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N-845 REV. F 05/ 2015

Investigação Geotécnica
Terrestre

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 04 CONTEC - Subcomissão Autora.

Construção Civil As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 12 páginas, Índice de Revisões e GT


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N-845 REV. F 05 / 2015

Sumário

1 Escopo ................................................................................................................................................. 3 

2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 3 

3 Termos e Definições............................................................................................................................ 5 

4 Condições Gerais ................................................................................................................................ 5 

5 Sondagens........................................................................................................................................... 6 

5.1 Sondagem a Trado (ST) ........................................................................................................ 6 

5.2 Sondagem a Percussão (SPT) .............................................................................................. 6 

5.3 Sondagem Rotativa (SR) ....................................................................................................... 6 

6. Ensaios “In Situ” ................................................................................................................................. 7 

6.1 Ensaio de Piezocone (CPTU) ................................................................................................ 7 

6.2 Ensaio de Palheta (“Vane Test”) ............................................................................................ 8 

6.3 Ensaio Dilatométrico (DMT) ................................................................................................... 8 

6.4 Ensaio Pressiométrico ........................................................................................................... 8 

6.5 Ensaio de Placa ..................................................................................................................... 8 

6.6 Ensaio Crosshole ................................................................................................................... 8 

7 Coletas de Amostras ........................................................................................................................... 8 

8 Ensaios de Laboratório........................................................................................................................ 9 

8.1 Ensaios de Caracterização ............................................................................................... 9 

8.2 Ensaio de Cisalhamento Direto ...................................................................................... 10 

8.3 Ensaios Triaxiais ............................................................................................................. 10 

8.4 Ensaio de Adensamento ................................................................................................. 10 

8.5 Ensaios de Expansibilidade ............................................................................................ 10 

8.6 Ensaios de Permeabilidade ............................................................................................ 11 

8.7 Ensaios em Rocha .......................................................................................................... 11 

8.7.1 Ensaio de Compressão Uniaxial .................................................................................. 11 

8.7.2 Ensaio de Compressão Diametral (Ensaio Brasileiro)................................................. 11 

8.7.3 Ensaio de Abrasividade ............................................................................................... 11 

8.7.4 Análise Petrográfica ..................................................................................................... 11 

9 Apresentação de Resultados ............................................................................................................ 11 

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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições que devem ser atendidas na execução de investigações
geotécnicas terrestres.

1.2 Esta Norma se aplica às investigações geotécnicas destinadas a obter informações para projetos
e obras de engenharia.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

ABNT NBR 6457 - Amostras de Solo - Preparação para Ensaios de Compactação e Ensaios
de Caracterização;

ABNT NBR 6459 - Solo - Determinação do Limite de Liquidez;

ABNT NBR 6484 - Solo - Sondagens de Simples Reconhecimentos com SPT - Método de
Ensaio;

ABNT NBR 6489 - Prova de Carga Direta sobre Terreno de Fundação;

ABNT NBR 6502 - Rochas e Solos;

ABNT NBR 7180 - Solo - Determinação do Limite de Plasticidade;

ABNT NBR 7181 - Solo - Análise Granulométrica;

ABNT NBR 7182 - Solo - Ensaio de Compactação;

ABNT NBR 7185 - Solo - Determinação da Massa Específica Aparente, "In Situ", com
Emprego do Frasco de Areia;

ABNT NBR 9603 - Sondagem a Trado;

ABNT NBR 9604 - Abertura de Poço e Trincheira de Inspeção em Solo, com Retirada de
Amostras Deformadas e Indeformadas;

ABNT NBR 9813 - Solo - Determinação da Massa Específica Aparente In Situ, com
Emprego de Cilindro de Cravação - Método de Ensaio;

ABNT NBR 9820 - Coleta de Amostras Indeformadas de Solos de Baixa Consistência em


Furos de Sondagem;

ABNT NBR 9895 - Solo - Índice de Suporte Califórnia - Método de Ensaio;

