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-PÚBLIC-

N-1857 REV. A 11 / 2012

CONTEC Sistema de Aquecimento por Traço Elétrico


Comissão de Normalização
Técnica resistivo para aplicações Industriais -
Procedimentos de Projeto, Instalação,
SC-06 Inspeção e Manutenção
Eletricidade
1a Emenda

Esta é a 1a Emenda da PETROBRAS N-1857 REV. A, e se destina a modificar o seu texto na(s)
parte(s) indicada(s) a seguir:

NOTA 1 A(s) nova(s) página(s) com a(s) alteração(ões) efetuada(s) está(ão) colocada(s) na(s)
posição(ões) correspondente(s).
NOTA 2 A(s) página(s) emendada(s), com a indicação da data da emenda, está(ão) colocada(s) no
final da norma, em ordem cronológica, e não devem ser utilizada(s).

- Seção 2: (1ª Emenda)

Exclusão da PETROBRAS N-2510.

Exclusões das ABNT NBR 5418, ABNT NBR 6146, ABNT NBR 9518 e ABNT NBR 9883.

Inclusões das ABNT NBR IEC 60079-0, ABNT NBR IEC 60079-7, ABNT NBR IEC 60079-14,
ABNT NBR IEC 60079-17 e ABNT NBR IEC 60529.

Exclusões das BSI BS 6351- Part 1, BSI BS 6351- Part 2 e BSI BS 6351- Part 3.

Exclusões das IEC 60078-0, IEC 60079-7, IEC 60079-14, IEC 60079-17, IEC 60529, IEC 60755,
IEC 60898, IEC 62086 - Part 1, IEC 62086 - Part 2.

Inclusões das IEC 60079-30-1, IEC 60079-30-2, IEC TR 60755 e IEC 60898-1.

- Subseções 4.4.5.5; 4.4.5.6; 4.15 a); 5.1; 5.2: 5.3; 5.4; 5.6 a; 5.9.2; 5.10; 6.4.4: (1ª Emenda)

Alterações dos textos.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 páginas


-PÚBLICO-

N-1857 REV. A 10 / 2004

CONTEC Sistema de Aquecimento por Traço Elétrico


Comissão de Normalização
Técnica Resistivo para Aplicações Industriais -
Procedimentos de Projeto, Instalação,
SC-06 Inspeção e Manutenção
Eletricidade
Revalidação

Revalidada em 01/2011.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS
-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

SISTEMA DE AQUECIMENTO POR TRAÇO


ELÉTRICO RESISTIVO PARA APLICAÇÕES
INDUSTRIAIS - PROCEDIMENTOS DE
PROJETO, INSTALAÇÃO, INSPEÇÃO E
MANUTENÇÃO
Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação
do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve
Comissão de Normas ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnicas Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 06 CONTEC - Subcomissão Autora.

Eletricidade
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 72 páginas, 5 Formulários e Índice de Revisões


-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

SUMÁRIO

PREFÁCIO .............................................................................................................................................................. 6

1 OBJETIVO........................................................................................................................................................... 6

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES............................................................................................................... 7

3 SÍMBOLOS E SIGLAS......................................................................................................................................... 8

4 PROCEDIMENTOS E CRITÉRIOS DE PROJETO ............................................................................................. 8

4.1 CRITÉRIOS GERAIS DE PROJETO..................................................................................................... 8

4.2 DIVISÃO DOS CIRCUITOS DE ACORDO COM A OPERAÇÃO DO PROCESSO ............................ 11

4.3 COMPRIMENTO DOS CABOS DE AQUECIMENTO ......................................................................... 12

4.4 AQUECIMENTO PARA MUDANÇA DE FASE DO PRODUTO .......................................................... 13

4.5 NECESSIDADE DE AQUECIMENTO ADICIONAL ............................................................................. 16

4.6 CONEXÕES EM SÉRIE PARA MANUTENÇÃO ................................................................................. 17

4.7 MATERIAIS AUXILIARES PARA TRANSFERÊNCIA DE CALOR ...................................................... 18

4.8 TUBULAÇÕES NÃO-METÁLICAS ...................................................................................................... 18

4.9 ESPIRALAMENTO DO TRAÇO ELÉTRICO ....................................................................................... 18

4.10 LOCALIZAÇÃO DOS SENSORES DE TEMPERATURA.................................................................. 19

4.11 LIMITES DE TEMPERATURA ALTA................................................................................................. 19

4.12 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E CONTROLE .............................................................................. 20

4.13 SISTEMA ELÉTRICO DE DISTRIBUIÇÃO DE FORÇA .................................................................... 20

4.13.1 FONTE DE ALIMENTAÇÃO DE FORÇA.................................................................................. 22

4.13.2 TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................ 22

4.13.3 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO PARA OS RAMAIS DOS CIRCUITOS DE ALIMENTAÇÃO DOS


ELEMENTOS AQUECEDORES............................................................................................... 22

4.13.4 ATERRAMENTO DO SISTEMA DE TRACEAMENTO ELÉTRICO .......................................... 23

4.13.5 PROTEÇÃO CONTRA CORRENTES DE FUGA À TERRA ..................................................... 23

4.14 TENSÕES DE ALIMENTAÇÃO DO PAINEL DE DISTRIBUIÇÃO E DOS CIRCUITOS


DOS RAMAIS.................................................................................................................................... 24

4.15 COMPONENTES DO SISTEMA DE TRACEAMENTO ELÉTRICO .................................................. 25

4.16 CARGAS AUXILIARES ..................................................................................................................... 25

4.17 NUMERAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS CIRCUITOS...................................................................... 26

5 REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS........................................................... 26

6 PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO, COMISSIONAMENTO E ENSAIOS ................................................... 30

6.1 RECEBIMENTO E ESTOCAGEM ....................................................................................................... 30

6.2 PLANEJAMENTO DA INSTALAÇÃO .................................................................................................. 30

6.3 RECOMENDAÇÕES GERAIS DE INSTALAÇÃO ............................................................................... 31

6.4 INSTALAÇÃO DE ELEMENTOS AQUECEDORES ............................................................................ 32

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N-1857 REV. A OUT / 2004

6.5 REQUISITOS ESPECIAIS DE INSTALAÇÃO EM ÁREAS CLASSIFICADAS DO TIPO ZONA 1....... 32

6.6 VERIFICAÇÕES PRÉ-MONTAGEM ................................................................................................... 34

6.6.1 VERIFICAÇÕES DE RECEBIMENTO ........................................................................................ 34

6.6.2 INSPEÇÃO NA TUBULAÇÃO .................................................................................................... 34

6.6.3 MANUSEIO DO CABO DE AQUECIMENTO.............................................................................. 34

6.6.4 POSICIONAMENTO DO CABO DE AQUECIMENTO ................................................................ 35

6.7 INSTALAÇÃO DOS ACESSÓRIOS DO CABO DE AQUECIMENTO ................................................. 35

6.8 ISOLAMENTO TÉRMICO ................................................................................................................... 35

6.9 ENSAIOS DOS CABOS DOS CIRCUITOS DOS RAMAIS ................................................................. 36

6.10 LIGAÇÕES ELÉTRICAS E PROTEÇÃO DOS CIRCUITOS ............................................................. 36

6.11 ENSAIOS FUNCIONAIS E COMISSIONAMENTO ........................................................................... 36

6.12 ENSAIO DE ISOLAÇÃO EM CABOS DE AQUECIMENTO DO TIPO AUTO-REGULÁVEL ............. 37

6.13 VERIFICAÇÕES PÓS-MONTAGEM ................................................................................................. 38

6.14 ENSAIOS APÓS A INSTALAÇÃO DO ISOLAMENTO TÉRMICO .................................................... 38

6.15 RELATÓRIOS E REGISTROS DE INSPEÇÃO E ENSAIOS ............................................................ 38

6.16 TREINAMENTO DO PESSOAL DE MONTAGEM ............................................................................ 39

7 PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO.................................................................................... 39

7.1 OPERAÇÃO, MANUTENÇÃO PREVENTIVA E REPAROS NA TUBULAÇÃO .................................. 39

7.2 MANUTENÇÃO EM CABO DE AQUECIMENTO DO TIPO AUTO-REGULÁVEL............................... 39

7.3 REQUISITOS PARA MANUTENÇÃO EM ZONA 1 ............................................................................. 40

7.4 INSPEÇÃO VISUAL ............................................................................................................................ 40

7.5 VERIFICAÇÃO OPERACIONAL PERIÓDICA..................................................................................... 41

8 DETALHES TÍPICOS DE MONTAGEM E INSTALAÇÃO ................................................................................. 41

9 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ........................................................................................................................... 71

9.1 DADOS PRELIMINARES NECESSÁRIOS PARA O PROJETO......................................................... 71

9.2 PROJETO PRELIMINAR..................................................................................................................... 71

9.3 DADOS DO PROJETO, PLANTAS E DIAGRAMAS ELÉTRICOS ...................................................... 71

9.4 DETALHES E PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO ........................................................................ 72

FIGURAS

FIGURA 1 - SISTEMA ELÉTRICO TÍPICO DE DISTRIBUIÇÃO DE FORÇA PARA SISTEMA DE


TRACEAMENTO ELÉTRICO............................................................................................................. 21

FIGURA 2 - DETALHE TÍPICO DE POSICIONAMENTO E FIXAÇÃO DA CINTA TÉRMICA Á TUBULAÇÃO..... 42

FIGURA 3 - DETALHE TÍPICO DE POSICIONAMENTO E FIXAÇÃO DOS CABOS DE AQUECIMENTO .......... 43

FIGURA 4 - DETALHE TÍPICO DE FIXAÇÃO DO SENSOR DE TEMPERATURA............................................... 44

FIGURA 5 - DETALHE TÍPICO DE POSICIONAMENTO DO CABO DE AQUECIMENTO EM CURVAS DA


TUBULAÇÃO ..................................................................................................................................... 45

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N-1857 REV. A OUT / 2004

FIGURA 6 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DO SUPORTE DA CAIXA DE LIGAÇÃO E CONEXÃO AO


CABO DE AQUECIMENTO ............................................................................................................... 46

FIGURA 7 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE CAIXA DE LIGAÇÃO PARA LIGAÇÃO


DE CABOS DE AQUECIMENTO DO TIPO AUTO-REGULÁVEIS E DO TIPO POTÊNCIA
CONSTANTE..................................................................................................................................... 47

FIGURA 8 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO E LIGAÇÃO DO SENSOR DE TEMPERATURA ................... 48

FIGURA 9 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE CAIXA DE LIGAÇÃO E DE SENSOR DE


TEMPERATURA DO TIPO RTD........................................................................................................ 49

FIGURA 10 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE CAIXA DE LIGAÇÃO EM ÁREAS NÃO


CLASSIFICADAS OU EM ÁREAS CLASSIFICADAS DO TIPO ZONA 2. ...................................... 50

FIGURA 11 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE CAIXA DE LIGAÇÃO E ACESSÓRIOS


DE ELETRODUTOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS DO TIPO ZONA 1 ......................................... 51

FIGURA 12 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CAIXA DE LIGAÇÃO EM JUNTA FRIA PARA CABOS
DE AQUECIMENTO DO TIPO COM ISOLAÇÃO MINERAL (MI) ................................................... 52

FIGURA 13 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO EM FLANGE DA


TUBULAÇÃO .................................................................................................................................. 53

FIGURA 14 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO EM VÁLVULAS, DE FORMA


A POSSIBILITAR A SUA REMOÇÃO ............................................................................................. 54

FIGURA 15 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO EM FILTROS DE LINHA, DE


FORMA A POSSIBILITAR A SUA REMOÇÃO ............................................................................... 55

FIGURA 16 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO EM FILTROS DE LINHA... 56

FIGURA 17 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO EM SUPORTES DE


TUBULAÇÃO DO TIPO SAPATA ................................................................................................... 57

FIGURA 18 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO EM SUPORTES SOLDADOS


DE TUBULAÇÃO ............................................................................................................................ 58

FIGURA 19 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO COM ESPIRALAMENTO... 59

FIGURA 20 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CAIXA DE EMENDA DO CABO DE AQUECIMENTO ... 60

FIGURA 21 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CAIXA DE LIGAÇÃO PARA DERIVAÇÃO EM “T” PARA
CABO DE AQUECIMENTO ............................................................................................................ 61

FIGURA 22 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DO TERMINAL DE EXTREMIDADE DE CABO DE


AQUECIMENTO ............................................................................................................................. 62

FIGURA 23 - VISTA GERAL DE INSTALAÇÃO DE SISTEMA DE TRACEAMENTO ELÉTRICO EM


TUBULAÇÕES, COM CABO DE AQUECIMENTO, SENSOR DE TEMPERATURA, CAIXAS DE
LIGAÇÃO E ISOLAMENTO TÉRMICO ........................................................................................... 63

FIGURA 24 - DETALHES TÍPICOS DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO EM INSTRUMENTOS... 64

FIGURA 25 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO EM INSTRUMENTO DO


TIPO CHAVE DE PRESSÃO DIFERENCIAL.................................................................................. 65

FIGURA 26 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO EM TUBULAÇÃO COM


CONEXÃO PARA INSTRUMENTO COM SENSOR MAGNÉTICO ................................................ 66

FIGURA 27 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO E DE SENSOR DE


TEMPERATURA EM VASOS CILÍNDRICOS VERTICAIS.............................................................. 67

FIGURA 28 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO E DE SENSOR DE


TEMPERATURA EM VASOS CILÍNDRICOS VERTICAIS ELEVADOS ......................................... 68

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N-1857 REV. A OUT / 2004

FIGURA 29 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO E DE SENSOR DE


TEMPERATURA EM VASOS CILÍNDRICOS VERTICAIS COM SAIA ........................................... 69

FIGURA 30 - DETALHE TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE CABO DE AQUECIMENTO E DE SENSOR DE


TEMPERATURA EM VASOS CILÍNDRICOS HORIZONTAIS ........................................................ 70

_____________

/PREFÁCIO

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N-1857 REV. A OUT / 2004

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-1857 REV. A OUT/2004 é a Revalidação da norma


PETROBRAS N-1857 MAI/2001, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as práticas recomendadas e procedimentos para projeto, instalação,
inspeção e manutenção de sistemas de aquecimento por traço elétrico resistivo para
aplicações industriais, utilizados nas instalações da PETROBRAS.

1.2 Esta Norma é aplicável para o fornecimento de sistemas de aquecimento por


traceamento elétrico em tubulações, vasos, filtros, válvulas, equipamentos mecânicos,
equipamentos de processo e instrumentos termicamente isolados.

1.3 O resistor elétrico do aquecedor, objeto desta Norma, é especificado na forma de cabos
de aquecimento série, cabos de aquecimento paralelo ou dispositivos de aquecimento de
superfície.

1.4 O propósito dos sistemas de traceamento elétrico é manter a temperatura de processo


de tubulações, vasos, silos, tremonhas, alimentadores gravimétricos e outros equipamentos
de processo dentro de uma faixa específica de temperatura, durante exposição às
condições ambientes ou aquecer tais equipamentos, em casos especiais. O sistema de
traceamento elétrico visa a manutenção de temperatura em tubulações, vasos, válvulas,
instrumentos, suportes, flanges, bombas, filtros e outros equipamentos de processo.

1.5 Esta Norma tem por finalidade fazer com que o sistema de aquecimento por traço
elétrico seja capaz de manter a temperatura do processo, do fluído ou do produto a ser
transportado e que este sistema apresente as necessárias resistências mecânicas e
térmicas, de tal forma que, sob condições normais de utilização e operação, seu
desempenho seja confiável e não represente fonte de risco ou perigo para os usuários,
instalações ou ao meio ambiente.

1.6 O sistema de aquecimento por traço elétrico resistivo inclui materiais e componentes,
tais como: cabos elétricos de aquecimento, sensores de temperatura, controladores de
temperaturas, contatores, disjuntores, invólucros, caixas de ligação, caixas de derivação,
caixas de emendas, eletrodutos, bandejas, cabos de alimentação, cabos de controle,
transformadores de distribuição, painéis de controle e todos os demais equipamentos e
componentes auxiliares e materiais necessários para a completa instalação do sistema.

1.7 Esta Norma é específica para o sistema de aquecimento por traceamento elétrico
através de resistores. Não é escopo desta Norma a especificação de sistemas de
aquecimento de tubulações ou equipamentos de processo baseados em outras tecnologias,
tal como o aquecimento indutivo (“skin effect”) por exemplo.

1.8 Esta Norma não especifica ou dimensiona os materiais de isolamento térmico que
fazem parte do sistema de isolamento térmico das tubulações, vasos ou demais
equipamentos de processo, os quais devem ser especificados, dimensionados e instalados
de acordo com a respectivas normas técnicas aplicáveis.

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N-1857 REV. A 11 / 2012

1.9 Para a especificação técnica do sistema de aquecimento por traço elétrico resistivo
para aplicações industriais devem ser seguidos os requisitos da norma PETROBRAS
N-2641.

