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1.4.2- Cliente-Servidor
Nesse tipo de rede de computadores, os nós podem ser servidores ou clientes. Os nós
do servidor fornecem recursos como memória, capacidade de processamento ou dados
aos nós clientes. Os nós do servidor também podem gerenciar o comportamento do nó
cliente. Os clientes podem se comunicar uns com os outros, mas não compartilham
recursos. Alguns dispositivos de computador em redes empresariais armazenam dados
e definições de configuração. Esses dispositivos são os servidores na rede. Os clientes
podem acessar esses dados fazendo uma solicitação à máquina do servidor.
É importante mencionar que grande parte dos serviços da Internet obedece à arquitetura
cliente-servidor. O servidor da web disponibiliza para o cliente os sites, que o cliente
acessa através de seu navegador. Dessa forma, o servidor hospeda os dados que o
cliente solicita através do navegador instalado em seu computador.
Quanto à área de abrangência, as redes de computadores podem ser classificadas em:
Redes PAN (Personal Area Network);
Redes LAN (Local Area Network);
Redes MAN (Metropolitan Area Network);
Redes WAN (Wide Area Network).
Com o advento das novas tecnologias de redes wireless (sem fio), novas classificações
foram adotadas. São elas:
Redes WPAN (Wireless PAN);
Redes WLAN (Wireless LAN);
Redes WMAN (Wireless MAN);
Redes WWAN (Wireless WAN).
1.5.2- Topologia física: é o layout, forma como os cabos se conectam fisicamente aos
switches e aos micros; é a distribuição das estações de trabalho.
As topologias físicas podem ser divididas em: estrela, anel, barramento e malha.
1.5.2.1- Topologia Estrela: a topologia em estrela utiliza um periférico concentrador,
normalmente um hub ou switch, interligando todas as máquinas da rede. Os sinais são
transmitidos ao hub ou switch, que os retransmite aos computadores interligados
através dos meios de transmissão.
1.5.2.2- Barramento: Segundo Silva Júnior (2009, p. 4), “nesse tipo de topologia todos
os micros são ligados fisicamente a um mesmo cabo, com isso, nenhum computador
pode usá-lo enquanto uma comunicação está sendo efetuada”. Possui boa
confiabilidade, uma vez que não existe uma estação intermediária para a comunicação.
A falha de um computador não afeta a rede.
Numa transmissão óptica, três componentes são fundamentais: uma fonte de luz, o meio
de transmissão e um detector. A fonte de luz (ou fototransmissor) recebe sinais elétricos
e os converte em luminosos. O meio de transmissão é uma fibra ultrafina de vidro (com
menor espessura que um fio de cabelo) que consegue carregar o sinal luminoso. O
detector faz o processo inverso em comparação a fonte de luz: recebe sinais luminosos
e os converte em sinais elétricos.
EXEMPLO: Para entender melhor esse fenômeno, digamos que no seu quarto as luzes
sejam apagadas e você acende uma lanterna contra a parede a uma distância de 2
metros; a luz se espalha, formando um circulo com diâmetro muito maior do que sua
lanterna. Agora imagine que você tenha um tubo com espelhos por dentro e você o
coloque na frente da sua lanterna: a luz será refletida dentro do tubo, chegando à parede
um forte círculo luminoso e o seu quarto continuará escuro. O cabo de fibra óptica é
esse tubo espelhado. Dizemos que os cabos de fibras ópticas possuem o fenômeno de
reflexão interna total. Por transportar luz e não sofrer interferências eletromagnéticas,
esses cabos podem ligar duas redes locais distantes algumas dezenas de quilômetros,
com taxas na casa dos gigabits (1 Gbps ou mais).
a) Fibra óptica monomodo – com esse tipo de fibra não ocorre a dispersão modal,
ou seja, o feixe de luz se propaga em linha reta (único modo) sem ter que ser
refletido internamente. Isso garante que o sinal atinja distâncias maiores e com
maiores taxas de transmissão. Para conseguir isso, o núcleo da fibra precisa ser
ultrafino, cerca de 8 μm (8 micrômetros = 8 x 10-6 metros). Utiliza laser para
transmissão dos dados. Esse tipo de fibra é indicado para interligar campi de
universidades e redes locais que precisem ultrapassar 2 km de comprimento.
b) Fibra óptica multimodo (Figura 4.9 e 3.9) – é mais grossa (diâmetro maior) que a
fibra monomodo, assim, é possível transitar mais de um sinal através de laser e
Leds. A luz é refletida várias vezes na parede do cabo, ocorrendo o fenômeno de
dispersão modal, o que faz o sinal perder força. Devido a essa dispersão, este cabo
pode chegar ao máximo de 2 km. O núcleo deste cabo chega a 62,5 μm,
aproximadamente oito vezes mais grosso do que o núcleo da fibra monomodo.
