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N-2073 REV. D 09 / 2014

Inspeção e Manutenção de Mangotes


Marítimos

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 05 CONTEC - Subcomissão Autora.

Instalações e Operações As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Marítimas Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 19 páginas, Índice de Revisões e GT


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1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece os procedimentos para a inspeção e manutenção de mangotes marítimos
(flutuantes e submarinos), utilizados em terminais oceânicos.

1.2 Esta Norma não se aplica a tubulações flexíveis não flangeadas e mangotes de píeres.

1.3 Esta Norma se aplica à inspeção e manutenção de mangotes marítimos, a partir da data de sua
edição.

1.4 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

Materiais de Ancoragem e Alívio - Programa de Engenharia de Padronização de Materiais -


Edição 3.0 Jan/ 2014;

ABENDE NA-003 Qualificação e Certificação de Pessoal em Ensaios Não Destrutivos para


o Setor Subaquático.

PETROBRAS N-2169 - Mangotes Marítimos - Manuseio, Embalagem, Transporte e


Armazenamento;

OCIMF GMPHOM 2009 - Guide to Manufacturing and Purchasing Hoses for Offshore
Moorings 5th Edition.

NOTA Para os mangotes fabricados anteriormente a publicação da GMPHOM 2009, são válidas as
orientações dadas na edição anterior deste Guia.

3 Termos e Definições

Para os propósitos desta Norma são adotados os termos e definições indicadas em 3.1 a 3.6, em
conformidade com Materiais de Ancoragem e Alívio.

3.1
mangote marítimo
mangueira curta, provida de flanges, constituída por material composto, para escoamento de fluidos
entre terminais oceânicos e navios petroleiros. Foram padronizados os seguintes tipos de mangotes
marítimos: mangote catenária, mangote flutuante e mangote submarino

3.2
mangote dupla carcaça
mangote marítimo com uma carcaça adicional (segunda carcaça) independente, projetada para
conter qualquer produto que possa escapar da primeira carcaça como resultado de um vazamento
lento ou falha repentina

3.3
pressão nominal de trabalho
maior pressão de operação a qual o mangote deve ser submetido durante a sua utilização

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3.4
pessoa qualificada
pessoa habilitada por órgão de competência profissional com treinamento formal em inspeção e
manutenção de mangotes e acessórios conduzidos por organizações competentes

NOTA Organização competente pode ser o fabricante de mangotes ou centros de formação


profissional.

4 Condições Gerais

4.1 Para efeito desta Norma são considerados 2 tipos de instalações:

a) terminais oceânicos de carga e descarga de produtos tais como: monoboias e quadros


de boias;
b) terminais oceânicos de produção tais como: monoboias, quadros de boias, quadros de
ancoragem, FPSOs (“Floating Production Storage and Offloading” - Unidade Flutuante
de Produção e Armazenamento de Óleo), FSOs (“Floating Storage and Offloading” -
Unidade Flutuante de Armazenamento de Óleo).

4.2 O inspetor submarino deve receber treinamento do fabricante de mangote e ser submetido a uma
avaliação aplicada por uma empresa de terceira parte.

NOTA A avaliação deve conter requisitos da ABENDE NA-003.

4.3 A inspeção em seco deve ser realizada por pessoa qualificada.

4.4 Para efeito desta Norma, os seguintes danos, podem ser identificados a partir de inspeção visual:

a) abrasão;
b) camada interna danificada;
c) corrosão no flange;
d) corte;
e) dano no flange e nipple;
f) descolamento da camada de flutuação;
g) descolamento da capa;
h) descolamento do tubo interno,
h) dobramento;
i) espiral danificada;
j) ovalização;
k) perda de flutuabilidade;
l) rasgo;
m) separação entre nipple e camada interna;
n) torção,
o) deformação por compressão,
p) danos nos sinalizadores;
q) corrosão em nipple.

NOTA Estes danos estão ilustrados na Tabela A.1 do Anexo A.

