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Sistemas celulares
Com o avanço da tecnologia, a globalização e a necessidade cada vez maior de comunicação com
rapidez e mobilidade, foi necessária a criação de um sistema capaz de transmitir informações entre
usuários móveis. Diversos setores da sociedade necessitam desse artifício, desde o exército até as
próprias empresas.
As necessidades de cada setor instigam a evolução da tecnologia, cada qual na sua direção. O
resultado disso é que avanços em um sentido, estimulados pela necessidade de um setor específico,
acabam por auxiliar outros setores. Em outra abordagem, alguns serviços são adaptados para que
a implementação existente – inicialmente idealizada para outra finalidade - possa oferecê-los.
Para que um formato de tecnologia seja amplamente utilizado, é necessário que haja um padrão,
maleável o suficiente para que tecnologias mais baratas ou mais eficientes possam ser encaixadas
em sua estrutura.
1.1.1 – Modulação
Para enviar um sinal de um ponto a outro é necessária a modulação do sinal. Modular o sinal
consiste em agregar um sinal conhecido (onda portadora) ao sinal da informação. O receptor pode,
então, analisar a onda recebida, e, como conhece a onda portadora, pode entender a informação
como a alteração do sinal recebido em relação à portadora. Esse processo chama-se demodulação.
Existem diversos tipos de modulação, pois pode-se alterar diversas características da portadora,
separadamente. Pode-se alterar a freqüência da portadora de acordo com o sinal, na modulação
FM; alterar a amplitude da portadora em relação ao sinal, na modulação AM; alterar a fase da
portadora, na modulação PM, entre outros diversos tipos de modulação. Cada tipo de modulação
possui suas vantagens e desvantagens, e por isso cada serviço pode ter peculiaridades que façam
esse ou aquele tipo de modulação ser mais interessante.
1.1.4 – Enlaces
A comunicação entre MS e ERB acontece quando a onda portadora da informação, ou seja, a
informação modulada, é gerada em um ponto, viaja pela atmosfera e é recebida no outro. Cada
portadora tem uma frequência definida, em uma mesma região da atmosfera, cada frequência
corresponde a uma conhecida portadora. Sendo assim, o transmissor deve modular seu sinal
naquela frequência, e o receptor deve ajustar seu sensor para essa mesma frequência.
Porém, cada portadora não consegue levar toda a informação em exatamente um valor de
frequência. Na verdade, cada canal possui uma faixa de frequências, cuja frequência central é a da
portadora. A informação é incluída principalmente nessa frequência principal, mas pode estar em
frequências um pouco maiores ou um pouco menores. Para incluir essas variações da frequência,
o canal tem uma largura de frequências, ou seja, o transmissor emite naquela frequência e em
frequências um pouco maiores ou menores, e o receptor deve se preparar para “sentir” aquela
frequência, mas também um pouco mais e um pouco menos. O tamanho desse erro, ou seja, a
largura do canal, limita o número de canais na célula, pois eles devem “caber” na banda passante
da célula (faixa total de frequências que uma célula suporta).
Ao canal físico que interliga a Estação Rádio Base e a Estação Móvel se dá o nome de enlace.
Quando a informação viaja da ERB para a MS, chama-se enlace direto; quando a informação parte
da MS chama-se enlace reverso. Os modos de transmissão de informação para comunicações
móveis podem ser feitos de três maneiras:
Simplex: opera com uma única frequência e apenas a ERB pode transmiti-la. Tem-se,
portanto, apenas enlaces diretos. Exemplos de aplicações desse modo de transmissão são
os serviços de rádio AM e FM, ou a televisão convencional.
Semi Duplex: Opera em uma única frequência, mas suporta comunicação bidirecional,
sendo cada sentido de comunicação operado em um momento. Ou seja, o usuário pode
escutar ou falar, mas não os dois ao mesmo tempo. Como exemplos, os aparelhos de
walkie-talkie, e o sistema de comunicação da polícia.
Duplex completo (ou full duplex): cada usuário tem um canal de recepção (enlace direto)
e outro canal de transmissão (enlace reverso). É possível, portanto, realizar comunicação
em dois sentidos ao mesmo tempo. E importante lembrar que cada canal opera em uma
frequência diferente, necessitando-se, portanto, de duas larguras de frequência (uma para
cada enlace). Esse modo é o utilizado pelos serviços de telefonia móvel.
1.1.5 – Célula
Cada Estação Rádio Base (ERB) atende a uma certa região, limitada de acordo com as capacidades
físicas da Estação. A essa região dá-se o nome de Célula. As células podem ser omnidirecionais
ou setorizadas.