1.10 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.11 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-250 - Montagem de Isolamento Térmico a Alta Temperatura;


PETROBRAS N-550 - Projeto de Isolamento Térmico a Alta Temperatura;
PETROBRAS N-1618 - Material para Isolamento Térmico;
PETROBRAS N-2641 - Sistema de Aquecimento por Traço Elétrico Resistivo
para Aplicações Industriais;
ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
ABNT NBR IEC 60079-0 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres -
Part 0: General Requirements;
ABNT NBR IEC 60079-7 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres -
Part 7: Increased Safety “e”;
ABNT NBR IEC 60079-14 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres -
Part 14: Electrical Installations in Explosive Gas
Atmospheres (Other Than Mines);
ABNT NBR IEC 60079-17 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres -
Part 17: Inspection and Maintenance of Electrical
Installation in Hazardous Areas (Other Than Mines);
ABNT NBR IEC 60529 - Graus de proteção para Invólucros de Equipamentos
Elétricos (Código IP);
IEC TR 60755 - General Requirements for Residual Current Operated
Protective Devices;
IEC 60898-1 - Electrical Accessories - Circuit-Breakers for
Overcurrent Protection for Household and Similar
Installations - Part 1: Circuit-Breakers for A.C;
IEC 60079-30-1 - Explosive Atmospheres - Part 30-1: Electrical
Resistance Trace Heating - General and Testing
Requirements;
IEC 60079-30-2 - Explosive Atmospheres - Part 30-2: Electrical
Resistance Trace Heating - Application Guide for
Design, Installation and Maintenance;
IEC 60947-2 - Low-Voltage Switchgear and Controlgear - Part 2:
Circuit-Breakers;

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IEC 60947-4-2 - Low-Voltage Switchgear and Controlgear - Part 4-2:


Contactors and Motor Controllers and Starters;
IEC 61008-1 - Residual Current Operated Circuit-Breakers Without
Integral Overcurrent Protection for Household and
Similar Uses (RCCBs) - Part 1: General Rules;
IEC 61009-1 - Residual Current Operated Circuit-Breakers with
Integral Overcurrent Protection for Household and
Similar Uses (RCBOs) - Part 1: General Rules;
IEEE Std. 515 - Standard for Testing, Design, Installation, and
Maintenance of Electrical Resistance Heat Tracing for
Industrial Applications.

3 símbolos e siglas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;


BSI - British Standards Institution;
IEC - International Electrotechnical Commission;
IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers.

4 procedimentos e critérios de projeto

4.1 Critérios Gerais de Projeto

4.1.1 Para manter um fluído em uma determinada temperatura desejada, o sistema de


aquecimento por traço elétrico deve compensar a perda de calor para o meio ambiente,
através do isolamento térmico. O cálculo da perda de calor deve considerar a atuação dos
seguintes fatores:

a) diferenças entre a temperatura do fluído e a temperatura ambiente;


b) dimensões e material de fabricação das tubulações, equipamentos e
acessórios;
c) espessura, tipo e características do material do isolamento térmico;
d) quantidade e tipos de válvulas, acessórios de tubulação e suportes;
e) velocidade do vento no local da instalação;
f) características do fluído e do tipo de escoamento.

4.1.2 Condições Ambientais

Todo o sistema de traceamento elétrico deve ser projetado com base na temperatura
mínima do respectivo meio ambiente, bem como na máxima velocidade dos ventos,
conforme a localização da instalação dos cabos de aquecimento, das tubulações e dos
equipamentos de processo.

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N-1857 REV. A OUT / 2004

4.1.3 Isolamento Térmico

4.1.3.1 Para o cálculo da perda de calor, o valor de condutividade utilizado deve considerar
a real temperatura do isolamento térmico, estando o sistema de traceamento elétrico
energizado e na temperatura mínima ambiente. Para o cálculo da temperatura da capa do
cabo de aquecimento de elementos não controlados ou controlados por sensores de
temperatura ambiente, a condutividade do isolamento deve ser corrigida para a máxima
temperatura da tubulação que pode ser atingida.

4.1.3.2 O projeto e o dimensionamento dos materiais para isolamento térmico deve ser
realizado de acordo com a norma PETROBRAS N-550.

4.1.3.3 Os materiais a serem especificados no projeto para o isolamento térmico devem


estar padronizados de acordo com a norma PETROBRAS N-1618.

4.1.3.4 A montagem do isolamento térmico deve ser executada de acordo com a norma
PETROBRAS N-250.

4.1.4 O dimensionamento do sistema de traceamento elétrico deve ser otimizado de acordo


com a ordem de prioridade descrita nos itens 4.1.4.1 a 4.1.4.3.

4.1.4.1 Temperatura de Manutenção em Todas as Faixas de Trabalho

O projeto deve considerar um fator de segurança suficiente para compensar variações na


perda de calor devido a qualidade do material do isolamento térmico e considerar os
cálculos de perda de calor para instrumentos e equipamentos com formatos especiais.

4.1.4.2 Confiabilidade e Facilidade de Operação

O projeto deve ser simplificado, com o mínimo de circuitos elétricos possíveis. A instalação
de um sistema com controle e monitoramento centralizado deve ser considerado quando da
existência de um sistema ramificado.

4.1.4.3 Custo Total Instalado

O número de circuitos deve ser minimizado de modo a reduzir os custos de distribuição e de


equipamentos de controle.

4.1.5 Devem ser efetuados os cálculos de perda de calor e de temperaturas estimadas de


equilíbrio de todas as tubulações, nas condições de mínima e máxima temperatura ambiente
de projeto.

4.1.6 O projeto térmico para todo o sistema deve ser baseado no cálculo da perda de calor
dos vários componentes individuais do sistema, tais como: tubulações principais, vasos,
válvulas de bloqueio e controle, suportes, instrumentação e equipamentos de processo, tais
como: bombas, filtros, vasos, entre outros.

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N-1857 REV. A OUT / 2004

4.1.6.1 Deve ser fornecida pelos cabos de aquecimento uma quantidade de calor suficiente
para compensar a perda de calor nas várias seções e componentes do sistema. O calor
fornecido pelas várias seções do sistema deve ser proporcional a perda total de calor
calculada.

4.1.6.2 Deve ser avaliada a necessidade de ajustar a espessura do isolamento térmico, de


forma a alcançar a faixa específica de temperatura ou diminuir os custos dos cabos de
aquecimento. Espiralar ou sobrepor os cabos elétricos são técnicas possíveis somente para
cabos de aquecimento do tipo auto-reguláveis.

4.1.6.3 Em casos de aplicações críticas de controle de processo, a perda de calor deve ser
compensada cuidadosamente em todos os segmentos dos circuitos, de forma a garantir a
específica faixa de temperatura para cada conjunto de tubulação, em um circuito
individual.

4.1.7 Os cabos de aquecimento auto-reguláveis devem variar sua potência de saída, de


acordo com a temperatura da superfície da tubulação, equipamento ou instrumento que está
sendo traceado. O cabo de aquecimento auto-regulável pode ser sobreposto e cortado no
comprimento desejável durante a instalação em campo.

4.1.8 O projeto elétrico do cabo de aquecimento auto-regulável deve ser tal que este possa
ser cortado em qualquer comprimento, no campo, sem a mudança do fornecimento de
energia por metro e não pode resultar em nenhuma seção de tubo sem reposição de calor.
A instalação do cabo de aquecimento não deve requerer o uso adicional de cimentos
especiais para melhorar a transferência de calor.

4.1.9 Algumas linhas de processo bem como equipamentos estão sujeitos, em


determinadas ocasiões de operação, tais como: em condicionamentos de partidas e de
paradas para manutenção, a descargas ou limpeza por meio de injeção de vapor
(operações de “steam-out”). Os materiais de traceamento elétrico especificados para tais
linhas, bem como equipamentos e conexões associadas ao sistema, devem ser capazes de
resistir, em regime contínuo, às temperaturas associadas a tais operações ocasionais.

4.1.10 Linhas de instrumentação devem ser traceadas eletricamente com o mesmo tipo de
cabo de aquecimento utilizado para tracear a tubulação principal, exceto em situações onde
a máxima temperatura especificada possa exceder os limites estipulados no projeto. Nestas
situações, um cabo de aquecimento de menor potência, adequado para a linha de
instrumentação pode ser derivado em “T”, partindo-se do cabo de aquecimento da tubulação
principal.

4.1.11 Cada sistema de traceamento elétrico deve ser projetado para uma aplicação
específica. O projeto do sistema deve dispor preliminarmente de todos os dados relevantes
do processo quando do início do projeto de detalhamento.

4.1.12 Os cabos de aquecimento devem ser projetados basicamente para instalação reta
junto à tubulação, exceto nos casos onde o aquecimento adicional seja requerido, como, por
exemplo, no caso de válvulas e suportes de tubulação, onde o espiralamento é aplicável.

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4.1.13 Normalmente traceamento elétrico é requerido para a manutenção da temperatura


do processo. Quando é especificado aquecimento ou fusão do produto a ser transportado,
devem ser tomadas as devidas e necessárias precauções para evitar excesso de
temperatura no produto, quando da volta a operação normal do sistema.

4.1.14 Considerações Sobre Coeficiente de Segurança

4.1.14.1 Uma vez que os cálculos de perda de calor resultam em valores teóricos e não
levam em consideração imperfeições relacionadas com as reais condições de instalação de
campo, um fator de segurança deve ser aplicado sobre o valor calculado de perda de calor.
O coeficiente de segurança a ser utilizado no projeto deve ser baseado sobre as
experiências passadas e no histórico das instalações e tipicamente devem variar
entre 1,10 e 1,25. [Prática Recomendada]

4.1.14.2 Neste coeficiente de segurança estão incluídas as seguintes considerações:

a) degradação do isolamento térmico;


b) variações da tensão de alimentação;
c) queda de tensão na fiação do circuito de ramal;
d) queda de tensão do dispositivo de aquecimento (se aplicável);
e) aumento dos efeitos da radiação e da convecção em aplicações de altas
temperaturas;
f) qualidade da instalação do isolamento térmico;
g) tolerâncias de características dos materiais dos elementos aquecedores.

4.2 Divisão dos Circuitos de Acordo com a Operação do Processo

4.2.1 Durante a fase inicial do projeto de processo do sistema de aquecimento por traço
elétrico devem ser definidas e marcadas nos diagramas e fluxogramas de processo, as
zonas de processo, de acordo com as características e condições operacionais. Cada zona
de processo deve ser alimentada por um circuito exclusivo, com a finalidade de possibilitar o
seu desligamento sem interferência e sem desenergizar outro circuito ou outra zona do
processo.

4.2.2 Tipicamente, para uma única bomba, o traceamento na linha de sucção da bomba, a
bomba em si, bem como a tubulação de recalque formam uma única zona ou circuito.

4.2.3 Tipicamente, também para uma bomba com uma segunda bomba de reserva, a
tubulação de sucção comum bem como a tubulação de recalque comum, formam uma zona
ou circuito, enquanto cada uma das linhas individuais de cada bomba, assim como as
próprias bombas, formam circuitos próprios e individuais.

4.2.4 Em tubulações divididas, nas quais o fluxo em cada ramo é independente do fluxo nos
outros ramos, cada um dos ramos deve ser considerado uma zona independente de
controle e alimentação. Exceção pode ser feita em derivações com comprimento de até 2 m,
as quais podem ser agrupadas na mesma zona ou circuito com tubulações com o mesmo
diâmetro e a mesma temperatura de manutenção.

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4.2.5 Zonas ou circuitos independentes devem ser previstos para linhas de by-pass que
operem normalmente fechadas.

4.2.6 Uma válvula de controle deve ser considerada parte do mesmo circuito da tubulação
de entrada e de saída.

4.2.7 Trechos de “vents” e drenos curtos devem ser considerados como parte do circuito
principal.

4.2.8 Vasos devem ser considerados como circuitos independentes, com exceção de
pequenos filtros ou vasos de sucção de bombas, os quais podem estar localizados na
mesma zona e alimentados pelo mesmo circuito da tubulação principal.

4.2.9 Linhas de entrada e saída de válvulas de alívio devem ser consideradas circuitos
independentes da linha principal. As linhas de entrada e saída podem ser consideradas um
único circuito quando as temperaturas de entrada e saída forem idênticas.

4.3 Comprimento dos Cabos de Aquecimento

4.3.1 Cada cabo de aquecimento com isolação mineral (cabo do tipo MI) deve consistir de
uma seção quente com ligação direta para a seção fria. Cada cabo deve ser fabricado para
o comprimento requerido no campo e previamente projetado. Este é o comprimento de fato
da tubulação do circuito a ser aquecido, somado à reserva para flanges, válvulas, conexões
e, a critério, 2 % a 5 % de margem adicional para eventuais variações do comprimento real
da tubulação no campo.

Nota: A parte fria do cabo de aquecimento (conexões de alimentação do circuito) deve


possuir comprimento de cerca de 2 m, a menos que especificado de maneira
diferente.

4.3.2 Para a facilidade de montagem e uma eventual manutenção, o projeto do


comprimento de cada cabo de aquecimento individual deve ser limitado a 100 m. Em
tubulações de comprimentos superiores a 100 m, os elementos de aquecimento individuais
podem ser ligados em série.

4.3.3 Cabos de aquecimento do tipo auto-regulável devem ser cortados no comprimento


requerido, no local da instalação (serviço de campo).

4.3.4 Nos casos de aplicação de cabo de aquecimento de traço elétrico do tipo paralelo em
circuitos de longos percursos, a potência por metro do final do cabo pode ser menor do que
a potência por metro do seu início, devido à queda de tensão ao longo do cabo. Nestes
casos de aplicação, este fato deve ser levado em consideração quando da determinação da
potência de saída do cabo, da localização dos sensores de temperatura e dos fatores de
segurança.

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4.3.5 Para projetos de cabos de aquecimento para tubulações com comprimentos acima de
1 000 m são recomendados os seguintes critérios: [Prática Recomendada]

a) a utilização de alimentação com tensão trifásica em 440 V;


b) quando cabos de aquecimento com um único condutor forem utilizados, estes
cabos devem ser conectados em estrela, no final de cada circuito, de forma a
necessitar de apenas um ponto de alimentação elétrica;
c) deve ser considerada a viabilidade de divisão física do circuito de traceamento
e prever alimentação elétrica a partir de um único ponto no centro de cada
circuito, com os cabos sendo encaminhados fisicamente em direções opostas,
a partir do ponto de alimentação central;
d) para tubulações de grandes diâmetros deve ser considerada a utilização de
6 cabos ou até 9 cabos de aquecimento uniformemente distribuídos sobre a
circunferência do tubo.

4.4 Aquecimento para Mudança de Fase do Produto

4.4.1 O aquecimento de produto a partir da temperatura ambiente até a temperatura de


operação de processo ou a fusão do conteúdo da tubulação, para início de operação, pode
eventualmente ser necessário após longos períodos de paralisação por falta de energia
elétrica ou em sistemas que operam normalmente desligados por longos períodos e que são
utilizados apenas em situações ocasionais ou de emergência.

Nota: Tais casos especiais de processo devem ser identificados nas folhas de
informações dos dados básicos do projeto para o sistema de aquecimento por
traço elétrico (ANEXO A), juntamente com o tempo permitido ou necessário para
atingir a temperatura desejada a partir de uma temperatura inferior. Este tempo
para aquecimento e fusão determina as características dos cabos de
aquecimento, na fase de projeto e dimensionamento do sistema de traceamento
elétrico.

4.4.2 Cabos de aquecimento e fusão normalmente requerem potências instaladas


sensivelmente maiores, se comparadas com a potência requerida simplesmente para
manutenção da temperatura do processo. Situações de excesso de temperatura em caso de
falha do sistema de controle, são sensivelmente mais sérias. Nestes casos devem ser
tomadas medidas preventivas de modo que a temperatura máxima permitida para o
processo não seja ultrapassada.

4.4.3 Em alguns casos de necessidade de aquecimento ou fusão, pode ser projetado um


sistema de traço duplo, sendo um com baixa potência para a manutenção da temperatura e
outro com alta potência para o aquecimento e fusão. Alternativamente, um sistema de dupla
tensão de alimentação, com uma fonte alternativa pode ser considerado.

4.4.4 Na maioria das aplicações, o traceamento elétrico é utilizado para manutenção de


temperatura e não para aquecimento. Entretanto é freqüentemente necessário, na partida
do sistema ou após o evento de queda de tensão de alimentação, especificar o tempo
máximo que o sistema vai levar até atingir a temperatura de manutenção. Este tempo
depende basicamente na quantidade de energia extra disponível nos cabos de
aquecimento.

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4.4.4.1 Para aplicações críticas onde o tempo de aquecimento é um fator importante


durante a partida do sistema ou após eventos de queda de energia, a quantidade de energia
extra do sistema de traceamento elétrico, adicionalmente àquela necessária para a
manutenção da temperatura torna-se um importante parâmetro a ser determinado e
especificado.

4.4.4.2 A equação (1) representa o tempo de aquecimento necessário para a mudança de


estado do produto, a partir dos dados de estado de uma tubulação.

 q  U(Ti  Ta )  P1Vc1h f
t  Hln c  (1)
 q c  U(Tf  Ta )  q c  U(Tsc  Ta )

P1C p1 Vc1  P2 C p2 Vc2  0,5P3 C p3 Vc3


H (2)
U

Onde:
U = perda de calor por unidade de comprimento da tubulação por grau de
diferença de temperatura (W/m.°C);
H = constante térmica de tempo, a qual é a energia total armazenada na
massa da tubulação, fluído e isolação térmica, por grau de temperatura,
dividida pela perda de calor por unidade de comprimento por grau de
temperatura diferencial (s);
P1 = densidade do produto na tubulação (kg/m³);
Cp1 = calor específico do produto (J/kg.°C);
Vc1 = volume interno da tubulação (m³/m);
P2 = densidade do material da tubulação (kg/m³);
Cp2 = calor específico da tubulação (J/kg.°C);
Vc2 = volume da parede da tubulação (m³/m);
P3 = densidade do isolamento térmico (kg/m³);
Cp3 = calor específico do isolamento térmico (J/kg.°C);
Vc3 = volume da parede do isolamento térmico (m³/m);
Ti = temperatura inicial da tubulação (°C);
Tf = temperatura final do fluído e da tubulação (°C);
Ta = temperatura ambiente (°C);
t = tempo desejado de aquecimento (s);
D1 = diâmetro interno do isolamento térmico interno (m);
D2 = diâmetro externo do isolamento térmico interno (m);
D3 = diâmetro externo do isolamento térmico externo, quando existente (m);
K1 = condutividade térmica do isolamento térmico interno, determinado na sua
temperatura média (W/m.°C);
K2 = condutividade térmica do isolamento térmico externo, quando existente,
determinado na sua temperatura média (W/m.°C);
hi = coeficiente interno de contato do ar, da tubulação para a superfície interna
do isolamento térmico (W/m².°C);
ho = coeficiente externo de contato do ar, da barreira de proteção contra
intempéries, para o ambiente (W/m².°C);
hco = coeficiente interno de contato do ar, da barreira de proteção contra
intempéries, para o ambiente (W/m².°C);
Tsc = temperatura na qual ocorre a mudança de estado/fase do produto (°C);
hf = calor latente de fusão do produto (J/kg);
qc = potência nominal de saída do cabo aquecedor (W/m).