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5 Condições Específicas

5.1 Inspeção de Mangotes Flutuantes no Mar - Terminais Aquaviários de Carga e Descarga de


Produtos e Terminais de Produção

5.1.1 As linhas de mangotes para offloading devem ser monitoradas através de inspeções visuais
com periodicidade definida em procedimentos específicos. para cada terminal.

5.1.2 As linhas devem ser inspecionadas visualmente também para os seguintes casos:

a) após a ocorrência de condições adversas de mar (força 7 na escala Beaufort);


b) antes da operação de cada navio, caso não seja possível realizar o ensaio de
estanqueidade.

NOTA Estas inspeções e ensaios realizados pelo pessoal envolvido na operação, antes de cada
offloading, têm como objetivo detectar falhas ou danos ocultos, funcionando assim como
última barreira de segurança antes da operação e por isso não substituem as inspeções
visuais periódicas previstas pelo plano de manutenção do terminal.

5.1.3 O ensaio de estanqueidade quando realizado, deve seguir o seguinte procedimento:

a) aumenta-se a pressão do sistema até a pressão de trabalho;


b) aguarda-se 30 minutos;
c) faz-se a verificação da manutenção da pressão e de todo o sistema quanto a
vazamentos.

5.2 Inspeção de Mangotes Catenária e Submarinos no Mar

5.2.1 Terminais Aquaviários de Carga e Descarga de Produtos

Executar, com auxílio de inspetores visuais submarinos, no prazo máximo de 30 dias:

a) inspeção visual e registro da configuração geométrica da(s) linha(s) de mangotes,


atentando para a ocorrência de quaisquer vestígios de atrito entre a(s) linha(s), as
amarras e outros pontos de interferência do sistema;
b) inspeção visual e registro da forma geométrica dos mangotes, visando detectar
quaisquer deformações;
c) conferência da quantidade e posicionamento dos flutuadores fixados no corpo dos
mangotes;
d) conferência da quantidade dos parafusos de fixação dos flutuadores, reapertando-os ou
substituindo-os, conforme o caso;
e) inspeção visual e ao tato, visando detectar vazamentos, ou quaisquer danos ou avarias
externas nos mangotes;
f) verificação e limpeza dos sinalizadores de vazamento da primeira carcaça.

5.2.2 Terminais Oceânicos de Produção

5.2.2.1 As linhas de mangotes para offloading devem ser monitoradas através de inspeções visuais
com periodicidade específica para cada terminal.

5.2.2.2 As linhas devem ser inspecionadas visualmente também para os seguintes casos:

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a) após a ocorrência de condições adversas de mar (força 7 na escala Beaufort);


b) antes da operação de cada navio, caso não seja possível realizar o ensaio de
estanqueidade.

NOTA Estas inspeções e ensaios realizados pelo pessoal envolvido na operação, antes de cada
offloading, têm como objetivo detectar falhas ou danos ocultos, funcionando assim como
ultima barreira de segurança antes da operação e por isso não substituem as inspeções
visuais periódicas previstas pelo plano de manutenção do terminal.

5.3 Inspeção em Seco

5.3.1 Freqüências de Inspeção e Ensaio

5.3.1.1 Conforme a Tabela 1, os mangotes devem ser retirados de operação para serem submetidos
à Inspeção e Ensaios em seco.

Tabela 1 - Periodicidade de Inspeção e Ensaios de Mangotes em Terra - Critério de Tempo

Terminais aquaviário de carga e Terminais oceânicos de


Tipo de mangote
descarga de produtos (meses) produção (meses)
Meio de linha Extremidades Meio de linha Extremidades
Flutuante simples e dupla 12 a 18
12 a 36 12 a 36 12 a 18
carcaça
Submarino simples e dupla
12 a 36 12 a 36 12 a 36 12 a 18
carcaça
Catenária NA NA 36 a 60 36 a 60

NOTA Considera-se extremidades para terminais oceânicos de produção o rail hose (tanker end), first
off the buoy (buoy end), flutuabilidade controlada e os tail.