ABNT NBR 10905 - Solo - Ensaios de Palheta In Situ - Método de Ensaio;

ABNT NBR 11682 - Estabilidade de Encostas;

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ABNT NBR 12004 - Solo - Determinação do Índice de Vazios Máximo de Solos Não
Coesivos - Método de Ensaio;

ABNT NBR 12007 - Solo - Ensaio de Adensamento Unidimensional - Método de Ensaio;

ABNT NBR 12051 - Solo - Determinação do Índice de Vazios Mínimo de Solos Não
Coesivos - Método de Ensaio;

ABNT NBR 12069 - Solo - Ensaio de Penetração de Cone “in situ” (CPT);

ABNT NBR 13292 - Solo - Determinação do Coeficiente de Permeabilidade de Solos


Granulares à Carga Constante - Método de Ensaio;

ABNT NBR 14545 - Solo - Determinação do Coeficiente de Permeabilidade de Solos


Argilosos a Carga Variável;

DNER-IE -006-94 - Materiais Rochosos Utilizados em Rodovias - Análise Petrográfica.

DNER IE-005/94 - Solos - Adensamento;

DNER-PRO 002/94 - Coleta de Amostras Indeformadas de Solos;

ABGE - Manual de Sondagens da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia;

ISO TS 17892-9 - Geotechnical Investigation and Testing - Laboratory Testing of Soil -


Part 9: Consolidated Triaxial Compression Tests on Water-Saturated Soil;

ASTM D854 - Standard Test Method for Specific Gravity of Soils;

ASTM D2166 - Standard Test Method for Unconfined Compressive Strength of Cohesive
Soil;

ASTM D2573 - Standard Test Method for Field Vane Shear Test in Cohesive Soil;

ASTM D2850 - Standard Test Method for Unconsolidated-Undrained Triaxial Compression


Test on Cohesive Soils;

ASTM D3080/D 3080M - Standard Test Method for Direct Shear Test of Soils Under
Consolidated Drained Conditions;

ASTM D3967 - Standard Test Method for Splitting Tensile Strength of Intact Rock Core
Specimens;

ASTM D4428/D4428M - Standard Test Methods for Crosshole Seismic Testing;

ASTM D4719 - Standard Test Methods for Prebored Pressuremeter Testing in Soils;

ASTM D4767 - Standard Test Method for Consolidated Undrained Triaxial Compression
Test for Cohesive Soils;

ASTM D5298 - Standard Test Method for Measurement of Soil Potential (Suction) Using
Filter Paper;

ASTM D5778 - Standard Test Method for Electronic Friction Cone and Piezocone
Penetration Testing of Soils;

ASTM D6635 - Standard Test Method for Performing the Flat Plate Dilatometer;

ASTM D7012 - Standard Test Methods for Compressive Strength and Elastic Moduli of
Intact Rock Core Specimens under Varying States of Stress and Temperatures;

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ASTM D7181- Standard Test Method for Consolidated Drained Triaxial Compression Test
for Soils;

ASTM D7625 - Standard Test Method for Laboratory Determination of Abrasiveness of Rock
Using the CERCHAR Method;

BSI BS 1377-8 - Methods of test for Soils for Civil Engineering Purposes - Part 8: Shear
Strength Tests (Effective Stress).

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 6502 e
NBR 11682 e o seguinte.

Sondagem Mista (SM)


as sondagens mistas são aquelas compostas por sondagens a percussão e rotativa no mesmo furo

4 Condições Gerais

Para a execução das atividades de investigações geotécnicas devem ser seguidas as normas
referenciadas na Seção 2, além das condições descritas em 4.1 a 4.6.

4.1 Os equipamentos e acessórios devem estar em perfeitas condições operacionais e devidamente


calibrados.

