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Tipos de rede de computadores

Terminologia corrente

André Moreira (andre@dei.isep.ipp.pt)

Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Informática do ISEP

Introdução

A classificação de redes em categorias pode ser realizada segundo diversos critérios, alguns
dos mais comuns são:

Dimensão ou área geográfica ocupada

Redes Pessoais / Redes Locais / Redes Metropolitanas / Redes de área alargada / …

Capacidade de transferência de informação

Redes de baixo débito / Redes de médio débito / Redes de alto débito / …

Topologia (“a forma da rede”)

Redes em estrela / Redes em “bus” / Redes em anel / …

Meio físicos de suporte ao envio de dados

Redes de cobre / Redes de fibra óptica / Redes rádio / Redes por satélite / …

Ambiente em que se inserem

Redes de industriais / Redes de coorporativas / …

Método de transferência dos dados

Redes de “broadcast” / Redes de comutação de pacotes / Redes de comutação de circuitos /


Redes ponto-a-ponto / …

Tecnologia de transmissão

Redes “ethernet” / Redes “token-ring” / Redes FDDI / Redes ATM / Redes ISDN / …

Como todas as classificações, tâm um valor relativo, por exemplo o significado de “alto débito”
varia com a evolução da “tecnologia corrente”. Por outro lado ao diferentes critérios de
classificação geram sobreposições entre si.

Neste documento abordandam-se algumas designações mais comuns de tipos de rede sob a
forma de glossário.

Rede de área alargada (WAN)


A redes de área alargada (“Wide Area Network”) têm a dimensão correspondente a países,
continentes ou vários continentes. São na realidade constituidas por multiplas redes
interligadas, por exemplo LANs e MANs. O exemplo mais divulgado é a “internet”. Dada a sua
dimensão e uma vez que englobam LANs e WANs, as tecnologias usadas para a transmissão
dos dados são as mais diversas, contudo para que as trocas de informação se processem é
necessário um elo comum assente sobre essa tecnologia heterogénea. Esse elo comum é o
protocolo de rede.

A interligação (“internetworking”) de redes de diferentes tecnologias é assegurada por


dispositivos conhecidos por “routers” (encaminhadores). Um “router” possui tipicamente
ligação física a duas ou mais redes, recebendo dados de uma rede para os colocar na outra
rede. Uma exemplo tipico é a ligação de uma rede “Ethernet” a uma rede ponto-a-ponto.

Por exemplo quanto um particular estabelece uma ligação telefónica com um fornecedor de
serviços internet (ISP), podemos considerar que a parte da rede telefónica que está a ser usada
passa a fazer parte da WAN que é a “internet”.

Rede local (LAN)

Uma “Local Area Network” caracteriza-se por ocupar uma área limitada, no máximo um
edificio, ou alguns edificios próximos, muitas vezes limitam-se a apenas um piso de um edificio,
um conjunto de salas, ou até uma única sala. São redes de débito medio ou alto (desde 10
Mbps até 1 Gbps, sendo actualmente o valor de 100 Mbps o mais comum). A tecnologia mais
divulgada é o “ethernet”, ainda em “broadcast”, ou usando já “comutação”. Existe um
conjunto de serviços e protocolos que são caracteristicos das redes locais e que fazem parte da
definição de rede coorporativa.

Rede local sem fios(WLAN)

Recentemente tem crescido a utilização de redes locais sem fios, conhecidas com WLAN
(“Wireless Local Area Network”). Além de serem adequadas a situações em que é necessário
mobilidade (ex.: posto montado num veiculo que circula num armazem, ou portátil que circula
nas mãos de um operador de “hipermercado”), são flexiveis e da fácil instalação. Embora os
equipamentos sejam mais caros do que para uma LAN tradicional e redução significativa dos
custos de instalação é muitas vezes compensatória.

Rede metropolitana (MAN)


Uma “Metropolitan Area Network” é basicamente uma WAN, cuja dimensão é reduzida,
geralmente também assegura a interligação de redes locais. A área abrangida corresponde no
máximo a uma cidade. São usadas por exemplo para interligar vários edificos afins dispersos
numa cidade.

