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Escola Secundaria 3° Congresso

Disciplina: Física Classe:12ª


Lições nºs 27/28
Unidade didáctica: Ondas electromagnéticas, radiação do corpo negro
Tema: ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
Objectivos: Explicar a diferença entre as ondas mecânicas e electromagnéticas,
-Explicar fenómenos da natureza com base nas propriedades gerais e especificas das
ondas electromagnéticas.
Competências: Identificar características das ondas mecânicas e electromagnéticas,
relacionando-as a seu uso nos mais diferentes contextos;
-Aplicar conhecimentos sobre a analise espectral na industria ,na determinação das
densidades ou na industria mineira(analise da pureza das gemas)
Material: Caderno, giz, apagador, quadro, etc.
Ondas mecânicas e electromagnéticas
Onda electromagnética - É a propagação, em qualquer meio, da variação dos campos
magnético e eléctrico.
Ex:A luz, ondas de rádio, o aquecimento climático, a formação do arco-íris, a poluição
ambiental, o aquecimento global etc. Explicam-se através dos fenómenos electromagnéticos.
Os valores do vector da intensidade do campo eléctrico E e do vector de indução
electromagnético B, variam periodicamente, oscilam em sentidos de propagação, por isso as
ondas electromagnéticas são ondas transversais.

A velocidade de propagação das ondas electromagnéticas não é a mesma em diferentes meios.


Ela depende das propriedades eléctricas e magnéticas do meio onde se propagam.

Maxwell mostrou a expressão da velocidade das ondas electromagnéticas que se propagam no


vácuo pela relação:

C=
√ 1
μ0 ε0

Onde: μ0é a permeabilidade magnética do vácuo(μ0 =4 π ×10−7 H m−1)

C2 N
ε 0é a constante dielétrica do vácuo (ε 0=8,85 ×10−12 2
)
m

Assim:

C=
√ −7
1
4 π .10 × 8,85.10 −12
m
=2,9986 × 108 logoc=3. 10
s
8 m
s
Escola Secundaria 3° Congresso

Disciplina: Física Classe:12ª


Lições nºs 29/30
Unidade didáctica: Ondas electromagnéticas, radiação do corpo negro
Tema: Ondas Electromagnéticas, Natureza e modalidade de propagação das ondas mecânicas
e electromagnéticas
Objectivos: Explicar a diferença entre as ondas mecânicas e electromagnéticas,
-Explicar fenómenos da natureza com base nas propriedades gerais e especificas das
ondas electromagnéticas.
Competências: Identificar características das ondas mecânicas e electromagnéticas,
relacionando-as a seu uso nos mais diferentes contextos;
-Aplicar conhecimentos sobre a analise espectral na industria, na determinação das
densidades ou na industria mineira (analise da pureza das gemas)
Material: Caderno, giz, apagador, quadro, etc.
Ondas Electromagnéticas, Natureza e modalidade de propagação das ondas mecânicas e
electromagnéticas
Em nossa volta e no dia-a-dia, confrontamo-nos com fenómenos ondulatórios que estimulam
os nossos órgãos sensoriais, tais como a luz do sol que se espalha pelo espaço, o cantar do galo
ou o som das maquinas.
Os fenómenos ondulatórios têm várias origens e, acontecem com muita frequência na natureza.
Exemplos desses fenómenos: A explicação do professor chega aos nossos ouvidos através das
ondas sonoras que se propagam através do ar, conseguimos ler textos através de ondas
luminosas que chegam ate aos nossos olhos, ao bater com uma pedra sobre a superfície
formam-se círculos que crescem para a vizinhança do local. São fenómenos resultantes da
perturbação.
Onda Mecânica- é a propagação das oscilações através de um meio material (Seja Sólido,
Liquido ou Gás).

Natureza das ondas

Quanto à natureza, as ondas podem ser mecânicas ou electromagnéticas.

Modalidade de propagação

Quanto à modalidade de propagação, as ondas podem ser longitudinais ou transversais.

a) São ondas mecânicas- as propagações das oscilações através de um meio material


(Seja Sólido, Liquido ou Gás).
b) São ondas electromagnéticas as propagações das oscilações em qualquer meio, da
variação dos campos eléctrico e magnético.
Ex: luz, ondas de rádio, telefones, etc.
c) Ondas Longitudinais -são aquelas em que a perturbação coincide com a direcção da
propagação.
d) Ondas Transversais -são aquelas em que a direcção da perturbação é perpendicular a
direcção da propagação.

NB. Durante a propagação da onda não há transporte de matéria, mas sim de energia que
provém da fonte da perturbação.
Disciplina: Física Classe:12ª
Lições nºs 31/32
Unidade didáctica: Ondas electromagnéticas, radiação do corpo negro
Tema: Características de uma Onda

Objectivos: Possuir conhecimentos sobre características das ondas;


-Identificar e indicar as características das ondas;
-Definir amplitude, comprimento, período, frequência, elongação e velocidade.
-Resolver exercícios concretos relacionados com fenómenos ondulatórios.
-Usar os conceitos de amplitude, comprimento, período, frequência e velocidade para
interpreta situações da natureza e da técnica.
Competências: Identificar características das ondas mecânicas e electromagnéticas,
relacionando-as a seu uso nos mais diferentes contextos;
Material: Caderno, giz, apagador, quadro, etc.
Características de uma Onda

As características de uma onda, seja mecânica ou electromagnéticas são:

 A amplitude;
 O comprimento
 O período
 A frequência
 A velocidade de propagação

Observa as figuras:

a) Fig.1:O comprimento de onda-é a distancia entre dois pontos consecutivos que


oscilam na mesma fase.
b) Fig.2:O período T é o tempo necessário para percorrer a distância entre dois pontos
consecutivos que oscilam na mesma fase. O período T é o tempo necessário para a
onda percorrer um comprimento de onda ( λ ¿ . Fig.2.
c) Amplitude(A)- é a distancia máxima atingida na crista num ventre de onda durante
a sua propagação.
d) A frequência – é o número de oscilações completas realizadas pela onda na unidade
de tempo.

