Você está na página 1de 15

-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

Confiabilidade e Análise
de Riscos Industriais

Terminologia

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 36 CONTEC - Subcomissão Autora.

Confiabilidade e Riscos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Industriais Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 14 páginas, Índice de Revisões e GT


-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece a terminologia a ser empregada nas atividades ligadas às áreas de
Confiabilidade e Análise de Riscos Industriais do SISTEMA PETROBRAS.

1.2 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.3 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

1.4 Esta Norma se aplica a riscos industriais relacionados a operação e segurança de plantas de
processo.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-2595 - Critérios de Projeto, Operação e Manutenção de Sistemas


Instrumentados de Segurança em Unidades Industriais

ISO 14224 - Petroleum and Natural Gas Industries - Collection and Exchange of Reliability
and Maintenance Data for Equipment;

ISO 16901 - Guidance on performing risk assessment in the design of onshore LNG
installations including the ship/shore interface

ISO 17776 - Petroleum and Natural Gas Industries - Offshore Production Installations -
Guidelines on Tools and Techniques for Hazard Identification and Risk Assessment First
Edition;

ISO 31010 - Risk Management - Risk Assessment Techniques.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
ALARP (“As Low As Reasonably Practicable”)
critérios para redução do risco até um nível tal em que os custos ou dificuldades de implementação
tornem-se desproporcionais em relação aos benefícios obtidos pela redução adicional do risco (ISO
16901)

3.2
alocação de confiabilidade
técnica utilizada para a atribuição de requisitos de confiabilidade a componentes, equipamentos ou
sistemas, visando atingir uma confiabilidade requerida

2
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.3
análise de confiabilidade, disponibilidade e mantenabilidade (RAM - “Reliability, Availability
and Mantainability”)
técnica de análise que quantifica desempenho ou disponibilidade de um equipamento, sistema ou
planta industrial, levando em consideração a sua confiabilidade e mantenabilidade

3.4
análise de camadas de proteção (LOPA - “Layers of Protection Analysis”)
técnica semi-quantitativa de avaliação de riscos cuja finalidade é determinar se as camadas de
proteção associadas a um cenário acidental são suficientes para reduzir a sua frequência de
ocorrência a um nível considerado tolerável (PETROBRAS N-2595)

3.5
análise de confiabilidade humana (HRA - “Human Reliability Analysis”)
denominação geral para métodos usados com a finalidade de estimar a probabilidade de erros
humanos em quaisquer atividades incluindo pesquisa, projeto, construção, operação, manutenção,
gestão e outras

3.6
análise de consequências
medotologia utilizada para determinação dos potenciais efeitos de um acidente

3.7
falha de causa comum
falhas de diferentes itens decorrentes da mesma causa direta, que ocorrem num período de tempo
relativamente curto, não sendo tais falhas uma consequência da outra

NOTA Os componentes que falham devido a uma mesma causa normalmente falham no mesmo
modo funcional. O termo “modo comum” é, portanto, usado algumas vezes. No entanto, ele
não é considerado um termo preciso para a comunicação de características que descrevem
uma falha de causa comum.

3.8
análise de modos, efeitos e criticidade de falhas (FMECA - “Failure Modes, Effects and
Criticality Analysis”)
método estruturado para identificar potenciais modos de falha, causas, efeitos e criticidades no
desempenho de um sistema, indicando medidas para diminuição da ocorrência de falha e/ou
mitigação de suas consequências; é aplicável a vários níveis de sistemas, tais como: subsistemas,
equipamentos ou componentes nas diversas fases do seu ciclo de vida

NOTA diferença entre FMEA e FMECA é que FMEA não aborda criticidade.

3.9
análise de riscos
técnicas estruturadas através das quais são identificados os perigos e suas respectivas causas e
consequências sobre pessoas, meio ambiente e instalações e geradas recomendações de prevenção
e mitigação, quando necessárias

3.10
análise de risco de tarefa
estudo dos riscos associados com a execução de uma atividade operacional específica que envolve
intervenção humana.

