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-PÚBLICO-

N-2786 REV. A 09 / 2016

CONTEC
Comissão de Normalização Avaliação de Defeitos em Oleodutos e
Técnica
Gasodutos Terrestres e Submarinos
Rígidos em Operação
SC-13
Oleodutos e Gasoduto
1a Emenda

Esta é a 1a Emenda da PETROBRAS N-2786 REV. A, e se destina a modificar o seu texto nas partes
indicadas a seguir:

NOTA 1 As novas páginas com as alterações efetuadas estão colocadas nas posições
correspondentes.
NOTA 2 As páginas emendadas, com a indicação da data da emenda, estão colocadas no final da
norma, em ordem cronológica, e não devem ser utilizadas.

CONTEÚDO DA 1ª EMENDA - 09/2016

- Seção 2:

Substituir a ASME B31G:2012 por ASME B31G.

- Subseção 3.4:

Inclusão de novo termo técnico.

- Subseção 3.5:

Renumerada, antiga 3.4.

- Subseção 3.6:

Renumerada, antiga 3.5.

- Subseção 3.7:

Renumerada, antiga 3.6.

- Subseção 3.8:

Renumerada, antiga 3.7.

- Subseção 3.9:

Renumerada, antiga 3.8.

- Subseção 3.10:

Renumerada, antiga 3.9.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 3 páginas


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N-2786 REV. A 09 / 2016

- Subseção 5.2.5:

Alteração do texto.

- Subseção 5.2.5.1:

Alteração do texto.

- Subseção 5.2.5.2:

Alteração da Nota.

- Subseção 5.3.3:

Alteração do texto.

- Subseção 5.3.3.1:

Alteração do texto.

- Subseção 5.3.3.2:

Alteração da Nota.

- Subseção 5.4.3:

Alteração da Nota 2.

- Subseção 5.4.4:

Alteração do texto.

- Figura 6:

Alteração da Figura.

- Figura 8:

Alteração da Figura.

- Figura 9:

Alteração da Figura.

- Figura 10:

Alteração da Figura.

2
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N-2786 REV. A 09 / 2016

- Subseção 6.2.2:

Alteração das enumerações b), c) e d).

- Subseção 6.2.3:

Alteração das enumerações c) e e).

- Subseção 6.2.4:

Alteração da Nota.

- Subseção 6.3.1:

Alteração do texto.

- Figura 12:

Alteração da Figura.

3
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N- 2786 REV. A 01 / 2015

CONTEC
Comissão de Normalização Avaliação de Defeitos em Oleodutos e
Técnica
Gasodutos Terrestres e Submarinos
Rígidos em Operação
SC-13
Oleodutos e Gasodutos
1a Errata

Esta é a 1a Errata da PETROBRAS N-2786 REV. A e se destina a modificar o seu texto na(s) parte(s)
indicada(s) a seguir:

NOTA 1 A(s) nova(s) página(s) com a(s) alteração(ões) efetuada(s) está(ão) colocada(s) na(s)
posição(ões) correspondente(s).
NOTA 2 A(s) página(s) corrigida(s), com a indicação da data da errata, está(ão) colocada(s) no final
da norma, em ordem cronológica, e não devem ser utilizada(s).

CONTEÚDO DA 1ª ERRATA - 01/2015

Figura 3:

Correção no sinal da fórmula em M de (-) para (+).

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página


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N-2786 REV. A 04 / 2014

Avaliação de Defeitos em Oleodutos e


Gasodutos Terrestres e Submarinos
Rígidos em Operação

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 13 CONTEC - Subcomissão Autora.

Oleodutos e Gasodutos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho


- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 33 páginas, Índice de Revisões e GT


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N-2786 REV. A 04 / 2014

Sumário

1 Escopo ................................................................................................................................................. 4 

2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 4 

3 Termos e Definições............................................................................................................................ 5 

4 Condições Gerais ................................................................................................................................ 5 

5 Avaliação Estrutural de Dutos Corroídos ............................................................................................ 6 

5.1 Condições Gerais ................................................................................................................... 6 

5.2 Avaliação de Defeitos de Corrosão em Dutos Submetidos apenas a Carregamento de


Pressão.................................................................................................................................. 8 

5.3 Avaliação de Defeitos de Corrosão em Dutos Submetidos a Carregamento de Pressão


Combinado com uma Tração Longitudinal de Origem Externa .......................................... 10 

5.4 Avaliação de Defeitos de Corrosão em Dutos Aquecidos e Enterrados ............................. 15 

6 Avaliação de Dutos com Defeitos Geométricos ................................................................................ 26 

6.1 Condições Gerais ................................................................................................................. 26 

6.2 Avaliação de Dutos com Amassamentos ............................................................................ 26 

6.3 Avaliação de Dutos com Enrugamentos em Curvas de Campo .......................................... 28 

6.4 Avaliação de Dutos com Flambagem Local (Local “Buckles”) ............................................ 29 

7 Avaliação de Dutos com Defeitos Planares ...................................................................................... 29 

8 Avaliação de Defeitos Associados ao Processo de Fabricação ....................................................... 30 

8.1 Defeito de Inclusão............................................................................................................... 30 

8.2 Defeito de Dupla Laminação ................................................................................................ 30 

9 Avaliação de Dutos com Defeitos de Cavas e Sulcos ...................................................................... 31 

10 Avaliação de Dutos com Vãos Livres .............................................................................................. 31 

Figuras

Figura 1 - Geometria da Região Corroída ............................................................................................... 7 

Figura 2 - Interação entre Dois Defeitos ................................................................................................. 8 

Figura 3 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método RPA ...................................... 9 

Figura 4 -  Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com a Equação de Kastner -


Primeira Etapa ...................................................................................................................... 12 

Figura 5 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com a Equação de Kastner -


Segunda Etapa ..................................................................................................................... 14 

Figura 6 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de acordo com o Método RPA-PLLC -Primeira Etapa 16 

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N-2786 REV. A 04 / 2014

Figura 7 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de acordo com o Método RPA-PLLC -Segunda Etapa 18 

Figura 8 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método RPA-PLLC - Terceira Etapa 20 

Figura 9 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método TPLB - Primeira Etapa ........ 22 

Figura 10 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método TPLB - Segunda Etapa..... 24 

Figura 11 - Medida da Profundidade de um Amassamento.................................................................. 26 

Figura 12 - Alturas Admissíveis de Enrugamento ................................................................................. 28 

Figura 13 - Medida da Altura de um Enrugamento ............................................................................... 29 

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N-2786 REV. A 04 / 2014

1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece critérios para avaliação de defeitos em oleodutos e gasodutos rígidos de
aço, submarinos e terrestres, em operação submetidos a carregamentos estáticos.

1.2 Esta Norma abrange a avaliação dos seguintes tipos de defeitos:

a) defeitos de corrosão (perda de espessura);


b) defeitos geométricos (amassamento, curva de campo, flambagem local);
c) defeitos de fabricação (inclusão, dupla laminação, empolamento);
d) sulcos e cavas;
e) defeitos planares;
f) trincas assistidas pelo ambiente;
g) outros defeitos.

1.3 Esta Norma se aplica à avaliação de defeitos e modos de falha em dutos, a partir da data de sua
edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-1487 - Inspeção de Dutos Rígidos Submarinos;

PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não Destrutivo - Ultrassom em Solda;

PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não Destrutivo - Líquido Penetrante;

PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não Destrutivo - Partículas Magnéticas;

PETROBRAS N-1738 - Descontinuidades em Juntas Soldadas, Fundidos, Forjados e


Laminados;

PETROBRAS N-2098 - Inspeção de Duto Terrestre em Operação;

PETROBRAS N-2726 - Terminologias de Dutos;

PETROBRAS N-2727 - Manutenção de Dutos Rígidos Submarinos;

PETROBRAS N-2737 - Manutenção de Oleoduto e Gasoduto Terrestre;

PETROBRAS N-2803 - Ensaio Não Destrutivo - Ultrassom Computadorizado e Mecanizado


para Inspeção em Soldas;

ASME B31G - Manual for Determining the Remaining Strength of Corroded Pipelines;

DNV-RP-F101 - Corroded Pipelines.

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N-2786 REV. A 04 / 2014

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da PETROBRAS N-2726 e os


seguintes.

3.1
PLLC
“Pressure Loading plus Longitudinal Compression” (carregamento de pressão mais compressão
longitudinal)

3.2
PMOA
Pressão Máxima de Operação Admissível

3.3
RPA
“Rectangular Parabolic Area” (área parabólica retangular)

3.4
SMTS
“Specified Minimum Tensile Strength” (tensão de tração mínima especificada)

3.5
SMYS
“Specified Minimun Yield Strength” (tensão de escoamento mínima especificada)

3.6
TIH
Trinca Induzida por Hidrogênio

3.7
TPLB
“Thin Pipe Local Buckling” (flambagem local de tubos finos)

3.8
VIV
Vibrações Induzidas por Vórtices

3.9
VL
Vãos Livres

3.10
VLMA
Vão Livre Máximo Admissível

4 Condições Gerais

4.1 Podem ser executadas avaliações através de critérios menos conservadores, desde que haja
uma justificativa técnica para a escolha do(s) critério(s) alternativo(s).

