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Centro de Energias Alternativas e Renováveis – CEAR

Departamento de Engenharia Elétrica

Disciplina:
Princípios de Comunicações
Aula 11 - Semestre 2021.1

Prof. Fabrício Braga Soares de Carvalho


fabricio@cear.ufpb.br

Setembro de 2021
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Revisão de Multiplexação

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Multiplexação
 Os sinais de telecomunicações são transmitidos através de um
canal, que pode ser uma linha de transmissão (ex.: canal telefônico)
ou o espaço aberto (ex.: transmissão de rádio e televisão;
comunicação via satélite; etc).

 Em geral, cada um dos sinais transmitidos tem largura de faixa finita


e pequena, se comparada com a largura de faixa do canal.

 É um desperdício enviar apenas um sinal por vez em um canal;


porém, sinais não podem ser enviados diretamente pois interfeririam
entre si durante a transmissão e na recepção.

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Multiplexação
 O princípio da multiplexação consiste na transmissão simultânea de vários
sinais por um mesmo canal ou meio de transmissão.

 Há basicamente 5 técnicas de multiplexação:


 FDM;
 TDM;
 CDM;
 WDM;
 OFDM.

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Multiplexação (FDM)
 FDM = Frequency Division Multiplexing (Multiplexação por divisão em
freqüência).

 Os sinais são modulados e distribuídos ao longo do espectro de freqüência


disponível.
 Cada sinal ocupa uma faixa de freqüência específica dentro do espectro
disponível, durante todo o tempo;
 Para evitar interferência co-canal com outros sinais, há uma banda de proteção
para tentar reduzir a interferência.

 No receptor, cada sinal é recebido graças a filtros passa-faixa e


demoduladores.

 Por lidar essencialmente com portadoras senoidais e sinais analógicos, o


FDM ficou conhecido como multiplexação analógica.

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Multiplexação (FDM)

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Multiplexação (TDM)
 TDM = Time Division Multiplexing (Multiplexação por divisão no tempo).

 O princípio da multiplexação por divisão no tempo (TDM) é compartilhar o


intervalo de tempo entre duas amostras de um sinal com outros sinais,
respeitando a teoria da amostragem.

 Entre um intervalo de tempo e outro de um sinal, as amostras de outros


sinais são amostrados para aproveitamento do canal.

 Após a amostragem, os sinais são quantizados e digitalizados para enfim


serem transmitidos.

 Por lidar essencialmente com a digitalização de sinais, o TDM ficou


conhecido como multiplexação digital.

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Multiplexação (TDM)

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Multiplexação (CDM)
 CDM = Code Division Multiplexing (Multiplexação por divisão em código).

 Cada sinal a ser transmitido ocupa simultaneamente toda a banda passante


do canal de transmissão durante todo o tempo de transmissão.

 Como todos os sinais transmitem na mesma freqüência e ao mesmo tempo,


eles são identificados por um código exclusivo na recepção.

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Multiplexação (WDM, OFDM)
 WDM = Wavelength Division Multiplexing (Multiplexação por divisão do
comprimento de onda): utilizada para canais de fibra óptica.
 Basicamente, trata-se de uma multiplexação por divisão de freqüência em
freqüências muito altas.

 OFDM = Orthogonal Frequency Division Multiplexing (Multiplexação por


divisão de freqüência ortogonal): variação do FDM utilizado em sistemas de
telefonia, redes wireless e outras aplicações

 As portadoras são sobrepostas, o que dá um ganho espectral de até 50%.

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Introdução à Modulação

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Modulação
 Para que vários sinais sejam transmitidos no mesmo canal sem que haja
interferência entre eles, torna-se necessário deslocar os espectros de
freqüência dos diferentes sinais para que ocupem intervalos de
freqüência distintos.

 De acordo com a teoria eletromagnética, um sinal só pode ser irradiado


com eficácia se a antena irradiadora for da ordem de um décimo ou mais
do comprimento de onda das freqüências dos sinais a serem transmitidos.

 Logo, torna-se necessário deslocar (transladar) o espectro de freqüências


do sinal para uma faixa de freqüências mais alta para a transmissão ser
possível.

 O processo de modulação é responsável por adequar o sinal ao canal de


transmissão.

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Modulação
 A modulação é definida como o processo pelo qual alguma característica da
onda portadora é variada de acordo com o sinal contendo a informação
(chamado de sinal modulante ou modulador).

 Portanto, o processo de modulação permite:


 Deslocar o espectro do sinal a transmitir para uma banda de freqüências

mais apropriada ou disponível;


 Produzir um sinal modulado com um espectro mais estreito (ou mais

largo) do que o sinal original;


 Tornar o sistema de transmissão mais robusto com relação ao ruído ou

algum tipo de interferência.

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Modulação
 A modulação pode ser feita de duas maneiras:
 Através da variação da amplitude, freqüência ou fase de uma onda
senoidal (portadora) de freqüência muito mais elevada do que a do sinal
(modulação de onda contínua);

 Através da alteração da altura, largura ou posição de um trem de pulsos


(portadora) dentro de um padrão correspondente à informação a ser
transmitida (modulação por pulsos).

 A modulação de onda contínua pode ser classificada em duas famílias


genéricas:
 A modulação em amplitude permite variar a amplitude da portadora em

função da amplitude do sinal mensagem.

 A modulação em ângulo permite variar a freqüência ou a fase da


portadora.

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Modulação
 Portadora

 Sinal mensagem

 Sinal modulado em
amplitude (variação da
amplitude

 Sinal modulado em ângulo


(variação da freqüência)

 Sinal modulado em ângulo


(variação da fase)

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Modulação em Amplitude
 Na modulação em amplitude, a informação contida no sinal mensagem
m(t) está somente no envelope (ou envoltória), que é definido como a
amplitude da onda modulada.
 A freqüência da portadora é muito maior do que a maior componente de
freqüência do sinal mensagem (do contrário, o envelope não poderia ser
visualizado nem detectado satisfatoriamente).

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Modulação
 Em sistemas de comunicação, a modulação é implementada multiplicando-
se o sinal que se deseja transmitir, f(t), por uma onda senoidal:

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Modulação AM-SC

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Modulação AM-SC

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Modulação AM-SC
 A modulação AM-SC (em inglês, Amplitude Modulation – Suppressed
Carrier) ou DSB-SC (Double Side Band – Suppressed Carrier) é
caracterizada pelo sinal modulado não conter nenhum sinal da portadora.

 Isto significa que, no receptor, é necessário gerar uma portadora para efetuar
a demodulação.

 Este processo de demodulação é chamado de detecção síncrona ou


coerente ou homodina, já que o processo no receptor é idêntico ao
processo executado no transmissor.

 Também é importante que as freqüências das portadoras sejam idênticas no


transmissor e também no receptor.

 Conclusão: exige menos potência para ser transmitido, porém os receptores


são muito complexos (e conseqüentemente caros).

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Referências
 LATHI, B. P. e DING, Z. SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES
ANALÓGICOS E DIGITAIS MODERNOS. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

 HAYKIN, Simon, MOHER, Michael. INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS


DE COMUNICAÇÃO. 2ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2009.

 LATHI, B. P. SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO. Rio de Janeiro: Editora


Guanabara Dois, 1979.

 RAPPAPORT, Theodore S. COMUNICAÇÕES SEM FIO –


PRINCÍPIOS E PRÁTICAS. 2ª edição. São Paulo: Prentice-Hall, 2008.

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