No primeiro caso, a ERB é equipada de forma a irradiar suas ondas uniformemente em todas as
direções. São mais utilizadas em regiões onde há pouca necessidade de tráfego, como regiões
rurais. Em compensação, por ser distribuída uniformemente, abrange uma área de cobertura mais
extensa, o que significa ter menos ERBs para atender a certa região. Nas células setorizadas as
antenas da ERB são projetadas para irradiar em direções estabelecidas, chamadas setores. Cada
setor geralmente é formado por um ângulo de 120º, o que significa 3 setores por ERB, ou por
célula. Essa setorização permite um tráfego mais denso que as células omnidirecionais, apesar de
não conseguir cobrir uma região tão extensa.
O padrão de irradiação de uma célula se aproxima da forma circular, mas totalmente irregular. Isso
se dá pela formação de áreas de sobreposição (mais de uma célula atuando na região) e áreas de
sombra (áreas onde interferências destrutivas causam falta de sinal). Por causa disso, o padrão
escolhido para representar uma célula foi o de um hexágono regular. Essa escolha simplifica
cálculos essenciais, como a distância mínima entre canais, ou seja, distância mínima entre centros
de duas células adjacentes.
Cada ERB tem uma faixa de valores de frequência nos quais consegue se comunicar. A INCM
(Autoridade Reguladora das comunicações de Moçambique) regulamenta o uso das frequências, a
fim de evitar o mau uso do espectro de frequências. A largura da faixa de frequências de uma ERB
é chamada Largura de Banda, e é uma medida da capacidade de tráfego da ERB.
A tecnologia FDMA libera uma faixa de frequência para cada acesso. Dessa forma, o usuário tem
uma largura de banda fixa, sempre disponível. A tecnologia TDMA libera uma faixa de frequência
para alguns usuários. Esses usuários só podem acessar de forma intercalada, ou seja, eles dividem
entre si o tempo. A tecnologia CDMA insere um código para cada usuário. Assim, eles podem
acessar a mesma frequência durante todo o tempo.
1.1.8 – Cluster
Um cluster é uma região que abrange algumas células, onde:
Há todas as frequências disponíveis;
Nenhuma frequência pode ser reusada.
Fora do cluster, é possível reusar as mesmas frequências. Assim, quanto mais células dentro de
um cluster, maior será a distância mínima entre portadoras de mesma frequência. Programar o
reuso de frequências faz aumentar o tráfego da rede.
Para calcular o número Nf de frequências por célula, basta dividir a largura de banda Bs do
sistema pela largura de banda Bc de cada célula.
Como o fator e a razão de reúso aumentam juntos ou diminuem juntos, ao projetar um sistema
celular deve-se escolher entre aumentar o tráfego em cada célula (diminuindo o número de
células por cluster) ou melhorar a qualidade do sinal (aumentando o número de células por
cluster). No sistema GSM usa-se fator de reúso 9 ou 12.
A capacidade de tratamento de tráfego é medida pelo número máximo de usuários que podem
acessar uma célula em um determinado instante (Umáx). Para realizar esse cálculo, considera-se
que todos os canais físicos – canal de usuário, necessário para efetuar uma chamada – serão
ocupados, e todos com a mesma potência. A relação usada para o cálculo é:
Umáx=(Bs.Uc)/(Sc.N.Fs), onde:
Para aumentar a capacidade do sistema GSM já implantado, pode-se alterar os seguintes fatores:
Aumentar a banda passante do sistema, adquirindo mais espectro. E importante lembrar
que o espectro de frequências da interface aérea em Moçambique é regulamentado pela
INCM (Autoridade Reguladora das comunicações de Moçambique);
Aumentar o número de usuários por cada portadora de RF, aumentando o número de
janelas de tempo em TDMA ou o número de códigos em CDMA, por exemplo;
Diminuir o espaçamento entre portadoras, ou seja, estreitar a largura que um canal necessita
para comunicação. Essa alternativa é problemática, pois altera a estrutura da interface
aérea;
Diminuir o fator de reúso, ou seja, considerar cluster com menos células.
Cada geração é dividida em padrões e em “sub-gerações”, que nada mais são do que os padrões
existentes, mas melhorados, no sentido de alcançar a geração seguinte.
O padrão GSM pertence à segunda geração de celulares e, portanto, realiza comunicação digital.
Até por isso, na primeira geração foram feitos poucos esforços no sentido de padronizar o uso em
todos os países. De fato, vários padrões foram propostos e implementados, de forma isolada, em
apenas um país. Após a consolidação dessa geração, constatou-se que a Europa havia se dividido
em padrões:
Padrão TACS : Reino Unido, Áustria, Espanha, Irlanda, Itália;
NMT450 França.: Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamar;
Radiocom2000 : ca
Esse esforço em busca de um padrão tornou o GSM o principal representante da segunda geração.
Ao conseguir atingir uma larga parcela da sociedade, diversos investimentos voltaram-se para esse
sistema, ampliando a escala de produção, o que atrai mais investimentos, e assim por diante, ate
que o mundo todo pudesse ter acesso a essa tecnologia. A competição pelo mercado fez os preços
caírem, tornando-o ainda mais acessível.