3
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.11
Análise Histórica (AH)
levantamento de informações e dados relativos a ocorrência de eventos indesejados em instalações
ou atividades de interesse

3.12
Análise Markoviana (MA - “Markov Analysis”)
técnica analítica usada para representar e analisar o comportamento de um sistema sujeito a
mudanças de estado discretas ou contínuas durante seu ciclo de vida, com a finalidade de se obter a
sua confiabilidade e/ou disponibilidade

3.13
análise por árvore de eventos (ETA - “Event Tree Analysis”)
técnica utilizada para determinar a evolução de possíveis cenários a partir de um evento iniciador,
podendo ser aplicada qualitativa ou quantitativamente, de modo a quantificar a frequência ou
probabilidade de diferentes consequências

3.14
análise por árvore de falhas (FTA - “Fault Tree Analysis”)
técnica dedutiva estruturada que representa graficamente a associação de portões lógicos para
identificar possíveis combinações de eventos (por exemplo, falhas de equipamentos ou erros
humanos) que levam a um evento principal indesejado, denominado evento topo, permitindo
quantificar frequência ou probabilidade de ocorrência

3.15
análise por diagrama de blocos de confiabilidade (RBD - “Reliability Block Diagram”)
técnica usada para estimar a probabilidade de sucesso de um sistema a partir da combinação lógica
de seus blocos

3.16
Análise Preliminar de Perigos (APP)
técnica indutiva estruturada para identificar perigos decorrentes de falhas de equipamentos ou erros
humanos, bem como suas causas e consequências, sem classificar seus riscos

3.17
Análise Preliminar de Riscos (APR)
técnica indutiva estruturada para identificar perigos decorrentes de falhas de equipamentos ou erros
humanos, bem como suas causas e consequências e classificar qualitativamente seus riscos

3.18
Análise Quantitativa de Riscos (AQR)
técnica empregada para quantificar os riscos a partir da combinação de resultados de análises de
frequência ou probabilidade de ocorrência e correspondentes consequências

3.19
avaliação de riscos
processo de comparar os resultados de análise de riscos com critério pré-estabelecido de tolerabilidade de
riscos

4
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.20
BLEVE - “Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion”
ver 3.49 - Explosão por Expansão de Vapor Resultante de Líquido em Ebulição (BLEVE - “Boiling
Liquid Expanding Vapor Explosion”)

3.21
bola de fogo
incêndio que se verifica quando o volume de gás ou vapor inflamável, inicialmente comprimido num
recipiente, escapa repentinamente para a atmosfera e entra em ignição devido à despressurização,
forma um volume esférico de gás ou vapor, cuja superfície externa queima, gerando carga térmica
elevadíssima que, ao alcançar o solo, reflete o calor gerado acelerando a velocidade de queima
enquanto a massa inteira eleva-se por efeito da redução da densidade provocada pelo
superaquecimento

3.22
camada de proteção (“layer of protection”)
recurso especificamente adotado, projetado ou elaborado para reduzir o risco associado a um ou
mais cenários indesejáveis

NOTA 1 O recurso adotado pode ser uma técnica de engenharia de processo tal como
dimensionamento de vaso contendo produto perigoso, um equipamento mecânico tal como
válvula de segurança, uma Função Instrumentada de Segurança ou mesmo um
procedimento administrativo tal como plano de emergência para situações de perigo
iminente.
NOTA 2 Uma camada de proteção pode ser preventiva, quando visa reduzir a frequência esperada
de ocorrência do evento perigoso, ou mitigadora, quando visa reduzir a severidade do dano
associado ao evento perigoso.
NOTA 3 Uma camada de proteção pode ser passiva (quando não necessita executar uma ação para
cumprir a sua função de proteção) ou ativa (quando necessita mudar de um determinado
estado a outro em resposta a uma mudança na propriedade mensurável do processo em
questão). Neste caso, sua atuação pode ser automática ou iniciada por ação humana.