5
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4.2 Caso os defeitos detectados em dutos sejam reprovados pela avaliação de integridade realizada,
os reparos devem ser executados de acordo com os requisitos da PETROBRAS N-2737 para dutos
terrestres ou a PETROBRAS N-2727 para dutos submarinos.

5-A
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4.3 A avaliação do defeito deve gerar um relatório contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) todos os dados utilizados na avaliação;


b) a descrição e dimensões do defeito;
c) as premissas adotadas;
d) o método empregado;
e) os resultados;
f) ações recomendadas.

5 Avaliação Estrutural de Dutos Corroídos

5.1 Condições Gerais

5.1.1 As recomendações desta Seção se aplicam somente a situações em que a pressão interna
atuante no duto é maior do que a pressão externa.

NOTA Caso a pressão externa seja superior à pressão interna, consultar um especialista.

5.1.2 A avaliação de dutos corroídos deve ser realizada com base nos resultados obtidos pela
inspeção do duto com o auxílio de ferramentas de medição de espessura, tais como: o ultrassom
manual (PETROBRAS N-1594) ou automático (PETROBRAS N-2803) e diversos tipos de “pigs”
instrumentados ultrassônicos e magnéticos, conforme PETROBRAS N-2098 para dutos terrestres e
PETROBRAS N-1487 para dutos submarinos.

5.1.3 Devem ser aplicadas correções nas dimensões dos defeitos para levar em conta a incerteza da
ferramenta de medição.

5.1.4 Defeitos aprovados na avaliação da integridade imediata também devem ser submetidos a uma
avaliação da integridade futura, na qual deve ser considerado o crescimento do defeito.

5.1.5 Em caso de necessidade de içamento de um duto submarino para realização de reparo, a


resistência remanescente nas áreas de perda de espessura (defeitos de corrosão) deve ser avaliada,
considerando os esforços de içamento.

5.1.6 A região corroída deve ter sua geometria descrita por pelo menos três parâmetros (ver
Figura 1): a profundidade máxima d, o comprimento L (dimensão longitudinal do defeito) e a largura w
(dimensão circunferencial do defeito).

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d
tn

Onde
L - Comprimento do defeito medido na direção longitudinal do duto;
d - Profundidade máxima da região corroída;
tn- Espessura nominal da parede do duto.

Figura 1 - Geometria da Região Corroída

5.1.7 A interação entre os defeitos de corrosão deve ser levada em consideração no cálculo da
resistência remanescente do duto corroído.

5.1.8 A avaliação de defeitos de corrosão em “risers” rígidos deve ser feita aplicando-se o
procedimento recomendado para avaliação de defeitos de corrosão em dutos submetidos a
carregamento de pressão combinado com uma tração longitudinal de origem externa (ver 5.3).

5.1.9 Os métodos recomendados em 5.2, 5.3 e 5.4 não devem ser aplicados na avaliação de defeitos
de corrosão que englobem, no todo ou em parte, a solda ou a zona termicamente afetada quando:

a) o defeito de corrosão contiver cantos vivos (“sharp defect”), como por exemplo os
entalhes em forma de “V” (“V-notch defect”) gerados por corrosão preferencial adjacente
a solda longitudinal;
b) a solda contiver trincas;
c) a corrosão estiver coincidindo com algum defeito de fabricação da solda;
d) houver interação entre a corrosão e algum defeito de fabricação da solda;
e) a solda tiver baixa tenacidade ou propriedades materiais pobres;
f) a solda não tiver atingido no teste de “Charpy” (“full size Charpy V-notch impact test”) de
três espécimes 10 mm x 10 mm um valor mínimo de 30 J e um valor médio de 40 J, na
temperatura mínima de projeto;
g) a solda tiver resistência menor que a resistência do metal de base (“under-matching
weld”);
h) a solda tiver sido fabricada em uma época em que não existiam normas de soldagem
reconhecidas;
i) a solda for de um dos seguintes tipos: de resistência elétrica de baixa freqüência (“low
frequency electric resistance weld”), por indução (“induction weld”), por centelhamento
(“flash weld”) ou oxiacetilênica (“oxyacetylene weld”).

5.1.10 Caso ocorra uma ou mais das situações descritas em 5.1.9, deve-se avaliar o defeito de
corrosão como um defeito planar conforme procedimento descrito na Seção 7 desta Norma.

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5.1.11 Atenção especial deve ser dada a defeitos de corrosão situados em dutos de parede fina nos
quais a espessura remanescente seja menor que 2 mm.

5.2 Avaliação de Defeitos de Corrosão em Dutos Submetidos apenas a Carregamento de


Pressão

Por definição, defeitos de corrosão longitudinais são aqueles defeitos que têm comprimento maior ou
igual à largura. Por definição, defeitos de corrosão circunferências são aqueles defeitos que têm
comprimento menor que a largura.

5.2.1 A interação entre dois defeitos de corrosão deve ser verificada por meio da aplicação da regra
de interação descrita na Figura 2. Quando a colônia de defeitos de corrosão é composta de mais de
dois defeitos aplica-se o critério de interação em tantos pares de defeitos adjacentes quantos forem
necessários para varrer todas as combinações possíveis de defeitos. No caso de existir interação, a
avaliação deve ser feita com base no defeito interagido. O comprimento e a largura do defeito
interagido são as dimensões do envelope retangular que envolve o grupo de defeitos. A profundidade
do defeito interagido é a profundidade do defeito mais profundo do grupo.

(SL)Lim = mínimo (L1, L2)


(SC)Lim = mínimo (W1, W2)

Existe interação se SL ≤ (SL)Lim e SC ≤ (SC)Lim

Figura 2 - Interação entre Dois Defeitos

5.2.2 Defeitos de corrosão longitudinais em dutos submetidos a carregamento de pressão devem ser
avaliados pelo método RPA, de acordo com o procedimento da Figura 3.

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d Sim
 0 ,10
tn

Sim d
 0 ,80
tn

2t n
Pd =  d  T SMYS
De

σflow = SMYS + 10 000 PSI


Sim Não
SMYS SMTS
SMYS ≤ 65 000 psi  flow 
Nota: SMYS em psi 2

Sim L2 Não
 20
De t n

αarea = 0,85 6
 De t n 
 area  1  0,15  20 
1/ 2
 L2 
 L2  L2 
2

M  1  0,6275  0,003375    L2
 M  2,1  0,07
 Det n  De t n   De t n
 

2t n  1   area d t n  
Pcorr   d  T  flow  
De  1   area d t n  M 1 

Se pcorr > pd considera pcorr = pd

Pode ser feita uma avaliação


menos conservadora Não Sim
PMOA ≤ pcorr
seguindo a recomendação
da subseção 4.1
Reprovado Não

Aprovado Reduzir a pressão máxima


Alternativas de operação até valor
menor ou igual a pcorr

Executar reparo de
Controlar o processo
acordo com a
corrosivo e operar o duto
subseção 4.2

Atualizar o registro de
manutenção e inspeção

Figura 3 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método RPA

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N-2786 REV. A 04 / 2014

De - diâmetro externo do duto;


tn - espessura de parede nominal do duto;
d - fator de segurança (de acordo com a norma de projeto do duto) usado na determinação do
valor admissível para a tensão circunferencial gerada pelo carregamento de pressão;
T - fator de redução das propriedades do material devido à influência da temperatura (de
acordo com a norma de projeto do duto; caso não seja especificado assumir T = 1);
flow - “flow stress” do material (SMYS  flow  SMTS);
d - profundidade máxima do defeito;
L - comprimento do defeito;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;
pcorr - pressão interna admissível do duto corroído.

Figura 3 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método RPA


(Continuação)

5.2.3 Defeitos de corrosão longitudinais em dutos submetidos a carregamento de pressão podem ser
avaliados pelo método “Effective Area” (implementado no programa computacional “RSTRENG®1)”),
desde que o perfil de profundidades seja conhecido.

5.2.4 Defeitos de corrosão circunferenciais em dutos submetidos a carregamento de pressão devem


ser avaliados pelo método RPA, conforme procedimento da Figura 3, e pela equação de Kastner,
conforme procedimento da Figura 4 (Primeira etapa) e Figura 5 (Segunda etapa), adotando-se o
resultado mais desfavorável.

5.2.5 O método “Original B31G” (ASME B31G) e o método DNV-RP-F101 “for single defects” podem
ser utilizados em substituição ao método RPA, nas avaliações previstas no 5.2.2 e 5.2.4, desde que
as restrições estabelecidas em 5.2.5.1 e 5.2.5.2 sejam respeitadas.

5.2.5.1 O método “Original B31G” (ASME B31G) não deve ser usado na avaliação de defeitos de
corrosão em dutos cujo material tenha tensão SMYS maior que 65 000 psi.

5.2.5.2 O método DNV-RP-F101 “for single defects” não deve ser usado na avaliação de defeitos de
corrosão em dutos cujo material tenha tensão SMYS menor que 46 000 psi.

NOTA Podem ser utilizados outros métodos similares, desde que validados por testes em escala
real nos moldes dos ensaios realizados na ASME B31G e DNV-RP-F101 e desenvolvido por
especialistas.