A tecnologia empregue pode incluir redes ponto-a-ponto ou usar meios que permitem um
débito mais elevado como FDDI, ATM, DQDB (“Distributed Queue Dual Bus”) ou até mesmo
Gigabit Ehernet. Uma vez que as redes de área metropolitana (tal como as WAN) envolvem a
utilização de espaços públicos, apenas podem ser instaladas por empresas licenciadas pelo
estado, sendo a tecnologia de eleição o ATM. Os únicos casos em que é possível realizar
interligações através de espaços públicos é usando micro-ondas rádio ou laser, mesmos nestes
casos existem restrições quanto a potência de emissão.

Um exemplo de MAN actual e bastante conhecido entre o público geral é a “net-cabo”.

Rede Pessoal (PAN)

O conceito de rede pessoal “Personal Area Network” está não só relacionado com a sua
reduzida dimensão, mas com também com o facto de utilizar comunicação sem fios. O alcance
limita-se a algumas dezenas de metros. Os débitos são relativamente baixos, na casa de 1
Mbps.

Rede local virtual (VLAN)

As redes locais virtuais “Virtual Local Area Network” são definidas sobre redes locais que estão
equipadas com dispositivos apropriados (dispositivos que suportam VLANs). Trata-se de definir
até que zonas da LAN se propagam as emissões em “broadcast” que tem origem noutra zona.
Como muitos serviços de rede local, como por exemplo os da “MicroSoft” e da “Novell” são
detectados com recurso ao “broadcast”, ao definir zonas às quais este tráfego não chega pode-
se criar zonas distintas dentro de uma LAN que não são visiveis entre sí. Note-se que apenas se
torna as zonas não visiveis entre sí, as VLAN não proporcionam qualquer segurança.

Rede “Ethernet”

As redes ethernet dominam claramente as redes locais, e têm alguma expressão nas redes
metropolitanas. Ainda existem redes “Ethernet” a 10 Mbps, actualmente o taxa de
transmissão mais divulgada é de 100 Mbps (Fast Ethernet) e especialmente em redes
metropolitanas e redes de armazenamento utiliza-se 1 Gbps (Gigabit Ethernet).
Embora actualmente as redes ethernet ainda utilizem “broadcast”, a comutação é cada vez
mais generalizada, entre outras limitações a utilização de “broadcast” limita fortemente o
tamanho de uma rede “ethernet”, por exemplo a 100 Mbps o comprimento máximo é de 210
metros. Na realidade as o Gigabit Ethernet apenas funciona em modo de comutação. Os meios
físicos de transmissão mais usados são o cobre e a fibra óptica.

MAIS INFORMAÇÃO

Rede Industrial

Estas redes utilizam técnicas próprias, neste ambiente um dos aspectos mais importante é a
imunidade a interferências. São usadas em ambientes fabris, por exemplo para controle e
automação. O protocolo MAP (“Manufacturing Automation Protocol”) é usado neste tipo de
redes para ambiente fabril e recorriam à técnica “token-passing” em barramento, actualmente
esta tecnologia foi abandonada.

Rede de armazenamento (SAN)

As redes de armazenamento (“Storage Area Network”) são usadas para ligações de muito
curta distância (dentro de uma sala) entre servidores e dispositivos de armazenamento de
massa. São redes de muito alto débito que recorrem a tecnologias distintas, como por exemplo
“fiber-channel”, ou mesmo barramentos SCSI.

Rede de cobre

Esta designação usa-se para as redes que utilizam fios condutores eléctricos para transmitir os
dados sob a forma de sinais eléctricos. São ainda bastante comuns, mas devido a gerarem
perturbações electromagnéticas e serem muito afectadas por ruídos externos, cedem cada vez
mais o lugar a redes de fibra óptica.

Existem vários tipos de cabos de cobre usados para a transmissão de dados, com ou sem
blindagem. Por exemplo as redes ethernet mais antigas usavam cabos coaxiais (10base2 e
10base5) posteriormente passaram a poder usar cabos tipo telefónico contendo 4 condutores
(dois pares).
Rede de fibra óptica

Trata-se de redes que utilizam sinais luminosos para transmitir a informação através de fibras
condutoras de luz. Comparativamente como as redes de cobre permitem uma capacidade
(quantidade de dados por unidade de tempo) largamente superior, actualmente os limites são
definidos pelas limitações dos dispositivos emissores e receptores.

