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SENSORES DE PROXIMIDADE

INTRODUÇÃO

O comando de processos de automação industrial e robotização


exigem confiabilidade rapidez e segurança, por isso foram criados os
sensores eletrônicos de proximidade para substituir as tradicionais
chaves mecânicas. Como operam sem contato físico, não se
desgastam.

Indutivos capacitivos fotoelétricos

DEFINIÇÃO

Sensores de proximidade são elementos capazes de perceber a


presença de um corpo de material metálico ou não. Permite maior
número de comutações, frequência de chaveamento elevada, ajuste de
sensibilidade e geram níveis de tensão na saída capazes de acionar
relés, contadores, CLP’s, entre outros.

VANTAGENS / DESVANTAGENS

Vantagens:

- não precisa de contato físico com o alvo a detectar

- não tem peças móveis (maior durabilidade)


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- alta velocidade de comutação

- funciona em qualquer posição

- é imune à vibração

- dimensões reduzidas

Desvantagens:

- precisa ser alimentado (com fonte estabilizada)

- tem consumir próprio

- não tem conserto

Video:

“Sensor de Proximidade - Exemplo de aplicação” ( 0:32min )

https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=yz5GAWriaec&feature=emb_lo
go

ESTADO DE SAÍDA DOS SENSORES

Definimos o estado de saída de um sensor na situação de “sensor


desatuado” (em repouso), podendo ser:

NA = a carga conectada ao sensor estará


deslizada (circuito aberto)

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NF = a carga conectada ao sensor estará
energizada (circuito fechado)

Reversível (NANF) = a carga conectada ao sensor


...estará desligada em A e energizada em B

As funções acima se invertem quando o sensor é atuado pela


aproximação de um objeto

TIPOS DE SENSORES DE PROXIMIDADE

Quando falamos de sensores de proximidade, estamos nos


referindo aos:

A) sensores indutivos

B) sensores capacitivos

C) sensores fotoelétricos

A) SENSORES INDUTIVOS

São os sensores que detectam somente a presença de peças


metálicas.

Princípio de funcionamento:
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Existe instalado na face sensora uma bobina gerando um campo
magnético direcionado para fora conforme figura abaixo. Com a
aproximação de um alvo de material ferroso (bom condutor de fluxo
magnético), surgem correntes parasitas no alvo metálico, criando um
campo de sentido contrário que faz diminuir o campo original levando a
comutação de diversos estágios (circuitos eletrônicos internos)
acionando um transistor de saída.

Algumas aplicações

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B) SENSORES CAPACITIVOS

São os sensores que detectam peças metálicas e não metálicas.

Princípio de funcionamento:

No frontal do sensor existem duas placas metálicas entre as quais


existe um campo elétrico formando assim um capacitor cujo meio
isolante é o ar.

Quando um material qualquer aproxima-se do campo elétrico,


altera a rigidez dielétrica do meio provocando uma mudança na
capacitância, levando à comutação de diversos estágios (circuitos
eletrônicos internos) acionando um transistor de saída.

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Algumas aplicações

DISTÂNCIA SENSORA

a) Distância Sensora Nominal (Sn): é a distância em que


aproximando-se o alvo da face sensora, o sensor muda o estado de
saída, estando o sensor sob condições nominais de tensão, temperatura
ambiente (25°C) e usando “alvo padrão”

b) Distância Sensora Operacional (Sa): é a distância na qual ocorre a


atuação do sensor, usando o para o acionamento alvos diferentes do
padrão. Ocorrerá a redução da distância sensora.

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Para sensor indutivo o “alvo padrão” é uma placa de aço com
1mm de espessura, formato quadrado com lado igual ao diâmetro da
face sensora.

OBS.: Para sensor capacitivo adota-se a água com material acionador padrão.

Para ambos os sensores, a detecção de outros materiais implica


na redução da distância entre sensor e o alvo.

