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FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES

Professor: Lázaro P. de Oliveira


Curso: Sistemas de Informação/Redes de Computadores
FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES
Parte 1
1- INTRODUÇÃO À REDE DE COMPUTADORES E HISTÓRICO DA INTERNET

1.2- CLASSIFICAÇÃO DAS REDES


Professor: Lázaro P. de Oliveira
Curso: Sistemas de Informação
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES
Componentes Fundamentais das Redes:
1) NÓS:
 São os Pontos de Conexão. seja um ponto de redistribuição ou um terminal de
comunicação.
 Um nó de rede física é um dispositivo eletrônico ativo que está ligado a uma rede, e é
capaz de enviar, receber ou transmitir informações através de um canal de
comunicação.

2) ENLACES:
 Representam as ligações físicas entre os nós da rede, podendo empregar os mais
diferentes meios de transmissão:
 Fibra ótica,
 Par trançado,
 Cabo coaxial,
 Transmissão em RF,
 Micro-ondas,
 Enlace satelital, etc.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES
... Componentes Fundamentais das Redes:
3) PROTOCOLOS:
 Conjunto padronizado de regras para formatação e processamento de dados.
 Os protocolos permitem que os computadores se comuniquem uns com os outros.
 Implementam as regras de comunicação nas redes que organizam e controlam o fluxo
de informação.
 Os protocolos automatizam a comunicação entre os nós e resolvem os problemas de
transmissão, erros, controles, gerência, serviços e políticas de uso.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES
Topologias – Nomes e Arranjos:
1) TOPOLOGIA EM BARRA:
 Também chamada de topologia de backbone, bus ou linha, orienta os dispositivos ao longo
de um único cabo que vai de uma extremidade da rede à outra.
 Todos os computadores estão ligados por vários cabos em vários barramentos físicos de
dados.
 Apesar de os dados não passarem por dentro de cada um dos nós, apenas uma máquina
pode “escrever” no barramento num dado momento. Todas as outras “escutam” e
recolhem para si os dados destinados a elas.
 Quando um computador estiver a transmitir um sinal, toda a rede fica ocupada e se outro
computador tentar enviar outro sinal ao mesmo tempo, ocorre uma colisão e é preciso
reiniciar a transmissão.
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CLASSIFICAÇÃO DAS REDES
... Topologias – Nomes e Arranjos:

2) TOPOLOGIA EM ESTRELA:
 Nesta topologia existe um dispositivo central,
Hub ou Switch (responsável pelo controle das
conexões), ao qual se ligam os vários
computadores da Rede, através de cabos
individuais.
 As mensagens emitidas por um computador são enviadas ao ponto central e dai são
transmitidas aos outros computadores da Rede.
 A inserção ou retirada de um computador da rede é realizado facilmente, pois basta
inserir ou retirar o cabo de ligação desse computador a um conector do dispositivo
central (Hub ou Switch).
 O Hub ou Switch têm um determinado número de portas, mas podem interligar-se
vários Hubs de forma a aumentar o número de computadores nessa rede.

Vantagens: Monitoramento centralizado, Facilidade de adicionar novas máquinas e Facilidade de


isolar falhas.
Desvantagens: Maior quantidade de cabos, máquina central deve ser potente, sujeito à
paralisação de rede caso a central tenha defeito
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CLASSIFICAÇÃO DAS REDES
... Topologias – Nomes e Arranjos:

3) TOPOLOGIA EM ANEL:
 Computadores ligados a um cabo, onde o último equipamento deverá se conectar ao
primeiro, formando assim um anel
 Vantagens: Pode atingir maiores distâncias, pois cada máquina repete e amplifica o
sinal.
 Desvantagens: Problemas difíceis de isolar e se uma máquina falhar, a rede pode parar.
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CLASSIFICAÇÃO DAS REDES
... Topologias – Nomes e Arranjos:

4) TOPOLOGIA EM ÁRVORE OU HIERÁRQUICA:


 É uma topologia baseada em uma estrutura hierárquica de várias redes e sub-redes. O
nível mais alto, está ligado a vários módulos do nível inferior da hierarquia.
 Estes módulos podem ser eles mesmos conectados a vários módulos do nível inferior em
um esquema semelhante ao desenho de uma árvore.
 Esta topologia facilita a manutenção do sistema e permite detectar avarias com mais
facilidade, em comparação às topologias em Barramento e Anel.
 É mais utilizada hoje em Redes Locais (LAN) e em Redes Metropolitanas.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

Classificação das redes quanto à Área de Cobertura


 As redes de computadores podem, também, ser classificadas quanto à região ou área
física em que são dispostas para prestarem serviços aos usuários.
 São classificadas sob diversas siglas: LAN, MAN, WAN, WLAN, WMAN, SAN e PAN.
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CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

... Classificação das redes quanto à Área de Cobertura


1) REDE LAN (Local Area Network – Rede Local:
 Se refere a redes de computadores restritas a um local físico definido como uma casa,
escritório ou empresa em um mesmo prédio.
 Uma rede sem fio de uma empresa também faz parte da LAN.
 O que realmente limita a rede LAN é uma faixa de IP restrita à mesma, com uma
máscara de rede comum.
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CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

... Classificação das redes quanto à Área de Cobertura


1) REDE MAN (Metropolitan Area Network – Rede de Área Metropolitana):
 Uma rede de área metropolitana (MAN) é uma rede de computadores que conecta
computadores dentro de uma área metropolitana, que pode ser uma única grande
cidade, várias cidades e vilas, ou qualquer área com vários edifícios.
 Uma MAN é maior que uma rede local (LAN) mas é menor que uma rede de longa
distância (WAN)
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

