

B-2.3 Teste Hidrostático de Resistência Mecânica

B-2.3.1 Após a conclusão da limpeza, do completo enchimento e do recebimento do “pig”


calibrador com a placa sem amassamentos, o duto deve ser submetido ao teste hidrostático
de resistência mecânica.

B-2.3.2 Inicialmente, deve ser feita uma verificação de eventual volume de ar remanescente
no duto, utilizando-se o gráfico PV (pressão x volume de água injetada), de acordo com o
seguinte procedimento:

a) a pressurização deve ter início a partir da pressão estática da coluna de água à


taxa máxima de 1 kgf/cm2 por minuto;
b) a pressão no ponto de teste deve ser elevada até que alcance o valor que
resulta em 50 % da pressão de teste prevista para o ponto mais elevado do
trecho;
c) enquanto a pressão é aumentada deve ser desenhado um gráfico PV; deste
gráfico, por extrapolação, deve ser estimado o volume residual de ar dentro do
duto;
d) o volume de ar deve ser determinado na interseção do prolongamento do
segmento reto do gráfico PV com o eixo do volume; a FIGURA B-2 ilustra a
metodologia proposta;
e) medidas corretivas devem ser tomadas se o conteúdo de ar (∆Var) exceder
0,2 % do volume total do trecho de teste (Vi), ou seja, se ∆Var > 0,002.Vi,
incluindo uma nova purga completa de ar ou até mesmo um novo enchimento
total do duto, considerando a alínea a) deste item.

16
N-2098 REV. E FEV / 2006

PRESSÃO

50 % DA PRESSÃO DE
TESTE DE RESISTÊNCIA
MECÂNICA [VER ALÍNE B)
ITEM B-2.3.2]
LINHA ESTÁTICA

EXTRAPOLAÇÃO

PRESSÃO DE COLUNA
ESTÁTICA
VOLUME DE AR
VOLUME DE ÁGUA ADICIONADA

FIGURA B-2 - MEDIÇÃO GRÁFICA DO VOLUME DE AR RESIDUAL

B-2.3.3 A seqüência, intensidade, duração e controle da pressurização, descritos nos


itens B-2.3.4 a B-2.3.11, constituem o prosseguimento do teste hidrostático de resistência
mecânica cujo início foi tratado no item B-2.3.2.

B-2.3.4 A pressão deve permanecer por, pelo menos, 12 horas no valor de 50 % da


pressão de teste. Durante este período devem ser feitos todos os ajustes necessários para
permitir que a seqüência de operações do teste possa ter início e prosseguir sem
interrupções.

B-2.3.5 Após o período inicial de 12 horas à 50 % da pressão de teste, o trecho deve ser
pressurizado em taxa não superior a 1 kgf/cm2 por minuto, de forma a permitir que o controle
das variáveis pressão e volume garanta um traçado preciso do gradiente ∆P/∆V, até atingir
70 % da pressão de teste, definindo nitidamente a linha reta de um novo gráfico PV cuja
origem das ordenadas corresponde à pressão de 50 % da pressão de teste.

B-2.3.6 O bombeamento deve evitar grandes variações de pressão a partir dos 70 % da


pressão de teste, garantindo que incrementos de 1 kgf/cm² sejam perfeitamente lidos e
registrados; tais incrementos devem ser efetuados com um intervalo mínimo de 3 minutos
até a pressão atingir 95 % da pressão de teste.

B-2.3.7 Ler a pressão de teste efetuando os ajustes finos pela balança de peso morto e
prosseguir a pressurização até atingir, com exatidão, 100 % da pressão de teste, mantendo
a mesma taxa de incremento do item B-2.3.6.

B-2.3.8 Atingida a pressão de teste observar um período de 30 minutos para a estabilização


de pressão no duto.

B-2.3.9 Mantendo a pressão em 100 % da pressão de teste iniciar a contagem de tempo


recuperando ou aliviando a pressão sempre que esta variar fora da faixa de ± 1 % da
pressão de teste.