O foco principal dos sistemas de segunda geração era oferecer telefonia digital móvel para os
usuários. Por isso, os protocolos de transmissão de dados se esforçam em adaptar o canal de voz
para a transferência de bits de dados. O resultado é que o tráfego máximo de bits obtido pelo GSM
foi inicialmente projetado para atender ao tráfego de bits gerado por conversações telefônicas. Para
fazer um celular acessar a internet, por exemplo, seria necessária uma taxa bem maior de tráfego,
e os projetistas do GSM inicialmente não se preparam para isso.
A modulação usada é a 0,3GMSK, variante da FSK. Cada canal possui 200 KHz de largura de
faixa, e é possível a utilização de 8 usuários em cada canal, ampliando-se para 8 usuários no caso
da implementação da transmissão de voz em meia taxa. A faixa de operação depende do padrão
GSM implantado. Os padrões mais usados serão estudados abaixo.
1.2.2.3.1 – Variações
Padrão P-GSM
Também conhecido como GSM 900 Primário, é o sistema GSM original. Usa frequências na banda
de 900 MHz, de 890 a 960 MHz, com uma distância de 20 MHz entre os enlaces direto e reverso.
Isso dá uma largura de 25 MHz, o que sustenta 25MHz/200KHz = 125 canais de RF.
Padrão E-GSM
Também conhecido como GSM 900 Estendido, começa a usar o espectro de frequências em 880
MHz, portanto 10 Mhz antes do padrão P-GSM, mas termina em 960 MHz, tal como seu
antecessor. Além disso, a distância entre enlaces direto e reverso é de apenas 10 MHz, o que gera
20 MHZ de largura a mais que o padrão anterior. Dividindo-se essa largura a mais entre enlaces
direto e reverso, obtém-se um acréscimo de 10 MHz de largura de banda.
Isso implica em 50 canais extras de RF. Esse padrão suporta, portanto, 175 canais de RF.
É importante ressaltar que o padrão E-GSM inclui o P-GSM, pois a banda utilizada no P-GSM
também é disponível no E-GSM. A recíproca não é verdadeira.
Padrão R-GSM
Também conhecido como GSM 900 ampliado, foi desenvolvido para se ampliar a capacidade de
canais de RF. Começa a utilizar o espectro em 876 MHz, usando-o até 960 MHz, o que lhe
disponibiliza mais 4 MHz em relação ao E-GSM. Diminui também a distância entre os enlaces,
passando a 6 MHz. A banda passante tem 39 MHz de largura, portanto, e sustenta 195 canais de
RF.
Fase 1
Fase inicial, oferecia :
- Telefonia (voz);
- Chamadas de emergência;
- SMS (mensagens curtas) ponto a ponto e ponto multiponto;
- Dados síncronos e assíncronos (0.3 a 9.6 kbps);
- Transmissão de pacotes assíncronos.
Fase 2
- Serviços de e-mail;
- Voz a meia taxa (half rate). Esse serviço permite ampliar o número de usuários, abrindo mão de
certa parcela da qualidade da voz;
- Melhoras no SMS;
- Serviços de dados, como informações sobre tempo, clima, desporto, entre outros;
- Transmissão síncrona e dedicada de pacotes;
- Serviços adicionais como identificador de chamadas, chamada restrita, teleconferência.
Fase 2+
Introduziu o serviço de dados por pacotes em altas taxas de transmissão (GPRS- General Packet
Radio Service) na rede GSM. Mais detalhes serão abordados à frente.
A terceira geração evoluiu no sentido de oferecer tráfego em alta velocidade para que o acesso a
Internet com boa velocidade fosse alcançado. Com o sistema de alta velocidade viabilizado,
diversos outros serviços passam a ter alta qualidade, como envio de imagens, vídeo-conferência,
etc.
A segunda geração de celulares evoluiu para a chamada 2.5G, que incluía o serviço GPRS (para o
padrão GSM) e a revisão do sistema CDMA IS-95. Na evolução seguinte, para a chamada 2.75G,
o GPRS evoluiu para o sistema EDGE, que estudaremos mais a frente. Na terceira geração, o
CDMA IS-95, ainda da geração 2.5G, evoluiu para CDMA 2000, e depois para EVDO e EVDV
em seguida. O sistema EDGE evoluiu, num sentido para EDGE fase 2, e, em outro, para WCDMA.
2.1 – Componentes
Componentes GSM.