DIFERENÇA ENTRE ONDAS MECÂNICAS EELETROMAGNÉTICAS

As ondas mecânicas diferem das ondas electromagnéticas quanto a origem e quanto aos meios
de propagação.

As ondas mecânicas são originadas por oscilações mecânicas enquanto as ondas


electromagnéticas são originadas por oscilações eléctricas. As oscilações eléctricas dão origem
a um campo magnético variável. Portanto, a onda electromagnética é o resultado da variação,
no espaço no decorrer do tempo, dos campos eléctrico e magnético.

Disciplina: Física Classe:12ª


Lições nºs 33/34
Unidade didáctica: Ondas electromagnéticas, radiação do corpo negro
Tema: Características de uma Onda

Objectivos: Explicar os fenómenos da natureza com base nas propriedades gerai e especificas
das ondas electromagnéticas
Competências: Aplicar conhecimentos sobre a análise espectral na indústria, na determinação
densidades ou na indústria mineira (análise da pureza das gemas)
Material: Caderno, giz, apagador, quadro, etc.
Espectro das ondas electromagnéticas

Sendo C=λ . f , a velocidade das ondas electromagneticas no vacuo,constante(C= 3 ×103 m/s ),


que depende de comprimento e da frequencia, pode-se ordenar ou dispor vários grupos de
ondas electromagnéticas.
Espectro das ondas electromagnéticas é o conjunto de todas as ondas ou radiações
electromagnéticas, ordenadas de acordo com a sua frequência ou do seu comprimento de onda.

1.2 Classificação segundo a frequência

Especto das ondas electromagnéticas é o conjunto das ondas electromagnéticas disposto em


função do seu comprimento de onda ou da sua frequência.
Propriedades gerais das ondas electromagnéticas

As ondas electromagnéticas apresentam as seguintes propriedades gerais

 Propagam-se em linha recta com velocidade constante, sendo no vácuo igual a 3 ×103 m/s
e atravessa corpos opacos.
 São reflectidos por superfícies metálicas ( retorno da onda ao meio de proveniência).
 Provoca a elevação da temperatura nos corpos que atravessa;
 Quando maior e o seu comprimento de onda maior é o poder de penetração (poder de
atravessar as substancias)
 Quando menor o seu comprimento de onda, maior é o seu poder de dispersão (facilmente
as ondas se espalham)
 Sofrem refracção propriedade que a onda tem de atravessar os obstáculos.
 Interferência – fenómeno resultante da sobreposição de onda proveniente de diferentes
fontes;
 Dispersão – variação da velocidade de propagação das ondas num meio em função do
seu comprimento de onda ou sua frequência;
 Polarização – ordenamento da direcção das oscilações de uma onda electromagnética
segundo certa maneira.

Espectro Óptico

Espectro Óptico ou Radiações Luminosas é uma parte do espectro electromagnético


constituído pelo grupo das radiações visíveis em função do seu comprimento de onda ou da sua
frequência.

Ou é o conjunto de todas as radiações que compõem a radiação visível ordenada de acordo


com o seu comprimento de onda ou a sua frequência.

A luz visível é qualquer radiação electromagnética cuja frequência se situa entre o


infravermelho e o ultravioleta. E única faixa de todo espectro electromagnético capaz de
sensibilizar o olho humano. As cores simples do espectro visível são sete: Vermelha, laranja,
Amarela, Verde, Azul, Anil e Violeta.

Cor da Radiação Banda de f (1014 Hz ¿ Banda de λ (nm)


Violeta 7,9-6.6 380-455
Azul 6,6-6,1 455-422
Verde 6,1-5,1 492-575
Amarela 5,2-5.0 575-597
Laranja 5,0-4,8 597-623
Vermelha 4,8-3,8 623-780
A radiação ou luz visível é composta por ondas electromagnéticas cuja banda de comprimento
de onda se situa entre 380nm e 780nm. Porem, esta é composto por outras radiações que
também se distinguem pelo seu comprimento de onda ou pela sua frequência.

Exercício

Uma estação de rádio de Alta frequência (VHF) transmite numa frequência de 100MHz (1
6 8
MHz=10 Hz ¿ se a velocidade das ondas é de3.10 m/s . Calcule:

a) O comprimento de ondas das referidas ondas.


b) O tempo gasto a alcançar um aparelho a uma distancia de 60Km da estrada.
C 3.10 8
a) C=λ . f ⟺ λ= = =3 m
f 1.10 8
4
Δ x 6. 10 m −4
b) Δ x=v . Δt como v=C ⟹ t= = 8
=2. 10 s
v 3. 10 m/s

Ondas de rádio

As ondas electromagnéticas de baixas frequências, ate cerca de 108 Hz, são denominadas de
ondas de rádio. São denominadas dessa forma porque são utilizadas para fazerem as
transmissões dos estacões de rádio. Nos estacões existem circuitos eléctricos próprios que
fazem com que os electrões da antena emissora oscilem, emitindo as ondas que transmitem
mensagens.

Microondas

São ondas de frequência bem mais elevadas

1.3 Classificação segundo a frequência

2.3. Propriedades Gerais das ondas eletromagnéticas

As ondas eletromagnéticas apresentam as seguintes propriedades gerais

 Propagam-se em linha recta com velocidade constante, sendo no vácuo igual a C e


atravessa corpos opacos.
 São refletidos por superfícies metálicas
 Provoca a elevação da temperatura nos corpos que atravessa;
 Quando maior e o seu comprimento de onda maior é o poder de Penetração (Poder de
atravessar as substancias)
 Quando menor o seu comprimento de onda, maior é o seu poder de dispersão
(facilmente as ondas se espalham)
 Sofrem reflexão, refração, interferência, dispersão, polarização, etc.

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Unidade didáctica: Ondas electromagnéticas, radiação do corpo negro
Tema: Formas de transmissão de calor
Formas de transmissão de calor
A física considera o calor como sendo a energia que passa de um corpo para outro ou de um
sistema para outro, uma transferência associada ao movimento de átomos, moléculas e outras
partículas.

