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Indice

1. Introdução ................................................................................................................................... 3

2. Objectivos ................................................................................................................................... 3

2.1. Objectivo geral ..................................................................................................................... 3

2.2. Objectivos específicos .......................................................................................................... 3

3. Metodologia ................................................................................................................................ 3

3.1. Técnica de Pesquisa ............................................................................................................. 4

3.2. Materiais de pesquisa ........................................................................................................... 4

4. Sinalização clássica beseada em GSM ....................................................................................... 5

4.1. Sinalização ........................................................................................................................... 5

4.1.2. Tipos de sinalização....................................................................................................... 5

4.1.1. Sinalização do assinante ................................................................................................ 5

4.1.2. Sinalização acústica ....................................................................................................... 5

4.1.3. Sinalização intercentrais ................................................................................................ 7

4.2.3. Rede de Sinalização ..................................................................................................... 13

4.3. O Sistema de sinalização canal comum número 7 ............................................................. 17

4.3.1. Serviços ao usuário providos pelo SS7........................................................................ 17

4.4. Sinalização GSM ................................................................................................................ 19

4.4.1. Protocolos GSM .......................................................................................................... 20

4.4.2. Camadas e níveis na SS7 ............................................................................................. 22

4.3.3. Comutação e controle de comutação por meio de SS7 ............................................... 32

5. Conclusão.................................................................................................................................. 40

6. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 41

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1. Introdução
Com a evolução tecnológica dos sistemas de telefonia, as redes telefônicas passaram a
implementar processamento distribuído, usando as centrais controladas por programa
armazenado (CPA), e meios digitais de transmissão. Esse processamento exigiu sinalização de
maior eficiência, que pudesse ampliar a comunicação entre os nós e acrescentar novos serviços,
como integrar às outras redes, principalmente a Rede Digital de Serviços Integrados (RDSI) e à
rede telefônica pública. Surgiu a técnica, então, de se criar um novo canal exclusivo para a
sinalização, para executar processos de sinalização em um canal, e de transmissão de voz e dados
por outro canal. Esse canal de sinalização é chamado número 7, e é padronizado
internacionalmente de forma que, aperfeiçoe operações em redes digitais, suportando aplicações
com diversas outras redes (RDSI, redes de bancos de dados, etc), satisfaça as necessidades atuais
e futuras de transferência de informação ligadas à sinalização de vários processos,e possua rede
de conexão de circuitos, para transportar dados e voz.

2. Objectivos

2.1. Objectivo geral


 Estudar a sinalização clássica baseada em GSM.

2.2. Objectivos específicos


 Definir Sinalização e GSM;
 Citar os tipos de sinalização;
 Identificar os protocolos de GSM;
 Descrever o Sistema de sinalização canal comum número 7.

3. Metodologia
A metodologia usada para a realização do presente trabalho é de carácter qualitativo, no qual
fizemos a recolha, leitura e interpretação da informação pesquisada.

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3.1. Técnica de Pesquisa
Para realizar deste trabalho fizemos:

• Revisão Bibliográfica, tendo como Palavra-chave: Sinalização, GSM

• Estudo documental.

3.2. Materiais de pesquisa


Os materiais usados para realização deste trabalho são:

• Os materiais usados para realização do trabalho são:

• Livros;

• Artigos;

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4. Sinalização clássica beseada em GSM

4.1. Sinalização
Os elementos que constituem a rede de telecomunicações devem estar ligados, afim de que
possam interagir. Essa interação consiste na transferência e troca de informações de controle, e
dá-seatravés da sinalização. [3]

Sinalização é a comunicação de dados entre os processadores dos elementos da rede que


interagem. [3]

4.1.2. Tipos de sinalização


4.1.1. Sinalização do assinante
É a sinalização entre o assinante da rede e a sua central local. A conexão do assinante transporta
informações referente ao estado do telefone (livre ou ocupado), sinais de DTMF, tons de
informação, sinais de toque e trafego real (voz, fax ou dados). [3]

4.1.2. Sinalização acústica


Sinalização acústica em telefonia consiste em uma serie de sinais audiveis emitidos da central
para o assinante. A sinalização acustica pode ser:

a) Corrente de toque (CT)

É o sinal enviado ao aparelho telefônico do assinante chamado, indicando que ha uma ligação
dirigida a ele. E deve ser interrompida logo que o assinante chamado atenda, de forma que ele
não ouça através da cápsula receptora.

b) Tom de discar (TD)

É o sinal enviado ao terminal chamador apos a ocupação do circuito de linha associado, para que
se inicie a marcação de algarismos do telefone do assinante chamado ou o acesso a programação
de um serviço suplementar. O regime de emissão do tom a discar deve ser continuo.

c) Tom de controle de chamada (TCC)

É o sinal enviado pela central de destino ao terminal chamador para indicar que a cadeia de
comutação foi completada e o terminal chamado esta na condição livre.

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d) Tom de ocupado (TO)

É o sinal enviado ao terminal chamador indicando que o terminal chamado esta na condição de
ocupado. O sinal deve ser enviado directamente pelo circuito de linha do assinante quando:

 O assinante chamado estiver na condição de ocupado;


 Houver congestionamento;
 Ocorrer termino de temporização em algum ponto da cadeia estabelecida;
 Não forem observadas as regras de discagem;
 O canal que retém a chamada desligar.
e) Tom de numero inacessível (TNI)

É o sinal enviado ao terminal chamador indicando que a chamada não pode ser completada ou
prosseguir.

Em centrais que não disponham de serviços de intercepção e/ou maquinas anunciadoras, esse
sinal deve ser enviado quando:

 O numero chamado for inexistente;


 O numero do assinante chamado tiver mudado;
 For discado o prefixo nacional seguido de um numero nacional não acessível a área de
origem do assinante chamador;
 O acesso ao numero chamado for negado por categoria ou discriminação do assinante
chamador;
 O código local, regional, ou nacional discado for inexistente.
f) Tom de aviso de chamada em espera (TCE)

É o sinal enviado por uma central CPA aos terminais envolvidos em uma conversação, ou,
preferencialmente, ao terminal chamado que dispõe do serviço, “chamada em espera”, indicando
a ocorrência de outra chamada.

g) Tom de aviso de programação (TAP)

É o sinal enviado por uma central CPA ao terminal chamador, em substituição ao TD,
informando-lhe, adicionalmente, que esta inibido por programação e recebimento de
determinado trafego.

