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Redes de Computadores
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introdução
Introdução
Olá estudante! Nesta unidade você terá a oportunidade de conhecer softwares que ajudarão a
compreender melhor os conceitos vistos em redes de computadores, através de ambientes de
simulação. Um destes softwares é o conhecido Cisco Packet Tracer, da fabricante de switches e
roteadores Cisco, o qual serão vistas as principais funcionalidades e recursos presentes, como
PCs, servidores, cabos switches e roteadores. Este software será utilizado para práticas de
redes compartilhada e comutada, uso de roteamento estático e aplicação de protocolos de
roteamento, além de simularmos uma rede entre matriz e filial, reforçando o conteúdo teórico
de redes de computadores. Bons estudos!
Neste tópico, falaremos sobre os principais softwares de simulação de redes, entre os quais
será dado ênfase para o Cisco Packet Tracer.
O Cisco Packet Tracer é uma ferramenta gratuita, que pode ser instalado a partir do link Cisco,
com versões para Windows, Linux e MacOS. Esta ferramenta permite a criação de topologia
lógica e física de cenários de redes de computadores, simulando com apoio de animações
didáticas que demonstram o funcionamento de diversos protocolos e o tráfego de pacotes,
reproduzindo de forma fiel o processo de configuração de diversos equipamentos switches e
roteadores. Na figura 4.1 temos a apresentação da tela que representa a área de trabalho do
Cisco Packet Tracer.
Cada grupo de recursos apresenta os elementos que podem ser utilizados na composição de
um cenário de rede. No primeiro grupo de dispositivos de rede, podemos utilizar roteadores,
switches, hubs, dispositivos sem fio, dispositivos de segurança e emuladores de WAN. No
grupo de dispositivos de usuário, é possível incluirmos dispositivos como PCs, laptops,
servidores, além de dispositivos residenciais, smart cities, industriais e power grid. No grupo de
componentes, temos a possibilidade de inclusão de placas, sensores e atuadores. Em
conexões, temos os diferentes tipos de cabos que podem ser utilizados, além de cabeamento
estruturado. Em conexões multiusuário, é possível incluir a conectividade de ambientes de
simulação em diferentes máquinas físicas na rede.
Para iniciar a criação de um cenário, basta selecionar um elemento dos grupos mencionados e
clicar sobre a área de trabalho. Na figura 4.3, temos o exemplo da inserção de um simples PC
proveniente do grupo de dispositivos de usuário na área de trabalho.
Neste cenário, podemos observar que cada ponta da conexão apresenta um triângulo com cor
verde. Esta cor indica que as interfaces estão ativas e operacionais. Elas podem também estar
com a coloração laranja (interface sendo conectada) ou vermelha (interface inativa ou com
erros).
Podemos configurar o endereço IP de cada PC neste cenário (ex: 192.168.0.1 para PC1 e
192.168.0.2 para PC2), através de um click sobre o elemento. Assim, teremos uma tela para
configuração do elemento, neste caso um computador, em que teremos inicialmente a visão
frontal do equipamento (figura 4.6).
A configuração do endereço IP pode ser feita na aba “Config” através da interface Fast
Ethernet, conforme figura 4.7 ou na aba “Desktop”, através da aplicação “IP Configuration”,
conforme figura 4.8.
Podemos testar o cenário através do comando ping, utilizando uma janela de “Command
Prompt” na aplicações de Desktop do PC (figura 4.9).
Outra forma de teste é através do envio de PDU (Packet Data Unit) entre os elementos da
rede. Para tanto utilizaremos o ambiente de simulação (Simulation), presente no canto direito
da tela, que abrirá uma nova tela de simulação (figura 4.10). Será utilizado a opção Add Simple
PDU, representado pelo ícone de um envelope, sendo que para adicionar uma PDU, deve-se
clicar na origem, por exemplo, no PC1 e clicar na sequência no destino, neste caso, o PC2.
Através da janela de simulação pode-se observar os pacotes (ICMP), bem como o envelope
sendo encaminhado em cada enlace da rede de forma gráfica.
Os equipamentos de rede como o switch apresentam uma interface gráfica para configuração
no Cisco Packet Tracer, mas também possuem o acesso via linha de comando (interface CLI),
conforme figura 4.11. Esta interface aceita os mesmos comandos do IOS (Internetworking
Operating System) da Cisco, como se estivesse manuseando o equipamento real. A interface
CLI também está presente em outros equipamentos da Cisco no ambiente do Packet Tracer,
como os roteadores.