5.3.1.2 A contagem do tempo para fins de ensaios inicia-se com a data de ensaio do fabricante, que
deve constar do certificado de fabricação do mangote, inclusive para mangotes que estejam
armazenados.

5.3.1.3 Toda vez que um mangote for testado, deve ser iniciada nova contagem de tempo, de
maneira a permitir a aplicação dos critérios estabelecidos na Tabela 1.

5.3.1.4 Sempre que ocorrerem danos aos mangotes que justifiquem a sua retirada de operação,
estes devem ser trazidos para terra, para serem inspecionados, testados e reparados quando
possível, independentemente da frequência estabelecida em 5.3.1.1.

5.3.1.5 Sempre que ocorrerem golpes de ariete que atinjam entre 1,5 e 2,5 vezes a pressão nominal
de trabalho, os mangotes devem ser trazidos para terra, para serem inspecionados e testados,
independentemente da frequência estabelecida em 5.3.1.1.

5.3.1.6 Sempre que ocorrer tração nos mangotes considerada superior aquela utilizada no padrão
operacional, os mangotes devem ser trazidos para terra, para serem inspecionados e testados,
independentemente da frequência estabelecida em 5.3.1.1.

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5.3.1.7 Quando ocorrer submersão não prevista da linha de mangotes que possa comprometer a
flutuabilidade original do mangote, este deve ser testado de modo a verificar a flutuabilidade
remanescente.

5.3.2 Inspeção Externa

5.3.2.1 Capa Externa

A capa externa deve ser cuidadosamente examinada para detectar áreas onde possam ter ocorrido
avarias do material de reforço ou de flutuação; deve ser verificada ocorrência de cortes, rasgos e
abrasão; trincas ou rachaduras superficiais devidas à exposição prolongada ao sol não são motivos
de reparo;

Se o material de flutuação ou reforço estiver exposto, sem atingir a segunda carcaça, o mangote deve
ser avaliado segundo os critérios das Tabelas do Anexo A, podendo ser retirado de serviço ou
reparado, testado e retornado à operação.

5.3.2.2 Carcaça (Mangote Submarino e Catenária)

Verificar a existência de regiões deformadas, dobradas ou com as espiras de aço danificadas,


evidenciadas por deformação permanente ou por presença de sulcos ou saliências longitudinais. Se
durante os ensaios de pressão, vácuo e dobramento estas áreas se deformarem ou aumentarem de
tamanho o mangote deve ser descartado.

5.3.2.3 Acessórios

As superfícies externas de flanges, seus olhais e sinalizadores devem ser limpos e cuidadosamente
examinados para detectar trincas ou corrosão excessiva. Ocorrendo qualquer um destes defeitos o
mangote deve ser avaliado segundo os critérios de um inspetor visual qualificado, podendo ser
retirado de serviço ou reparado, testado e retornado à operação mediante Certificado de Inspeção e
Ensaio.

5.3.3 Inspeção Interna

O objetivo da inspeção interna é a verificação de ocorrência de bolhas, rasgos, cortes, trincas,


corrosão, descolamentos ou separação do tubo interno da carcaça. Ocorrendo qualquer um destes
defeitos, o mangote deve ser avaliado segundo os critérios das Tabelas do Anexo A, podendo ser
retirado de serviço ou reparado, testado e retornado à operação. Danos menores devem ser
reavaliados durante o ensaio de vácuo.