Esses três tipos possuem características diferentes que fazem a comunicação da MS com a BSS
depender do tipo de aparelho. A BSS, portanto, precisa saber qual é o tipo de aparelho para
implementar a comunicação. Para resolver esse problema, a MS envia uma mensagem inicial que
carrega as seguintes informações :
- Revisão : identifica a fase do padrão GSM adotada. As fases mais recentes conseguem realizar
todos os serviços das anteriores, mas o contrário não acontece. Logo, quando duas fases distintas
se comunicam, os serviços implantados são os da fase mais antiga;
- Algoritmo de Criptografia : diz qual é o algoritmo de criptografia usado na MS. Na fase 1 há
somente o algoritmo A5, enquanto na fase 2 existem os algoritmos A5/0 e A5/7;
- Capacitação de Frequências : dependendo do padrão GSM adotado pela MS, o aparelho
utiliza uma das faixas de frequência - 850 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz ou 1.900 MHz - , como
citado no tópico “Padrão GSM”. A mensagem inicial deve, portanto, indicar em que faixa de
frequências será feita a comunicação. Existem celulares que operam nas 4 faixas, num modo
conhecido como modo quatro (quadri-mode);
- Capacitação do Serviço de Mensagens Curtas (Short Message Service – SMS) : informa se
a MS está preparada para receber ou enviar mensagens curtas;
O SIM carrega as seguintes informações, cuja utilização será estudada mais adiante :
- Identidade internacional do assinante (International Mobile Subscriber Identity – IMSI);
- Identidade temporária do assinante (Temporary Mobile Subscriber Identity – TMSI);
- Identidade da área de localização (Location Área Identity – LAI);
- Chave de autenticação do assinante (Subscriber Authentication Key – Ki);
- Número internacional ISDN (Integrated Service Digital Network) da estação móvel (Mobile
Station Integrated Servicer Digital Network – MSISDN).
A BSS é formado por três elementos. Um para captar sinais da MS e enviar outros para a mesma,
outro para comandar o primeiro e se comunicar com a rede. O terceiro auxilia o segundo na
comunicação com a MSC. Os três estão detalhados abaixo :
Para realizar todas essas funções, a MSC precisa estar conectada aos bancos de dados de todas
essas informações. Dois componentes contém grande parte dessas informações: o HLR e o VLR.
2.1.3.2 – Registro de localização local (HLR)
O registro de localização local administra, altera e atualiza a base de dados dos assinantes locais.
Esses dados são acessados remotamente pelo MSC e pelo VLR. Os principais dados guardados
pelo HLR são:
Identidade internacional do assinante (International Mobile Subscriber Identity - IMSI);
Localização corrente do assinante no VLR;
Serviços suplementares aos quais o assinante tem direito, bem como informações
adicionais sobre esses serviços;
Estado do assinante (registrado ou não registrado);
Chave de autenticação, que mencionaremos mais à frente.
A cópia desses dados é mantida no VLR por um tempo determinado pelo operador de rede
(especificado em minutos ou horas).
1) Após o VLR adquirir os dados do HLR, começa a troca de informações entre a BSS e a
MS. Caso a confidencialidade esteja prevista, o VLR aloca o TMSI, de quatro octetos;
2) Após alocar um TMSI, o VLR associa-o ao respectivo IMSI e guarda em uma tabela, em
memória RAM ou flash;
3) As informações transmitidas pela BSS passam a ser direcionadas a esse número TMSI em
vez do IMSI, o que evita o monitoramento pela interface aérea;
4) A MS passa a usar o TMSI também. O número TMSI com 32 bits iguais a 1 é usado como
inválido pelo cartão SIM. O número TMSI é registrado no cartão SIM da MS.
Enquanto a ligação DDD (Discagem Direta à Distância) exige que informemos o código da PLMN
(NDC – National Destination Code), a DDI (Discagem Direta Internacional) exige o NDC e o
código do país (CC – Country Code).
Quando um usuário da Vodacom chama um usuário móvel, disca seu MSISDN, dentro do formato
da ligação. A MSC converte o MSISDN para um IMSI, pois a rede GSM usa o IMSI internamente.
Para isso, usa uma tabela de encaminhamento. O móvel é acessado, então, pelo seu IMSI.
Esse serviço necessita da troca de várias informações entre o MSC de origem e o novo MSC. Para
tanto foi criado um protocolo chamado Mobile Application Part (MAP).
A base de dados do EIR é organizada em listas de IMEIs, de acordo com os critérios abaixo :
Lista Branca : todos os IMEIs de MSs habilitadas a usar a rede GSM;
Lista negra : IMEIs de MSs não habilitadas, como MSs roubadas ou clonadas;
Lista Cinza : IMEIs de MSs com algum problema temporário, como defeito do hardware
ou em manutenção na rede autorizada, mas que, enfim, não justificam a presença na lista
negra.
Um OMC controla uma determinada região, e uma rede GSM é composta por vários OMCs.
Existem dois tipos de OMCs :
OMC (R): controla o Subsistema de estação base (BSS);
OMC (S) : controla o subsistema de comutação de rede (NSS).
2.2 – Interfaces
Como já foi comentado anteriormente, o principal foco do sistema GSM foi o de permitir que o
maior número possível de usuários pudessem ser integrados. As interfaces e protocolos dele devem
ser, portanto, padronizados e flexíveis, de forma a poder incorporar elementos de diferentes
fabricantes.