3.23
causa de falha / causa raiz
circunstâncias associadas ao projeto, fabricação, instalação, uso e manutenção que conduzem a uma
falha

3.24
cenário acidental
sequência específica de eventos não intencionais que tenham consequências indesejáveis (ISO
14224)

3.25
ciclo de vida
conjunto das etapas de um empreendimento, instalação, produto, serviço ou operação, desde o
planejamento e concepção até a desativação, disposição final ou encerramento

3.26
confiabilidade
capacidade de um item para desempenhar com sucesso suas funções específicas, durante um
determinado período de tempo, dentro de condições especificadas de utilização e operação

NOTA 1 O termo “confiabilidade” também é usado como uma medida do desempenho de


confiabilidade.

5
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

NOTA 2 O termo “confiabilidade” também pode ser definido como uma probabilidade.

3.27
consequência
manifestação de como o cenário acidental pode impactar recursos humanos, ambientais e/ou
materiais, expressa sob forma de danos à saúde, impactos ao meio ambiente, perda econômica e/ou
prejuízos à imagem da Companhia
[ISO 31010]

NOTA 1 Um evento pode levar a uma série de consequências.


NOTA 2 As consequências podem ser expressas qualitativa ou quantitativamente.
NOTA 3 As consequências iniciais podem desencadear reações em cadeia.

3.28
critério de tolerabilidade de riscos
critério baseado em análise técnica e nos valores correntes da sociedade segundo o qual o risco em
um dado contexto é avaliado

NOTA As comunidades técnicas possuem conhecimentos específicos dos riscos afins às suas
áreas de abrangência. Em um novo projeto, por exemplo, um risco é tido como tolerável a
partir de avaliação e indicação de que se encontra em níveis menores ou no máximo
equivalentes ao risco de alternativas em uso, aceitas pela comunidade técnica
correspondente e pela sociedade, bem como, não há restrições de ordem legal.
Normalmente, tais restrições se relacionam aos riscos de Segurança Pessoal e/ou Meio
Ambiente.

3.29
curva de iso-risco
lugar geométrico definido por uma curva que estabelece os limites de cada patamar de risco
individual que uma malha discretizada no entorno de uma instalação industrial está exposta quando
da ocorrência de acidentes. Normalmente, a curva é obtida como resultado de uma simulação
numérica e desenhada sobreposta à planta de locação que contemple a instalação e os recursos
vulneráveis existentes no entorno dessa instalação

3.30
deflagração
propagação de uma reação química na qual, limitada pelo transporte molecular e turbulento, a frente
de propagação avança a uma velocidade sub-sônica na direção da massa que ainda não reagiu,
resultando numa sobre-pressão tipicamente menor que duas atmosferas

3.31
demanda
solicitação da ativação de uma função

3.32
detonação
propagação de uma reação química na qual, limitada apenas pela taxa de reação, a frente de
propagação avança a uma velocidade sônica, na direção da massa que ainda não reagiu, resultando
numa sobre-pressão muito maior que poderia resultar de uma deflagração

3.33
diagrama de causa e efeito
também conhecida como “espinha de peixe”, é uma ferramenta gráfica que permite estruturar as
causas potenciais de determinado problema ou oportunidade de melhoria

6
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.34
disponibilidade
capacidade de um item estar em condição de desempenhar uma função requerida, sob determinadas
condições, num dado instante ou durante um determinado intervalo de tempo, considerando que os
recursos externos necessários estejam fornecidos (ISO 14224)

3.35
e se? (“what if?”)
técnica indutiva para identificar perigos utilizando o processo de “brainstorm”, gerando perguntas
sobre possíveis eventos indesejáveis ou combinações de situações passíveis de ocorrer em uma
instalação ou equipamento

3.36
efeito “dominó” (escalation)
o efeito dominó, efeito em cascata ou efeito em cadeia sugere a ocorrência de um ou mais acidentes
que tiveram como evento iniciador um outro acidente

3.37
efeito físico
efeito caracterizado por radiação térmica, sobrepressão, e/ou concentração perigosa, o qual é
passível de resultar de evento acidental

3.38
erro humano
qualquer ação humana (ou falta da mesma) que exceda as tolerâncias definidas pelo sistema com o
qual o ser humano interage