Esses cabos são mais fáceis de instalar e ligar às placas de rede, justamente pelo
seu diâmetro maior.
Fibra multimodo de índice degrau – foi um dos primeiros tipos de fibra a surgir.
O termo degrau designa e existência de apenas um índice de refração entre o
núcleo e a casca. Como sofre maior atenuação por km (cerca de 5 dB/km), ela
atinge menores distâncias do que as fibras ópticas de índice gradual.
Fibra multimodo de índice gradual – nesta, o índice de refração diminui
gradativamente e de forma contínua, ao invés da mudança brusca do núcleo para a
casca. Na verdade, esse tipo de fibra é fabricado com “várias cascas”, cada uma com
um índice de refração diferente, sendo a mais externa a que tem o índice menor. A
Figura 4.11 mostra uma transmissão do tipo gradual.
Vantagens:
Dimensões reduzidas;
Capacidade para transportar grandes quantidades de informação;
Imunidade às interferências eletromagnéticas;
Matéria-prima muito abundante (vidro, produzido da sílica, especificamente do quartzo);
Segurança no sinal.
Desvantagens:
Custo elevado para implementação, devido ao alto valor da fusão dos cabos e da
aquisição dos dispositivos de comunicação (conectores, placas de rede e switches);
Fragilidade, pois não permite dobras acentuadas;
Dificuldade de conexões e conectorização das fibras ópticas. Atualmente é mais
aconselhável comprar os pigtails (cabos já conectorizados a pedaços de um ou dois
metros de fibra ótica que necessitam apenas da fusão com o
cabeamento óptico);
Falta de padronização dos componentes ópticos;
Não podem sofrer dobras acentuadas.
No meio não guiado, o sinal propaga-se na atmosfera, como é o caso das redes sem fio
e transmissões via rádio e via satélite.
Rádio
De acordo com Tanenbaum e Wetherall (2013), as ondas de rádio são fáceis de gerar,
podem percorrer longas distâncias e penetrar facilmente nos prédios; portanto, são
amplamente utilizadas para a comunicação, seja em ambientes fechados, seja em
ambientes abertos. As ondas de rádio também são omnidirecionais, o que significa que
elas viajam em todas as direções a partir da origem; desse modo, o transmissor e o
receptor não precisam estar fisicamente alinhados.
Micro-ondas
De acordo com Tanenbaum e Wetherall (2013), acima de 100 MHz, as ondas trafegam
praticamente em linha reta e, portanto, podem ser concentradas em uma faixa estreita.
Essa concentração oferece uma relação sinal/ruído muito alta, o que requer que as
antenas de transmissão e recepção estejam alinhadas com o máximo de precisão, o
que permite o alinhamento de vários transmissores em uma única fileira, fazendo com
que se comuniquem com vários receptores também alinhados sem que haja
interferência, desde que sejam observadas algumas regras mínimas de espaçamento.
Ao contrário das ondas de rádio, as micro-ondas não transitam bem dentro de edifícios.
São placas de circuito impresso com velocidades de 10, 100 e 1000 Mbps, que são
conectadas aos computadores, desktop ou portáteis (notebooks, tablets, smartphones),
e interligam fisicamente através de cabos com conectores ou sinal de micro-ondas de
rádio, as redes de computadores.
Com a presença cada vez maior das redes wireless, faz-se necessário conhecer os
principais adaptadores que podem ser utilizados para este fim. Os adaptadores podem
funcionar com um ou mais padrões apresentados.
Ao adquirir uma placa de rede, algumas considerações devem ser analisadas, tais
como:
• Esta placa será utilizada para rede cabeada? Rede wireless? Para cada tipo de rede
necessita-se de um determinado tipo de placa.
• Tipo de barramento: Qual o barramento que esta placa utiliza? PCI, PCI-Express?
Outro?
• Qual o tipo de conector necessário para esta placa? RJ, LC, ST?
• Qual a taxa de transmissão da rede (dados os equipamentos que a mesma
possui)? 10 Mbps, 100 Mbps, 1 Gbps, 10 Gbps?
Um hub pode ter 4, 8, 16, 24, 36, 48 portas ou mais, dependendo do modelo e fabricante.