Uma interface precisa prover os aspectos físicos dos meios de transmissão, o interfuncionamento
e a implementação dos serviços e aplicações móveis entre os elementos da rede GSM. Abaixo
segue uma visão genérica das principais interfaces do GSM.
Interface aérea (Um) : Interliga a MS e a BTS. É responsável por disponibilizar os canais físicos
e lógicos aos assinantes móveis, para viabilizar o processamento de chamadas.
Interface B : Conecta MSC e VLR. Gerencia a base de dados dos assinantes que estão usando a
área controlada pelo MSC associado ao VLR. É responsável pela localização dentro da área da
MSC, por atualizar o registro quando a MS visita outra área e por atualizar dados sobre os serviços
suplementares (como ativação ou desativação de chamada em espera, número escolhido para
transferência temporária de chamadas, etc.)
Interface C : Conecta MSC e HLR. É usado quando a MSC precisa de informações necessárias
ao roteamento de chamadas ou ao envio de mensagens curtas (SMS).
Interface D : Conecta HLR e VLR. É usada na troca de dados sobre a localização da MS. Provê
a capacidade de um assinante realizar chamadas dentro de uma determinada área de serviço.
Interface E : Interliga duas MSCs. Quando uma MS move-se da área de uma MSC para outra de
outra MSC, durante uma chamada, um processo chamado handover permite que chamada não seja
interrompida. A interface E executa esse procedimento.
Interface F : Conecta MSC e EIR. Verifica se a MS está ou não habilitada para usar os serviços
da rede GSM, através do estado do IMEI da MS (guardado no EIR).
Interface G : Interliga duas VLRs. É usado quando uma MS move-se de um VLR para outro,
recuperando o IMEI e os parâmetros de autenticação guardados no VLR de origem.
A informação levada pelo ITC é chamada rajada de dados (burst). O Burst representa o tipo de
informação que está sendo transportada. O sincronismo é um fator crítico para a comunicação.
Para isso, as informações devem ser transmitidas no momento exato. Esse momento exato é
implementado com um atraso no início do quadro TDMA.
A BTS atrasa em 3 ITCs o envio do seu quadro TDMA, de forma que o enlace direto e o reverso
tem 3 ITCs de diferença. Já a MS tem um problema maior a resolver. Como se desloca, o atraso
devido à distância varia. Dessa forma, o atraso que a MS deve empregar entre o enlace direto e o
reverso depende de sua distância. A rede GSM conhece a localização do móvel, e resolve o
problema informando constantemente à MS como ajustar seu atraso a fim de sincronizar a
comunicação.
A arquitetura GPRS, implantada na geração 2.5G provê tráfego de dados por pacotes. Foram
disponibilizados, para tanto, canais de transporte de dados no modo de comutação de pacotes, que
serão estudados na sessão GPRS.
Os canais de controle são divididos em três gupos : canal de controle dedicado, canal de controle
comum e canal de controle por difusão.
Grupo canal de controle dedicado (Dedicated Control CHannel – DCCH): Formado por canais
associados a uma única MS, é responsável por validar a MS e estabelecer as chamadas. Os canais
que o compõem são :
Canal de controle dedicado independente (Stand-alone Dedicated Control CHannel –
SDCCH) : transfere dados de/para uma única MS durante o estabelecimento da chamada
e a validação do móvel;
Grupo canal de controle comum (Common Control CHannel – CCCH) : Formado por canais
a que trabalham nos enlaces direto e reverso no estabelecimento de chamadas. Os canais que o
compõem são :
Canal de busca (Paging CHannel – PCH): usado pela BTS para procurar uma
determinada MS.
Canal de acesso aleatório (Random Acces CHannel – RACH) : usado pela MS para
acessar a rede, o que pode acontecer a qualquer instante, originando uma chamada ou
respondendo a um processo de busca;
Canal de notificação (Notification Channel – NCH) : Usado quando a BTS envia uma
mensagem de notificação para um grupo de MSs ou em chamadas de voz por difusão.
Grupo canal de controle por difusão (Broadcast Control CHannel – BCCH) : Formado por
canais que operam apenas no enlace direto, ou seja, servem para difundir mensagens sobre a rede
para as MSs. Os canais que o sompõem são :
Multiquadro BCCH/CCCH
Uma portadora de RF, como já visto, suporta 8 usuários, que se dividem nos 8 intervalos (slots)
de um quadro TDMA. No slot 0 de cada quadro, na verdade, é empregado o multiquadro
BCCH/CCCH.
Sua estrutura está descrita abaixo. O enlace direto é dividido em ciclos, enquanto o reverso é
exclusivamente destinado ao canal RACH, que provê o pedido de acesso da MS à BTS, em
qualquer instante.