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h) Tom de advertência de telefone publico (TATP)

É o sinal emitido por um telefone publico, indicando o fim de um período de taxação e a


necessidade de suplementação com novos créditos, para evitar desligamento da chamada.

4.1.3. Sinalização intercentrais


Se mais de uma central local esta envolvida no estabelecimento de uma conexão ou na activação
de um serviço suplementar, essas centrais precisam trocar informações. Sinalização intercentrais
é a sinalização que interliga centrais.

Muitos dos sistemas para sinalização intercentrais são baseados no principio de Channel
Associated Signaling (Sinalização Associada ao Canal - CAS). Exemplo: sistemas de sinalização
Nº 5, R1 e R2.

4.1.3.1. Sinalização associada ao canal


A Sinalização associada ao canal pode ser:

4.1.3.1.1. Sinalizaçao de linha


Segundo (CAVENID 2007) É a que estabelece a comunicação entre as centrais nas linhas de
junções e que agem durante toda a conexão. É a troca de informações relacionada com os
estágios de conexão e supervisão da linha de junção.

É a sinalização que supervisiona a linha de união e as etapas da conexão.


É trocada entre circuitos de junção (juntores) de duas centrais interligadas.

Trata a troca de informações, mostrando o estado da linha dos troncos entre duas centrais, tais
como linha tomada para comunicação, resposta em andamento, etc. Essa informação de rotina é
usada da mesma maneira para todas as conexões.

O trafego transportado no time slot 1-15 e 17-31 em um circuito PCM de 2Mbits/s utiliza o time
slot 16 para sinalização de linha. Dois time slots de voz podem enviar simultaneamente sinais de
linha no time slot 16. O uso do time slot 16 é compartilhado pelo time slot de trafego em uma
seqüência continua de 16 quadros 1 (multiquadro). No primeiro quadro, o time slot 16 é usado
para indicar o inicio de um novo multiquadro, realizando, portanto, o alinhamento dos

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multiquadros. Dessa forma 15 quadros serão necessários para permitir que todos os time slots de
voz enviem sinais de linha. [3]

Figura 2. Sinalização de linha usando a janela de tempo 16

Cada time slot utiliza quatro bits do time slot 16 para enviar as suas informações de sinalização.
Esses quatro bits são designados por: 𝑎𝑓 , 𝑏𝑓 , 𝑎𝑏 , 𝑏𝑏 . Onde:

 𝑎𝑓 , 𝑏𝑓 , são bits que constituem o canal de sinalização para frente;


 𝑎𝑏 , 𝑏𝑏 , são bits que constituem o canal de sinalização para trás;

Figura 3. Sinalização de linha

O canal de sinalização para frente significa o envio de informações no sentido do assinante A


para o assinante B. de forma similar, canal de sinalização para trás significa o envio de
informações no sentido do assinante B para A.

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O bit 𝑎𝑓 indica as condições de operação do equipamento de comutação de saída. Como essas
condições estão sob controle do assinante chamador, esse bit também reflecte as condições de
enlace do assinante chamador (enlace aberto ou fechado).

O bit 𝑏𝑓 fornece ao equipamento de comutação de entrada indicação de falhas ocorridas no


equipamento de comutação de saída.

O bit 𝑎𝑏 reflecte as condições do enlace do assinante chamado (enlace aberto ou fechado).

O bit 𝑏𝑏 reflecte as condições de ocupação do equipamento de comutação de entrada.

O tempo de reconhecimento é definido como a duração mínima que os sinais, representando 0 ou


1, devem ter na saída do equipamento terminal de sinalização, para possibilitar seu
reconhecimento pelo equipamento de comutação. O tempo de reconhecimento de uma transição
do estado 0 para o estado 1 ou vice-versa é de (20 +/- 10) ms. A diferença entre duas transições
aplicadas, simultaneamente, nos dois canais de sinalização da mesma direcção não deve
ultrapassar 2 ms.

4.1.3.1.1. Sinalização entre registradores


Sinais de registro podem ser transmitidos de diferentes formas, mas o método mais comum
baseia-se na sinalização multifrequencial, no qual duas entre seis freqüências, por exemplo, são
combinadas para formar 15 sinais diferentes representando dígitos ou categorias. O equipamento
da central para esse sistema é constituído por transmissores e receptores de código,
genericamente designados registradores. Os sinais de registro são enviados e recebidos por
transmissores e receptores de código nos time slots reservados para cada chamada. [3]

Os transmissores e receptores de código são conectados em um time slot, somente durante a fase
de sinalização entre registradores, que corresponde a um tempo de ocupação de recurso de 2 a 4
segundos por conexão. O tempo de ocupação de recurso depende de três factores:

 A velocidade com que o assinate disca o numero;


 O numero de digidos discados;
 Modo de utilização do equipamento(se é usado como transmissor ou receptor de código ).

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Figura 4. Sinalização entre registradores para o sistema CAS.

a)Sinalização ao longo das rotas interurbanas

Uma ligação interurbana freqüentemente atravessa várias centrais de trânsito ate atingir a central
telefônica de destino. Em todas as centrais, fazem-se comutações, e nelas, parte da informação
numérica transmitida é utilizada, o restante é transmitido ate a estação seguinte.

A forma de sinalização ao longo da rota poderá ser do tipo :

 Extremo a extremo (end-to-end)

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O nome extremo a extremo deve-se ao facto deo registrador de origem trocar informações
sucessivamente com todos os registradores das estações de transito e também, directamente, com
o registrador de entrada do outro extremo. As informações trocadas entre os registradores das
diversas estações de transito são apenas as necessárias para a comutação nesse estagio.