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B-2.3.10 O teste hidrostático de resistência mecânica é dado por concluído e o duto ou


trecho de duto considerado aprovado (quanto à resistência mecânica) quando, após um
período contínuo de 4 horas, a pressão de teste se mantiver dentro dos limites de ± 1 %
com eventual injeção ou purga de água.

B-2.3.11 A seqüência de operações e controles descrita nos itens B-2.3.4 a B-2.3.10,


corresponde a um teste hidrostático no qual o limite de escoamento dos tubos no trecho em
teste não deve ser atingido. Assim, o gráfico da FIGURA B-2 deve permanecer totalmente
linear.

B-2.3.12 O desvio máximo admitido na linearidade do gráfico da FIGURA B-2 é aquele em


que o volume de água injetada no duto dobra para incrementos de pressão de 1 kgf/cm2
(2 ∆V para um ∆P) ou se houver um desvio volumétrico de 0,2 % do volume total de
enchimento da seção de teste na pressão atmosférica, conforme ilustrado na FIGURA B-3.

18
N-2098 REV. E FEV / 2006

B-2.3.13 O bombeamento deve ser interrompido, em qualquer estágio da pressurização,


se for observado desvio do gráfico da FIGURA B-3 tendendo para o limite estabelecido no
item B-2.3.12; a pressão deve ser mantida no último patamar atingido, observando-se a
eventual ocorrência de vazamento.

B-2.3.14 O teste de resistência mecânica pode vir a detectar um eventual vazamento que
impossibilite a sua aprovação dentro dos critérios apresentados no item B-2.3.10.
Constatada esta ocorrência e não tendo ainda sido localizado vazamento, deve-se parar de
injetar água e observar o comportamento da queda de pressão, que pode dar um indicativo
do tipo de defeito ou anomalia.

Nota: Após a localização e reparo do defeito, um novo período de teste deve ser
iniciado, devendo ser repetida toda a seqüência de teste anteriormente executada.

B-2.4 Teste de Estanqueidade

B-2.4.1 O teste de estanqueidade visa comprovar a inexistência de pequenos vazamentos


no duto ou trecho de duto.

B-2.4.2 Após a realização do teste de resistência, a pressão deve ser reduzida para o valor
definido para o teste de estanqueidade. Observar um período de 30 minutos para a
estabilização da pressão no duto.

B-2.4.3 A duração mínima do teste de estanqueidade deve ser de 4 horas.

B-2.4.4 O critério de aceitação do teste de estanqueidade não admite a injeção ou a purga


de água do trecho em teste.

B-2.4.5 O teste de estanqueidade é dado por concluído e o duto ou trecho de duto é


considerado aprovado (quanto a vazamentos) quando, após um período contínuo de 4 horas
à pressão de teste, não for observado qualquer indício de vazamento e se a variação na
pressão entre início e término do teste puder ser justificada por cálculos de efeito térmico,
conforme critério do item B-2.5.

B-2.4.6 O trabalho para corrigir possíveis defeitos detectados deve ser executado de
imediato e o teste de estanqueidade refeito. Eventuais reparos devem ser executados de
forma a não exigir novo teste de resistência mecânica.

B-2.4.7 Concluído e aceito o teste de estanqueidade, o duto deve ser despressurizado e


mantido completamente cheio d’água.

B-2.5 Correção da Pressão em Função da Temperatura

Para cálculo da variação de pressão por efeito térmico utilizar a fórmula a seguir:

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264,7 . Tf
∆P = . ∆T
(D/t ) + 100
Onde:
∆P = variação teórica da pressão, em bar;
∆T = variação real da temperatura durante o teste, em °C;
D = diâmetro nominal do duto, em pol;
t = espessura nominal de parede do duto, em pol;
Tf = fator de temperatura conforme TABELA B-1, em bar/°C.

