Sistemas telefónicos fixos

Engenharia de Telecomunicações
Universidade Pedagógica (UP)
6 pag.

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 1. Telefonia fixa

A Telefonia fixa é uma parte da área de telefonia (a área do conhecimento que trata da
transmissão de voz e outros sons através de uma rede de telecomunicações) que se caracteriza
por não apresentar mobilidade para os terminais, ou seja, telefonia fixa é um sistema das
telecomunicações que serve de suporte à transferência entre pontos terminais de rede em
locais fixos.

Figura 1: Partes básicas de um sistema telefónico tradicional.

Fonte: https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialstfc/pagina_1.asp

1.1 Componentes do sistema de telefonia fixa

Os sistema de telefonia fixa são basicamente constituídos por:

 Central Telefónica/Rede de Comutação;

 Rede de Acesso;
 Rede de Transmissão;
 Infraestrutura para Sistemas de Telecomunicações.

1.1.1 Rede de acesso

A rede de acesso é responsável pela conexão entre os assinantes (como apresentado na figura
2) e as centrais telefónicas, é suporte físico necessário para a comunicação. As Redes de
Acesso são normalmente construídas utilizando cabos de fios metálicos em que um par é
dedicado a cada assinante. Este par, juntamente com os recursos da central dedicados ao
assinante é conhecido como acesso ou linha telefónica.

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1.1.2 Central Telefónica

Central Telefónica é um sistema capaz de realizar a comutação entre todos, ou seja, controlar
e prover a interligação dos aparelhos telefónicos, dois a dois.

Até o início da década de 1920, a comutação entre as chamadas telefónicas era realizada pela
telefonista, que utilizava cordões em uma mesa operadora para fazer a conexão entre os
assinantes. Portanto, naquela época, a central era formada por dois elementos básicos:

 Mesa: comutação física dos assinantes.

 Telefonista: funções de controlo da chamada (inteligência).

Com a automatização, o cargo de telefonista foi eliminado e surgiram as centrais automáticas

analógicas, capazes de interpretar os algarismos enviados pelo decádico e estabelecer a
ligação entre os assinantes da rede.
Actualmente a comutação é feita por centrais digitais com controlo por programa armazenado
(CPA), de forma temporal ou espacial.

A central telefónica tem as seguintes funções principais:

 Atendimento – Recepção do pedido de serviço de um aparelho telefónico ou de uma

central (origem de uma chamada telefónica).
 Recepção de dígitos – Recepção do número do assinante chamado.
 Interpretação – Análise do número recebido para determinar providências a tomar.
 Selecção de caminhos internos – Selecção de um canal ou time slot (link) ou um
conjunto de canais ou time slots na matriz de comutação.
 Estabelecimento de caminho – Controle dos elementos da matriz de comutação para
estabelecer um canal físico para determinada chamada telefónica.
 Alerta – Sinais de campainha aos usuários: chamado e chamador.
 Supervisão – Monitoração do chamador e do chamado para, logo após o término da
ligação, desconectar e liberar o canal.
 Transmissão da informação – Caso o telefone chamado esteja em outra central, são
transmitidas informações de término da ligação para essa.

Uma central telefónica é composta basicamente por dois sistemas, que são:
 Sistema de controlo – É a parte inteligente da comutação. Controla o sistema de
comutação para que realize as conexões e envie as sinalizações correctamente.

Rede Telefonia fixa 2020

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 Sistema de Comutação
Dentro da central telefónica, encontra – se a central/rede de comutação, conjuntos de
equipamentos necessários à seleção do caminho que possibilita a comunicação entre os
assinante e/ou centrais isto é, a central de comutação estabelece circuitos temporários entre
assinantes permitindo o compartilhamento de meios e promovendo uma optimização dos
recursos disponíveis. As conexões são feitas por meio de relés ou circuitos de comutação
digital, e a sinalização entre assinantes e central e entre centrais.

Figura 2: Representação de uma central de comutação dentro da central telefónica.

Fonte: Eletrônica vol. 5 – telecomunicações.