Exemplo: Fatores de redução da distância sensora

• Sensor indutivo • Sensor capacitivo

Ferro ou aço........1,0 Água ............ 1,0

Níquel-Cromo..... 0,9 Metais ......... 1,0

Aço-inox............ 0,85 Madeira ....... 0,5

Latão...................0,5 PVC ........... 0,4

Alumínio.............0,4 Óleo...............0,1

Cobre................ 0,3

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HISTERESE OU DISTÂNCIA DIFERENCIAL

É a diferença entre o ponto de acionamento e o ponto de


desacionamento, devendo estar compreendida entre 3 e 15% de Sn

Em acionamentos de segurança e responsabilidade, é importante


saber esse valor pra determinar a precisão da atuação.

A histerese não é uma desvantagem, pois evita o efeito de


repiques produzidos pelas possíveis vibrações do objeto a ser
detectado.

FORMAS DE MONTAGEM

a) Embutido

Nesse tipo de sensor o campo magnético (ou elétrico no caso dos


sensores capacitivos) emerge apenas na face sensora e permite que
seja fixado em uma superfície metálica.

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b) Não embutido

Nesse tipo, o campo magnético (ou elétrico) emerge também na


superfície lateral da face sensora, portanto a fixação deve ser feita
afastada de partes metálicas.

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CONFIGURAÇÕES ELÉTRICAS

Os sensores de proximidade podem ser de corrente alternada ou


corrente continua.

a) Sensores de C.A.

Os sensores de corrente alternada possuem um tiristor ( ) que


efetua o chaveamento da carga assim que o sensor é atuado.

Funcionam com tensões de 20 a 250 VCA sendo capazes de atuar


pequenas cargas (exemplo: relés ). Podem ser a 2, 3 ou 4 fios conforme
simbologia a seguir:

2 fios

O sensor de dois fios é conectado em série com a carga ( relé por


exemplo) e é usado para substituir diretamente as chaves fim-de-curso
mecânicas.

Atenção: a forma de ligar implica que, mesmo em repouso, uma


pequena corrente se mantém fluindo através da carga, e quando atuado
uma queda de tensão residual fica no sensor (7V) diminuindo portanto a
tensão final na carga

3 fios

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4 fios

FORMA DE LIGAÇÃO DE VÁRIOS SENSORES C.A.

a.1) em Série

Com 2 fios Com 3 ou 4 ffios

Observação

1) quantidade de sensores fica limitada devido a queda de tensão 7


volts em cada sensor
2) A capacidade de corrente do sensor deve ser suficiente para
manter a corrente da carga somado ao consumo dos sensores.

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a.2) em Paralelo

Nota: não se aconselha ligação em paralelo de sensores C.A. de dois


...........fios

b) Sensores em C.C.

Os sensores corrente contínua possuem um transistor ( ) que


efetua o chaveamento da carga assim que o sensor é atuado.
Funcionam com tensões de 10 a 30Vdc. Podem ser de 3 ou 4 fios (PNP
ou NPN) conforme simbologia a seguir.

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Os sensores de corrente contínua são mais sensíveis e exigem
uma fonte de C.C cujo “ripple” seja menor que 10% e que essa fonte
seja exclusiva ou seja, embreagens, solenoides, etc devem ser
alimentados por outra fonte.

SUGESTÕES DE FONTES PARA SENSOR

Fonte CC monofásica Fonte CC trifásica

FORMA DE LIGAÇÃO DE VÁRIOS SENSORES DE C.C.

b.1) em Série

Sensores PNP Sensores NPN

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Observação

1) Quantidade de sensores fica limitada devido a queda de tensão


(1V) em cada sensor.
2) A capacidade de corrente do sensor deve ser o suficiente para
manter a corrente da carga somado ao consumo próprio dos
sensores

b.2) em Paralelo

Sensores PNP Sensores NPN

Atenção: instalar os cabos de sensores separados dos cabos de


motores, inversores de frequência, solenoides, embreagens
eletromagnéticas, etc, para evitar indução de picos de tensão e
corrente.

Para saber um pouco mais assista o Video:

“Ligação de Sensor PNP/ NPN 3 e 4 fios !! E agora???!?!?!?” ( 14 min )

https://www.youtube.com/watch?v=D3iZ_St_lfo

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C) SENSORES FOTOELÉTRICOS OU ÓPTICOS

INTRODUÇÃO

Os sensores ópticos usam os efeitos da luz para detectar os


objetos ao seu redor.