5.3.4 Ensaio de Pressão

Deve ser realizado após as inspeções externa e interna referentes aos 5.3.2 e 5.3.3. O ensaio de
pressão deve ser executado obedecendo a seguinte sequência de procedimentos:

a) colocar o mangote em local nivelado, apoiando-o sobre roletes ou suportes apropriados,


de modo que fique tão retilíneo quanto possível e que possa alongar-se ou contrair-se
livremente;
b) encher totalmente com água doce, retirando todo o ar, e pressurizar a 0,7 bar;
c) medir o comprimento total entre faces dos flanges (L1), anotando o valor desta medida
no Certificado de Inspeção e Ensaios, no Anexo B;
d) aumentar gradativamente a pressão de 0,7 bar até a metade da pressão de ensaio
(pressão de ensaio igual a 1,5 vezes a pressão de trabalho), durante 5 min, mantendo
esta pressão durante 30 min; reduzir a pressão gradativamente a zero, durante 5 min;

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e) aumentar, gradativamente, a pressão de zero até a pressão de ensaio (pressão de


ensaio igual a 1,5 vezes a pressão de trabalho), durante 5 min, mantendo esta pressão;
f) Medir o comprimento total entre as faces dos flanges (L2), anotando o valor desta
medida no Certificado de Inspeção e Ensaios; deve ser registrado o valor do
alongamento temporário como um percentual do comprimento inicial medido a 0,7 bar;
g) reduzir, gradativamente, a pressão a zero, durante 5 min;
h) aguardar um intervalo mínimo de 15 min e pressurizar novamente a 0,7 bar
durante 5 min;
i) medir o comprimento total entre as faces dos flanges (L3), anotando o valor desta
medida no Certificado de Inspeção e Ensaios; deve ser registrado o valor do
alongamento permanente como um percentual do comprimento inicial medido a 0,7 bar;
j) reduzir, gradativamente, a pressão a zero e drenar o mangote.

5.3.4.1 Os alongamentos devem ser calculados empregando as seguintes fórmulas:

L 2  L1
Alongamento temporário = .100 (em%) (1)
L1
L 3  L1
Alongamento permanente = . 100 em % (2)
L1

Onde:
L1 é o comprimento inicial medido a 0,7 bar, conforme c);
L2 é o comprimento medido à pressão de ensaio, conforme f);
L3 é o comprimento final medido a 0,7 bar, conforme i).

5.3.4.2 Os valores em % dos alongamentos temporário e permanente devem ser registrados,


respectivamente, no Certificado de Inspeção e ensaio de Mangotes Marítimos, no Anexo B.

5.3.4.3 Quando o comprimento total temporário ou permanente, medido durante o ensaio de


pressão, exceder os valores de comprimento total temporário ou permanente medidos no ensaio de
fábrica em 2 %, os mangotes devem ser descartados.

5.3.5 Ensaio de Vácuo

Para a realização do ensaio de vácuo é necessária a utilização de 2 flanges de acrílico transparente,


1 fonte de luz (lanterna ou raios solares) e 1 refletor (espelho), além da bomba de vácuo adequada a
este tipo de serviço. Este ensaio deve ser executado obedecendo a seguinte sequência de
procedimentos:

a) colocar o mangote em local nivelado, apoiando-o sobre roletes ou suportes apropriados,


de modo que fique tão retilíneo quanto possível e que possa alongar-se ou contrair-se
livremente;
b) aplicar vácuo de, pelo menos, 510 milibar, e preferencialmente 680 milibar, por um
período de 10 min;
c) durante a aplicação do vácuo estabelecido em b), observar detalhadamente, com auxílio de
fonte de luz ou de refletor, o comportamento da camada interna de borracha do mangote sob
ensaio; caso seja verificada a formação de bolhas que denotem descolamento da camada
interna ou qualquer dano que venha a comprometer sua integridade, o mangote deve ser
retirado de serviço; danos menores sobre os quais pairem dúvidas em relação a ameaça a
integridade do mangote devem ser avaliados junto aos fabricantes, podendo ser retirado de
serviço ou reparado, testado e retornado à operação.