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Nota: Nas equações acima são considerados que as densidades, volumes,


condutividades térmicas e perdas de calor do sistema são constantes dentro da
faixa de temperatura considerada. Deve ser observado que alguns produtos não
apresentam mudança de fase durante o aquecimento. As equações são
representativas para uma tubulação reta e não são aplicáveis para equipamentos,
tais como: bombas e válvulas.

4.4.5 Considerações Sobre Perda de Calor em Tubulações

4.4.5.1 Existem muitas variações sobre a equação geral de cálculo de perda de calor em
tubulações, dada pela equação abaixo:

(Tp  Ta )
q
1 ln(D 2 /D1 ) ln(D 3 /D 2 ) 1 1
   
D1h i 2K 1 2K 2 D 3 h co D 3 h 0

Onde:
q = perda de calor por unidade de comprimento da tubulação (W/m);
Tp = temperatura desejada de manutenção da tubulação (°C);
Ta = temperatura mínima ambiente (°C);
D1 = diâmetro interno da isolação interna (m);
D2 = diâmetro externo da isolação interna (m);
D3 = diâmetro externo da isolação externa, quando existente (m);
K1 = condutividade térmica do isolamento térmico interno, determinado na sua
temperatura média (W/m.K);
K2 = condutividade térmica do isolamento térmico externo, quando existente,
determinado na sua temperatura média (W/m.K);
hi = coeficiente interno de contato do ar, da tubulação para a superfície interna
do isolamento térmico (W/m².K);
hco = coeficiente interno de contato do ar, da barreira de proteção contra
intempéries, para o ambiente (W/m.K);
ho = coeficiente externo de contato do ar, da barreira de proteção contra
intempéries, para o ambiente (W/m2.K). Valores típicos para este termo
variam entre 3 W/m² e 284 W/m², para temperaturas de aplicação até
50 °C.

Nota: A equação geral inclui todas as resistências térmicas comuns ao fluxo de calor
normalmente presentes em casos gerais de aplicação.

4.4.5.2 Para um sistema de isolamento térmico típico, consistindo de um único tipo de


isolamento, sem sobredimensionamento e com uma barreira externa metálica (capa de
isolamento térmico), a equação do item 4.4.5.1 fica reduzida a:

(Tp  Ta )
q
ln(D 2 /D 1 ) 1 1
 
2K D 2 h co D 2 h 0

4.4.5.3 Quando uma massa ou selante apropriado para vedação do isolamento térmico for
utilizada por sob a barreira externa metálica de proteção contra intempéries (capa de
isolamento térmico), a equação do item 4.4.5.2 fica reduzida a:

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(Tp  Ta )
q
ln(D 2 /D 1 ) 1

2K D 2 h 0

4.4.5.4 Finalmente, o termo 1/(D2h0) pode ser conservativamente omitido, de modo a


considerar uma maior perda de calor. Desse modo, a equação do item 4.4.5.3 transforma-se
na equação representada abaixo, a qual expressa a perda de calor por unidade de
comprimento da tubulação:

2K(Tp  Ta )
q
ln(D 2 /D1 )

4.4.5.5 A perda total de calor para uma tubulação de comprimento L pode ser obtida
através da equação representada abaixo.

2KL(Tp  Ta )
q
ln(D 2 /D1 )

4.4.5.6 Para exemplos numéricos de aplicação das equações acima, para casos de
cálculos de perda de calor e seleção de elemento aquecedor, ver o Anexo A da norma
IEEE Std. 515 e o Apêndice C da norma BS 6351-Part 2.

4.4.5.7 As perdas de calor podem ser calculadas com o auxílio de softwares específicos
para esta finalidade, em sua última versão, desenvolvidos por fabricantes de equipamentos
e sistemas de traço elétrico e que atendam as determinações desta Norma.

4.5 Necessidade de Aquecimento Adicional

4.5.1 Certos trechos de tubulação e de equipamentos podem requerer aquecimento


suplementar, em função de uma provável maior perda de calor localizada, em locais, tais
como: válvulas, flanges, suportes de tubulação e alguns equipamentos de processo, tais
como: bombas, vasos, filtros.

4.5.2 Como regra geral, os suportes para tubulações com seção central recortada e com
diâmetro externo maior do que 50 mm não requerem aquecimento adicional, uma vez que a
perda de calor apresentada por este tipo de suporte é relativamente pequena.

4.5.3 Para tubulações com diâmetros menores que 50 mm, a perda de calor pelos suportes
de tubulação podem ser significativos. Por outro lado, devido às limitações de espaço físico,
pode se tornar difícil instalar traço adicional nestes trechos. Por esta razão, recomenda-se a
utilização de abraçadeiras externas ao isolamento térmico para diâmetros pequenos.

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4.5.4 A instalação do cabo de aquecimento deve permitir a eventual separação de flanges


da tubulação, bem como remoção de válvulas e todos os equipamentos montados na
tubulação sem a necessidade de remoção de todo o cabo de aquecimento da tubulação.
Estes flanges, válvulas e outros equipamentos removíveis devem ser devidamente
identificados nos fluxogramas e desenhos isométricos do projeto.

Nota: Quando necessário, devem ser previstos cabos de aquecimento com ligação em
série, com partes frias e caixas locais de ligação. Sempre que possível, o cabo de
aquecimento deve passar de forma direta sem qualquer junção. Em ambos os
casos, deve ser previsto um comprimento adicional e ser feita a instalação
conforme mostrado nos respectivos desenhos de detalhes típicos de montagem, a
serem gerados pelo projeto de detalhamento do sistema.

4.5.4.1 Bombas

Todas as bombas que requeiram traceamento elétrico devem ser marcadas e indicadas nos
desenhos isométricos ou fluxogramas. O comprimento do cabo de aquecimento deve ser
suficiente para manter a bomba em uma temperatura próxima à temperatura das tubulações
adjacentes. O controle dos cabos de aquecimento da bomba devem utilizar o mesmo sensor
de temperatura montado na tubulação de sucção ou de descarga da bomba.

4.5.4.2 Vasos

Para aplicação de traceamento elétrico em vasos de pequeno porte, o cabo de aquecimento


deve ser instalado em forma espiralada na parte externa do vaso, ao redor da região da sua
área úmida. O método recomendado para o traceamento elétrico de vasos de grande porte
é o uso de cabos de aquecimento instalados na parte externa do vaso, em sua parte inferior,
até uma altura de 1/3 de sua altura total. O cabo de aquecimento deve ser fixado de forma
permanente por meio de fitas adesivas ao vaso, com os terminais frios de conexão sendo
instalados na parte externa do isolamento térmico do vaso.

4.5.4.3 Diques

O traceamento elétrico de tubulações que atravessem diques deve ser projetado de forma a
permitir a eventual substituição dos cabos de aquecimento sem a necessidade de
escavação do talude do dique para acesso à tubulação.

4.6 Conexões em Série para Manutenção

4.6.1 Todos os casos nos quais juntas flangeadas de tubulação sejam freqüentemente
abertas para a execução de serviços de manutenção requerem seções de cabo de
aquecimento conectados em série e devem ser claramente identificados nos fluxogramas de
processo, com a finalidade de se aplicar este detalhe ao projeto. Este detalhe de montagem
deve ser considerado no projeto para ligação de cabos de aquecimento sobre flanges de
placas de orifício, válvulas de controle, válvulas de alívio, bombas, carretéis removíveis e
válvulas com previsão de altos índices de intervenção para manutenção.

4.6.2 As localizações destas conexões em série devem ser especificadas no projeto,


através da engenharia de processo, juntamente com a definição da divisão das tubulações e
equipamentos em zonas ou circuitos.

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4.7 Materiais Auxiliares para Transferência de Calor

4.7.1 Fitas auto-adesivas ou placas metálicas de alumínio devem ser utilizadas para
melhorar os coeficientes de troca de calor, reduzir pontos quentes (“hot spots”), reduzir a
temperatura de capa do cabo de aquecimento e aumentar a transferência de calor entre o
cabo e o equipamento junto ao qual ele foi instalado. Estas fitas adesivas devem ser
utilizadas inclusive em tubulações e vasos fabricados com materiais não-metálicos, tal como
o polietileno ou de material sintético reforçado com fibra de vidro.

4.7.2 Quando for necessária a utilização de técnicas complementares para melhoria de


transferência de calor nos casos de instalação de cabos do tipo MI, devem ser utilizados
cimentos de transferência de calor apropriados para esta finalidade.

4.8 Tubulações Não-Metálicas

4.8.1 A instalação de cabos de aquecimento sobre tubulações não-metálicas requer


cuidados especiais. No projeto de tais aplicações, devem ser considerados os seguintes
pontos:

a) limite de temperatura da tubulação na pressão de operação de projeto;


b) a densidade de calor máxima do cabo de aquecimento que possa ser aplicada,
sem exceder a temperatura máxima da tubulação; e
c) a necessidade de utilizar materiais auxiliares (por exemplo folhas ou mantas de
alumínio sobre os cabos de aquecimento e a tubulação) para aumentar a taxa
de transferência de calor.

4.8.2 Sempre que cabos de aquecimento forem aplicados sobre tubulações não-metálicas,
os cabos devem possuir trança metálica e capa externa de proteção. Cabos de aquecimento
de material plástico devem possuir trança metálica externa, a qual deve ser utilizada para
proteção contra corrente de fuga à terra. Sempre que possível nestes casos, deve ser
utilizada fita adesiva de alumínio para a fixação dos cabos de aquecimento, a fim de
melhorar a troca térmica.

4.8.3 É recomendado que durante a execução do projeto do sistema de traceamento


elétrico sejam efetuadas consultas junto a fabricantes de cabos de aquecimento, na fase de
dimensionamento do sistema, com a finalidade de assegurar que as temperaturas limites
não sejam ultrapassadas.

4.9 Espiralamento do Traço Elétrico

4.9.1 Nos casos em que a perda de calor de uma tubulação exceda a potência nominal de
saída de um cabo de aquecimento de traço elétrico, o espiralamento do cabo em torno da
tubulação deve ser uma solução aplicável a ser considerada. Por exemplo: se a perda de
calor de uma tubulação é de 16,4 W/m e a potência nominal de saída do cabo de
aquecimento a ser utilizado, na tensão nominal, é de 13,1 W/m, então o cabo de
aquecimento deve ser espiralado de modo que 1,25 m do cabo de aquecimento ocupe 1,0 m
da tubulação (16,4/13,1 = 1,25).

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4.9.2 Quando da instalação do cabo de aquecimento em espiralamento, um número padrão


de lance é normalmente utilizado. O número padrão do lance é a menor distância do tubo
onde a espiral repete a si mesma. Muitos fabricantes de cabos de aquecimento de traço
elétrico possuem tabelas que fornecem os dados deste lance padrão e o fator de
espiralamento.

4.9.3 Quando o fator de espiralamento (metro de cabo de aquecimento por metro de


tubulação) exceder o valor de 1,5 é recomendado que sejam utilizados 2 cabos de
aquecimento retos (não espiralados), ao longo da tubulação. [Prática Recomendada]

4.10 Localização dos Sensores de Temperatura

4.10.1 O sensor de temperatura deve ser montado de forma que a real temperatura da linha
seja medida. A localização do sensor deve ser definida tomando em consideração os
seguintes critérios:

a) deve medir a temperatura mais baixa da tubulação;


b) não deve estar localizado a mais de 75 m do final do fluxo, em tubulações de
longos comprimentos;
c) dever estar localizado em trechos retos da tubulação, longe de outros
elementos geradores de calor ou dissipadores de calor e distante a pelo menos
3 m de tubulação ou equipamento cuja temperatura possa ser influenciada por
outras zonas ou circuitos; caso o sensor não possa estar localizado a mais de
3 m da tubulação adjacente, então dever ser montado no meio da zona ou do
circuito a ser controlado;
d) o ponto de alimentação elétrica do cabo de aquecimento e o sensor de
temperatura devem ser montados o mais próximo possível entre si e em local
de fácil acesso;
e) em tubulações eletricamente traceadas com seções tanto acima do piso como
abaixo do nível do solo (seções enterradas), bem como com seções tanto em
áreas cobertas como seções ao tempo, as 2 seções devem possuir circuitos
independentes de controle de temperatura e alimentação, com a finalidade de
evitar a ocorrências de excessos de temperatura ou de temperatura abaixo do
necessário, em determinadas seções da tubulação, o que poder ocorrer caso
apenas um único circuito de controle seja previsto.

4.10.2 A localização dos sensores de temperatura dever ser indicado nos respectivos
diagramas de processo.

4.10.3 Como regra geral, cada circuito individual de traceamento elétrico deve ser
controlado individualmente, com a finalidade de evitar ocorrências de temperatura acima do
requerido e o conseqüente uso desnecessário de energia.

4.11 Limites de Temperatura Alta

4.11.1 Em determinados casos, torna-se necessário evitar que a temperatura de um


produto a ser aquecido ultrapasse um valor máximo definido. Em alguns casos, a ocorrência
de temperaturas elevadas pode levar à degradação do produto ou pode haver corrosão
excessiva da tubulação.

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4.11.2 Tubulações de aço inoxidável contendo cloretos ou soda cáustica são exemplos
típicos de situação de limite de temperatura alta. Como regra geral, por medida de
segurança, todas as situações devem ser tratadas como aplicações de alta temperatura.

4.12 Dispositivos de Proteção e Controle

4.12.1 A ocorrência de altas correntes de partida na temperatura mínima de ambiente


devem ser levadas em consideração no dimensionamento dos dispositivos de proteção e
dos componentes de controle. A corrente de partida de cada cabo deve ser indicada em
todos os desenhos de projeto.

4.12.2 Quando a ocorrência de altas correntes de partida é um problema e onde cabos de


aquecimento são controlados diretamente (por exemplo sem a utilização de contatores), é
preferível prever a utilização de controladores eletrônicos de temperatura com capacidade
de “soft start”.

4.12.3 Controles de temperatura e termostatos devem ser instalados em locais de fácil


acesso a partir de plataformas ou pisos, sem a necessidade de uso de escadas e andaimes.

4.12.4 Em geral todos os cabos de aquecimento devem ser individualmente controlados.


Grupos de cabos curtos podem ser controlados em conjunto, a partir de um mesmo sensor
de temperatura ambiente. Estes trechos curtos de cabos incluem:

a) derivações para pontos mortos (“dead-end branches”);


b) pernas isoladas;
c) linhas de by-pass;
d) linhas de instrumentação.

4.12.5 Sistemas de aquecimento de chuveiros de segurança e outros serviços de “stand-by”


devem ser providos de controle para evitar o excesso de temperatura e os conseqüentes
danos aos equipamentos ou ferimentos ao pessoal.

4.13 Sistema Elétrico de Distribuição de Força

O sistema elétrico de distribuição de força para um sistema de traceamento elétrico consiste


no conjunto formado pela fonte de alimentação, pelo transformador de distribuição e pelos
circuitos dos ramais de distribuição de alimentação dos aquecedores elétricos instalados no
campo.

Notas: 1) Na FIGURA 1 é representado um sistema típico de distribuição de força para


sistemas de aquecimento por traceamento elétrico.
2) O sistema elétrico apresentado é um sistema típico de distribuição, sendo
possível o projeto com diversas outras configurações, conforme as
necessidades requeridas em cada caso.

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4.13.1 Fonte de Alimentação de Força

A adequada definição da fonte de alimentação de força é um ponto fundamental no projeto


geral de um sistema de aquecimento por traço elétrico. Deste modo a origem da fonte de
alimentação, o nível de tensão a ser selecionado e o seu ponto de localização física devem
ser definidos nos estágios iniciais do projeto.

4.13.2 Transformador de Distribuição

4.13.2.1 A potência nominal de um transformador de distribuição deve ser baseada na


carga nominal de operação, acrescida de potência reserva de 20 % para futuras ampliações
do sistema.

4.13.2.2 Um sistema de alimentação pode requerer vários transformadores de distribuição,


dependendo da quantidade e da distribuição física das cargas do sistema de traceamento
elétrico.

4.13.2.3 O enrolamento secundário dos transformadores de distribuição deve possuir um


neutro solidamente aterrado.

4.13.3 Sistema de Distribuição para os Ramais dos Circuitos de Alimentação dos


Elementos Aquecedores

4.13.3.1 A localização física do sistema de distribuição que alimenta o sistema de


traceamento elétrico deve ser definida em relação a disposição física do sistema de
tubulações e equipamentos de processo a serem aquecidos, quando do detalhamento do
sistema.

4.13.3.2 Os painéis elétricos e respectivos transformadores de distribuição devem estar


localizados preferencialmente dentro de subestações elétricas, em áreas seguras, abrigados
das intempéries.

4.13.3.3 Deve ser evitada a instalação dos painéis elétricos em áreas classificadas que
contenham ou possam conter atmosferas potencialmente explosivas. [Prática
Recomendada]

4.13.3.4 Os painéis elétricos devem ser instalados o mais próximo possível no centro
geográfico das áreas onde se localizam as tubulações e equipamentos a serem aquecidos,
de forma a minimizar os comprimentos dos circuitos de alimentação dos cabos de
aquecimento.

4.13.3.5 O número de painéis de controle deve ser determinado em função do número de


circuitos de cabos de aquecimento ou de acordo com a necessidade do processo.

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4.13.3.6 Cada alimentador de cabo de aquecimento de traceamento elétrico deve possuir


um ramal de circuito individual protegido por um disjuntor de sobrecorrente. O
dimensionamento e a seleção destes disjuntores devem seguir os critérios indicados na
norma ABNT NBR 5410, levando-se também em consideração a corrente de partida do
circuito do cabo de aquecimento e o seu tempo de duração, (informações de catálogo de
fabricante), na mínima temperatura a qual circuito pode estar submetido, até que as
condições operacionais sejam atingidas.

