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Sistemas de guerra

eletrônica
1.
Sinal
eletromagnético

2
Designação espectro eletromagnético

A agência responsável pela divisão das faixas de frequência


é o ITU (União Internacional de Telecomunicações).
É uma agência da ONU especializada em tecnologias de
informação e comunicação
Os principais setores da ITU são:
▣ •ITU-R: gestão do espectro de radiofrequência e recursos
de órbita de satélite
▣ •ITU-D: acesso as comunicações
▣ •ITU-T: padrões e normas

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Designação espectro eletromagnético

4
Formas de obtenção de ondas
eletromagnéticas

5
Ondas Eletromagnéticas

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Unidade dB

▣ Para multiplicar números lineares -> soma os números em


dB.
▣ Para multiplicar números lineares -> subtrai os números
dB.
▣ Para elevar i número linear a potência n -> multiplica o
número dB por n.
▣ Para tirar -> dividir número dB por n.

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Unidade dB

8
Modulação

9
Modulação

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Modulação analógica - AM

▣ Ex.: um sinal de voz em


4kHz modulado em
amplitude apresentará uma
largura de 8kHz.
▣ A potência do sinal é
dividida entre a portadora e
as bandas laterais.

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Modulação analógica - AM

▣ A modulação em amplitude desperdiça potência: A


portadora não carrega informação.
▣ Desperdiça largura de banda devido as bandas laterais
superior e inferior.

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Modulação analógica – Angular

Modulação em frequência
▣ A razão entre o maior desvio de frequência
da portadora e a máxima frequência de
modulação é o índice de modulação FM (β).
▣ Ex.: FM broadcast o valor máximo do
desvio da frequência da portadora é de 75
kHz e a frequência máxima de modulação é
de 15 kHz : β= 75/15=5.
▣ Em geral, quanto maior β, mais tolerância a
ruídos o sinal apresenta.

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INTRODUÇÃO

▣ Os sinais de comunicação incluem comunicação por voz


e transmissão de dados.
▣ Sinais de comunicação possuem modulações contínuas e
alto fator de trabalho em relação ao RADAR.
▣ Fator de trabalho: relação entre o tempo de efetiva Tx e o
tempo total que o sistema está ativo.

Sinais de comunicação : tipicamente HF, VHF e UHF com modulação


AM e FM
14
INTRODUÇÃO

Sobre sinais de comunicação e sua capacidade de carregar


informações :

▣ Quanto maior a largura de banda do sinal de comunicações, mais informação


por unidade de tempo ele pode carregar;

▣ Quanto maior a frequência do sinal, maior largura de banda ele pode ter e,
portanto, mais informação pode transportar;

▣ Quanto maior a frequência, o enlace se torna mais criticamente dependente da


geometria (linha de visada necessária).

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INTRODUÇÃO

Sobre sinais de comunicação e sua capacidade de carregar


informações :

▣ Quanto maior a largura de banda do sinal de comunicações, mais informação


por unidade de tempo ele pode carregar;

▣ Quanto maior a frequência do sinal, maior largura de banda ele pode ter e,
portanto, mais informação pode transportar;

▣ Quanto maior a frequência, o enlace se torna mais criticamente dependente da


geometria (linha de visada necessária).

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INTRODUÇÃO

Aplicação militar Tipo de enlace Faixa de frequência

Comando e controle P2P; P2MP( terra-terra,


HF, VHF, UHF
tático (terrestre) ar-terra)
Comando e controle
tático (aérreo) Ar-terra e ar-ar VHF, UHF

Comando e dados do
UAV Ar-terra; ar-ar; ar-satélite micrrondas

Comando e controle Terra-satélite; satélite-


microondas
estratégico satélite

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Introdução – Comunicações táticas

▣ Incluem comunicação terra-terra, comunicação ar-terra e


comunicação ar- ar. Estes sinais estão tipicamente nas
bandas de HF, VHF e UHF.
▣ A informação pode ser transportada por voz ou dados,
com voz podendo ser digital ou analógico.
▣ A informação pode ser codificada e os sinais podem ser
de frequência fixa ou espalhamento de frequência para
evitar detecção ou bloqueio (spread spectrum).

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Introdução – Comunicações táticas

▣ As antenas “whip”(chicote) são as mais comuns em


estações em terra.
▣ As antenas dipolo dobrada são mais comuns em
plataformas aéreas.

