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CURSO FIC
APOSTILA
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Maceió, AL
2023
Secretário de Estado da Educação:
Pedagoga:
Eixo Tecnológico:
Informação e Comunicação
Supervisor de Eixo:
Técnico de EAD
Denominação do curso:
Telecomunicações
Local de oferta:
Modalidade: EAD
1 - SISTEMA TELEFÔNICO
O Sistema Telefônico é complexo e composto por vários equipamentos internos e
externos, distintos e distribuídos em vários setores da Estação Telefônica, tais como: central
de comutação, sistema de transmissão, sistema de energia, rede telefônica interna e rede
telefônica externa, uras, infraestrutura, equipamentos e acessórios, para juntos possibilitam
a interligação entre as Centrais distintas, locais, nacionais e internacionais e seus respectivos
assinantes (telefones).
1.1 – CENTRAL E COMUTAÇÃO TELEFÔNICA.
1.1.1 – As Centrais de Comutação Telefônica (C.C.T); são conjuntos de equipamentos
eletrônicos capazes de proporcionar as conversações de assinantes, locais ou à distância,
assim como serviços suplementares. Está localizada e instalada em ambiente do prédio da
Estação Telefônica.
1.1.2 – A Central de Comutação Telefônica tem como finalidade efetuar a comutação,
que é um conjunto de operações de sistemas digitais, envolvidas na interligação de circuitos
para o estabelecimento de uma comunicação entre dois ou mais equipamentos de
assinantes.
1.1.3 – Para explicar como o sistema opera de um ponto a outro, suponhamos que os
assinantes pertençam às Centrais de Comutação diferentes, então ambas as Centrais
necessitam que seus órgãos inteligentes, troquem informações entre si. As interligações
serão efetuadas por meio físico ou por equipamentos específicos de transmissão ou ainda
por ambos.
1.1.4 – As informações contidas nos tráfegos irão ocupar os circuitos digitais envolvidos
na ligação, e a partir dessas ocupações, podem ser obtidos os dados de tráfego para a
supervisão do desempenho do sistema.
1.1.5 – Atualmente em operação existem dois sistemas de comutação telefônica. As
Centrais de Comutação analógicas e as centrais de comutação digitais.
1.2 – CENTRAIS TELEFÔNICA DE COMUTAÇÃO ANALÓGICA.
São as mais antigas, sua comutação é realizada através de encadeamento de relés,
capazes de identificar e interligar dois assinantes (A para B), seus órgãos são de dimensões
e pesos muito elevados e ocupam espaço físico muito grande, já estão em processo de
substituição pelos sistemas modernos digitais, que são incomparavelmente mais ágeis e
mais modernos e de um tráfego que oferece muito mais serviços. Serviços oferecidos:
bloqueador de Interurbanos e identificador de Chamadas (bina).
1.2.1 – Central Centrais Telefônica de Comutação Digital. As Centrais CPA’S são as mais
modernas, a operacionalização dos serviços é comandada por sistema avançado de
computação, suas unidades básicas estão contidas em placas de circuito impresso, e seus
órgãos inteligentes são de pequeno porte, o que reduz muito o espaço ocupado, além de
ser mais rápida 5 que a analógica. As CPA’S disponibilizam velocidade, qualidade e agilidade
no tráfego telefônico.
1.3.1 – REDE NORMAL É quando a URA possui rede distribuidora aérea própria e utiliza
para instalação de seus terminais, sua própria rede, não existindo na área rede distribuidora
de armário.
1.3.2 – REDE SOBREPOSTA É quando a URA, utiliza para a instalação dos seus circuitos,
sua própria rede distribuidora aérea/interna, podendo ocorrer a invasão de parte da área já
atendida por um armário de distribuição, neste caso, na mesma área geográfica vai existir
prefixo/número, da Central Mãe e da URA.