5.3 Avaliação de Defeitos de Corrosão em Dutos Submetidos a Carregamento de Pressão


Combinado com uma Tração Longitudinal de Origem Externa

Por convenção as tensões de tração são positivas e as tensões de compressão são negativas.

5.3.1 Os procedimentos recomendados nesta subseção só devem ser aplicados quando a tensão
longitudinal total atuante L for uma tensão de tração (positiva). Todas as combinações possíveis de
carregamentos devem ser estudadas com o objetivo de se escolher a mais desfavorável delas para
fazer a avaliação do defeito.

5.3.2 Defeitos de corrosão em dutos submetidos a carregamento de pressão combinado com uma tração
longitudinal de origem externa devem ser avaliados pelo método RPA, conforme procedimento da Figura 3, e
pela equação de Kastner, conforme procedimento da Figura 4 e da Figura 5, adotando-se o resultado mais
desfavorável.

1)
RSTRENG®- é uma marca comercial de um programa para avaliação estrutural de dutos corroídos fornecido por Technical
Toolboxes. Esta informação é dada para facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da
PETROBRAS ao produto citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.

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-PÚBLICO-

N-2786 REV. A 04 / 2014

NOTA O procedimento apresentado na Figura 4 e na Figura 5 considera que a contribuição do


momento fletor para a tensão longitudinal resultante (L) não pode ser maior que metade da
contribuição do esforço normal.

5.3.3 O método “Original B31G” (ASME B31G) e o método DNV-RP-F101 “for single defects” podem
ser utilizados em substituição ao método RPA, nas avaliações previstas no 5.3.2, desde que as
restrições estabelecidas em 5.3.3.1 e 5.3.3.2 sejam respeitadas.

5.3.3.1 O método “Original B31G” (ASME B31G) não deve ser usado na avaliação de defeitos de
corrosão em dutos cujo material tenha tensão SMYS maior que 65 000 psi.

5.3.3.2 O método DNV “for single defects” não deve ser usado na avaliação de defeitos de corrosão
em dutos cujo material tenha tensão SMYS menor que 46 000 psi.

NOTA Podem ser utilizados outros métodos similares, desde que validados por testes em escala
real nos moldes dos ensaios realizados na ASME B31G e DNV-RP-F101 e desenvolvido por
especialistas.

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N-2786 REV. A 04 / 2014

Sim Não
O duto está livre para se deslocar na
n = 0,5 n = v = 0,3
direção longitudinal?

PMOA D e
 L p n
2t n

Não Sim
Existem outros carregamentos atuando
no duto, além da pressão interna?

Faz análise global do duto (usando um


modelo de elementos finitos) submetido a
todos os carregamentos atuantes e determina
os valores do esforço normal (Next) e do
momento fletor (Mext) que atuam no defeito
de corrosão

NN
 LNext
L ext
N
 ext ext
A duto
A duto
M ext De
 L Mext 
I duto 2

Interrompe o
procedimento pois
Sim para esta condição
 L Mext  0 ,50  L ext
N de carregamento a
equação de Kastner
vai fornecer um
resultado
inconsistente
Não

  L
ext
0
 
L ext   L ext   L ext
N M

L  L p    L ext

Não Interrompe o procedimento pois a


L  0 tensão longitudinal resultante é
negativa

Sim

Passa para a segunda etapa do


procedimento

Figura 4 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com a Equação de Kastner -


Primeira Etapa

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N-2786 REV. A 04 / 2014

De - diâmetro do duto;
tn - espessura de parede nominal do duto;
Aduto - área da seção transversal do duto;
Iduto - momento de inércia da seção transversal do duto;
d - fator de segurança (de acordo com a norma de projeto do duto) usado na determinação do
valor admissível para a tensão circunferencial gerada pelo carregamento de pressão;
c - fator de segurança para defeitos de corrosão que passam pela solda circunferencial;
T - fator de redução das propriedades do material devido à influência da temperatura (de
acordo com a norma de projeto do duto; caso não seja especificado assumir T = 1;
(L)d - tensão admissível na direção longitudinal;
 - coeficiente de Poisson do material;
flow - “flow stress” do material (SMYS  flow  SMTS);
d - profundidade máxima do defeito;
w - largura do defeito;
Next - esforço normal gerado por um carregamento externo;
Mext - momento fletor gerado por um carregamento externo;
L - tensão longitudinal atuante gerada por todos os carregamentos que atuam no duto;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;
(L)corr - tensão longitudinal admissível do duto corroído.

Figura 4 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com a Equação de Kastner -


Primeira Etapa (Continuação)

13
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d
 0,80
tn

σL d  0,75  d  T SMYS

c  1 c  1
 flow  SMYS  10 000 psi
SMYS  SMTS
 flow 
2

 c  0,75
 flow  SMYS

 d  0,5w d 
 1 -    
 t n  R e t n 
 L corr   d  c  T  flow
 d d  0,5w 
  1 -   2 sen  
 tn  tn  Re 

se σ L corr   L d considera  L corr   L d

 L   L corr

 L   L corr

Figura 5 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com a Equação de Kastner -


Segunda Etapa

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flow - “flow stress” do material (SMYS  flow  SMTS);


d - profundidade máxima do defeito;
w - largura do defeito;
Next - esforço normal gerado por um carregamento externo;
Mext - momento fletor gerado por um carregamento externo;
L - tensão longitudinal atuante gerada por todos os carregamentos que atuam no duto;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;
(L)corr - tensão longitudinal admissível do duto corroído.

Figura 5 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com a Equação de Kastner -


Segunda Etapa (Continuação)

5.4 Avaliação de Defeitos de Corrosão em Dutos Aquecidos e Enterrados

Por convenção as tensões de tração são positivas e as tensões de compressão são negativas.

5.4.1 Os procedimentos recomendados nesta subseção só devem ser aplicados quando a tensão
longitudinal total atuante L for uma tensão de compressão (negativa). Todas as combinações
possíveis de carregamentos devem ser estudadas com o objetivo de se escolher a mais desfavorável
delas para fazer a avaliação do defeito.

5.4.2 A verificação da plastificação do defeito de corrosão deve ser feita pelo método RPA-PLLC de
acordo com o procedimento apresentado na Figura 6, Figura 7 e Figura 8.

NOTA 1 O procedimento apresentado na Figura 6, Figura 7 e Figura 8, considera que o duto


encontra-se enterrado a uma profundidade tal que esteja livre de sofrer flambagem global,
tanto no plano horizontal quanto no plano vertical.
NOTA 2 O procedimento apresentado nas Figuras 4 e 5 considera que a contribuição do momento
fletor para a tensão longitudinal resultante (L) não pode ser maior que metade da
contribuição do esforço normal.

5.4.3 O método DNV-RP-F101 “Combined Loadings” pode ser utilizado em substituição ao método
RPA-PLLC na avaliação prevista no 5.4.2, desde que respeitada a restrição estabelecida na NOTA 1.

NOTA 1 O método DNV “Combined Loadings” não deve ser usado na avaliação de defeitos de
corrosão em dutos cujo material tenha tensão SMYS menor que 46 000 psi.
NOTA 2 Podem ser utilizados outros métodos similares, desde que validados por ensaios de campo
nos moldes dos ensaios realizados na DNV-RP-F101 e desenvolvido por especialistas.

5.4.4 A verificação da flambagem local da parede do duto na região do defeito de corrosão ser feita
pelo método TPLB de acordo com o procedimento apresentado nas Figuras 9 e 10.

NOTA 1 O procedimento apresentado nas Figuras 9 e 10 considera que o duto encontra-se


enterrado a uma profundidade tal que esteja livre de sofrer flambagem global, tanto no
plano horizontal quanto no plano vertical.
NOTA 2 O procedimento apresentado nas Figuras 9 e 10 considera que a contribuição do momento
fletor para a tensão longitudinal resultante (L) não pode ser maior que metade da
contribuição do esforço normal.

15
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Interrompe o
procedimento pois
para esta condição
O duto encontra-se enterrado a uma
Não de apoio o método
profundidade tal que está livre de sofrer
RPA-PLLC vai
flambagem global?
fornecer um
resultado
inconsistente
Sim

n =v=0,3

 L P  n
PMOA D e
2 tn

O único carregamento atuando no duto, além da pressão Não


interna, é o carregamento térmico?

Sim

Sim O duto foi instalado com imperfeições geométricas Não


iniciais(curvaturas) pequenas?