Formas de Transmissao de Calor

A transferência de calor de um corpo para outro pode ocorrer por meio de três formas:
radiação, condução e convecção.

A radiação térmica, também conhecida como irradiação, é uma forma de transferência de calor que
ocorre por meio de ondas eletromagnéticas.

Como essas ondas podem propagar-se no vácuo, não é necessário que haja contato entre os corpos para
haver transferência de calor. Todos os corpos emitem radiações térmicas que são proporcionais à sua
temperatura. Quanto maior a temperatura, maior a quantidade de calor que o objeto irradia.

Condução
Ocorre quando se põe em contacto dois corpos e o calor se transmite de um ponto para outro do corpo
sem que haja transporte da matéria. Por isso, a transferência de calor por condução ocorre apenas nos
sólidos.

Convecção

É a forma de transmissão de calor que ocorre principalmente nos fluidos (sólidos e gases). As partículas
que constituem o corpo se deslocam dum ponto para outro devido a variação da densidade.

Troca de Calor entre os corpos Principio Fundamental da Calorimetria

A troca de calor acontecem entre corpos que se encontram a diferentes temperaturas, isto é, do corpo de
mais elevada temperatura para o corpo de temperatura mais baixa.

 SeT A >T Ba temperatura de A vai diminuir e a de B vai aumentar ate que se igual a temperatura
de A. (T ¿ ¿ A=T B ) ¿.
 SeT A <T B, a temperatura de A vai aumentar e a de B vai diminuir ate que se iguale a
temperatura de B.(T ¿ ¿ A=T B ) ¿.

Calorimetria é um ramo da Física em que se estuda quantitativamente as trocas de calor

Principio Fundamental da Calorimetria

Quando dois corpos que se encontram a temperaturas diferentes, são colocadas em contacto
realizam trocas de calor ate que estes se encontrem à mesma temperatura. Diz-se que os corpos
atingiram o equilíbrio Térmico.

O princípio fundamental da calorimetria tem o seguinte anunciado:

“Numa troca calor entre corpos, o calor recebido é igual ao calor cedido”

QCedido=Q recebido

Assim para dois corpos A e B que realizam trocas de calor, sendo T A <T BTeremos a seguinte
Igualdade:

C A mA ∆ T A =C B m B ∆ T B
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Unidade didáctica: Ondas electromagnéticas, radiação do corpo negro
Tema: Radiação de corpo Negro (Lei de Wien e Lei de Stefan-Boltzmann)
Radiação de corpo Negro (Lei de Wien e Lei de Stefan-Boltzmann)

Corpo Negro é aquele que melhor emite e absorve radiação eletromagnética

Um corpo negro é um corpo ideal com as seguintes características:

 Absorve toda a radiação que sobre si incide (é um absorvedor perfeito)


 A radiação que emite depende da sua temperatura e é o corpo que mais radiação emite a
uma dada temperatura (é um emissor perfeito)
 A intensidade da sua emissão tende para zero para comprimentos de onda baixos e para
comprimentos de onda elevados.

Radiação do Corpo Negro

Radiação do corpo negro (radiação térmica) é a radiação electromagnética emitida por um


corpo negro devido a sua energia interna.

Para caracterizarmos a radiação do corpo negro necessitamos definir uma nova grandeza física,
a emissividade

Emissividade (ε ) é a energia emitida por um corpo na unidade de tempo e por unidade de


superfície. A sua unidade no SI é Watt por metro quadro. (W /m2 ¿
 Quando a temperatura do corpo cresce a emissividade de cada banda de comprimento
também cresce.
 Quando maior é o comprimento de onda maior é a emissividade.
 Para cada temperatura, T a emissividade tem um determinado máximo a um
comprimento de onda ou frequência.

Leis da Radiação do corpo negro


Lei de WIEN o comprimento de onda máximo da radiação emitida por um corpo negro
é inversamente proporcional a sua temperatura.
1
λm
T
Como consequência da lei de Wien temos a equação
b
λ m= Onde: b é constante de Wienb=2,7 ×10−3 mK
T

Lei se Stefan-Boltzmann

A emissividade de um corpo negro é diretamente proporcional à quarta potência da sua temperatura (


ε T 4 ).

Como consequência de Lei de Stefan-Boltzmann temos a equação


4 −8 −2 −2
ε =σ . T Onde: σ =5,7 ×10 W m K

Exemplo

1. A Intensidade do sol é de cerca de 7,4 ×10 7 W m−2. Qual é a temperatura estimada pelo Sol?

Dados Formula
7 −2
ε =7,4 ×10 W m ε =σ . T 4

σ =5,67 ×10 W m K
T =?
−8 −2 −2
T=

4 ε

√ √ √ √
7 6 16 16
7,4 ×10 74 × 10 4 74 × 10 4 74 × 10
T =4 = 4
= = =
5,67 × 10−8 567 × 10−10 567 567
√4 0,13 ×1016=0,6× 104 =6000 K
2. Observe o gráfico de ondas de estrelas A,B e C

a) Sem efetuar nenhum cálculo, compare a temperatura das três estrelas


b) Calcule a temperatura da estrela A.
c) Calcule a emissividade da estrela B.
d) Calcule a área tracejada.
e) Em quantas vezes a emissividade da estrela A é maior que a de B?

Resolução
a) T A >T B >T C
b) Dados
b b
λ A=100 nm=1 ×10−7 λ= ⟺T=
T λ
−3
b=2,7 ×10 mK
b 2,7 ×10−3 27 ×10−2 4
T= = = =27 ×10 T
λ 1× 10 −7
1 ×10−7

c) Dados

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Unidade didáctica: Física atómica
Tema: Raios Catódicos, suas propriedades e aplicação da física atómica.
: A emissão Fotoeléctrica e Emissão Termoeléctrica

Raios Catódicos, suas propriedades e aplicação da física atómica

Física Atómica é o ramo da Física que se ocupa das interacções ao nível da electrosfera dos
átomos.

Raios Catódicos são um feixe de electrões emitidos pelo cátodo deslocando-se em linha recta
num de alto vácuo.

