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Caracterização do Canal de

Propagação Radiomóvel
Fundamentos
Pedro Vladimir Gonzalez Castellanos
Leni Joaquim de Mattos
Gláucio Siqueira
Ângelo Canavitsas
Representação do sinal
• Descrição do sinal – Envoltória e fase
Representação do sinal
Representação do sinal
Representação do sinal
• Alternando parâmetros de amplitude e fase podemos codificar informação.
Representação do sinal
Modos de Propagação
• Planejamento dos sistemas de comunicação requerem o conhecimento do
comportamento (caracterização) do sinal num determinado ambiente de
propagação.
• A variabilidade da maioria dos ambientes de propagação não permitem
uma analise determinística do comportamento do sinal
• Modelos probabilísticos, baseados no calculo da media e o desvio padrão
da perda no percurso.
• Enquanto o mecanismo básico de propagação em espaço livre é
consistente para todas as frequências.
• Os ambientes de propagação adicionam um grau de aleatoriedade ao
comportamento do sinal, dando a este comportamento, uma dependência
em relação à frequência.
Modos de Propagação
• Dependendo da frequência um ou mais modos de propagação são
dominantes.

• O espectro eletromagnético conhecido como ondas rádio, varia na


faixa de 3kHz a 300 GHz onde cada década recebe um nome
específico.

• Podemos classificar as ondas de rádio de acordo com as faixas de


operação associadas ao modo dominantes
Modos de Propagação
Modos de Propagação
VLH (Very Low Frequency)
• VLH (Very Low Frequency) – 3 kHz até 30 kHz (100 km a 10 km)
• É a parte mais baixa do espectro radioelétrico com algum uso prático.
• Devido à limitação de banda não é viável transmitir voz, sendo possível
apenas o envio de informação codificada em forma binária simples, como
código Morse.
• Devido ao seu comprimento de onda, consegue atravessar o solo ou a
água praticamente sem sofrer interferências ou perdas no sinal. Esta
característica permite prover comunicações com submarinos, o que não se
efetua com outras faixas, pois a água do mar bloqueia ondas de rádio em
frequências mais altas.
VLH (Very Low Frequency)
• O mecanismo de propagação é o de
ondas terrestres, se propagam
entre a superfície da terra e a
ionosfera.
• Devido às variações da altura da
camada D da ionosfera, estas ondas
se propagam de forma diferente
durante o período do dia.
• Uma dificuldade de sistemas
operando nesta faixa é o tamanho
das antenas, que podem chegar a
dezenas de quilômetros.
VLH (Very Low Frequency)
• Antena guarda-chuva do farol
do sistema de navegação
Omega na Ilha de Tsushima,
Japão, que transmitiu em 10 -
14 kHz. Com 389 metros de
altura, foi desmontado em
1977.
LF (30 kHz a 300 kHz – 10 km a 1 km) e
MF (30 kHz a 3 MHz – 1 km a 100m)
• O modo dominante são as ondas médias tendo características de
propagação fortemente dependentes da presença da Terra.
• Em LF as ondas de superfície alcançam grandes distâncias e são usadas
para navegação e comunicação.
• Em MF, devido à maior disponibilidade de faixa (banda 5 kHz), temos o
serviço de rádio AM (520 kHz a 1710 kHz).
• Durante a noite, o mecanismo de onda ionosférica fica importante.
• Na sintonia de ondas médias à noite observa-se, claramente, o efeito do
desvanecimento ou fading.
• Na faixa de 30 MHz, tem a possibilidade de usar o sistema Digital Radio
Mondiale DRM30
HF (3 a 30 MHz - 100 m a 10 m)
• O modo dominante são as ondas
ionosféricas apesar da presença de
ondas terrestres. As camadas
refletoras da ionosfera (D, E e F)
proporcionam cobertura mundial.
• O grande problema são as variações
aleatórias na recepção que provocam
fading. A figura mostra uma antena
do tipo Espiral Cônica, utilizada em
comunicações HF.
VHF (30 MHz a 300 MHz – 10 m a 1 m) e
UHF (300 MHz a 3 GHz – 1 m a 10 cm)
• A comunicação se da via raio direto
ou reflexão na superfície da terra.
• Nestas frequências, o modo
dominante são as ondas espaciais.
• A largura de faixa disponível
permite sistemas mais sofisticados
como rádio FM, TV com cobertura
limitada ao horizonte.
• Fenômenos importantes são a
difração em obstáculos e a refração
atmosférica.
SHF (3 GHz a 30 GHz - 10 cm a 1cm)
• A faixa de Super High Frequencies –
SHF, é conhecida como a de micro-
ondas cujo mecanismo dominante de
propagação é o de ondas diretas.
• Nestas frequências é possível
projetar antenas pequenas e muito
eficientes (antenas diretivas).
• A faixa de SHF é usada em
comunicações via satélite, enlaces
terrestres ponto-a-ponto e em
sistemas de comunicações curta
distância.
EHF (30 a 300 GHz – 10 a 1 mm)
• São conhecidas como ondas milimétricas
• O modo dominante são as ondas diretas.
• Efeitos importantes são o espalhamento pela chuva e neve e a
absorção por “fog”, vapor d’água e oxigênio, além de outros gases
atmosféricos.
Faixa de Frequência Ideal
• Um dos parâmetros mais importantes a ser definido para um sistema
de comunicações é a faixa de frequências ideal a ser utilizada.
• Os sistemas móveis exigem uma comunicação duplex com cobertura
de algumas dezenas de quilômetros.
• Na área de cobertura o transmissor deve irradiar com uma potência
suficiente para sensibilizar o receptor.
• Assim, devemos escolher a região do espectro de RF onde seja
possível construir antenas eficientes (preferencialmente
unidirecionais) com tamanho adequado.
Faixa de Frequência Ideal
• Em uma comunicação duplex no ambiente urbano, nem sempre é
possível ter visibilidade e, portanto, as comunicações têm que ser
feitas por outro mecanismo diferente da onda direta (por exemplo
reflexão e/ou refração).
Tx Rx
1 2