TABELA B-1 - FATOR DE CORREÇÃO PARA O EFEITO DA TEMPERATURA

Temperatura Média Fator de Temperatura Média Fator de


de Teste Temperatura de Teste Temperatura
(oC) (bar/oC) (oC) (bar/oC)
8 0,35 19 1,34
9 0,45 20 1,44
10 0,55 21 1,51
11 0,66 22 1,58
12 0,74 23 1,66
13 0,83 24 1,75
14 0,93 25 1,82
15 1,02 26 1,88
16 1,09 27 1,95
17 1,18 28 2,03
18 1,26 29 2,09
19 1,34 30 2,16

Notas: 1) A TABELA B-1 é baseada na norma BSI BS 8010-2 Section 2.8.


2) Devem ser instalados dispositivos de registro permanente da temperatura da
superfície externa do duto enterrado. Os dispositivos devem ser localizados
nas extremidades e ao longo do trecho em teste, em um espaçamento máximo
de 10 km, para permitir avaliação mais precisa do efeito da temperatura.
3) A temperatura média deve ser calculada pela média aritmética da variação de
cada ponto monitorado.

B-2.6 Gráfico Pressão x Volume (PV)

O gráfico PV, para dutos enterrados, totalmente cheio de água (isento de ar) deve ser
elaborado a partir da seguinte correlação teórica de variação de pressão com o incremento
de água:

∆V  D 
= V ⋅  0,044 ⋅   + 4,5  ⋅ 10 −5
∆P  t 

Onde:
∆P = variação incremental de pressão, em bar;
∆V = variação incremental de água, em m3;
V = volume da seção de teste, em m3;
D = diâmetro nominal do duto, em pol;
t = espessura nominal de parede do duto, em pol.

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N-2098 REV. E FEV / 2006

B-2.7 Relatório do Teste Hidrostático

Um relatório deve ser emitido para o teste hidrostático do duto e suas facilidades contendo,
pelo menos, os seguintes registros:

a) todos os documentos relacionados nos itens B-1.2 e B-2.6;


b) data e hora de todos os eventos;
c) registro de todos os aspectos ambientais, tais como: temperatura do ar, chuva,
vento e outros;
d) identificação de cada trecho testado;
e) gráfico contínuo de pressão x tempo;
f) gráfico contínuo de temperatura x tempo;
g) gráfico de pressão x volume com curva de deformação teórica e real;
h) descrição de eventuais vazamentos, defeitos, indicando sua precisa
localização, possíveis causas e descrição dos métodos de reparos;
i) lista de instrumentos utilizados e seus certificados de calibração; descrição de
tais instrumentos com relação a precisão, resolução e outros;
j) planilha de cálculo das pressões e tensões circunferenciais calculadas para os
pontos de interesse do trecho de teste, com todos os cálculos relevantes;
k) certificado de teste hidrostático, assinado pelos profissionais executantes
habilitados na entidade de classe.

B-3 RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA

B-3.1 O teste hidrostático deve ser desenvolvido, preferencialmente, durante a luz do dia
para facilitar possível identificação de vazamento, para assegurar a integridade física dos
técnicos envolvidos no teste devido à extensão a ser percorrida e pela facilidade de
mobilização de recursos para solução de eventuais problemas.

B-3.2 Todos pontos sensíveis em termos de integridade, cruzamentos com rodovias,


ferrovias, passagens aéreas e áreas de acesso ao público, devem ser patrulhadas durante o
período de teste e os responsáveis devem estar munidos de sistema de comunicação
compatível para acionamento rápido do plano de contingência.

B-3.3 Todo pessoal envolvido no teste deve estar utilizando EPIs adequados.

B-3.4 Deve ser provido um sistema eficiente de comunicação para todos envolvidos no
teste nos pontos de patrulhamento e central de controle do teste.