... Classificação das redes quanto à Área de Cobertura


3) REDE WAN (Wide Area Network):
 Rede que cobre uma área física maior, como o campus
de uma universidade, uma cidade, um estado ou
mesmo um país.
 WAN também é usado para se referir à rede da
internet em geral, apesar desta ser uma designação
genérica demais.
 As redes WAN se tornaram necessárias pois grandes
empresas com milhares de computadores precisavam
trafegar grande quantidade de informações entre filiais
em diferentes localidades geográficas. Este nova
demanda não podia ser satisfeita dentro das
capacidades de uma rede LAN e novos protocolos para
atender aos exigências de velocidade e qualidade das
redes WAN foram criados.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

... Classificação das redes quanto à Área de Cobertura


Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

... Classificação das redes quanto à Área de Cobertura


4) REDE WLAN (Wireless Local Area Network – Rede Local sem Fios):
 É uma rede local que usa ondas de rádio para transmissão de dados e para conexão à
Internet, sem necessidade de usar os tradicionais cabos para conectar dispositivos.
 A WLAN chega atingir cerca de 4 a 5 quilômetros de alcance.
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CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

... Classificação das redes quanto à Área de Cobertura


4) REDE WMAN (Wireless Metropolitan Area Network – Rede Metropolitana sem Fios):

 É uma rede de área metropolitana (MAN) sem fio.


 São projetadas justamente para interconectar sistemas de cidades próximas ou de
uma região metropolitana.
 Este tipo de rede é caracterizado por ter um alcance maior que as do tipo LANs.
 Além disso, apresentam uma boa relação custo/benefício pois oferecem uma relação
melhor que as redes WANs, por um custo semelhante ao das redes LANs.
 Alcance de, aproximadamente, 4 a 10 Km.
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CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

... Classificação das redes quanto à Área de Cobertura


4) REDE SAN (Storage Area Network – Rede de Área de Armazenamento):

 A SAN é uma rede de dispositivos de armazenamento que pode ser acessada por
vários servidores ou computadores ao oferecer um pool compartilhado de espaço de
armazenamento.
 Cada computador na rede pode acessar o armazenamento na SAN como se fossem
discos locais conectados diretamente ao computador.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

... Classificação das redes quanto à Área de Cobertura


4) REDE PAN (Personal Area Network – Rede de Área Pessoal):

 É a rede com maior limitação de alcance.


 Ela conecta apenas aparelhos que estão a uma distância curtíssima.
 Um exemplo desse tipo de rede é o Bluetooth
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CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

A S :
EA D Cabo de Fibra Ótica
A B
S C
D E
RE
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
transcoded/8/8a/Funcionamento_do_CSMA_CD.ogv/
Cabo de Par Trançado
Funcionamento_do_CSMA_CD.ogv.720p.vp9.webm

Cabo Coaxial
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

PROTOCOLO CSMA/CD

https://
upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/transcoded/8/8a/Funcionamento_d
o_CSMA_CD.ogv/Funcionamento_do_CSMA_CD.ogv.720p.vp9.webm
GERENCIAMENTO OPERACIONAL
Níveis de Satisfação do Cliente

RESPONDER QUESTÕES DO TEMA 1 – TÓPICO 2


FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES
Parte 1
1- INTRODUÇÃO À REDE DE COMPUTADORES E HISTÓRICO DA INTERNET

1.3-REDES SEM FIO


Professor: Lázaro P. de Oliveira
Curso: Sistemas de Informação
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
REDES SEM FIO
ALOHA Net:
 Embora as redes sem fio para transmissão de dados tenham se popularizado bastante
nas últimas décadas, o seu desenvolvimento data do início dos anos 1970.
 Pode-se afirmar que a primeira demonstração pública das redes sem fio em pacotes
(dados) ocorreu em junho de 1971, na Universidade do Havaí, conhecida como
ALOHAnet.
 O OBJETIVO da ALOHAnet era empregar equipamentos de rádio de baixo custo para as
transmissões que possibilitassem a conexão dos terminais dos usuários espalhados
pela universidade até um grande computador central de uso compartilhado.
 A CONTRIBUIÇÃO que o sistema trouxe foi tão importante que, mais tarde, diversos
protocolos de comunicação empregados em redes celulares, e até mesmo em redes
cabeadas, foram inspirados na ALOHAnet.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
REDES SEM FIO
... ALOHA Net:
 Veja, a seguir, a imagem em que os terminais remotos acessam a estação central através
de transmissões UHF (Ultra High Frequency) em meio aberto:

 A partir de então, o desenvolvimento das redes sem fio seguiu um ritmo constante, até
chegarmos à explosão de seu uso nos dias de hoje.
 Pode-se dizer que as tecnologias de redes sem fio foram responsáveis pela imensa
conectividade de usuários que observamos em todo o mundo, como também são um
veículo de participação e inclusão social.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
REDES SEM FIO
VANTAGENS DA REDE SEM FIO
 A simples possibilidade de se utilizar enlaces sem fio em vez de enlaces por cabo em
redes de computadores introduz diversas vantagens.
 O lançamento de cabos em áreas urbanas ou rurais, ou mesmo a instalação predial de
cabos, pode, por vezes, ser bastante complicado, custoso ou até mesmo proibido.
 No exemplo citado anteriormente da ALOHAnet, o terreno acidentado e a dispersão
dos terminais na universidade se tornaram claramente fatores motivadores para a
utilização de enlaces sem fio. Existem também outras situações em que a adoção dos
enlaces sem fio acaba se tornando a única opção disponível.