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Introdução – Comunicações táticas

▣ O uso dessas antenas não direcionais permite que o link


se estabeleça mesmo com localização desconhecida da
outra ponta.
▣ Para localizações fixas e conhecidas cabe o uso de
antenas direcionais ( não direcionais apresentam ganho
menor).

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Introdução – Comunicações táticas

▣ Tx de comunicação tática em VHF e UHF e tipicamente 1


a vários W de potência irradiada efetiva( com ganho da
antena) e links de poucos km.
▣ Já para links em HF podem estar em intervalos mais
longos por não ser necessário linha de visada, no entanto
necessita maior potência.

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Introdução – Comunicações táticas

▣ Comunicação com aeronaves em VHF e UHF podem ter


um alcance maior com linha de visada desobstruída.
▣ A com. Tática frequentemente ocorre em
redes push-to-talk (vários transceptores operando na mesma
frequência com apenas
uma estação transmitindo
por vez.

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Introdução – Comunicações táticas

▣ Muitos sistemas táticos de interceptação de comunicação


incluem um display de frequência versus ângulo de
chegada.
▣ O display faz uma integração e por poucos segundos será
visto que virtualmente todas as freq. em uma banda de
comunicação são usadas.

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Conceitos – Enlaces de Dados Digitais

▣ Tipicamente uma informação digital em frequências de


micro-ondas.
Uplink: banda estreita por
ter baixa taxa de dados.
codificados

downlink (data link):


largura de banda maior

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2.
Sistemas de
comunicações em
HF

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26
27
Ionosfera

▣ Propagação em HF na ionosfera é
algo complexo.
▣ Suas características variam com a
ora do dia, época do ano,
localização e condições ambientais.
▣ Mecanismos de propagação em HF
: Linha de visada, onda terrestre ou
ondas celestes.

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Propagação Ionosférica:

O grau de ionização varia de intensidade durante o dia (dia e


noite), alterando a propagação de ondas EM.
1. Camada D (50 -90 km) – perda por absorção
diminuindo com a frequência. Absorção máxima a
noite.
2. Camada E (90 – 150 km) – baixa densidade de
ionização, causa alterações de curto período em HF.
3. Camada F (150 – 400 km) – durante o dia (F1 e F2 –
baixa densidade de ionização.)

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Propagação pela ionosfera

Onda reflete na camada com uma


altura virtual definida por:
▣ Altura de reflexão aparente e uma
frequência crítica.
Altura virtual é medida por sistema
que transmitem sinal verticalmente e
medem o tempo de propagação.
Freq. Máx. usável
▣ Se f aumenta: altura virtual aumenta (MUF):
até f crítica (deixa de ocorrer a
reflexão). MUF = FCR + sec(θ)
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Percursos de propagação em comunicação por
HF

▣ A potência recebida a partir da propagação de onda


ionosférica é dada por:

Onde todos os valores estão em dB.

Lb= perda por espalhamento


Li= Perda por absorção ionosférica
Lg= perda por reflexão terrestre
Yg= perdas diversas
Lf= perda por desvanescimento.

31
Sistemas mono-estáticos de localização de
comunicações ionosféricas em HF

Sistema de localização
mono-estático:
Single Site Locator – SSL
▣ Determina a
localização através dos
ângulos de chegada em azimute e em elevação.
▣ Para a elevação: ângulo entre direção do apontamento da
antena para o ponto de reflexão na ionosfera e a tangente
à superfície da terra.

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Sistemas mono-estáticos de localização de
comunicações ionosféricas em HF

A distância do SSL até o emissor é dada por:

Onde:
D=distância do SSl até o emissor
R= Raio da terra
= ângulo de elevação medido
do Rx(= , elevação medida do Tx)
H= altura virtual da camada ionosférica
a partir da qual o sinal é refletido

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Sistemas de localização por aeronaves

Apesar de existir sistemas de EW e de reconhecimento


usados em aeronaves projetados para interceptar HF, existe
um problema:

▣ Sinais da linha de visada e de onda celeste alcançam a aeronave.


▣ A diferença no comprimento do percurso gera uma diferença de fase entre os
sinais
▣ Causando interferência (multipercurso).