4.13.3.7 Os dispositivos de proteção devem ser montados no mesmo painel onde forem
instalados os controladores de temperatura e os dispositivos de alarme.

4.13.3.8 A seleção do invólucro do painel de distribuição deve ser baseada nas condições
do ambiente e nos dados de classificação de área. Todos os invólucros devem possuir a
identificação do sistema claramente marcada em sua parte externa e os circuitos devem ser
facilmente acessíveis.

4.13.4 Aterramento do Sistema de Traceamento Elétrico

4.13.4.1 O neutro do secundário do transformador de distribuição deve ser solidamente


aterrado.

4.13.4.2 O sistema de aterramento deve ser do tipo TT ou TN.

4.13.4.3 A malha metálica do cabo de aquecimento deve ser conectada ao sistema de


aterramento de modo a prover um caminho de terra efetivo.

4.13.4.4 Em aplicações onde o caminho de aterramento primário dependa das coberturas


metálicas dos aquecedores, a resistência físico/química contra processos corrosivos de tais
coberturas metálicas deve ser avaliada através de históricos de comportamento desta
cobertura metálica ou meio agressivo, em casos em que a cobertura estiver passível de
exposição a vapores corrosivos.

4.13.5 Proteção Contra Correntes de Fuga à Terra

4.13.5.1 Os seguintes casos de aplicação de sistema de traceamento elétrico devem ser


projetados com sistema de proteção contra corrente de fuga à terra:

a) todos os sistemas que utilizem cabos de aquecimento do tipo auto-reguláveis;


b) todos os sistemas localizados em áreas classificadas.

4.13.5.2 Os eventos de “trip” dos circuitos de ramais devido a ocorrência de correntes de


fuga à terra devem possuir alarmes remotos nos sistemas de supervisão e controle.

4.13.5.3 Alarmes de corrente de fuga à terra e de “trip” podem ser agrupados dentro de
uma unidade de circuitos e ligados a um alarme remoto comum, desde que cada circuito
possua indicação local individual de “status”.

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4.13.5.4 Os painéis de proteção e alimentação de circuitos de traço elétrico que não forem
providos de monitoramento individual de corrente de fuga à terra através de controlador
eletrônico de temperatura, devem ser equipados com dispositivos individuais de corrente
fuga à terra. A ocorrência de “trip” devido a uma corrente de fuga à terra acima de 30 mA
deve acionar um alarme remoto no sistema de supervisão para cada circuito.

4.13.5.5 A proteção dos ramais dos circuitos dos cabos de aquecimento deve ser capaz de
interromper correntes de fuga à terra de alta e baixa impedância. Esta proteção deve ser
provida através de um dispositivo diferencial-residual de fuga à terra, com corrente nominal
de “trip” de 30 mA, ou através de um controlador eletrônico de temperatura que incorpore
esta função de proteção de interrupção de fuga à terra, a ser utilizado em conjunto com um
disjuntor de proteção de sobrecorrente adequado.

4.13.5.6 O ponto de ajuste de corrente de atuação dos dispositivos diferenciais-residuais


reguláveis é tipicamente ajustado em 30 mA acima do valor da fuga de corrente capacitiva
inerente do cabo de aquecimento, especificada pelo seu fabricante.

4.13.5.7 Em locais onde as condições de manutenção e supervisão garantam que somente


pessoas qualificadas manuseiem o sistema de traceamento elétrico instalado e em locais
onde a continuidade de operação do sistema é rigorosamente necessária por questões de
segurança do processo, a detecção da fuga à terra sem interrupção do circuito é aceitável,
caso o evento tenha sinalização de alarme remota em um sistema de supervisão, de modo a
assegurar uma resposta de reconhecimento e a execução das demais providências de
manutenção necessárias.

4.13.5.8 Painéis de força e comando de sistemas de traceamento elétrico devem possuir


espaço adicional para a instalação futura de aproximadamente 20 % de circuitos adicionais.

4.13.5.9 O projeto de circuitos distintos que utilizem um mesmo condutor de neutro comum
não é aceitável. Cada ramal de circuito deve possuir seu próprio condutor de neutro,
encaminhado desde o painel de distribuição até a caixa de ligação no campo.

4.14 Tensões de Alimentação do Painel de Distribuição e dos Circuitos dos Ramais

Deve ser prevista no projeto uma alimentação em separado para cada painel de distribuição,
proteção e controle com as seguintes características:

a) tensão de alimentação do painel:


- 127 V, monofásico, 60 Hz;
- 220 V, bifásico ou trifásico, 60 Hz;
- 440 V, trifásico, com neutro, 60 Hz;

Nota: Quando a tensão de alimentação disponível for diferente destas acima, a


instalação de transformador de distribuição de força se faz necessário. Um
transformador individual deve ser fornecido para cada painel de controle.

b) tensão de alimentação dos circuitos dos ramais: deve estar entre 100 V e
130 V ou 220 V e 254 V.

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4.15 Componentes do Sistema de Traceamento Elétrico

São relacionados a seguir os equipamentos e componentes que compõe o sistema de


traceamento para manutenção de temperatura:

a) painéis de proteção, distribuição e controle, possuindo grau de proteção


mínimo IP 54 (norma ABNT NBR IEC 60529), contendo os seguintes
componentes principais:
- disjuntores de proteção contra sobrecorrente, de entrada e dos circuitos
individuais de alimentação, fabricados conforme as normas IEC 60898-1 e
IEC 60947-2;
- contatores individuais para cada circuito de alimentação, fabricados conforme
a norma IEC 60947-4;
- dispositivos diferenciais-residuais de proteção de fuga à terra, individuais por
circuito, com corrente nominal de 30 mA, fabricados conforme normas IEC TR
60755 e IEC 61008-1 ou IEC 61009-1;
- controlador, monitor e alarme de temperatura;
- transformador de distribuição, instalado adjacente a cada painel de proteção,
distribuição e controle;
b) cabos de aquecimento para traceamento elétrico, com os acessórios
compatíveis e certificados por Organismo de Certificação Credenciado (OCC)
pelo INMETRO, quando requerido;
c) cabos de alimentação dos circuitos dos ramais;
d) eletrodutos e sistema de distribuição de circuitos;
e) sensores de temperatura;
f) isolamento térmico.

4.15.1 Os disjuntores de sobrecorrente devem ser especificados e dimensionados de


acordo com os requisitos da norma ABNT NBR 5410 e devem levar em consideração as
altas correntes de partida à frio dos circuitos.

4.15.2 Os cabos dos circuitos dos ramais de distribuição devem ser dimensionados e
instalados de acordo com os requisitos da norma ABNT NBR 5410.

4.15.3 Os contatores devem possuir capacidade nominal de comutação de 40 A.

4.15.4 Os circuitos de ramais devem ser projetados para possuírem disjuntores de corrente
nominal máxima de 20 A.

4.16 Cargas Auxiliares

4.16.1 Cargas auxiliares resistivas, tais como: lâmpadas pilotos de sinalização,


instrumentos indicadores e de medição podem ser conectados aos terminais de cabos de
aquecimento do tipo paralelo.

4.16.2 O projeto de tais instalações deve prever o aumento da carga na fiação de


alimentação elétrica nos cabos de aquecimento e a temperatura da conexão e deste modo
especificar acessórios e caixas de ligação apropriados para manter a integridade da
classificação da área e de todos os equipamentos envolvidos..

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4.16.3 A resistência de carga adicional pode ser modelada como um comprimento


equivalente de cabo de aquecimento, para a finalidade de dimensionamento do disjuntor de
proteção do circuito.

4.16.4 Caso requerido, deve ser especificada a instalação de caixas de ligação com
lâmpadas piloto montadas em uma de suas faces, no terminal de cada cabo de
aquecimento, de forma a sinalizar a disponibilidade de energia e a continuidade do circuito,
facilitando a inspeção visual.

4.17 Numeração e Identificação dos Circuitos

4.17.1 Cada cabo de aquecimento individual e cada componente elétrico do painel de


proteção, controle e distribuição, tal como: chaves comutadoras, controladores eletrônicos
de temperatura, disjuntores, contatores de força, relés auxiliares e transformadores devem
ser providos de número ou código de identificação. Estes “tags” de identificação devem ser
gravados em plaquetas de aço inoxidável com gravações em baixo relevo na cor preta.

4.17.2 Cada sensor de temperatura deve possuir “tag” de identificação, indicando todos os
cabos de aquecimento que este sensor controla.

4.17.3 O número da linha no fluxograma deve ser incorporado ao número do cabo de


aquecimento, de forma que todos os componentes do traço possam ter seu número próprio.

4.17.4 Uma lista dos circuitos deve ser montada em cada painel de distribuição
identificando cada circuito individual de traço elétrico. A lista deve incluir a identificação da
linha de processo ou do instrumento, bem como a demanda de potência deste circuito. Esta
lista de circuitos deve ser feita em plaqueta de aço inoxidável com gravações em baixo
relevo na cor preta.

5 REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

5.1 Preliminarmente ao projeto e instalação do sistema de traceamento elétrico em áreas


contendo atmosferas explosivas, devem ter sido geradas os respectivos documentos e
plantas de classificação de áreas, de acordo com a norma ABNT NBR IEC 60079-0, de
modo a definir a classificação da área em cada local onde devem ser instalados os
componentes relativos ao sistema de traceamento elétrico.

5.2 Para o projeto e a instalação de sistemas de traceamento elétrico em atmosferas


explosivas devem ser seguidas as exigências da norma ABNT NBR IEC 60079-0.

5.3 Os equipamentos elétricos para instalação em atmosferas explosivas devem ser


especificados, testados, certificados e instalados de forma a atender as exigências da norma
ABNT NBR IEC 60079-0.

5.4 A instalação do sistema de traceamento elétrico em áreas classificadas deve ser feita
de acordo com as exigências das normas ABNT NBR IEC 60079-14.

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5.5 Todos os cabos de aquecimento e materiais auxiliares devem ser projetados e


montados de acordo com os requisitos da classificação de área e das classes de
temperaturas máximas permissíveis nestas áreas.

5.6 Para áreas classificadas do tipo Zona 1 ou Zona 2, os seguintes critérios devem ser
aplicados:

a) o cabo de aquecimento deve possuir certificado de conformidade emitido por


Organismo de Certificação Credenciado (OCC) pelo INMETRO, com tipo de
proteção adequado para uso em áreas Zona 1 ou Zona 2, tal como segurança
aumentada - Ex e, de acordo com as normas IEC 60079-7 e ABNT NBR 9883;
b) um dispositivo de proteção de fuga à terra de 30 mA e com tempo de resposta
nominal de 100 ms deve ser utilizado para a proteção de cada circuito
individual;
c) a classe de temperatura de ignição (“T-Rating”) do cabo de aquecimento a ser
utilizado no projeto deve obedecer aos requisitos do estudo de classificação de
áreas do local da instalação;
d) a classe de temperatura de ignição (“T-Rating”) ou a temperatura de
auto-ignição de cada área deve ser informada na lista de linhas;
e) os métodos de conexão (caixas de ligação e bornes terminais) a serem
utilizados para os cabos de aquecimento devem ser compatíveis com os dados
de classificação de área (tal como tipo de proteção segurança aumentada, por
exemplo) e devem estar certificados como parte do sistema fornecido para uso
em áreas classificadas.

5.7 Quando a instalação do painel de proteção, controle e distribuição necessitar ser feita
em áreas classificadas, devem ser utilizados na construção do painel, sempre que possível,
componentes do tipo segurança amentada, com invólucros e caixas em poliéster reforçado
com fibra de vidro, réguas de bornes terminais e transformadores de comando com
marcação Ex e, e com componentes como disjuntores de sobrecorrente, chaves de
comando, contatores, sinaleiros, “pushbuttons” e dispositivos de proteção de fuga à terra
tipo DR, com contatos encapsulados de fábrica, com marcação Ex de IIC T6. Deve ser
evitada, sempre que possível, a utilização de painéis elétricos de proteção, controle e
distribuição que utilizem invólucros metálicos com tipo junta plana do tipo à prova de
explosão, em função dos complexos requisitos de instalação, inspeção e manutenção
necessários.

5.8 O sistema de traceamento elétrico deve ser projetado de tal maneira que a temperatura
de capa dos cabos de aquecimento não exceda a classe de temperatura de auto-ignição da
respectiva atmosfera, de acordo com os critérios descritos nos itens 5.8.1 a 5.8.2.3.

5.8.1 Em áreas classificadas do tipo Zona 1, a temperatura máxima de superfície dos cabos
de aquecimento deve ser calculada com base nos seguintes critérios:

a) temperatura máxima de processo considerando a existência de fluxo do


produto na tubulação e o cabo de aquecimento energizado na tensão nominal;
ou
b) temperatura máxima da linha presumindo não haver a existência de fluxo do
produto na tubulação (produto estático), na temperatura máxima do ambiente
no verão e o dispositivo de controle em posição de falha (mas na posição
“ligado”) e o cabo de aquecimento energizado na tensão nominal.

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Nota: Deve sempre ser considerada a situação mais crítica.

5.8.2 Em áreas do tipo Zona 2, a temperatura máxima do cabo de aquecimento deve ser
calculada com base na temperatura de manutenção da respectiva tubulação, na condição
de cabo de aquecimento energizado na tensão nominal.

5.8.2.1 Para cabos de aquecimento controlados por meio de sensores de temperatura


ambiente, a temperatura máxima de capa deve ser adotada com base no cabo energizado
na tensão nominal, na condição de inexistência de fluxo do produto na tubulação (produto
estático), na temperatura máxima de processo e com o cabo de aquecimento energizado na
tensão nominal.

5.8.2.2 Para cabos de aquecimento sem controle de temperatura, a temperatura máxima da


capa do cabo de aquecimento deve ser adotada com base na temperatura máxima para a
qual o cabo pode elevar a tubulação na condição de inexistência de fluxo de produto na
tubulação (produto estático) e na temperatura ambiente mais alta, na estação do verão.

5.8.2.3 A instalação de sistemas de traceamento elétrico com cabos de aquecimento não


controlados ou controlados por sensores de temperatura ambiente somente são permitidos
para instalação em áreas não classificadas ou áreas classificadas do tipo Zona 2, não sendo
permitida em áreas classificadas do tipo Zona 1.

5.9 Requisitos de Projeto para Áreas do Tipo Zona 1

5.9.1 A utilização de controladores, sistema de monitoração e sistemas de alarmes devem


ser cuidadosamente e seriamente analisadas quanto a manutenção da integridade de todo o
sistema, durante toda a sua vida útil.

5.9.2 A classe de temperatura de ignição (“T-Rating”) do cabo de aquecimento a ser


utilizado no projeto deve obedecer aos requisitos da norma ABNT NBR IEC 60079-0, nas
áreas onde este cabo de aquecimento deve ser instalado.

5.9.3 Cada circuito de ramal individual de traceamento elétrico deve ser protegido por um
disjuntor de sobrecorrente exclusivo.

5.9.4 Cada circuito de ramal individual de traceamento elétrico deve ser protegido por um
dispositivo diferencial-residual de fuga à terra com corrente nominal de 30 mA e tempo de
resposta nominal de 100 ms.

5.9.5 Todos os dispositivos de proteção diferenciais-residuais de fuga à terra conectados a


circuitos de traceamento elétrico instalados em Zona 1 devem ser claramente identificados e
marcados com relação a esta classificação de área, dentro do painel.

5.9.6 No evento da ocorrência de “trip” por fuga à terra de um dispositivo de proteção


diferencial-residual, este dispositivo deve ser bloqueado e não deve ser rearmado até que a
causa do “trip” tenha sido investigada e sanada por pessoal qualificado.

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5.9.7 Sempre que possível, os sensores de temperatura, as terminações e as caixas de


ligação devem ser instaladas fora da área classificada do tipo Zona 1.

5.9.8 O projeto do sistema de traceamento elétrico deve ser executado por pessoal
qualificado e deve ser inicialmente e basicamente documentado de acordo com as
informações indicadas no ANEXO A.

5.9.9 A documentação de projeto com instruções de instalação deve mencionar que as


unidades seladoras à prova de explosão a serem instaladas devem ser devidamente
seladas de acordo com as recomendações do fabricante, utilizando massa seladora
adequada. As etapas dos serviços devem ser executadas de acordo com a seqüência
descrita nos itens 5.9.9.1 a 5.9.9.3.

5.9.9.1 Após todos os condutores terem sido completamente instalados e testados, a


massa seladora deve ser aplicada. O “kit” de massa seladora e gaxeta deve ser
preferencialmente do mesmo fabricante da unidade seladora, onde for utilizada, ou de
acordo com recomendações do fabricante. A massa seladora e a gaxeta devem ser
utilizadas em estrita concordância com as recomendações do fabricante, especialmente
aquelas referentes à correta mistura do composto de selagem.

5.9.9.2 As unidades seladoras, uma vez completamente seladas, devem ser fechadas,
através do rosqueamento do respectivo plugue e pintadas com tinta na cor vermelha, de
modo a evidenciar a conformidade da instalação, imediatamente após a conclusão do
procedimento de selagem, facilitando a inspeção visual.

5.9.9.3 Um procedimento específico para esta operação de instalação e selagem de


unidades seladoras à prova de explosão, deve ser desenvolvido pela empresa montadora
do sistema e aprovado pela PETROBRAS, o qual deve incluir, no mínimo, as seguintes
etapas de identificação:

a) a unidade seladora tenha sido inspecionada pela fiscalização da PETROBRAS;


b) os cabos de aquecimento tenham sido lançados e testados;
c) a massa seladora tenha sido colocada e o plugue tenha sido firmemente
instalado;
d) a unidade seladora tenha sido pintada de vermelho.