EXEMPLO:
 A instalação de uma rede em um prédio histórico tombado onde não é permitida
qualquer alteração, obra ou reforma;
 Dentro de um centro cirúrgico de um hospital;
 Instalação de redes temporárias, etc.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
REDES SEM FIO
... VANTAGENS DA REDE SEM FIO
 A mobilidade dos terminais também aparece como uma das grandes vantagens da
utilização de redes sem fio; assim, uma infinidade de diferentes cenários para a
utilização das redes de computadores se tornou possível, tais como: campos de batalha,
regiões afetadas por calamidades, operações de resgate, atividades esportivas, eventos,
shows, veículos autônomos não tripulados, redes de sensores.
 A facilidade de expansão da rede com a inclusão de novos dispositivos e a rapidez com
que esses dispositivos podem ser instalados e ganhar acesso à rede sem fio também
configuram grandes vantagens em relação às redes com cabos. Podemos adicionar a
isso a flexibilidade de o terminal poder alcançar locais onde o cabo não chega.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
REDES SEM FIO
DESVANTAGENS DA REDE SEM FIO
 A transmissão em espaço aberto traz preocupações imediatas com a segurança, visto
que os sinais podem ser mais facilmente capturados por algum terminal não
autorizado que esteja escutando o meio.
 A transmissão do sinal em espaço aberto também está sujeita a maior atenuação do
sinal e interferência de outras fontes, tendo em vista que não há a proteção e o
isolamento do meio guiado. Isso afeta diretamente as taxas de transmissão, o alcance e
a potência necessária nos transmissores.
 A propagação do sinal também sofre o que se chama de propagação multivias; como o
meio não é guiado, o sinal pode sofrer reflexões em obstáculos pelo caminho, o que
dificulta a detecção da informação por parte dos receptores.
 Até mesmo as condições climáticas (temperatura, pressão, umidade do ar) impõem
dificuldades nas transmissões.
 Em suma, a transmissão de sinais em meio aberto está sujeita a diferentes intemperes e
dificuldades que geralmente não afetam ou são mitigadas pelos meios guiados.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
REDES SEM FIO
REDES LOCAIS SEM FIO – WIFI (wireless local area network)
 As redes locais sem fio se tornaram atualmente uma das mais importantes tecnologias
de acesso à Internet.
 Está presente nos mais diversos locais de atividade das pessoas: em casa, no trabalho,
nos hotéis, nas universidades, escolas, nos restaurantes, cafés, aeroportos, estádios etc.
 A tecnologia dominante empregada em redes locais sem fio é a tecnologia WiFi,
identificada pelo padrão IEEE 802.11.
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
REDES SEM FIO
REDES MÓVEIS CELULARES
 Outra tecnologia de redes de comunicação
sem fio amplamente utilizada nos dias
atuais é a tecnologia de redes móveis
celulares.
 A cobertura que essas redes oferecem nas
grandes cidades, estradas e até mesmo em
zonas rurais é bastante ampla, o que
motivou a explosão do consumo e a
utilização de aparelhos celulares como
plataformas de acesso à Internet.
 As células representadas pelos hexágonos
cobrem determinada região geográfica na
qual o acesso à rede é oferecido. O conjunto
de células, então, garante a cobertura em
uma área maior: uma cidade, por exemplo. estrutura básica de uma rede móvel celular.

 Cada célula possui uma estação-base – BS (Base Station), que


desempenha um papel semelhante ao utilizado pelo padrão
IEEE 802.11 (tecnologia Wifi).
Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
REDES SEM FIO
CARACTERÍSTICAS DAS REDES MÓVEIS CELULARES:
HANDOFF
 Um dos objetivos das redes móveis celulares é oferecer mobilidade total aos usuários.
 Ao se movimentarem, os usuários podem trocar de célula de cobertura e, assim,
trocar também de acesso a outra BS (Base Station).
 Esse processo é conhecido como handoff, que é totalmente despercebido pelos
usuários e realizado automaticamente pela rede e pelos dispositivos móveis.

HandOff traduzido = Sem Interferência


Introdução à Rede de Computadores e Histórico da Internet
REDES SEM FIO
CARACTERÍSTICAS DAS REDES MÓVEIS CELULARES:

UPLINK E DOWNLINK
 A comunicação dos terminais até a BS (Base Station) é realizada pelo canal chamado
uplink (canal de subida que é compartilhado entre os terminais), e a comunicação da
BS até os terminais é realizada pelo downlink (canal de decida controlado unicamente
pela BS).
 Assim, no canal compartilhado uplink, são necessários também os protocolos de
múltiplo acesso para organizar a comunicação dos diversos terminais. Porém,
diferente das redes WiFi, aqui não se utiliza o protocolo CSMA/CA, e sim soluções de
compartilhamento estáticas baseadas, por exemplo, na técnica de múltiplo acesso por
divisão no tempo – TDMA (Time Division Multiple Access) ou divisão de frequência –
FDMA (Frequency Division Multiple Access).
 Essas soluções foram herdadas das redes de telefonia anteriores, e não das redes de
dados.
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RESPONDER QUESTÕES DO TEMA 1 – TÓPICO 3


FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES
Parte 3
2. Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP

2.1- Redes em Camadas


2.2- Modelo OSI
Professor: Lázaro P. de Oliveira
Curso: Sistemas de Informação
2.1- Redes em Camadas

Professor: Lázaro P. de Oliveira


Curso: Sistemas de Informação
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
O Navegador é a CAMADA DE APLICAÇÃO
Modelo em Camadas
 A internet é um conjunto de redes de computadores que permite a troca de informações
entre dispositivos computacionais. Para que essa troca seja realizada de forma eficiente,
devem ser estabelecidas regras de comunicação.
 Essas regras são os protocolos de rede, que devem garantir que a comunicação ocorra de
forma confiável, segura, eficaz, no momento certo e para a pessoa certa.
 De maneira intuitiva, percebemos que satisfazer a todos esses requisitos não é uma
tarefa fácil. São muitas regras que devem ser implementadas para garantir a efetividade
da comunicação, tornando o processo de troca de dados entre computadores uma tarefa
extremamente complexa.
 ElPor causa dessa complexidade, os engenheiros e projetistas de redes do passado
pensaram em formas de facilitar o desenvolvimento das regras nos dispositivos
computacionais.
 Eles utilizaram um princípio básico de resolução de diversos outros problemas: a técnica
de dividir para conquistar.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Modelo em Camadas

Na técnica dividir para conquistar, os


projetistas dividem o problema em
problemas menores e resolvem cada
um de forma isolada.
Se cada pequeno problema for resolvido,
o grande problema será resolvido.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Modelo em Camadas
 Para que essa divisão ocorresse de forma simplificada, os projetistas dividiram a
organização das redes de computadores em camadas, sendo cada camada
responsável por cuidar de determinada regra ou protocolo necessário ao processo de
comunicação.