Cada tipo de luz serve para uma finalidade. É seu comprimento


de onda que determina suas características e aplicações.

A figura abaixo mostra a luz dividida em seu espectro de cores.

• Luz infravermelho (770 a 940 nm): luz invisível que é utilizado


para detectar objetos de qualquer cor.

• Luz vermelha (650 nm) e Luz verde (510 nm): luz visível usada
para detectar contrastes. É fundamental que a cor da Luz
contraste com a do objeto, assim se o objeto for vermelho
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usaremos um sensor de luz verde. Insubstituível na detecção de
marcas de registro de embalagens.

DEFINIÇÃO

Sensores fotoelétricos ou ópticos são aqueles que empregam


meios ópticos e eletrônicos para detecção de objetos.

São compostos de 2 elementos: o emissor e o receptor. Estes


elementos podem estar montados no mesmo corpo ou em corpos
separados.

Se a saída do sensor (NA ou NF) é acionada quando a luz estiver


ativando o receptor dizemos que ele “opera na luz” (light). Se é ativado
pela interrupção da luz dizemos que “opera no escuro” (dark).

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

O emissor envia um feixe de luz por meio de um LED. O


receptor, que é composto de um foto-transistor de silício ou fotodiodo,
capta a luz enviada pelo emissor.

Para que a luz ambiente, ou de outras fontes, não sensibilizem o


receptor indevidamente, costuma-se modular a luz emitida pelo sensor
numa certa frequência, 1 Khz por exemplo, ou seja, o emissor gera um

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sinal de 1000 lampejos de luz por segundo. Da mesma forma, no
receptor é colocado um filtro (analisador de frequência) que somente
considera válido sinais com a mesma frequência do emissor.

TIPOS DE SENSOR FOTOELÉTRICO

Os sensores fotoelétricos para aplicação Industrial podem ser


classificados em três modelos:

• tipo barreira de luz


• tipo reflexão
• tipo retro-reflexão

a) Sensor Tipo Barreira de Luz

No sensor por barreira de luz o emissor e o receptor estão


montados em corpos separados. Estes corpos devem ser alinhados
frontalmente de tal forma que a luz gerada pelo emissor chegue ao
receptor.

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O objeto detectado deve interromper o feixe luminoso ativando o
sensor. Obviamente o objeto não pode ser transparente ou diminuto. A
distância sensora (SN) pode ser de poucos centímetros até muitos
metros (150 m).

b) Sensor Tipo Reflexão

No sensor por reflexão o emissor e o receptor encontram-se no


mesmo corpo. O objeto a ser detectado deve refletir por difusão o feixe
de luz gerado pelo emissor e mandar de volta ao receptor ativando o
sensor.

Normalmente é aplicado em distâncias sensoras de poucos


centímetros pois a garantia da reflexão depende de muitas variáveis
como cor, material, tamanho e formato do objeto, ângulo de incidência,
etc .

Veja detalhes a seguir:

b.1) Influência da cor e material do objeto

O alvo padrão usado pelo fabricante para determinar a distância


sensora nominal (SN ) é uma folha de papel fotográfico branco.

Objetos de cor e materiais diferentes reduzem a distância


sensora.

A tabela a seguir indica os fatores de redução

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Fc = fator devido à cor Fm = fator devido ao material

Observação: os fatores são acumulativos. Exemplo: papelão (0,5)


preto (0,5) gera um fator (0,25)

b.2) Zona morta

É a área próximo ao sensor onde não é possível a detecção do


objeto, pois nessa região não existe um ângulo de reflexão da luz que
alcança o receptor.

A zona morta normalmente fica entre 10 a 20% de SN

c) Sensor tipo Retro-reflexão

É um misto entre os dois anteriores, ou seja, tem o emissor e o


receptor no mesmo corpo como o sensor tipo reflexão, mas o feixe de
luz é mantido entre emissor e receptor igual ao sensor tipo barreira.

É usado sempre em combinação com um espelho refletor.


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Detecta qualquer objeto, desde que não seja transparente, muito
brilhante ou com superfície polida.

Algumas aplicações

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