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Sistemas de localização por aeronaves

Solução:
Usar antenas com diagrama de ganho nulo na vertical (ex.:
antenas loop horizontal)

▣ Como os emissores estão relativamente próximos ás aeronaves, os


sinais de onda celeste chegam com ângulos de elevação grandes,
quase na vertical
▣ Eles são fortemente atenuados pelo padrão de ganho da antena,
interferindo menos com sinais provenientes do percurso da linha de
visada.

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Sistemas de localização por aeronaves

36
3.
Sistemas de
comunicações em
VHF/UHF

37
Modelos de propagação

Propagação em VHF/UHF é menos complexa do que em HF.


Modelos estudados: propagação em espaço livre, modelo de dois raios e
modelo baseado em difração em obstáculo gume de faca.

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Propagação em espaço livre

Linha de visada
Apropriado para propagação
onde não existam reflexões
significativas em obstáculos
(1 zona de Fresnel livre).

39
Propagação em espaço livre

A perda devido á
propagação em espaço
livre (metros):

a mesma equação
pode ser vista em
decibéis:

Se a distância for dada em milhas a cste será 36,57. Se em milhas náuticas cste é 37,79. 40
Propagação de dois raios

Apropriado para propagação


afetada pela reflexão
terrestre.

Ocorre, normalmente, em
links de baixas frequências e
com os transmissores e
receptores próximos a
superfície da terra.

41
Propagação de dois raios

A perda de propagação
(L) devido á propagação
no modelo “two-ray” é
dada por:

Com distância em metros.

▣ A perda neste modelo não depende da frequência

42
Propagação de dois raios

A perda de propagação (L) em decibéis:

▣ A perda neste modelo não depende da frequência.


▣ Quando utilizar modelo de espaço livre e dois raios? A
zona de fresnel

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Propagação de dois raios

▣ Se a distância do enlace for menor que a da zona de Fresnel


(FZ) : Espaço livre.
▣ Se a distância for maior que a de Fresnel(FZ): Dois raios.
▣ Se a distância do enlace for igual a distância de Fresnel
(FZ)?

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Propagação de dois raios

▣ Se a distância do enlace for igual a distância de Fresnel


(FZ)?
□ Os dois modelos apresentam a mesma perda de
propagação.

Como calcular a distância de Fresnel?

▣ Para a primeira equação as unidades estão todas em metros, na segunda FZ é dado em km, h em metro e f em MHz

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Modelo gume de faca

▣ Quando o caminho de propagação do sinal chega próximo


ao cume de um obstáculo (gume de faca) existe uma
perda adicional aos modelos de propagação apresentados.

▣ A distância D2 no lado do receptor necessita ser maior


que D1 no lado do transmissor.

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Modelo gume de faca

Ex.:
▣ d1 e d2 = 14 km
▣ Linha de visada passa 60 m
abaixo do obstáculo gume de faca
▣ F= 60 MHz
▣ Deseja-se um d=10 km
▣ A perda por propagação seria
afetada como?

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Modelo gume de faca

1. Valor de d é calculado pela fórmula (no


caso 10 km).
2. Traçar uma reta, partindo do “d”
encontrado até a altura “H”.
3. Do ponto onde a reta encontra a linha
de referência, outra reta é traçada.
4. A nova reta é traçada em direção a
frequência do enlace.
5. O ponto onde a reta intercepta a reta de
perdas indicar a perda L relacionada ao
obstáculo gume de faca (no caso 10
dB).

48
Modelo gume de faca

▣ Isso significa que o enlace terá


uma perda ADICIONAL de 10
dB.

▣ Se a linha de visada fosse 60


metros ACIMA do gume de faca?
Qual seria a perda associada?

49
Modelo gume de faca

▣ Se a linha de visada fosse 60


metros ACIMA do gume de faca?
Qual seria a perda associada?
▣ A perda adicional seria de 2 dB.

50
4.
Sinais, unidades e o
meio de propagação

51
Sinais, unidades e o meio de propagação

▣ Potência irradiada efetiva: potência de sinal de um link de


comunicação que deixa a antena transmissora em dB.

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Sinais, unidades e o meio de propagação

▣ Potência irradiada efetiva: potência de sinal de um link de


comunicação que deixa a antena transmissora em dB.

Para valor em dBm :


quadrado do valor do
campo x área
equivalente da antena
/impedância do espaço
livre

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Área efetiva de radiação da antena

▣ Para calcular a área da antena:

A = área da antenna em metros quadrados;


G = ganho da antena
λ = comprimento de onda em metros
▣ A cst 39(dB) inclui o quadrado da velocidade da luz, 4 e
unidades de conversão.