 A quantidade de camadas utilizadas depende de


como as funcionalidades são divididas. Quanto
maior a divisão, maior o número de camadas que
serão empilhadas, numerando da mais baixa, camada
1, para a mais alta, camada n.

 As camadas se inter-relacionam da seguinte maneira: a camada superior utiliza os


serviços oferecidos por outra imediatamente inferior, portanto, a camada 3 utiliza os
serviços oferecidos pela camada 2.

 De forma contrária, podemos dizer que a camada inferior oferece serviços para outra
imediatamente superior, logo, a camada 2 oferece serviços para a camada 3.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Elementos da Camada

 As camadas são formadas por três elementos principais:


1) SERVIÇO  O que a Camada Faz
2) PROTOCOLO  Como a Camada Faz
3) INTERFACE  Ponto de Comunicação entre as camadas. Passa informações para
a Camada Vizinha
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Elementos da Camada
1) SERVIÇO:
 É o conjunto de funcionalidades que uma determinada camada oferece.
 Por exemplo, uma camada pode ser responsável pela verificação de erros na
transmissão, por determinar o endereço de um computador, entre outras
funcionalidades. O serviço diz O QUE A CAMADA FAZ e não como ela faz.

2) PROTOCOLO:
 Responsável por COMO A CAMADA FAZ. Assim, o protocolo é a implementação do
serviço da camada, ou seja, executa as regras para que os erros possam ser corrigidos
ou para que um computador possa ser identificado. "Um conjunto de camadas e
protocolos é a arquitetura de rede e o conjunto de protocolos utilizados por
determinado sistema é uma pilha de protocolos."

3) INTERFACE:
 Para que uma camada possa utilizar a camada imediatamente inferior, é necessário
que haja um ponto de comunicação entre ambas, chamado interface.
 Por meio dela, uma camada pode utilizar o serviço de outra, passando informações
para a camada vizinha.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Elementos da Camada

 Onde, exatamente, tudo isso é implementado no computador?


 O que está implementado são os protocolos e interfaces, que podem estar
desenvolvidos em um hardware, como uma placa de rede, ou em um software,
como no sistema operacional da máquina.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Comunicação Horizontal e Vertical

 Já vimos que uma camada utiliza os serviços de outra imediatamente inferior,


sucessivamente, até chegar à camada mais baixa. Como estão empilhadas,
podemos fazer analogia à COMUNICAÇÃO VERTICAL, uma vez que o dado
original, no topo do conjunto de camadas, desce até a camada 1, caracterizando
a verticalidade desse processo.

COMUNICAÇÃO VERTICAL
NA ORIGEM NO DESTINO

Na origem, o dado a ser transmitido No destino, o processo ocorrerá de


desce pelas camadas até o nível modo contrário, pois o dado sobe pelas
camadas até o nível mais alto da

x
mais baixo, a camada 1.
arquitetura.
Essa camada está conectada ao meio de
transmissão, por exemplo, uma fibra Podemos, assim, associar a
ótica, um cabo de rede metálico ou o ar, comunicação vertical aos serviços das
possíveis caminhos para o dado fluir até camadas.
o destino.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
COMUNICAÇÃO HORIZONTAL

 Conforme o dado passa por determinada camada, o hardware ou o software,


responsável por implementar o protocolo, irá preparar esse dado para que a regra
(para a qual ele foi projetado) possa ser executada.
 Se a camada 2 é responsável pela verificação de erro, o dado será preparado na
origem por essa camada para que, ao passar pela camada 2 do destino, seja verificado
se houve erro ou não.
 No exemplo anterior, vimos que a camada 2 de origem preparou o dado para que a
camada 2 de destino verificasse se a informação está correta, caracterizando a
existência de uma conversa entre as duas camadas de mesmo nível em computadores
distintos. ESSA CONVERSA É A COMUNICAÇÃO HORIZONTAL, realizada pelos
protocolos que implementarão a regra.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Relação entre as Camadas, Protocolos e Interface
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Encapsulamento

 Como a camada 2 da máquina de origem consegue conversar com a mesma camada na


máquina de destino?
 A comunicação horizontal ocorre de forma virtual.
 A camada 2 da máquina de origem, ao preparar o dado para ser enviado, adiciona
informações que serão lidas e tratadas única e exclusivamente pela mesma camada do
dispositivo de destino. Essas informações são denominadas CABEÇALHOS.

Comunicação horizontal por meio de cabeçalho.


Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Encapsulamento

 Cada camada adicionará um novo cabeçalho ao dado que será enviado, e esse processo é
chamado de ENCAPSULAMENTO.
 Cada camada receberá o dado da camada superior, através da interface, e adicionará seu
próprio cabeçalho, encapsulando o dado recebido

 Nesse processo, quando determinada camada recebe os dados, ela não se preocupa
com o conteúdo que recebeu, apenas adiciona o seu cabeçalho para permitir que o
protocolo execute as regras necessárias à comunicação.
 Esse procedimento acontece, repetidamente, até alcançar a camada 1 e a informação
ser transmitida ao destino, onde ocorrerá o processo inverso.
 A informação subirá, desencapsulando as informações, da camada 1 até o usuário do
serviço.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS
Encapsulamento

Atenção!
Ao realizar o encapsulamento, a unidade de dados do protocolo ou PDU
(Protocol Data Unit, na sigla em inglês) é criada.

A PDU é constituída pela informação que vem da camada superior (PDU da


camada superior) e o cabeçalho da própria camada.

