Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Meios de Comunicação
Redes de Computadores
Meios de Comunicação
Iniciar
introdução
Introdução
Olá, estudante!
Bons estudos!
Fundamentos de Comunicação
Modelos de Comunicação
O processo de conversão digital do sinal de voz segue os princípios do teorema de Nyquist que
implica em 8000 amostras do sinal por segundo para manter a inteligibilidade da informação.
Isso proporciona uma taxa de 64 kbits/s e, para fins de otimização, podem ser utilizados
codecs (codificadores e decodificadores) com algoritmos para comprimir a quantidade de
informação do sinal de voz. O principal requisito de uma comunicação de voz é a rapidez no
envio das informações e a estabilidade do meio de comunicação, sendo permitida uma
tolerância para a perda de algumas informações ao longo do processo de transmissão.
A comunicação de dados tem tido um grande crescimento, pois muitos modelos de negócios
foram digitalizados através de softwares que requerem uma comunicação através de
ambientes de redes de comunicação. Um dos grandes propulsores foi o crescimento da
internet, que encurtou distâncias na comunicação do ponto de vista lógico. Qualquer
computador, com conexão à rede, pode se comunicar com outro através de protocolos de
comunicação, utilizando endereços lógicos, em que o transmissor pode endereçar suas
mensagens para seu destinatário.
Outro modelo de comunicação que está sendo muito adotado é a comunicação de vídeo,
sendo entregue tradicionalmente no sistema de entrega unidirecional (STALLINGS, 2005), para
fins de entretenimento; porém, atualmente sendo tratado também como um recurso de
comunicação corporativo. Esse tipo de comunicação demanda uma alta disponibilidade na taxa
de transmissão, pois se tratam de dados relacionados a imagens em movimento adicionados
de fluxos de áudio. As empresas têm obtido reduções de custos com esse modelo de
comunicação, através dos serviços de videoconferência que reduzem os gastos de viagens para
reuniões presenciais.
Redes de Comunicação
Além dos serviços de voz, as redes de telecomunicações também permitem outros serviços
como serviços móveis pessoais, estações móveis (celulares) e serviços multimídia (para o
estabelecimento de sessões de videoconferências). Também fornecem soluções de acesso e
transmissão para comunicação de dados de longa distância, através de uma rede backbone de
grande capacidade.
As redes de computadores têm ampliado sua abrangência em termos de distância, tendo sido
então definida uma classificação específica (TANENBAUM; WETHERALL, 2011):
Redes Locais
Na conexão física de uma rede de comunicação, podem ser adotadas diferentes arquiteturas
em relação à sua topologia, como a ponto a ponto, multiponto, estrela, anel e barramento.
Na arquitetura em estrela (Figura 1.6), todos os pontos convergem para um mesmo ponto
central. Esse ponto central permite o compartilhamento de uma informação com vários
pontos. Apresenta como grande desvantagem o caso de falha no ponto central, no qual a
comunicação fica prejudicada devido a essa dependência.
reflita
Reflita
Na arquitetura referente à topologia em anel pode ocorrer a falha em um dos nós da rede,
impossibilitando a comunicação nesse tipo de rede. Para contornar, é muito comum utilizar
topologia com um duplo anel, em que cada um apresenta uma direção (horário ou anti-
horário) de comunicação. Reflita como uma topologia em duplo anel possibilitaria a
comunicação, mesmo com a falha em um dos nós de rede.
Finalizamos o tópico sobre uma visão ampla das comunicações. No próximo, serão explanados
os tipos de meios de comunicação que caracterizam a forma como esta pode ser transportada
em uma rede.
praticar
Vamos Praticar
A comunicação faz parte da rotina das pessoas, estabelecendo uma difusão de informações,
seja de forma próxima ou remota. Através de equipamentos interligados em rede, as
comunicações podem ocorrer para diversos propósitos, sempre voltados ao transporte da
informação de um ponto a outro(s), independentemente da distância. Dentro do contexto das
comunicações, analise as afirmativas a seguir.