5.10 A documentação de projeto com instruções de instalação deve mencionar que após a
conclusão da montagem e dos ensaios em todas as instalações elétricas em áreas
classificadas (Zona 1 e Zona 2), devem ser totalmente aplicados os procedimentos de
inspeção e preenchidos os relatórios e listas de verificação (“check-list”) indicados na norma
ABNT NBR IEC 60079-17. Tais relatórios devem ser apresentados para aprovação pela
fiscalização da PETROBRAS antes da partida do sistema.

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6 PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO, COMISSIONAMENTO E ENSAIOS

6.1 Recebimento e Estocagem

6.1.1 A estocagem dos cabos de aquecimento e seus respectivos acessórios deve ser feita
em local coberto, abrigado do tempo, limpo e seco.

6.1.2 A temperatura de estocagem deve estar entre -40 °C e 60 °C.

6.1.3 Os cabos de aquecimento e os seus acessórios do sistema de traço elétrico devem


ser protegidos contra choques mecânicos e danos físicos.

6.1.4 Os seguintes ensaios devem ser executados e documentados no relatório de


Instalação de aquecedores de traço elétrico (ver ANEXO B):

a) os cabos de traceamento e a superfície dos aquecedores devem ser


visualmente inspecionados contra danos ocorridos durante armazenamento e
movimentações;
b) ensaios de continuidade e de isolação devem ser executados em cada bobina,
como ensaio final de controle de qualidade, no recebimento.

6.1.5 A resistência de isolação deve ser medida entre os condutores dos cabos e a
cobertura metálica externa com um instrumento com tensão de aplicação de, no mínimo,
500 Vcc.

6.1.6 Cabos com isolação mineral (cabos do tipo MI) devem ser testado com tensões de, no
máximo, 1 000 Vcc. Cabos com isolação polimérica devem ser testados com tensões de, no
máximo, 2 500 Vcc.

6.1.7 O valor mínimo de resistência de isolação dos cabos deve ser de 20 M.

6.1.8 Os painéis de proteção e controle pré-fabricados devem ser completamente


verificados e aprovados no local de fabricação, antes da liberação para o embarque, de
modo a verificar a correta instalação e ligação da fiação interna, disposição dos
componentes e funcionalidade dos circuitos de proteção, controles e alarmes. Se, em casos
especiais, tais ensaios não forem especificados ou solicitados pelo usuário, toda a
respectiva documentação e relatórios de ensaios deve ser fornecida pelo fabricante do
painel, de modo a evidenciar que tais ensaios foram executados. Após o recebimento do
painel, uma inspeção geral deve novamente ser realizada, principalmente nos controladores
e outros equipamentos que possam ter sido danificados durante o transporte.

6.2 Planejamento da Instalação

6.2.1 O planejamento da instalação do sistema de aquecimento por traço elétrico deve ser
coordenada com o planejamento da montagem das disciplinas de tubulação, de caldeiraria,
de mecânica, de isolamento térmico e de instrumentação, de modo a assegurar uma
instalação adequada.

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6.2.2 A instalação do sistema de aquecimento por traço elétrico somente deve ser iniciada
após a maior parte dos serviços de montagem da tubulação e da mecânica terem sido
concluídos. Esta etapa não inclui a instalação do sistema de alimentação elétrica dos
circuitos, encaminhamentos de eletrodutos ou bandejas e caixas de ligação. A instalação de
tais componentes e controladores pode ser iniciada após a montagem do sistema da
tubulação ou de vasos ter sido concluída.

6.2.3 O isolamento térmico de cada segmento do sistema de tubulação ou de vasos, não


deve ser instalado até que a instalação dos dispositivos dos sistema de traceamento elétrico
tenha sido concluída e testada.

6.3 Recomendações Gerais de Instalação

6.3.1 Os cabos do traço elétrico devem ser instalados em superfícies limpas da tubulação,
evitando-se curvas fechadas ou cantos vivos. Cabos devem ser dispostos de forma a evitar
danos devidos a impactos, abrasão ou vibração.

6.3.2 Os cabos do traço elétrico devem ser fixados na superfície dos tubos de acordo com
as especificações do fabricante. Cuidados especiais devem ser tomados de modo a evitar a
presença de materiais ou substâncias alcalinas, normalmente encontradas em materiais tais
como: em isolamento térmico e fita isolante, sobre as coberturas metálicas de aço inoxidável
dos cabos do traço elétrico.

6.3.3 Os materiais para fixação dos cabos de aquecimento não devem danificar a capa
externa dos cabos e devem ser adequados para suportar a máxima temperatura de
exposição a ser submetida pela tubulação, mesmo em situações ocasionais de processo.

6.3.4 Os cabos de aquecimento auto-reguláveis devem ser fixadas ao tubo com fitas de
fibra de vidro com adesivo resistente à temperatura, a intervalos máximos de 0,3 m.

6.3.5 Os cabos de aquecimento com isolação mineral (cabos do tipo MI) devem ser fixados
à tubulação a intervalos máximos de 0,3 m, por meio de um arame inoxidável de seção
de 1,0 mm2.

6.3.6 Os cabos do traço elétrico devem ser instalados de forma a facilitar a remoção de
válvulas, pequenos acessórios de tubulação e instrumentos, sem a necessidade de corte ou
retirada de todo o trecho de cabo e sem a necessidade de remoção de excessiva
quantidade de isolamento térmico.

6.3.7 Algumas válvulas especiais ou complexos dispositivos da tubulação podem requerer


que as irregularidades de sua superfície sejam cobertas com uma espuma metálica ou outro
material de transferência de calor, de modo a obter adequada e requerida condutividade
térmica.

6.3.8 Nos locais onde os materiais de transferência de calor são utilizados para reduzir a
temperatura de superfície em áreas classificadas, devem ser realizadas inspeções
completas de modo a assegurar a adequada instalação inicial e a correta reinstalação após
serviços de reparos.

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6.3.9 A sobreposição de cabos de traço elétrico pode originar locais de temperaturas


excessivas, nos pontos de sobreposição e somente deve ser realizada de acordo com as
instruções do fabricante.

6.3.10 As terminações frias dos cabos de traço elétrico devem ser posicionadas de modo a
facilitar a penetração do cabo no isolamento térmico e ser localizado na geratriz inferior da
tubulação, de modo a minimizar a entrada de água.

6.3.11 Durante a montagem de sistemas de traço elétrico em grandes projetos, pode existir
a necessidade de modificar cabos de aquecimento ou prever cabos adicionais.
Recomenda-se que o contrato de montagem do sistema inclua a possibilidade de execução
de serviços no local da instalação para rapidamente executar estas alterações, bem como
da atualização da respectiva documentação técnica. Nestes casos o instalador deve prever
a necessidade de execução de serviços no local, para a modificação de cabos
pré-fabricados. [Prática Recomendada]

6.4 Instalação de Elementos Aquecedores

6.4.1 Elementos aquecedores devem ser instalados em superfícies limpas e livres de


umidade, sujeira, graxa, corrosão e pontos de respingos de soldagem.

6.4.2 Em aplicações de aquecimento de vasos, o local da instalação de toda a superfície do


aquecedor deve estar abaixo do nível mínimo de líquido do vaso.

6.4.3 A fixação do aquecedor de superfície deve ser feita de acordo com as instruções do
fabricante. Deve ser assegurado um bom contato entre a superfície a ser aquecida e o
aquecedor. A instalação do aquecedor sobre irregularidades de superfície, tais como pontos
de respingos de solda ou suportes deve ser evitada.

6.4.4 Após a conclusão da montagem e dos ensaios em todas as instalações elétricas em


áreas classificadas (tanto Zona 1 como Zona 2), devem ser totalmente aplicados os
procedimentos de inspeção e preenchidos os relatórios e listas de verificação (“check-list”)
indicados na norma ABNT NBR IEC 60079-17. Tais relatórios devem ser apresentados para
aprovação pela fiscalização da PETROBRAS antes da partida do sistema.

6.5 Requisitos Especiais de Instalação em Áreas Classificadas do Tipo Zona 1

6.5.1 As pessoas responsáveis pela instalação de sistemas de traceamento elétrico em


áreas do tipo Zona 1 devem assegurar que a instalação e a inspeção sejam realizadas por
pessoal devidamente treinado, qualificado e com conhecimentos em sistemas de
traceamento elétrico para este tipo de área classificada.

6.5.2 A instalação e a inspeção devem ser rigorosamente realizadas de acordo com o


projeto do sistema do fabricante, recomendações e instruções de instalação do produto.

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6.5.3 Devem ser rigorosamente seguidos e atendidos os requisitos de verificações e


ensaios contidos na lista de verificação de instalação para áreas do tipo Zona 1, indicados
no ANEXO E.

6.5.4 Deve ser verificada se a instalação proposta utiliza cabos de aquecimento e


componentes acessórios para o sistema aprovados e certificados para instalação em
Zona 1. A documentação do fabricante e requisitos de instalação devem ser verificados para
instalação específica em Zona 1 e para assegurar que o sistema de aquecimento seja
compatível com o ambiente da instalação.

6.5.5 Deve ser realizada uma inspeção visual de cada dispositivo e componente do sistema
de aquecimento quanto a qualquer dano devido a manuseio ou estocagem. Além disto, deve
ser testada a continuidade da capa ou malha metálica e a resistência de isolação dos
aquecedores. Os valores medidos de isolação devem ser maiores do que 20 M.

6.5.6 Na instalação de sistemas de traceamento elétrico com distribuição em eletrodutos,


cada unidade seladora deve conter somente um cabo aquecedor ou circuito de alimentação
de força. É necessária a instalação de uma unidade seladora no circuito de alimentação de
força e nos eletrodutos imediatamente adjacentes às caixas de ligação de força.

6.5.7 Após completada a instalação e o término da montagem do sistema de aquecimento


por traço elétrico, deve ser executada uma inspeção visual em cada componente e conexão
e realizados os ensaios de isolação elétrica de cada circuito, antes de aplicação da selagem
e pintura de identificação nas unidades seladoras. Os valores medidos não devem ser
inferiores a 20 M.

6.5.8 Após a instalação do isolamento térmico, deve novamente ser testada a isolação
elétrica da capa externa do cabo de aquecimento, a fim de assegurar a sua integridade.

6.5.9 Deve ser verificado o circuito de alimentação de força de cada cabo de aquecimento.
É necessária a instalação de dispositivos diferenciais-residuais de fuga à terra em cada
circuito. Deve ser testada a operação de cada dispositivo antes da conexão do circuito ao
cabo de aquecimento, de acordo com as recomendações do fabricante.

6.5.10 Somente para instalações de sistemas de traceamento elétrico para áreas


classificadas do tipo Zona 1, as pessoas responsáveis pela instalação do sistema devem
preencher a lista de verificação específica (“check-list”) para este tipo de área, conforme
indicado no ANEXO E. Este relatório deve ser submetido para apreciação do fabricante.
Este procedimento é necessário para atender os completos requisitos de entidades
certificadoras da instalação.

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6.6 Verificações Pré-Montagem

6.6.1 Verificações de Recebimento

6.6.1.1 Conferir o modelo e o código do cabo de aquecimento e acessórios recebidos de


acordo com o especificado. O modelo do cabo de aquecimento deve estar impresso na sua
capa externa de proteção.

6.6.1.2 O cabo de aquecimento deve estar embalado em bobinas e estas acondicionadas


em caixas de papelão.

6.6.1.3 Os acessórios do sistema de traceamento elétrico devem ser embalados


individualmente em caixas de papelão ou sacos plásticos.

6.6.2 Inspeção na Tubulação

6.6.2.1 Deve ser verificado que tenha sido concluído o ensaio hidrostático, bem como a
instalação de bombas, filtros, válvulas, flanges, uniões e demais acessórios da tubulação. A
instalação dos cabos de aquecimento não deve ser iniciada caso haja a necessidade de
manuseio ou reparo da tubulação.

6.6.2.2 Antes de iniciar a instalação dos cabos de aquecimento, a tubulação e seus


acessórios devem ser limpos, com a remoção de poeiras e graxas a fim de facilitar a
aderência da fita adesiva de fixação do cabo de aquecimento.

6.6.2.3 Deve ser efetuado um planejamento prévio de encaminhamento dos cabos de


aquecimento na tubulação, antes do início da instalação.

6.6.3 Manuseio do Cabo de Aquecimento

6.6.3.1 Deve ser verificada se a pintura da tubulação, se houver, está concluída e se a tinta
está seca.

6.6.3.2 As bobinas dos cabos de aquecimento devem ser instaladas sobre cavaletes, de
forma a facilitar o seu manuseio.

6.6.3.3 As extremidades dos cabos de aquecimento devem ser protegidas caso os serviços
de instalação sejam interrompidos antes da instalação das caixas de ligação e dos demais
acessórios do sistema de traço elétrico.

6.6.3.4 No desenrolar do cabo de aquecimento, devem ser evitados:

a) a sua passagem por pontas ou bordas afiadas que danifiquem a sua capa
externa;

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b) força excessiva no puxamento dos cabos de aquecimento, na bobina;


c) esmagamento do cabo de aquecimento;
d) passagem de equipamentos por sobre o cabo de aquecimento.

6.6.4 Posicionamento do Cabo de Aquecimento

6.6.4.1 O cabo de aquecimento deve ser fixado na tubulação somente com fitas adesivas
apropriadas, confeccionadas em alumínio ou fibra de vidro.

6.6.4.2 Não devem ser utilizados fios metálicos, arames, abraçadeiras, fita crepe ou isolante
para a fixação do cabo de aquecimento na tubulação.

6.6.4.3 O posicionamento do cabo de aquecimento na tubulação e nos seus acessórios


deve ser feito de acordo com os detalhes típicos indicados nesta Norma ou no projeto.

6.7 Instalação dos Acessórios do Cabo de Aquecimento

6.7.1 Todas as conexões do cabo de aquecimento devem ser executadas com os


respectivos acessórios fornecidos pelo fabricante.

6.7.2 Para a correta instalação dos acessórios e para a decapagem do cabo de


aquecimento, devem ser seguidas as instruções de instalação do fabricante, contidas nas
embalagens dos acessórios.

6.7.3 Os condutores elétricos de cabos de aquecimento diferentes, nunca devem ser


conectados entre si. Pelo fato de um cabo de aquecimento representar um circuito de
resistores em paralelo, a ligação indevida de cabos de aquecimento diferentes em paralelo
pode levar a destruição dos materiais.

6.8 Isolamento Térmico

6.8.1 Antes da instalação do isolamento térmico, deve ser verificada a correta instalação do
cabo de aquecimento e de seus acessórios.

6.8.2 Deve ser verificado que o tipo e a espessura do isolamento térmico estão de acordo
com o especificado no projeto.

6.8.3 O isolamento térmico deve estar seco.

6.8.4 A instalação do isolamento térmico na tubulação deve ser iniciada imediatamente


após a conclusão da instalação do cabo de aquecimento, a fim de diminuir os riscos de
ocorrência de danos em sua capa externa.

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6.8.5 Deve ser verificado que bombas, filtros, válvulas, flanges e quaisquer outros
acessórios da tubulação estejam corretamente isolados.

6.8.6 Após a instalação da proteção de alumínio ou de outra proteção contra o tempo


externamente ao isolamento térmico, devem ser instaladas etiquetas auto adesivas com os
dizeres “Traceado Eletricamente” ao longo da tubulação, em intervalos regulares de 5 m, no
mínimo, em 2 posições diametralmente opostas da tubulação.

6.8.7 Devem ser instaladas etiquetas auto adesivas com os dizeres “Terminal de
Extremidade” na posição onde forem instalados os terminais de extremidade de cada
circuito.

6.9 Ensaios dos Cabos dos Circuitos dos Ramais

Deve ser testada a resistência de isolação elétrica do circuito completo do ramal, após o
término da instalação do isolamento térmico. A medição mínima deve ser de 10 M, medido
com a aplicação da tensão de 500 Vcc. Se necessário, a operação de cada circuito de cabo
de aquecimento deve ser verificada através da aplicação da tensão nominal do circuito e
registrando-se a corrente e a temperatura da tubulação, em condição de temperatura
estabilizada. Deve ser permitido um tempo para a estabilização da corrente do circuito, uma
vez que a corrente de partida é normalmente muito superior à corrente normal de operação
do circuito.

6.10 Ligações Elétricas e Proteção dos Circuitos

6.10.1 Deve ser verificado se a tensão de alimentação do sistema é compatível com a


especificada no projeto.

6.10.2 Deve ser verificado se os disjuntores de proteção contra curto-circuito estão


dimensionados de acordo com o especificado no projeto para cada circuito de cabo de
aquecimento.

6.10.3 Deve ser verificada a instalação, para cada circuito de cabo de aquecimento, de um
disjuntor de proteção diferencial contra correntes de fuga a terra, com corrente nominal
de 30 mA.

6.11 Ensaios Funcionais e Comissionamento

6.11.1 Todos os circuitos de alimentação dos ramais devem ser energizados e devem ser
registradas as suas respectivas correntes de operação.

6.11.2 Uma desativação temporária dos dispositivos de controle de temperatura pode ser
requerida nesta etapa de ensaios.

36
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6.11.3 Deve ser verificado se os circuitos de monitoração e alarmes estão operacionais.


Uma desativação temporária dos contatos de campo pode ser requerida nesta etapa de
ensaios.