3.39
escalonamento (escalation)
ver 3.36 - efeito dominó

3.40
estado de falha (fault)
estado de um item caracterizado pela incapacidade de desempenhar uma função requerida,
excluindo tal incapacidade durante a manutenção preventiva ou outras ações planejadas, ou pela
falta de recursos externos

3.41
estudo de perigos e operabilidade (HAZOP - “Hazard and Operability Study”)
técnica indutiva e estruturada para identificar perigos de processo e potenciais problemas de
operação associando, de forma sistemática, um conjunto de palavras-guias às variáveis de processo;
para cada desvio identificado são relacionadas suas causas, consequências, modos de detecção e
salvaguardas existentes, recomendando medidas adicionais quando necessário

3.42
ETA - “Event Tree Analysis”
ver 3.13 - análise por árvore de eventos (ETA - “Event Tree Analysis”)

7
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.43
evento catastrófico
evento cuja ocorrência gera consequências de grande magnitude impactando pessoas instalações,
meio ambiente e/ou imagem, dentro e fora dos limites de propriedade de uma instalação industrial

3.44
evento iniciador
evento decorrente de desvio na atuação de componente ou sistema que pode desencadear um
cenário indesejável

3.45
evento intermediário
evento que propaga ou mitiga o evento iniciador durante uma sequência de eventos

3.46
evento topo
evento indesejado correspondente ao topo de uma Árvore de Falhas, o qual é analisado de forma
dedutiva através da utilização de portões lógicos que combinam eventos intermediários até que as
falhas mais básicas sejam consideradas, visando a determinação da frequência ou probabilidade do
evento topo

3.47
explosão
liberação de energia sob a forma de onda de pressão. As explosões podem ser do tipo físico ou
químico. As explosões do tipo químico podem ser detonações ou deflagrações; explosões físicas
ocorrem quando um recipiente é submetido a uma pressão interna superior ao seu limite de ruptura

3.48
explosão de nuvem de vapor
evento que pode ocorrer como consequência da ignição de uma massa de gás inflamável ou líquido
volátil inflamável, produzindo efeitos de sobrepressão devido à aceleração da frente de chama na
mistura, a qual é provocada pela influência de obstáculos físicos na frente de propagação

3.49
explosão por expansão de vapor resultante de líquido em ebulição (BLEVE - “Boiling Liquid
Expanding Vapor Explosion”)
explosão decorrente da liberação brusca para a atmosfera de uma grande massa de material
inflamável em ebulição, a qual se encontra sob a forma líquida por ação de pressurização; ao ser
liberada, essa massa se expande de forma intensa criando uma grande mistura inflamável, cuja
ignição gera uma “Bola de Fogo”

3.50
falha (“failure”)
perda da capacidade de um item de desempenhar uma função requerida (ISO 14224)

NOTA “Falha” é um evento que difere de um estado. Ver 3.39

3.50.1
falha crítica
falha de um equipamento que causa o fim imediato da capacidade de desempenhar uma função
requerida

8
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.50.2
falha degradada
falha que não interrompe a(s) função(ões) fundamental(ais), mas compromete uma ou mais funções

3.50.3
falha não crítica
falha de uma unidade de equipamento que não causa o término imediato da capacidade de
desempenhar sua função requerida

NOTA Falhas não críticas podem ser categorizadas como “degradadas” ou “incipientes”.

3.50.4
falha incipiente
imperfeição no estado ou condição de um item que pode resultar numa falha degradada ou crítica se
não for tomada nenhuma ação corretiva

3.50.5
falha de causa comum (CCF - “Commom Cause Failure”)
falhas de diferentes itens decorrentes da mesma causa direta, que ocorrem num período de tempo
relativamente curto, não sendo tais falhas uma consequência da outra (ISO 14224)

NOTA Os componentes que falham devido a uma mesma causa normalmente falham no mesmo
modo funcional. Assim, algumas vezes é utilizado o termo “falha de modo comum”, apesar
de não ser considerado um termo preciso para a comunicação de características que
descrevem uma falha de causa comum.

