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MODOS POSSÍVEIS DE PROPAGAÇÃO
O modo de propagação normalmente usado é o modo de propagação
em espaço livre por onda directa, porque as antenas têm dimensões
reduzidas e podem ser sobreelevadas fugindo aos obstáculos.
𝑃1
0 = 10 log
𝑃2
𝑃1
𝑃𝑟𝑒𝑓 𝑃1 𝑃2
0 = 10 log = 10 𝑙𝑜𝑔 − 10 𝑙𝑜𝑔
𝑃2 𝑃𝑟𝑒𝑓 𝑃𝑟𝑒𝑓
𝑃𝑟𝑒𝑓
0 = 𝑃1𝑑𝐵 − 𝑃2𝑑𝐵
Método de cálculo em comunicações (6)
Potência surfácica no ponto onde está a antena de recepção
𝑃1
𝑃𝑆 =
4𝜋𝐷 2
𝑃1 𝜆2
𝑃2 = 𝑃𝑆 . 𝐴𝑒 𝑖𝑠𝑜 = .
4𝜋𝐷2 4𝜋
2
𝜆
𝑃2 = 𝑃1 .
4𝜋𝐷
Perdas de propagação no espaço livre
(perdas fictícias)
𝟐
𝑷𝟏 𝟒𝝅𝑫
=
𝑷𝟐 𝝀
𝟐
𝑷𝟏 𝟒𝝅𝑫
𝟎 = 𝟏𝟎 𝒍𝒐𝒈 = 𝟏𝟎 𝐥𝐨𝐠
𝑷𝟐 𝝀
𝟒𝝅𝑫
𝟎 = 𝟐𝟎 𝐥𝐨𝐠
𝝀
Perdas de propagação no espaço livre
(perdas reais)
As perdas no espaço livre com antenas reais são menores do que com as
antenas isotrópicas, porque a antena de emissão radia uma potência mais
forte na linha de vista entre antenas e a antena de recepção capta uma
potência mais forte na mesma direcção.
A diminuição das perdas é igual ao ganho isotrópico das antenas.
𝑜r = 𝑜 − (𝐺𝑖𝑠𝑜1 + 𝐺𝑖𝑠𝑜2 )
4𝜋𝐷
𝑜r = 20 log − 𝐺𝑖𝑠𝑜1 − 𝐺𝑖𝑠𝑜2
𝜆
Outras perdas ou ganhos no sistema de comunicações
Além das perdas de propagação no espaço livre reais, existem
outros motivos de perdas, a saber:
• Perdas nos feeders das antenas de emissão e recepção.
• Perdas introduzidas por filtros sempre que for necessário
introduzi-los no sistema de comunicações.
• Perdas adicionais introduzidas pelo solo quando se aproxima da
linha de vista entre antenas.
• Perdas adicionais devidas a condições atmosféricas adversas,
• Ganho introduzido pelo “booster” sempre que aplicado a uma
antena de recepção.
Perdas introduzidas pelos “feeders” (1)
Os “feeders” das duas antenas são normalmente cabos coaxiais ou, nas
microondas, guias de onda ou fibras ópticas.
Os “feeders” são escolhidos de modo a não introduzirem perdas demasiado
elevadas, procurando-se um compromisso entre a atenuação e o custo do
“feeder”.
𝑃𝑖𝑛
𝑃𝑖𝑛 𝑃𝑟𝑒𝑓 𝑃𝑖𝑛 𝑃𝑖𝑛
𝐿𝑓𝑑𝐵 = 10𝑙𝑜𝑔 = 10𝑙𝑜𝑔 = 10 log − 10 log
𝑃𝑜𝑢𝑡 𝑃𝑜𝑢𝑡 𝑃𝑟𝑒𝑓 𝑃𝑟𝑒𝑓
𝑃𝑟𝑒𝑓
Exemplo:
Cabo coaxial da ANDREWS tipo HJ7-50A:
𝑃𝑎𝑟𝑎 100 𝑀𝐻𝑧: 𝐴𝑡 = 0,679 𝑑𝐵/100𝑚
Critérios de escolha dos “feeders” (1)
• As estações de frequência co-canal têm que ser muito afastadas para reduzir ao
máximo a interferência . As estações de canal adjacente têm ainda que ser
razoavelmente afastadas pois que elas, embora em menor grau, também
interferem.
Perdas introduzidas pelos filtros inseridos
no sistema de comunicações (2)
O ideal seria que cada emissor transmitisse somente a frequência da
portadora.
• Contrariamente aos filtros, este LNB não introduz mais perdas na cadeia do
sistema de comunicações mas sim um ganho que contraria as perdas globais.
• A utilização do LNB é muito comum nas antenas parabólicas para comunicação via
satélite.