Faz análise global do duto (usando um modelo


de elementos finitos) submetido a todos os
carregamentos atuantes e determina os valores
do esforço normal (Next) e do momento fletor
(Mext) que atuam no defeito de corrosão

 L Next 
Next
A duto

 L Mext   Mext De
Iduto 2 Interrompe o
procedimento
T  Tprod  Tmont pois para esta
condição de
Sim
 L Mext  0,50  L Next carregamento o
 L  T   E  T método RPA-
PLLC vai
Não fornecer um
resultado

  
L ext   L  T   
L ext   L ext   L ext
N M inconsistente

 L   L P    L ext

Interrompe o procedimento pois


L  0 Não
a tensão longitudinal resultante
é trativa
Sim
Passa para a segunda etapa do
procedimento

Figura 6 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de acordo com o Método RPA-PLLC -


Primeira Etapa

16
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De - diâmetro externo do duto;


tn - espessura de parede nominal do duto;
Aduto - área da seção transversal do duto;
Iduto - momento de inércia da seção transversal do duto;
d - fator de segurança (de acordo com a Norma de projeto do duto) usado na determinação
do valor admissível para a tensão circunferencial gerada pelo carregamento de pressão;
T - fator de redução das propriedades do material devido à influência da temperatura (de
acordo com a norma de projeto do duto; caso não seja especificado assumir T = 1);
(d)eqv - fator de segurança (de acordo com a norma de projeto do duto) usado na determinação do
valor admissível para a tensão equivalente de Tresca (ou de von Mises) calculada com
base nas tensões geradas por todos os carregamentos atuantes no duto (caso não seja
especificado assumir (d)eqv = d;
E - módulo de elasticidade longitudinal do material;
 - coeficiente de Poisson do material;
 - coeficiente de dilatação térmica do material;
flow - “flow stress” do material (SMYS  flow  SMTS);
d - profundidade máxima do defeito;
L - comprimento do defeito;
w - largura do defeito;
Tprod - temperatura do produto transportado pelo duto;
Tmont - temperatura de montagem do duto;
Next - esforço normal gerado por um carregamento externo;
Mext - momento fletor gerado por um carregamento externo;
L - tensão longitudinal atuante gerada por todos os carregamentos que atuam no duto;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;
(pcorr)press - pressão interna admissível do duto corroído calculada supondo que o único
carregamento atuante é a pressão interna;
(pcorr)comb - pressão interna admissível do duto corroído calculada supondo que além do carregamento
de pressão existe uma compressão longitudinal de origem externa atuando no duto;

Figura 6 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de acordo com o Método RPA-PLLC -


Primeira Etapa (Continuação)

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2t n
Pd   d  T SMYS
De

 flow  SMYS  10 000 psi SMYS  SMTS


 flow 
2

L2
 20
De t n

area  0,85 
6
De tn 
area  1 0,15 20 
 2

1/ 2  L2 
L2  L2 
M  1  0,6275  0,003375  

 L2
 De t n  De t n   M  2,1  0,07
  De t n

 1 aread / tn  
Pcorr press   d T flow 2tn  
De 1 aread / tn  M1 

Figura 7 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de acordo com o Método RPA-PLLC -


Segunda Etapa

18
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De - diâmetro externo do duto;


tn - espessura de parede nominal do duto;
Aduto - área da seção transversal do duto;
Iduto - momento de inércia da seção transversal do duto;
d - fator de segurança (de acordo com a Norma de projeto do duto) usado na determinação
do valor admissível para a tensão circunferencial gerada pelo carregamento de pressão;
T - fator de redução das propriedades do material devido à influência da temperatura (de
acordo com a norma de projeto do duto; caso não seja especificado assumir T = 1);
(d)eqv - fator de segurança (de acordo com a norma de projeto do duto) usado na determinação do
valor admissível para a tensão equivalente de Tresca (ou de von Mises) calculada com
base nas tensões geradas por todos os carregamentos atuantes no duto (caso não seja
especificado assumir (d)eqv = d;
E - módulo de elasticidade longitudinal do material;
 - coeficiente de Poisson do material;
 - coeficiente de dilatação térmica do material;
flow - “flow stress” do material (SMYS  flow  SMTS);
d - profundidade máxima do defeito;
L - comprimento do defeito;
w - largura do defeito;
Tprod - temperatura do produto transportado pelo duto;
Tmont - temperatura de montagem do duto;
Next - esforço normal gerado por um carregamento externo;
Mext - momento fletor gerado por um carregamento externo;
L - tensão longitudinal atuante gerada por todos os carregamentos que atuam no duto;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;
(pcorr)press - pressão interna admissível do duto corroído calculada supondo que o único carregamento
atuante é a pressão interna;
(pcorr)comb - pressão interna admissível do duto corroído calculada supondo que além do carregamento
de pressão existe uma compressão longitudinal de origem externa atuando no duto;

Figura 7 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de acordo com o Método RPA-PLLC -


Segunda Etapa (Continuação)

19
-PÚBLICO-

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Sim d
 0,80
tn

Não

1 aread / tn 
σh a   d eqv T  flow
1 aread / tn M 1

 d w 
σ L a   d eqv  T  flow 1  
 t n  De 

Interrompe o procedimento
pois para esta combinação de
 L a  n  h a Não
dados o método RPA-PLLC
vai fornecer um resultado
inconsistente
Sim


1  
 L ext 


H1  
 L a 

 n  h a 
 1    
 L a

 
Será necessário reduzir a temperatura
do produto transportado e/ou os
Sim carregamentos externos pois mesmo
H1 ≤ 0
sem o carregamento de pressão o
estado de tensões no ponto já está
Não
acima do limite admissível
Pcorrcomb  2 tn h a H1
De

se Pcorr com b  Pcorr press considera Pcorr com b  Pcorr press

Pode ser feita uma avaliação Não Sim


menos conservadora seguindo a PMOA  Pcorr comb
recomendação da subseção 4.1
Reprovado Não
Aprovado
Reduzir a pressão máxima de
operação até valor menor ou
Alternativas
igual a
Pcorrcomb

Executar reparo de acordo Controlar o processo corrosivo


com a subseção 4.2 e operar o duto

Atualizar o registro de
manutenção e inspeção

Figura 8 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método RPA-PLLC -


Terceira Etapa

20
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De - diâmetro externo do duto;


tn - espessura de parede nominal do duto;
Aduto - área da seção transversal do duto;
Iduto - momento de inércia da seção transversal do duto;
d - fator de segurança (de acordo com a Norma de projeto do duto) usado na determinação
do valor admissível para a tensão circunferencial gerada pelo carregamento de pressão;
T - fator de redução das propriedades do material devido à influência da temperatura (de
acordo com a norma de projeto do duto; caso não seja especificado assumir T = 1);
(d)eqv - fator de segurança (de acordo com a norma de projeto do duto) usado na determinação do
valor admissível para a tensão equivalente de Tresca (ou de von Mises) calculada com
base nas tensões geradas por todos os carregamentos atuantes no duto (caso não seja
especificado assumir (d)eqv = d;
E - módulo de elasticidade longitudinal do material;
 - coeficiente de Poisson do material;
 - coeficiente de dilatação térmica do material;
flow - “flow stress” do material (SMYS  flow  SMTS);
d - profundidade máxima do defeito;
L - comprimento do defeito;
w - largura do defeito;
Tprod - temperatura do produto transportado pelo duto;
Tmont - temperatura de montagem do duto;
Next - esforço normal gerado por um carregamento externo;
Mext - momento fletor gerado por um carregamento externo;
L - tensão longitudinal atuante gerada por todos os carregamentos que atuam no duto;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;
(pcorr)press - pressão interna admissível do duto corroído calculada supondo que o único carregamento
atuante é a pressão interna;
(pcorr)comb - pressão interna admissível do duto corroído calculada supondo que além do carregamento
de pressão existe uma compressão longitudinal de origem externa atuando no duto;

Figura 8 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método RPA-PLLC -


Terceira Etapa (Continuação)

21
-PÚBLICO-

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Interrompe o
procedimento pois
O duto encontra-se enterrado a uma para esta condição
Não
profundidade tal que está livre de sofrer de apoio o método
flambagem global? TPLB vai fornecer
um resultado
inconsistente

Sim

n =v=0,3

 L P  n
PMOA De
2 tn

O único carregamento atuando no duto, além da pressão Não


interna, é o carregamento térmico?

Sim

Sim O duto foi instalado com imperfeições geométricas Não


iniciais(curvaturas) pequenas?

Faz análise global do duto (usando um modelo


de elementos finitos) submetido a todos os
carregamentos atuantes e determina os valores
do esforço normal (Next) e do momento fletor
(Mext) que atuam no defeito de corrosão

 L Next 
Next
A duto

 L Mext   Mext De
Iduto 2 Interrompe o
procedimento
T  Tprod  Tmont pois para esta
Sim condição de
 L T   E  T
 L Mext  0,50  L Next carregamento o
método TPLB
vai fornecer um
Não
resultado
inconsistente
  
L ext   L  T   
L ext   L ext   L ext
N M

 L   L P    L 
ext

Interrompe o procedimento pois


L  0 Não
a tensão longitudinal resultante
é trativa
Sim
Passa para a segunda etapa do
procedimento

Figura 9 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método TPLB -


Primeira Etapa

22
-PÚBLICO-

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De - diâmetro externo do duto;


tn - espessura de parede nominal do duto;
Aduto - área da seção transversal do duto;
Iduto - momento de inércia da seção transversal do duto;
d - fator de segurança (de acordo com a Norma de projeto do duto) usado na determinação
do valor admissível para a tensão circunferencial gerada pelo carregamento de pressão;
T - fator de redução das propriedades do material devido à influência da temperatura (de
acordo com a norma de projeto do duto; caso não seja especificado assumir yT = 1);
(d)eqv - fator de segurança (de acordo com a norma de projeto do duto) usado na determinação do
valor admissível para a tensão equivalente de Tresca (ou de von Mises) calculada com
base nas tensões geradas por todos os carregamentos atuantes no duto (caso não seja
especificado assumir (d)eqv = d;
E - módulo de elasticidade longitudinal do material;
 - coeficiente de Poisson do material;
 - coeficiente de dilatação térmica do material;
d - profundidade máxima do defeito;
Tprod - temperatura do produto transportado pelo duto;
Tmont - temperatura de montagem do duto;
Next - esforço normal gerado por um carregamento externo;
Mext - momento fletor gerado por um carregamento externo;
L - tensão longitudinal atuante gerada por todos os carregamentos que atuam no duto;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;