4.2 Os serviços de investigações geotécnicas devem ser realizados por profissionais capacitados.

4.3 Devem ser emitidos procedimentos de execução dos serviços contendo no mínimo os itens
descritos abaixo:

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) definição dos equipamentos e consumíveis;
e) metodologia de execução dos serviços;
f) metodologia de locação dos pontos;
g) modelo de boletim;
h) apresentação dos resultados;
i) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

4.4 Devem ser asseguradas as condições de segurança necessárias à proteção individual e do meio
ambiente.

4.5 A locação dos furos de sondagem deve ser executada em relação ao sistema de coordenadas
topográficas globais ou locais a ser informado pela PETROBRAS.

4.6 As cotas de boca dos furos de sondagem devem ser estabelecidas em relação à referência de
nível (RN) a ser informada pela PETROBRAS.

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5 Sondagens

5.1 Sondagem a Trado (ST)

A execução das sondagens a trado deve seguir o procedimento estabelecido na ABNT NBR 9603 e a
apresentação dos seus resultados devem ser complementadas com os requisitos abaixo:

a) identificação das amostras através das seguintes características:


1) granulometria;
2) plasticidade;
3) cor;
4) origem, tais como: solos residuais; transportados (coluvionares, aluvionares, fluviais
e marinhos) e aterros;
b) motivo do impenetrável quando houver.

5.2 Sondagem a Percussão (SPT)

As sondagens a percussão devem ser executadas conforme a ABNT NBR 6484 complementadas em
5.2.1 a 5.2.4

5.2.1 A utilização do processo mecanizado de execução da sondagem à percussão pode ser adotada
mediante a realização de uma campanha de ensaio de avaliação da energia transferida ao topo da
composição de hastes, conforme método estabelecido no Anexo 1 da ABNT NBR 6484, ou, pela
execução de no mínimo três pares de sondagens mecanizada e convencional, espaçadas de 1,0 m.

5.2.2 É vedado o emprego de avanço por lavagem acima do nível d´água, exceto no caso de solos
muito resistentes, conforme estabelecido na ABNT NBR 6484.

5.2.3 No caso de ocorrência de argilas moles com índice NSPT ≤ 3, devem ser coletadas amostras no
mínimo a cada 1,0 m, se necessário com sustentação da composição de hastes, utilizando chaves de
grifo ou outro sistema que evite penetração excessiva do amostrador. A cada metro, parte da amostra
do bico do amostrador deve ser retirada e acondicionada de modo a manter a umidade natural, visando
a determinação do teor de umidade natural pelo método da estufa, em prazo inferior a 48 horas,
conforme ABNT NBR 6457.

5.2.4 A apresentação dos resultados das sondagens a percussão deve estar de acordo com a ABNT
NBR 6484 e incluindo os seguintes dados:

a) critério de parada;
b) métodos de perfuração empregados (TC - trado-concha; TH - trado helicoidal; CA -
circulação de água) e profundidades respectivas;
c) profundidade da perfuração e do nível d’água em cada interrupção e retomada da
execução da sondagem;
d) classificação geológica de cada camada atravessada;
e) foto das proximidades da boca do furo de sondagem.

5.3 Sondagem Rotativa (SR)

As sondagens rotativas devem ser executadas de acordo com o Manual de Sondagens da


Associação Brasileira de Geologia de Engenharia - ABGE, complementadas em 5.3.1 a 5.3.6.

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5.3.1 As sondagens rotativas devem ser realizadas utilizando equipamento de perfuração, coroas,
tubos de revestimento e amostradores compatíveis com o tipo de rocha a perfurar. Os barriletes
devem ser de alta recuperação com duplo giratório no mínimo.

5.3.2 Nas amostras oriundas de cada manobra de barriletes, devem ser registrado no relatório
técnico, a qualidade da rocha (RQD - “Rock Quality Designation”), a percentagem de recuperação do
testemunho e o grau de sanidade da rocha.