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Área efetiva de radiação da antena

▣ Para calcular a área da antena:

▣ Para uma antena isotrópica o ganho é 1


▣ Impedância no espaço livre é 120

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Potência irradiada de uma antena

▣ Voltando a potência irradiada e sua conversão:


▣ Para valor em dBm : quadrado do valor do campo x área
equivalente da antena /impedância do espaço livre
▣ Substituindo os valores de A temos:

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Potência irradiada de uma antena

▣ Para converter um sinal em dBm para intensidade de campo


em :

Ou

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Potência irradiada de uma antena

▣ Intensidade do sinal em dBm para várias intensidades de


campos de várias frequências.

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Ruído de fundo

Também chamado de ruído externo por não ser gerado dentro do


receptor.

▣ Combinação de emissões de sinais interferentes de baixa


potência, tais como mecanismos com vela de ignição,
motores, etc. e fontes naturais.
▣ O ruído de fundo é mais alto em frequências MF e HF e
diminui com o aumento da frequência

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Ruído de fundo

A imagem mostra o ruído de fundo em vários ambientes em


função da frequência:

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Ruído de fundo

Os principais tipos de ruído externo:

1. Ruído atmosférico- principalmente devido às descargas


elétricas na atmosfera. Depende de f, hora do dia, condições
climáticas, estação do ano e da localização geográfica.
2. Ruído cósmico: oriundo do sol e estrelas.
3. Ruído produzido por ser humano: devido a motores elétricos,
chaves elétricas, linhas de alta tensão ,etc. dependem das
características de ocupação do solo da área geográfica.

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Ruído de fundo

▣ O ruído externo entra pela antena receptora.


▣ Se antena whip, dipolo ou similar (com 360 de cobertura
angular).
▣ Com antenas de feixe estreito, níveis mais baixos são obtidos-
> a antena “filtra espacialmente” a quantidade de ruído no
ambiente.
▣ Para avaliar o desempenho do sistema (ruído total):
determinação da relação sinal ruído (SNR) do receptor;ao
ruído interno (KTB) do receptor. o ruído externo é adicionado

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Comunicação digital

▣ Fundamental para uso de criptografia e salto em frequência.


▣ Tem maior proteção interferência, intencional ou não, usando
diferentes métodos de detecção e correção de erros.
▣ A qualidade do sinal pode ser preservada mesmo com muitas
alterações no formato.
▣ Uma vez que o sinal já foi digitalizado não tem como
melhorar a qualidade do sinal. Apenas otimizar o formato do
sinal para uma Tx.

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Comunicação digital

▣ Tipicamente na forma binária.


▣ Algumas informação são inerentemente digitais (comunicação
entre computadores, uma tecla do pc pressionada ,etc.)
▣ Sinais analógicos podem virar digitais através da digitalização
do sinal ( quantização e amostragem)

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Digitalização

▣ Composto por um conversor analógico-digital (ADC)


Processo de 4 fases:
1. Amostragem (Sample & Hold): a taxa na qual as amostras
são obtidas é determinada pela frequência mais alta do sinal
(critério de nyquist: F amostragem ≥ 2f máxima
2. Após a mostra ser coletada, o sinal é digitalizado, quantizado
e gera uma palavra digital.

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Digitalização

▣ Composto por um conversor analógico-digital (ADC)


3. O circuito de amostragem é “limpo” para aceitar uma outra
amostra.
4. Após o processo de amostragem e digitalização, o sinal
digital é formatado para uma saída (paralela ou serial)

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Digitalização

Ex.:
▣ Sinal analógico amostrado com
16 níveis de quantização, (4 bits
de resolução): ou seja, a
fidelidade do sinal digitalizado
é determinada pelo resolução da
quantização.

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Digitalização

A figura permite extrair algumas


informações:
▣ A taxa de amostragem
determina a f máx que pode ser
representada digitalmente.
▣ A curva, uma digitalizada, só
poderá ser acuradamente
reconstruída de acordo com os
degraus da curva de
reconstrução.

68
Digitalização

▣ O número de bits em cada


palavra determina a resolução
com a qual a informação
analógica é capturada e a
resolução vai determinar a
relação sinal ruído.
▣ Se o nível de quantização fosse
8 (23)?