PROPRIEDADES OS RAIOS CATÓDICOS

Sublinhe-se que foi com base no estudo das propriedades dos raios catódicos que se descobriu
o electrão. As propriedades dos raios catódicos são as seguintes:

 Propagam-se em linha recta com velocidade próxima a da luz


 Deflectem-se quando submetidos a um campo eléctrico ou magnético
 Produzem luminescência nos corpos em chocam.
 Atravessam materiais de pequena espessura.

APLICAÇÃO FÍSICA-ATÓMICAS DOS RAIOS CATÓDICOS

Os raios catódicos são usados:

 Nos oscilógrafos de raios catódicos (usados nos processos dinâmicos de curta duração);
 Nos aparelhos de televisão (na produção de imagens no ecrã);
 Nos microscópios electrónicos;
 Na medição de carga eléctrica do electrão bem como da sua massa.

Lições nºs 41/42


Unidade didáctica: Física atómica
Tema: Leis do Fenómeno Fotoeléctrica

Fenómeno Fotoeléctrico

Emissão Fotoeléctrica e Emissão Termoeléctrica

De estudo da Química dos metais os electrões da última camada são chamados electrões livres
ou de valência pois são electrões que se movimentam livremente no átomo e são responsáveis
pela valência que caracteriza a ligação do metal com qualquer outro elemento.

Os electrões livres da superfície metálica podem ser retirados do átomo de duas formas:

1ª Através do fornecimento de energia térmica do átomo, isto é, aquecendo o metal (emissão


termoeléctrica)

2ª Através de energia Luminosa, isto é, fazendo incidir luz sobre a superfície de um metal
(emissão Fotoeléctrica)

Emissão Termoeléctrica

Emissão termoeléctrica é a saída de livres da superfície de um metal devido à incidência, nela


de uma radiação térmica.

Emissão Fotoeléctrica

Emissão fotoeléctrica é a saída de electrões livres da superfície de um metal devido à


incidência, nela, de uma radiação luminosa.

Leis do Fenómeno Fotoeléctrica


1ª Lei: A intensidade da corrente fotoeléctrica, ou seja, o número de foteletrões emitidos na
unidade de tempo, é directamente proporcional a intensidade da fonte Luminosa.

2ª Lei: a velocidade máxima dos fotoeletrões emitidos é directamente proporcional a


frequencia da radiação incidente cuja velocidade maxima dos fotoelectroes emitidos é nula da-
se o nome de limite vermelho e representa-se por f 0 .

3ª Lei: existe uma frequencia minima, chamada frequencia limite vermelho, a partir do qual se
da o inicio ao fenomeno fotoelectrico. Com base na 3ª lei do fenomeno fotoelectrico podemos
concluir que:

 Se a radiacao da frequencia incidente f, for maior do que a frequencia limite f 0, ocorre o


fenomeno fotoectrico ( f > f 0).
 Se a frequencia da radiação incidente for menor que a frequencia limite f 0, não ocorre o
fenomeno fotoelectrico( f < f 0).
 Se a frequencia da radiação incidente f for igual a frequencia limite f 0, ocorre
fenomeno fotoelrctrico mas a velocidade maxima do fotoelectroes é nula.

Teoria Quântica da Emissão da Luz

Teoria de Planck

A energia da radiação emitida em forma de fascículos ou pedaços de energia, chamadas


quanta.

O quantum E de energia para radiação de frequência, f, é dado pela expressão:

E=h . f

Onde: h é a constante de planck(h=6,626 ×10−34 J . s) .

Usando a equação fundamental da onda c= λ . f , a energia de quantum pode ainda ser calculada
h.c
pela expressão: E=
λ

Equação de Eistein para o fenómeno fotoeléctrico

Eistein considerou que a radiacção não só é emitida na forma de quanta, mas tambem é
absorvida na forma de quanta, chamada fotções.

Teoria quântica

A radiação emitida e absorvida na forma de quanta de energia chamados fotões.

A equação de Eistein para o fenómeno fotoeléctrico será dada pela relação:


E=ϕ + Ecmax

Função Trabalho (ϕ)

Função trabalho é a energia mínimanecessáriapara arranque dos foteletrões da superfície do


metal sem lhes comunicar energia cinética, isto é, com velocidade nula.

Da energia da radiação incidente E, a uma é usada no arranque dos eletrões da superfície do


metal ϕ e a outra é transformada em energia cinetica maxima dos fotoelectroes, Ecmax como
E=h . f Entaohf =ϕ + Ecmax .

Sabemos que quando a frequência da radiação incidente é igual a frequência limite (f = f 0). A
energia cinéticamáxima dos fotoeletrões é nula (E cmax=0). Então hf =ϕ +0podemos escrever a
equacao:

hc
ϕ =h f 0 eϕ =
λ0

Lições nºs 43/44


Unidade didáctica: Física atómica
Tema: Gráficos de energia cinética em função da frequência da radiação Incidente

Gráfico da Energia Cinética em função frequência da radiação Incidente

Da equação de Einstein podemos escrever: Ec =hf +ϕ Esta equação é semelhante a equação


y=ax+ B .

A parte tracejata do grafico corresponde aos valores inferiores a frequencia limite f 0, onde não
ocorre o fenomeno fotoelectrico.

Gráfico da UP potencial de Paragem em função da frequência da radiação incidente

Potencial de paragem (UP) é o potencial mínimo necessário para fazer parar os electrões
emitidos durante o fenómeno fotoeléctrico através da aplicação de um campo eléctrico
uniforme.

Ec =E p=e .U P ⟺ h . f =e . U P +Φ
hf Φ
e .U P=h. f −Φ ⟹ Up= −
e e

−Φ
A ordenada na origem é dada pelo quociente , c, zero da funcao tambem é f 0
e

Níveis de Energia do átomo de Hidrogénio

Segundo o modelo de Bohr, os electrões ocupam certas camadas no átomo. A cada camada é atribuída
uma determinada energia que é designada nível de energia do átomo.