5.3.3 As aberturas de fraturas, as xistosidades e os contatos devem ser avaliados e registrados de


acordo com a Metodologia para Interpretação de Testemunhos Orientados apresentada no Artigo
Técnico nº 9 da ABGE (1985).

5.3.4 A critério da PETROBRAS, para controlar a orientação dos testemunhos, o dispositivo de


orientação deve ser mantido junto à sonda.

5.3.5 Durante a execução da sondagem rotativa, sempre que for atingida camada de solo, a
sondagem dever ser alternada imediatamente para sondagem a percussão, caracterizando a
sondagem mista, medindo-se inicialmente o índice NSPT.

5.3.6 Todas as caixas de testemunho com as amostras devidamente acondicionadas e identificadas


devem ser fotografadas, e as fotos incluídas no relatório final.

5.3.7 A apresentação dos resultados das sondagens rotativas deve incluir no mínimo os seguintes
dados:

a) diâmetro das sondagens e tipos de barriletes, coroas, calibradores e sapatas utilizados;


b) recuperação dos testemunhos em porcentagem por manobra e valor do RQD;
c) classificação litológica dos testemunhos;
d) estado da alteração das rochas;
e) grau de fraturamento das rochas;
f) número de fragmentos dos testemunhos por metro;
g) orientação dos testemunhos (quando necessário);
h) anotação das cotas de ocorrência de perda de circulação.

6 Ensaios “In Situ”

Os ensaios “in situ” devem ser executados conforme as prescrições descritas em 6.1 a 6.6..

6.1 Ensaio de Piezocone (CPTU)

O ensaio de penetração de cone com medida de poropressão deve ser realizado seguindo as
prescrições da ASTM D 5778, complementadas pelos requisitos descritos em 6.1.1 a 6.1.3:

6.1.1 O ensaio deve ser realizado tendo como referência uma sondagem à percussão, que permita
identificar a profundidade do nível d água, os limites da(s) camadas compressíveis e a eventual
ocorrência de camadas intermediárias muito resistentes.

6.1.2 No caso do subsolo apresentar o trecho inicial não saturado, o ensaio deve ser dividido em
duas etapas:

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A 1ª etapa, no trecho não saturado, pode ser realizada sem o controle de saturação de pedra porosa,
porém deve estabelecer um furo estável, com uso de revestimento, se for necessário.

A 2ª etapa, abaixo do nível d água, deve ser realizada com a pedra porosa saturada. Para tanto,
depois de confirmada a saturação da pedra porosa, a ponteira deve ser protegida com uma
membrana impermeável não resistente ao esforço da cravação e descida no furo estável até atingir o
nível d’água, quando então se inicia a 2ª etapa do ensaio.

6.1.3 Devem ser realizados ensaios de dissipação nas profundidades previstas ou nas suas
proximidades, dependendo do excesso de poropressão medido.

6.2 Ensaio de Palheta (“Vane Test”)

O ensaio de palheta (“vane test”) deve ser realizado nas profundidades previstas, seguindo a
metodologia da ASTM D 2573.

6.3 Ensaio Dilatométrico (DMT)

O ensaio dilatométrico (DMT) deve ser realizado nas profundidades previstas, seguindo a
metodologia da ASTM D 6635.

6.4 Ensaio Pressiométrico

O ensaio pressiométrico deve ser realizado nas profundidades previstas, seguindo a metodologia da
ASTM D 4719.

6.5 Ensaio de Placa

O ensaio de placa deve ser realizado no local e elevação previstos, seguindo a metodologia da
ABNT NBR 6489.

6.6 Ensaio Crosshole

Para execução de ensaios de crosshole devem ser atendidas as prescrições da ASTM


D 4428/D4428M.

7 Coletas de Amostras

7.1 A coleta, acondicionamento e transporte de amostras deformadas e indeformadas coletadas em


poços e trincheiras devem ser executados conforme os procedimentos da ABNT NBR 9604.

7.2 A coleta de amostras indeformadas de solos resistentes em profundidade também pode ser
realizada utilizando amostrador tipo Denison, conforme o procedimento DNER-PRO 002/94.

