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REDES DE COMPUTADORES

PROFº JEZIEL MARINHO


COMUNICAÇÃO DE DADOS

Comunicação de dados é a troca de informação entre dois


dispositivos através de algum meio de comunicação como, por
exemplo, um par de fios
COMUNICAÇÃO DE DADOS

Um sistema básico de comunicação de dados é composto por cinco elementos:

◼ Mensagem - é a informação a ser transmitida. Ex.: texto, números,


figuras, áudio e vídeo

◼ Transmissor - é o dispositivo que envia a mensagem de dados. Ex.:


computador, um telefone, uma câmera de vídeo, stc;

◼ Receptor - é o dispositivo que recebe a mensagem.

◼ Meio - é o caminho físico por onde viaja uma mensagem;

◼ Protocolo - é um conjunto de regras que governa a comunicação de


dados.
TRANSMISSÃO DE DADOS

Existem três tipos de transmissão de dados:

◼ Simplex - Um dispositivo é o transmissor


e o outro é o receptor. A transmissão é
unidirecional;

◼ Half-duplex - Transmissão de dados


bidirecional, mas, os dispositivos não
transmitem e recebem dados ao mesmo
tempo;

◼ Full-duplex - é a verdadeira comunicação


bidirecional. A e B podem transmitir e
receber dados ao mesmo tempo
CONCEITO DE REDE

Rede de computadores é um conjunto de equipamentos interligados de


maneira a trocarem informações e compartilharem recursos, como arquivos de
dados gravados, impressoras, modems, softwares e outros equipamentos
HISTÓRIA - ANOS 60 (O INÍCIO)


De 1969 a 1972, foi criada a ARPANET

Inicialmente tinha apenas quatro computadores em quatro diferentes

universidades no EUA


Links de 50 kbps


Utilizava linhas telefônicas dedicadas adaptadas para o uso como link de dados.
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

Uma das características mais utilizadas para classificação das


redes é a sua abrangência geográfica.

◼ LANs (Local Area Networks)


◼ MANs (Metropolitan Area Networks)
◼ WANs (Wide Area Networks)
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

LANs (Local Area Networks) - Provê uma conexão de alta velocidade


entre processadores, periféricos, terminais e dispositivos de comunicação
de uma forma geral em um único local.

LAN é a tecnologia que


apresenta uma boa resposta
para interligação de
dispositivos com distâncias
relativamente pequenas e
com uma largura de banda
considerável.
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

MANs (Metropolitan Area Networks) - As redes metropolitanas podem


ser entendidas como aquelas que proveem a interligação das redes locais
em uma área metropolitana de uma determinada região.
CLASSIFICAÇÃO DAS REDES

WANs (Wide Area Networks) - Quando as distâncias envolvidas na


interligação dos computadores são superiores a uma região metropolitana,
podendo ser a dispersão geográfica tão grande quanto a distância entre
continentes, a abordagem correta é a rede geograficamente distribuída (WAN).
TOPOLOGIAS

Podemos dizer que a topologia física de uma rede local


compreende os enlaces físicos de ligação dos elementos
computacionais da rede, enquanto a topologia lógica da rede se
refere à forma através da qual o sinal é efetivamente transmitido
entre um computador e outro.
TOPOLOGIAS

Barramento - nesse tipo de topologia todos os micros são ligados


fisicamente a um mesmo cabo, com isso, nenhum computador pode
usá-lo enquanto uma comunicação está sendo efetuada.
Anel - Nesta topologia, cada computador, obedecendo um
determinado sentido, é conectado ao computador vizinho, que por
sua vez, também é conectado ao vizinho e assim por diante,
formando um anel.
◼ Estrela - A topologia em estrela utiliza um periférico
concentrador, normalmente um hub, interligando todas as
máquinas da rede.
MEIOS DE TRANSMISSÃO

Existem vários meios físicos que podem ser usados para realizar a
transmissão de dados. Cada um tem seu próprio nicho em termos
de largura de banda, retardo, custo e facilidade de instalação e
manutenção.