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5.3.6 Ensaio de Continuidade Elétrica

Para a realização do ensaio de continuidade elétrica é necessária a utilização de 1 medidor de


resistência elétrica (ohmímetro) e 1 extensão de aproximadamente 12 m de condutor isolado de
cobre com 2,50 mm2 de seção. O ensaio de continuidade elétrica deve ser executado obedecendo à
seqüência de procedimentos descrita em 5.3.6.1 a 5.3.6.5.

5.3.6.1 Durante a manutenção da pressão do ensaio, conforme 5.3.4 f), medir a resistência elétrica
existente entre as faces dos flanges, anotando-a no Certificado de Inspeção e Ensaio do Anexo B.

NOTA O ensaio de continuidade elétrica deve ser efetuado com água doce.

5.3.6.2 Durante a manutenção de vácuo, conforme 5.3.5, medir a resistência elétrica entre as faces
dos flanges, anotando-a no Certificado de Inspeção e Ensaio do Anexo B.

5.3.6.3 Após a realização dos ensaios de pressão e de vácuo, conforme 5.3.4 e 5.3.5 desta Norma,
medir a resistência elétrica existente entre as faces dos flanges, anotando-a no Certificado de
Inspeção e Ensaio do Anexo B.

5.3.6.4 Para mangotes eletricamente descontínuos, a resistência entre os niples de extremidade de


cada comprimento da mangote deve ser superior a 25 000 Ohms. Mangotes eletricamente contínuos
devem ter valores inferiores a 25 000 Ohms. Caso os valores não sejam cumpridos o mangote deve
ser descartado.

6 Registro de Resultados

6.1 Os danos constatados devem ser registrados de modo a permitir que seja recomendado o
descarte ou reparo de mangotes que apresentem cortes e rasgos expondo o arame do corpo ou
outros danos que venham a comprometer a operacionalidade do sistema.

6.2 Para cada mangote deve ser mantido uma Ficha Individual do Mangote (ver Tabela C.1) para
registro de todos os eventos ocorridos desde a data de seu recebimento até sua destruição e/ou
descarte. A Tabela B.1 deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) fabricante e número de série;


b) data da inspeção;
c) tipo de mangote e dimensões;
d) inspeção visual;
e) ensaio de pressão, valores encontrados (pressão de ensaio, comprimento de mangote,
alongamento temporário e permanente);
f) ensaio de vácuo (vácuo empregado);
g) ensaio de continuidade elétrica: valores de resistências durante e após os ensaios
pressão e de vácuo;
h) ensaio de curvatura;
i) relatório final com assinaturas pertinentes.

7 Manutenção de Mangotes Marítimos

Os mangotes podem ser reparados em casos específicos com objetivo de reconstituição de suas
características e consequente retorno à operação. Abaixo estão listados os casos mais comuns de
recuperação.

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7.1 Camada Anti Abrasão

Recuperar a camada anti abrasão, normalmente feita de poliuretano, com o mesmo produto ou
equivalente, utilizando um processo de aplicação uniforme deste material em ambiente controlado,
para manter a continuidade da superfície do mangote e de suas propriedades mecânicas.

7.2 Capa Externa

Recuperar a capa externa conforme recomendação do fabricante do mangote. Substituir a capa de


borracha em toda a circunferência do mangote que abranger o dano, proporcionando uma adesão
deste material de forma que atenda as especificações do fabricante.

7.3 Flutuação

Substituir a espuma expandida com célula fechada removendo material de toda a área que abrange o
dano, mais um entorno, cujo desenho envoltório não possua ângulos e o arrancamento disponibilize
uma geometria escalonada (degraus), permitindo a instalação de uma peça de espuma (negativo) de
material equivalente, proporcionando uma adesão deste material que atenda as especificações do
fabricante.

7.4 Segunda Carcaça

Recuperar danos da carcaça, onde as dimensões sejam inferiores aos valores indicados nas Tabelas
A1 e A2, conforme orientação do fabricante.

7.5 Sinalizadores de Vazamento

Substituir os sinalizadores que apresentarem defeitos operacionais.