A tecnologia mais corrente são as fibras multimodo que produzem um efeito conhecido por
“dispesão modal” que limita a sua capacidade. As fibras monomodo são extremamente finas (3
a 10 micrometros, contra os cerca de 50 das fibras multimodo), devido à sua espessura são
dificeis de manusear, mas permitem atingir distâncias até 70 Km com capacidades na ordem
dos gigabits por segundo, em monomodo é vulgar a utilização de luz laser o que torna o
manuseamento ainda mais difícil.

Além das redes que utilizam a luz através de fibras, também se podem usar ligações sem fios
com luz, é o caso dos infravermelhos (alcance muito reduzido) e especialmente da luz laser.

Rede privada virtual (VPN)

As redes privadas virtuais (“Virtual Private Network”) utilizam uma rede pública, por exemplo a
“internet” para estabelecer uma ligação de dados entre dois pontos, estes dados têm a
particularidade de serem codificados (cifrados) de tal forma que apenas os dois intervenientes
os conseguem compreender.

Os dois pontos da ligação passam a funcionar como encaminhadores (“routers”) para as


respectivas redes. Esta técnica pode ser usada para interligar redes distantes pertencentes a
uma mesma organização, com baixa qualidade, mas com grandes vantagens economicas.

5 Classificação quanto á topologia

O termo topologia refere-se a forma como os computadores de uma rede estão


conectados: Assim temos:

Topologia totalmente conectada:Cada computador possui uma conexão individual para cada
outro computador.

Topologia em anel:Cada computador possui dois cabos, um conectado ao computador anterior


da rede e outro conectado ao próximo computador da rede.

Topologia linear: Nela, há um elemento central ao qual todos os computadores são


conectados.

Topologia em estrela: Os computadores são conectados a um periférico concentrador,


facilitando a manutenção.
Topologia sem fio:Permite computadores se conectarem á rede sem a necessidade de uso de
cabos.

Topologia híbrida:Redes que usam mais de uma topologia descrita.

Topologias de rede: o que são e quais os tipos?

Por

Cairo Noleto

27/06/2020 ∙ Atualizado em 27/04/2022

Organização, performance e usabilidade. Essas são as principais qualidades quando pensamos


no desafio de implementar uma rede de computadores, que precisa ser confiável e funcional.
Para ajudar você com essa tarefa, elaboramos esteguia especial sobre as topologias de rede!

Esse é um conceito superimportante para quem deseja estruturar uma rede estável. Afinal de
contas, existem sete tipos diferentes e cada um deles apresenta vantagens e desvantagens
para a sua implementação. Por isso, aproveite para seguir aprendendo e veja o que descobrirá
nesta leitura:

O que é a topologia de rede?

Quais os diferentes tipos de topologias de rede?

O que é topologia de rede?

De maneira bem resumida, topologia é o termo usado para definir a forma como você
estrutura a sua rede de computadores. Por exemplo, digamos que você acabou de fundar uma
software house e deseja conectar todas as máquinas em uma única rede, agilizando a
comunicação, a segurança e o compartilhamento dos arquivos.

A topologia é a disposição das máquinas entre elas mesmas, os hubs e os switches — ou seja, a
forma como todos esses elementos se conectam. Esse é um conceito muito bacana porque,
eventualmente, as pessoas não costumam levar esse detalhe em consideração.

A realidade é que a forma como você organiza as suas máquinas em uma rede interfere não
apenas na qualidade da sua conexão, mas também, na estabilidade. Sendo assim, essa é uma
área da TI que recebe bastante atenção, sobretudo das pessoas que são especialistas nesse
formato de infraestrutura.

Foi com isso em mente que elaboramos este guia especial para que você possa compreender o
tema, demonstrando os sete principais tipos de topologia. O nosso objetivo é exibir os prós e
contras de cada uma dessas estratégias, entendendo quando e porque você deve colocá-las
em prática.