Figura 5. Sinalização “extremo a extremo”

Beneficios do método Extremo a extremo (end-to-end)

 Registradores simplificados nas estações de trânsito, pois não há necessidade de


retransmitir sinais. Além disso, o numero de dígitos a serem armazenados é menor.
 Menor número de registradores nas estações de transito, em virtude do seu tempo muito
menor de retenção.
 Enlace por enlace (link-by-link)

O registrador de saída transfere toda a informação ao registrador de entrada da estação seguinte.


Esta retransmite a informação não utilizada para a estação subseqüente e assim por diante.

Este método é o mais indicado para transmissão de sinais de linhas. Pode-se optimizar a forma
do sinal de linha em função do sistema de transmissão em cada trecho(cabo coaxial, microondas,
satélite, linha física, etc.)

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Figura 6. Sinalização “enlace por enlace”

4.1.3.1. Sinalização por canal comum


Sinalização por canal comum significa que as informações de sinalização possuem um trajecto
próprio, distinto do trajecto das informações de usuários. A transportadora do sinal, nesse caso, é
a própria rede. [3]

A tarefa da rede de sinalização é transferir informações de sinalização entre canas que podem,
portanto, ser encaradas como “assinantes” dessa rede. Uma vez que os processadores das
centrais estão se intercomunicando, enviando mensagens digitais de dados, a função de
sinalização pertence ao domínio de comunicação de dados. O canal comum faz parte de uma
rede de dados na qual os processadores estão incluídos.

Características da Sinalização por canal comum

O tempo total de sinalização para cada chamada telefônica é muito curto. Essa é a razão pela
qual um único canal comum de sinalização pode tratar toda sinalização entre duas centrais para
aproximadamente dois mil time slots de voz, o que representa cerca de 60 enlaces PCM. [3]

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Figura 7. Sinalização por canal comum

Outra característica da sinalização pode dar suporte a serviços na PSTN, ISDN, e PLMN, com
uma grande variedade de sinais para tarefas diferentes. Como características destacamos ainda:

 Alta capacidade;
 Alta velocidade;
 Confiabilidade;
 Flexibilidade;
 Excelente relação custo-benefício.

O ITU-T publicou padrões para dois sistemas diferentes de sinaliacao por canal comum. Um
deles, Signaling system Number 6 (SS6), foi especificado em 1968 e destinava-se principalmente
ao trafego internacional. O outro, Signaling system Number 7 (SS7), especificado em 1980,é
actualmente o sistema predominante. Destina-se, principalmente, a redes digitais nas quais 64
kbits/s da taxa de transferência podem ser usados para os canais de sinalização.

4.2.3. Rede de Sinalização


Rede de Sinalização é o único tipo de sinalização que possui sua própia rede para realizar
sinalização entre centrais. [3

Dado que a capacidade de transmissão do SS7 é muito alta, nem todas as centrais de uma rede
precisam ser interconectadas por enlaces de sinalização. A figura abaixo, as centrais A e B não

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possuem um enlace directo de sinalização entre si, mas ambas possuem enlaces directos com
uma terceira central C. A sinalização entre A e B pode então ser roteada via C.

Constituição da Rede de Sinalização

A rede de sinalização é composta por enlaces de sinalização e centrais.

As centrais de rede são designadas por pontos de sinalização (SP – Signaling Points). O trafego
na rede de sinalização consiste em um fluxo de mensagens transportadas entre os pontos de
sinalização. [3]

Figura 8. Enlaces de sinalização

Figura 9. Rede de sinalização e conexão de circuitos.

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Relações de sinalização

Todas as centrais da figura abaixo, possuem relações de sinalização umas com as outras, o que
significa que elas podem enviar e receber mensagens de sinalização entre si. Uma das centrais,
um ponto de transferência de sinalização (Signaling Tranfer Point - STP), actua como “central
de comutacao” na rede de sinalização e assegura que o fluxo de mensagens alcance o receptor
correcto. O STP, não afecta de forma alguma a mensagem, ele apenas Le o endereço de ponto de
sinalização e encaminha a mensagem através da rede de sinalização. [3]

O ponto de transferência de sinalização pode ser integrado ou stand - alone.

Figura 10. Ponto de transferência de sinalização

Ponto de transferência de sinalização integrado

Encaminha as mensagens de sinalização através da rede de sinalização, e também pode ser o


transmissor ou receptor de mensagens de sinalização.

Ponto de transferência de sinalização stand - alone.

E um nó da rede cuja função é transferir mensagens de sinalização entre os pontos de


sinalização. Possui uma capacidade 4 a 5 vezes maior que a de um STP integrado, pois toda a
capacidade do seu processador é dedicada ás tarefas de sinalização.

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Na rede de sinalização SS7, a solução mais comum é o uso de STPs integrados. Nas áreas
metropolitanas, que possuem uma carga de trafego extremamente elevada, um par de STPs stand
- alone pode ser necessário.

Distribuição de tráfego nas redes de sinalização

Em um SP ou STP, as mensagens de sinalização são roteadas, conforme indicado pelo endereço


dos seus pontos de sinalização, em dirreção ao grupo de enlaces de sinalização conectados ao nó
receptor apropriado. A escolha do enlace de sinalização livre não é feita de forma aleatória, mas
sim o sistema é programado para distribuir a carga entre os enlaces do grupo da melhor maneira
possível. O canal de sinalização entre as centrais da figura abaixo, por exemplo, o time slot 1 de
uma conexão PCM.

A capacidade de transmissão elevada permitiria que o tráfego fosse concentrado em poucos


enlaces. A maioria das centrais necessitaria de apenas um enlace, mas, por razoes de
confiabilidade, deve haver pelo menos dois enlaces separados, ligados preferencialmente a dois
STPs diferentes. Essa situação está ilustrada na figura abaixo.

Figura 11. Ilustração da rede de sinalizacao e sua hierarquia

Hierarquia na rede de sinalização

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Teoricamente, varias estruturas diferentes de rede podem aos requisitos de sinalização entre
centrais conectadas. Um modelo ó de malha, que é uma estrutura plana na qual todos os pontos
de sinalização também possuem a função STP. Outro modelo é a estrela, uma estrutura
hierarquia com poucos pontos de sinalização servindo como STPs para sinalização de trafego
entre conjuntos de pontos de sinalização totalmente conectados. [3]

A rede é usualmente dividida em áreas de sinalização que são servidas por um par de centrais
STP. A sinalização destinada a centrais em outras áreas de sinalização é transportada por uma
rede de sinalização hierarquia composta por três níveis de STP, que são:

 STP nacional;
 STP regional;
 Pontos terminais de sinalização, SP.