Perdas adicionais devido à proximidade do solo
• Para que a propagação possa ser considerada uma propagação em espaço
livre, não basta termos a linha de vista livre de obstáculos.
• Qualquer pico que fique próximo da linha de vista poderá provocar perdas
adicionais.
• Os picos 1 e 2 da figura poderão provocar perdas adicionais.
• O método de cálculo das perdas adicionais é estudado mais adiante.
Sistema de comunicações
(caso mais geral)
Perdas de transmissão globais
As perdas de transmissão globais de qualquer sistema de comunicações são
dadas pela expressão:
𝑷𝑻𝒙
𝑳𝑮 = 𝟏𝟎 𝒍𝒐𝒈
𝑷𝑹𝒙
𝑷𝑻𝒙
𝑷𝒓𝒆𝒇 𝑷𝑻𝒙 𝑷𝑹𝒙
𝑳𝑮 = 𝟏𝟎 𝒍𝒐𝒈 = 𝟏𝟎 𝒍𝒐𝒈 − 𝟏𝟎 𝒍𝒐𝒈
𝑷𝑹𝒙 𝑷𝒓𝒆𝒇 𝑷𝒓𝒆𝒇
𝑷𝒓𝒆𝒇
𝑳𝑮 = 𝑷𝑻𝒙 𝒅𝑩 − 𝑷𝑹𝒙 𝒅𝑩
Perdas de transmissão globais no caso
mais geral
𝐿𝐺 = Г𝑜 + Г𝑎 − 𝐺𝑖𝑠𝑜1 − 𝐺𝑖𝑠𝑜2 + 𝐿𝑓1 𝑑𝐵 + 𝐿𝑓2 𝑑𝐵 + 𝐿𝐹 − 𝐺𝐵
𝐸𝑅 = 𝐷𝑅 + 𝜆 2 𝐹𝑅 = 𝐷𝑅 + 2 . 𝜆 2
𝐺𝑅 = 𝐷𝑅 + 3 . 𝜆 2 𝑋𝑅 = 𝐷𝑅 + 𝑛 . 𝜆 2
𝑑1 . 𝑑2 𝑑1 . 𝑑2
𝑅𝑛 = 𝑛 .𝜆 . 𝑅1 = 𝜆.
𝑑 𝑑
𝑑 𝜆 .𝑑
𝑑1 = 𝑑2 = 𝑅1𝑚𝑎𝑥 =
2 2
Elipsoide da 1ª zona de Fresnel
Conclusões
da Teoria de Huygens-Fresnel
• A intensidade luminosa não é resultante somente da propagação por
linha directa.
• É também resultante das fontes secundárias de uma frente de onda.
• A presença de um obstáculo tanto pode reforçar a intensidade luminosa
como pode atenuá-la.
• Se o obstáculo se aproximar demais, de modo a entrar na 1ª zona de
Fresnel, a intensidade luminosa pode ser severamente agravada.
Aplicação da Teoria de Huygens-Fresnel
às ondas de rádio
• As ondas radioeléctricas, tal como a luz, são ondas electromagnéticas.
• A Teoria de Huygens-Fresnel é, portanto, também aplicável às ondas
radioeléctricas.
• A intensidade do campo eléctrico no ponto de recepção também varia de
acordo com o gráfico.
Porquê aqueles resultados estranhos?
• Sem dúvida que se deve ao facto da iluminação do ponto P2 não ser só o
resultado da propagação por linha directa, mas também pelas infinitas
propagações por difracção nos bordos da abertura.
• Huygens e Fresnel tiveram que conceber uma nova teoria que explicasse
esses resultados.
Critério para definição de propagação em espaço livre
Cumeada em gume de faca
610 1,000298
1.220 1,000275
1.830 1,000254
2.440 1,000235
15.000 1,000045
Raio da terra equivalente
Demonstra-se que se fizermos uma representação gráfica admitindo que o
raio da terra é 4/3 do raio da terra verdadeiro, nesse gráfico os raios da
onda são linhas rectas.