B-3.5 Os serviços devem ser executados dentro dos níveis máximos de ruído estabelecidos
pela autoridade competente. Em caso de proximidade com comunidades, medidas para
atenuação de ruídos podem vir a ser necessários em determinadas fases do trabalho.

B-3.6 Nos procedimentos executivos devem estar indicados os requisitos de segurança,


meio ambiente e saúde a serem seguidos, em cada uma das atividades de sua abrangência.

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N-2098 REV. E FEV / 2006

B-3.7 Todos os equipamentos estacionários devem ser instalados de modo a evitar


contaminação do solo e dos cursos d’água, como por exemplo a sua instalação em bacias
de contenção impermeabilizadas para impedir que eventuais derramamentos de óleo ou
combustível venham a atingir o meio ambiente.

B-3.8 As áreas de teste, lançamento e recebimento de “pig”, captação e descarte de água,


devem ser isoladas e sinalizadas, de modo a se evitar acesso de pessoas não autorizadas,
providas de sistema de iluminação artificial e possuir sistema de comunicação com um canal
ou linha exclusiva.

B-3.9 As tubulações, mangueiras de alta pressão e acessórios provisórios, devem ser


fornecidos com certificado de qualidade, inspecionados e pré-testados, antes de sua
utilização.

B-3.10 As tubulações provisórias ou mangueiras utilizadas para pressurização, captação ou


descarte, devem ser adequadamente ancoradas visando suportar os esforços gerados pelo
fluxo e evitar movimentos que possam causar acidentes.

B-3.11 Deve ser analisado o impacto ambiental causado pelo volume, vazão e qualidade da
água captada e descartada.

_____________

23
N-2098 REV. E FEV / 2006

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B, C e D
Não existe índice de revisões.

REV. E
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas

_____________

IR 1/1
N-2098 REV. E FEV / 2006

GRUPO DE TRABALHO - GT-23-34

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


Adriano Tadeu Armond REGAP/MI/IE 815-4725 CSLX
Romildo Rudek Junior REPAR/MI/IE 856-2543 ARU6
Luiz Antonio Ribeiro TRANSPETRO/DT/SUPORTE/SP 852-9664 TPVG
Paulo Roberto V. de Moraes TRANSPETRO/DT/SUPORTE/TEC/CONF 811-9251 DT23
Claudio Soligo Camerini CENPES/PDEP/TMEC 812-7062 BW38
Antonio Geraldo de Souza TRANSPETRO/DT/SUPORTE/TEC 811-9211 TG10
Luis Fernando do Couto Alves UN-BA/ST/EMI 821-3956 KS00
Secretário Técnico
Rodrigo Mendes Alves Côrtes ENGENHARIA/SL/NORTEC 819-3091 ENIV

_____________
N-2098 REV. E FEV / 2006

API RP 1110 - Pressure Testing of Liquid Petroleum Pipelines;


API RP 1110/97 - Recommended Practice for Pressure Testing of
Petroleum Pipelines;
API Std 6D - Pipeline Valves (Steel Gate, Plug, Ball and Check
Valves);
ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings;
ASME B31.4 - Liquid Petroleum Transportation Piping Systems;
ASME B31.8 - Gas Transmission and Distribution Piping Systems;
ASME B31G - Manual for Determining the Remaining Strength of
Corroded Pipelines;
BSI BS 8010-2 - Part 2o - Pipelines on Land: Design, Construction and
Installation;
NACE MR-0175 - Sulfide Stress Cracking Resistant Metallic Materials for
Oilfield Equipment;
NACE RP-0169 - Control of External Corrosion on Underground
Submerged Metallic Piping Systems;
NACE TM-0172 - Determining Corrosive Properties of Cargoes in
Petroleum Product Pipelines;
NACE TM-0497 - Measurement Techniques Related to Criteria for
Cathodic Protection on Underground or Submerged
Metallic Piping Systems;
Directorate of Engine Research or Development (DERD) - Defense Standard
91-91 (QPL 68-251).