4.3. O Sistema de sinalização canal comum número 7


4.3.1. Serviços ao usuário providos pelo SS7
A rede SS7 é uma rede de comutação por pacotes não orientada a conexões, o que significa que
todos os pacotes (datagramas) são individuais, uma vez que impedem de outros pacotes. A rede
SS7 transporta pacotes com mensagens de sinalização, denominadas unidades de sinais de
mensagens (Message Signaling Units - MSU), entre os processadores da rede de
telecomunicações. Os protocolos para comunicação dos processadores são chamados user parts
(UP) e applicaton parts (AP). [3]

A figura abaixo ilustra a função da rede SS7. Um nó de comutação na rede é chamado ponto de
transferência de sinalização (STP). Esse nó processa o trafego de pacotes na PSTN, na rede
digital de serviços integrados de faixa estreita (Narrowband Integrated Services Digital Network
– N- ISDN), na rede publica de serviços moveis (Public Land Mobile Network - PLMN) e nas
redes privativas virtuais (Virtual Private Network - VPN), além de direccionar o trafego e para os
nós da rede inteligente ( Intelligent Network - IN), notadamente aos pontos de controle de
serviço (Service Control Points – SCP). Os nós conectados á rede de sinalização são chamados

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de pontos de sinalização (Signaling Points – SP). A rede SS7tambem suportara a rede digital de
serviços integrados de fixa larga (Broadband ISDN, B – ISDN).

O user parts e applicaton parts, tratam informações de usuários, tais como aquelas relacionadas
ao estabelecimento e liberação de conexões de voz e de dado, e informações para serviços
suplementares centralizados (serviços IN). Eles se comunicam com outros UPs e APs do mesmo
tipo e no mesmo nível na rede de sinalização. A rede SS7 normalmente usa enlaces de 64kbits/s
na rede de transporte. Uma vez que as redes de transporte de trafego requerem cada vez mais
comunicação entre processadores, enlaces de sinalização mais rápidos poderão ser necessários no
futuro. Mesmo assim, a rede SS7 continuara a ser muito menos densa que a PSTN/ISDN e a
PMN. Os UPs e APs impõem pesados requisitos sobe a rede SS7.

 Todas as mensagens devem ser transmitidas de uma maneira segura, o que significa que
nenhuma mensagem pode ser perdida ou duplicada;
 Qualquer mensagem com erro deve ser corrigida antes de ser entregue ao destinatário;
 As mensagens devem ser entregues na ordem correcta.

Figura 12. Aplicaçoes SS7 com os pontos de sinalizacao associados

Os serviços de usuários user parts e applicaton parts, da rede SS7 tem um papel imporante de
blocos funcionais construtivos em outras redes, conforme ilustra a tabela abaixo.

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User part / Applicaton part Aplicação

Telephony user part - TUP Sinalização na PSTN


ISDN user part - ISUP Sinalização na N - ISDN na PSTN
Mobile application part - MPART Sinalização e comunicação na base de dados na
PLMN
Transaction capabilities part - TCAP Suporte na e comunicação com base de dados
da IN e para Sinalização na PLMN
Intelligent Network applicaton part - INAP Comunicação com base de dados da IN
Operation and maintenance application Comunicação nas redes de gerenciamento
part - OMAP
Tabela. Serviços de usuário da rede SS7

4.4. Sinalização GSM


O sistema GSM utiliza a idéia de camadas de protocolos, no qual um processo é tratado por uma
seqüência de protocolos, cada um em um nível hierárquico. A figura abaixo ilustra os protocolos
do modelo de sinalização da rede GSM. [4]

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Figura 1. Arquitectura GSM

4.4.1. Protocolos GSM


1. MTP (Message Transfer Part)

O MTP tem a função de estabelecer um caminho de comunicação de sinalização que interligasse


os diversos subsistemas de usuários que necessitam de sinalizações uns dos outros. É, portanto,
comum a todos os subsistemas de usuários. [4]

O MTP é dividida em três níveis:

Nível 1: Camada física, responsável pela padronização das características físicas e funcionais do
enlace de dados de sinalização, e o meio para acessá-lo. O meio de transmissão digital tem taxa
de transmissão de 64 kbits/s;

Nível 2: Camada de enlace, que garante a integridade do enlace usado na comunicação. Corrige e
detecta erros, delimita as mensagens, controla a seqüência das mensagens enviadas, entre outros;

Nível 3: Camada de rede, que trata as mensagens de sinalização, encaminhando-as para o destino
certo, e gerencia a rede, garantindo que os caminhos possam ser traçados da origem ao destino.

2. Procedimentos de acesso a enlaces no canal D (LAPD)

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O procedimento de acesso a enlaces no canal D (Link Access Procedures on the D-channel –
LAPD) é o protocolo usado na camada 2 para transportar mensagens Abis. É usado na rede
RDSI. Mais detalhes no tópico “Interface Abis”. [4]

3. Procedimentos de acesso a enlaces no canal D modificado (LAPDm)

O LAPDm (Link Access Procedures on the D-channel modified) é usado para transportar
mensagens da interface aérea. É uma variação do LAPD adaptada para transportar sinais de RF
pelos canais da interface aérea (Um). [4]

UP (nível 4)

Define funções específicas para cada tipo de usuário, como telefonia, dados, RDSI, ou outros.
Cada tipo de usuário tem suas particularidades, tendo que ser tratado por protocolos diferentes ao
integrarem-se a rede. [4]

Abaixo a figura ilustra os subsistemas de usuários.