3.50.6
falha sob demanda (falha na demanda)
falha que ocorre imediatamente quando um item é solicitado a atuar [por exemplo: equipamentos de
emergência em estado de prontidão (“stand-by”)]

3.50.7
falha oculta
falha que não é imediatamente evidente para o pessoal de operação e manutenção (ISO 14224)

NOTA Uma falha oculta só é percebida quando a função é demandada ou testada.

3.51
falta (“fault”)
ver 3.40

3.52
FMEA - “Failure Modes and Effects Analysis”
ver 3.8

3.53
FMECA - “Failure Modes, Effects and Criticality Analysis”)
Ver 3.8

9
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.54
frequência de falhas
número de eventos de falhas ocorridos, dividido pelo tempo “calendário” ou tempo de operação no
qual ocorrem tais eventos ou pelo número total de demandas, segundo sua aplicação

3.55
FTA - “Fault Tree Analysis”
ver 3.14

3.56
HAZID - “Hazard Identification”
Técnica de identificação prévia de ameaças potenciais que podem resultar em danos a pessoas,
instalações ou meio ambiente através do uso de palavras-guia (ISO 17776)

NOTA HAZID pode também ser interpretado como qualquer técnica qualitativa de identificação de
perigos, por exemplo, FMEA, APP, HAZOP etc.

3.57
HAZOP- “Hazard and Operability Study”
ver 3.41

3.58
hipótese acidental
Tipo de ocorrência identificada na análise de risco e que, aplicada na instalação/atividade, gera
cenário acidental

3.59
HRA - “Human Reliability Analysis”
ver 3.5 - análise de confiabilidade humana (HRA - “Human Reliability Analysis”)

3.60
impacto da falha
impacto de uma falha sobre uma ou mais funções de um equipamento ou sobre a planta

3.61
incêndio em nuvem (“flash-fire”)
combustão de uma mistura de vapor inflamável e ar, na qual a frente de chama se propaga a uma
velocidade menor que a do som, gerando consequências desprezíveis de sobrepressão; os efeitos de
radiação térmica são expressivos somente no que se refere a presença de pessoas no interior da
nuvem, onde a probabilidade de fatalidade é 100 %

3.62
incêndio em poça (“pool fire”)
fenômeno que ocorre quando há a combustão do produto evaporado da camada de líquido inflamável
junto à base do fogo

3.63
inspeção baseada em risco (RBI - “Risk Based Inspection”)
Processo de avaliação e gerenciamento de risco focado em perda de contenção de equipamentos e
sistemas pressurizados em instalações industriais, visando a priorização da inspeção dos mesmos

10
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.64
item
qualquer parte, componente, dispositivo, subsistema, unidade funcional, equipamento ou sistema que
possa ser considerado individualmente

3.65
jato de fogo (“jet fire”)
incêndio em forma de jato resultante da ignição imediata de um vazamento de um líquido e/ou gás
inflamável pressurizado

NOTA Também chamado incêndio em tocha.

3.66
limite inferior de inflamabilidade
menor concentração de um vapor ou gás inflamável na mistura com o ar, expresso em porcentagem
por volume, abaixo da qual a mistura gás-ar é pobre, não permitindo a propagação da combustão

3.67
limite superior de inflamabilidade
maior concentração de um vapor ou gás inflamável na mistura com o ar, expresso em porcentagem
por volume, acima da qual a mistura gás-ar é rica, não permitindo a propagação da combustão

3.68
lista de verificação (“checklist”)
documento que contém uma relação de itens a serem checados, monitorados e testados a fim de
identificar eventuais não conformidades

3.69
LOPA - “Layer of Protection Analysis”
ver 3.4

3.70
MA - “Markov Analysis”
ver 3.12

3.71
mantenabilidade
capacidade de um item, sob determinadas condições de uso, de ser mantido ou restaurado para um
estado em que possa desempenhar uma função requerida, quando a manutenção é realizada sob
condições especificadas e usando os procedimentos e recursos estabelecidos