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas na norma


PETROBRAS N-2726.

4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

4.1 Inspeção da Faixa de Dutos

A inspeção da faixa de dutos deve ser realizada de acordo com a norma PETROBRAS
N-2775.

4.2 Inspeção do Duto

Consiste na avaliação das condições de integridade estrutural do duto e de seus


complementos e componentes conforme descritos nos itens 4.2.1 a 4.2.8.

4.2.1 Inspeção Visual e Medição de Espessura

4.2.1.1 Inspecionar visualmente, de acordo com os requisitos da norma PETROBRAS


N-1597, as condições físicas e de conservação dos trechos aéreos, transição
aéreo/enterrado, suportes, plataformas, luminárias e escadas de acesso, válvulas e
acessórios, quanto à corrosão externa, danos mecânicos, vazamentos, pintura, revestimento
e isolamento térmico.

3
N-2098 REV. E FEV / 2006

TABELA 1 - TIPOS DE FERRAMENTAS DE INSPEÇÃO E OBJETIVOS


Ferramentas para Detecção de
Ferramentas de Perda de Espessura
Trincas
Objetivo da Vazamento do Fluxo Magnético Ferramentas Ferramentas de
Ultra-som Ultra-som MFL
inspeção (MFL) Geométricas Mapeamento
(Ondas de (Ondas Fluxo
Resolução Alta Resolução
Longitudinais) Transversais) Transverso
Padrão (LR) (HR)
1)
Perda de Detecta
2)
espessura Dimensiona
Detecta 1) Detecta 1) Detecta 1) Detecta 1)
(Corrosão) Não Discrimina Não detecta Não detecta
Dimensiona 2) Dimensiona 2) Dimensiona 2) Dimensiona 2)
Corrosão Externa Anomalia
Corrosão Interna interna/externa
Corrosão Externa Não Não Detecta 1) Detecta 1)
Não detecta Não detecta
Axial Estreita Detecta 1) Detecta 1) Dimensiona 2) Dimensiona 2)
Trincas e Defeitos 1) 1)
Detecta Detecta
Tipo Trincas Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Dimensiona 2) Dimensiona 2)
(Axial)
1)
Detecta
Trincas Detecta 3)
Não detecta Não detecta Dimensiona 2) se Não detecta Não detecta Não detecta
Circunferenciais Dimensiona 3)
modificado 4)
Amassamentos Detecta 5) Detecta 5) Detecta 5) Detecta 5)
Detectação,
Amassam. Pontual Detecta 5) Dimensionamento Dimensionamento Dimensionamento Dimensionamento Detecta 6)
Dimensionamento
Rugas em curvas não confiável não confiável não confiável não confiável Dimensiona 2)
não confiável
Dobramentos No caso de ser detectado fornece a posição circunferencial
Cavas Detecta 1) e Dimensiona 2) Não detecta
Dupla laminação Detecção Detecta Detecta
Detecção limitada Detecção limitada Não detecta Não detecta
ou Inclusões limitada Dimensiona 2) Dimensiona 2)
Detecta apenas
Detecta apenas Detecta apenas luvas metálicas e
Detecção de luvas metálicas e
luvas metálicas e luvas metálicas e bacalhaus, outros
Reparos anteriores bacalhaus, outros apenas com Não detecta Não detecta
bacalhaus bacalhaus apenas com
identificadores ferrosos
soldados ao duto soldados ao duto identificadores
ferrosos
Defeitos de Detecção
Detecção limitada Detecta Detecta Detecção limitada Não detecta Não detecta
fabricação limitada
Detecta Detecta
Curvas Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Dimensiona 7) dimensiona
Detecta Detecta
Ovalizações Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Dimensiona 2) Dimensiona 2) e 8)
Coordenadas da Detecta
Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Tubulação dimensiona

Notas: 1) Limitado à profundidade, comprimento e largura mínimos dos defeitos.