 Subsistema de usuário para a rede digital de serviços (Integrated Service Digital Network
User Part – ISUP) : Integra a rede RDSI à rede GSM;
 Subsistema de aplicação do sistema de estação base (Base Station System Application
Part – BSSAP): a BSS à MSC;
 Subsistema de aplicação da capacitação de transações (Transaction Cpabilities
Application Part – TCAP): oferece serviços não orientados à conexão;
 Subsistema de controle de conexão de sinalização (Signaling Connection Control Part –
SCCP): fornece funções adicionais ao MTP para serviços orientados ou não à conexão

Interfaces

Uma interface precisa prover os aspectos físicos dos meios de transmissão, o interfuncionamento
e a implementação dos serviços e aplicações móveis entre os elementos da rede GSM. Existem
vários tipos de interfaces, porém vamos destacar apenas três. [4]

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1. Interface aérea (Um): Interliga a MS e a BTS. É responsável por disponibilizar os
canais físicos e lógicos aos assinantes móveis, para viabilizar o processamento de
chamadas.
2. Interface Abis: Conecta a BTS ao BSC. Permite controlar os equipamentos e a alocação
de recursos na BTS.
3. Interface A: Conecta a BSC e a MSC. Transporta os seguintes dados:
 Gerenciamento do BSS;
 Tratamento de chamadas;
 Alocação de circuitos terrestres (canais de voz entre os elementos conectados);
 Gerenciamento de mobilidade.

4.4.2. Camadas e níveis na SS7


De maneira geral, as camadas 1 – 3 do modelo OSI correspondem aos níveis MTP (Message
Transfer Part) 1 – 3, incluindo o SCCP (SignalingConnection Control Part). As camadas 4 – 7
do modelo OSI correspondem aos UPs e APs. [3]

Camada 1: Nível de enlace de dados de sinalização

Esse nível define os requisitos a serem obedecidos pelo circuito físico, normalmente um canal
PCM.

Camada 2: Funções do enlace de sinalização

O nível do enlace de sinalização tem funções para a transferência de mensagens confiável sobre
o circuito físico, isto é, separação de mensagens, detecção e correção de erros.

Camada 3: Funções de sinalização de rede

Essa camada tem funções para o manuseio da mensagem de sinalização: separação, distribuição
e roteamento. Compreende também funções para o gerenciamento da rede de sinalização, como,
por exemplo, supervisão da rede de sinalização com respeito a capacidade, qualidade da
transmissão e necessidade de re – roteamento.

Camada 3: Signaling Connection Control Part

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A maior parte das funções são específicas para roteamento e gerenciamento da rede, exercendo
um controle orientado a conexões. Algumas vezes é possível exercer um controle não orientado a
conexões.

Camadas 4 – 7: UPs e APs

O SS7 permite que vários usuários enviem sinais na mesma rede de sinalização. As funções nas
Camadas 4 – 7 manuseiam os protocolos de comunicação dos usuários conectados.

Conforme já mencionado, as funcões do enlace de sinalização manuseiam o tráfego no enlace de


sinalização e asseguram a transfeência confiável de mensagens no enlace. Essas mensagens são
chamadas de Message Signal Units, MSUs.

Figura 13. Principais funções de camada da pilha SS7

Camada 1 (camada física)

A camada 1 da interface Abis usa o enlace digital modulado por PCM (Pulse Code Modulation)
à 2.048 kbits/s, com uma estrutura de quadros de 32 canais. O intervalo de tempo de cada canal
(ITC) é de 64 kbits/s, como mostra a figura. [4]

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Figura 14. Camada 1

A camada 1 é formada pelo nível 1 do MTP que define as características físicas e funcionais do
enlace de dados de sinalização e o meio pelo qual pode-se acessá-lo.

Ao canal físico que interliga a Estação Rádio Base e a Estação Móvel se dá o nome de enlace.
Quando a informação viaja da ERB para a MS, chama-se enlace direto; quando a informação
parte da MS chama-se enlace reverso.

A função do nível 1 do MTP é permitir o acesso ao enlace de dados de sinalização. É composto


por canais de transmissão, que carregam informações, e blocos de comutação digital, que fazem
a interface com o nível 2.

Camada 2 (camada de enlace)

O protocolo da camada 2 da interface aérea usa procedimentos de acesso ao enlace do canal D


modificado (Link Access Procedures on Dm-channel – LAPDm) para prover sinalização entre
entidades da camada 3. Todos os canais de controle utilizam o LPDm, exceto o canal RACH.

Suas principais funções são:

 Supervisionar enlaces ininterruptamente, mesmo sem tráfego de mensagens;


 Prover enlaces dedicados;
 Manter o enlace ativo quando não há mensagens de sinalização, incluindo informações de
preenchimento;
 Controlar a seqüência de mensagens;
 Controlar erros, inclusive os não recuperáveis por retransmissão da mensagem.

As funções do MTP são divididas em 3 níveis, como mencionado anteriorimento:

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MTP nível 1: enlace de dados de sinalização;
MTP nível 2: enlace de sinalização;
MTP nível 3: rede de sinalização.

Figura 15. Camada 2.

Através do nível 3 do MTP, a interface A:

 Trata as mensagens de sinalização: para uma transferência de mensagens, endereçam a


mensagem ao enlace de sinalização;
 Gerencia a rede de sinalização: tendo uma base de dados preestabelecidos e
informações sobre o estado da rede, controla o caminho das mensagens e a configuração
da rede. Caso haja mudança no estado da rede, também reconfigura o que for necessário.

Através do nível 2 do MTP, a interface A

 Delimita as mensagens;
 Detecta e corrige erros;
 Executa o alinhamento inicial das mensagens;
 Supervisiona erros no enlace de sinalização;
 Controla o estado do enlace;
 Controla o fluxo de informação.

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Formato de mensagens na camada 2

Não apenas as mensagens “úteis” se sinalização, do tipo MSU, são enviadas no enlace de
sinalização. De facto, Full-in Signal Units-FSUs são mais comuns, uma vez que a carga nos
enlaces de sinalização é, usualmente, baixa. A função dessas mensagens é, principalmente,
manter o sincronismo da rede de sinalização. Um terceiro tipo de mensagem é usado para troca
de informação entre pontos de sinalização: quando, por exemplo, um enlace é colocado em
operação após uma falha ou para a transmissão de informação de controle de fluxo. Esse tipo de
mensagem é chamada Link Status Signal Unit- LSSU. [3]

Uma mensagem é dividida em campos, como mostra a figura abaixo. Vários campos da
mensagem servem como um “pacote” para facilitar uma transmissão livre de erros. De particular
interesse para certos usuários – TUP, por exemplo – é o conteúdo no campo de informação de
sinalização: Signaling Information Field – SIF.