Os níveis de energia apresentam, geralmente, a seguinte estrutura:

 São usualmente representados por uma serie de linhas horizontais


 A energia cresce de baixo para cima assunto valores negativos
 O nível de energia mais baixo do eletrão é chamado Estado Fundamental.
 Para o hidrogénio a energia do estado fundamental é de -13,6 eV.
 A energia de todos os estados de energia do átomo de hidrogénio pode ser calculada pela
relação:
−13,6
En = 2
n

Onde: En é a energia da orbital ou camada e n


no numero da orbital (no quântico principal).
 Os estados acima do fundamental, ate infinito n=∞ são chamados estados excitados.
 Durante a sua subida de nível, eletrão absorve energia e durante a descida liberta energia.
em ambos os casos a energia é absorvida ou libertada na forma de quantas de energia (fotões).
 A frequência ou comprimento de onda da radiação emitida ou absorvida durante qualquer
transição pode ser determinada pelas expressões:

hc
|E|=h . fe|∆ E|=
λ
Lições nºs 45/46
Unidade didáctica: Física atómica
Tema: Raios-X. Produção ,propriedades e aplicação

Raios-X. Produção ,propriedades e aplicação

Os raios-X são de natureza electromagnética e são produzidos quando um feixe de electrões


choca com alvo metálico. A frequência dos raios-x é tanto maior quanto maior for a energia
dos electrões chocam com o alvo metálico.

Propriedades dos Raios-x

 Propagam-se em linha recta


 Atravessam a meteria praticamente sem se alterarem
 Provocavam fluorescência quando incidem sobre certas substâncias, especialmente em
sais
 Provocam efeito fotoeléctrico
 Não sofrem refracção
 Provocam descarga eléctrica sobre corpos magnetizados
 São produzidos quando um feixe de raios catódicos incide sobre os núcleos de um alvo
metálico.
 Emulsionam chapas fotográficas.

Raios Catódicos

Raios catódicos são um feixe de electrões que se propagam em linha recta e altamente
energéticos devido a sua elevada energia cinética, pois viajam a velocidade muito próxima a da
Luz (cerca de 300 000km/s).

Tubo dos Raio-x

Neste caso, usa-se a emissão termoeléctrica, ou seja, emitem-se os electrões do cátodo através
de energia calorífica.

Assim o cátodo é aquecido atraves da resistência de aquecimento, o que vai excitar os eletrões
livres do cátodo. Devido a existência de um campo eléctrico entre o cátodo e o ânodo resulta
ma diferença de potencial (ddp), e os electrões vão mover-se do cátodo para o ânodo formando
os raios catódicos.

Chegados ao ânodo, os electrões chocam com alvo metálico cedendo a sua energia cinética aos
electrões dos átomos do material que constitui o alvo. Por sua vez, os eletrões do alvo metálico
emitem a energia absorvida na forma de raio-X.

Transformação de energia no tubo dos raios-X

Os eletrões ao saírem do cátodo possuem energia potencial elétrica. Durante o seu movimento
em direção ao ânodo a energia potencial é transformada em cinética. Durante a colisão dos
eletrões com ânodo a sua energia cinética é transformada em energia das ondas
electromagneticas que é constituída pelos raios-X.
Assim na produção dos Raios-X tendo em conta as afirmações de energia, são validas as
seguintes igualdades:

1 hc
q . U = mv 2 =h . f max =
2 λmin

Onde:

 q é a carga do electrao (q=1,6 ×10−19 C ¿


 U é a ddpEntre o cátodo e o ânodo
 mé a massa do eletrão (m=9,11×10−31 kg )
 h é a constante de planck (h=6,62× 10−34 J . s)

Lei de Moseley

A frequência dos raios-X é diretamente proporcional ao quadrado do número atómico dos


átomos que constituem o alvo metálico. ( f Z 2 ¿ .

f Z ou Z=√ f
2

A raiz quadrada da frequência dos Raios-X é diretamente proporcional ao numero atómico dos
átomos da substancia que constitui o alvo metálico.

Assim o gráfico de√ f em função de Z, é uma linha recta

Lições nºs 47/48


Unidade didáctica: Física nuclear
Tema: Partículas nucleares e sua representação

: Elementos isótopos e isóbaras

Física Nuclear

A física Nuclear ocupa-se das interacções ao nível dos núcleos atómicos.

Partículas nucleares e sua representação

O núcleo atómico dos elementos químicos é chamado nuclido, assim, nuclido representa o núcleo de
qualquer elemento químico. Por isso, o nuclido é totalmente representado pelo nº atómico Z, e com o
número de massa ou massa atómica, A.

A representação do nuclido é normalmente feita da seguinte forma:


A
Z X

Onde:

X -que representa o símbolo do elemento químico

Z -que representa o número atómico (que igual ao numero de protões, p, no núcleo)


A- Representa o número de massa (que é igual a soma do numero de protões, p, e neutrões, n, no
núcleo) por isso, A=p +n

Exemplo:
39
Um nuclido é representado de potassio é representado na forma 20 K
235
Um nuclido de uranio é reprresentado na forma de 92 U

Ao conjunto de partículas que figuram no núcleo atómico são denominados nucleões

Por isso nucleão é qualquer partícula contida nonuclido (protões, neutrões e eletrões).

Elementos Isótopos

Elementos isótopos são aqueles que tem o mesmo número atómico mas diferente número de massa
1 2 2 3 3
O hidrogénio tem três isótopos: 1 H ( protio), 1 H ou 1D ( Deuterio), 1 H ou 1T (Tritio )
238 235 234
O uranio também possui três isótopos 92 U , 92U e o 92U

Elementos Isóbaros

Elementos isóbaros são aqueles que possuem o mesmo número de massa mas diferente número
atómico
40
Exemplo: 19 K e40
20 Ca

Nome da Representação Massa Atómica Carga


partícula relactiva em u.m.a
Protao 1
1P
1,00728 e
Neutrao 1
0n
1,00867 0
Electrao −1e
0
0,00055 −e
Positrao 0
1e
0,00055 e
Fotao ou Gama 0

0 0
Alfa 4
2 He
4,00278 2e
Lições nºs 49/50
Unidade didáctica: Física atómica
Tema: Reacções Nucleares

:Reacções de desintegração ( alfa, beta, gama e captura electrónica )

Reacções Nucleares

Reacções nucleares são transformações que os núcleos atómicos sofrem devido a sua interacção
mútua e com outras partículas elementares.