Figura 9 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método TPLB -


Primeira Etapa (Continuação)

23
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d
 0,80
tn

Dm
 20
tn

Dm
 100
tn

Dm
 250
tn  d

2
D 
C sl  1 - 0,00008  m 
 tn 

D 
Sgw  De Cgw  1,2  0,01  m 
 tn 

Cgw  1

  D   D 
2

 buck a   d  T SMYS Cgw Csl 1  0,0024  m   0,000003  m  

  n
t  d   t n d  

 L   buck a

 L   buck a

Figura 10 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método TPLB -


Segunda Etapa

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De - diâmetro externo do duto;


tn - espessura de parede nominal do duto;
Aduto - área da seção transversal do duto;
Iduto - momento de inércia da seção transversal do duto;
d - fator de segurança (de acordo com a Norma de projeto do duto) usado na determinação
do valor admissível para a tensão circunferencial gerada pelo carregamento de pressão;
T - fator de redução das propriedades do material devido à influência da temperatura (de
acordo com a norma de projeto do duto; caso não seja especificado assumir yT = 1);
(d)eqv - fator de segurança (de acordo com a norma de projeto do duto) usado na determinação do
valor admissível para a tensão equivalente de Tresca (ou de von Mises) calculada com
base nas tensões geradas por todos os carregamentos atuantes no duto (caso não seja
especificado assumir (d)eqv = d;
E - módulo de elasticidade longitudinal do material;
 - coeficiente de Poisson do material;
 - coeficiente de dilatação térmica do material;
d - profundidade máxima do defeito;
Tprod - temperatura do produto transportado pelo duto;
Tmont - temperatura de montagem do duto;
Next - esforço normal gerado por um carregamento externo;
Mext - momento fletor gerado por um carregamento externo;
L - tensão longitudinal atuante gerada por todos os carregamentos que atuam no duto;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;

Figura 10 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método TPLB -


Segunda Etapa (Continuação)

25
-PÚBLICO-

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6 Avaliação de Dutos com Defeitos Geométricos

6.1 Condições Gerais

6.1.1 As recomendações da Seção 6 se aplicam somente a situações em que a pressão interna


atuante no duto é maior do que a pressão externa.

NOTA Caso a pressão externa seja superior a pressão interna, consultar um especialista.

6.1.2 Um duto contendo defeitos geométricos, quando submetido a carregamentos cíclicos intensos,
sejam de pressão ou de temperatura, pode vir a falhar por fadiga.

NOTA No caso de carregamento cíclico intensos, consultar um especialista.

6.2 Avaliação de Dutos com Amassamentos

6.2.1 A profundidade de um amassamento (ou mossa) é definida como a distância entre o ponto
mais baixo do amassamento e o prolongamento do contorno original do tubo (ver Figura 11).

D
t

Onde:
H é a profundidade do amassamento;
D é o diâmetro externo do tubo;
t é a espessura de parede do tubo.

Figura 11 - Medida da Profundidade de um Amassamento

26
-PÚBLICO-

N-2786 REV. A 04 / 2014

6.2.2 Amassamentos em oleodutos que apresentem as seguintes características devem ser


removidos ou reparados:

a) amassamentos de qualquer profundidade que alterem a curvatura original do tubo nos


cordões de solda (longitudinal, circunferencial ou helicoidal);
b) amassamentos contendo ranhuras, trincas, abertura de arco por soldagem, sulcos, cavas
ou outros concentradores de tensão;
c) amassamentos simples com profundidade maior que 6,4 mm em tubos com diâmetro
nominal igual ou menor que 4 (diâmetro externo 4,5”), ou com profundidade maior do que
6 % do diâmetro externo nominal do tubo para tubos com diâmetro nominal maior que 4
(diâmetro externo 4,5”);

NOTA Amassamentos simples caracterizam-se pela variação suave da curvatura da parede do tubo,
por não apresentarem redução de espessura de parede (como por exemplo, ranhuras, trincas,
corrosão, sulcos ou cavas) e por não alterarem a curvatura do tubo em cordões de solda.

d) amassamentos com perda de espessura por corrosão ou esmerilhamento em que a


espessura de parede remanescente do tubo seja menor que 87,5 % da espessura de
parede nominal do tubo, ou cuja profundidade do amassamento seja maior que 6,4 mm
em tubos com diâmetro nominal igual ou menor que 4 (diâmetro externo 4,5”), ou com
profundidade maior que 6 % do diâmetro externo nominal do tubo para tubos com
diâmetro nominal maior que 4 (diâmetro externo 4,5”);

NOTA Amassamentos com perda de espessura por corrosão ou esmerilhamento aprovados na


avaliação da integridade imediata também devem ser submetidos a uma avaliação da
integridade futura, na qual deve ser considerado o crescimento da perda de espessura.

a) amassamentos que causem uma mudança abrupta na curvatura da parede do tubo


(“kinked dents”).

6.2.3 Amassamentos em gasodutos que apresentem as seguintes características devem ser


removidos ou reparados:

a) amassamentos de qualquer profundidade que alterem a curvatura original do tubo em


cordões de solda de baixa ductilidade, tais como: soldas circunferenciais oxiacetilênicas
ou soldas longitudinais que sejam propensas à fratura frágil;
b) amassamentos com profundidade maior que 2 % do diâmetro externo nominal do tubo
que alterem a curvatura original do tubo em cordões de solda dúcteis, sejam
longitudinais, circunferenciais ou helicoidais;
c) amassamentos contendo ranhuras, trincas, abertura de arco por soldagem, sulcos, cavas
ou outros concentradores de tensão;
d) amassamentos simples com profundidade maior que 6 % do diâmetro externo nominal
do tubo;

NOTA Amassamentos simples caracterizam-se pela variação suave da curvatura da parede do tubo,
por não apresentarem redução de espessura de parede (como por exemplo: ranhuras, trincas,
corrosão, sulcos ou cavas) e por não alterarem a curvatura do tubo em cordões de solda.

e) amassamentos com corrosão associada em que a corrosão seja maior do que a


considerada aceitável segundo a metodologia “Original B31G”(ASME B31G) ou cuja
profundidade do amassamento seja maior que 6 % do diâmetro externo nominal do tubo;

NOTA Amassamentos com corrosão associada aprovados na avaliação da integridade imediata


também devem ser submetidos a uma avaliação da integridade futura, na qual deve ser
considerado o crescimento da perda de espessura.

f) amassamentos que causem uma mudança abrupta na curvatura da parede do tubo


(“kinked dents”).

27
-PÚBLICO-

N-2786 REV. A 04 / 2014

6.2.4 Trechos de duto contendo amassamentos duplos ou múltiplos devem ser retirados ou
reparados.

NOTA Um amassamento é classificado como duplo ou múltiplo quando duas ou mais mossas que
compõe o amassamento interagem entre si. Considera-se que duas mossas não interagem
entre si se a distância entre suas bordas for maior que 30” (762 mm) e as mossas estiverem
separadas por um trecho não deformado de tubo, ou seja, com sua seção reta circular
original. Este é um critério empírico, baseado em testes conduzidos em tubos com
diâmetros nominais variando de 12 (diâmetro externo 12,75”); a 24 (diâmetro externo 24”);
contendo amassamentos duplos submetidos a carregamento de pressão interna. No caso
de dutos que estejam fora da faixa de diâmetros nominais de 12” (diâmetro externo 12,75”);
a 24” (diâmetro externo 24”) ou submetidos a outros carregamentos que não o de pressão
interna, deve-se consultar um especialista.

6.3 Avaliação de Dutos com Enrugamentos em Curvas de Campo

6.3.1 A altura admissível de enrugamentos suaves em tubos de aço-carbono gerados durante o


processo de dobramento a frio pode ser determinada usando a Figura 12, onde h é a máxima
dimensão do topo à base do enrugamento (ver Figura 13), e D é o diâmetro externo nominal do tubo.
Enrugamentos são considerados aceitáveis se suas alturas estiverem abaixo de uma das linhas
mostradas na Figura 12. A linha cheia se aplica a gasodutos, enquanto a linha tracejada se aplica a
oleodutos. Adicionalmente, é mandatório que os enrugamentos não contenham ranhuras, trincas,
perda de massa por corrosão, abertura de arco por soldagem, sulcos ou cavas, nem que alterem a
curvatura do tubo nos cordões de solda. A ausência de trincas deve ser confirmada através de
inspeção usando a técnica de partícula magnética (PETROBRAS N-1598) ou líquido penetrante
(PETROBRAS N-1596).