Figura 16. Formato de mensagem SS7

Os campos escuros da figura acima representam as funções do enlace de sinalização, isto é,


funções de camada 2. As principais funções dos campos de camada 2 são:

F: flang, indica início e o fim da mensagem. O flag de abertura usuaimente serve comoflag de
fechamento da mensagem anterior. (Padrão de bits do flag = 01111110).

Corr: error correction, inicia a retransmissão pelo lado transmissor quando um erro de
transmissão foi detectado pelo receptor.

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LI: length indicator, indica o número de octetos que vêm após o campo LI e até o campo CK,
assim indicando qual dos três tipos básicos de mensagem está sendo transmitido. P LI consiste
em um valor binário entre 0 e 63; 63 indica 63 actetos ou mais.

LI = 0 FISU

LI = 1 ou 2: LSSU

LI > 2: MSU

SIO: service information octat, que é encontrado apenas nas MSUs, é dividido em duas partes: o
service indicator – SI e o subservice field (SSF). O SSF é compost por quarto bits, sendo os dois
mais significativos denominados network indicators – NI. O SSF indica a rede envolvida,
monstrado, por exemplo, se um TUP pertence à rede nacional ou internacional.I indica o tipo
usuário, como, por exemplo, TUP.

CK: checksum, é usado para detectar erros de bit durante a trasmissão.

SF: status field, emu ma mensagem LSSU, indica o estado que um enlace de sinalização assume
após uma mudança, como, [por exemplo, de enlace com falha para enlace em teste. Um SF é
composto por 1 ou 2 octetos.

As funções de sinalização de rede são necessárias para rotear as mensagens para o ponto de
sinalização de correcto e para o usuário correto na rede. As funções de sinalização da rede
distribuem-se em duas categorias: manuseio de mensagens de sinalização e gerenciamento da
rde de sinalização.

Manuseio de mensagens de sinalização significa assegurar que os dados de usuário das MSUs
recebidas cheguem ao usuário correto (UP ou AP, via SCCP) em um ponto de sinalização
terminal ou sejam encaminhadas ao próximo ponto de sinalização. Se uma MSU é endereçada a
um outro ponto de sinalização na rede, então ela é roteada para um enlace de sinalização
adequado, de acordo com as instruções do gerenciamento da rede de sinalização. Dessa forma, o
manuseio de uma mensagem de sinalização significa que uma MSU é distribuída, discriminada e
roteada.

Uma MSU que deve ser enviada de um ponto de sinalização é roteada para um enlace de
sinalização – um componente de um conjunto de enlaces de sinalização – selecionado para

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transport-la. A selecção do conjunto de enlaces se sinalização será baseada no código do ponto
de destino da MSU, o Destination Point Code – DPC.

As funções de gerenciamento da rede de sinalização realizam uma super visão contínua nessa
rede, para detector erros e situações anormais. Tanto funções de controle manual quanto funções
autônomas são empregadas para garntir um uso óptimo dos recursos de sinalização.

Dependendo do estado da rede, com desempenho afectado com pontos de sinalização ou enlaces
de sinalização defeituosos, por exemplo, o trafego de sinalização pode ter –roteada para rotas
alternativas, no intuito de atingir o destino. Nas situações em que o rerroteamento não for
possível ou pratico, o trafigo deve ser interrompido ou eliminado na fonte.

 Há três tipos de MSU, cada um com seu conteúdo especifico:


 MSUs cpom informação de sinalização de e para usuario, tais como TUPs
 MSUs como informação de sinalização para o gerenciamento da rede de sinalização,
signaling network managemen t-SNM
 MSUs com informação de sinaçozacao para o teste e manutenção de rede de sinalização,
signaling network testing –SNT

A figura 5.12 e o texto subsequente descrevem cada uma das partes SIF utilizadas pelas funcoes
de camada 3 do MTP

Figura 17. Formatos de MSU.

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SIF. signaling information Field - contem um rotulo, um cabeçalho ( UP ou AP) e o dados. O
SIF. Que e encontrado somente nas MSU, e transmitido para o usuário (UP ou AP) nas camadas
4-7. O SIF na MSU-SNM ou MSU-SNT e enviado ao gerenciamento da rede de sinalização na
camada 3.

Em relacao a rede de sinalizacao, o rotulo e a parte mais enterresante, porque contem


informacoes que correspondem ao numero de s assinante ( ou, simplesmente numero de A) e ao
numero do assinante B (ou, simplesmente numero de B) nas redes de transporte de trafego, a
saber : DPC e OPC.

DPC: destination point code- identifica o destino, isto ee, o no da rede de sinalização para o qual
a mensagem ee endereçada. Essa ee uma informação chave para o roteamento.

OPC: orginating point code- identifica o transmissor, isto ee, no da rede de sinalização do qual a
mensagen ee enviada.

CIC: circuit identific ation code- informa a selecção do enlace de sinalização, signaling link
selection- SLS.

SLC: signaling Link code ee o numero de enlace de sinalização ao qual uma MSU-SNM ou uma
MSU-SNT esta relacionada.

HO,HI: esses dois cabeçalhos juntos formam os códigos que indicm o tipo de informação no SIF,
tal como uma mensagem de endereço inicial, initial Address Message-IAM.

Data: a informação transportada no SIF pode ter ate 256 octetos. Essa informação destina-se a
usuários, gerencialmente ou teste.

Canada3-SCCP (signaling connection control part)

A função SCCP realiza as seguintes principais tarefas:

 Controle SCCP orientado a conexão;


 Controle SCCP não orientado a conexão;
 Roteamento SCCP;
 Gerenciamento da rede SCCP.

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Quando adicionada as funcionalidade MTP, as primeiras três tarefas prôvem poderoso manuseio
de mensagens de sinalização da rede SS7. Esse manuseio pode ser feito independentemente da
parte do trafego. Transferência orientada a conexão também poderá ser feita. [3]

A orientação a conexão e utilizada quando muitas mensagens, ou mensagens longas, devem ser
evitadas ao mesmo endereço.