2) Definido pela precisão de dimensionamento especificado pela ferramenta.
3) Probabilidade de Detecção (POD) reduzida para trincas fechadas.
4) Os transdutores devem ser girados de 90º.
5) Confiabilidade reduzida dependendo do tamanho e formado amassamento.
6) Dependendo da configuração da ferramenta, também fornece a posição
circunferêncial.
7) Se equipado para medir raios de curvatura.
8) Se a ferramenta estiver equipada para medir ovalização.
9) A área sombreada identifica tecnologias de inspeção interna que podem ser
utilizadas apenas em ambientes líquidos, isto é, tubulações de líquidos ou
gasodutos com acoplante líquido.

4.2.2.2 Recomenda-se que a inspeção com “pig” instrumentado geométrico e de perda de


espessura seja realizada com periodicidade máxima de 5 anos entre inspeções. Esta
periodicidade pode ser alterada desde que justificada tecnicamente e documentada, como
por exemplo utilizando-se um critério estabelecido por análise de risco.

4.2.2.3 A inspeção com “pig” instrumentado requer a habilitação prévia do duto incluindo
limpeza. As operações de lançamento, acompanhamento da corrida e recebimento de “pigs”
devem ser realizadas de acordo com os requisitos da norma PETROBRAS N-2634.

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B-2.3.13 O bombeamento deve ser interrompido, em qualquer estágio da pressurização, se


for observado desvio do gráfico da FIGURA B-3 tendendo para o limite estabelecido no
item B-2.3.12; a pressão deve ser mantida no último patamar atingido, observando-se a
eventual ocorrência de vazamento.

B-2.3.14 O teste de resistência mecânica pode vir a detectar um eventual vazamento que
impossibilite a sua aprovação dentro dos critérios apresentados no item B-2.3.10.
Constatada esta ocorrência e não tendo ainda sido localizado vazamento, deve-se parar de
injetar água e observar o comportamento da queda de pressão, que pode dar um indicativo
do tipo de defeito ou anomalia.

Nota: Após a localização e reparo do defeito, um novo período de teste deve ser
iniciado, devendo ser repetida toda a seqüência de teste anteriormente executada.

B-2.4 Teste Hidrostático de Estanqueidade

B-2.4.1 O teste de estanqueidade visa comprovar a inexistência de pequenos vazamentos


no duto ou trecho de duto.

B-2.4.2 Após a realização do teste de resistência, a pressão deve ser reduzida para o valor
definido para o teste de estanqueidade. Observar um período de 30 minutos para a
estabilização da pressão no duto.

B-2.4.3 A duração mínima do teste de estanqueidade deve ser de 4 horas.

B-2.4.4 O critério de aceitação do teste de estanqueidade não admite a injeção ou a purga


de água do trecho em teste.

B-2.4.5 O teste hidrostático de estanqueidade é dado por concluído e o duto ou trecho de


duto é considerado aprovado (quanto a vazamentos) quando, após um período contínuo de
4 horas à pressão de teste, não for observado qualquer indício de vazamento e se a
variação na pressão entre início e término do teste puder ser justificada por cálculos de
efeito térmico, conforme critério do item B-2.5.

B-2.4.6 O trabalho para corrigir possíveis defeitos detectados deve ser executado de
imediato e o teste de estanqueidade refeito. Eventuais reparos devem ser executados de
forma a não exigir novo teste de resistência mecânica.

B-2.4.7 Concluído e aceito o teste de estanqueidade, o duto deve ser despressurizado e


mantido completamente cheio d’água.