O hub está localizado na camada física do modelo OSI, assim como o repetidor de sinal,
dessa forma, muitas vezes denominado de repetidor multiportas.
Um switch pode ter diversas portas (8, 24, 48, etc.) assim como um hub. Definido como
um elemento ativo de rede, trabalha na camada 2 (enlace) do modelo OSI.
1.6.5.3- Gateway
Um gateway de rede é um dispositivo que permite a comunicação entre redes. De um
modo genérico podemos classificar os gateways em dois tipos: os gateways
conversores de meio e os tradutores de protocolos. Os gateways conversores de meio
são os mais simples. Como funções básicas estão: receber um pacote do nível inferior,
tratá-lo (ler cabeçalho, descobrir roteamento, construir um novo pacote inter-redes) e
enviá-lo ao destino.
De forma geral, um gateway pode ser visto como um dispositivo complexo para conexão
de redes que combina diferentes funções de pontes, roteadores e repetidores,
possibilitando desta forma a interligação de redes distintas.
Uma bridge trabalha nas camadas 1 e 2 (física e enlace) do modelo de referência OSI
(PINHEIRO, 2005).
1.6.5.5- Transceiver
A função básica de um transceiver é transformar sinais ópticos (recebidos pelo cabo)
em sinais elétricos (enviados ao switch) e vice-versa. Geralmente um transceiver tem
um preço elevado se comparado com outros dispositivos de rede, porém é a solução
dos problemas em muitos casos.
Outra característica importante a ser frisada é que switchs gigabit, incorporam (em sua
grande maioria) duas, quatro ou mais portas para transceivers, o que faz do switch
(quando necessário) uma utilização como bridge, unindo segmentos de par trançado e
fibra óptica, formando uma única rede (MORIMOTO, 2008a).
Atividades de aprendizagem
1. Para que serve e qual a função de uma placa de rede? Quais são os tipos mais usuais
encontrados no mercado?
2. Qual a diferença entre um hub e um switch? Ainda, é possível interligar redes locais
com estes equipamentos? Explique.
3. Qual a diferença entre um gateway e um roteador?
4. O que é roteamento? Quais as diferenças entre roteamento estático e dinâmico?
5. O que faz um repetidor de sinal e como funciona?
Redes locais na prática
Objetivos
Aprender a crimpar um cabo de rede do tipo par trançado utilizando os padrões
estudados em aulas anteriores.
Conhecer os equipamentos básicos necessários para montar uma rede local de
computadores.
Configurar e testar o funcionamento de uma rede local básica.
Considerações iniciais
Nessa aula iremos aprender de maneira prática, através de dois estudos de caso, como
devemos preparar os cabos metálicos e posteriormente como montamos, configuramos
e testamos uma rede local de computadores.
b) Em cada uma das duas pontas do cabo, retire cerca de dois centímetros da capa
externa de isolamento do cabo. Para essa tarefa use o compartimento adequado no
alicate de crimpar, pressionando levemente contra o cabo e girando. Tome muito
cuidado para não cortar os fios internos do cabo. Se acontecer de cortar alguns dos fios,
descarte a parte danificada e repita este passo;
c) Desenrole totalmente os oito fios (quatro pares) nas pontas desencapadas do cabo.
Deixe os fios totalmente lisos para facilitar a inserção no conector. Escolha a sequência
de cores desejada e organize os fios um do lado do outro conforme o esquema de cores.
Você poderá usar qualquer um esquema de cores, o T568A ou o T568B, porém, deverá
usar o mesmo esquema nas duas pontas do cabo, pois estamos construindo um cabo
direto. Caso desejássemos confeccionar um cabo do tipo crossover usaríamos um
esquema de cores diferente em cada ponta do cabo. Veja na Figura 7.1, a ordem das
cores dos fios, conforme o padrão T568A ou T568B.
d) Mantendo todos os fios nas suas posições corretas conforme o esquema escolhido,
segure firmemente os fios com os dedos. Usando o espaço correto (lâmina de corte) do
alicate de crimpar, com cuidado, corte a ponta de todos os fios de uma única vez, na
distância de um centímetro da posição onde foi desencapado o cabo. Os fios cortados
devem ficar todos alinhados após o corte para facilitar a colocação no conector.
e) Segure firme com os dedos os fios alinhados e insira-os cuidadosamente no conector.
Todos os fios devem chegar até a porção final do conector, nas suas posições corretas.
Se algum dos fios não for inserido corretamente no conector, repita os passos
anteriores. Veja o alinhamento correto dos fios na Figura 7.2.