A actualização de localização de assinantes móveis e a geração de mensagens de alarmes são


exemplo de comunicação anão orientadas a conexão.

A função de roteamento de sinalização do trafego exige uma grande capacidade funcional. O


objectivo ee tomar possível o estabelecimento de conexão SS7 autónomas sobre longas
distâncias. O que justifica tal esforço é uma aplicação mas exigente a supervisão constante de
todos os assinantes em uma rede móvel e o armazenamento da informação registrada em um
ponto central: HLB- Home Location Register. Idealmente, essa supervisão deveria ser feita em
escala mundial.

Outras aplicações do SCCP são mas restritas sob o ponto de vista geográfico. Aplicações locais
incluem o serviço de portabilidade numérica. O que significa que é possível, por exemplo, que
uma pessoa mude de endereço sem ter de alterar o número de seu telefone, mesmo quando este
passa a ser serviço por uma outra central local.

Um objectivo importante da função de roteamento SCCP é determinar o DPC. Em aplicações


SCCP, os valores de DPC também compreendem todos os valores dos nós da inteligência da
rede: SCP, HLR, registador de identidade de equipamento, ou seja, Equipament Identy Register-
EIR, é o centro de autenticação, o Authentication Center-AUC.

Por exemplo, pode se combinar aplicações PLMN e IN. O destino completo consistirá numa
plantaforma e numa aplicação de rede específica. Para aplicação de rede, o SCCP tem um
número de subsistema. Subsystem Number-SSN, o qual, para o HLR, é 6 ou octeto 00000110. A
aplicação de rede pode ser apresentada por uma UP ou AP MAP, OMAP, TUP, ISUP ou por
uma função HLR, VLR, MSC, EIR, AUC.

Para determinar um DPC, o SCCP usa um tiítulo global. Global Title-GT.

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Como informação de entrada, que pode ser um número discado na OSTN, ISDN, PLMN, ou o
número de assinante móvel em roaming.

O SCCP contém toda a informação de roteamento e de rede para analisar o título global e
traduzi-lo em um ponteiro que fornece um valor de DPC para toda ou parte da conecçao de
sinalização a ser estabelecida.

A figura 5.13 mostra o estabelecimento de uma conecçao SS7 por meio de SCCP, e a figura
5.14 apresenta a estrura da MSU SCCP.

Figura 18. Estabelecimento d e uma conexão SS7 usando SCCP.

Figura 19. Estrutura de uma MSU/SCCP

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4.3.3. Comutação e controle de comutação por meio de SS7
SS7 é uma rede de comutação por pacotes de dados, não orientada á conexão. A comutação das
mensagens de sinalização é realizada pelo STP. Os “assinantes” são centrais e nós da rede
inteligente – nesse contexto, chamado de pontos de sinalização, SP. O numero do SP é chamado
de código de ponto de sinalização e designado por SPC. [3]

Caso de tráfego 1 – Sem uso dos nós da rede inteligente

Para entender melhor este caso de tráfego temos como exemplo o estabelecimento de uma
conexão telefônica com possibilidades de roteamento alternativo para o tráfego telefônico.
Assume-se a existência de um trajecto de sinalização e o STP está fisicamente junto com a
central de trânsito/tandem B. os SPCs dos nós aparecem nafigura abaixo. [3]

Figura 20. Caso de trafego 1

Podem ocorrer duas situações diferentes:

1ª situação: Baixo tráfego

Todo o tráfego telefônico é transportado pela rota preferencial, ou também denominado rota de
alto uso A → C. Essa situação é mostrada na figura abaixo e é designada por caso 1a.

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Figura 21. Caso de tráfego la

2ª situação: Tráfego de pico

Ocorre transbordamento na rota de alto uso A → C e o tráfego de excesso é rodeado através


da central B. essa situação é mostrada na figura abaixo e é designada por caso 1b.

Figura 22. Caso de tráfego lb

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No caso 1a, nenhum tráfego passa pela central tandem e, portanto, o SS7 não precisa fornecer
nenhuma instrução de comutação para B. O discriminador de mensagem deve enviar a
mensagem para C. Para que isso funcione adequadamente, o destino deve ser informado com
DPC = 200, que é o código para a central C. O rótulo de uma MSU de A para C – via B – é
mostrado na figura abaixo.

Figura 23. Uma MSU de A para C, via B

No caso 1b, parte do tráfego sobre a rota de alto uso A → C é bloqueado. Esse tráfego de excesso
deve ser tratado de uma maneira diferente pelo sistema de sinalização, pois ele é comutado na
central B. O rótulo da MSU será como mostra a figura abaixo. Para assegurar a conexão correcta,
o conteúdo do SIF é enviado ao TUP da central B.

Figura 24. MTP terminando em B

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Surge uma nova necessidade que é criar uma MSU com conteúdos parcialmente novos entre B e
C para conexões que são comutadas na central tandem B. A MTP solicitará ajuda da camada UP
para estender o trajecto de comutação. Essa interação entre a MTP e a UP ocorre em todo ponto
de transferência ao longo do trajecto.

A seqüência de eventos é a seguinte:

 Após o número ter sido analisado na central B, uma rota de tráfego de saída é
selecionada. A TUP é então chamada mais uma vez e, quando recebe a informação
mostrando a rota selecionada, o DPC pode ser definido. DPC = 200 é associado á rota B
– C;
 Um circuito (por exemplo, o de número 14) é selecionado para o tráfego telefônico. Os
dois circuitos, número 20, de A, e numero 14, para C, são interconectados no comutador
da central B;
 Um novo SIF é compilado e enviado á MTP, idêntico ao SIF recebido de A, com conexão
do rótulo, que foi modificado;
 A MTP compila uma MSU, na qual o novo SIF será incluído, e a envia ao destino
indicado pelo DPC, isto é, para central C (SPC = 200).

O exemplo mostra que a MSU pode ser comparada a um envelope em que endereço e
destinatário podem ser modificados sem afectar o seu conteúdo.