Os meios físicos são agrupados em meios guiados, como fios de


cobre e fibras ópticas, e em meios não guiados, como as ondas
de rádio e os raios laser transmitidos pelo ar.
MEIOS DE TRANSMISSÃO

◼ Cabo coaxial
Um cabo coaxial consiste em um fio de cobre esticado na parte
central, envolvido por um material isolante. O isolante é protegido por
um condutor cilíndrico, geralmente uma malha sólida entrelaçada. O
condutor externo é coberto por uma camada plástica protetora.
MEIOS DE TRANSMISSÃO

◼ Par trançado

O par trançado é o tipo de cabo de rede mais usado atualmente. Existem basicamente
dois tipos de par trançado: sem blindagem, também chamado UTP (Unshielded Twisted
Pair), e com blindagem, também chamado de STP (Shielded Twisted Pair). A diferença
entre eles é justamente a existência, no par trançado com blindagem, de uma malha
em volta do cabo protegendo-o contra interferências eletromagnéticas.
MEIOS DE TRANSMISSÃO

Categorias de cabos
◼ Categorias 1 e 2 - estas duas categorias de cabos não são mais reconhecidas pela TIA (Telecommunications
Industry Association), que é a responsável pela definição dos padrões de cabos.
◼ Categoria 3 - este foi o primeiro padrão de cabos de par trançado desenvolvido especialmente para uso em
redes. O padrão é certificado para sinalização de até 16 MHz, que é o padrão de redes Ethernet de 10 megabits
para cabos de par trançado.
◼ Categoria 4 - esta categoria de cabos tem uma qualidade um pouco superior e é certificada para sinalização de
até 20 MHz.
◼ Categoria 5 - os cabos de categoria 5 são o requisito mínimo para redes 100BASE-TX e 1000BASE-T, que são,
respectivamente, os padrões de rede de 100 e 1000 megabits usados atualmente.
◼ Categoria 6 - esta categoria de cabos foi originalmente desenvolvida para ser usada no padrão Gigabit Ethernet,
mas com o desenvolvimento do padrão para cabos categoria 5 sua adoção acabou sendo retardada, já que,
embora os cabos categoria 6 ofereçam uma qualidade superior, o alcance continua sendo de apenas 100 metros
◼ Categoria 7 - Existem também os cabos categoria 7, que podem vir a ser usados no padrão de 100 gigabits, que
está em estágio inicial de desenvolvimento.
MEIOS DE TRANSMISSÃO

◼ Fibra ótica
A fibra ótica transmite informações através de sinais luminosos, em vez
de sinais elétricos. A fibra ótica é totalmente imune a ruídos, com isso,
a comunicação é mais rápida.
MEIOS DE TRANSMISSÃO

As fibras óticas utilizadas nas redes são classificadas de acordo


com a forma que a luz trafega no cabo, sendo elas monomodo e
multímodo.
O MODELO OSI (Open Systems Interconnection)

◼ Desenvolvido pela ISO (International Standards Organization)

◼ Criado para facilitar a interconexão de sistemas de


computadores

◼ Modelo de referência para que fabricantes pudessem criar


protocolos a partir desse modelo.

◼ OSI é o método para descrever como os conjuntos


interconectados de hardware e software de rede podem ser
organizados para que trabalhem concomitantemente no mundo
das redes
O MODELO OSI

◼ O modelo OSI tenta explicar o funcionamento da rede, dividindo-


a em 7 camadas;

◼ Serve como deixa para explicar diversos aspectos teóricos do


funcionamento da rede.
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

◼ OSI oferece um modo de


dividir arbitrariamente a tarefa
da rede em pedaços
separados;

◼ OSI descreve sete camadas de


funções de rede.
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

◼ CAMADA 7 – Aplicação

Corresponde às aplicações (programas) no topo da camada OSI que


serão utilizadas para promover uma interação entre a máquina-
usuário (máquina destinatária e o usuário da aplicação).
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

◼ CAMADA 6 – Apresentação

Converte o formato do dado recebido pela camada de Aplicação


em um formato comum a ser usado na transmissão desse dado, ou
seja, um formato entendido pelo protocolo usado.

Um exemplo comum é a conversão do padrão de caracteres


(código de página) quando o dispositivo transmissor usa um
padrão diferente do ASCII. Pode ter outros usos, como compressão
de dados e criptografia.
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

◼ CAMADA 5 – Sessão

Responsável pela troca de dados e a comunicação entre hosts, a


camada de Sessão permite que duas aplicações em computadores
diferentes estabeleçam uma (sessão de) comunicação, definindo
como será feita a transmissão de dados, pondo marcações nos
dados que serão transmitidos.