Figura 3: Representação interna de uma central de comutação dentro da central telefónica.

Fonte: https://docplayer.com.br/docs-images/65/54111515/images/2-0.jpg

1.1.3 Rede de Transmissão

A rede de transmissão é o meio pelo qual o sinal é transmitido, ou seja, é um suporte físico
(fio, fibra ótica) ou não físico (ar) que permite a propagação da informação (como
apresentado na figura 1).

Rede Telefonia fixa 2020

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1.1.4 Infraestrutura para Sistemas de Telecomunicações

As Infraestrutura para Sistemas de Telecomunicações são sistemas secundários que fornecem
apoio aos equipamentos de comutação e transmissão por exemplo, torres de transmissão,
aterramento, refrigeração e energia, etc.

1.2 Organização hierárquica de uma rede telefônica fixa

Os sistemas telefônicos fixos estão organizados hierarquicamente da seguinte maneira:

Figura 4: Representação da organização hierárquica de telefonia fixa.

Fonte: Sistemas de Telefonia - Comutação Digital

Em que:

 Central Local é onde estão conectados os assinantes de uma rede telefónica em uma
área geográfica;
 Circuito troncos é uma conexão estabelecida entre duas centrais locais para permitir
que assinantes ligados a uma Central Local falem com os assinantes ligados a outra
Central Local;
 Centrais tendem é um central que estabelece a conexão entre uma ou varias centrais
locais. Estas centrais são geralmente necessárias em regiões metropolitanas que
necessite a conexão de uma central a outras centrais locais, para optimizar o
encaminhamento do tráfego.
Rede Telefonia fixa 2020

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 Central trânsito é uma central de comutação intermediária que estabelece a conexão

entre centrais telefónicas locais com centrais telefónicas locais de outras cidades,
províncias ou países.

Assim uma central de trânsito conforme sua área de abrangência pode ser:

• Central trânsito internacional – Realiza o encaminhamento de chamadas

internacionais;
• Central trânsito classe I – Central trânsito interurbana que se interliga com,
pelo menos, uma central de trânsito internacional por meio de rota final.
• Central trânsito classe II – Central trânsito interurbana que se interliga com
uma central trânsito classe I por meio de rota final;
• Central trânsito classe III – Central trânsito interurbana que se interliga com
uma central trânsito classe II por meio de rota final;

Figura 5: Representação da hierarquia de centrais telefónicas.

Fonte: Sistemas de Telefonia - Comutação Digital

1.3. Estrutura da rede telefónica fixa

Os terminais dos assinantes são interligados a uma central telefónica por uma grande rede de
fios e cabos, composta por:

 Rede de longa distância – Centrais interurbanas e internacionais e respectivos

entroncamentos.
 Rede local – Centrais e entroncamentos em área urbana e enlace (rede) de assinantes
(constituído pelos terminais e linhas de assinantes).

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 Rede de assinante – Redes de alimentação (primária) e de distribuição (secundária).

Com estrutura complexa e de grande capilaridade, a rede telefónica evoluiu do serviço

telefónico básico para um sistema capaz de fornecer serviços de transmissão de dados,
telefonia, telex, comunicação móvel, acesso à internet e transmissão de vídeo.

Bibliografia

[1] CARVALHO, Álvaro Gomes de & BADINHAN, Luiz Fernando da Costa. Eletrônica vol.
5 –telecomunicações. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011.

[2] Introdução a Rede de Telefonia Fixa. Disponível em <

https://voiperedes.wordpress.com/2015/04/25/introducao-a-rede-de-telefonia-fixa/ > acessado
em 10/09/2020

[3] Sistemas de Telefonia - Comutação Digital. Disponível em <

https://www.slideshare.net/ricnicpontounipac/30-abr16-sistema-telefonia-fixa > acessado em
10/09/2020

[4] Telefonia Fixa: O que é. Disponível em <

https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialstfc/pagina_1.asp > acessado em 10/09/2020

Rede Telefonia fixa 2020

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