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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA ELÉTRICA

ALLAN SOARES DE SOUSA

TELEFONIA
SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES MÓVEIS

Manaus – AM
2017
ALLAN SOARES DE SOUSA

TELEFONIA
SISTEMAS DE COMUNICAÇÕES MÓVEIS

Primeiro relatório da disciplina de


Telefonia apresentado ao Curso de
Engenharia Elétrica da Universidade
Federal do Amazonas.

PROFESSOR: ANDRÉ HENRIQUE

Manaus – AM
2017
RESUMO

A partir do desenvolvimento do conceito de comunicação celular pelos


pesquisadores do Bell Laboratories, houve grande avanço na modernização do sistema
visando a miniaturização das estações receptores e elevada capacidade de trafego de
dados e canais.

Palavras-chave: Telefonia, Comunicações Móveis, Sistemas


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INTRODUÇÃO

A idealização dos sistemas de comunicações celulares pelo Bell Laboratories nas


décadas de 60 e 70, foram o ponto de partida para os avanços no desenvolvimento de
estações receptoras cada vez menores e de elevada confiabilidade de comunicação. Nos
Estados Unidos da América, em pouco tempo, os sistemas de rádios-celulares superaram
e número de usuário os sistemas não celulares, principalmente pelo uso de força
governamentais que precisam de dispositivos confiáveis, portáveis e que oferecessem boa
comunicações mesmo nos ambientes urbanos com muitos obstáculos para a propagação
de sinais de rádio.
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1. ELEMENTOS BÁSICOS

Um sistema básico de telefonia móvel celular (CMS) é constituído pelos seguintes


elementos:

o Central de Comutação de Serviços Móveis (MSC) ou Central de


Comutação e Controle (CCC)
o Estação Rádio Base (ERB)
o Estação Móvel (EM)

Quando uma chamada entre um assinante móvel e um assinante comum for


estabelecida, a conversação será transmitida via um canal de rádio entre a Estação Móvel
e um canal de voz da Estação Rádio Base situada mais próxima do móvel. Em seguida,
esta conversação seguirá através de uma linha de voz até a central, daí, será comutada
para a Rede Pública de Telecomunicações onde estará situado o assinante fixo.

Quando a qualidade de transmissão de uma chamada em Progresso deteriora,


devido a uma estação móvel se afastar da Estação Rádio Base, será executada uma
mudança automática de Estação Rádio Base (ou de forma mais precisa ocorrerá uma
mudança de célula), processo este que recebe o nome de Handoff ou Handover.

Esta troca implica em uma mudança na linha de voz, o que levará a uma reseleção
de um novo caminho de comutação no terminal de controle.
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1.1 Estação Rádio Base (ERB) e Célula


A Estação Rádio Base é capaz de estabelecer comunicação com qualquer estação
móvel que esteja se deslocando em uma área em torno dela. Dependendo do tipo de
antenas empregado, uma ou mais áreas poderão ser cobertas por uma única Estação Rádio
Base. Tais áreas recebem o nome de células.

Entre os tipos mais comuns de células, encontramos os seguintes:

o Células Omnidirecionais
o Células Setorizadas

Para células Omnidirecionais a Estação Rádio Base é equipada com uma antena
omndirecional, que transmitirá igualmente em todas as direções, formando assim uma
área de cobertura circular, em cujo centro encontraremos a Estação Rádio Base. Contudo
para efeito de representação, tal célula é representada com um hexágono

Para células setorizadas a Estação Rádio Base é equipada com três antenas
direcionais, cada uma cobrindo uma área de 120 graus. Em tal Estação Rádio Base, um
certo grupo de canais é conectado à antena que cobrirá a primeira célula, um outro grupo
de canais será alocado à antena que iluminará a segunda célula e os restantes à terceira
antena fazendo com que a Estação Rádio Base cubra três células.
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2. GSM