69
Digitalização

▣ O número de bits da amostra


determina a excursão dinâmica
( dynamic range- relação entre o
maior e menor valor do sinal
que pode ser representado) do
sinal digitalizado.

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Digitalização

Fórmulas:
▣ Fmáx e F amostragem :
▣ Relação sinal ruído (SNR):
ou
(m de bits da amostra)
▣ Dynamic Range: ou

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Digitalização de imagem

A área de uma imagem pode ser escaneada por uma câmera ou


dispositivo similar. Cada ponto capturado é um pixel e o valor do
sinal em cada pixel pode ser digitalizado.

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Formatos de sinais digitais

Quando são digitalizados e transmitidos são necessárias


informações adicionais, para permitir a sua recepção e futura
reconstrução. É comum:
▣ Um sistema de sincronização para o sistema de recepção
determine o papel de cada bit. Após o sinal de sincronismo, a
Tx é organizada em quadros .
▣ Bits de endereço, os quais direcionam os dados para o receptor
correto (na hipótese da Tx se destinar a amis de um receptor).

73
Formatos de sinais digitais

▣ Bits de dados, que representam a informação real.


▣ Bits de paridade, os quais são adicionados para detecção ou
correção de erros na transmissão.

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Tipos de modulação de RF para sinais digitais

Dados digitais devem ser modulados por uma portadora de


RF/micro-ondas/IV antes de serem transmitidos.

▣ Modulação digital em amplitude:


Neste tipo de modulação, os bits 1s e 0s são definidos pela
quantização da amplitude do sinal. Os bits 1 correspondem a um
nível mais alto da amplitude e os bits 0 a um nível mais baixo da
amplitude.

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Tipos de modulação de RF para sinais digitais

▣ Modulação digital em amplitude ASK:


Quando esse sinal é recebido no Rx ele é comparado com um
limiar para regenerar o sinal original.

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Tipos de modulação de RF para sinais digitais

▣ Modulação digital em frequência (FSK):


De modo similar, a FSK transmite um 1 numa frequência de
portadora e um 0 numa outra frequência da portadora.

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Tipos de modulação de RF para sinais digitais

▣ Modulação digital em fase (PSK):


Necessita que o Rx tenha um oscilador local de referência para
comparar a fase do sinal recebido com a referência.

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Tipos de modulação de RF para sinais digitais

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Relação sinal ruído

▣ A relação S/R de um sinal digitalizado é dado pela


relação sinal-quantização (S/Q).
▣ S/Q é uma função do número de bits de quantização.
▣ A sensibilidade do Rx é definida em termos de S/R antes
da detecção (RFSNR).
▣ Bits recebidos incorretamente (bits de erro) apresenta
uma relação com o número total de bits transmitidos que
é chamada de taxa de erro de bit (BER).

80
Relação sinal ruído

▣ A sensibilidade do Rx é definida em termos de S/R antes


da detecção/transmissão (RFSNR).

Ou

81
BER vs. RFSNR

▣ Ruído no sinal recebido causa variações nos níveis de


modulação recebida (pode mudar a fase, por exemplo).
▣ Quando o receptor está determinando qual fase está
presente, ele ocasionalmente comete um erro.
▣ Quanto menor SNR, maior a taxa de erro.

82
BER vs. RFSNR

83
BER vs. RFSNR

Observações importantes (BER vs RFSNR):


▣ As curvas possuem a mesma forma, independente das
modulações a que se referem.
▣ Assumindo um valor de BER, para cada modulação as curvas
interceptam o eixo de em diferentes valores de .
▣ As curvas, independentemente das modulações, se
aproximam de forma assintótica de uma taxa de erro 50%
quando é muito pequeno (muito ruído).

84
Espectro de frequência modulada
digitalmente

▣ A primeira imagem apresenta


um sinal BPSK (lobo
principal).
▣ O lobo principal apresenta 2x
a taxa de bit.
▣ A largura de banda é
definida entre as frequências
de 3dB

85
Espectro de frequência modulada
digitalmente

▣ O espectro do sinal digital apresenta 10% a 20% voltados


para o overhead.

▣ Overhead: dados de sincronização, endereço e bits de


paridade.

▣ A largura de banda do sinal transmitido é determinada pela


taxa de transmissão incluindo esses bits extras.

86
Sinal “spread spectrum”

▣ Sinal espalha sua energia aleatoriamente em uma faixa de


frequência maior que a necessária.
▣ A banda mínima necessária para transmitir a informação é:
largura de banda de informação.
▣ A frequência que o sinal espalha é: largura de banda de
transmissão.