GNS3/Dynamips
Existem outras opções de softwares de redes, além do Cisco Packet Tracer, como GNS3, Opnet,
Cnet network simulator, dentre outros. O mais conhecido é o GNS3 (Graphical Network
Simulator 3), porém este se trata de um software de emulação de redes, diferente do Cisco
Packet Tracer que é tratado como um simulador. Segundo Brito (2014), um emulador é uma
ferramenta que reproduz uma plataforma virtualizada que uma arquitetura de computador
possa executar sistemas desenvolvidos em outra arquitetura.
O GNS3 provê uma interface gráfica (ver figura 4.12) que permite a construção de topologias
de rede com suporte a emuladores externos como o Dynamips. O Dynamips é um emulador
gratuito sob licença da GNU que permite a execução de imagens de sistemas de equipamentos
de rede, para que possam ser utilizados e executados, como, por exemplo, o Internetworking
Operating System (IOS) da Cisco para seus switches e roteadores. Em termos práticos, este
ambiente permite uma reprodução de uma imagem real de equipamento, permitindo utilizar
através de exportação, arquivos reais dos mesmos.
reflita
Reflita
O Ensino a Distância (EAD) é uma realidade cada vez mais presente na formação de futuros
profissionais. No caso de Redes de Computadores, é possível contornar a distância de
laboratórios físicos para a aprendizagem no âmbito prático? Reflita levando em consideração a
utilização do Packet Tracer para modelar e simular uma rede de dados.
No próximo subtópico exploraremos o Cisco Packet Tracer com alguns cenários de simulação,
utilizando redes de compartilhamento e redes comutadas.
praticar
Vamos Praticar
Assinale a alternativa correta que representa a interface presente nos recursos de rede Cisco
no Packet Tracer que aceita comandos IOS:
a) VPN.
b) Terminal.
c) CLI.
d) Command Prompt.
e) QEMU.
Neste tópico, iremos utilizar a ferramenta Cisco Packet Tracer para simular cenários de redes
compartilhadas e redes comutadas. A partir destes ambientes, entraremos em maiores
detalhes sobre outros recursos de simulação, como a visualização de protocolos sendo
utilizados para a comunicação na rede.
Rede Compartilhada
No cenário a seguir (figura 4.13), iremos simular uma rede compartilhada, o qual será
compartilhado um servidor e uma impressora através de conexões em rede com dois
computadores, utilizando um dispositivo hub.
Note que estão sendo utilizadas conexões diretas via par trançado (copper straight-through).
No servidor, iremos configurar o endereço para interface ligada ao hub como 192.168.0.1,
conforme figura 4.14 abaixo:
Podemos também utilizar a opção de simulação (figura 4.18) para observar o percurso de uma
PDU (packet data unit) ao longo da rede.
Dentro deste ambiente de simulação, podemos ver o percurso dos pacotes e o tipo de pacote
(protocolo) na lista de eventos (Event List), conforme apresentado na figura 4.19.
Assim, os computadores podem fazer uso de serviços compartilhados em rede oferecidos por
servidores ou dispositivos como impressoras. Entretanto, o uso de hubs implica em maior
tráfego na rede, pois a operação é baseada no broadcast de mensagens nos protocolos de
comunicação, sendo pouco eficiente. No próximo subtópico, falaremos sobre cenários de
simulação de redes comutadas, que ajudam e melhorar a eficiência de tráfego de dados na
rede.
Rede Comutada
No cenário envolvendo dois switches e VLAN, iremos construir o cenário da figura 4.23.
Neste ambiente, a configuração dos endereços IP dos computadores pode ser feito através da
opção Desktop->IP configuration. Para a configuração das vlans, utilizaremos o modo de
comando CLI, porém é possível também utilizar a interface gráfica do switch. As interfaces Fast
Ethernet dos switches estão assim configuradas.
Switch> enable
Switch(config)# vlan 10
Switch(config-vlan)# vlan 20
Switch(config-vlan)# end
Switch(config-if)# end
Switch 1:
Switch> enable
Switch(config)# vlan 10
Switch(config-vlan)# vlan 20
O comando vlan cria uma vlan que será identificada por um número. Um nome pode ser
atribuído a esta vlan pelo comando name, dentro da configuração da vlan. Na configuração da
interface, a vlan pode ser atribuída pelo comando switchport access vlan. No caso da conexão
entre switches, deve ser utilizado nestas interfaces o comando switchport mode trunk.