As reacções nucleares dividem-se em três grandes grupos:

1. Reacções de desintegração nucleares ou radioactividade


2. Reacções de Fissão Nuclear
3. Reação de Fusão Nuclear

1. Reacções de desintegração (alfa, beta, gama e captura electrónica)

Definição:

Reacção de desintegração ou radioactividade- é a transformação de um núcleo noutro que ocorre com


a emissão de radiação electromagnética ou partículas ou ambas pelos núcleos instáveis.

1.1. Desintegração alfa

Desintegração alfa é aquela que ocorre com libertação de uma partícula alfa ou hélio reduzida em quatro
unidades e duas unidades, respectivamente, a massa atómica e o número do núcleo-mãe (núcleo
inicial).
A
Z E ⟶ A− 4 4
z−2 X + 2α

Exemplo:
238 4 234
92 U ⟶ 2He+ 90Th

2. Desintegração Beta

A desintegração nuclear beta e compreendida por três tipos de reacções nucleares:

Desintegração posictrónica β−¿(beta menos)¿


Desintegração electrónica β +¿(betamenos)¿
A captura electrónica ou captura K
−¿¿
2.1. Desintegração positronicaou beta menos β
−¿¿
Desintegração β é aquela que ocorre com s libertação de um electrão aumentando em 1 unidade o numero
atómico do núcleo mãe e mantendo constante a sua massa atómica.
−¿¿
A equação da reacção de uma desintegração β tem a seguinte estrutura
A A 0
Z E ⟶ z+1 X + −1e
85
Exemplo: 36 Kr ⟶ −10e + 85
37 Rb (rubídio)

+¿¿
2.2. Desintegração beta mais β
+¿¿
Desintegração β é aquelaque ocorrecom a libertação de um positrão, diminuindo em 1 unidade o numero
atómico do núcleo mãe mantendo constante a sua massa atómica.
−¿¿
A equação da reacção de uma desintegração β tem a seguinte estrutura
A A 0
Z E ⟶ z−1 X + +1e
22 0 22
Exemplo: 11 Na ⟶ +1e + 10 Ne(néon)

2.3 Captura electrónica

Captura electrónica ou captura K é aquela em que o núcleo mãe absorve um electrão (geralmente da camada K),
diminuindo em 1 unidade o seu número atómico e mantendo constante a sua massa atómica.

−¿¿
A equação da reacção de uma desintegração β tem a seguinte estrutura
A 0 A
Z E ⟶ −1 X + z−1α
214 0 214
83 Bi ⟶ −1 e + 82 Rb

3. Desintegração gama

Desintegração γ é aquela que ocorre com a emissão de ondas electromagnéticas, a desintegração


gama não constitui um tipo independente de radioactividade, pois ela acompanha a desintegração, alfa e
beta, mas sem causar alteração

A desintegração gama ocorre quando um electrão passa de um nível energético mais alto para um nível de
energia mais baixo no interior do núcleo.
A equação que representa o possesso é:

A 0 A 0
Co → Z e+ −1¿ X+ Z+1¿ 0 γ ¿ ¿
Exemplo:
60 0 60 0
a) C o → 27 e+ −1¿ ¿+ 28¿ 0γ ¿ ¿

236 0 238 0
b) U → 92 e +−1¿ Np+ 93 ¿ 0 γ ¿ ¿

c) Ra → 226 0 226 0
88 e +−1 ¿ ¿+ 89¿ 0 γ ¿ ¿

Leis da desintegração Radioactiva


1ª Lei: O processo de desintegração radioactiva não depende das condições exteriores, isto é, o
processo de desintegração radioactiva não é afectado pelas condições exteriores como a temperatura,
humanidade, etc.

2ª Lei: O número de nuclidos que se desintegra na unidade de tempo ∆ N é directamente proporcional


ao número de nuclidos, N, ainda por se desintegrar.
∆N
Com base na 2ª Lei, podemos escrever, N
∆t

Período de Semi-desintegração dum nuclídeo radioactivo


Período de semi-desintegração-é o tempo necessário para que se desintegre metade dos nuclídos
existentes num dado instante, ou o tempo necessário para que a actividade de um determinado nuclído
se reduza a metade.
A unidade do período de semi-desintegração no SI é o segundo, s.

A contagem do tempo ao longo do processo de desintegração após n período de semi-desintegração o


tempo decorrido é dado por:
t
t=n . T 1 oun=
2
T1
2

onde: n é o numero de períodos de semi-desintegração decorridos,


t é o tempo decorrido
T 1 é o período de semidesintegração
2

Actividade de um Nuclido (A)


A Actividade dum nuclido radioactivo é o número de nuclidos que desintegra na unidade de tempo.

∆N ∆ N
A= ⇒ =λ então A=λ . Δ N
∆t ∆t

A unidade de medida da actividade no SI é o Becquerel (Bq) 1 Bq=1 s−1

Da equação A=λ . N nota-se que actividade é número de nuclido são directamente proporcional.

Se o número de nuclido é reduzido a metade a actividade também é reduzida a metade.