Mas antes de avançarmos no conteúdo, é importante fazer uma distinção sobre dois conceitos
de topologia: a física e a lógica. Veja!

Física
Nada mais, nada menos do que a forma física com que os cabos e dispositivos são conectados.
É dessa topologia que falaremos, explicando todas as estratégias de organização, cabeamento
e disposição das máquinas.

Lógica

Já a lógica examina e organiza a forma como a rede desempenha seu trabalho. Isso quer dizer
que os ajustes dependem de uma interface, como softwares, recursos de nuvem, roteadores, e
por aí adiante. O objetivo dessa topologia é encontrar a melhor forma de conectar os nodes da
rede, estimulando um tráfego ainda mais eficiente.

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Quais os diferentes tipos de topologias de rede?

Anel, Árvore, Barramento, Estrela, Híbrida, Malha e Ponto a Ponto. Como pode notar, todas as
técnicas apresentam um nome bem ilustrativo, pois fazem uma alusão visual à forma como
você está organizando a sua rede. Outro detalhe que você notará é que não existe a estratégia
perfeita.

Algumas delas são mais estáveis e mais caras. Já outras são mais acessíveis e vulneráveis. Isso
acontece porque a topologia escolhida impacta diretamente o custo da estrutura,
representado na compra de cabos, hubs e switches para comportar o layout desejado.

Além disso, você deve considerar o índice de reparabilidade. Optar por uma topologia
complexa pode até ajudar, caso a implementação seja bem planejada. No entanto, quanto
maior a complexidade, maior a dificuldade de manutenção por outra pessoa que não estava
envolvida durante a organização inicial.

Anel

A topologia Anel recebe esse nome por conectar os dispositivos em um mesmo círculo.
Tecnicamente, isso significa que todos os dispositivos contam com pelo menos duas “vizinhas”,
pelas quais os dados podem passar.

Mas nesse cenário, o fluxo de dados é unidirecional. Imagine a seguinte disposição:

PC 1 > PC 2 > Servidor > PC 3 > Impressora > PC 4 > PC1

Percebe? A topologia Anel nada mais é do que um ciclo de dispositivos conectados, em que os
dados são repassados por cada node até alcançar seu destino. Agora, saiba os prós e contras
dessa estratégia!

Vantagens

Um dos grandes benefícios da topologia Anel é que ela é bem eficiente na transmissão de
dados sem erros. Isso acontece porque apenas uma estação da rede consegue enviar dados
por vez, o que diminui a chance de ocorrer uma colisão entre pacotes.
Em grandes redes, a topologia Anel pode utilizar repetidores de sinal, aumentando a
confiabilidade da transmissão e evitando a perda de dados. Além disso, o desempenho da rede
não é prejudicado pelo aumento do volume de pessoas usuárias.

Desvantagens

Apesar de suas vantagens, a disposição em círculo apresenta uma grande vulnerabilidade: a


falha de um dispositivo pode prejudicar a estabilidade de toda a rede. Nesse sentido, mesmo
que você monitore a condição dos nodes, uma falha ainda pode acontecer em um deles,
derrubando a conexão.

Além disso, a topologia Anel não é tão recomendada para operações em crescimento. Afinal
de contas, todos os dispositivos estão conectados e consumindo uma mesma banda. Sendo
assim, a cada dispositivo adicionado, a rede aumenta o seu delay, justamente pelo maior
número de estações pelo quais os dados precisarão passar.

Árvore

Já a topologia Árvore recebe esse nome por lembrar os galhos de uma árvore, ou seja, existe
uma hierarquia na disposição dos nodes. Diferentemente do padrão circular da topologia Anel,
a organização em Árvore exige um node central do qual partirão os pacotes, que serão
redistribuídos entre os dispositivos:

Hub Central > Hub Secundário 1 > PC 1 e PC 2

Hub Central > Hub Secundário 2 > PC 3 e PC 4

Vantagens

O grande trunfo da topologia Árvore é eliminar a vulnerabilidade da topologia Anel, em que


uma falha em qualquer um dos dispositivos da rede poderia colocar tudo abaixo. Além disso,
esse padrão facilita a identificação de erros, uma vez que cada branch da rede pode ser
diagnosticado individualmente.