7.6 Flanges, Nipples e Acessórios

7.6.1 Flanges

Recuperar com solda ou outro processo de recomposição de material os pontos corroídos, reusinar
as faces que não apresentarem ranhuras, realizar tratamento e pintura.

7.6.2 Niples

Realizar tratamento e pintura dos niples, Não se aconselha o reparo de niples, pois o aquecimento
danifica a adesão borracha/niple.

7.6.3 Olhais de Içamento

Realizar inspeção com líquido penetrante, caso haja suspeita de trinca. Recuperar com solda ou
outro processo de recomposição de material os pontos desgastados e corroídos, realizar tratamento e
pintura.

7.7 Primeira Carcaça

É permitido reparo na primeira carcaça desde que não haja dano nas camadas de reforço. Entretanto,
as propriedades da borracha devem ser avaliadas por uma entidade especializada em análise de
mangotes, antes e depois da execução do reparo.

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NOTA A camada de borracha que está acima dos reforços não oferece resistência estrutural ao
mangote. No entanto, o reparo deve ser feito para evitar a propagação da falha para o
restante da estrutura. A camada de reforço normalmente é composta de borracha com
tecido de poliéster, poliamida ou outro polímero. O aparecimento do tecido da camada de
reforço pode ser indicativo de danos.

7.8 Estojos e Porcas

Realizar limpeza e remoção de incrustações, com uso de macho e cossinete, recuperar a rosca.

7.9 Flutuadores

Realizar limpeza removendo todas as incrustações, recuperar danos com o mesmo produto ou
equivalente, substituir parafusos, porcas e tirantes danificados.

8 Linha de Mangotes

8.1 Montagem

8.1.1 Os mangotes devem ser montados conforme a configuração da linha cuidando o


posicionamento dos mangotes diferenciados, como redutores, rail, tail e acessórios carreteis,
flutuadores, breakaway.

8.1.2 Os parafusos estojos devem ser apertados conforme orientação do fabricante.

Figura 1 - Juntas de Papelão Hidráulico

NOTA Deve-se usar junta de papelão hidráulico. Não são aceitas juntas tipo spiroflex, pois cedem
com o tempo.

8.2 Ensaio de Estanqueidade

O ensaio de estanqueidade deve seguir o seguinte procedimento:

a) aumenta-se a pressão do sistema até a pressão de trabalho;


b) aguarda 30 minutos;
c) faz-se a verificação da manutenção da pressão e de todo o sistema quanto a
vazamentos.

8.3 Movimentação e Transporte

Os mangotes devem ser movimentados conforme PETROBRAS N-2169 e o transporte marítimo por
reboque deve ser em velocidade inferior a 5 nós.

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Anexo A - Tabelas

Tabela A.1 - Limites de Uso para Mangotes Tipo Catenária Livre e Submarino

Aceitável para uso Recomendável


Substituição
Dano/avaria (acompanhar substituição ou
imediata
evolução) monitorar
Abrasão

Havendo danos à
Havendo danos que
Até exposição da 2a camada
ultrapassem a 2a
2a camada metálica metálica ou
camada metálica ou
ou sintética sintética, sem
sintética
ultrapassá-la

Corte

Havendo danos à
Havendo danos que
Até exposição da 2a camada
ultrapassem a 2a
2a camada metálica metálica ou
camada metálica ou
ou sintética sintética, sem
sintética
ultrapassá-la

Rasgo

Havendo danos à
Havendo danos que
Até exposição da 2a camada
ultrapassem a 2a
2a camada metálica metálica ou
camada metálica ou
ou sintética sintética, sem
sintética
ultrapassá-la

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Tabela A.1 - Limites de Uso para Mangotes Tipo Catenária Livre e Submarino (Continuação)

Aceitável para uso


Recomendável Substituição
Dano/avaria (acompanhar
substituição imediata
evolução)
Espiral danificada

Qualquer indício da
Sem exposição, espiral de aço
deslocamento ou - exposta, deslocada
quebra sob a capa ou
quebrada