III. As redes ponto a ponto permitem a comunicação entre um ponto e vários pontos, desde
que haja um ponto central para realizar a difusão da informação.
IV. Em uma rede local, a comunicação pode alcançar longas distâncias, por exemplo, entre
matriz e filial de uma empresa em diferentes países.
b) I, III e V, apenas.
d) I, II e V, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
Transmissão de Dados
É comum a adoção do termo caractere para representar uma unidade de informação a ser
transmitida na comunicação de dados. Um caractere pode corresponder a um símbolo
utilizado por editores de texto, como uma letra ou número, e possui o tamanho de um byte,
ou 8 bits. Uma tabela de codificação bastante comum para o uso de caracteres é o ASCII, em
que cada caractere corresponde a um símbolo textual, utilizado pelos editores de texto, com
uma quantidade de 256 caracteres (SOUSA, 2009).
Cada bit que é transmitido pelo canal de comunicação segue o formato utilizado pelo seu meio
físico. Por exemplo, se o meio físico é elétrico, o bit será enviado no formato de um sinal
elétrico, se o meio é ótico, será enviado como um sinal luminoso, se o meio é o ar, será
enviado através de um sinal de radiofrequência. Como o meio físico de transmissão não é
perfeito, a comunicação está passível a perdas ou erros nas informações recebidas. Sendo
assim, é necessário um método de controle de erros na transmissão e na recepção de dados,
sendo o método mais utilizado o CRC (Cyclic Redundancy Check), em que um algoritmo calcula
com base no bloco de bits uma informação adicional que será utilizada no lado receptor para
verificar a confiabilidade da informação (SOUSA, 2009). A seguir, veremos os diferentes tipos e
modos de transmissão para uma comunicação de dados.
A forma como os bits referentes aos dados serão transmitidos em uma comunicação pode ser
categorizada como modo de transmissão serial ou paralelo. Esse modo de transmissão
corresponde à quantidade de bits que podem ser enviados simultaneamente (ver Figura 1.9, a
seguir).
Na transmissão serial, os bits são enviados sequencialmente, um bit de cada vez, através de
uma única via de transmissão. Nesse tipo de transmissão, os dados podem ser enviados de
forma síncrona ou assíncrona. Um conector bastante comum para uso em uma comunicação
serial é o RS-232, que apresenta um conector de 9 pinos chamado DB-9 (ver Figura 1.10). Nos
computadores atuais, a interface serial mais utilizada é a USB (Universal Synchronous Bus).
A transmissão síncrona apresenta o envio de dados com base em uma marcação temporal,
sendo o fluxo de dados na rede com velocidade de capacidade de transferência (throughput)
constante. O sinal que mantém o sincronismo é chamado de clock e opera como um relógio
entre o transmissor e o receptor, determinando o início e o fim de cada transição de bit “0”
para “1” e vice-versa. Existe um tempo fixo de transmissão para cada caractere. Nas
transmissões síncronas, os dados são agrupados em blocos, e mesmo que não haja dados para
serem transmitidos, o transmissor envia caracteres de sincronismo (SOUSA, 2009).
As transmissões simplex são aquelas que apresentam uma direcionalidade única, ou seja, um
único sentido para transmitir informações. É possível várias transmissões simplex de um
mesmo ponto de transmissão, porém não se obtém um retorno dos receptores (veja Figura
1.11). Exemplos de comunicação simplex são as transmissões de rádio e TV, em que não há
retorno dos receptores para as transmissões feitas nessas redes.
Quando há a transmissão no sentido contrário, porém que não seja de forma simultânea,
temos uma comunicação half-duplex ou semi-duplex. Nesse caso, após uma transmissão de
dados, é possível obter o retorno do lado do receptor, porém, não é possível realizar de forma
simultânea a transmissão nas duas direções. Um exemplo clássico de comunicação half-duplex
é o walkie-talkie. Outro exemplo é o da Figura 1.12 a seguir, uma comunicação com uso de
modems.
praticar
Vamos Praticar
III. ( ) Na transmissão de uma comunicação serial, o fluxo de bits é feito de forma sequencial,
um por vez.