1.4 – CENTRO DE FIOS Centro de Fios é uma determinada área geográfica atendida por
uma Estação Telefônica cujo atendimento está restrito a uma ou mais Centrais de
Comutação Telefônica. O Centro de fios ou área da Estação Telefônica é dividido em seções
de Serviços, onde está contido o armário de distribuição, e são identificados pelas rotas dos
Cabos Alimentadores. A rota de um cabo Alimentador é identificada e numerada no
Distribuidor Geral (DG), da Estação Telefônica, para definir com clareza qual será a
distribuição ao longo da rede de cabos, os cabos alimentadores recebem no DG, um número
a partir do primeiro e assim sucessivamente, sempre em ordem crescente, estes números
são substituídos por letras do alfabeto também em ordem crescente. Os Armários de
Distribuição são identificados na planta, a partir da distribuição das contagens do cabo
telefônico; sempre a primeira contagem distribuída receberá a letra A, e assim
sucessivamente, o que formará a identificação do armário com duas letras: uma do cabo e
outra da distribuição da contagem. Vejamos abaixo como se obtém a identificação exata dos
cabos e armários:
1.4.1 – CABOS ALIMENTADORES. (Cabo 01 letra A), (Cabo 02 letra B), (Cabo 03 letra C),
(Cabo 04 letra D) etc.
1.4.2 – DISTRIBUIÇÃO DAS CONTAGENS. (1 – 300p letra A), (301 – 700 p letra B), (701 –
1.100 p letra C) Identificação de um armário que pertence ao cabo 01/A, na Contagem de 1
– 300 p, SERÁ, SS – AA. Identificação de um armário que pertence ao cabo 02/B, na
Contagem de 501 – 900 p, SERÁ, SS – BB.
Identificação de um armário que pertence ao cabo 05/E, na Contagem de 1.201 – 1.700
p, SERÁ, SS – ED.
1.5 – DISTRIBUIDOR GERAL. O Distribuidor Geral da Estação Telefônica é um
equipamento metálico construído para suportar a instalação de Blocos de Rede ou de
Assinantes, está localizado em sala/compartimento do prédio da Estação Telefônica. O
Distribuidor Geral se divide em:
1.5.1 – D G, LADO HORIZONTAL. Onde podem ser instalados os blocos de pinos sem
corte, provenientes da central de comutação, nestes blocos estão inseridos os terminais de
assinantes da central de comutação.
1.5.2 – DG, LADO VERTICAL. Onde podem ser instalados os Blocos de pinos do tipo
COOK, para uso com módulos de proteção, provenientes da Rede Externa de Cabos de Pares,
nestes blocos são montados os pares de Cabos Telefônicos que vem da rede alimentadora.
1.5.3 – TIPOS DE DISTRIBUIDOR GERAL. Os DG’S são disponibilizados no mercado com duas
características; DG de Parede e DG de Centro, o uso dos tipos depende do Cliente, que
obtém pela quantidade de pares da Estação Telefônica a ser implantada.
No subsolo da sala de D.G. fica localizado o túnel de cabos ou galeria, onde é feita a
emenda da cabeação do D.G., com cabos da Rede Externa. Esse tipo de emenda é chamado
de MUFLA.
Obs.: O cabo CTP-APL no projeto de rede é denominado de CA, quando o diâmetro dos
condutores são 0,40 mm. Exemplo: CTP-APL, 0,40mm x 100 p = CA-100 p.
1.6.7 – CAPA A P L (Alumínio Politenado) Chama-se capa APL o conjunto composto por
uma fita lisa de alumínio, polietileno em ambas as faces, aplicadas longitudinalmente sobre
o núcleo do cabo e uma camada externa de polietileno extrusada sobre a fita, de maneira
que fiquem perfeitamente ligadas, resultando uma verdadeira blindagem contra a
penetração de umidade para o interior do cabo.
Características construtivas dos cabos telefônicos:
• Número de pares.
• Diâmetro externo nominal (mm).
• Peso nominal (kg/km).
• Embalagem em bobina (m).
• Diâmetro dos condutores (mm). As características elétricas dos cabos telefônicos
• Resistência elétrica máxima dos condutores em CC a 20ºc (OHMS/KM).