E importante observar que o OPC também será modificado como resultado da comutação na
central B. o ponto de sinalização B – não o A – é tratado como transmissor da MSU, embora
seu conteúdo (SIF) tenha sido inicialmente gerado por A.

Se o OPC = 100 não fosse trocado, a central C não iria reconhecer a chamada do circuito 14
da central B, mas interpretaria como uma chamada no circuito 14, de uma rota direta da
central A.

A figura abaixo ilustra os parâmetros de rótulo entre B e C.

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Figura 25. Prâmetros de rótulos entre Be C

Caso de tráfego 2 – uso dos nós da rede inteligente

Para entender melhor este caso de tráfego temos como exemplo o estabelecimento de uma
chamada telefônica do tipo 0800 (tarifação reversa) ou outros serviços baseados na rede
inteligente. A figura abaixo ilustra uma configuração em que aparece o nó D, pertencente á rede
inteligente, identificando por SPC = 600. Nesse caso, não existe um circuito de tráfego para D, o
que significa que o protocolo SCCP deve ser utilizado.

gg

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Figura 26. Troca de sinalização com a rede inteligente

Nesse exemplo, a central A é um SP que cria uma mensagem na camada de aplicação. A


mensagem é enviada ao SCCP, que realiza uma tradução de titulo global para ser capaz de
selecionar um SPC adequado. O resultado da analise é SPC = 600. O SCCP entrega a mensagem
para a MTP e a MSU completa será então encaminhada adiante pelo STP sem que qualquer de
seus valores seja modificado. Quando a mensagem chega ao SCP, ela é analisada como uma
mensagem que chegou ao destino. Uma análise do tipo de subsistema (SSN) indicara o tipo de
usuário SCCP.

Uma vez que não há relação física com um circuito tráfego, também não se utiliza um CIC. Em
vez disso, há uma identidade de dialogo no protocolo TCAP. Figura abaixo.

Caso de trafego3 (sinalização na telefonia móvel)

Exemplo: registo da nova localização de assinante móvel- o roaming suponha que um terminal
móvel (TM) possui seu HLR em são Paulo e que, num dado momento, o TM esta viajando pelo
rio grande do sul e entrando em uma nova área de cobertura (AC), perto de porto alegre, o que
significa que o HLR deve ser informado sobre a mudança. Essa situação e ilustrada pela figura
abaixo

Figura 27. Actualização de localização (registo)

O VLR (SPC=19) na nova AC usa o protocolo VLR- MAP para criar primeira mensagem do
dialogo: TM=x em AC=-5 , a mensagem e passada no protocolo de manuseio de dialogo TCAP,

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que pode ser visto como um porial para a rede SS7. A mensagem VLR-MAP recebe uma
identidade de dialogo e ee empacotada pelo TCAP, que atransmite ao protocolo SCCP.

O SCCP realiza então uma tradução de titulo global. O resultado e um conjunto de instruções de
roteamento na forma de um DPC, que a MTP utiliza para alcançar o no SCCP em florianopolis
(SPC=25), através de um enlace de sinalização. Em florianopolis a MSU e entregue ao no SCCP(
o SP e a centrar de transito), que por sua vez analiza o endereço resultando assim um novo DPC,
que indica o no HLR em são Paulo (SPC=12)

Quando o a MSU chega ao no HLR, o SCCP idfentifica que a mensagem deve terminal nesse no.
Ela e portanto, encaminhada, via TCAP, até a aplicação HLR-MAP do no. Assim a MSU foi
transportada, através da rede SS7, por todo o caminho do VLR ao HLR, de forma transparente e
somente por meio de MSP.

Conforme ilustrado na figurara acima, a MSU também passa também por um ponto de
transferência de sinalizacao por Curitiba(SPC=40), o que envolve apenas a MTP.

No exemplo, florianopolis possui uma função avançada de STP, incluindo tanto a MTP quando o
SCCP. Desse ponto, a mensagem pode ser encaminhada a diante, fazendo-se uma analise de
roteamento por meio do titulo global como o valor da estrada.

A figura a cima ilustra a comunicação de dados entre a VLR e HLR sobre a rede SS7, e a figura
abaixo mostra o encaminhamento de mensagem por meio de tradução de titulo global realizada
por SCCP.

38
Figura 28. Comunicação de dados entre o VLR e o HLR sobre a rede SS7

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5. Conclusão
A sinalização numa rede telefônica é responsável pela transferência da informação de controlo
entre os utilizadores e a rede (sinalização de assinante), e entre as centrais de comutação
(sinalização inter-central, ou sinalização de troncas) que podem ser por canal associado CAS ou
por canal comum CCS. Essa informação é usada, nomeadamente, para estabelecer, manter e
terminar chamadas telefônicas. A rede SS7 normalmente usa enlaces de 64kbits/s na rede de
transporte.

Existem três tipos de pontos de sinalização nas redes SS7: Ponto de serviço de comutação
(SSPs), Pontos de transferência de sinal (STPs), Pontos de controle de serviço (SCPs). As
funções de hardware e software do protocolo SS7 são divididas em abstrações funcionais
chamadas níveis. Estes níveis são análogos ao modelo de referência de 7 camadas OSI da ISO.
As camadas 1 – 3 do modelo OSI correspondem aos níveis MTP (Message Transfer Part) 1 – 3,
incluindo o SCCP (Signaling Connection Control Part). As camadas 4 – 7 do modelo OSI
correspondem aos UPs e APs. A camada 1 envolve requisitos e interface do enlace de dados de
sinalização, a camada 2 envolve as funções de enlace de sinalização e a camada 3 envolve o
manuseio da mensagem de sinalização e o gerenciamento da rede de sinalização e a parte de
controle de conexão de sinalização.

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6. Referências bibliográficas
[1]. CAVENID, Ricardo. Padrão SS7 em mtelecomunicações. 2007.
[2]. LEITÃO, Mário Jorge. Tecnologias e Sistemas de Comunicação. SD.
[3]. JESZENKY, Paul Jean Etienne. Sistemas telefônicos. 2004.
[4]. https://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos vf_2008_2/ricardo/2_2.html

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