6.11.4 Deve ser claramente preenchido um relatório conforme o ANEXO C para cada
circuito, registrando o resultado dos seguintes ensaios:

a) valores de resistência de isolação elétrica para medição efetuada;


b) tensão utilizada no ensaio, a corrente resultante e a temperatura da tubulação;
c) verificação da operação conforme previsto dos componentes de alarme e
monitoração;
d) verificação de que a calibração do ponto de ajuste da temperatura do
controlador tenha sido executada e que o controlador tenha sido ajustado para
este valor;
e) “tagueamento” e identificação permanente e definitiva dos seguintes
componentes:
- disjuntores dos circuitos dos ramais;
- aparelhos de monitoração e alarme;
- conexões de força dos cabos de aquecimento;
- número do circuito e do ponto de ajuste de cada termostato;
f) deve ser aplicada, sobre a cobertura externa do isolamento térmico,
identificação da tubulação, indicando a presença de traceamento elétrico; esta
identificação deve ser aplicada a intervalos não superiores a 6 m e deve ser
aplicada também por sobre a cobertura externa do isolamento térmico de cada
válvula ou outro equipamento que possa requerer manutenção periódica;
g) deve ser mantida a documentação final do sistema, a qual deve incluir as
revisões dos desenhos em caráter conforme construído (“as built”) dos dados
acima citados;
h) a geração de um fluxograma de engenharia indicando a localização de cada
circuito é recomendada em função de sua utilidade durante a operação do
sistema e para a solução de condições anormais, bem como no auxílio dos
serviços de manutenção dos equipamentos do sistema.

6.12 Ensaio de Isolação em Cabos de Aquecimento do Tipo Auto-Regulável

6.12.1 Deve ser verificada, após o término da instalação do cabo de aquecimento, a


isolação elétrica da sua capa externa de proteção, em relação a tubulação onde o cabo de
aquecimento encontra-se instalado.

6.12.2 Para a execução do ensaio de isolação deve ser utilizado um megômetro com
aplicação de tensão de 500 Vcc a 2 500 Vcc, devidamente aferido.

6.12.3 Os cabos de aquecimento com isolamento mineral (cabos do tipo MI) devem ser
testado a uma tensão de, no máximo, 1 000 Vcc.

6.12.4 Procedimento de ensaio:

a) conectar os 2 condutores da extremidade da ligação do cabo de aquecimento


ao positivo do megômetro;

37
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N-1857 REV. A OUT / 2004

b) conectar o negativo do megômetro na cordoalha de aterramento da cabo de


aquecimento;
c) iniciar a medição da isolação elétrica com aplicação da tensão de 500 Vcc,
aplicando-se sucessivamente 1 000 Vcc, 1 500 Vcc, 2 000 Vcc e 2 500 Vcc.

6.12.5 O valor mínimo para cada medição deve ser de 20 M.

6.12.5.1 Após a conclusão da medição acima indicada, conectar o positivo do megômetro


na cordoalha de aterramento da cabo de aquecimento e o negativo na tubulação.

6.12.5.2 Iniciar a medição da isolação elétrica com aplicação da tensão de 500 Vcc,
aplicando-se sucessivamente 1 000 Vcc, 1 500 Vcc, 2 000 Vcc e 2 500 Vcc.

6.12.5.3 O valor mínimo para cada medição deve ser de 20 M.

6.13 Verificações Pós-Montagem

Após a montagem e interligação elétrica completa dos cabos de aquecimento, porém antes
da colocação do isolamento térmico à tubulação e aos equipamentos, os ensaios descritos
nos itens 6.13.1 a 6.13.3 devem ser feitos para assegurar que não foram causados danos
durante a instalação.

6.13.1 Verificação da continuidade e resistência de cada elemento de aquecimento de


modo a assegurar que nenhum elemento condutor tenha sido danificado.

6.13.2 Cada elemento de aquecimento deve ser testado com um megômetro de 500 Vcc
entre condutor e capa para verificar a resistência de isolamento. A resistência de isolamento
deve normalmente ser de vários milhares de M. Se a medição mostra uma resistência de
isolamento de 5 M ou menos, indica a possibilidade de que a umidade pode ter danificado
o elemento, e portanto o elemento aquecedor não deve ser utilizado. Cabos de aquecimento
auto-reguláveis devem ter uma resistência de isolamento de, no mínimo, 20 M.

6.13.3 Deve ser medida a tensão efetiva bem como a corrente de cada cabo de
aquecimento e estes dados devem ser comparados com os dados de projeto.

6.14 Ensaios Após a Instalação do Isolamento Térmico

Devem ser repetidos os ensaios e verificações mencionados no item 6.13, após a


montagem do isolamento térmico e seu acabamento na tubulação. Este último ensaio deve
ser testemunhado pelo usuário da instalação.

6.15 Relatórios e Registros de Inspeção e Ensaios

Os dados obtidos tanto nos ensaios antes da montagem do isolamento como após a
montagem devem ser registrados para cada elemento de aquecimento e para cada circuito
de traceamento elétrico. Todos os resultados devem ser registrados nos registro de
instalação de aquecedores para sistemas de traço elétrico (ver ANEXO B).

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6.16 Treinamento do Pessoal de Montagem

O treinamento da equipe de montagem é um importante passo para a perfeita e correta


instalação do traço elétrico. O contrato de instalação do sistema e o contrato de
fornecimento dos cabos deve prever assistência pelo fabricante ao montador para
treinamento da equipe de montagem. As seguintes assistências e informações devem ser
fornecidas durante esta fase de capacitação de pessoal:

a) interpretação dos desenhos e detalhes de montagem;


b) treinamento sobre as práticas corretas de montagem;
c) treinamento para terminações no campo, quando aplicável;
d) treinamento em ensaios, reparos no campo e comissionamento.

7 PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO

7.1 Operação, Manutenção Preventiva e Reparos na Tubulação

7.1.1 A temperatura máxima de exposição na tubulação não deve exceder a temperatura


especificada no cabo de aquecimento. Caso o cabo de aquecimento fique submetido a
temperaturas acima da qual o cabo de aquecimento foi especificado, ocorre a redução da
sua vida útil.

7.1.2 O isolamento térmico da tubulação deve estar íntegro e seco, de forma que o sistema
opere na temperatura de manutenção especificada no projeto.

7.1.3 Deve ser efetuada periodicamente uma inspeção visual no isolamento térmico, a fim
de verificar a ocorrência de algum dano mecânico no cabo de aquecimento.

7.1.4 Devem ser efetuados periodicamente os ensaios de isolação do cabo de


aquecimento, a verificação da temperatura de manutenção e da corrente de regime.

7.1.5 Antes do início de qualquer reparo na tubulação, a alimentação elétrica do circuito do


cabo de aquecimento deve ser desligada.

7.1.6 Ao término da manutenção da tubulação, deve ser verificada a correta reinstalação do


cabo de aquecimento e a correta reinstalação do isolamento térmico.

7.1.7 Após a conclusão dos serviços de manutenção, deve ser verificado o correto
funcionamento dos dispositivos de proteção do cabo de aquecimento.

7.2 Manutenção em Cabo de Aquecimento do Tipo Auto-Regulável

7.2.1 O cabo de aquecimento que apresentar defeito não deve ser reparado. Quando da
ocorrência de dano na cabo de aquecimento, todo o trecho danificado deve ser removido e
substituído por um trecho novo, utilizando-se conexões de emenda adequadas, indicada
pelo fabricante do cabo de aquecimento.

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7.2.2 Devem ser removidos os trechos do cabo de aquecimento danificados por penetração
de umidade ou líquidos que tenham atacado a capa externa de proteção. Danos deste tipo
podem ser identificados devido ao desarme constante do dispositivo de proteção
diferencial-residual de fuga à terra.

7.2.3 Também devem ser substituídos os trechos do cabo de aquecimento que tenham
ficado expostos à chama ou ao fogo.

7.3 Requisitos para Manutenção em Zona 1

7.3.1 Deve ser visualmente examinado cada segmento de cabo de aquecimento e seus
acessórios contra possíveis danos após cada atividade de manutenção.

7.3.2 As unidades seladoras devem ser verificadas em cada conexão de força, derivações
em “T”, emendas e nas terminações dos aquecedores.

7.3.3 Após a reinstalação dos cabos de aquecimento, deve ser efetuada uma inspeção
visual em cada componente e em cada conexão.

7.3.4 Deve ser testada a resistência de isolação elétrica, conforme procedimento indicado
nesta Norma.

7.3.5 Devem ser verificados os componentes de proteção de cada circuito que tenham sido
submetidos a procedimentos de manutenção. Deve ser testada a operação do dispositivo de
proteção diferencial de fuga à terra de cada circuito que tenha sido submetido a
procedimentos de manutenção.

7.4 Inspeção Visual

Deve ser executada uma inspeção visual periódica para verificação por danos ou defeitos na
isolação térmica e nas suas barreiras de proteção contra intempéries. Se forem encontrados
trechos danificados ou defeituosos, o isolamento térmico deve ser removido, reparado ou
substituído e o cabo de aquecimento deve ser verificado com relação a existência de algum
dano. As inspeções visuais devem consistir na observação de todos os componentes e
conexões do sistema com relação a existência das seguintes ocorrências:

a) superaquecimento (postos queimados);


b) presença de vazamentos, sinais de corrosão e materiais estranhos;
c) conexões elétricas frouxas;
d) invólucros dos painéis de controle e dos termostatos não propriamente
vedados ou com umidade.

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7.5 Verificação Operacional Periódica

7.5.1 A verificação operacional periódica em circuitos de traceamento elétrico é essencial


para uma manutenção confiável e livre de problemas operacionais. É recomendado que
estas verificações sejam programadas em intervalos regulares de acordo com
recomendações do fabricante, dependentes da importância e da continuidade de utilização
do sistema de traceamento elétrico para o processo ou operação da planta. [Prática
Recomendada]

7.5.2 Todos os circuitos e controles devem ser verificados quanto a sua operação
adequada. Cada circuito deve ser verificado quanto a resistência de isolação elétrica,
continuidade, corrente normal de operação e tensão de alimentação.

7.5.3 Todos os dispositivos destinados a controle, tais como: termostatos, lâmpadas de


sinalização, medidores, controladores, etc., devem ser verificados quanto a sua adequada
operação e indicação.

7.5.4 Nos casos em que o sistema de traceamento elétrico é utilizado para manutenção de
temperatura ou para controle de processos críticos, uma verificação operacional deve ser
efetuada após cada intervenção de manutenção tenha sido executada na tubulação, vaso
ou equipamento incluído no sistema, de modo a assegurar a integridade do cabo de
aquecimento, antes da reenergização. Os dispositivos diferenciais-residuais de fuga à terra
devem ser testados periodicamente, sempre que o circuito for energizado.

8 DETALHES TÍPICOS DE MONTAGEM E INSTALAÇÃO

São apresentados a seguir alguns detalhes típicos de instalação de cabos de aquecimento,


sensores de temperatura, caixas de ligação e demais acessórios de montagem, a serem
utilizados nas fases de projeto e de instalação do sistema de traceamento elétrico.

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9 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

9.1 Dados Preliminares Necessários para o Projeto

A extensão e a abrangência do sistema de traceamento elétrico deve ser definida na fase


preliminar do projeto de processo. Nesta etapa do projeto, devem ser providenciados e
reunidos os seguintes dados e informações:

a) todos os dados básicos pertinentes ao local da instalação, os quais devem


incluir a temperatura mínima do ambiente e a velocidade máxima dos ventos
na região;
b) fluxogramas de processo, indicando os diâmetros das tubulações, valores de
pressão de operação das tubulações, números da linhas e “ag” dos
equipamentos, requisitos do sistema de traceamento elétrico, bem como
material e espessura do isolamento; devem ser identificadas e definidas as
zonas ou circuitos de controle;
c) plantas do local de instalação mostrando também a localização das fontes de
alimentação elétrica;
d) plantas das tubulações com suas elevações;
e) desenhos isométricos da tubulação;
f) plantas com as classificações de área e elevações;
g) especificação do isolamento térmico e da condutividade térmica;
h) simbologia referente ao sistema de traceamento elétrico e à numeração de
circuitos e componentes;
i) para cada trecho de tubulação e equipamento, a respectiva temperatura de
manutenção requerida;
j) temperatura normal de operação;
k) temperatura máxima de operação ou exposição, inclusive para casos de
limpeza com vapor;
l) limites de temperatura alta para o produto contido na tubulação.

9.2 Projeto Preliminar

Na fase do projeto básico, deve ser responsabilidade da especialidade da engenharia de


processo preparar fluxogramas de processo para o traço elétrico. Estes fluxogramas devem
mostrar os circuitos de controle, localização dos sensores de temperatura e conexões em
série requeridas para manutenção. Tais documentos devem ser preparados antes do início
do detalhamento do projeto do sistema de aquecimento por traceamento elétrico.

9.3 Dados do Projeto, Plantas e Diagramas Elétricos

9.3.1 Para cada cabo de aquecimento deve ser preparado um desenho isométrico conforme
segue:

a) o desenho deve mostrar detalhes suficientemente claros para descrever a


montagem de cada unidade de cabo de aquecimento;
b) o desenho isométrico deve mostrar, no mínimo:
- localização do sensor de temperatura;
- localização de conexões em série para fins de manutenção;
- localização das partes frias dos pontos de alimentação dos cabos de
aquecimento bem como caixas locais de alimentação;

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- localização de válvulas, flanges, suportes de tubulação, “vents”, drenos,


conexões de instrumentos, etc. que requeiram traceamento elétrico;
- descrição básica do sistema de traceamento elétrico;
- identificação básica da linha ou do equipamento;
- referência das linhas adjacentes ou equipamentos montados nas linhas
traceadas;
- referência sobre a alimentação elétrica;
- corrente normal de partida do cabo de aquecimento na temperatura ambiente;
- notas e instruções especiais de instalação;
- todos os equipamentos “tagueados” (válvulas de controle, bombas, vasos,
etc.).

9.3.2 Uma listagem completa dos cabos de aquecimento deve ser elaborada, indicando
todos os dados relevantes de linhas e dados elétricos.

9.3.3 Diagramas unifilares, multifilares, de interligação e de fiação devem ser gerados pelo
projeto e referenciados na lista de cabos de aquecimento e nos desenhos isométricos.

9.3.4 As plantas de arranjo devem mostrar a localização dos painéis de proteção e


distribuição dos circuitos, o encaminhamento dos eletrodutos ou bandejas e os números de
identificação dos circuitos dos ramais.

9.4 Detalhes e Procedimentos de Instalação

9.4.1 Os detalhes de instalação devem mostrar e descrever a instalação de cabos de


aquecimento e de seus componentes para um sistema de traceamento elétrico.

9.4.2 O projeto de detalhamento deve gerar a documentação referente aos detalhes e


procedimentos de instalação a serem utilizados pelo pessoal de montagem no campo, na
fase de instalação. Esta documentação de projeto deve incluir todos os detalhes e
instruções especiais fornecidas pelo fabricante ou fornecedor do sistema. Também devem
ser elaborados os procedimentos de terminações no campo, quando aplicável, bem como os
procedimentos de reparos no campo.

_____________

/ANEXOS A, B, C, D e E

72
-PÚBLICO-
Nº REV.

FOLHA:
de

DADOS BÁSICOS DE PROJETO PARA


SISTEMAS DE AQUECIMENTO POR TRAÇO ELÉTRICO
LOCALIZAÇÃO: SISTEMA: NÚMERO DO PROJETO: DESENHOS DE REFERÊNCIA:

INFORMAÇÕES DO LOCAL DA INSTALAÇÃO

TEMPERATURA AMBIENTE MÍNIMA (°C): VELOCIDADE DO VENTO DE PROJETO (km/h):

TEMPERATURA AMBIENTE MÁXIMA (°C): FATOR DE SEGURANÇA DO PROJETO:

INSTALAÇÃO: AO TEMPO / EXTERNA ABRIGADA / INTERNA AMBIENTE CORROSIVO

REQUISITOS DO SISTEMA

TIPO 1 (MANUTENÇÃO DE TEMPERATURA ACIMA DE UM VALOR MÍNIMO)

TIPO 2 (PROCESSO MANTIDO DENTRO DE UMA FAIXA MODERADA DE TEMPERATURA)

TIPO 3 (PROCESSO MANTIDO DENTRO DE UMA FAIXA RESTRITA DE TEMPERATURA)

APLICAÇÃO

TUBULAÇÕES VASOS OUTRA:

TUBULAÇÕES / VASOS NÃO-METÁLICOS “TUBING” DE INSTRUMENTOS

ESPIRALAMENTO DO TRAÇO ELÉTRICO PERMITIDO SIM NÃO

INFORMAÇÕES DO PROCESSO

PRODUTO NO INTERIOR DA TUBULAÇÃO: LÍQUIDO GÁS VAPOR

TEMPERATURA DE MANUTENÇÃO DA TUBULAÇÃO (°C): TEMPERATURA NORMAL DE OPERAÇÃO DO PROCESSO (°C):


TEMPERATURA MÍNIMA PERMITIDA PARA O PRODUTO TEMPERATURA MÁXIMA PERMITIDA PARA O PRODUTO (°C):
(°C):
TEMPERATURA MÁXIMA DA TUBULAÇÃO (CASOS ESPECIAIS DE VARIAÇÃO DO PROCESSO, LIMPEZA COM VAPOR, ETC.) (°C):

DADOS DO SISTEMA DA TUBULAÇÃO (OU VASO)


MATERIAL DA TUBULAÇÃO (OU DIÂMETRO: “SCHEDULE” (ESPESSURA):
VASO):
CONDIÇÃO ESPECIAL (TUBULAÇÃO COM REVESTIMENTOS INTERNOS, “LINING”, ETC.):

MÉTODOS DE SUPORTE DA TUBULAÇÃO: CONTATO DIRETO ISOLAÇÃO TÉRMICA EXTERNA (PREFERIDO)

SISTEMA DE ISOLAÇÃO TÉRMICA


TIPO DE MATERIAL ISOLANTE: ESPESSURA (mm): FATOR K / TEMPERATURA:
MÁXIMA TEMPERATURA DE EXPOSIÇÃO SOBREDIMENSIONAMENTO INSTALADO:
(°C):
ISOLAÇÃO DOS ACESSÓRIOS (VÁLVULAS, BOMBAS, ETC.):

SISTEMA ELÉTRICO
FONTE DE ALIMENTAÇÃO TENSÃO (V): FREQÜÊNCIA (Hz): NÚMERO DE FASES: 1 2 3 N

CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA: ZONA 1 2 - GRUPO II A B C - CLASSE DE TEMPERATURA: T 1 2 3 4 5 6


GÁS / VAPOR DETERMINANTE (TEMPERATURA DE IGNIÇÃO MAIS BAIXA):

CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS DO SISTEMA

REQUISITOS ESPECIAIS: PARTIDA FRIA FUSÃO DO PRODUTO OUTRAS:

VOLUME DO SÓLIDO/LÍQUIDO A SER AQUECIDO (m³): EM MOVIMENTO ESTÁTICO

TEMPO ADMISSÍVEL PARA AQUECIMENTO / MUDANÇA DE FASE (s):


TEMPERATURA INICIAL DO PRODUTO (°C): TEMPERATURA FINAL DO PRODUTO (°C):
TEMPERATURA DE MUDANÇA DE FASE DO PRODUTO (°C):
CALOR ESPECÍFICO (J/kg.°C) SÓLIDO: LÍQUIDO: VAPOR:
DENSIDADE (kg/m³) SÓLIDO: LÍQUIDO: VAPOR:
CALOR DE FUSÃO OU DE VAPORIZAÇÃO (J/kg):
PREPARADO POR: EMPRESA: DATA:
EXECUTADO POR: EMPRESA: DATA:
APROVADO POR: EMPRESA: DATA:
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.