IV. ( ) Na transmissão simplex, não é possível ter mais que um receptor para a comunicação.
a) V, V, V, F.
b) V, F, F, V.
c) F, V, V, F
d) F, V, F, F.
e) F, V, V, V.
Tipos de Comutação
Comutação de Circuitos
Figura 1.14 – Conexão por meio de uma rede pública de comutação por circuitos
Stallings (2005) menciona os seguintes passos para o estabelecimento de uma conexão por
circuitos:
Estabelecimento do circuito:
Desconexão do circuito:
após um período de transferência de dados, a conexão é encerrada por uma das partes
(origem ou destino) e os circuitos são liberados para outras conexões.
Segundo Kurose e Ross (2010), na rede de comutação por circuitos, os recursos necessários ao
longo do caminho, como buffers e taxa de transmissão, devem ser reservados pelo período
que durar a comunicação, garantindo uma maior qualidade e garantia de entrega da
informação. Porém, torna-se também uma desvantagem no requisito eficácia, pois mesmo que
não haja informações a serem transmitidas, o circuito continua estabelecido, desperdiçando
recursos.
Comutação de Mensagens
Na comutação por mensagens, os dados são enviados pelos nós de rede por caminhos
disponíveis no momento da transmissão (SOUSA, 2009). É um tipo de comutação que funciona
como o correio, em que a mensagem vai sendo transportada de um ponto a outro da rede até
o seu destinatário, em um processo conhecido como store and forward (armazenar e
encaminhar), conforme é apresentado na Figura 1.15:
A ordem das mensagens entregues não é garantida, sendo esse controle feito pela aplicação
do usuário. No caso de falta de confirmação de recebimento do usuário, após um determinado
período, a mensagem é retransmitida.
Comutação de Pacotes
Conforme Kurose e Ross (2010), algumas características são inerentes às redes de comutação
por pacotes: atraso, perda e vazão. O atraso se refere ao tempo que o pacote leva desde a
origem, quando é transmitido, até o destino, quando é recebido e processado.
O tempo de atraso total (atraso fim a fim), desde a origem até o destino, é chamado de
latência. Há também o atraso entre os pacotes recebidos, conhecido como jitter, que é
causado pelo tratamento dos dados aos pacotes ao longo da rede.
A perda de pacotes pode ocorrer em função de diversos fatores, como a fila de espera nos
elementos da rede de comutação por pacotes. Se houver um atraso muito grande no pacote,
este pode ser descartado, sendo, então, avaliada, consequentemente, a necessidade de
retransmissão ou não desse pacote. A perda pode decorrer também das próprias limitações de
recursos do elemento de comutação, como o espaço de armazenamento para os pacotes.
Caso seja insuficiente, os pacotes também podem ser descartados (perdidos). A vazão está
relacionada à largura de banda disponibilizada para a comunicação de dados na rede de
comutação de pacotes. Depende muito da largura de banda disponibilizada nos enlaces que
compõem as conexões entre os elementos na rede (KUROSE; ROSS, 2010).
Circuitos Virtuais
Como a rota é fixa durante o período dessa conexão lógica, o circuito virtual se assemelha
muito aos circuitos físicos utilizados na comutação por circuitos. Cada pacote deverá conter
um identificador de circuito virtual, além dos dados que devem ser transmitidos. Assim, com
base no identificador, cada elemento de rede irá utilizar o mesmo caminho para direcionar os
pacotes, conforme pode ser visto na Figura 1.17. Neste caso, não há a necessidade de
processamento para o roteamento, tornando esse tipo de técnica mais rápida que a
comutação por pacotes tradicional. Porém, demanda uma configuração inicial dos circuitos
virtuais para que os identificadores possam ser corretamente utilizados nos elementos de
comutação da rede.