3.72
Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC) (RCM - “Reliability Centred Maintenance”)
Método para planejar a manutenção baseado na identificação e análise dos modos de falhas, visando
atingir a disponibilidade, operação econômica e segurança requeridas de forma eficiente e eficaz

3.73
mecanismo de falha
processo físico, químico ou outro que conduz a uma falha

11
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.74
modelo de vulnerabilidade
modelo matemático que permite a estimativa do percentual de recursos humanos e/ou materiais que
podem ser impactados em função da exposição a efeitos físicos

3.75
modelo para cálculo de efeito físico
modelo matemático que permite avaliar intensidades de radiação térmica, sobrepressão ou
concentração perigosa, decorrentes da liberação acidental de inventário de material de processo

3.76
modo de falha
o efeito pelo qual uma falha é observada no item que falhou

3.77
MTBF - “Mean Time Between Failures”
ver 3.96

3.78
MTTF - “Mean Time to Failure”
ver 3.97

3.79
MTTR - “Mean Time to Repair”
ver 3.98

3.80
perigo
condição ou propriedade inerente a uma substância, a uma atividade, a um sistema ou a um
processo, com potencial para causar danos à integridade física das pessoas, meio ambiente,
patrimônio ou perda de produção

3.81
RAM - “Reliability Availability and Maintenabilty”
ver 3.3

3.82
RBI - “Risk Based Inspection”
ver 3.63

3.83
RCM - “Reliability Centered Maintenance”
ver 3.72

3.84
RDB - “Reliability Diagram Block”
ver 3.15

12
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.85
risco
combinação da probabilidade ou frequência esperada de ocorrência de um cenário com a severidade
da consequência do mesmo

3.86
risco individual
Risco ao qual um indivíduo em um determinado ponto da instalação está exposto durante um periodo
de tempo definido (ISO 17776)

3.87
risco social
risco aplicado a um grupo de pessoas expostas (intra e extra muros) aos danos decorrentes de
cenários acidentais

3.88
redundância
existência, em um item, de mais de um meio de desempenhar uma função requerida

3.89
salvaguarda
qualquer dispositivo, sistema ou ação capaz de interromper a cadeia de eventos que ocorre a partir
de um evento iniciador, reduzindo a probabilidade de ocorrência do cenário indesejável ou reduzindo
a severidade de suas consequências

3.90
salvaguarda preventiva
qualquer dispositivo, sistema ou ação capaz de interromper a cadeia de eventos que ocorre a partir
de um evento iniciador (causa do desvio), reduzindo a probabilidade de ocorrência do cenário
indesejável (distúrbio operacional, perda de contenção, acidente)

3.91
salvaguarda mitigadora
qualquer dispositivo, sistema ou ação capaz de reduzir a severidade das consequências do cenário
indesejável

3.92
taxa de acidentes fatais (FAR - “Fatal Accident Rate”)
medida do número esperado ou observado de fatalidades a cada 108 horas de exposição ao risco

3.93
taxa de falha
relação entre o número de falhas que ocorreram em um item e o total de unidade de medida de vida
(ciclos, tempo, km) nos quais as falhas ocorreram

3.94
taxa de reparo
parâmetro de confiabilidade que permite a avaliação da probabilidade de que o item seja reparado
dentro de certo período depois de sua falha; é a relação entre o número de reparos que ocorreram
em um item pelo tempo total gasto para estes reparos

13
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

3.95
taxonomia
classificação sistemática de itens dentro de grupos genéricos com base em fatores possivelmente
comuns a vários itens

3.96
tempo médio entre falhas (MTBF - “Mean Time Between Failures”)
tempo médio entre duas falhas consecutivas de um item

3.97
tempo médio até a falha (MTTF - “Mean Time To Failure”)
tempo médio até a falha de um item

3.98
tempo médio de reparo (MTTR - “Mean Time To Repair”)
tempo médio para que um item seja reparado

3.99
what if?
ver 3.35

14
-PÚBLICO-

N-2784 REV. B 08 / 2015

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Atualização de definições

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Atualização de definições

IR 1/1

Você também pode gostar