FORMULÁRIO PERTENCENTE À NORMA PETROBRAS N-1857 REV. A ANEXO A - FOLHA 01/01


-PÚBLICO-
Nº REV.

FOLHA:
de

REGISTRO DE INSTALAÇÃO DE AQUECEDORES PARA


SISTEMAS DE AQUECIMENTO POR TRAÇO ELÉTRICO
LOCALIZAÇÃO: SISTEMA: NÚMERO DO PROJETO: DESENHOS DE REFERÊNCIA:

No DO AQUECEDOR: No DA LINHA: CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA: CLASSE DE TEMPERATURA:

ZONA 1 2 GRUPO II A B C T 1 2 3 4 5 6
o
N DO PAINEL: LOCALIZAÇÃO: o
N DO CIRCUITO: TENSÃO E CORRENTE DO
CIRCUITO:
V A
FABRICANTE DO
MODELO DO AQUECEDOR: POTÊNCIA DO AQUECEDOR POR UNIDADE DE COMPRIMENTO / TENSÃO:
AQUECEDOR:
W/m V

FABRICANTE / MODELO DO MEGÔMETRO: ESCALA DE TENSÃO (V): PRECISÃO/FUNDO DE DATA DA ÚLTIMA CALIBRAÇÃO:
ESCALA:

PRECISÃO/FUNDO DE
FABRICANTE / MODELO DO MULTÍMETRO: ESCALA DE RESISTÊNCIA (): DATA DA ÚLTIMA CALIBRAÇÃO:
ESCALA:

TESTE DO ELEMENTO AQUECEDOR RESULTADO DO TESTE / COMENTÁRIO DATA RUBRICA

A RESISTÊNCIA MÍNIMA DE ISOLAÇÃO ACEITÁVEL DEVE SER DE 20 M. A TENSÃO MÍNIMA DE TESTE É DE 500 VCC. ENTRETANTO É
RECOMENDADA A TENSÃO DE 1 000 VCC PARA CABOS DO TIPO MI (ISOLAÇÃO MINERAL) E 2 500 VCC PARA CABOS POLIMÉRICOS.

1. RECEBIMENTO DO MATERIAL EM BOBINAS

TESTE DE CONTINUIDADE NAS BOBINAS (VER NOTA)

TESTE DE RESISTÊNCIA DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA NAS BOBINAS

2. TUBULAÇÃO INSTALADA (LIBERADA PARA INÍCIO DA INSTALAÇÃO DO ELEMENTO AQUECEDOR)

3. APÓS INSTALAÇÃO

TESTE DE CONTINUIDADE ELÉTRICA (VER NOTA)

TESTE DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA

TESTE DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA DA CAPA EXTERNA

4. ELEMENTO AQUECEDOR INSTALADO (LIBERADO PARA INÍCIO DA INSTALAÇÃO DO ISOLANTE TÉRMICO)

ELEMENTO AQUECEDOR CORRETAMENTE INSTALADO NO TUBO, VASO OU EQUIPAMENTO

ELEMENTO AQUECEDOR CORRETAMENTE INSTALADO NAS VÁLVULAS, BOMBAS, SUPORTES, ETC.

COMPONENTES E CONECTORES CORRETAMENTE INSTALADOS (FORÇA, T E SELOS)

INSTALAÇÃO DE ACORDO COM AS INSTRUÇÕES DO FABRICANTE E O PROJETO DO CIRCUITO

5. INSTALAÇÃO DO ISOLAMENTO TÉRMICO CONCLUÍDO

TESTE DE CONTINUIDADE ELÉTRICA (VER NOTA)

TESTE DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA DA CAPA EXTERNA

INSPEÇÃO DO SISTEMA DATA RUBRICA

6. “TAGUEAMENTO” E IDENTIFICAÇÕES CONCLUÍDAS (PAINEL, COMPONENTES DE CAMPO E TUBO)

7. ELEMENTO AQUECEDOR EFETIVAMENTE ATERRADO

8. CONTROLADORES DE TEMPERATURA ADEQUADAMENTE INSTALADOS E AJUSTES VERIFICADOS

9. UNIDADES SELADORAS DO TIPO À PROVA DE EXPLOSÃO DEVIDAMENTE SELADAS E PINTADAS

10. BARREIRAS CONTRA INTEMPÉRIES DO ISOLAMENTO TÉRMICO APERTADAS (PONTOS DE PENETRAÇÃO


DE ÁGUA SELADOS)

11. SELOS DE TERMINAÇÕES E EMENDAS COBERTAS DEVIDAMENTE IDENTIFICADAS SOBRE A CAPA


METÁLICA EXTERNA

12. DESENHOS E DOCUMENTOS REVISADOS E ATUALIZADOS CONFORME CONSTRUÍDO (“AS BUILT”)

NOTA: O TESTE DE CONTINUIDADE EM CABOS DO TIPO AUTO-REGULÁVEIS SOMENTE DEVE SER EXECUTADO EM CIRCUITOS
ABERTOS OU CURTOS-CIRCUITOS.
EXECUTADO POR: EMPRESA: DATA:
TESTEMUNHADO POR: EMPRESA: DATA:
ACEITO POR: EMPRESA: DATA:
APROVADO POR: EMPRESA: DATA:
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.

FORMULÁRIO PERTENCENTE À NORMA PETROBRAS N-1857 REV. A ANEXO B - FOLHA 01/01


-PÚBLICO-
Nº REV.

FOLHA:
de

REGISTRO DE COMISSIONAMENTO DE SISTEMAS DE


AQUECIMENTO POR TRAÇO ELÉTRICO
LOCALIZAÇÃO: SISTEMA: NÚMERO DO PROJETO: DESENHOS DE REFERÊNCIA:

No DO AQUECEDOR: No DA LINHA: CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA: CLASSE DE TEMPERATURA:

ZONA 1 2 GRUPO II A B C T 1 2 3 4 5 6

No DO PAINEL: LOCALIZAÇÃO: No DO CIRCUITO: TENSÃO E CORRENTE DO CIRCUITO:

V A

FABRICANTE DO AQUECEDOR: MODELO DO AQUECEDOR: POTÊNCIA DO AQUECEDOR POR UNIDADE DE COMPRIMENTO / TENSÃO:

W/m V

INFORMAÇÕES DO AQUECEDOR

COMPRIMENTO TOTAL DE PROJETO (m): COMPRIMENTO TOTAL INSTALADO (m):

TIPO DE ISOLAÇÃO TÉRMICA: ESPESSURA DO ISOLAMENTO TÉRMICA (mm):

TEMPERATURA NORMAL TUBULAÇÃO (°C): TEMPERATURA DE MANUTENÇÃO DA TUBULAÇÃO (°C):

TESTES DO ELEMENTO AQUECEDOR (DADOS DO RELATÓRIO DE INSTALAÇÃO DO ELEMENTO AQUECEDOR)

RESISTÊNCIA ELÉTRICA (CONTINUIDADE) (): RESISTÊNCIA ELÉTRICA DE ISOLAÇÃO DA CAPA EXTERNA (M):

RESISTÊNCIA ELÉTRICA DE ISOLAÇÃO (M): TEMPERATURA AMBIENTE NO MOMENTO DO TESTE (°C):

TENSÃO (VCA) CORRENTE (A)

DADOS DE PERFORMANCE: MONOFÁSICO TRIFÁSICO


PAINEL CAMPO
LINHA FASE A FASE B FASE C NEUTRO

NA PARTIDA DO SISTEMA

APÓS 10 MINUTOS

APÓS 4 HORAS

TEMPERATURA AMBIENTE NO MOMENTO DO TESTE (°C):

TEMPERATURA DA TUBULAÇÃO NO INÍCIO DO TESTE (°C): APÓS 4 HORAS (W/m):

POTÊNCIA CALCULADA POR UNIDADE DE COMPRIMENTO (W/m): APÓS 4 HORAS (W/m):

TEMPERATURA DA TUBULAÇÃO NO INÍCIO DO TESTE (°C):

CONTROLE DE TEMPERATURA (TIPOS)

CONTROLADOR DE AQUECIMENTO: SENSOR TEMPERATURA AMBIENTE: SENSOR TEMPERATURA TUBULAÇÃO: AJUSTE DE “SET-POINT” (°C):

CONTROLADOR DE TIPO: TIPO:


AJUSTE DE “SET-POINT” (°C):
TEMPERATURA ALTA

CONTROLES DE AQUECIMENTO CALIBRADOS

OPERAÇÃO DOS CONTROLES DE AQUECIMENTO VERIFICADOS

ALARMES E MONITORAÇÕES
TEMPERATURA (°C): ALARME ALTO: ALARME BAIXO: OPERAÇÃO VERIFICADA:

CORRENTE NO CIRCUITO (A): ALARME ALTO: ALARME BAIXO: OPERAÇÃO VERIFICADA:

CORRENTE DE FUGA A TERRA (mA): AJUSTE: OPERAÇÃO VERIFICADA:

QUEDA DE TENSÃO (V): OPERAÇÃO VERIFICADA:

OUTROS ALARMES: ALARME ALTO: ALARME BAIXO: OPERAÇÃO VERIFICADA:

PROTEÇÃO DE FUGA A TERRA


AJUSTE (mA): CORRENTE MEDIDA (mA): OPERAÇÃO VERIFICADA:

EXECUTADO POR: EMPRESA: DATA:


TESTEMUNHADO POR: EMPRESA: DATA:
VERIFICADO POR: EMPRESA: DATA:

APROVADO POR: EMPRESA: DATA:


AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE À NORMA PETROBRAS N-1857 REV. A ANEXO C - FOLHA 01/01
-PÚBLICO-
Nº REV.

FOLHA:
de

REGISTRO DE INSPEÇÃO EM SISTEMAS DE


AQUECIMENTO POR TRAÇO ELÉTRICO
LOCALIZAÇÃO: SISTEMA: DESENHOS DE REFERÊNCIA:

INFORMAÇÕES DO CIRCUITO

MODELO DO AQUECEDOR: COMPRIMENTO DO CIRCUITO (m): No DO DISJUNTOR:

CONEXÃO DE FORÇA: TENSÃO DE PROJETO (V): No DE PÓLOS DO DISJUNTOR:

CONEXÃO T: TIPO DA PROTEÇÃO DE FUGA À TERRA:

CONEXÃO DE EMENDA: AJUSTE DE “TRIP” DE FUGA À TERRA (mA):

INSPEÇÃO VISUAL
o o
N PAINEL: CIRCUITO N :

DATA:

CONDIÇÃO INICIAL:

ISOLAÇÃO TÉRMICA

ISOLANTE / REVESTIMENTO DANIFICADOS

CONDIÇÃO DA PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

ISOLAMENTO / REVESTIMENTO FALTANTE

PRESENÇA DE UMIDADE

COMPONENTES DO SISTEMA DE AQUECIMENTO

CAIXAS E INVÓLUCROS VEDADOS

PRESENÇA DE UMIDADE

SINAIS DE CORROSÃO

DESCOLORAÇÃO DOS CABOS DE AQUECIMENTO

CONTROLADORES DE AQUECIMENTO E/OU DE LIMITES DE TEMPERATURA ALTA

OPERANDO ADEQUADAMENTE

AJUSTE DO CONTROLADOR

INSPEÇÃO ELÉTRICA

TESTE DE RESISTÊNCIA DE ISOLAÇÃO (DESLIGAR / ISOLAR COMPONENTES ELETRÔNICOS DO CONTROLADOR, SE NECESSÁRIO)

TENSÃO DE TESTE (kV)

VALOR DE MEDIÇÃO (M)


TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO DO CABO DE
AQUECIMENTO
TENSÃO NA FONTE DE ALIMENTAÇÃO (V)

TENSÃO NOS TERMINAIS DE CONEXÃO NO CAMPO (V)

CORRENTE NO CIRCUITO DO AQUECEDOR

MEDIÇÃO ENTRE 2 MINUTOS E 5 MINUTOS (A)

MEDIÇÃO APÓS 15 MINUTOS (A)

MEDIÇÃO DA CORRENTE DE FUGA À TERRA (mA)

COMENTÁRIOS E INTERVENÇÕES

EXECUTADO POR: EMPRESA: DATA:

APROVADO POR: EMPRESA: DATA:


AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.

FORMULÁRIO PERTENCENTE À NORMA PETROBRAS N-1857 REV. A ANEXO D - FOLHA 01/01


-PÚBLICO-
Nº REV.

FOLHA:
de

REGISTRO DE INSTALAÇÃO DE ELEMENTOS AQUECEDORES PARA


SISTEMAS DE AQUECIMENTO POR TRAÇO ELÉTRICO EM ZONA 1
LOCALIZAÇÃO: SISTEMA: NÚMERO DO PROJETO: DESENHOS DE REFERÊNCIA:

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO DO CIRCUITO: CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA: CLASSE DE TEMPERATURA:

ZONA 1 - GRUPO II A B C T 1 2 3 4 5 6

TESTE DO AQUECEDOR RESULTADO DO TESTE / COMENTÁRIO DATA RUBRICA

TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO (V)

COMPRIMENTO DO CIRCUITO (m)

MÁXIMA TEMPERATURA DE PROJETO DA TUBULAÇÃO


(°C)

CLASSE DE TEMPERATURA MARCADA NO CABO


(“T-RATING”)

VERIFICAÇÃO DOS COMPONENTES DO SISTEMA

CONEXÕES DE FORÇA (CAIXAS DE LIGAÇÃO)

TERMINAÇÕES

CONEXÕES T

EMENDAS

PROTEÇÃO DE FUGA À TERRA

MARCA E MODELO DO DISPOSITIVO

CORRENTE NOMINAL DE FUGA À TERRA (mA)

AJUSTE DE “TRIP” (mA)

INSTRUÇÕES DE INSTALAÇÃO

COMPONENTES INSTALADOS DE ACORDO COM AS


INSTRUÇÕES DO FABRICANTE

UNIDADES SELADORAS DE ELETRODUTOS ABERTAS E


INSPECIONADAS (ADEQUADAMENTE SELADAS E COM
PINTURA EXTERNA DE IDENTIFICAÇÃO)

DISJUNTOR DE FUGA À TERRA TESTADO

TESTE DE ISOLAÇÃO ELÉTRICA

INSTRUMENTO UTILIZADO

DATA DE CALIBRAÇÃO

TENSÃO DE TESTE APLICADA (MÍNIMO DE 500 VCC.


RECOMENDADO 1 000 VDC PARA CABOS MI E
2 500 VCC PARA CABOS POLIMÉRICOS)
ISOLAÇÃO DA CAPA METÁLICA DO CABO DE
AQUECIMENTO ANTES DA INSTALAÇÃO DO ISOLAMENTO
TÉRMICO (MÍNIMO DE 20 M)
ISOLAÇÃO DA CAPA EXTERNA DO CABO DE
AQUECIMENTO ANTES DA INSTALAÇÃO DO ISOLAMENTO
TÉRMICO (MÍNIMO DE 20 M)

ISOLAÇÃO DA CAPA EXTERNA DO CABO DE


AQUECIMENTO APÓS A INSTALAÇÃO DO ISOLAMENTO
TÉRMICO (MÍNIMO DE 20 M)

CIRCUITO PRONTO PARA COMISSIONAMENTO

EXECUTADO POR: EMPRESA: DATA:

APROVADO POR: EMPRESA: DATA:

AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE À NORMA PETROBRAS N-1857 REV. A ANEXO E - FOLHA 01/01
-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Revalidação

_____________

IR 1/1
-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

1.9 Para a especificação técnica do sistema de aquecimento por traço elétrico resistivo
para aplicações industriais devem ser seguidos os requisitos da norma PETROBRAS
N-2641.