Os circuitos virtuais também podem ser classificados como PVC ou SVC. PVC (Permanent
Virtual Circuit) indica uma conexão virtual permanente, criada manualmente, sendo desfeita
por intervenção humana. SVC (Switched Virtual Circuit) é uma conexão de circuitos virtuais
criados sob demanda de protocolos de sinalização, de forma dinâmica.
Assim, finalizamos o tópico sobre tipos de comutação. No tópico a seguir, falaremos sobre os
principais órgãos normatizadores (padronizadores) utilizados em redes de comunicação.
praticar
Vamos Praticar
O tipo de comutação indica o método pelo qual as informações serão transportadas desde a
origem até o seu destino. Em uma rede de computadores, é muito comum o uso de comutação
por pacotes, fragmentando as mensagens que devem ser enviadas em pedaços denominados
pacotes. Para tanto, os elementos de rede devem atuar com esse tipo de comutação,
realizando o processamento de cada pacote e dando o correto encaminhamento. Assinale a
alternativa que indica corretamente o atraso fim a fim relacionado aos pacotes em uma rede
de comutação por pacotes.
a) Atraso de fila.
b) Atraso de processamento.
c) Jitter.
d) Atraso de transmissão.
e) Latência.
Entidades Padronizadoras
Padrões Internacionais
ITU
ISO
IEC
IETF
A Internet Engineering Task Force (IETF) é um grupo de trabalho que faz parte da IAB (Internet
Architecture Board), com a missão de publicar documentos que descrevem o funcionamento
dos protocolos do modelo TCP/IP. Esses documentos são conhecidos como RFC (Request for
Comments), sendo numeradas sequencialmente (TANENBAUM; WETHERALL, 2011).
IANA
A Internet Assigned Numbers of Authority (IANA) é responsável por coordenar a raiz DNS, o
endereçamento IP (distribuição de blocos IPV4 e IPV6) e outros recursos dos protocolos de
internet (IANA, 2019).
IEEE
O Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) é a maior organização profissional do
mundo. Publica uma série de jornais (artigos) e promove diversas conferências a cada ano,
havendo um grupo de padronização que desenvolve padrões nas áreas de engenharia elétrica
e informática. Na área de redes, importantes padrões foram criados pelo IEEE, como o comitê
802, que padronizou vários tipos de LAN (TANENBAUM; WETHERALL, 2011).
saiba mais
Saiba mais
ACESSAR
ABNT
praticar
Vamos Praticar
“Os padrões definem o que é necessário para a interoperabilidade: nem mais, nem menos.
Isso permite o surgimento de um mercado maior e também que as empresas disputem com
base na qualidade de seus produtos. [...] Isso fica a critério de quem fabrica o produto”.
a) RFC.
b) ISO.
c) ITU.
d) IANA.
e) IEEE.
indicações
Material Complementar
Livro
Redes de Computadores
ISBN: 978-85-7605-924-0
Filme
Ano: 2018
Comentário: este vídeo retrata as diferentes topologias de rede com recursos visuais para que
você possa compreender melhor as suas diferenças, utilizando cenários envolvendo acesso wi-
fi, conexões de computadores, servidores, hubs e switches.
Trailer
conclusão
Conclusão
Nesta unidade, você teve a oportunidade de conhecer os meios de comunicação, desde seus
elementos básicos até as entidades padronizadoras envolvidas. É importante o entendimento
das comunicações, em especial a comunicação de dados, pois é a base para a qual as redes de
computadores são construídas. Assim, como as pessoas se comunicam, tendo ao menos uma
pessoa falando e outra ouvindo, dentro de um mesmo idioma, os equipamentos podem
transmitir dados e outros receberem, dentro de um mesmo protocolo de comunicação,
através do uso de um meio de comunicação. As arquiteturas de rede dependem muito de
como esses meios de comunicação serão utilizados, para que possam atender as expectativas
de funcionamento.
referências
Referências Bibliográficas
CABRAL, A. de L.; SERAGGI, M. R. Redes de Computadores: teoria e prática. São Paulo: Editora
SENAC, 2017.
SOUSA, L. B. de. Redes de Computadores: guia total. São Paulo: Érica, 2009.