Neste cenário básico, testes com comando ping podem ser feitos demonstrando que entre
computadores dentro da mesma vlan, independente se no mesmo switch ou em switches
diferentes, há conectividade e entre computadores de vlans diferentes não.
Para a interligação de diferentes redes, podemos fazer uso do equipamento roteador, que irá
realizar a comutação no nível de rede (nível 3). Utilizaremos o cenário apresentado na figura
4.24.
Nos computadores, deve ser configurado o default gateway com o endereço IP da interface do
roteador correspondente a sua rede. Isto pode ser realizado na opção Desktop->IP
Configuration. Por exemplo, os computadores da rede 192.168.0.0 utilizarão o endereço
192.168.0.1 como default gateway e os computadores da rede 192.168.1.0 utilizarão o
endereço 192.168.1.1 neste campo. Através do roteador os pacotes provenientes da rede
192.168.0.0 para a rede 192.168.1.0 podem ser encaminhadas e vice-versa. Testes com
comando ping ou envio de PDUs no modo de simulação podem ser feitos para verificação do
correto encaminhamento deste cenário.
praticar
Vamos Praticar
Na rede comutada, podemos utilizar uma funcionalidade dos switches denominada redes
locais virtuais, conhecidas como VLAN (Virtual Local Network). Para tanto, são criadas vlan’s
com uma identificação numérica e estas são atribuídas as portas do switch em suas interfaces.
Mas, para a conexão entre switches cm esta funcionalidade configurada, é importante que
esta interface também esteja habilitada para o transporte das informações de vlan.
c) Name vlan.
d) Vlan.
e) Show vlan.
Um aspecto importante para o correto funcionamento de uma rede composta por roteadores
é a configuração das suas tabelas de roteamento. Estas tabelas permitem que os roteadores
analisem os endereços IP e identifiquem rotas para os quais os pacotes podem ser
encaminhados. Existem dois tipos de roteamento principais conhecidos, o roteamento estático
e o roteamento dinâmico.
Neste tópico, abordaremos um cenário de simulação para roteamento estático e outro para
roteamento dinâmico, buscando um aprofundamento sobre a camada de rede utilizada para o
encaminhamento de pacotes.
Roteamento Estático
No Cisco Packet Tracer, podemos configurar o roteamento estático para diversos cenários,
sendo que utilizaremos o da figura a seguir, baseado na topologia de rede sugerida no
laboratório 02 por Brito (2014).
Figura 4.26: Cenário de interligação de redes
Para que os PCs conectados em diferentes segmentos possam se comunicar, é importante que
as tabelas de roteamento estejam corretamente configuradas, bem como as interfaces dos
roteadores estejam ativadas. Também é importante a configuração dos IPs de cada
computador, podendo ser feito de forma estática através da aplicação Desktop->IP
Configuration. Por exemplo:
Uma das primeiras etapas é estabelecer a tabela de rotas estáticas, conforme tabela 4.2:
Nesta tabela, temos para cada roteador, os endereços de rede relacionados a cada uma de
suas interfaces, bem como o endereço de gateway (default gateway) que será utilizado pelos
computadores para alcançar a outra rede interligada através do roteador. Entretanto, cada
roteador não conhece ainda os endereços de rede do outro roteador interligado, sendo
necessário então a adição de rotas na tabela de roteamento, conforme a tabela 4.3.
Esta tabela pode ser inserida através da interface gráfica do Cisco Packet Tracer na opção
Config->Routing->Static, adicionando os endereços de rede. A seguir, seguem os comandos
que devem ser inseridos em cada roteador para adicionar os dados do cenário mencionado
através da interface de linha de comandos CLI:
Roteador-A:
Router> enable
Roteador-A(config-if)# no shut
Roteador-A(config-if)# no shut
Roteador-A(config-if)# no shut
Roteador-A(config-if)# no shut
Roteador-A(config-if)# exit
Roteador-A(config)# end
Roteador-A#
Roteador B:
Router> enable
Roteador-B(config-if)# no shut
Roteador-B(config-if)# no shut
Roteador-B(config-if)# no shut
Roteador-B(config)# ip route 192.168.1.0 255.255.255.0 192.168.0.249
Roteador-B(config)# end
Roteador-B#
O comando ip route cria uma nova entrada na tabela de roteamento de forma estática,
sendo inseridos o endereço IP da rede a ser encaminhada, sua máscara de subrede e o
endereço do próximo roteador para o qual será feito o encaminhamento.