1.10 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.11 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-250 - Montagem de Isolamento Térmico a Alta Temperatura;


PETROBRAS N-550 - Projeto de Isolamento Térmico a Alta Temperatura;
PETROBRAS N-1618 - Material para Isolamento Térmico;
PETROBRAS N-2510 - Inspeção e Manutenção de Instalação Elétrica em
Atmosfera Explosiva;
PETROBRAS N-2641 - Sistema de Aquecimento por Traço Elétrico Resistivo
para Aplicações Industriais;
ABNT NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
ABNT NBR 5418 - Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas;
ABNT NBR 6146 - Invólucros de Equipamentos Elétricos - Proteção;
ABNT NBR 9518 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas -
Requisitos Gerais;
ABNT NBR 9883 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas -
Segurança Aumentada - Tipo de Proteção “e”;
BS 6351-Part 1 - Electric Surface Heating - Part 1: Specification for
Electric Surface Heating Devices;
BS 6351-Part 2 - Electric Surface Heating - Part 2: Guide to the Design
of Electric Surface Heating Systems;
BS 6351-Part 3 - Electric Surface Heating - Part 3: Code of Practice of
the Installation, Testing and Maintenance of Electric
Surface Heating Systems (Accordance with BS 5345);
IEC 60079-0 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres -
Part 0: General Requirements;
IEC 60079-7 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres -
Part 7: Increased Safety “e”;
IEC 60079-14 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres -
Part 14: Electrical Installations in Explosive Gas
Atmospheres (Other Than Mines);
IEC 60079-17 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres -
Part 17: Inspection and Maintenance of Electrical
Installation in Hazardous Areas (Other Than Mines);
IEC 60529 - Degrees of Protection Provided by Enclosures (IP
Code);
IEC 60755 - General Requirements for Residual Current Operated
Protective Devices;
IEC 60898 - Electrical Accessories - Circuit-Breakers for
Overcurrent Protection for Household and Similar
Installations;
IEC 60947-2 - Low-Voltage Switchgear and Controlgear - Part 2:
Circuit-Breakers;

7
-PÚBLIC-

N-1857 REV. A 11 / 2012

IEC 60947-4-2 - Low-Voltage Switchgear and Controlgear - Part 4-2:


Contactors and Motor Controllers and Starters;
IEC 61008-1 - Residual Current Operated Circuit-Breakers Without
Integral Overcurrent Protection for Household and
Similar Uses (RCCBs) - Part 1: General Rules;
IEC 61009-1 - Residual Current Operated Circuit-Breakers with
Integral Overcurrent Protection for Household and
Similar Uses (RCBOs) - Part 1: General Rules;
IEEE Std. 515 - Standard for Testing, Design, Installation, and
Maintenance of Electrical Resistance Heat Tracing for
Industrial Applications.

3 símbolos e siglas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;


BSI - British Standards Institution;
IEC - International Electrotechnical Commission;
IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers.

4 procedimentos e critérios de projeto

4.1 Critérios Gerais de Projeto

4.1.1 Para manter um fluído em uma determinada temperatura desejada, o sistema de


aquecimento por traço elétrico deve compensar a perda de calor para o meio ambiente,
através do isolamento térmico. O cálculo da perda de calor deve considerar a atuação dos
seguintes fatores:

a) diferenças entre a temperatura do fluído e a temperatura ambiente;


b) dimensões e material de fabricação das tubulações, equipamentos e
acessórios;
c) espessura, tipo e características do material do isolamento térmico;
d) quantidade e tipos de válvulas, acessórios de tubulação e suportes;
e) velocidade do vento no local da instalação;
f) características do fluído e do tipo de escoamento.

4.1.2 Condições Ambientais

Todo o sistema de traceamento elétrico deve ser projetado com base na temperatura
mínima do respectivo meio ambiente, bem como na máxima velocidade dos ventos,
conforme a localização da instalação dos cabos de aquecimento, das tubulações e dos
equipamentos de processo.

8
-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

(Tp  Ta )
q
ln(D 2 /D 1 ) 1

2K D 2 h 0

4.4.5.4 Finalmente, o termo 1/(D2h0) pode ser conservativamente omitido, de modo a


considerar uma maior perda de calor. Desse modo, a equação do item 4.4.5.3 transforma-se
na equação representada abaixo, a qual expressa a perda de calor por unidade de
comprimento da tubulação:

2K(Tp  Ta )
q
ln(D 2 /D 1 )

4.4.5.5 A perda total de calor para uma tubulação de comprimento L pode ser obtida
através da equação representada abaixo. Esta é a equação indicada no Apêndice A da
norma BS 6351-Part 2.

2KL(Tp  Ta )
q
ln(D 2 /D1 )

4.4.5.6 Para exemplos numéricos de aplicação das equações acima, para casos de
cálculos de perda de calor e seleção de elemento aquecedor, ver o Anexo A da norma
IEEE Std. 515 e o Apêndice C da norma BS 6351-Part 2.

4.4.5.7 As perdas de calor podem ser calculadas com o auxílio de softwares específicos
para esta finalidade, em sua última versão, desenvolvidos por fabricantes de equipamentos
e sistemas de traço elétrico e que atendam as determinações desta Norma.

4.5 Necessidade de Aquecimento Adicional

4.5.1 Certos trechos de tubulação e de equipamentos podem requerer aquecimento


suplementar, em função de uma provável maior perda de calor localizada, em locais, tais
como: válvulas, flanges, suportes de tubulação e alguns equipamentos de processo, tais
como: bombas, vasos, filtros.

4.5.2 Como regra geral, os suportes para tubulações com seção central recortada e com
diâmetro externo maior do que 50 mm não requerem aquecimento adicional, uma vez que a
perda de calor apresentada por este tipo de suporte é relativamente pequena.

4.5.3 Para tubulações com diâmetros menores que 50 mm, a perda de calor pelos suportes
de tubulação podem ser significativos. Por outro lado, devido às limitações de espaço físico,
pode se tornar difícil instalar traço adicional nestes trechos. Por esta razão, recomenda-se a
utilização de abraçadeiras externas ao isolamento térmico para diâmetros pequenos.

16
-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

4.15 Componentes do Sistema de Traceamento Elétrico

São relacionados a seguir os equipamentos e componentes que compõe o sistema de


traceamento para manutenção de temperatura:

a) painéis de proteção, distribuição e controle, possuindo grau de proteção


mínimo IP 54 (normas ABNT NBR 6146 e IEC 60529), contendo os seguintes
componentes principais:
- disjuntores de proteção contra sobrecorrente, de entrada e dos circuitos
individuais de alimentação, fabricados conforme as normas IEC 60898 e
IEC 60947-2;
- contatores individuais para cada circuito de alimentação, fabricados conforme
a norma IEC 60947-4;
- dispositivos diferenciais-residuais de proteção de fuga à terra, individuais por
circuito, com corrente nominal de 30 mA, fabricados conforme normas
IEC 60755 e IEC 61008-1 ou IEC 61009-1;
- controlador, monitor e alarme de temperatura;
- transformador de distribuição, instalado adjacente a cada painel de proteção,
distribuição e controle;
b) cabos de aquecimento para traceamento elétrico, com os acessórios
compatíveis e certificados por Organismo de Certificação Credenciado (OCC)
pelo INMETRO, quando requerido;
c) cabos de alimentação dos circuitos dos ramais;
d) eletrodutos e sistema de distribuição de circuitos;
e) sensores de temperatura;
f) isolamento térmico.

4.15.1 Os disjuntores de sobrecorrente devem ser especificados e dimensionados de


acordo com os requisitos da norma ABNT NBR 5410 e devem levar em consideração as
altas correntes de partida à frio dos circuitos.

4.15.2 Os cabos dos circuitos dos ramais de distribuição devem ser dimensionados e
instalados de acordo com os requisitos da norma ABNT NBR 5410.

4.15.3 Os contatores devem possuir capacidade nominal de comutação de 40 A.

4.15.4 Os circuitos de ramais devem ser projetados para possuírem disjuntores de corrente
nominal máxima de 20 A.

4.16 Cargas Auxiliares

4.16.1 Cargas auxiliares resistivas, tais como: lâmpadas pilotos de sinalização,


instrumentos indicadores e de medição podem ser conectados aos terminais de cabos de
aquecimento do tipo paralelo.

4.16.2 O projeto de tais instalações deve prever o aumento da carga na fiação de


alimentação elétrica nos cabos de aquecimento e a temperatura da conexão e deste modo
especificar acessórios e caixas de ligação apropriados para manter a integridade da
classificação da área e de todos os equipamentos envolvidos.

25
-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

4.16.3 A resistência de carga adicional pode ser modelada como um comprimento


equivalente de cabo de aquecimento, para a finalidade de dimensionamento do disjuntor de
proteção do circuito.

4.16.4 Caso requerido, deve ser especificada a instalação de caixas de ligação com
lâmpadas piloto montadas em uma de suas faces, no terminal de cada cabo de
aquecimento, de forma a sinalizar a disponibilidade de energia e a continuidade do circuito,
facilitando a inspeção visual.

4.17 Numeração e Identificação dos Circuitos

4.17.1 Cada cabo de aquecimento individual e cada componente elétrico do painel de


proteção, controle e distribuição, tal como: chaves comutadoras, controladores eletrônicos
de temperatura, disjuntores, contatores de força, relés auxiliares e transformadores devem
ser providos de número ou código de identificação. Estes “tags” de identificação devem ser
gravados em plaquetas de aço inoxidável com gravações em baixo relevo na cor preta.

4.17.2 Cada sensor de temperatura deve possuir “tag” de identificação, indicando todos os
cabos de aquecimento que este sensor controla.

4.17.3 O número da linha no fluxograma deve ser incorporado ao número do cabo de


aquecimento, de forma que todos os componentes do traço possam ter seu número próprio.

4.17.4 Uma lista dos circuitos deve ser montada em cada painel de distribuição
identificando cada circuito individual de traço elétrico. A lista deve incluir a identificação da
linha de processo ou do instrumento, bem como a demanda de potência deste circuito. Esta
lista de circuitos deve ser feita em plaqueta de aço inoxidável com gravações em baixo
relevo na cor preta.

5 REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

5.1 Preliminarmente ao projeto e instalação do sistema de traceamento elétrico em áreas


contendo atmosferas explosivas, devem ter sido geradas os respectivos documentos e
plantas de classificação de áreas, de acordo com a norma IEC 60079-0, de modo a definir a
classificação da área em cada local onde devem ser instalados os componentes relativos ao
sistema de traceamento elétrico.

5.2 Para o projeto e a instalação de sistemas de traceamento elétrico em atmosferas


explosivas devem ser seguidas as exigências das normas IEC 62086-1 e IEC 62086-2.

5.3 Os equipamentos elétricos para instalação em atmosferas explosivas devem ser


especificados, testados, certificados e instalados de forma a atender as exigências das
normas IEC 60079-0 e ABNT NBR 9518.

5.4 A instalação do sistema de traceamento elétrico em áreas classificadas deve ser feita
de acordo com as exigências das normas IEC 60079-14 e ABNT NBR 5418.

26
-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

Nota: Deve sempre ser considerada a situação mais crítica.

5.8.2 Em áreas do tipo Zona 2, a temperatura máxima do cabo de aquecimento deve ser
calculada com base na temperatura de manutenção da respectiva tubulação, na condição
de cabo de aquecimento energizado na tensão nominal.

5.8.2.1 Para cabos de aquecimento controlados por meio de sensores de temperatura


ambiente, a temperatura máxima de capa deve ser adotada com base no cabo energizado
na tensão nominal, na condição de inexistência de fluxo do produto na tubulação (produto
estático), na temperatura máxima de processo e com o cabo de aquecimento energizado na
tensão nominal.

5.8.2.2 Para cabos de aquecimento sem controle de temperatura, a temperatura máxima da


capa do cabo de aquecimento deve ser adotada com base na temperatura máxima para a
qual o cabo pode elevar a tubulação na condição de inexistência de fluxo de produto na
tubulação (produto estático) e na temperatura ambiente mais alta, na estação do verão.

5.8.2.3 A instalação de sistemas de traceamento elétrico com cabos de aquecimento não


controlados ou controlados por sensores de temperatura ambiente somente são permitidos
para instalação em áreas não classificadas ou áreas classificadas do tipo Zona 2, não sendo
permitida em áreas classificadas do tipo Zona 1.

5.9 Requisitos de Projeto para Áreas do Tipo Zona 1

5.9.1 A utilização de controladores, sistema de monitoração e sistemas de alarmes devem


ser cuidadosamente e seriamente analisadas quanto a manutenção da integridade de todo o
sistema, durante toda a sua vida útil.

5.9.2 A classe de temperatura de ignição (“T-Rating”) do cabo de aquecimento a ser


utilizado no projeto deve obedecer aos requisitos da normas IEC 60079-0 e
ABNT NBR 9518, nas áreas onde este cabo de aquecimento deve ser instalado.

5.9.3 Cada circuito de ramal individual de traceamento elétrico deve ser protegido por um
disjuntor de sobrecorrente exclusivo.

5.9.4 Cada circuito de ramal individual de traceamento elétrico deve ser protegido por um
dispositivo diferencial-residual de fuga à terra com corrente nominal de 30 mA e tempo de
resposta nominal de 100 ms.

5.9.5 Todos os dispositivos de proteção diferenciais-residuais de fuga à terra conectados a


circuitos de traceamento elétrico instalados em Zona 1 devem ser claramente identificados e
marcados com relação a esta classificação de área, dentro do painel.

5.9.6 No evento da ocorrência de “trip” por fuga à terra de um dispositivo de proteção


diferencial-residual, este dispositivo deve ser bloqueado e não deve ser rearmado até que a
causa do “trip” tenha sido investigada e sanada por pessoal qualificado.

28
-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

5.9.7 Sempre que possível, os sensores de temperatura, as terminações e as caixas de


ligação devem ser instaladas fora da área classificada do tipo Zona 1.

5.9.8 O projeto do sistema de traceamento elétrico deve ser executado por pessoal
qualificado e deve ser inicialmente e basicamente documentado de acordo com as
informações indicadas no ANEXO A.

5.9.9 A documentação de projeto com instruções de instalação deve mencionar que as


unidades seladoras à prova de explosão a serem instaladas devem ser devidamente
seladas de acordo com as recomendações do fabricante, utilizando massa seladora
adequada. As etapas dos serviços devem ser executadas de acordo com a seqüência
descrita nos itens 5.9.9.1 a 5.9.9.3.

5.9.9.1 Após todos os condutores terem sido completamente instalados e testados, a


massa seladora deve ser aplicada. O “kit” de massa seladora e gaxeta deve ser
preferencialmente do mesmo fabricante da unidade seladora, onde for utilizada, ou de
acordo com recomendações do fabricante. A massa seladora e a gaxeta devem ser
utilizadas em estrita concordância com as recomendações do fabricante, especialmente
aquelas referentes à correta mistura do composto de selagem.

5.9.9.2 As unidades seladoras, uma vez completamente seladas, devem ser fechadas,
através do rosqueamento do respectivo plugue e pintadas com tinta na cor vermelha, de
modo a evidenciar a conformidade da instalação, imediatamente após a conclusão do
procedimento de selagem, facilitando a inspeção visual.

5.9.9.3 Um procedimento específico para esta operação de instalação e selagem de


unidades seladoras à prova de explosão, deve ser desenvolvido pela empresa montadora
do sistema e aprovado pela PETROBRAS, o qual deve incluir, no mínimo, as seguintes
etapas de identificação:

a) a unidade seladora tenha sido inspecionada pela fiscalização da PETROBRAS;


b) os cabos de aquecimento tenham sido lançados e testados;
c) a massa seladora tenha sido colocada e o plugue tenha sido firmemente
instalado;
d) a unidade seladora tenha sido pintada de vermelho.

5.10 A documentação de projeto com instruções de instalação deve mencionar que após a
conclusão da montagem e dos ensaios em todas as instalações elétricas em áreas
classificadas (Zona 1 e Zona 2), devem ser totalmente aplicados os procedimentos de
inspeção e preenchidos os relatórios e listas de verificação (“check-list”) indicados na norma
IEC 60079-17 e na norma PETROBRAS N-2510. Tais relatórios devem ser apresentados
para aprovação pela fiscalização da PETROBRAS antes da partida do sistema.

29
-PÚBLICO-

N-1857 REV. A OUT / 2004

6.3.9 A sobreposição de cabos de traço elétrico pode originar locais de temperaturas


excessivas, nos pontos de sobreposição e somente deve ser realizada de acordo com as
instruções do fabricante.

6.3.10 As terminações frias dos cabos de traço elétrico devem ser posicionadas de modo a
facilitar a penetração do cabo no isolamento térmico e ser localizado na geratriz inferior da
tubulação, de modo a minimizar a entrada de água.

6.3.11 Durante a montagem de sistemas de traço elétrico em grandes projetos, pode existir
a necessidade de modificar cabos de aquecimento ou prever cabos adicionais.
Recomenda-se que o contrato de montagem do sistema inclua a possibilidade de execução
de serviços no local da instalação para rapidamente executar estas alterações, bem como
da atualização da respectiva documentação técnica. Nestes casos o instalador deve prever
a necessidade de execução de serviços no local, para a modificação de cabos
pré-fabricados. [Prática Recomendada]

6.4 Instalação de Elementos Aquecedores

6.4.1 Elementos aquecedores devem ser instalados em superfícies limpas e livres de


umidade, sujeira, graxa, corrosão e pontos de respingos de soldagem.

6.4.2 Em aplicações de aquecimento de vasos, o local da instalação de toda a superfície do


aquecedor deve estar abaixo do nível mínimo de líquido do vaso.

6.4.3 A fixação do aquecedor de superfície deve ser feita de acordo com as instruções do
fabricante. Deve ser assegurado um bom contato entre a superfície a ser aquecida e o
aquecedor. A instalação do aquecedor sobre irregularidades de superfície, tais como pontos
de respingos de solda ou suportes deve ser evitada.

6.4.4 Após a conclusão da montagem e dos ensaios em todas as instalações elétricas em


áreas classificadas (tanto Zona 1 como Zona 2), devem ser totalmente aplicados os
procedimentos de inspeção e preenchidos os relatórios e listas de verificação (“check-list”)
indicados na norma IEC 60079-17 e na norma PETROBRAS N-2510. Tais relatórios devem
ser apresentados para aprovação pela fiscalização da PETROBRAS antes da partida do
sistema.

6.5 Requisitos Especiais de Instalação em Áreas Classificadas do Tipo Zona 1

6.5.1 As pessoas responsáveis pela instalação de sistemas de traceamento elétrico em


áreas do tipo Zona 1 devem assegurar que a instalação e a inspeção sejam realizadas por
pessoal devidamente treinado, qualificado e com conhecimentos em sistemas de
traceamento elétrico para este tipo de área classificada.

6.5.2 A instalação e a inspeção devem ser rigorosamente realizadas de acordo com o


projeto do sistema do fabricante, recomendações e instruções de instalação do produto.

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