B-2.5 Correção da Pressão em Função da Temperatura

Para cálculo da variação de pressão por efeito térmico utilizar a fórmula a seguir:

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TABELA 1 - TIPOS DE FERRAMENTAS DE INSPEÇÃO E OBJETIVOS


Ferramentas para Detecção de
Ferramentas de Perda de Espessura
Trincas
Objetivo da Vazamento do Fluxo Magnético Ferramentas Ferramentas de
Ultra-som Ultra-som MFL
inspeção (MFL) Geométricas Mapeamento
(Ondas de (Ondas Fluxo
Resolução Alta Resolução
Longitudinais) Transversais) Transverso
Padrão (LR) (HR)
1)
Perda de Detecta
2)
espessura Dimensiona
Detecta 1) Detecta 1) Detecta 1) Detecta 1)
(Corrosão) Não Discrimina Não detecta Não detecta
Dimensiona 2) Dimensiona 2) Dimensiona 2) Dimensiona 2)
Corrosão Externa Anomalia
Corrosão Interna interna/externa
Corrosão Externa Não Não Detecta 1) Detecta 1)
Não detecta Não detecta
Axial Estreita Detecta 1) Detecta 1) Dimensiona 2) Dimensiona 2)
Trincas e Defeitos 1) 1)
Detecta Detecta
Tipo Trincas Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Dimensiona 2) Dimensiona 2)
(Axial)
1)
Detecta
Trincas Detecta 3)
Não detecta Não detecta Dimensiona 2) se Não detecta Não detecta Não detecta
Circunferenciais Dimensiona 3)
modificado 4)
Amassamentos Detecta 5) Detecta 5) Detecta 5) Detecta 5)
Detectação,
Amassam. Pontual Detecta 5) Dimensionamento Dimensionamento Dimensionamento Dimensionamento Detecta 6)
Dimensionamento
Rugas em curvas não confiável não confiável não confiável não confiável Dimensiona 2)
não confiável
Dobramentos No caso de ser detectado fornece a posição circunferencial
Cavas Detecta 1) e Dimensiona 2) Não detecta
Dupla laminação Detecção Detecta Detecta
Detecção limitada Detecção limitada Não detecta Não detecta
ou Inclusões limitada Dimensiona 2) Dimensiona 2)
Detecta apenas
Detecta apenas Detecta apenas luvas metálicas e
Detecção de luvas metálicas e
luvas metálicas e luvas metálicas e bacalhaus, outros
Reparos anteriores bacalhaus, outros apenas com Não detecta Não detecta
bacalhaus bacalhaus apenas com
identificadores ferrosos
soldados ao duto soldados ao duto identificadores
ferrosos
Defeitos de Detecção
Detecção limitada Detecta Detecta Detecção limitada Não detecta Não detecta
fabricação limitada
Detecta Detecta
Curvas Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Dimensiona 7) dimensiona
Detecta Detecta
Ovalizações Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Dimensiona 2) Dimensiona 2) e 8)
Coordenadas da Detecta
Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta Não detecta
Tubulação dimensiona

Notas: 1) Limitado à profundidade, comprimento e largura mínimos dos defeitos.


2) Definido pela precisão de dimensionamento especificado pela ferramenta.
3) Probabilidade de Detecção (POD) reduzida para trincas fechadas.
4) Os transdutores devem ser girados de 90º.
5) Confiabilidade reduzida dependendo do tamanho e formado amassamento.
6) Dependendo da configuração da ferramenta, também fornece a posição
circunferêncial.
7) Se equipado para medir raios de curvatura.
8) Se a ferramenta estiver equipada para medir ovalização.
9) A área sombreada identifica tecnologias de inspeção interna que podem ser
utilizadas apenas em ambientes líquidos, isto é, tubulações de líquidos ou
gasodutos com acoplante líquido.

4.2.2.2 Recomenda-se que a inspeção com “pig” instrumentado geométrico e de perda de


espessura seja realizada com periodicidade máxima de 5 anos entre inspeções.
[Prática Recomendada]

4.2.2.3 A inspeção com “pig” instrumentado requer a habilitação prévia do duto incluindo
limpeza. As operações de lançamento, acompanhamento da corrida e recebimento de “pigs”
devem ser realizadas de acordo com os requisitos da norma PETROBRAS N-2634.

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