7.3 A coleta, acondicionamento e transporte de amostras indeformadas de solos de baixa


consistência em furos de sondagem devem ser executados conforme os procedimentos da ABNT
NBR 9820, utilizando amostrador com pistão estacionário.

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7.4 Para a coleta de amostras deformadas de solos mais resistentes e profundos, destinadas a
ensaios de caracterização, compactação, expansão e outros ensaios aplicáveis, podem ser utilizados
trados mecanizados com diâmetros suficientes para coletar a quantidade de solo necessária na
camada de interesse. Dependendo da quantidade de material necessário para os ensaios
pretendidos, podem ser utilizadas amostras obtidas de sondagens a percussão e a trado
convencionais.

8 Ensaios de Laboratório

8.1 Ensaios de Caracterização

Para a execução dos ensaios de caracterização devem atendidos critérios descritos em 8.1.1 a
8.1.10.

8.1.1 Para execução de ensaios de granulometria devem ser atendidas as prescrições da ABNT
NBR 7181.

8.1.2 Para determinação da Umidade Natural para solos coesivos devem ser atendidas as
prescrições da ABNT NBR 6457.

8.1.3 Para a determinação do Limite de Liquidez (LL) para solos coesivos devem ser atendidas as
prescrições da ABNT NBR 6459.

8.1.4 Para a determinação Limite de Plasticidade (LP) para solos coesivos devem ser atendidas as
prescrições da ABNT NBR 7180.

8.1.5 Para a determinação do Peso Específico Real dos Grãos devem ser atendidas as prescrições
da ASTM D 854.

8.1.6 Para execução dos Ensaios de Compactação devem ser atendidas as prescrições da ABNT
NBR 7182.

8.1.7 Para determinação do Índice de Suporte Califórnia (ISC) devem ser atendidas as prescrições
da ABNT NBR 9895.

8.1.8 Para determinação do Índice de vazios mínimo de solos não coesivos devem ser atendidas as
prescrições da ABNT NBR 12051.

8.1.9 Para determinação do índice de vazios máximo de solos não coesivos devem ser atendidas as
prescrições da ABNT NBR 12004.

8.1.10 Para determinação de Curva de retenção d’água devem ser atendidas as prescrições da
ASTM D 5298.

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8.2 Ensaio de Cisalhamento Direto

Para execução de ensaios de cisalhamento direto devem ser atendidas as prescrições da ASTM
D 3080/ D3080M.

Devem ser realizados no mínimo, três ensaios, cada um com uma tensão normal diferente. Os
valores destas tensões devem estar de acordo com a tensão geostática de projeto.

8.3 Ensaios Triaxiais

Os ensaios triaxiais podem ser adensado e drenado (CD), adensado não-drenado (CU) e não-
adensado e não-drenado (UU), dependendo das características do projeto.

Para execução do ensaio adensado drenado (CD) devem atender as prescrições de uma das
normas indicadas: ASTM D7181, BSI BS 1377-8 ou ISO TS 17892-9.

Para execução do ensaio adensado não-drenado (CU) devem atender as prescrições de uma das
normas indicadas: ASTM D4767, BSI BS 1377-8 ou ISO TS 17892-9.

Para execução do ensaio não adensado não-drenado (UU) devem atender as prescrições de uma
das normas indicadas: ASTM D2850ou ISO TS 17892-9.

8.4 Ensaio de Adensamento

Os ensaios de adensamento devem ser executados conforme a ABNT NBR 12007.

Quando não houver determinação em projeto, o ensaio deve ser realizado em oito estágios de
carregamento nas seguintes tensões: 3,125 kPa, 6,25 kPa, 12,5 kPa, 25 kPa, 50 kPa, 100 kPa,
200 kPa e 400 kPa.

O primeiro estágio, “setting load”, de 3,125 kPa deve ter duração de no mínimo, 24 horas.