 
d
hd
(0 ,0 ) x
W1
4 y 3

W2
Faixa de Frequência Ideal
• Para satisfazer a estes requisitos são utilizadas as faixas de VHF e UHF.
Porém, os mais novos sistemas de acesso móvel já utilizam SHF (5G)
e, muito em breve, deverão aplicar também tecnologias em EHF
Faixa de Frequência Ideal
• Os sistemas móveis usam geralmente o reuso do canal para
possibilitar uma quantidade significativa de usuários.
• O reuso significa utilizar o co-canal (mesmo canal) em diversos
lugares, normalmente com uma separação geográfica, como acontece
nas estações de rádio e televisão (SFN).
• É evidente que o sistema tem que lidar com uma auto interferência,
além da interferência de sistemas adjacentes.
• A separação espacial entre co-canais depende da Effective Radiated
Power - ERP [w] e do ambiente de cobertura.
• Na faixa de VHF utiliza-se de 50 a 100 km para a referida separação
Cobertura Rádio
• Sistemas celulares modernos usam enlaces rádio para estabelecer
comunicação entre as estações rádio-base (ERB) e a central de
comutação e controle (CCC).
• Estes enlaces são feitos geralmente pela rede telefônica cabeada (fios
ou fibras) ou por enlaces rádio ponto-aponto.
• O projeto desses enlaces requer visibilidade, o que significa a
liberação de pelo menos 60% do 1° elipsoide de Fresnel e, se possível,
a não existência de raios refletidos.
Cobertura Rádio
• Cada ERB deve proporcionar um sinal adequado na sua célula (área
de cobertura).
• Ao contrário dos sistemas de radiodifusão, usa-se uma grande
quantidade de informações transmitidas com baixa potência.
• Para sistemas privados (PMR) outra solução seria a transmissão do
mesmo sinal por várias antenas ao mesmo tempo. Está técnica é
chamada de “simulcast”.
• No cálculo da cobertura é importante que seja garantido um mínimo
de sinal detectável em pelo menos 95% da área coberta e em 95% do
tempo.
Requerimentos do Serviço
• Taxa
• Rede de sensores: poucos kbit/s por segundo.
• Comunicação de voz: entre 5 e 64 kbit/s dependendo da qualidade; para
celular um valor típico é de ao redor 10 kbit/s.
• Serviço de dados: varia de acordo com o tipo de serviço oferecido.
• Serviços de banda larga: Os valores podem variar de acordo com o sistema e
podem atingir 100 Mbit/s.
• Redes pessoais: ao redor de 100 Mbit/s.
Requerimentos do Serviço
• Tamanho
Requerimentos do Serviço
• Mobilidade
• Fixed devices
• Nomadic devices
• Baixa mobilidade: velocidade
pedestre
• Alta mobilidade: 30 a 150 km/h
• Extremely high mobility: 300 a
1000 km/h
Alocação de espectro
Alocação de espectro
• Bandas licenciadas
Alocação de espectro
• Bandas sem licença

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