Multiquadro DCCH/8
Esse multiquadro comporta 8 canais dedicados cada um a um usuário. Cada canal SDCCH (D0,
D1, ...) está associado a um SACCH (A0, A1, ...). A diferença entre os enlaces é feita para permitir
que a MS receba a mensagem e produza a resposta.
2.2.1.2 – Protocolos da interface aérea
Os protocolos da interface aérea são divididos em três camadas, obedecendo ao modelo de
referência OSI.
2.2.1.2.1 – Camada 3 (camada de rede)
A camada de protocolos nível 3 implementa as seguintes funções :
Gerenciamento da radiofrequência;
Gerenciamento da mobilidade;
Gerenciamento das conexões;
Comutação dos circuitos entre a rede GSM e as demais redes;
Controle dos serviços suplementares;
Controle dos serviços de localização.
Três subcamadas compõem essa camada : gerenciamento dos recursos de rádio ; gerenciamento
da mobilidade e gerenciamento de conexões.
Esse protocolo é totalmente baseado no protocolo LAPD, da Rede Digital de Serviços Integrados
(RDSI), incluído na interface Abis. O LAPDm tem como principais funções :
Prover conexões de enlace no canal Dm. Essas conexões são identificadas pelo
identificador de conexão do enlace de dados (Data Link Connection Identifier – DLCI);
Organizar as informações vindas da camada 3 nos quadros;
Reconhecer e transmitir os quadros, controlando a seqüência;
Detectar os erros operacionais no enlace de dados.
SAPI=0
Controle de chamada (CC);
Gerenciamento de mobilidade (MM);
Serviços suplementares (SS);
Gerenciamento de recursos de rádio (RR).
SAPI=3
Serviço de mensagens curtas (SMS)
A codificação convolucional é um método que duplica o número de bits, a fim de se evitar a perda
de bits simples.
É importante saber que a TS é formada por dois componentes físicos, o TRX (Transceiver) e BCF
(Base Control Function, função de controle da BTS). O primeiro consiste em um quadro TDMA
de uma portadora de RF, enquanto o segundo controla funções internas da BTS como os saltos em
frequência, a alocação de canais físico e lógico, etc.
A interface Abis pode suportar três configurações internas das BTS distintas, conforme figura
abaixo :
Um TRX;
Um conjunto de TRX, todas servidas pela mesma conexão;
Um conjunto de TRX, cada TRX com sua própria conexão física.
A interface Abis é formada por um canal de tráfego (8, 16 ou 64 kbits/s), para transportar voz ou
dados em um canal de RF, e um canal de sinalização (16, 32 ou 64 kbits/s), para transportar a
sinalização entre BSC-MS e BSC-BTS.
Gerenciamento da camada 2.
Suas principais funções são:
Supervisionar enlaces ininterruptamente, mesmo sem tráfego de mensagens;
Prover enlaces dedicados;
Prover enlaces transparentes;
Manter o enlace activo quando não há mensagens de sinalização, incluindo informações de
preenchimento;
Controlar a sequência de mensagens;
Controlar erros, inclusive os não recuperáveis por retransmissão da mensagem.
2.2.2.5 – Camada 1
A camada 1 da interface Abis usa o enlace digital modulado por PCM (Pulse Code Modulation) à
2.048 kbits/s, com uma estrutura de quadros de 32 canais. O intervalo de tempo de cada canal
(ITC) é de 64 kbits/s, como mostra a figura.
2.2.3 – Interface A
A interface A conecta a BSC à MSC. Deve permitir a integração de BSCs e MSCs de diferentes
fabricantes, sendo uma MSC ligada a várias BSCs. É implementada em um enlace PCM de 2.048
kbits/s.
A camada 3 oferece procedimentos adicionais para controlar recursos de RF, que utilizam o nível
4 da Sinalização por Canal Comum Número 7 (SCC#7, ver tópico “Protocolos GSM”). É usado,
nesse nível, o subsistema de controle de conexão de sinalização (Signaling Connection Control
Part – SCCP) para transportar mensagens.
A camada 2 é baseada nos níveis 2 e 3 da SCC#7 (ver “protocolos GSM”), usando o subsistema
de transferência de mensagens (Message Transfer Part - MTP).
O subsistema de aplicação do sistema de estação base (Base Station System Application Part –
BSSAP) é uma aplicação do SCCP usado para transferir mensagens da camada 3 relacionadas a
transação de dados. É dividido em duas aplicações, o subsistema de gerenciamento de aplicações
do BSS (BSS Management Application Part – BSSMAP) e subsistema de transferência direta de
aplicações (Direct Transfer Application Part - DTAP).
A aplicação DTAP transfere mensagens direto da MSC para a MS. A BSS, portanto, não interpreta
essas mensagens (são ditas transparentes). São mensagens de controle de chamadas (CC) e
gerenciamento de mobilidade (MM).
A aplicação BSSMAP transfere mensagens da MSC para a BSS que precisam de interpretação da
SS.