3,0 %
Altura do enrugamento/diâmetro do tubo (h/D)

Gasodutos
2,5 % Oleodutos

2,0 %

1,5 %

1,0 %

0,5 %

0
0 10 000 20 000 30 000 40 000 50 000 60 000

Tensão circunferencial na máxima pressão de operação admissível, psi

Figura 12 - Alturas Admissíveis de Enrugamento

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Superfície externa

Superfície interna

Figura 13 - Medida da Altura de um Enrugamento

6.3.2 Na existência de um grupo de enrugamentos próximos uns dos outros, o valor de “h” a ser
empregado na avaliação da severidade do grupo deve corresponder ao do enrugamento com o maior
valor de altura do topo à base.

NOTA Caso o duto esteja sujeito a operações cíclicas intensas, grandes variações de temperatura,
suporte inadequado do solo ou cargas axiais elevadas, limites admissíveis mais restritivos
para altura de enrugamentos devem ser adotados. Neste caso um especialista deve ser
consultado.

6.4 Avaliação de Dutos com Flambagem Local (Local “Buckles”)

Este tipo de defeito deve ser removido ou reparado.

NOTA A origem da flambagem local deve ser investigada (por exemplo, movimentação do solo),
de forma a eliminar o mecanismo causador desse tipo de defeito.

7 Avaliação de Dutos com Defeitos Planares

7.1 A avaliação de defeitos de característica planar com origem na fabricação do tubo, montagem do
duto ou surgidos durante a operação deve ser objeto de estudo específico a ser desenvolvido por
especialistas. Esta avaliação pode ser realizada para a definição de condições de reabilitação, reparo
ou continuidade operacional do duto.

7.2 São classificados como defeitos de característica planar os que possuem geometria
predominantemente bidimensional, definidas por uma altura ou profundidade e seu comprimento.
Estas descontinuidades podem ser identificadas como trincas oriundas de processo de fabricação
(trinca na soldagem) ou iniciadas em serviço (por exemplo: fadiga e corrosão sob tensão) ou como
provenientes de deficiências nos processos de soldagem (por exemplo: mordeduras, falta de fusão e
falta de penetração).

7.3 Os defeitos de característica planar podem estar associados a outros tipos de defeito (por
exemplo: corrosão e amassamentos), sendo neste caso, necessário um julgamento por especialistas
sobre os critérios a serem empregados para a avaliação da interação entre os diferentes defeitos.

7.4 Para terminologia dos diversos defeitos em juntas soldadas devem ser utilizados os desenhos
esquemáticos representados na PETROBRAS N-1738.

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7.5 Para a avaliação de defeitos de característica planar no duto devem ser identificadas as suas
causas e a possibilidade do agravamento de sua criticidade pelo crescimento em serviço associado a
mecanismos de dano por fadiga ou assistidos pelo meio (por exemplo: corrosão sob tensão).

7.6 Para que seja possível a avaliação por especialistas devem ser disponibilizadas, no mínimo, as
seguintes informações:

a) possíveis causas dos defeitos;


b) condições operacionais do duto na região de localização do defeito;
— pressão de operação;
— pressão de teste hidrostático;
— diâmetro nominal;
— espessura nominal;
— PMOA
— pressão máxima de operação;
c) histórico de manutenção e inspeção:
— indicação da possibilidade de crescimento ou não dos defeitos em operação;
— relatórios com inspeções anteriores e acompanhamento de dimensões dos defeitos;
— previsão do mecanismo mais provável de falha;
— medidas preventivas e de remediação empregadas;
d) propriedades do material:
— especificação de material;
— tensão de escoamento nominal do material do duto;
— limite de resistência mínimo do material do duto;
— tenacidade do material, se disponível;
— resultados de ensaios mecânicos do material, se disponíveis;
e) procedimentos de soldagem empregados e resultados de qualificação de procedimentos;
f) relatórios de inspeção com o dimensionamento dos defeitos;
— dimensionamento do defeito (comprimento e altura);
— localização do defeito em relação aos cordões de solda longitudinal e circunferencial;
— posição relativa entre defeitos próximos.

8 Avaliação de Defeitos Associados ao Processo de Fabricação

8.1 Defeito de Inclusão

Não há um método específico para avaliação de inclusão. Desde que tenham sido aprovadas pelo
teste hidrostático na fase de construção, inclusões não representam uma ameaça para a operação do
duto.

NOTA Em dutos que transportam fluido contendo H2S, inclusões podem gerar TIH e/ou
empolamentos.

8.2 Defeito de Dupla Laminação

8.2.1 Dupla laminação paralela à superfície do tubo e não adjacente à solda não representa risco à
operação do duto, desde que já tenha sido aprovada pelo teste hidrostático na fase de construção.

8.2.2 Dupla laminação inclinada (“slope lamination”) e dupla laminação localizada em áreas soldadas
ou em suas proximidades devem ser avaliadas como defeito planar adotando os requisitos da
Seção 7.

NOTA 1 Em dutos que transportam fluido contendo H2S, a dupla laminação pode gerar TIH e/ou
empolamento.

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NOTA 2 Dupla laminação em dutos submetidos a carregamentos cíclicos pode gerar crescimento de
trinca.
NOTA 3 Considera-se que a dupla laminação está próxima a solda quando a distancia entre elas for
menor que 25 mm ou duas vezes a espessura nominal, o que for maior.

8.3 Defeito de Empolamento por Hidrogênio

Defeitos de empolamento por hidrogênio que contenham trincas, ou cujo processo para a sua
formação continue ativo, devem ser removidos ou reparados. Para os demais casos consultar um
especialista.

9 Avaliação de Dutos com Defeitos de Cavas e Sulcos

9.1 Cavas e sulcos devem ser submetidos a ensaios não destrutivos de líquido penetrante
(PETROBRAS N-1596) ou partículas magnéticas (PETROBRAS N-1598) para verificação de
existência de trincas.

9.2 Cavas e sulcos devem ser esmerilhados para remoção de concentradores de tensão e de
possíveis trincas.

9.3 Antes de realizar o esmerilhamento, determinar a profundidade máxima de material que pode ser
removido, sem que leve à redução da PMOA no ponto, aplicando o método de avaliação de defeito
de corrosão da Seção 5.

9.4 O esmerilhamento deve ser realizado até no máximo a profundidade de 40 % da espessura de


parede do tubo. Durante o esmerilhamento, a pressão no ponto deve ser de no máximo 80 % da
pressão de operação.

NOTA Caso a profundidade de esmerilhamento ultrapasse o limite de 40 % da espessura de


parede ou o limite definido pelo Seção 5, o trecho do duto deve ser removido ou reparado
por outra técnica de reparo.

10 Avaliação de Dutos com Vãos Livres

10.1 Definem-se as ocorrências denominadas “vão livre” como sendo os trechos do duto que não
estão em contato com o solo. Neste caso, a distância existente entre a geratriz inferior do duto e o
solo é chamada de “gap” e o comprimento do trecho do duto que não esta em contato com o solo é
chamado de comprimento do vão livre (LVL).

10.2 Os vãos livres podem ser causados por irregularidades da topografia ao longo do traçado do
duto (como por exemplo: “canyons”, ravinas e corais) como também pela movimentação de
sedimentos do solo devido ao arraste provocado pelo efeito de ondas e/ou correntes marinhas de
fundo, correntezas fluviais e pluviais.

10.3 Um vão livre pode comprometer a integridade estrutural do duto desde que esteja sujeito a, pelo
menos, um dos carregamentos descritos em 10.3.1 a 10.3.3.

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10.3.1 Carregamentos Térmicos

Podem gerar alças de deformação acentuadas devido à dilatação térmica do aço. Este fenômeno
também conhecido como “flambagem térmica”, dependendo do diferencial de temperatura e pressão
e dos ciclos de operação, pode levar o duto à ruptura.

10.3.2 Carregamentos Dinâmicos

10.3.2.1 Ocorrem na grande maioria dos vãos livres em dutos submarinos ou em travessias de rios.
Este tipo de carregamento cíclico é gerado a partir de um fenômeno chamado vórtices. Os vórtices
são turbulências que surgem a partir de uma determinada velocidade de correnteza acima da qual
ocorre o desprendimento da camada limite que envolve o duto. À medida que a velocidade da
correnteza aumenta, os vórtices se amplificam e começam a causar vibrações no duto. Estas
vibrações são conhecidas como VIV e podem se dar tanto no plano vertical (“cross-flow”) como no
horizontal (“in-line”).

10.3.2.2 A VIV é um fenômeno complexo e os melhores modelos atualmente existentes para o


cálculo de fadiga devido a VIV são empíricos e requerem uma detalhada entrada de dados
principalmente os referentes ao cenário do vão livre, o clima de correntes de fundo e o tipo de solo
nos apoios. O objetivo destes modelos é determinar os valores de tensão x deformação, atuantes no
vão analisado. Associando estes valores à respectiva curva S-N do duto, determina-se o tempo de
vida à fadiga, esperado para o duto.

10.3.3 Estado Limite de Cargas

Este tipo de carregamento, devido ao peso próprio do duto acrescido das cargas máximas devido a
correntes constantes, pressão, VIV e outras, não deve gerar tensões que ultrapassem a tensão
máxima admissível do material do duto.