87
CME/MAE ATIVA - BLOQUEIO

▣ Bloqueio é a irradiação ou a reflexão de energia


eletromagnética com o objetivo de anular a efetividade de
dispositivos usados pela força inimiga. É a forma mais
simples, antiga e usual de CME/MAE.
▣ Existem diversos tipos de técnicas de bloqueio, mas,
genericamente, essas técnicas são enquadradas como técnicas
que utilizam “ruído”.
▣ A intenção da CME/MAE de bloqueio é neutralizar
completamente o radar vítima ou o sistema de comunicações,
por meio de ruído banda estreita ou de ruído de barragem.

88
Técnicas de bloqueio

Irradiação ou reflexão de energia eletromagnética para negar a


informação ou anular a efetividade de dispositivos usados pela força
inimiga.

▣ ruído banda estreita ("spot noise");


▣ ruído de barragem ("barrage noise");
▣ ruído varrido ("swept noise/CW");
▣ ruído chaveado ("gated noise");
▣ ruído modulado em amplitude ("amplitude modulated noise/CW");
▣ ruído chaveado de onda quadrada de baixa freqüência ("count down");

89
CME/MAE ATIVA - BLOQUEIO

▣ O ruído banda estreita é usado quando os parâmetros de


frequência do radar vítima são conhecidos e confinados numa
banda estreita (contra: agilidade de frequência).

90
Ruído banda estreita ("spot noise")

O ruído banda estreita é um sinal de ruído, com frequência central


em torno da suposta frequência do radar vítima, e que ocupa uma
largura de banda nominal aproximadamente igual à banda de
recepção do radar.

Esta técnica pode ser usada:


▣ contra radares de busca com o intuito de negar a informação precisa de
localização, mascarar a distância de um alvo em particular ou mascarar
a presença de alvos;
▣ contra radares de acompanhamento/direção de tiro para negar ou
mascarar a informação de distância.

91
Ruído banda estreita ("spot noise")

O ruído banda estreita pode ser usado para:

▣ auto-proteção;

▣ prover cobertura em missões de suporte mútuo; e

▣ prover cobertura em missões “stand-off”

92
Ruído banda estreita ("spot noise")

▣ CME missão stand off


▣ Ruído de banda
estreita afeta alcance
do radar.
▣ Informação de
localização de alvos
no corredor seja
negada ou mascarada.

Efeito: faz com que o alcance do radar, na presença de CME, seja


reduzido quando comparado com a situação na ausência de CME, fazendo surgir
93
um “corredor” de penetração)
Ruído banda estreita ("spot noise")

O ruído banda estreita pode ser usado somente contra radares de


frequência fixa, que em geral são radares de busca antigos
equipados com MTI.
As técnicas de CCME radar que tornam o ruído banda estreita
menos efetivo são:
▣ Agilidade em frequência;
▣ Diversidade em frequência;
▣ Acompanhamento da interferência ("track on jam");
▣ Designação da interferência ("jammer strobe");
▣ Apagamento de lóbulo secundário ("sidelobe blanking"); e
▣ Cancelamento de lóbulo secundário ("sidelobe canceling").

94
Ruído de barragem ("barrage noise")

O ruído de barragem é um ruído banda larga cujo propósito é


impedir que uma grande parte do espectro eletromagnético seja
utilizado pelos sistemas inimigos.
Quando é usado? Quando o radar vítima é ágil em frequência ou
usa técnicas do tipo espalhamento de frequência ("spread
spectrum").
Desvantagem: existe uma perda de potência do Bloqueio pois o
radar mantém sua banda de FI (e largura BFI), casada com a
duração do pulso, enquanto que o CME é forçado a espalhar sua
potência ao longo de uma banda Bj maior do que BFI

95
Ruído de barragem ("barrage noise")

As CCMEs radar válidas contra o ruído de barragem:

▣ Acompanhamento da interferência ("track on jam");


▣ Designação da interferência ("jammer strobe");
▣ Apagamento de lóbulo secundário ("sidelobe blanking");
▣ Cancelamento de lóbulo secundário ("sidelobe canceling").