 Desvantagem: é o acréscimo de informações ao dado original, aumentando o volume


de tráfego.
 Entretanto, essa desvantagem é mínima comparada às vantagens que temos de
modularização, facilidade de manutenção e atualização dos protocolos, que permitiram
uma enorme evolução na área de redes.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO EM CAMADAS

RESPONDER QUESTÕES DO TEMA 2 – TÓPICO 1


2.2- Modelo OSI

Professor: Lázaro P. de Oliveira


Curso: Sistemas de Informação
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI

 Na década de 1970, a International Organization for Standardization (ISO), um órgão


que desenvolve padrões internacionais, criou um modelo de referência de camadas
denominado OSI (Open System Interconnection - ISO/IEC 7498-1:1994).
 O objetivo foi elaborar um modelo que permitisse a comunicação entre sistemas
diferentes, independentemente de suas arquiteturas, facilitando a comunicação, sem a
necessidade de realizar mudanças na lógica do hardware ou software

Observe que o modelo OSI propriamente dito não é uma arquitetura de rede,
pois não especifica os serviços e protocolos exatos que devem ser usados em
cada camada.
Ele apenas informa o que cada camada deve fazer.
No entanto, a ISO também produziu padrões para todas as camadas, embora
esses padrões não façam parte do próprio modelo de referência.
Cada um foi publicado como um padrão internacional distinto.
O modelo (em parte) é bastante utilizado, embora os protocolos associados há
muito tempo tenham sido deixados de lado.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
Camadas no Modelo OSI

O modelo OSI possui sete camadas, de cima para baixo: aplicação, apresentação, sessão,
transporte, rede, enlace e física.
 Cada Camada é responsável por determinada tarefa
no processo de transmissão de dados.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
Camadas no Modelo OSI
 Os conceitos estudados de comunicação vertical, comunicação horizontal e
encapsulamento são válidos nesse modelo. Portanto, um dado transmitido por um
dispositivo de origem será inserido na estrutura de rede a partir da camada de
aplicação e descerá até a camada física, quando será enviado pelo meio de
transmissão.
 Cada camada adicionará o seu próprio cabeçalho, encapsulando a PDU da camada
superior e permitindo a comunicação horizontal entre camadas de mesmo nível.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
Camadas no Modelo OSI
Cada camada exerce uma função, oferece um serviço:
1) Aplicação: Interface com o usuário; Estão relacionadas a funções
que dão suporte para que os
2) Apresentação: Garantir a interoperabilidade entre as usuários possam acessar os
máquinas, garantir que máquinas diferentes possam diversos serviços de redes,
conversar; um tradutor na rede. garantindo a interoperabilidade
de sistemas heterogêneos
3) Seção: Estruturar a Comunicação, os fluxos de
transporte faz a interligação entre o
suporte ao usuário e o suporte
de rede. Ela vai permitir que os
4) Transporte: Garantir a Comunicação Fim-a-Fim dados que chegaram das
camadas mais baixas estejam
em condições de serem
5) Rede: Responsável pelo roteamento. Permitir que a utilizados pelas camadas mais
informação seja entregue da origem até o destino altas

6) Enlace: Comunicação confiável ponto a ponto, ou seja, Estão relacionadas às


entre máquinas conectadas. Garantir que a operações ligadas aos aspectos
transmissão seja confiável da movimentação dos dados
de um dispositivo para o
7) Física: Pega os bits e os transforma em sinais para que outro, dando suporte às
eles possam ser transmitidos por aquele meio. operações de rede
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
Cam
ada
s do
M ode
lo O
SI
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
7- Camada de APLICAÇÃO
 A camada de aplicação é a que está mais próxima de nós, usuários da rede.
 Podemos citar algumas das aplicações oferecidas por essa camada:
 Serviço web.
 Serviço de correio eletrônico.
 Serviço de transferência de arquivos.
 Serviço de streaming de áudio e vídeo.
 Serviço de compartilhamento de arquivos.

• Os serviços citados acima ou quaisquer outros oferecidos pela camada de


aplicação são executados por processos dos usuários que estão em andamento
em determinado dispositivo.
• Sua segunda tarefa será traduzir, criptografar e comprimir dados.
• Organização é a palavra-chave!
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
6- Camada de APRESENTAÇÃO
 Responsável por garantir a interoperabilidade dos sistemas heterogêneos, ou seja,
permitir que, independentemente do dispositivo que você esteja utilizando
(computador, smartphone, televisão, carro etc.) e do sistema operacional (MS Windows,
Apple IOS, Linux etc.), seja possível acessar qualquer tipo de serviço disponibilizado
pela rede.
 Para que haja essa interoperabilidade, a camada de apresentação é responsável por
fazer a transformação dos dados, por isso, podemos chamá-la de tradutor da rede.
 Ela será responsável pela conversão entre formatos, compressão de dados e
criptografia.

Sua terceira tarefa será estabelecer, gerenciar e encerrar


sessões, garantindo a sincronia da comunicação.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
5- Camada de SEÇÃO
 Responsável por organizar a comunicação entre os dispositivos e permitirá que os
usuários, em diferentes máquinas, possam estabelecer sessões de comunicação;
 Cada sessão terá dois serviços básicos:
 Controle de diálogo
 Sincronização.
CONTROLE DE DIÁLOGO SINCRONIZAÇÃO
 Define quem transmitirá em determinado  Permite que sejam estabelecidos
momento. pontos de controle em determinado
fluxo de dados.
 Considerando a existência de dois usuários, A
e B, a camada de sessão determinará se eles  Esses pontos permitem que, se
podem transmitir simultaneamente, houver uma perda de comunicação, a
caracterizando a comunicação FULL DUPLEX, transmissão de dados seja
ou de forma intercalada, em um sentido por restabelecida a partir daquele ponto e
vez, a exemplo da comunicação HALF DUPLEX não desde o início da transmissão.