O Sistema Global para Comunicações Móveis (GSM) é uma tecnologia


extraordinária, de sucesso e rápida expansão. Há menos de cinco anos, havia
algumas poucas dezenas de empresas trabalhando no GSM. Em cada uma destas
empresas havia alguns poucos especialistas, que traziam o conhecimento dos
comitês do Instituto Europeu de Normas de Telecomunicações (ETSI), os
criadores das especificações para o GSM. Atualmente, há centenas de empresas
trabalhando no GSM e milhares de especialistas em GSM. O GSM não é mais uma
tecnologia de laboratório. É uma tecnologia do dia-a-dia, que provavelmente um
técnico de serviço poderá compreender tão bem quanto um membro do comitê da
ETSI.

A GSM está rapidamente ultrapassando as fronteiras da Europa e se tornando um


padrão mundial. A Agilent tornou-se especialista em GSM, através de seu
envolvimento na Europa. Com uma excelente comunicação interna, a Agilent está
em uma excelente posição para ajudar os nossos clientes em outras regiões do
mundo a aproveitar o nosso conhecimento em GSM.

3. REDE GSM
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Este é um sistema GSM. As estações móveis (MS), sejam telefones celulares (e


portáteis) e as tradicionais unidades móveis instaladas em automóveis, falam com
o Sistema da Estação Base (BSS) pela interface aérea de RF. O Sistema de
Estação Base (BSS) é formado por uma Estação Transceptora Base (BTS) e um
Controlador de Estação Base (BSC). É comum que diversas BTS estejam
localizadas em um mesmo local, criando de 2 a 4 células setorizadas ao redor de
uma torre de antena comum. As BSC são frequentemente ligadas à BTS por links
de microondas. O link do BSC à BTS é chamado de interface Abis. Tipicamente,
de 20 a 30 BTS serão controladas por um BSC. Por sua vez, diversas BSS são
subordinadas a uma Central de Comutação e Controle (MSC), que controla o
tráfego entre diversas células diferentes. Cada Central de Comutação e Controle
(MSC) terá um Registro de Localização de Visitante (VLR), no qual as unidades
móveis que estiverem fora das células de sua área local serão listadas, de forma
que a rede saiba onde encontrá-las. A MSC será também conectada ao Registro de
Localização de Unidade Móvel Local (HLR), a Central de Autenticação (AUC) e ao
Registro de Identidade do Equipamento (EIR), de forma que o sistema possa
verificar se os usuários e equipamentos são assinantes em situação legal. Isto
ajuda a evitar o uso de unidades móveis roubadas ou fraudadas. Há também
instalações dentro do sistema para as organizações de Operações e Manutenção
(OMC) e de Gerenciamento da Rede (NMC). A Central de Comutação e Controle
(MSC) também possui uma interface para outras redes, como as Redes Privadas
Fixas de Telefonia Móvel (PLMN), Redes Públicas de Telefonia Comutada (RPTC)
e redes RDSI.
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Observando um quadro mais simples do sistema GSM, podemos ver a estação


transceptora base, o controlador de estação base, a central de comutação e
controle e a rede pública de telefonia comutada, ligadas por linhas grossas (links
de fibras ópticas e microondas). O link entre as unidades móveis e a estação base
é a interface aérea. A Agilent Technologies tem muitas soluções de medição,
projetadas o teste da maior parte das áreas do sistema GSM.
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4. BTS

