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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ – UNIC

FACULDADE DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO II

ATIVIDADE DISCURSIVA

Trabalho apresentado ao curso de Psicologia,


7º semestre noturno, na Disciplina de
Psicologia Organizacional e do Trabalho II,
como requisito para atender a Atividade
Discursiva.

Acadêmica: Maria Elizangela Góes dos


Santos

Cuiabá/MT
2022/02
ATIVIDADE DISCURSIVA
A entrevista de avaliação tem como “[...] objetivo essencial iniciar um
diálogo entre que ajude o funcionário a aprimorar seu desempenho,
fazendo com que seja um participante ativo na discussão. Tal
participação está fortemente relacionada com a satisfação do funcionário
com o feedback da avaliação” (BOHLANDER; SNELL, 2015, p. 366).

Ser avaliado geralmente preocupa. Isto porque desde pequenos, somos


avaliados por nossos pais e familiares no ambiente familiar e
posteriormente, na escola, por nossos professores. Porém, a palavra
“avaliação” parece ter uma conotação negativa, carregando o estigma de
bronca ou critica destrutiva. Para desmistificar este conceito carregado
de representações negativas, podemos lançar mão de definições sobre as
críticas construtivas e destrutivas.

Assim, com base nesta informação, simule um diálogo de uma situação


de feedback entre um gestor e um colaborador, utilizando os dois tipos de
críticas: construtiva e destrutiva, pontuando os possíveis resultados de
cada uma.

RESPOSTA:

De acordo com Cintra (2018) a entrevista de avaliação apresenta um


grande desafio e uma das hipóteses traz à tona um elemento cultural, que em
nosso meio, diz respeito à compreensão sobre o significado e a importância de
se fazer críticas.
As críticas podem ser positivas (quando objetiva reforçar um
comportamento ou atitude, que é considerado adequado) ou negativas (quando
objetiva a mudança de comportamento ou atitude, que é considerado
inadequado).
A crítica construtiva significa redirecionar e contribuir na
correção de comportamentos inadequados, bem como
cumprimentar alguém por apresentar comportamentos
adequados (CINTRA E OZAKI, 2010, p. 68).
Já em relação a crítica destrutiva, os autores ressaltam:
Fazer uma crítica destrutiva significa apontar erros,
buscar culpados e desqualificar pessoas. Ou ainda,
salientar os equívocos e desempenhos ruins e não
reconhecer os acertos nem fazer elogios aos
comportamentos adequados (CINTRA E OZAKI, 2010, p.
68).

Neste contexto, é possível verificar que elaborar e receber críticas fazem


parte de uma ação que demanda cuidado e responsabilidade, para preservar,
fortalecer e manter relações, além de promover a aceitação das críticas e o
desenvolvimento do outro.
Como exemplo, vamos apresentar um feedback entre um gestor e um
colaborador:
Crítica destrutiva: “Você está sempre atrasado. Algumas pessoas em
seu departamento acham que você é preguiçoso”.
Possível reação do colaborador: “Eu não sou preguiçoso. Se você
pensa isso, não me entende nem um pouco”.
Resultado: esse tipo de crítica, pouco clara e insinuando acusações,
pode provocar emoções negativas e exigir que ele se defenda.
Crítica construtiva: “eu percebo que você tem mantido um bom
relacionamento com seus colegas, frequentemente troca informações
importantes com eles, o que facilita o trabalho da equipe. Isso é muito
importante e precisamos que continue assim. Por outro lado, você chegou
atrasado em dez dias no último mês. Por conta disso, está perdendo clientes-
chave, pois não está presente quando eles o procuram. Como você percebe
essa situação? ”.
Possível reação do colaborador: “eu não sabia que tinha sido tudo
isso! Eu estou sempre atrás dos meus principais clientes, mas tenho tido
dificuldade em conseguir que me atendam depois, deve ser por isso! Desculpe-
me, estou tendo problemas com o transporte”.
Resultado: esse tipo de crítica abre espaço para que o colaborador
entenda o seu comportamento e suas consequências, além de oferecer uma
oportunidade para que o gestor entenda as causas.

REFERÊNCIA:
CINTRA, Josiane Costa. Psicologia Organizacional e do Trabalho II. Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018.

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