Camada interna

Qualquer indício de
Sem rasgos, cortes
- rasgo, corte ou
ou descolamentos
descolamento

Corrosão no flange (face)

Flange com Flange com


Flange com alvéolos
alvéolos de alvéolos de
de profundidade de
profundidade de profundidade maior
2 mm
3 mm que 3 mm

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Tabela A.1 - Limites de Uso para Mangotes Tipo Catenária Livre e Submarino (Continuação)

Aceitável para uso


Recomendável Substituição
Dano/avaria (acompanhar
substituição imediata
evolução)
Ovalização

Redução do Redução do Redução do


diâmetro interno < diâmetro interno diâmetro interno
10 % entre 10 % e 15 % > 15 %

Dobramento

Qualquer
Sem dobramento -
dobramento

> = 0,9 graus /


Torção < 0,9 graus / metro -
metro

Separação entre nipple e camada interna

0 < f < 2 mm 2 mm < f < 3 mm f > 3 mm


área menor que área igual a área maior que
metade da metade da metade da
circunferência circunferência circunferência
interna interna interna

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Tabela A.2 - Limites de Uso para Mangotes Tipo Flutuante

Aceitável para
Recomendável Substituição
Dano/avaria uso (acompanhar
substituição imediata
evolução)
Descolamento da capa

As áreas estão As áreas


apenas descoladas
-
descoladas, sem contém água no
água no interior interior

Descolamento da camada de flutuação

Capa + flutuação
descoladas do
Capa + flutuação
restante das
descoladas do
camadas e há
Sem descolamento restante das
movimento relativo
camadas em
entre a capa +
alguns pontos
flutuação e os
nipples

Perda de flutuabilidade Até 1/3 do


comprimento do
mangote submerso
Entre 1/3 e 1/2 do
comprimento de
Se ocorrer em 2 1 mangote estiver
mangotes vizinhos submerso. Quando mais de
na linha, 1/2 do
recomendável comprimento de 1
substituição. Para a penúltima e mangote estiver
antepenúltima submerso
seções,
Para a penúltima e substituição
antepenúltima imediata
seções,
recomendável
substituição.

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Tabela A.2 - Limites de Uso para Mangotes Tipo Flutuante (Continuação)

Aceitável para
Recomendável Substituição
Dano/avaria uso (acompanhar
substituição imediata
evolução)
Abrasão

Acima de 7,5 m².


Entre 3,0 m² e
Até 3,0 m² e A camada de
7,5 m² e gerando
expondo a camada flutuação começa
danos a camada
de flutuação a se perder devido
de flutuação
a falta da capa

Corte

Entre 1 m e 2 m de
Acima de 2 m de
Até 1 m de comprimento ou
comprimento e
comprimento e circunferencial
atravessando toda
sem atravessar completo, e
a camada de
totalmente a atravessando toda
flutuação, ou se
camada de a camada de
houver danos às
flutuação flutuação, sem
carcaças
danos às carcaças

Rasgo

Entre 2 m² e 5 m²
e atravessando Acima de 5 m² e
Até 2 m² e sem totalmente a atravessando toda
atravessar a camada de a camada de
camada de flutuação em flutuação, ou se
flutuação alguns pontos, houver danos as
sem danos às carcaças
carcaças

Espiral danificada

Qualquer indício
Sem exposição, da espiral de aço
deslocamento ou - exposta,
quebra deslocada sob a
capa ou quebrada

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Tabela A.2 - Limites de Uso para Mangotes Tipo Flutuante (Continuação)

Aceitável para
Recomendável Substituição
Dano/avaria uso (acompanhar
substituição imediata
evolução)
Camada interna danificada

Qualquer indício
Sem rasgos, cortes
- de rasgo, corte ou
ou descolamentos
descolamento

Corrosão na face do flange

Flange com Flange com Flange com


alvéolos de alvéolos de alvéolos de
profundidade de profundidade de profundidade
1 mm 1,5 mm maior que 1,5 mm