A fim de verificar se a tabela de roteamento estático foi criada, pode ser utilizado o comando
show ip route. As rotas diretas são apresentadas pela letra C, enquanto que as rotas criadas
estaticamente pela letra S. Para testar o roteamento, pode ser utilizado o comando ping,
testando o envio de pacotes entre os computadores dos segmentos de rede ligados ao
roteador A para os computadores dos segmentos de rede ligados ao roteador B e vice-versa.
Também pode ser utilizado o envio de PDU no modo de simulação para observar o percurso
dos pacotes.
Roteamento Dinâmico
Na figura a seguir, temos um cenário para simularmos o roteamento dinâmico, através dos
protocolos RIP, que utiliza algoritmos de vetor distância e OSPF, que adota o algoritmo estado
de enlace.
Neste cenário, temos três unidades (Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte) interligadas
por roteadores (Router RJ, Router SP e Router BH), sendo que cada unidade possui duas
subredes (BRITO, 2014). Inicialmente, iremos configurar as interfaces dos roteadores pela
interface CLI.
Router RJ:
Router> enable
Router-RJ(config)# no shut
Router-RJ(config)# no shut
Router-RJ(config)# interface f0/1
Router-RJ(config)# no shut
Router-RJ(config)# end
Router SP:
Router> enable
Router-SP(config)# no shut
Router-SP(config)# no shut
Router-SP(config)# no shut
Router-SP(config)# end
Router-BH:
Router> enable
Router-BH(config)# no shut
Router-BH(config)# no shut
Router-BH(config)# no shut
Router-BH(config)# end
Estes comandos são os mesmos utilizados para o roteamento estático. Para os computadores
de cada rede, podem ser configurados os endereços IP e o seu default gateway, através da
opção Desktop -> IP Configuration. Agora, verificaremos os comandos para a configuração do
roteamento dinâmico, iniciando pelo RIP.
Configuração RIP
O protocolo RIP utiliza a contagem de saltos como métrica, para definir o melhor caminho para
o encaminhamento de pacotes. As configurações do RIP são bastante simples, tendo a opção
através da interface gráfica no Cisco Packet Tracer (Config ->Routing->RIP) ou através de
comandos na interface CLI, como os seguintes para o cenário apresentado.
Router RJ
Router-RJ> enable
Router-RJ#
Router SP
Router-SP> enable
Router-SP(config-router)# end
Router-SP#
Router BH
Router-BH> enable
Router-BH(config-router)# end
Router-BH#
No comando show ip route, verificamos as entradas inseridas pelo protocolo RIP na tabela de
roteamento nas linhas com a letra R. Exemplo do Router RJ:
Router-RJ#show ip route
Para testar o roteamento, pode ser utilizado o comando ping, testando o envio de pacotes
entre os computadores dos segmentos de rede ligados ao roteador RJ para os computadores
dos segmentos de rede ligados ao roteador SP ou BH. Também pode ser utilizado o envio de
PDU no modo de simulação para verificar o percurso do pacote.
Configuração OSPF
No protocolo OSPF, utilizaremos todas as subredes como parte da mesma área, no caso, a área
principal de backbone 0. A configuração do protocolo OSPF exige uma definição de processo,
que adotaremos o número 64.
Router RJ
Router-RJ> enable
Router-RJ(config-router)# end
Router-RJ#
Router SP
Router-SP> enable
Router-SP(config-router)# end
Router-SP#
Router BH
Router-BH> enable
Router-BH(config-router)# end
Router-BH#
O comando utilizado para configuração do protocolo OSPF é router ospf. Devem ser incluídas
as redes conhecidas para cada roteador, sendo utilizado o comando network, porém para cada
endereço de rede, deve ser complementado com o wildcard mask, que equivale ao inverso da
máscara de subrede padrão, e a área ao qual pertence.
