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Psicoterapia Infantil

Texto adapatado: GONÇALVES, S. Construção de uma cartilha informativa sobre Psicoterapia


Infantil. 2009. 40f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)- Universidade do Vale do Itajaí,
2009.

Conceitos e Objetivos da Psicoterapia Infantil

A psicoterapia com crianças pode ser definida como uma intervenção que objetiva
interceder sobre problemas diversos, que causam estresse emocional, interferem no cotidiano da
criança, dificultando o desenvolvimento das habilidades adaptativas e/ou ameaçam o bem-estar da
criança e dos outros à sua volta. serem os mesmos da psicoterapia
com adultos grau de desenvolvimento
diversos dos adultos (KERNBERG, 1999).
Frequ a
- - a
finalidade real da psicoterapia p para seu autoconhecimento, explorando
seus potenciais (MELLO, 2006, p. 36).

em psicoterapia infantil

infantil pode acontecer de modo individual, ou em pequenos grupos


devem ser
cuidadosamente selecionadas e agrupadas,
o harmoniosa de pacientes (GINOTT, 1979).
Axline (1972) aponta alguns princípios que guiam o terapeuta nos contatos com seus
pacientes infantis:
1. O terapeuta deve desenvolver um amistoso a, de forma que logo se
a o “rapport”
.
de permissividade no relacionamento,
se sinta completamente livre para expressar seus sentimentos.
4. expressando e
para refleti-los para ela, de tal forma que ela adquira conhecimento sobre seu comportamento.
5.
-

6. gradativo e assim deve ser


reconhecido por ele.

Atualmente diversas abordagens trabalham com a psicoterapia infantil, dentre elas:


Psicotera tica, Psicoterapia Breve, Cognitiva, Cognitivo- Comportamental,
Analítico- Comportamental, Gestalt-Terapia, dentre outras.

Etapas da psicoterapia infantil

lia, tendo a oportunidade de conhecer aspectos gerais do cliente


. Considera-se que a psicoterapia pode ser dividida em s
es
que irão acontecendo no decorrer da terapia.

 cio
-
a respeito da do cliente a, nos
quais podem ser utilizados recursos lúdicos,
fala simbolicamente, e que sua maneira de atuar durante esta atividade pode ser reveladora
quanto as queixas que apresenta (EFRON et al., 1981, apud CALDERARO e CARVALHO, 2005).
geralmente, de cerca de
cinco (5) encontros, no total. Em seguida, volta-se a conversar com os pais para dar-lhes uma
devolutiva, para que possam ter um entendimento do funcionamento e da(s) queixa(s)
se constatada
uma real necessidade, o cliente o a psicoterapia.
a ser “trazida”
o motivo
de sua ida o
terapeuta deve esclarecer-lhe, de modo que possa compreender, o(s) motivo(s) e objetivo(s) de estar
sendo avaliada ou iniciando uma terapia, bem como os motivos dos pais terem procurado o
terapeuta (BERNHOLDT, 1989).

feitas, pel a, ao terapeuta (BERNHOLDT, 1989).


i-se um vínc de trabalho. E nesta fase, vai
iniciando revelações sobre
que escolhe (ZAVASCHI et al., 2005 apud CASTRO, CAMPEZATTO e SARAIVA,
2009). Coppolillo (1990) destaca importantes conquistas nesta primeira fase:
passando a
compreender que
es e/ou castigos.

mostra-se disposta a uma conversa, talvez em

indo bem e que juntamente com o


terapeuta pode buscar meios de melhorar.
Esta fase pode ter u variada. O
aliando-se ao terapeuta na tarefa de identificar e
elaborar conflitos (ZAVASCHI et al., 2005 apud CASTRO, CAMPEZATTO e SARAIVA, 2009).

 Fase intermedi

,
ser (CASTRO,
CAMPEZATTO e SARAIVA, 2009).
Procura-se reconhecer e analisar padrões de comportamento que dificultam seu
desenvolvimento importante
nesta e em todas as fases, seja familiar e evocativa ao paciente (CASTRO,
CAMPEZATTO e SARAIVA, 2009).
o investigadas, o terapeuta deve comunicá-las
vel, para o cliente (COPPOLILLO, 1990).
o forn
- pensar na possibilidade de orient -

e os comportamentos dos pais (KERNBERG, 1999).

entre terapeuta e cliente, inicia a fase final da terapia.


futuros na vida da cri


que ainda merecem alguma ” (LUZ, 2005 apud
CASTRO, CAMPEZATTO e SARAIVA, 2009, p. 110).
Segundo Castro (1989), as normas para conclu de psicoterapias infantis
-
utilizada e a .
que a proposta e seus pai

rminos prematuros (COPPOLILLO, 1990).


de t -
por
exemplo.
para de
psicoterapia infantil, observando o ajustament
realidade, etapa de desenvolvimento atingido
mais significativas), com o
terapeuta (relação terapêutica estabelecida).

O papel dos pais na psicoterapia infantil

A depen aos
-
com os cuidadores a fim de que sejam auxiliados a comp
mica
familiar (FURTADO e MARQUES, 2009).
A psi
ou aconselhamento, embora frequ
(AXLINE, 1972).

disto, podem precisar da ajuda do


psicotera no
lia
(SANDLER, 1982).

Referências

AXLINE, V.M. Ludoterapia: a dinâmica interior da criança. Belo Horizonte: Interlivros, 1972.

BORNHHOLDT, I. O início do tratamento psicoterápico de crianças. In: DUARTE, I;


BORNHHOLDT, I.; CASTRO, M.G.K. A prática da psicoterapia infantil. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1989.
CASTRO, L.K.; CAMPEZARRO, P.M. e SARAIVA, L.A. Etapas da psicoterapia com crianças.
In: DUARTE, I; BORNHHOLDT, I.; CASTRO, M.G.K. A prática da psicoterapia infantil. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1989.

COPPOLILLO, H. Psicoterapia psicodinâmica de crianças: uma introdução à teoria e às técnicas.


Porto Alegre: Artmed, 1990.

FURTADO, H.M.R.; MARQUES, N.M. Psicoterapia breve de orientação analítica na infância e na


adolescência. In: CASTRO, M.G.K.; STURMER, A. Crianças e adolescente em psicoterapia.
Porto Alegre: Artmed, 2009.

GINOTT, H.G. Psicoterapia de Grupo com crianças. 2 ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1979.

KERNBERG, P.F. Psiquiatria Infantil: tratamento psiquiátrico. In: KAPLAN, H.I.; SADOCK, B.J.
Tratado de Psiquiatria. 6 ed. V.3. Porto Alegre: Artmed, 1999.

MELLO, M.C.P.S. A técnica e a linguagem do brincar. São Paulo: Duetto Editorial, 2006.

SANDLER, J. Técnicas da psicanálise infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1982.

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