10.4 Devido aos problemas citados nesta Seção, para que seja garantida a integridade estrutural dos
dutos, todos os vãos livres devem ser analisados quanto aos três tipos de carregamento descritos em
10.3.1 a 10.3.3. Para isto, a qualidade dos dados levantados na campanha de inspeção, a forma e o
conteúdo dos documentos de análise (desenhos, tabelas, gráficos e imagens), bem como a
existência de ferramentas que ofereçam resultados confiáveis, são fundamentais para que sejam
minimizados os riscos de falha relacionados com vãos livres.

10.5 A metodologia (ou aplicativo) a ser utilizada na avaliação e cálculo de vãos livres deve levar em
consideração critérios de análise de falha por carregamentos máximos e disponibilidade de dados
para a análise. O procedimento de cálculo para vãos livres pode ser classificado basicamente em
dois níveis de complexidade:

a) menos complexo e mais conservativo: não considera dados de solo na modelagem da


resposta estrutural do duto no vão livre; na análise da resposta, as VIV não necessitam
do cálculo da vida à fadiga do duto; apenas o comprimento máximo admissível do vão
livre (Lmax adm) é calculado, ou seja, um comprimento máximo abaixo do qual a
ocorrência de VIV pode ser considerada nula; os vãos livres cujo comprimento for maior
que (Lmax adm) são considerados críticos e alguma ação deve ser tomada (exemplo:
calçamento); os valores de velocidade de corrente esperado a longo prazo, são
estimados de forma conservadora a partir dos dados meteoceanográficos disponíveis;
não se verifica o efeito de correntes induzidas por ondas;

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b) mais complexo e menos conservativo: considera dados de solo na modelagem da


resposta estrutural do duto no vão livre; calcula a vida à fadiga remanescente do duto
comparando-a a um máximo de exposição ao fenômeno de VIV definido a partir da vida
útil de projeto do duto; os dados de corrente são necessários na forma de histogramas
da área do duto e as probabilidades de ocorrência de cada faixa de valores e direção da
corrente são considerados nos cálculos; a influência de correntes induzidas por ondas é
verificada.

10.6 Em uma primeira análise, o VL encontrado na inspeção deve ser comparado com o VLMA
calculado na fase de projeto.

10.7 Na avaliação do VL encontrado na inspeção devem ser consideradas as integridades atual e


futura, ou seja, durante o tempo remanescente previsto para operação do duto.

10.8 A ocorrência de vão livre deve ser objeto de avaliação específica conduzida por um especialista.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

IR 1/1
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1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece critérios para avaliação de defeitos em oleodutos e gasodutos rígidos de
aço, submarinos e terrestres, em operação submetidos a carregamentos estáticos.

1.2 Esta Norma abrange a avaliação dos seguintes tipos de defeitos:

a) defeitos de corrosão (perda de espessura);


b) defeitos geométricos (amassamento, curva de campo, flambagem local);
c) defeitos de fabricação (inclusão, dupla laminação, empolamento);
d) sulcos e cavas;
e) defeitos planares;
f) trincas assistidas pelo ambiente;
g) outros defeitos.

1.3 Esta Norma se aplica à avaliação de defeitos e modos de falha em dutos, a partir da data de sua
edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-1487 - Inspeção de Dutos Rígidos Submarinos;

PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não Destrutivo - Ultrassom;

PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não Destrutivo - Líquido Penetrante;

PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não Destrutivo - Partículas Magnéticas;

PETROBRAS N-1738 - Descontinuidades em Juntas Soldadas, Fundidos, Forjados e


Laminados;

PETROBRAS N-2098 - Inspeção de Duto Terrestre em Operação;

PETROBRAS N-2726 - Terminologias de Dutos;

PETROBRAS N-2727 - Manutenção de Dutos Rígidos Submarinos;

PETROBRAS N-2737 - Manutenção de Oleoduto e Gasoduto Terrestre;

PETROBRAS N-2803 - Ensaio Não Destrutivo - Ultrassom Computadorizado e Mecanizado


para Inspeção em Soldas;

ASME B31G:2012 - Manual for Determining the Remaining Strength of Corroded Pipelines;

DNV-RP-F101 - Corroded Pipelines.

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3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da PETROBRAS N-2726 e os


seguintes.

3.1
PLLC
“Pressure Loading plus Longitudinal Compression” (carregamento de pressão mais compressão
longitudinal)

3.2
PMOA
Pressão Máxima de Operação Admissível

3.3
RPA
“Rectangular Parabolic Area” (área parabólica retangular)

3.4
SMYS
“Specified Minimun Yield Strength” (tensão de escoamento mínima especificada)

3.5
TIH
trinca induzida por hidrogênio

3.6
TPLB
“Thin Pipe Local Buckling” (flambagem local de tubos finos)

3.7
VIV
Vibrações Induzidas por Vórtices

3.8
VL
Vãos Livres

3.9
VLMA
Vão Livre Máximo Admissível

4 Condições Gerais

4.1 Podem ser executadas avaliações através de critérios menos conservadores, desde que haja
uma justificativa técnica para a escolha do(s) critério(s) alternativo(s).

4.2 Caso os defeitos detectados em dutos sejam reprovados pela avaliação de integridade realizada,
os reparos devem ser executados de acordo com os requisitos da PETROBRAS N-2737 para dutos
terrestres ou a PETROBRAS N-2727 para dutos submarinos.

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De - diâmetro externo do duto;


tn - espessura de parede nominal do duto;
d - fator de segurança (de acordo com a norma de projeto do duto) usado na determinação do
valor admissível para a tensão circunferencial gerada pelo carregamento de pressão;
T - fator de redução das propriedades do material devido à influência da temperatura (de
acordo com a norma de projeto do duto; caso não seja especificado assumir T = 1);
flow - “flow stress” do material (SMYS  flow  SMTS);
d - profundidade máxima do defeito;
L - comprimento do defeito;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;
pcorr - pressão interna admissível do duto corroído.

Figura 3 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método RPA


(Continuação)

5.2.3 Defeitos de corrosão longitudinais em dutos submetidos a carregamento de pressão podem ser
avaliados pelo método “Effective Area” (implementado no programa computacional “RSTRENG®1)”),
desde que o perfil de profundidades seja conhecido.

5.2.4 Defeitos de corrosão circunferenciais em dutos submetidos a carregamento de pressão devem


ser avaliados pelo método RPA, conforme procedimento da Figura 3, e pela equação de Kastner,
conforme procedimento da Figura 4 (Primeira etapa) e Figura 5 (Segunda etapa), adotando-se o
resultado mais desfavorável.

5.2.5 O método “Original B31G” (ASME B31G 2012) e o método DNV-RP-F101 “for single defects”
podem ser utilizados em substituição ao método RPA, nas avaliações prevista no 5.2.2 e 5.2.4, desde
que as restrições estabelecidas em 5.2.5.1 e 5.2.5.2 sejam respeitadas.

5.2.5.1 O método “Original B31G” (ASME B31G 2012) não deve ser usado na avaliação de defeitos
de corrosão em dutos cujo material tenha tensão SMYS maior que 65 000 psi.

5.2.5.2 O método DNV-RP-F101 “for single defects” não deve ser usado na avaliação de defeitos de
corrosão em dutos cujo material tenha tensão SMYS menor que 46 000 psi.

NOTA Podem ser utilizados outros métodos similares, desde que validados por ensaios de campo
nos moldes dos ensaios realizados na ASME 31.G e DNV -RP-F101 e desenvolvido por
especialistas.

5.3 Avaliação de Defeitos de Corrosão em Dutos Submetidos a Carregamento de Pressão


Combinado com uma Tração Longitudinal de Origem Externa

Por convenção as tensões de tração são positivas e as tensões de compressão são negativas.

5.3.1 Os procedimentos recomendados nesta subseção só devem ser aplicados quando a tensão
longitudinal total atuante L for uma tensão de tração (positiva). Todas as combinações possíveis de
carregamentos devem ser estudadas com o objetivo de se escolher a mais desfavorável delas para
fazer a avaliação do defeito.

5.3.2 Defeitos de corrosão em dutos submetidos a carregamento de pressão combinado com uma tração
longitudinal de origem externa devem ser avaliados pelo método RPA, conforme procedimento da Figura 3,
e pela equação de Kastner, conforme procedimento da Figura 4 e da Figura 5, adotando-se o resultado mais
desfavorável.
1)
RSTRENG®- é uma marca comercial de um programa para avaliação estrutural de dutos corroídos fornecido por Technical
Toolboxes. Esta informação é dada para facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da
PETROBRAS ao produto citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.

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NOTA O procedimento apresentado na Figura 4 e na Figura 5 considera que a contribuição do


momento fletor para a tensão longitudinal resultante (L) não pode ser maior que metade da
contribuição do esforço normal.

5.3.3 O método “Original B31G” (ASME B31G 2012) e o método DNV-RP-F101 “for single defects”
podem ser utilizados em substituição ao método RPA, nas avaliações previstas no 5.3.2, desde que
as restrições estabelecidas em 5.2.5.1 e 5.2.5.2 sejam respeitadas.

5.3.3.1 O método “Original B31G” (ASME B31G 2012) não deve ser usado na avaliação de defeitos
de corrosão em dutos cujo material tenha tensão SMYS maior que 65 000 psi.

5.3.3.2 O método DNV “for single defects” não deve ser usado na avaliação de defeitos de corrosão
em dutos cujo material tenha tensão SMYS menor que 46 000 psi.