Distância ao horizonte
Cálculo da distância ao horizonte
𝑹𝒆𝒒 ≫ 𝒉 ⟹ 𝑫𝟏 ≅ 𝑫𝟐 ≅ 𝑫
𝟐
𝑹𝟐𝒆𝒒 + 𝑫𝟐 = 𝑹𝒆𝒒 + 𝒉 = 𝑹𝟐𝒆𝒒 + 𝒉𝟐 + 𝟐𝑹𝒆𝒒 𝒉
𝑫= 𝟐𝑹𝒆𝒒 𝒉 𝑫𝑲𝒎 = 𝟒, 𝟏𝟐 𝒉𝒎
Critério adoptado para espaço livre
Para que uma comunicação possa ser considerada em espaço livre, é
necessário que se verifique o seguinte:
𝒂 = 𝟔 + 𝟏𝟐, 𝟐 𝑼 (𝒅𝑩)
Para U > 1:
𝒂 = 𝟏𝟔 + 𝟐𝟎 𝒍𝒐𝒈 𝑼 (𝒅𝑩)
Problema 1
Pretende-se transportar um sinal de uma estação A para outra estação B, e para tal
vai-se recorrer ao sistema de UHF indicado na figura, operando na frequência de
450 MHz e com as seguintes características:
Emissor - P = 6 Watts
Antenas - Tipo: Antena com reflector cilindrico
Ganho: G/2 = 17,5 dB
Feeders - Tipo: Cabo coaxial Heliax 1 5/8”
Comprimento: Estação A - 10 metros
Estação B - 20 metros
Atenuação: 100Mhz – 0,679dB/100m
1000Mhz – 2,3dB/100m
Calcular a potência entregue ao receptor, fazendo o cálculo em valores relativos (dB’s),
tomando 1 Watt como referência, e em valores absolutos (Watts).
Problema 2
Considere o seguinte sistema de comunicação a operar na frequência de 900MHz :
Escolhendo a potência de referência que achar mais conveniente, calcule a potência aos terminais
do receptor em dB e em Watts, para os três casos de cumeada indicados na figura.
Problema 3
Considere um sistema de comunicação na frequência de 800 MHz, para o perfil indicado:
Ambos os canais são canais de áudio com a mesma banda de frequências (50 Hz a 15 K
Hz) e não podem, portanto, modular a mesma portadora. Para os individualizarmos,
temos que os separar em frequência e, para isso, poderiamos deixar o canal L na banda
de 50 Hz a 15 KHz e transpôr, por modulação em amplitude de uma portadora de
38 KHz, o canal R para uma banda de 23 a 53 KHz.
Seria este sinal composto que iria modular em frequência o emissor de VHF FM.
Transmissão em estereofonia (2)
Para evitar desperdício de potência, a modulação da portadora de 38 MHz
foi feita por um modulador equilibrado que elimina a portadora.
Não sendo transmitida a portadora o receptor não sabe qual é a portadora
que tem de desmodular e, por isso, é também transmitido um sinal de
pequena potência de 19 KHz, que o receptor duplica e obtém exactamente
a frequência da portadora.
Sendo a portadora, do emissor de FM, modulada pelo sinal composto assim
concebido, não há compatibilidade na recepção, ou seja, um receptor de
mono só capta sinais até 15 KHz e, portanto, só capta o canal esquerdo (L).
Transmissão em estereofonia (3)
Para haver compatibilidade temos que transmitir os canais L+R e L-R, o que
é feito por uma matriz.
O espectro do sinal composto que vai modular a portadora do emissor de
FM será:
Gerador de estéreo
O gerador de estéreo é uma unidade colocada à entrada do emissor, que
gera o sinal composto que vai modular em frequência a portadora do
emissor.
Receptor de estéreo
Receptor de estéreo
Consequências da transmissão em estereo
• A largura de banda ocupada por cada estação é muito maior do que os 180 KHz da
transmissão em mono, porque a frequência máxima do sinal modulante é muito
maior.
Zonas rurais 48 54
Zonas urbanas 60 66 48 55 65 70
Grandes cidades 70 74
Intensidade de campo mínimo utilizável (dB)
VHF FM Banda II TV
Mono Estéreo Banda I Banda III Banda IV Banda V
34 48 46 49 58 64
Método de cálculo em radiodifusão (2)
Os gráficos usados são válidos para as bandas I, II e III (atribuídas à radio e à
televisão) ou para as bandas IV e V (atribuídas à televisão), para diferentes
tipos de terra sólida ou mar, para uma par de 1 KW, para uma altura da
antena de recepção igual a 10 metros e para um factor de ondulação do
terreno ∆𝐻 = 50𝑚.
∆𝑝𝑎𝑟 = 𝑃𝑇𝑥 𝑑𝐵 + 𝐺𝑑 = 19 𝑑𝐵
Resolução da alínea a)
Correcção em ∆𝑯 (𝑣𝑒𝑟 𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑜): ∆∆𝐻 = −4 dB
𝐸𝑑𝐵 = 𝐸1𝑑𝐵 + ∆𝑝𝑎𝑟 + ∆∆𝐻
𝐸𝑑𝐵 = 38 + 19 − 4 = 53 𝑑𝐵
𝐸𝜇𝑉/𝑚
𝐸𝑑𝐵 = 20 log
1𝜇𝑉/𝑚
53 = 20 log 𝐸𝜇𝑉/𝑚
𝐸1𝑢𝑑𝐵 = 40 − 19 + 4 = 25 𝑑𝐵
Do gráfico tira-se: 𝑑 = 88 𝐾𝑚
Antena não omnidireccional (1)