Sua quarta tarefa será prover a entrega confiável de mensagens processo a


processo e a recuperação de erros. Fique atento ao fluxo de informações!
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
4- Camada de TRANSPORTE
 Essa camada tem por finalidade garantir a entrega de processo a processo de todos os
dados enviados pelo usuário.
 Podemos dizer que a camada de transporte é responsável por entregar os dados
corretamente para os processos que estão em execução na camada de aplicação.
 Esse papel da camada de transporte a torna uma das mais complexas dentro da
estrutura do modelo OSI.
 Para garantir que as mensagens da camada de aplicação sejam entregues corretamente,
diversas funções são necessárias:
a) Segmentação e Remontagem;
b) Controles de Erros Fim a Fim;
c) Controle de Fluxo;
d) Controle de Conexão;
e) Endereçamento do Ponto de Acesso ao Serviço;
f) Controle de Congestionamento.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
... 4- Camada de TRANSPORTE
B) SEGMENTAÇÃO E REMONTAGEM:
Receberá os dados originados na camada de sessão (PDU da camada de sessão) e irá
dividi-los em pedaços, segmentos de dados (PDU da camada de transporte), que possam
ser enviados e, na camada de transporte de destino, irá remontá-los na ordem correta.
Para isso, será necessário estabelecer números de sequência para garantir que,
independentemente da ordem de chegada, os dados sejam remontados na ordem
correta.
A) CONTROLES DE ERROS FIM A FIM:
Verificará se ocorreram erros na comunicação fim a fim, ou seja, entre os processos da
camada de aplicação. Na origem, serão adicionadas informações que permitam
identificar no destino se durante o tráfego pela rede ocorreu algum erro e,
possivelmente, corrigi-lo.
C) CONTROLE DE FLUXO:
Encarregada de evitar que o processo na origem sobrecarregue o processo no destino.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
... 4- Camada de TRANSPORTE
D) CONTROLE DE CONEXÃO:
Encarregada de evitar que o processo na origem sobrecarregue o processo no destino
E) ENDEREÇAMENTO DO PONTO DE ACESSO AO SERVIÇO:
Em um dispositivo, normalmente, estão em andamento diversos tipos de serviços
executados por vários processos e não apenas um. A camada de transporte será
responsável por fazer a entrega para o processo correto e, para isso, será utilizado o
chamado endereço de porta. Ele indicará o serviço correto que deverá receber os
dados.
F) CONTROLE DE CONGESTIONAMENTO:
No mundo real, as máquinas não estão diretamente conectadas, ou seja, não há uma
comunicação ponto a ponto direta. Entre a máquina de origem e de destino existem
diversos outros dispositivos cuja finalidade é fazer a informação ir de um ponto a outro.
Como esses equipamentos transmitirão dados de diversas outras origens, poderá haver
uma sobrecarga desses dispositivos. A camada de transporte será responsável por
monitorar esse congestionamento e, possivelmente, tratá-lo.

Sua quinta tarefa será transferir pacotes da origem ao destino, permitindo a ligação
entre as redes. Cuidado para não tomar uma rota errada!
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
3- Camada de REDE
 Responsável por determinar o caminho da origem até o destino. Para chegar ao destino, é
preciso fazer 2 coisas: i) Definir o endereço lógico; ii) Definir as funções de roteamento
 Ela receberá os segmentos gerados pela camada de transporte e, no cabeçalho da camada
de rede, irá inserir o endereço da máquina de destino para que seja enviado pela rede
por meio dos diversos dispositivos intermediários.
 Enquanto a camada de transporte é responsável pela comunicação processo a processo, a
camada de rede é encarregada da comunicação máquina a máquina.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
... 3- Camada de REDE
Para cumprir nosso objetivo, duas funcionalidades principais devem ser estabelecidas:
a) ENDEREÇO LÓGICO:
O endereço da porta, definido pela camada de transporte, permitirá a entrega no processo
de destino. Mas, para que isso aconteça, é necessário que os segmentos cheguem à
máquina de destino.
Por isso, são empregados endereços lógicos a fim de permitir que os dispositivos
intermediários encaminhem os dados pelas redes e alcancem o destino.

b) ROTEAMENTO:
Permite estabelecer um caminho entre origem e destino. Os dispositivos intermediários
verificarão o endereço lógico de destino e, com base nas informações de caminho que eles
possuem, farão o processo de encaminhamento para outros dispositivos intermediários a
fim de alcançar o destino da informação.

Sua sexta tarefa será organizar os bits em quadros, fornecendo a entrega nó a


nó. Tenha atenção aos erros no caminho!
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
2- Camada de ENLACE
 A camada de rede tem a responsabilidade da entrega dos dados para a máquina de
destino. Normalmente, as máquinas não estão diretamente conectadas, ou seja, origem
e destino não estão ligados diretamente por um meio físico, mas por dispositivos
intermediários, como a internet. Então, como visto na camada de rede, os dados serão
roteados por essa internet até chegar ao destino.
 A camada de enlace é responsável por garantir a comunicação entre dispositivos
adjacentes. Ela corrigirá quaisquer problemas que tenham ocorrido no meio físico de
transmissão e entregará para a camada de rede um serviço de transmissão de dados
aparentemente livre de erros.
 Após ser definido por qual caminho os dados devem prosseguir, a camada de enlace
surgirá para garantir essa comunicação ponto a ponto ou hop to hop.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
... 2- Camada de ENLACE

(Camada de Enlace) (Camada de Enlace) (Camada de Enlace)

(Camada de Rede)
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
... 2- Camada de ENLACE
 É possível fazer uma analogia entre as camadas de enlace e de transporte:.

TRANSPORTE ENLACE
Realiza a entrega confiável Realiza a entrega confiável entre
processo a processo. máquinas adjacentes, nó a nó.

Por esse motivo, :muitas das funções existentes na camada de transporte


também estarão presentes na de enlace.

