Rondonópolis/MT
2019/1
PARTE I. PRIMEIRO CONTATO COM A TAREFA
1. Expectativas Iniciais
Tornar-se terapeuta profissional, gera no jovem estudante conflitos e
expectativas. Com o decorrer da formação, muitas dessas expectativas vão se
modificando, conforme o mesmo vai adquirindo experiência. Embora cada um tenha
a sua subjetividade, é comum que terapeutas e estudantes da área compartilhem das
mesma motivações e expectativas, como por exemplo, a preocupação pelo bem estar
das pessoas e o desejo de melhora a sua qualidade de vida.
Confusões
4. A Entrevista Inicial
Não é possível oferecer uma orientação completa que englobe todas as
diferentes e possíveis situações que possam ser encontradas numa entrevista. Cada
novo cliente, irá apresentar novos desafios e cada nova situações de entrevista deve
ser encarada com flexibilidade. Apesar de que cada entrevista solicitar um curso de
ação ligeiramente diferente, há algumas sugestões gerais sobre a entrevista inicial
que são uteis aos principiantes.
Término da entrevista
Ao fim da sessão, é útil fazer um resumo das preocupações expressas pelo
cliente e verificar se isso coincide com as preocupações do cliente. O terapeuta deve
especificar o próximo passo da coleta de informações, como uma entrevista adicional
ou uma sessão de feedback. Assim, o cliente terá uma melhor sensação de
fechamento se lhe é dada a oportunidade de corrigir quaisquer dados ou formular
perguntas que desejar.
Erros comuns
Um erro comum para iniciantes, é tornarem-se abertamente preocupados com
a coleta de informações e negligenciam os problemas do paciente, ou mostram-se
demasiadamente preocupados com os sentimentos dos clientes, e assim, terminam a
entrevista com poucas informações ou nenhuma.
Dificuldade em saber se exploram uma determinada área de modo
suficientemente detalhado, também é comum. Outro erro é de pressupor que
compreendem o que o cliente está dizendo sem comprovar cuidadosamente tais
suposições.
Os terapeutas não estão automaticamente preparados para discutir tópicos tais
como sexo, raiva, alucinações, suicídio e homossexualidade. São necessários
esforços e práticas para lidarem com tranquilidade com tais áreas. Mas para isso serve
o processo de aprendizagem, onde o estudante irá modelar o seu agir.
PARTE III. O PROCESSO PSICOTERAPÊUTICO
10. O cliente em crise
Quando o cliente está em crise, geralmente é um período de crise para o
terapeuta iniciante, sendo comum os sentimentos de ansiedade, confusão e
incertezas.
É importante ter em mente que o que define uma crise não é o evento que a
instiga, mas a inabilidade do cliente para enfrentar uma situação. As crises geralmente
são causadas por uma situação catastrófica, como a morte de um membro da família,
um divórcio ou a perda de um emprego. Como regra geral, um paciente em crise se
apresenta transtornado e um tanto confuso, com um julgamento deteriorado.
Usando a crise para favorecer a terapia: existe uma potencialidade nas crises
para mudanças rápidas e significativas na vida do cliente. As crises são ocasiões para
decisão e mudança.
O que fazer quando você não concorda com a terminação: não deve insistir
fortemente em influenciar a decisão do cliente, se este estiver firmemente decidido a
desistir, a não ser que creia que se trata de um erro que ameaça seriamente o
funcionamento normal do cliente.
Transferência por motivos pessoais: tanto para o cliente como para o terapeuta,
as transferências por motivos pessoais, são mais difíceis. A situação obriga ambos, a
dirigir-se perguntas sobre sua capacidade para se relacionar com outras pessoas.