96
Ruído varrido ("swept noise/CW")

O ruído varrido é um sinal de ruído de banda estreita, centrado na


chamada frequência central, esta que varia de acordo com uma
lei, dentro da faixa de interesse do espectro
Qual a variação da frequência central? Da menor frequência de
operação do radar até a maior frequência de operação do radar.
O sinal do MAE pode ser pulsado (largura dos pulsos
aproximadamente igual à largura do pulso radar) ou contínuo
(CW varrido)

97
Ruído varrido ("swept noise/CW")

Efeito usual: O ruído varrido pulsado é usado para confundir um radar de


busca (cria um grande número de alvos falsos na PPI) e obstrui o sistema de
detecção automática.

▣ Um receptor CFAR nem sempre é capaz de manter o desempenho na


presença de sinais interferentes de curta duração.
▣ No caso do CW varrido, quando a frequência de varredura é muito alta,
podem ser gerados "spikes" de grande intensidade no receptor do radar =>
oscilações nos primeiros estágios de recepção (atrapalha o funcionamento
dos circuitos posteriores).

98
Ruído varrido ("swept noise/CW")

Largura de
f banda do radar

Av

t
Quando se usa ruído varrido? Contra radares de busca e de
acompanhamento para mascarar a distância da plataforma sendo
protegida. CCME efetiva => receptor do tipo Dicke-fix ( CFAR
usado em situações de jamming)
99
Ruído varrido (Receptores CFAR)
Constant False Alarm Rate (CFAR) – gera um threshhold ajustável no
momento da decisão.

Se o threshhold for ajustado muito abaixo, poderá resultar em vários alarmes


falsos que irão mascarar a detecção de alvos válidos.

a – Threshold muito alto : Probabilidade de detecção (P.D. =20%)


b – Threshold ótimo: P.D. = 80%
c – Threshold muito baixo: alto número de alarme falso.
d – Threshold variável : (CFAR)
100
Ruído chaveado ("gated noise")

O ruído chaveado é um sinal de ruído pulsado cuja temporização


busca ser sincronizada com o tempo de chegada do eco do radar
vítima.
Quando é usado? Para mascarar a distância de um alvo, sendo o
ruído gerado próximo ao alvo conforme abaixo .

Método empregado na implementação do ruído chaveado é mais


complexo que em ruído contínuo.

• Deverá existir um circuito de predição de tempo de emissão do


ruído (sincronizado com a PRF do radar, seja ela fixa, "stagered"
ou "jittered")
101
Ruído chaveado ("gated noise")

TOA
Pulsos recebidos t

PTO A
Tem po de chegada previsto t

GATE
Porta de habilitação do CM E t

NOISE
Ruído transm itido pelo C ME t

Efeitos adicionais:

• torna ineficazes técnicas de MPE de acompanhamento da


interferência ("track on jam") - só efetivo contra ruído contínuo;

• possibilita o despistamento de várias ameaças em tempo


compartilhado 102
Ruído modulado em amplitude ("amplitude
modulated noise/CW")

As técnicas de MAE já descritas podem ser modulados em


amplitude. Normalmente, a modulação em amplitude (AM) é
usada para despistar radares de acompanhamento.
A modulação em amplitude pode interferir em radares dos tipos
varredura cônica, chaveamento de lóbulo, se for realizada:
▣ numa frequência próxima a frequência de varredura do radar de
acompanhamento para enganar o seu detector coerente;
▣ numa frequência muito baixa, para enganar o “loop” do sistema de
servomecanismo.

103
Ruído modulado em amplitude ("amplitude
modulated noise/CW")

▣ No caso II : explorar fraqueza do radar para a contramedida ser bem


sucedida. Exemplo: o “loop” do AGC não deve ser capaz de
compensar variações de amplitude em baixas frequências(0,2 e 2Hz) e
o sistema de servo apresenta instabilidade nestas frequências.

▣ O sucesso da contramedida ruído modulado em amplitude, por


exemplo na taxa de 1 Hz, é quase que garantido.

104
Ruído modulado em amplitude ("amplitude
modulated noise/CW")

▣ Com ambas as contramedidas CW e ruído, o objetivo é interromper o


acompanhamento do radar, interferindo ou no “loop” de controle
angular ou no “loop” de controle de distância.
▣ Quando sujeito a interferência contínua, o radar de acompanhamento
geralmente chaveia para o modo "track-on-jam", tentando acompanhar
em ângulo o MAE.
▣ Quando a frequência de varredura do radar é conhecida, uma pequena
variação na frequência de modulação AM (no entorno da varredura) é
suficiente para produzir efeitos danosos.