Se porventura a rede falhar, os computadores reiniciam a


transmissão dos dados a partir da última marcação recebida pelo
computador receptor.
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

◼ CAMADA 4 - Transporte
Responsável por receber os dados enviados pela camada de sessão
e segmentá-los para que sejam enviados a camada de rede, que
por sua vez, transforma esses segmentos em pacotes.

No receptor, a camada de Transporte realiza o processo inverso, ou


seja, recebe os pacotes da camada de rede e junta os segmentos
para enviar à camada de sessão.
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

◼ CAMADA 4 – Transporte

Isso inclui controle de fluxo, ordenação dos pacotes e a correção de


erros;

Tipicamente enviando para o transmissor uma informação de


recebimento, garantindo que as mensagens sejam entregues sem
erros na sequência, sem perdas e duplicações
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

◼ CAMADA 3 – Rede

É responsável pelo endereçamento dos pacotes, convertendo


endereços lógicos em endereços físicos, de forma que os pacotes
consigam chegar corretamente ao destino.
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

◼ CAMADA 2 – Enlace

Pega os pacotes de dados recebidos da camada de rede e os


transforma em quadros que trafegarão pela rede, adicionando
informações como:

O endereço da placa de rede de origem;

O endereço da placa de rede de destino,

Os dados de controle,

Os dados em si

A checagem de redundância cíclica.

Esta camada detecta e, opcionalmente, corrige erros que possam


acontecer no nível físico.
É responsável por controlar o fluxo (recepção, delimitação e
transmissão de quadros)
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

◼ CAMADA 1 – Física

A camada física define especificações elétricas e físicas dos


dispositivos. Em especial, define a relação entre um dispositivo e
um meio de transmissão, tal como um cabo de cobre ou um cabo
de fibra óptica.
A camada física é responsável por definir se a transmissão poder
ser ou não realizada nos dois sentidos simultaneamente.
Sendo a camada mais baixa do modelo OSI, diz respeito a
transmissão e recepção do fluxo de bits brutos não-estruturados
em um meio físico.
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

Resumo:
AS SETE CAMADAS DO MODELO OSI

Resumo:
MODELO TCP/IP

O modelo de referência mais conhecido é o TCP/IP (Transmisson


Control Protocol / Internet Protocol). O modelo TCP/IP foi projetado
em quatro camadas, conforme exemplifcado na Figura:
MODELO TCP/IP

◼ CAMADA 4 - Aplicação
A quarta camada do modelo TCP/IP é denominada de camada de
aplicação. Nesta camada, estão os protocolos que dão suporte às
aplicações dos usuários
MODELO TCP/IP

◼ CAMADA 3 - Transporte
Responsável por prover suporte à camada de aplicação de maneira
confiável (ou não), independente dos serviços oferecidos pelas
camadas de interface de rede e inter-rede.

Resolvem problemas como confiabilidade (o dado alcançou seu


destino?) e integridade (os dados chegaram na ordem correta?).

Na suíte de protocolos TCP/IP os protocolos de transporte também


determinam para qual aplicação um dado qualquer é destinado.
MODELO TCP/IP

◼ CAMADA 2 - Inter-rede (Internet)

O nível inter-rede (Internet) é o responsável pelo envio dos


datagramas de um computador qualquer para o outro computador,
independente de suas localizações na rede.
MODELO TCP/IP

◼ CAMADA 1 - Interface de rede(acesso à rede)


Esta camada, de acesso à rede, é a primeira do modelo TCP/IP, sua
função é dar suporte à camada de rede, através dos serviços de
acesso físico e lógico ao meio físico
MODELO OSI x TCP/IP
MODELO TCP/IP
MODELO TCP/IP
PROTOCOLOS

◼ HTTP – HyperText Transfer Protocol – é usado principalmente para


acessar dados na World Wide Web.