Sua sétima tarefa será transmitir bits através de um meio físico, promovendo
especificações mecânicas e elétricas. Garanta a estabilidade do sinal!
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
1- Camada FÍSICA
 Responsável por transmitir os dados pelo meio de transmissão.
 Ela receberá os quadros da camada de enlace, que serão formados por uma sequência
de bits, e irá codificar corretamente para que sejam enviados pelo meio de transmissão.
 A camada física será responsável pela representação dos bits, ou seja, de acordo com o
meio de transmissão, ela irá definir se essa representação ocorrerá por pulsos de luz, no
caso da fibra ótica, ou pulsos elétricos, no caso de empregar cabos de par trançado.
Além disso, a camada física é responsável por:
a) Taxa de Dados;
b) Sincronização dos Bits;
c) Topologia Física;
d) Modo de Transmitir.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
1- Camada FÍSICA
a) Taxa de Dados: A velocidade em que os bits são inseridos no meio de transmissão é
responsabilidade da camada física. Quando ouvimos a expressão megabits por segundo
(Mbps), que define a taxa de transmissão de determinado enlace, é responsabilidade da
camada física estabelecer esse valor. Assim, a taxa de transmissão definirá a duração de um
bit: quanto maior a taxa, menor a duração do bit, e vice-versa.
b) Sincronização dos Bits: O nó transmissor e o receptor devem operar na mesma
velocidade, ou seja, na mesma taxa de bits. Entretanto, os relógios (clocks) das camadas
físicas têm pequenas diferenças. Portanto, é possível que ocorram falhas de sincronismos. A
camada física deve implementar algum tipo de mecanismo que permita o correto
sincronismo dos bits entre origem e destino.
c) Topologia Física: Define como os nós da rede estão interligados, podendo ser uma
configuração de um enlace ponto a ponto, em que cada nó está diretamente conectado a
outro, sem compartilhamento do meio, ou uma ligação ponto-multiponto, em que o enlace
é compartilhado por diversos nós.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI
1- Camada FÍSICA
d) Modo de Transmitir: A camada física definirá o modo de transmissão em um determinado
meio: simplex, half duplex ou full duplex.
Considerando dois dispositivos, A e B:
 no MODO SIMPLEX só existe envio de dados em um sentido, por exemplo, de A para B;
 no MODO HALF DUPLEX, os dados podem ser enviados nos dois sentidos, mas não
simultaneamente (de A para B em um momento e de B para A em outro momento);
 no MODO FULL DUPLEX, os dados podem ser enviados simultaneamente por A e B.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
MODELO OSI RESUMO
FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES
Parte 4
2. Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP

2.3- Arquitetura TCP/IP


Professor: Lázaro P. de Oliveira
Curso: Sistemas de Informação
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
ARQUITETURA TCP/IP

A arquitetura foi batizada por TCP/IP por causa


dos seus dois principais protocolos:
Transmission Control Protocol (TCP) e Internet
Protocol (IP).
Ela foi apresentada pela primeira vez em 1974
(CERF, 1974) com o objetivo de criar uma
arquitetura que permitisse a interligação de
diversas redes de comunicação, sendo
posteriormente adotada como padrão, de fato,
para a comunidade internet.
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
ARQUITETURA TCP/IP
QUATRO CAMADAS

A arquitetura foi criada utilizando quatro camadas:


Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
ARQUITETURA TCP/IP
QUATRO CAMADAS
 As funções das camadas de apresentação e sessão serão acumuladas pela camada de
aplicação
 As funções das camadas de enlace e física serão executadas pela camada de acesso à rede.
 Observe a relação entre os dois modelos a seguir:
Modelo de Referência OSI e Arquitetura TCP/IP
ARQUITETURA TCP/IP
CAMADAS TCP/IP

Uma grande diferença que temos entre o modelo de referência OSI e a arquitetura TCP/IP é:

MODELO OSI: É baseado, principalmente, nas funcionalidades das camadas.

ARQUITETURA TCP/IP: Não ficou presa apenas nas funcionalidades, mas ampliou para o
desenvolvimento de protocolos relativamente independentes e hierárquicos. A hierarquia
baseia-se em um protocolo de nível superior que é suportado pelos protocolos de nível
inferior.

 É comum ouvirmos falar da pilha de protocolos TCP/IP.


 A pilha de protocolos TCP/IP é o conjunto de todos os protocolos implementados pela
arquitetura. E não são poucos.
FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES
Parte 5
3. Camadas de Aplicação e Transporte

3.1- Arquiteturas de Aplicações


3.2- Camada de Aplicação
Professor: Lázaro P. de Oliveira
Curso: Sistemas de Informação
3.1- Arquitetura de Aplicações

Professor: Lázaro P. de Oliveira


Curso: Sistemas de Informação
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Camada de Aplicação

Exemplo:
 Quando realizamos uma compra com cartão de crédito ou débito em um
estabelecimento comercial, é fundamental a existência de uma rede de
comunicação, já que ela será o alicerce para execução da operação.
 Ao inseri-lo (o cartão) na máquina de cartão, precisamos colocar uma senha para
confirmar a operação.
 Tal dado é inserido no sistema por meio de um software executado nessa máquina.

Nesse caso, o software é executado na camada de aplicação!


CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Camada de Aplicação

 O software de aplicação, também conhecido como software aplicativo, é nossa


interface com o sistema (e, por consequência, com toda a rede de comunicação que
suporta essa operação).
 Portanto, sempre que houver um serviço na rede, virá à mente a interface com ele.

Outros exemplos de software de aplicação:

Ressaltamos que a camada de aplicação é aquela de mais alto nível do modelo


OSI, fazendo a interface com os usuários do sistema e realizando as tarefas
que eles desejam.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Arquiteturas de Aplicações
 Façamos a seguinte suposição: Nosso objetivo é desenvolver uma aplicação a ser
executada em rede.
 Para criá-la, deve-se utilizar uma linguagem de programação que possua comandos
e/ou funções para a comunicação em rede.
 Na maioria das linguagens, esses comandos e/ou funções estão em bibliotecas nativas
da linguagem ou criadas por terceiros.
 Mas não basta conhecer uma linguagem de programação e suas bibliotecas.
 Antes disso, é preciso definir qual arquitetura terá sua aplicação.
 Entre as arquiteturas mais conhecidas, destacam-se as seguintes:
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Arquiteturas Cliente-Servidor
 Nesta arquitetura, há pelo menos duas entidades: um cliente e um servidor.
 O servidor executa operações continuamente aguardando por requisições do(s) cliente(s).
 O mais comum, é que hajam diversos clientes e um único servidor. A figura abaixo ilustra
a situação.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