Corrosão em Flange

Flange com
Flange com Flange com alvéolos de
alvéolos de alvéolos de profundidade
profundidade de profundidade de maior que 5 mm
3 mm 5 mm

Corrosão em Niple

Niple com alvéolos


Niple com alvéolos Niple com alvéolos
de profundidade
de profundidade de de profundidade
maior que 4 mm
3 mm de 4 mm

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Tabela A.2 - Limites de Uso para Mangotes Tipo Flutuante (Continuação)

Ovalização

Redução do
Redução do Redução do
diâmetro interno <
diâmetro interno diâmetro interno
10 %
entre 10 % e 15 % > 15 %

Dobramento

Qualquer
Sem dobramento -
dobramento

Separação entre nipple e camada interna

0 < f < 2 mm 2 mm < f < 3 mm f > 3 mm


área menor que área igual à área maior que
metade da metade da metade da
circunferência circunferência circunferência
interna interna interna

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Anexo B - Tabela

Tabela B.1 - Certificado de Inspeção e Ensaio

Certificado de inspeção e ensaio


Dados do mangote
Fabricante: No série: Controle:
Tipo: Dias de mar: No SAP:
Diâmetro nominal: Comprimento nominal:
Inspeção e ensaio
Local: Fábrica Terminal
Data:
L1 (0,7 bar/10 psi - inicial) mm mm
L2 (15 bar/225 psi) mm mm
L3 (0,7 bar/10 psi - final) mm mm
Along. temporário
((L2 - L1)/L1) x 100
Along. permanente
((L3 - L1)/L1) x 100
Hidrostático
Limites
Parecer along. temporário . Máx. 2,5 % Máx. 2,5 %
Parecer along. permanente Máx. 0,7 % Máx. 0,7 %
Parecer Fabrica/campo Máx. 2 %
temporário
Parecer Fabrica/campo Máx. 2 %
permanente
Vácuo de ensaio (milibar) 680 680
Vácuo Anormalidades
PARECER
Durante
Durante vácuo
Elétrico
Continuidade após ensaio
PARECER
Anormalidades
Visual
PARECER

Parecer final

Contratada: Inspetor:
Executante

Instrumentos utilizados Número Fiscalização:


Trena métrica
Manômetro
Controle
Manômetro
Mano-vacuômetro
Multimetro

Os resultados obtidos são válidos até / / , e os ensaios aplicados estão de acordo com os
requisitos da PETROBRAS N-2073.

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Anexo C - Tabela

Tabela C.1 - Ficha Individual de Mangote - Exemplo

Ficha individual de mangote


Código: No de fábrica:
Fabricante: Tipo: Modelo:
Dimensão:
Posição
Dias de
Movimento Data Anterior Atual Descrição Visto
Mar
Recebido conforme NF de
1 23/05/2001 Fábrica Estoque 0
transferência
Entrou em operação na LFS na
2 17/07/2001 Estoque LFS 0
posição 6
3 16/10/2001 LFS Ensaio 91 Retirado para ensaio
Entrou em operação na LFN na
4 11/12/2001 ensaio LFN 91
posição 6
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

1.4 Revisado

2 Revisado

3.2 Incluído

3.3 a 3.6 Renumerados

4.1 e 4.2 Revisados

4.3 Eliminado

5 Incluído

6 Renumerado

6.1.1.2 Alínea c) Revisada

6.1.1.3 Revisado

6.1.1.5 e 6.1.1.6 Incluídos

6.2.1.1 Alínea g) Incluída

6.2.1.2 Revisado

6.2.2.1 Revisado

TABELA 1 Revisada

6.3.2.3 Revisado

6.3.4 Revisado

6.3.5.2 Revisado

7 Renumerado

7.1 Incluído

ANEXO B Incluído

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todo texto foi alterado.

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todo texto foi alterado.

IR 1/1

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