• Desequilíbrio resistivo dos condutores em CC a 20ºc (OHMS/KM).
• Capacitância mútua nominal a 800Hz (NF/KM).
• Resistência de isolamento mínimo a 20º (MOHMS/KM).
• Atenuação máxima a 800Hz e a 20ºc (DB/KM).
• Resíduo de telediafonia a 150Khz - R.M.S. - (DB/KM).
1.7 – CÓDIGO DE CORES DOS CONDUTORES DO CABO.
É utilizado para identificar os pares no cabo, direcionar a mão-de-obra quanto ao uso e
manuseio dos pares, na distribuição em emendas e locais de conexão, dentro de uma
sequência lógica e ordenada dos pares do cabo telefônico, os cabos que utilizam o código
de cor são CTP-APL, CTS-APL, CCE-APL, CI e CCI. As cores que formam o código de cores são
10 (dez). São constituídas de 05 (cinco) PRINCIPAIS, que identificam as Linhas A (BRANCO,
VERMELHO, PRETO, AMARELO e LILÁS) e 05 (cinco) SECUNDÁRIAS, que identificam as linhas
B (AZUL, LARANJA, VERDE, MARROM e CINZA), a junção das linhas A e B formam o par
telefônico, e estes obedecerão ao código de cor da Tabela Padrão, conforme mostrado
abaixo:
OBS 1: A Tabela Padrão norteia a contagem dos pares em relação ao código de cores,
ela é repetida quantas vezes forem necessárias em função da quantidade de pares no cabo,
isto é, para os cabos do tipo CTP/CTS- APL. OBS 2: A tabela abaixo faz uma demonstração de
como são divididas as caixas terminais em um cabo CTP-APL de 200 pares, demonstrando
inclusive a distribuição das cores dos pares nas caixas terminais e as contagens dos pares.
EXEMPLO de distribuição de pares em caixas, e seus respectivos códigos de cores e
contagens de pares, nas tabelas a seguir:
1.8 – GRUPOS DE PARES EM CABOS TELEFÔNICOS. É o ajuntamento ordenado de
quantidades determinada de pares na fabricação dos cabos, os grupos de pares em cabos
do tipo CTP-APL, contém 25 (vinte e cinco) pares cada, havendo uma contagem crescente
do primeiro ao último grupo do cabo, os grupos são separados entre si, por cordões que os
envolvem obedecendo a ordem do código de cores padrão.
1.8.1 - Na regra de formação dos grupos de pares, existe uma exceção que é o cabo CTP-
APL 50 pares, sua formação é com 02 subgrupos de 12 pares e 02 subgrupos de 13 pares. 1
subgrupo – 13p, 01 a 13. 2 subgrupo – 12p, 14 a 25. 3 subgrupo – 13p, 26 a 38. 4 subgrupo
– 12p, 39 a 50.
1.8.2 - Os cabos telefônicos possuem quantidades de pares denominados EXTRA, na
quantidade de 1% (1 por cento), dos pares do cabo, para serem utilizados em alguma
eventualidade (geralmente na manutenção). Estes pares não possuem numeração definida
e são formados com a junção de duas linhas A (cor principal).
1.8.3 – A identificação dos grupos de pares dos cabos do tipo CTP-APL, é feita através de
cordões que envolvem os grupos, com as cores da tabela padrão, conforme tabela abaixo:
Exemplo: CABOS DE 202, 303, 404 e 606 PARES
1.9 – FORMAÇÃO DOS CABOS CTP – APL. Os cabos com capacidade de 50 pares em
diante, apresentam formações múltiplas (ou de grupos) de acordo com a figura abaixo:
Os cabos a partir de 100 pares são de formações múltiplas, ou seja, em grupos
completos de 25 pares. Cabos CTP-APL de 300, 400, 600 pares são considerados de
capacidades especiais, podendo serem utilizados tanto no aéreo como no subterrâneo.