 Quando um dos clientes precisa que o trabalho seja realizado pelo servidor, ele monta
uma mensagem, especificando o que deve ser realizado. A mensagem normalmente
contém dados que devem ser processados pelo servidor.
 Quando a mensagem está montada, é enviada ao servidor por intermédio de algum
sistema de comunicação (internet).
 O Servidor recebe a mensagem, processa seu conteúdo e envia a resposta ao cliente.
 O servidor comporta-se passivamente, normalmente limita-se a aguardar solicitações, e
quando estas chegam, processa as mensagens com os dados necessários e enviar o
resultado do processamento de volta a seus clientes.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

O SERVIDOR:
Quando chega uma solicitação, o servidor pode:
 Atender imediatamente caso esteja ocioso;
 Gerar um processo-filho para o atendimento da solicitação;
 Enfileirar a solicitação para ser atendida mais tarde;
 Criar uma thread para esse atendimento.

Independentemente do momento em que uma solicitação é processada, o


servidor, no final, envia ao cliente uma mensagem contendo o resultado do
processamento.
Quem utiliza esse tipo de arquitetura é a aplicação web.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor
Vamos analisar esse processo no exemplo a seguir:

Você deseja fazer uma receita especial, descobrindo, em um


site, aquele prato que gostaria de preparar. Ao clicar em um
link, ela aparecerá. Para isso acontecer, o servidor web
(software servidor do site de receitas) fica aguardando as
conexões dos clientes.

Quando você clica no link da receita, seu


browser envia uma mensagem ao servidor
indicando qual delas você quer.

Ele faz então o processamento solicitado e devolve ao


browser o resultado disso (sua receita).
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

Atenção!
O que determina se uma entidade é
cliente ou servidor é a função
desempenhada pelo software, e não o
tipo de equipamento.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

 É fundamental saber que servidores desempenham uma função muito importante. Por
isso, há equipamentos apropriados para eles, com MTBF alto e recursos redundantes.
 O tipo de software instalado nesse equipamento é o responsável por determinar se ele
é cliente ou servidor.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
... Arquiteturas Cliente-Servidor

Importante frisar que um processo pode atuar simultaneamente como cliente e


servidor.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Peer-to-Peer
 Enquanto existe uma distinção bem clara entre os processos que trocam informações
na arquitetura cliente-servidor, na peer-to-peer – também conhecida como
arquitetura P2P –, todos os processos envolvidos desempenham funções similares.
 Em geral, nesses sistemas, os processos não são uma propriedade de corporações.
 Quase todos os participantes (senão todos) são provenientes de usuários comuns
executando seus programas em desktops e notebooks.

Tanto o processamento quanto o


armazenamento das informações são
distribuídos entre os hospedeiros.
Isso lhes confere maior escalabilidade em
comparação à arquitetura cliente-
servidor.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
Peer-to-Peer
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
QUESTÃO 1:
Uma arquitetura amplamente utilizada no desenvolvimento de aplicações em rede é a
cliente-servidor. Sobre ela, responda:

a) Cabe ao servidor iniciar toda negociação com seus clientes.


b) Existe uma distinção bem clara entre clientes e servidores. Um processo não pode ser
cliente e servidor simultaneamente.
c) É a função desempenhada pelo Software que determina se a entidade é cliente ou
servidor.
d) Quando chega uma requisição de um cliente, o sistema operacional deve iniciar a
execução do servidor.
e) A definição se uma entidade é cliente ou servidor é definida pelo hardware utilizado.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
QUESTÃO 1 – RESPOSTA:
Uma arquitetura amplamente utilizada no desenvolvimento de aplicações em rede é a
cliente-servidor. Sobre ela, responda:

a) Cabe ao servidor iniciar toda negociação com seus clientes.


b) Existe uma distinção bem clara entre clientes e servidores. Um processo não pode ser
cliente e servidor simultaneamente.
c) É a função desempenhada pelo Software que determina se a entidade é cliente ou
servidor.
d) Quando chega uma requisição de um cliente, o sistema operacional deve iniciar a
execução do servidor.
e) A definição se uma entidade é cliente ou servidor é definida pelo hardware utilizado.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
QUESTÃO 2:
Marque a afirmativa verdadeira no que se refere à arquitetura peer-to-peer:
a) Permite uma forma de armazenamento distribuída desde as informações do sistema.
b) Cada processo na arquitetura desempenha uma função bem definida e diferente das
funções dos demais processos.
c) Um dos maiores problemas é sua baixa escalabilidade.
d) A comunicação entre os processos deve ser intermediada por um servidor.
e) Todo processamento é realizado nos servidores, enquanto nas estações de trabalho
renderiza apenas a interface gráfica.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
QUESTÃO 2:
Marque a afirmativa verdadeira no que se refere à arquitetura peer-to-peer:
a) Permite uma forma de armazenamento distribuída desde as informações do sistema.
b) Cada processo na arquitetura desempenha uma função bem definida e diferente das
funções dos demais processos.
c) Um dos maiores problemas é sua baixa escalabilidade.
d) A comunicação entre os processos deve ser intermediada por um servidor.
e) Todo processamento é realizado nos servidores, enquanto nas estações de trabalho
renderiza apenas a interface gráfica.
CAMADAS DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE
ARQUITETURAS DE APLICAÇÃO
QUESTÃO 2 - Resposta:
Marque a afirmativa verdadeira no que se refere à arquitetura peer-to-peer:
a) Permite uma forma de armazenamento distribuída desde as informações do
sistema.
b) Cada processo na arquitetura desempenha uma função bem definida e diferente das
funções dos demais processos.
c) Um dos maiores problemas é sua baixa escalabilidade.
d) A comunicação entre os processos deve ser intermediada por um servidor.
e) Todo processamento é realizado nos servidores, enquanto nas estações de trabalho
renderiza apenas a interface gráfica.
3.2- Camada de Aplicação

Professor: Lázaro P. de Oliveira


Curso: Sistemas de Informação
Exercício: ????

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