N 0 N0 N0
Temos: N 0 ; ;
2 4 8

A0 A0 A0
A0 ; ; ; então
2 4 8

N 1 N −n −n
= n⟹ =2 logo N =N 0 . 2
N0 2 N0
−n
Sabendo que N=N 0 . 2

lnN =lnN 0 . 2−n

−n
lnN =lnN 0+ ln 2

N
ln =−nln 2
N0

N t
=e
−nln2 n=
Onde: T1
N0
2

−ln 2
T1
N
=e 2

N0

ln 2 0,693
λ= λ= −λ
Sabemos que T 1 ou T 1 logo N=N 0 . e
2 2

Actividade de um Nuclido (A)

A 1 A −n −n
= n ⟹ =2 logo A= A0 . 2
A0 2 A0

Sabendo que A=A 0 .2−n

−n
lnA=lnA 0 . 2

−n
lnA=lnA 0+ ln 2

A
ln =−nln 2
A0

A t
=e
−nln2 n=
Onde: T1
A0
2

−ln 2
T1
A
=e 2

A0

ln 2 0,693
λ= λ= −λ
Sabemos que T 1 ou T 1 Logo A=A 0 . e
2 2

Onde:
N é o número de nuclídeos por se desintegrar num determinado instante
N 0é o numero de nuclídeos por se desintegrar no inicio
n é o numero de períodos de semidesintegração decorridos
1
Q P= n Fracção de nuclidos por se desintegrar.
2
1
Q P=1− n a fracção dos nuclidos desintegrados .
2
Podemos ainda representar graficamente as expressões N=N 0 . 2−n e A=A 0 .2−nPartindo da definição
do período de semi desintegração

Repare que a cada período de semi desintegração que decorre, tendo o número de partículas como
actividade se reduzem a metade.

Tempo de Meia Vida

Tempo de meia vida é o tempo médio de existência de um determinado nuclido. A expressão para o seu
cálculo é:

1
σ=
λ

Onde : σ é a meia vida λ é a constante de desintegração

A unidade do tempo de meia vida no SI é o segundo, s

Relação entre Massa e Energia

Em 1905, Alberto Einstein apontava como, uma consequência da sua teoria de relactividade, que
qualquer mudança de energia de um corpo causara uma mudança na sua massa, dai a relação:

∆ E=∆ m .C 2

Onde:∆ E é a variação de energia do corpo;


∆ mé a variação da massa, associada a uma variação de energia.
C é a velocidade da Luz no vácuo

Defeito de Massa
E a diferença entre a massa dos produtos e dos reagentes duma reacção. A expressão para o seu
cálculo é: ∆ m=|M P −M r|

A energia correspondente ao defeito de massa, ∆ m, pode ser calculada pela expressão:

2
E=∆ m .C

Mas como a massa de 1u.m.a corresponde a uma energia de cerca de 931 Mev a equação entre a
massa e energia pode ter a forma.

E=931. ∆ m

Onde: E é a energia em megaelectrões-volt (Mev); 931 é a energia correspondente de 1 u.m.a

Exemplo:

Um núcleo de Litio-7 pode ser formado pela junção de 3 protões e 4 neutrões, como mostra a reacção
seguinte:

3 ( 11 P ) + 4 ( 10n ) → 73 Li

Determine o defeito da massa e a energia de ligação sabendo que: mP =1,00728 u .m . a;


mn=1,00867 u . m. a m L=7,01600 u . m. a.

M r=3. ( 1,00728 ) + 4 ( 1,00867 ) mP=7,01600 u . m. a


M r=3,02184+4,03468
M r=7,05652u.m.a

∆ m=|mr−mP| E=∆ m. C2
2
∆ m=|7,05652−7,01600| E=0,0672632.10.−27 ( 3. 108 )
∆ m=0,4052u . m. aE=0,0672632. 10−27 × 9. 1016
−27 −12
∆ m=0,4052× 1,66.10 kgE=6,3 ×10 J
∆ m=0,6672632. 10−27 kg

Sabendo que: 1,6. 10−19 J ____________ 1,6 eV

6,3. 10−12 J ____________ x


6,3.10−12 eV 8 8
x= −19
=0,375.10 eV E=0,38.10 eV
1,6. 10

1
1 eV ¿ MeV
106
8
0,38. 10 eV ¿ x
8
0,38.10 2
x= 6
=0,38.10 =38 MeV
10

2º Metodo: E=931. ∆ m=931.0,04052=37,7=38 MeV

Fissão Nuclear

A Fissão nuclear é uma reacção nuclear o qual:

 Se obtém dois núcleos pesados, mais leves que o nuclido pai


 Ocorre um defeito de massa;
 São emitidos dois ou mais neutrões, chamados neutrões de fissão.
 Se liberta grande quantidade de energia.

A equação que representa a reacção é:

235 1 144 90 1
92 U + 0n → 56 Ba+ 36K r +2 (0n ) +Q

Espectroscopicamente pode determinar-se a massa dos nuclidos intervenientes na reacção. Neste caso,
as massas são apresentadas na tabela a baixo.

Partículas Massa u.m.a


Kripton 89,9063
Bário 143,9054
Neutrão 1,00867
Uranio 235,0439
Assim, a massa total dos reagentes é igual a:

Mr =235,0439+1,00867=236,05257 u . m. a

A massa total dos produtos é igual

Mp=143,9054+ 89,9063+ 2 x 1,00867=235,82904 u . m .a

Como∆ m=|Mp−Pr|⟹|235,82904−236,0525|
∆ m=0,22353u . m . a
⟹ E=931. ∆ m⟹ E=931 x 022353 MeV
⟹ E ≈ 209 MeV

Isto signica que em cada fissao de um nucleio de Uranio-235 se liberta uma energia de cerca de 209
MeV.

Reacção fe Fissao em Cadeia


Uma reacção de fissao em cadeia é aquela em que cada electrao de fissao provoca uma nova fissão.

Numa reacção de fissao em cadeia o numero de neutroes de fissao aumenta exponencialmente ,


aumentando deste modo a energia de libertada.

235
92 U + 10n → 144 90 1
56 Ba+ 36 K r +2 ( 0 n ) +Q

O crescimento exponencialda reaccao de fissao é dadopela expressao 2n. Assim podemos concluir que
se na 1ª Etapa foram gerados 2,3,4,5 etc, neutroes na etapa de orden n serao grerados 22,23,24 ,25
neutroes de fissao.

Fusão neclear

A fusao nuclear é uma reacção nuclear durante a qual :

 Dois nucleos leves se juntam dando origem a um nucleo mais pesado.


 Ocorre um defeito de massa
 Se liberta grande quantidade de energia

Exemeplo:
uma reaccao de fusao é a que ocorre entre o deuterio e o tritio dando origem a um nucleo de helio.