NOTA Podem ser utilizados outros métodos similares, desde que validados por ensaios de campo
nos moldes dos ensaios realizados na ASME 31.G e DNV-RP-F101 e desenvolvido por
especialistas.

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flow - “flow stress” do material (SMYS  flow  SMTS);


d - profundidade máxima do defeito;
w - largura do defeito;
Next - esforço normal gerado por um carregamento externo;
Mext - momento fletor gerado por um carregamento externo;
L - tensão longitudinal atuante gerada por todos os carregamentos que atuam no duto;
pd - pressão interna admissível de projeto do duto;
(L)corr - tensão longitudinal admissível do duto corroído.

Figura 5 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com a Equação de Kastner -


Segunda Etapa (Continuação)

5.4 Avaliação de Defeitos de Corrosão em Dutos Aquecidos e Enterrados

Por convenção as tensões de tração são positivas e as tensões de compressão são negativas.

5.4.1 Os procedimentos recomendados nesta subseção só devem ser aplicados quando a tensão
longitudinal total atuante L for uma tensão de compressão (negativa). Todas as combinações
possíveis de carregamentos devem ser estudadas com o objetivo de se escolher a mais desfavorável
delas para fazer a avaliação do defeito.

5.4.2 A verificação da plastificação do defeito de corrosão deve ser feita pelo método RPA-PLLC de
acordo com o procedimento apresentado na , Figura 6, Figura 7 e Figura 8.

NOTA 1 O procedimento apresentado na , Figura 6, Figura 7 e Figura 8, considera que o duto


encontra-se enterrado a uma profundidade tal que esteja livre de sofrer flambagem global,
tanto no plano horizontal quanto no plano vertical.
NOTA 2 O procedimento apresentado nas Figura 4 e 5 considera que a contribuição do momento
fletor para a tensão longitudinal resultante (L) não pode ser maior que metade da
contribuição do esforço normal.

5.4.3 O método DNV-RP-F101 “Combined Loadings” pode ser utilizado em substituição ao método
RPA-PLLC na avaliação prevista no 5.4.2, desde que a respeitada a restrição estabelecida na NOTA 1.

NOTA 1 O método DNV “Combined Loadings” não deve ser usado na avaliação de defeitos de
corrosão em dutos cujo material tenha tensão SMYS menor que 46 000 psi.
NOTA 2 Podem ser utilizados outros métodos similares, desde que validados por ensaios de campo
nos moldes dos ensaios realizados na DNV-RP-F101 e desenvolvido por especialistas.

5.4.4 A verificação da flambagem local da parede do duto na região do defeito de corrosão ser feita
pelo método TPLB de acordo com o procedimento apresentado nas Figuras 9 e 10.

NOTA 1 O procedimento apresentado nas Figuras 9 e 10 considera que o duto encontra-se


enterrado a uma profundidade tal que esteja livre de sofrer flambagem global, tanto no
plano horizontal quanto no plano vertical.
NOTA 2 O procedimento apresentado nas Figuras 9 e 10 considera que a contribuição do momento
fletor para a tensão longitudinal resultante (L) não pode ser maior que metade da
contribuição do esforço normal.

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Figura 6 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de acordo com o Método RPA-PLLC -


Primeira Etapa

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Figura 8 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método RPA-PLLC -


Terceira Etapa

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Figura 9 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método TPLB -


Primeira Etapa

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Figura 10 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método TPLB -


Segunda Etapa

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6.2.2 Amassamentos em oleodutos que apresentem as seguintes características devem ser


removidos ou reparados:

a) amassamentos de qualquer profundidade que alterem a curvatura original do tubo nos


cordões de solda (longitudinal, circunferencial ou helicoidal);
b) amassamentos contendo ranhuras, trincas (inclusive aquelas devidas à corrosão sob
tensão), abertura de arco por soldagem, sulcos, cavas ou outros concentradores de
tensão;
c) amassamentos simples com profundidade maior que 6,4 mm em tubos com diâmetro
nominal igual ou menor que 4, ou com profundidade maior do que 6 % do diâmetro
externo nominal do tubo para tubos com diâmetro nominal maior que 4;

NOTA Amassamentos simples caracterizam-se pela variação suave da curvatura da parede do tubo,
por não apresentarem redução de espessura de parede (como por exemplo, ranhuras, trincas,
corrosão, sulcos ou cavas) e por não alterarem a curvatura do tubo em cordões de solda.

d) amassamentos com perda de espessura por corrosão ou esmerilhamento em que a


espessura de parede remanescente do tubo seja menor que 87,5 % da espessura de
parede nominal do tubo, ou cuja profundidade do amassamento seja maior que 6,4 mm
em tubos com diâmetro nominal igual ou menor que 4, ou com profundidade maior que
6 % do diâmetro externo nominal do tubo para tubos com diâmetro nominal maior que 4;

NOTA Amassamentos com perda de espessura por corrosão ou esmerilhamento aprovados na


avaliação da integridade imediata também devem ser submetidos a uma avaliação da
integridade futura, na qual deve ser considerado o crescimento da perda de espessura.

e) amassamentos que causem uma mudança abrupta na curvatura da parede do tubo


(“kinked dents”).

6.2.3 Amassamentos em gasodutos que apresentem as seguintes características devem ser


removidos ou reparados:

a) amassamentos de qualquer profundidade que alterem a curvatura original do tubo em


cordões de solda de baixa ductilidade, tais como: soldas circunferenciais oxiacetilênicas
ou soldas longitudinais que sejam propensas à fratura frágil;
b) amassamentos com profundidade maior que 2 % do diâmetro externo nominal do tubo
que alterem a curvatura original do tubo em cordões de solda dúcteis, sejam
longitudinais, circunferenciais ou helicoidais;
c) amassamentos contendo ranhuras, trincas (inclusive aquelas devidas à corrosão sob
tensão), abertura de arco por soldagem, sulcos, cavas ou outros concentradores de
tensão;
d) amassamentos simples com profundidade maior que 6 % do diâmetro externo nominal
do tubo;

NOTA Amassamentos simples caracterizam-se pela variação suave da curvatura da parede do tubo,
por não apresentarem redução de espessura de parede (como por exemplo: ranhuras, trincas,
corrosão, sulcos ou cavas) e por não alterarem a curvatura do tubo em cordões de solda.

e) amassamentos com corrosão associada em que a corrosão seja maior do que a


considerada aceitável segundo a metodologia “Original B31G”(ASME B31G:2012) ou
cuja profundidade do amassamento seja maior que 6 % do diâmetro externo nominal do
tubo;

NOTA Amassamentos com corrosão associada aprovados na avaliação da integridade imediata


também devem ser submetidos a uma avaliação da integridade futura, na qual deve ser
considerado o crescimento da perda de espessura.

f) amassamentos que causem uma mudança abrupta na curvatura da parede do tubo


(“kinked dents”).

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6.2.4 Trechos de duto contendo amassamentos duplos ou múltiplos devem ser retirados ou
reparados.

NOTA Um amassamento é classificado como duplo ou múltiplo quando duas ou mais mossas que
compõe o amassamento interagem entre si. Considera-se que duas mossas não interagem
entre si se à distância entre suas bordas for maior que 30” (762 mm) e as mossas estiverem
separadas por um trecho não deformado de tubo, ou seja, com sua seção reta circular
original. Este é um critério empírico, baseado em testes conduzidos em tubos com
diâmetros nominais variando de 12 a 24 contendo amassamentos duplos submetidos a
carregamento de pressão interna. No caso de dutos que estejam fora da faixa de diâmetros
nominais de 12 a 24 ou submetidos a outros carregamentos que não o de pressão interna,
deve-se consultar um especialista.

6.3 Avaliação de Dutos com Enrugamentos em Curvas de Campo

6.3.1 A altura admissível de enrugamentos suaves em tubos de aço-carbono gerados durante o


processo de dobramento a frio pode ser determinada usando a Figura 12, onde h é a máxima
dimensão do topo à base do enrugamento (ver Figura 13), e D é o diâmetro externo nominal do tubo.
Enrugamentos são considerados aceitáveis se suas alturas estiverem abaixo de uma das linhas
mostradas na Figura 12. A linha cheia se aplica a gasodutos, enquanto a linha tracejada se aplica a
oleodutos. Adicionalmente, é mandatório que os enrugamentos não contenham ranhuras, trincas
(inclusive aquelas associadas à corrosão sob tensão), perda de massa por corrosão, abertura de arco
por soldagem, sulcos ou cavas, nem que alterem a curvatura do tubo nos cordões de solda. A
ausência de trincas deve ser confirmada através de inspeção usando a técnica de partícula
magnética (PETROBRAS N-1598) ou líquido penetrante (PETROBRAS N-1596).

3,0 %

Gasodutos
Altura do enrugamento/diâmetro do tubo (h/D)

2,5 %

2,0 %

1,5 %

1,0 %

0,5 %

0
0 10 000 20 000 30 000 40 000 50 000 60 000

Tensão circunferencial na máxima pressão de operação admissível, psi

Figura 12 - Alturas Admissíveis de Enrugamento

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-PÚBLICO-

N-2786 REV. A 04 / 2014

Figura 3 - Avaliação de Defeitos de Corrosão de Acordo com o Método RPA

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