8.5 Ensaios de Expansibilidade

A determinação do potencial de expansão dos solos deve ser realizada através de um conjunto de
ensaios edométricos.

Para determinar a expansão livre do solo, deve-se medir deformação vertical sofrida pela amostra ao
ser inundada, observando um tempo mínimo de 24 horas para estabilização da deformação. O critério
de estabilização deve ser uma deformação máxima de 0,05 % da altura da amostra no período de
24 horas. Este ensaio deve ser realizado em cinco amostras com diferentes teores de umidade inicial,
cobrindo o intervalo -15 % até +15 % da umidade ótima.

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Para determinar a pressão de expansão, o ensaio deve partir de uma tensão mínima de ajuste do
sistema e seguir adicionando carga necessária para impedir a deformação vertical da amostra ao ser
inundada. O critério de estabilização deve ser uma variação de tensão menor que 0,05 % da tensão
máxima lida no ensaio no período de 24 horas. Este ensaio deve ser realizado em cinco amostras
com diferentes teores de umidade inicial, cobrindo o intervalo -15 % até +15 % da umidade ótima.

Os ensaios descritos acima também devem ser realizados com uma tensão vertical de sobrecarga
previamente aplicada a amostra, antes da inundação, para representar a tensão de sobrecarga de
campo em projetos de fundações superficiais.

8.6 Ensaios de Permeabilidade

Os ensaios de permeabilidade de carga constante, normalmente aplicados em solos granulares,


devem ser executados conforme a ABNT NBR 13292.

Os ensaios de permeabilidade de carga variável, normalmente aplicados em solos argilosos, devem


ser executados conforme a ABNT NBR 14545.

8.7 Ensaios em Rocha

As amostras de rocha devem ser selecionadas dentre os testemunhos obtidos nas sondagens
rotativas.

8.7.1 Ensaio de Compressão Uniaxial

Este ensaio deve ser realizado conforme o método proposto pela ASTM D7012, método C.

8.7.2 Ensaio de Compressão Diametral (Ensaio Brasileiro)

Este ensaio deve ser realizado conforme os critérios da ASTM D3967.

8.7.3 Ensaio de Abrasividade

A execução de ensaios de abrasividade rocha-metal para obras de escavação subterrânea deve ser
conforme ASTM D7625.

8.7.4 Análise Petrográfica

A execução da análise petrográfica deve ser realizada conforme DNER-IE006-94 em lâminas


petrográficas obtidas a partir dos testemunhos.

9 Apresentação de Resultados

9.1 Os resultados das sondagens, ensaios de campo e de laboratório devem ser apresentados em
relatórios técnicos identificados, numerados e assinados pelo responsável técnico e contendo no
mínimo os seguintes elementos:

a) descrição dos serviços realizados;


b) tipo de equipamento utilizado; e
c) qualquer ocorrência que possa ser relevante para a interpretação dos resultados.

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9.2 Todos os dados numéricos utilizados para a elaboração dos relatórios devem ser apresentados
através de planilha eletrônica editável.

9.3 Devem ser fornecidos os boletins de campo digitalizados; e os originais devem ser mantidos
juntamente com as amostras por 90 dias a contar da data da entrega do relatório técnico.

9.4 Os resultados dos ensaios geotécnicos, de campo ou de laboratório, devem ser apresentados
através de tabelas, gráficos, memórias de cálculo referentes aos parâmetros determinados e
identificação completa das amostras utilizadas.

9.5 Deve ser apresentada a planta conforme executada (“as built”) da locação de sondagens,
ensaios, coletas de amostras, no mesmo sistema de coordenadas utilizado no projeto e informado
pela PETROBRAS.

9.6 Deve ser informada toda referência bibliográfica consultada para a elaboração do relatório.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B, C e D
Não existe índice de revisões

REV. E
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Revalidação

REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas as partes atingidas, revisão de todos os itens.

IR 1/1

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