105
Ruído modulado em amplitude ("amplitude
modulated noise/CW")

▣ Quando a frequência de varredura do radar vítima não é


conhecida, pode-se empregar as seguintes técnicas:
□ Ampla varredura de frequência ("wide sweep"). Neste caso, haverá um
desvio angular significativo somente quando a frequência de modulação
passar pela frequência de varredura do radar.

□ Ampla varredura de frequência ("wide sweep") com uma parada na


vizinhança da frequência de varredura do radar (ver figura a seguir). O
CME precisa de um sensor capaz de determinar onde a interferência é
efetiva ("jog detector"), medindo as variações de amplitude do sinal radar
que podem ser correlatadas com a frequência de varredura

106
Ruído chaveado de onda quadrada de baixa
frequência ("count down")

▣ A técnica "count down" é aplicada para interferência


angular em radares de acompanhamento que usam
AGC.
▣ Um sinal interferente do tipo “on-off” é transmitido e
sua frequência, e ciclo de trabalho, são tais que o
AGC nunca está praticamente no nível certo.
▣ Como vez por outra o sinal interferente está ativo, o
AGC está quase que continuamente procurando
ajustar o nível de ganho, comutando de um nível para
o outro

107
Circuito automático de controle de ganho

Como funciona um circuito AGC?


▣ AGC opera nos circuitos de FI
▣ o sinal de interesse detectado, sobre o qual a porta de
acompanhamento em distância está posicionada,
passa através de um circuito "sample & hold";
▣ é convertido em tensão contínua
▣ esta tensão é comparada com um valor de referência;
se a tensão for maior que a referência é gerado um
sinal de erro para reduzir o ganho de FI; se for menor
o ganho é aumentado.

108
Circuito automático de controle de ganho

Am plificad or Circuitos de
D ete cto r acom panham ento
FI

Sa m ple
O .L. & H old

Atenuação Lim ia r Valor de referência


(DB) VAG C
100
DB R esposta do AG C
80 em loop fechado
0
60
-10
40
-20
20
-30
0 0.1 1 10 100 Hz
-10 0 85 SNR(dB)

O circuito de AGC tende a compensar as variações em amplitude do sinal recebido (eco)


que surgem devido a cintilações, efeito da distância, tamanho do alvo, todas as flutuações
que ocorrem em frequência muito baixa.
109
Ruído chaveado de onda quadrada de baixa
frequência ("count down")
Como funciona a CME de ruído chaveado de onda quadrada de baixa
frequência?
▣ o AGC opera em frequências baixas, em torno do valor médio do
sinal, e poucas dezenas de milissegundos são necessárias antes que
o AGC traga o receptor para dentro de sua excursão dinâmica após
cada descontinuidade do sinal de entrada
▣ se um sinal de interferência, pulsado ou CW, é transmitido e
recebido pelo radar, o AGC irá se posicionar de modo a receber
corretamente o valor médio deste sinal
▣ na presença do sinal de CME o radar não será capaz de extrair a
modulação no eco para fazer o acompanhamento a partir do sinal
real (que é modulado!!!). O efeito do CME foi fazer o sinal
(modulado) do eco ficar muito pequeno (ação do AGC)

110
Ruído chaveado de onda quadrada de baixa
frequência ("count down")

CME de ruído chaveado de onda quadrada de baixa frequência contra


um radar do tipo monopulso:

▣ deve-se ter em mente que a informação angular está contida dentro


de um único pulso.
▣ se o ganho do receptor está incorreto, devido a perturbações no
AGC (devido ao CME):

□ o sinal da correção a ser introduzido no loop de correção


angular estará correto, porém a amplitude da correção ou será
muito grande (receptor saturado) ou muito pequena (ganho do
receptor muito baixo).

111
Ruído chaveado de onda quadrada de baixa
frequência ("count down")

Porém...
▣ como o AGC de um radar monopulso usualmente tem uma largura
de banda de poucas dezenas de Hertz, a CME "count down" deve
operar em centenas de Hertz.
▣ entretanto, em tais frequências, o loop de correção angular com
certeza não irá responder, mas irá calcular a média dos erros
oriundos do monopulso.

somente se o radar monopulso tiver uma banda de AGC muito estreita


é que a contramedida "count down" terá algum efeito real em degradar
a capacidade do acompanhamento angular.

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