2.2.3.1 –Camada 3
O formato das mensagens depende da aplicação que processa a informação, como mostrado na
figura abaixo.
2.2.3.2 – Camada 2
Formada pelas camadas 2 e 3 do subsistema MTP. A figura abaixo ilustra a interface A, destacando
a camada 2.
Camada 2 da interface A.
As funções do MTP são divididas em :
MTP nível 1 : enlace de dados de sinalização;
MTP nível 2 : enlace de sinalização;
MTP nível 3 : rede de sinalização.
2.2.3.3 – Camada 1
É formada pelo nível 1 do MTP que define as características físicas e funcionais do enlace de
dados de sinalização e o meio pelo qual pode-se acessá-lo. A função do nível 1 do MTP é permitir
o acesso ao enlace de dados de sinalização. É composto por canais de transmissão, que carregam
informações, e blocos de comutação digital, que fazem a interface com o nível 2.
Surgiu a técnica, então, de se criar um novo canal exclusivo para a sinalização, para executar
processos de sinalização em um canal, e de transmissão de voz e dados por outro canal. Esse canal
de sinalização é chamado número 7, e é padronizado internacionalmente de forma que:
Otimize operações em redes digitais, suportando aplicações com diversas outras redes
(RDSI, redes de bancos de dados, etc);
Satisfaça as necessidades atuais e futuras de transferência de informação ligadas à
sinalização de vários processos;
Seja robusto, protegido de distúrbios de transmissão e falhas na rede.
2.3.1.1 – MTP
O MTP tem a função de estabelecer um caminho de comunicação de sinalização que interligasse
os diversos subsistemas de usuários que necessitam de sinalizações uns dos outros. É, portanto,
comum a todos os subsistemas de usuários.
Nível 2: Camada de enlace, que garante a integridade do enlace usado na comunicação. Corrige e
detecta erros, delimita as mensagens, controla a sequência das mensagens enviadas, entre outros;
Nível 3: Camada de rede, que trata as mensagens de sinalização, encaminhando-as para o destino
certo, e gerência a rede, garantindo que os caminhos possam ser traçados da origem ao destino.
2.3.1.2 – UP (nível 4)
Define funções específicas para cada tipo de usuário, como telefonia, dados, RDSI, ou outros.
Cada tipo de usuário tem suas particularidades, tendo que ser tratado por protocolos diferentes ao
integrarem-se à rede.
3. Tecnologia GPRS
Com a evolução da internet, os usuários de telefones móveis não ficariam satisfeitos apenas com
a telefonia celular. Querem também passar e-mails, receber informações, e outros serviços
oferecidos pela internet. Querem, em suma, acessar a internet através do celular.
O problema é que a segunda geração de celulares preparou-se para oferecer telefonia digital, mas
não para acessar à internet. A internet transporta dados por pacotes, através do protocolo IP e para
que a rede móvel seja adaptada à internet, é preciso que os dados sejam organizados também em
pacotes.
Foi criada então a tecnologia GPRS (General Packet Radio Services), cuja essência é possibilitar
o tráfego de dados por pacotes para que a rede de telefonia celular possa ser integrada à internet.
O sistema GSM com o GPRS integrado recebeu o nome de geração 2.5G, que foi uma evolução
essencial nas telecomuniucações.
A comunicação por comutação de pacotes é diferente : a origem envia uma informação para a
rede dentro de um pacote, que leva o endereço de destino no seu cabeçalho. O pacote é então
transmitido pela rede, que é responsável por escolher o melhor caminho até o destino.
A internet é baseada na comutação de pacotes, enquanto o sistema GSM foi inicialmente
estruturado na forma de comutação de circuitos.
A rede GPRS tem o objetivo de se comunicar por comutação de pacotes com a rede GSM. Os
outros componentes da rede GSM, implementados na geração 2G, continuaram utilizando a
comutação de circuitos.
A figura abaixo representa a comutação de circuitos e de pacotes na rede GSM:
Quando um usuário tenta acessar a rede, o servidor DHCP aloca um IP por um intervalo de tempo
determinado, o que é chamado atribuição dinâmica de endereço IP.
3.2.1.4 – Serviço “Nome do ponto de acesso” (Access Point Name - APN)
Basicamente, APNs são endereços IP associados a cada interface externa que conecta a rede ao
GGSN. São usados para definir quais serviço podem ser acessados por um certo usuário. Consiste
de:
Identificador de rede APN (Network ID) : identifica o GGSN e o nó externo ou serviço ao
qual o usuário deseja se conectar;
Identificador da operadora APN (Operator ID) : campo opcional que identifica em qual
rede backbone GPRS o GGSN está localizado. Inclui o código da rede móvel (Mobile
Network Code – MNC) e o código móvel do país (Mobile Country Code – MCC),
derivados do IMSI (ver tópico “Identidades de um usuário em um sistema GSM”).