Por fim, a topologia Árvore também oferece um layout muito mais simples e prático para
operações em crescimento. O acréscimo de novos dispositivos não causa retardo na conexão,
uma vez que os pacotes de dados viajam segmentados a partir do hub central para os
secundários e os seus destinos.

Desvantagens

A esse ponto, é bem possível que você já tenha identificado o calcanhar de Aquiles na
topologia Árvore. Exatamente, o Hub Central! Nesse padrão, toda a rede depende de um único
ponto de origem, o nó raiz. Isso significa que, se esse Hub sofrer com uma falha, todos os
dispositivos conectados a ele (Hubs Secundários) cairão também.

Além disso, a Árvore é uma organização mais cara. Ela oferece maior estabilidade que a Anel,
mas isso é contrabalanceado na dificuldade e nos custos de implementação e manutenção.
Afinal, esse layout exige uma quantidade considerável de cabos para que tudo fique perfeito.

Barramento

Já aqui, temos um dos padrões mais simples e práticos de todos. O nome em português não é
tão intuitivo quanto suas alternativas no idioma inglês, pelo que se referem como bus, line ou
backbone topology. Nesse padrão, os dados fluem unidirecionalmente por um único cabo.
Cabo Central > PC 1 > Cabo Central > PC 2 > Cabo Central > PC 3 > Cabo Central

Vantagens

Sem sombra de dúvidas, é uma das estratégias mais econômicas e versáteis de todas. O custo
de implementação é baixo, assim como a complexidade de organização. Além disso, é uma
topologia com manutenção simplificada, permitindo acrescentar novos dispositivos sem
grandes planejamentos.

Desvantagens

Mas como sempre, a simplicidade cobra seu preço. Por ser uma rede em que o fluxo de dados
é unidirecional e, assim como a Anel, é um pouco mais complicado diagnosticar e isolar os
problemas na rede. Isso porque todos os dispositivos estão centralizados a um único fluxo.

Além disso, a topologia Barramento sofre com a mesma vulnerabilidade da dependência


exclusiva. Enquanto o layout Árvore pode cair com a falha no Hub Central, a Barramento pode
ser paralisada caso aconteça uma falha ou dano ao Cabo Central. Para finalizar, o aumento do
tráfego interfere diretamente na velocidade da rede.

Estrela

A topologia Estrela é mais uma estratégia que prioriza a simplicidade, abrindo mão de um
pouquinho da resiliência. O padrão recebe esse nome pelo layout da rede se organizar de uma
forma semelhante a uma estrela, em que braços partem de um ponto central.

PC 2

PC 1 > Hub Central < PC 3

PC 4

Vantagens

Essa é uma das estratégias mais convenientes do ponto de vista do gerenciamento da rede. A
conexão independente de cada node ao Hub Central facilita a identificação de problemas.
Além disso, a falha isolada de uma máquina não causa perturbação à rede, já que o fluxo de
dados é sempre exclusivo entre o Hub Central e seus respectivos nodes.

Desvantagens

Assim como a topologia Barramento, o padrão Estrela também sofre com a vulnerabilidade da
dependência exclusiva. Nesse caso, basta o Hub Central cair para que toda a rede perca a
conexão. A topologia Árvore também sofre com o mesmo problema, mas conta com um
diferencial.

Naquela estratégia, a falha no Hub Central só impacta os nodes imediatamente conectados a


si, como os Hubs Secundários. Isso significa que a comunicação entre os dispositivos
conectados abaixo dos Hubs Secundários continuará funcionando, apesar da queda do nó raiz.

Ponto a Ponto

Já aqui, temos o padrão mais simples de todos. O nome indica justamente a aparência desse
layout, em que os nodes se conectam entre si.
Então, pense em quando você decidia jogar uma partida em LAN com os seus amigos em casa,
ou ainda, conectando a televisão diretamente ao modem para amplificar a qualidade do sinal
da internet na interface da TV.

PC 1 > Cabo > PC 2

Ou

PC > Modem < PC 2

Ou

TV > Modem < PC

Vantagens

Por conta da simplicidade, as redes ponto a ponto são as alternativas mais populares quando
se pensa em instalações residenciais, ou em qualquer outra situação em que você precisa
estabelecer uma comunicação rápida entre dois dispositivos.