Esta é uma visão detalhada de uma célula GSM típica. As células podem ter um
raio de até 35 km no GSM900 e 2 km no DCS1800 (devido à menor potência das
unidades móveis do DCS1800). A parte mais óbvia da célula GSM é a estação base
e a sua torre de antena. É comum ter diversas células setorizadas ao redor de
apenas uma torre de antena. A torre terá diversas antenas direcionais, cada uma
destas cobrindo uma área em particular. Esta co-alocação de diversas BTS é às
vezes denominada estação radiobase, ou simplesmente uma estação base. As
BTSs são conectadas aos seus BSC pela interface Abis, por cabo ou fibras ópticas.
As redes DCS1800 muitas vezes usam um link de microondas para a interface
Abis.
Cada BTS possuirá um certo número de pares Tx/Rx ou módulos transceptores.
Este número determinará o número de canais de freqüência que poderão ser
usados na célula, o que dependerá do número esperado de usuários.
Todas as BTSs produzem um BCH (Canal de Broadcast). O BCH é como um farol
ou sinal luminoso. Ele está ligado todo o tempo e permite que as unidades móveis
encontrem a rede GSM. A intensidade do sinal BCH é também usada pela rede em
diversas funções relacionadas ao usuário, sendo um meio útil para dizer qual é a
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BTS mais próxima da unidade móvel. Este sinal também carrega informações
codificadas, como a identidade da rede (por exemplo, Mannesmann, Detecon ou
Optus), mensagens de paging para as unidades móveis que devam aceitar uma
chamada telefônica e diversas outras informações. O BCH é recebido por todas as
unidades móveis “acampadas” na célula, estejam estas no meio de uma chamada
ou não.

O canal de freqüência usado pelo BCH é diferente em cada célula. Os canais


podem ser reutilizados por células distantes, nas quais o risco de interferência é
baixo.

As unidades móveis em chamada usam um TCH (Canal de Tráfego). O TCH é


um canal bidirecional usado para a troca de informações de conversação entre a
unidade móvel e a estação base. As informações são divididas em uplink e
downlink, dependendo da direção do fluxo. O GSM separa o uplink e o downlink
em bandas de freqüência distintas. Dentro de cada banda, o esquema de
numeração de canais usado é o mesmo. Na verdade, um canal do GSM é formado
por um uplink e um downlink.

É interessante observar que, enquanto que o TCH usa um canal de freqüência no


uplink e no downlink, o BCH somente ocupa um canal no downlink. O canal
correspondente no uplink é, na verdade, deixado desocupado. Este canal pode ser
usado pela unidade móvel para canais não programados ou canais de acesso
aleatório (RACH). Quando a unidade móvel quiser chamar a atenção da estação
base (para fazer uma chamada, por exemplo), ela poderá fazê-lo usando este
canal de freqüência desocupado para enviar um RACH.
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CONCLUSÃO
A evolução dos sistemas de telefonia móveis, visa sempre a maior capacidade de
acesso do usuário ao sistema, isso sendo feito com qualidade, disponibilidade e alta
capacidade de dados. Desafios comuns, são por exemplo, a necessidade de cada vez mais
altas taxas de dados para atender o consumo e uso na interne, desafio como a velocidade
da estação móvel dentro um avião e a confiabilidade do sistema e inteligibilidade do
conteúdo.
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REFERÊNCIAS
BUCK, J.; HAYT, W.H. Engineering Electromagnetics. 8. ed. New York: McGraw-
Hill,2013. 595 p.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. 9ª edição. Rio


de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 2012. 3 v. 416 p.

JEWETT, J.W.; SERWAY, R.A.; Física para Cientistas e Engenheiros: Eletricidade e


Magnetismo. 8ª edição. São Paulo: CENGAGE Learning, 2012. 3 v. 408 p.

RAMALHO, F.; NICOLAU, G. F.; TOLEDO, P. A. Os Fundamentos da Física. 9ª


edição, Vol. 3. São Paulo, Editora Moderna, 2007.

SADIKU, M.N.O. Elementos de Eletromagnetismo. 5ª edição. Porto Alegre:


Bookman, 2012. 702 p.

SOUZA, R.C.R. Laboratório da Disciplina Conversão de Energia: Atividades de


Simulação. Manaus: UFAM, 2014. 3 p.

SOUZA, R.C.R. Roteiro das Práticas de Conversão de Energia. Manaus: UFAM,


2014. 12p.

ULABY, F.T. Eletromagnetismo para Engenheiros. 1ª edição. Porto Alegre:


Bookman, 2007. 382 p.

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