◼ SMTP – Simple Mail Transfer Protocol – esse protocolo é o mecanismo


padrão de correio eletrônico da internet;

◼ FTP – File Transfer Protocol – Mecanismo padrão oferecido pela internet


para copiar um arquivo de um host para outro;

◼ DNS – Domain Name Server – Tem por função identificar endereços IPs
e manter uma tabela com os endereços dos caminhos de algumas redes
na internet;
PROTOCOLOS

◼ TCP – Transmission Control Protocol – Oferece um serviço


confiável entre aplicações fazendo verificações de envio e
recebimento de dados;

◼ UDP – User Datagram Protocol – é conhecido pela característica


de ser um protocolo otimista, ou seja, ele envia todos os seus
pacotes, acreditando que eles chegarão sem problemas e em
sequência ao destinatário;

◼ IP – Internet Protocol – é o principal protocolo do nível de inter-


rede na arquitetura TCP/IP
PROTOCOLOS
PROTOCOLOS
FUNCIONAMENTO BÁSICO DE REDES TCP/IP

Duplo endereçamento
◼ Endereço lógico - IP
◼ Atua na camada de rede

◼ Endereço físico – MAC


◼ Atua na camada de enlace
A NECESSIDADE DO ENDEREÇO LÓGICO

◼ Máquinas na rede local só enxergam endereços físicos (MAC) da


rede local
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

Placa adaptadora de rede (NIC)

Este periférico é o componente mais importante da estação de


trabalho da rede. Seu objetivo principal é enviar os dados através
da rede e receber aqueles enviados para a estação de trabalho.
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

◼ Hubs
Hub ou concentrador é o processo pelo qual se transmite ou difunde determinada
informação, tendo, como principal característica, que a mesma informação está
sendo enviada para muitos receptores ao mesmo tempo (broadcast). Este termo é
utilizado em rádio, telecomunicações e em informática.

◼ Hubs Passivos
Um hub passivo é resumidamente uma caixa de junção que não precisa de ligação
elétrica, ou seja, é um simples repetidor.

◼ Hubs Ativos
Os Hubs Ativos são usados como repetidores para proporcionar uma extensão do
cabo que liga as estações de trabalho
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

◼ Ativo Passivo
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

Switch
◼ Ele envia pacotes para a porta de saída apropriada, e deve permitir
que estações em segmentos separados transmitam
simultaneamente, já que comuta pacotes utilizando caminhos
dedicados.
◼ Um elemento ativo que age no nível 2 do modelo OSI
◼ Gerenciáveis (L3) e os não-gerenciáveis (L2).
◼ Switches não-gerenciáveis para o uso em redes pequenas no lugar
dos hubs
◼ Switches gerenciáveis tem funcionalidades mais avançadas, sendo
imprescindíveis em redes de maior porte.
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

◼ Os switches gerenciáveis (L3) permitem ainda aos administradores da


rede determinar a velocidade de operação para uma porta específica,
no sentido de otimizar a banda de passagem e o desempenho global
da rede. Como uma rede de computadores normalmente sofre
alterações ao longo do tempo, esse recurso se torna muito útil ao
monitorar e verificar o status dos segmentos em tempo real
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

Repetidores

Esses dispositivos repetem o sinal de transmissão, permitindo que


sua rede se estenda muito mais do que normalmente poderia. Eles
não são exatamente dispositivos de interconectividade, mas sim
dispositivos para estender um pouco mais uma rede existente.
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

Bridge
◼ Tem a capacidade de segmentar uma rede local em sub-redes,
com o objetivo de reduzir tráfegos de mensagens na LAN, ou
converter diferentes padrões de LAN’s.
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

Roteador
◼ Equipamento responsável pela interligação entre Redes LAN’s
atuando nas camadas 1, 2 e 3 do Modelo de Referência OSI;

◼ Os Roteadores possuem como função, a decisão sobre qual


caminho o tráfego de informações (Controle de dados) deve
seguir, ou seja, decide por qual caminho deve seguir um dado
pacote de dados recebido.
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

◼ Os Roteadores interligam redes situadas a longas distâncias, e


oferecem proteção relativa a erros associados aos níveis
superiores do protocolo, como aqueles relacionados à falhas
elétricas e relativas aos dados. Os Roteadores também são úteis
para controlar a velocidade de transmissão dos pacotes, porque
as redes possuem diferentes capacidades de transmissão e
recepção, o que pode causar embaraço na rede.
COMPONENTES FÍSICOS DE UMA REDE

Brouters
◼ Os Brouters combinam as melhores características dos bridges e
dos roteadores, eles podem trabalhar com protocolos de alto
nível diferente e podem endereçar dados ao longo do caminho
mais rápido na rede.
Gateway
◼ Têm como função fazer a interligação de redes distintas, isto é,
seu objetivo é permitir a comunicação entre duas redes com
arquiteturas diferentes (usando protocolos distintos, com
características distintas).

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