Desvantagens

Apesar da simplicidade, esses modelos não são recomendados para operações maiores e mais
robustas. Nesse cenário, a infraestrutura deve escolher entre as topologias anteriores ou a
uma variação da ponto a ponto, a topologia em Malha.

Malha

Reconhecido pela confiabilidade, o padrão em Malha incentiva a conexão de todos os


dispositivos entre si. O modelo é usado até mesmo em operações maiores, mas quanto maior
o número de dispositivos, maior a complexidade da instalação e o custo em si.

Vantagens

Confiabilidade e estabilidade. Como todos os dispositivos estão cabeados entre si, a falha
individual ou até mesmo coletiva de algumas máquinas não será o suficiente para derrubar a
conexão. Além disso, a topologia em Malha permite que os nodes sempre tenham a opção de
enviar os pacotes de dados pela rota mais eficiente.

Desvantagens

Cabear e conectar todos os dispositivos de uma rede entre si é uma tarefa que exige um nível
de planejamento considerável. Ainda que o diagnóstico de erros seja facilitado nesse padrão, a
implementação inicial é bastante custosa e complicada.

Híbrida

Por fim, vale lembrar da topologia Híbrida. Como sugere o nome, esse é o padrão que mistura
dois ou mais padrões de organização da rede. Por essa versatilidade, esse é o padrão mais
utilizado no mercado, justamente por se adaptar ao crescimento das operações, aproveitando
o que já está disponível.

Vantagens
Sem sombra de dúvidas, esse é o padrão mais flexível e adaptável de todos. A estrutura pode
se integrar a redes com topologia Estrela, Árvore e Barramento, evitando o custo necessário
para uma reestruturação completa.

Por essa razão, a topologia Híbrida é frequentemente utilizada em grandes empresas,


interligando departamentos, setores e escritórios, conforme eles são integrados na operação
da empresa.

Desvantagens

A complexidade é a principal desvantagem. Apesar de ser uma solução prática para integrar
topologias já existentes, a cada nova integração, mais densa se torna a rede, exigindo muita
atenção e experiência do especialista responsável pela organização da rede.

Como pôde ver, não existe uma topologia certa ou errada, mas aquela que mais se adapta a
sua necessidade. O mais importante é que antes de optar por uma dessas alternativas, você
entenda as demandas da sua implementação. Considere fatores como tipo e tamanho dos
cabos, orçamento, e escalabilidade.

Classificação das Redes baseada na Arquitetura

Esdras Nunes

08/11/2017

Redes de Computadores

Arquitetura de rede, rede de computadores, tipos de rede

Agora que você já sabe o que é e como se originou o conceito de redes de computadores,
podemos conhecer as suas subdivisões. Caso ainda não tenha lido o nosso artigo anterior
explicando o que é a rede de computadores, clique aqui.

Prosseguindo, as redes de computadores possuem classificações baseadas em suas


características em comum. Ao todo temos muitas classificações (mas muitas mesmo!). Por
isso, vamos apresentar aqui as mais comuns, ou seja, as mais relevantes. Vamos começar?

Começaremos explicando a classificação das redes pela sua arquitetura:

1. Arquitetura de Rede

Quando classificamos as redes pela arquitetura, nos referimos às camadas e aos protocolos
utilizados pela mesma. Para o desenvolvedor de uma tecnologia, seja hardware ou software, é
necessário que conheça a arquitetura para construir corretamente a comunicação de seu
projeto com a camada e o protocolo.

As redes podem ser, quando classificadas pela arquitetura:


1.1 Arcnet
1.2 Arcnet é um acrônimo do inglês Attached Resource Computer Network, ou Rede de
Recursos Anexados. É uma arquitetura utilizada nos anos 70 e é considerada a pioneira
das arquiteturas.

Em uma Arcnet, é possível transmitir dados a uma velocidade de 2,5 mbps (megabits por
segundo), o que é considerado muito baixo para os padrões atuais. Por outro lado, é uma
arquitetura bastante estável e, por utilizar velocidades muito baixas, é possível estabelecer
cabeamento coaxial de 600 metros ou cabos UTP de 120 metros, sem perdas consideráveis.