3.2.2 – Interfaces
As interfaces do sistema GPRS estão esquematizadas na figura que mostra a arquitetura GPRS, e
descritas na tabela abaixo.
A camada de protocolo de acesso ao meio (Medium Access Control – MAC) trata os diferentes
canais lógicos a serem compartilhados por várias MSs. Sua principal função é definir como deve
ser feito o acesso ao meio, o que corresponde à função da camada de enlace do modelo OSI. Provê
também mecanismos que evitam colisões de dados por pacotes no enlace reverso, o que acontece
quando várias MSs enviam pacotes para uma mesma BTS.
Grupo de canais de controle comum de pacote (Packet Common Control CHannel – PCCCH)
Formado por canais lógicos de sinalização, usados por todos os usuários, e não de forma dedicada.
Os canais são :
Canal de acesso randômico de pacote (Packet Random Access CHannel – PRACH) : atua
no enlace reverso para que a MS sinalize o início do envio da informação;
Canal de busca de pacote (Packet Paging CHannel – PPCH) : atua no enlace direto, para
buscar uma MS e pedir dela um pacote;
Canal de permissão de acesso de pacote (Packet Access Grant CHannel – PAGCH) : atua
no enlace direto, para estabelecer a transferência de um pacote para a MS;
Canal de notificação do pacote (Packet Notification CHannel – PNCH) : atua no enlace
direto, para enviar uma informação em multicast para um conjunto de MSs;
Canal de controle broadcast de pacote (Packet Broadcast Control CHannel – PBCCH) :
atua no enlace direto, para enviar em broadcast informações específicas sobre o sistema.
Grupo de canais de tráfego de pacotes (Packet Traffic CHannel – PTCH) : formado por canais
de tráfego. O canal de tráfego é chamado canal de tráfego de dados por pacote (Packet Data Traffic
CHannel – PDTCH), que é dividido em dois canais unidirecionais, o PDTCH/U (Uplink), que
envia pacotes no enlace reverso, e o PDTCH/D (Downlink), que envia pacotes no enlace direto.
Note que alguns canais lógicos GPRS possuem a mesma funções de outros canais da rede GSM,
mas adaptados para a transferência de dados por pacotes. A seguir, alguns canais GPRS e os GSM
correspondentes: PRACH e RACH, PPCH e PCH, PAGCH e AGCH, PNCH e NCH, PBCCH e
BCCH. Dependendo da configuração da rede, os canais de controle GPRS podem ser substituídos
pelo seu equivalente GSM.
A estrutura de um multiquadro está representada abaixo, onde os blocos de rádio carregam o canal
lógico. A operadora pode especificar quais canais lógicos serão transportados em cada bloco.
4 – Tecnologia EDGE
A tecnologia EDGE (Enhanced Data Rates for GSM Evolution) caracteriza a geração 2.75G,
posterior à 2G ou à 2.5G. Sua principal função é aumentar a eficiência do sistema GPRS, motivo
pelo qual também é conhecida como GPRS Melhorado (Enhanced General Packet Radio
Services – EGPRS).
As principais diferenças em relação à rede GPRS são :
Protocolos de acesso à interface Um com novas facilidades;
Modulação 8-PSK (8-state Phase Shift Keying);
Novos procedimentos de codificação de canal.
Com esses esquemas novos, a mesma tecnologia GPRS teve seu desempenho melhorada em larga
escala. A figura abaixo compara alguns parâmetros entre GPRS e EDGE.
4.4 – Principais diferenças entre as tecnologias GSM, GPRS e EDGE
As principais diferenças entre essas fases da segunda geração de celulares está no transporte de
dados e nas taxas de transmissão requeridas por cada um. A figura abaixo compara,
resumidamente, GSM, GPRS e EDGE.
O objetivo era migrar os sistemas de celulares de segunda geração para os de terceira geração. O
sistema GSM tem a evolução natural para UMTS, enquanto o sistema CDMA IS-95 evolui
naturalmente para o CDMA 2000. A figura abaixo mostra a evolução histórica resumida dos
sistemas de celulares.
A arquitetura UMTS utiliza a mesma rede de suporte dos sistemas GPRS e EDGE, o que consiste
numa estratégia de migração muito interessante, de fácil implementação.
A principal diferença entre esses sistemas está nos protocolos e interfaces da interface aérea.
O RNC se conecta com a rede de suporte (CN) através da interface Iu, com outro RNC através da
interface Iur e possivelmente com outras BSCs da rede GERAN pela interface Iur-g. A rede
GERAN (GSM EDGE Radio Access Network) é a rede até a geração 2.75, que inclui, portanto,
GSM, GPRS e EDGE.
5.2.1 Interface Iu
Conecta CN e UTRAN. Suas principais funções são :
Interconectar o subsistema RNS com os pontos de acesso à rede CN dentro de uma PLMN,
independente do fabricantes desses componentes;
Suportar todos os serviços UMTS;
Permitir o interfuncionamento com o sistema GSM.