2 3 4 1
1 D + 1T → 2 He + 0n+Q
Onde: Q é a energia libertada
As expressões para o calculo do defeito de massa e da energia libertada são as mesmas que as
usadas na reacção de fissão. Assim,
∆ m=|Mp−Mr|e E=931. ∆ m

Mecânica dos Fluidos


Chama-se fluído a uma colisão de moléculas com uma disposição aleatória e que se são mantidas
juntas com forças de coesão fracas e pelas forças exercidas pelas paredes do recipiente que o contem.
Como consequência das forças de coesão os fluidos são substâncias que podem escoar.
Hidrodinâmica
A Hidrodinâmica estuda as Leis que regulam o movimento mecânico dos fluidos. Quando um fluido esta
em movimento o seu escoamento pode ser caracterizado como sendo um dos dois importantes tipos:
a) Escoamento estacionário
Um escoamento diz-se estacionário se cada partícula do fluido segue uma trajectória suave tal que as
trajectórias de diferentes partículas nunca se interceptam.
No escoamento estacionário, a velocidade do fluido em cada ponto é independente do tempo. Podendo
ser função da posição
b) Escoamento Turbulento
Acima de uma velocidade crítica o escoamento do fluido torna-se turbulento e irregular e caracterizado
pela formação de pequenas regiões de turbilhões. A trajectória de uma partícula individual durante o
escoamento denomina-se linha de escoamento ou linha de fluxo.

Vazão
Utiliza-se a palavra vazão para se referir ao volume do fluido por unidade de tempo atravessa uma
secção transversal S, o tudo.
Aqui deve-se a distinguir vazão media da vazão instantânea
Vazão médio
∆ V S . ∆ x S . vm . ∆ t
Vazão Media: Q= = = =S . v m
∆t ∆t ∆t
onde: Q é vazão; V é o Volume e ∆ t é a variação de tempo

Vazão Instantânea
∆ V dV S . dx
Q= lim = = =S . ⃗v
∆t→0 ∆t dt dt
A Unidade de vazão são m3 / s ou l/s
Fluxo (Φ)
Chama-se Fluxo de fluido através de uma secção recta, a massa de fluído que atravessa por unidade de
tempo. Aqui também deve se distinguir o fluxo médio ao fluxo instantâneo
Δm ρ. Δ V
Φ= = = ρ. Qm= ρ. S . v m
Δt Δt
Fluxo Instantânea
Δm dm
Φ= lim = =ρ .Q=ρ . S . v
∆ t →0 Δt Δ t
A Unidade do fluxo no SI é Kg/s

Exercícios
1. Calcule a vazão Q de uma fluxo que escoa por um cano uniforme de 8cm de diâmetro e com a
velocidade de 3m/s.
Dados Formula Calculo

d=8 cm=8. 10 m
−2
Q=S . v m Q=¿ π ()
d 2
2 m
v

( )
2
v m=3 m/s 2 8.10−2
Q=π . r v m Q=¿ 3,14 .3
2
−4
64.10
Q=? Q=¿ 3,14 .3
4
−4
Q=151. 10
3
Q=0,0151m /s

2. Determina a velocidade de agua numa tubulação de 5cm de diâmetro e que numa vazão de 18
m 3 /s .
3. Por uma tubulação de 10cm de diâmetro circula água com a velocidade média de 3m/s.
Determina a vazão exprima –a em m3/s e l/min

Linhas de Corrente e Equação de Continuidade


Chama-se Linhas de corrente a trajectória seguida por partícula do fluido no escoamento estacionário.
A velocidade da partícula é sempre tangente a trajectória
Um conjunto de linhas de corrente forma um feixe. A região tubular definida pelo feixe chama-se tubo de
escoamento.
Considere um fluido ideal se escoando através de um tubo de secção recta variável. No escoamento as
partículas do fluido movem-se ao longo de linhas de corrente.

Num intervalo de tempo t, o fluido na parte inferior do tudo move-se por uma distancia ∆ x 1=v 1 . t . se S1
é area de secção recta naquela parte do tubo, entao a massa do fluido contida na sombroeada da parte
inferior é dada por: m1=ρ . v Sabendo que v=S 1 h=S1 ∆ x mas como m1=ρ S 1 ∆ x e ∆ x 1=v 1 . t
Então
m1=ρ S 1 v 1 . t
Como o escoamento é estacionário, a massa do fluido que num determinado intervalo atravessa a
secção de área S1 deve ser igual a que no mesmo instante de tempo atravessa a secção de área S2,
isto é:
m1=m2
ρ S 1 v 1 t=ρ S2 v 2 t
Logo: S1 v 1=S2 v 2
Esta expressão é a equação da continuidade
O produto da área de secção recta e a velocidade do fluido em todos os pontos ao longo do tubo é constante para
um fluido incompreensível.

Exercícios propostos

1. A velocidade da glicerina numa tubulação de 15cm de diâmetro é de 5m/s. Determine a velocidade que
adquire o líquido num escoamento de 10cm de diâmetro.

2. Sabendo que a velocidade da agua num cano de 6cm de diâmetro é de 2m/s. Qual deve ser o diâmetro
do cano para que a agua circule a velocidade de 8m/s.
3. A velocidade de um liquido ideal num tudo de 6cm de diâmetro inteiro é de 0,45m/s. Calcule a velocidade
de um ponto de estrangulamento do tubo de 3cm de diâmetro interno.

Equação de Bernoulli

A equação de Bernoulli é uma relação fundamental da mecânica dos fluidos que estabelece a relação entre a
velocidade do fluido, pressão e a elevação.

Consideremos um fluido ideal se escoando através duma tubulação de secção recta variável

A equação de Bernouli para um escoamento estacionário incompreensível e não- viscoso é:

1 2 1 2
p1 + Pgh+ ρ v 1 =p 2+ Pgh+ ρ v 2
2 2

Para um fluido em repouso v1 =v 2=0 temos:

p1 + Pgh= p2 + Pgh

Esta ultima é a equação fundamental da hidrostática

Algumas aplicações da equação de Bernoulli

1º um tubo de

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