Mas não se preocupe, você não encontrará essa arquitetura nos dias de hoje, pois ela é
bastante obsoleta. Apesar disso, muitos dos conceitos utilizados na Arcnet foram aproveitados
nos padrões atuais de rede.

1.3 ATM
1.4 Vem do inglês Asynchronous Transfer Mode, ou Modo de Transferência Não
Sincronizado. Como o nome diz, é muito utilizado para envio de dados que não
necessitam de sincronia, mas que precisam de uma conexão de alta velocidade, como
dados de voz (VOIP), áudio ou vídeo. Por não ser necessário sincronia, acabam
ocorrendo muitas perdas, mas que não se tornam relevantes, tendo em vista o tipo de
informação transmitido.

1.3 FDDI

Vem do inglês Fiber Distributed Data Interface, que significa Interface de Distribuição de Dados
por Fibra e basicamente é a tecnologia transmitida por cabos de fibra óptica. É a tecnologia
mais rápida da atualidade.

1.5 X.25
1.6 É considerado o precursor do Frame Relay. As redes que se utilizam do protocolo X.25
operam com comutação (troca) de pacotes orientados a bits. A transmissão dos dados
ocorre entre um terminal cliente (DTE) e um equipamento de rede (DCE).

Aqui no Brasil, as redes X.25 eram utilizadas, principalmente, pelas companhias de telefonia.
Atualmente, essas companhias estão gradualmente migrando para outras tecnologias, como
Frame Relay e ADSL.

1.5 Frame Relay

Redes baseadas em Frame Relay possuem tecnologia de comunicação de dados com alta
velocidade. Essa tecnologia fornece um meio de transmissão de informações, através de uma
rede de dados, separando a informação em quadros ou pacotes.

Cada quadro carrega o endereço de destino que é lido pelos equipamentos de rede para que o
pacote siga corretamente o seu caminho.

Além disso, utiliza uma forma simplificada de chaveamento dos pacotes, apropriada para as
estações de trabalho e servidores de alto desempenho que operam com protocolos
inteligentes, como o SNA e o TCP/IP.

1.7 ISDN
1.8 É o acrônimo para Integrated Services Digital Network e signifca Rede Digital de
Serviços Integrados. É utilizado em centrais telefônicas digitais, com acesso à internet
e baseia-se na comutação dos pacotes através de multiplexagem por cabos de par
trançado.

Multiplexagem é uma técnica que combina dois ou mais canais de informação em um único
meio de transmissão utilizando um dispositivo chamado multiplexador.

1.7 DSL

Sigla em inglês para Digital Subscriber Line, que significa Linha de Assinador Digital. É uma
tecnologia de comunicação de dados que permite uma transmissão mais rápida através da
linha telefônica, com a ajuda de um modem (modulador – demodulador).

O formato mais conhecido dessa tecnologia é o ADSL (Asymmetric DSL), que é utilizado na
maioria das conexões de banda larga com a internet aqui no Brasil.

1.9 Ethernet
1.10 Cadastrado no IEEE com o número 802.3, é o padrão mais utilizado em redes
locais cabeadas. Sua tecnologia baseia-se no envio de pacotes por meio de cabos de
par trançado, ou seja, pela camada física. Seu nome faz referência ao éter luminífero,
meio no qual os físicos do século passado imaginavam que a luz viajasse.

1.9 Token Ring

Utilizam uma topologia lógica em anel. Semelhante à topologia 10BaseT, utiliza hubs
inteligentes com 8 portas em cada. Para que seja utilizada a topologia Token Ring, é necessário
que as placas de rede, hubs e até os conectores dos cabos sejam compatíveis com a
tecnologia.

E esse é só o começo…

Obviamente, explicamos de forma bastante resumida o que cada arquitetura significa.


Acreditamos que assim você consiga absorver a ideia principal de cada uma delas. Porém,
vamos nos aprofundar em todas futuramente. Portanto, fique ligado em nossas próximas
publicações relacionadas à Redes de Computadores

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