No comando show ip route, verificamos as entradas inseridas pelo protocolo OSPF na tabela
de roteamento nas linhas com a letra O. Veja o exemplo do Router SP:
Router-SP#show ip route
Veja que a distância administrativa do OSPF é 110 e o valor da métrica para o roteamento é 65
e está relacionado a banda disponível nos enlaces.
Para o protocolo OSPF, alguns comandos podem ser utilizados para verificação como:
Router-SP#
Router-SP#
Timer intervals configured, Hello 10, Dead 40, Wait 40, Retransmit 5
Next 0x0(0)/0x0(0)
Timer intervals configured, Hello 10, Dead 40, Wait 40, Retransmit 5
Next 0x0(0)/0x0(0)
Timer intervals configured, Hello 10, Dead 40, Wait 40, Retransmit 5
Next 0x0(0)/0x0(0)
Timer intervals configured, Hello 10, Dead 40, Wait 40, Retransmit 5
Next 0x0(0)/0x0(0)
Para testar o roteamento, pode ser utilizado o comando ping, testando o envio de pacotes
entre os computadores dos segmentos de rede ligados ao roteador RJ para os computadores
dos segmentos de rede ligados ao roteador SP ou BH. Também pode ser utilizado o envio de
PDU no modo de simulação para verificar o percurso do pacote.
saiba mais
Saiba mais
O protocolo BGP também é utilizado para roteamento dinâmico. No artigo “Estudo de Caso
dos Protocolos de Roteamento Utilizados Pelos Provedores de Internet” é apresentado um
demonstração deste juntamente com o protocolo OSPF, com o apoio do software de emulação
de redes GNS3. Leia mais sobre este artigo.
ACESSAR
praticar
Vamos Praticar
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut
labore et dolore magna aliqua, assinale a alternativa correta:
a) Show interfaces.
b) Network.
c) Router rip
d) Show ip route
e) Router ospf
Utilizaremos o cenário proposto por Brito (2014) para uma rede IPv6, conforme figura 4.28 a
seguir, que adota uma segmentação da rede de uma empresa em 4 subredes com endereços
global-unicast (públicos), sendo que 2 subredes farão parte da unidade matriz
(2001:DB8:CAFE:2::/64 e 2001:DB8:CAFE:3::/64) e as outras duas estão presentes nas filiais 1
(2001:DB8:CAFE:1::/64) e 2 (2001:DB8:CAFE:4::/64).
Na tabela 4.4 a seguir, temos a definição dos endereços utilizados para as interfaces de cada
roteador, que serão configuradas através de comandos na interface CLI.
Os comandos utilizados para a configuração dos endereços IPv6 são similares aos comandos
para IPv4, logo este cenário pode também ser adaptado e praticado com esta última
abordagem. Seguem os comandos para cada roteador:
Router> enable
Router(config-if)# no shut
Router(config-if)# no shut
Router(config-if)# end
Roteador R2 - Matriz
Router> enable
Router(config-if)# no shut
Router(config-if)# no shut
Router(config-if)# no shut
Router(config-if)# no shut
Router(config-if)# end
Roteador R3 - Filial 2
Router> enable
Router# configure terminal
Router(config-if)# no shut
Router(config-if)# no shut
Router(config-if)# end
Para o roteamento dos pacotes entre as redes, utilizaremos o roteamento dinâmico com o
protocolo OSPF (OSPFv3 para IPv6). Na configuração com IPv6 não é necessário a configuração
de wildcard masks, como feito no OSPF para IPv4. O Router-ID deve ser configurado para cada
roteador, e esta informação será repassada para os seus roteadores vizinhos, assim como a
criação de áreas e hierarquia da topologia.
Router> enable
Router(config-rtr)# exit
Router(config-if)# end
Roteador R2 (Matriz)
Router> enable
Router(config-if)# end
Roteador R3 (Filial 2)
Router> enable
Router(config-if)# end
Nesta configuração, foi utilizado o número 110 para identificar o processo OSPF. A área 0
(backbone) está definida para o roteador da matriz e suas interfaces, enquanto a subrede da
filial 1 está na área 1 e a subrede da filial 2 na área 2. Através do comando show ipv6 route,
podemos observar a tabela de roteamento criada nos roteadores através deste roteamento
dinâmico.
O - OSPF intra, OI - OSPF inter, OE1 - OSPF ext 1, OE2 - OSPF ext 2
C 2001:DB8:CAFE:1::/64 [0/0]
L 2001:DB8:CAFE:1::1/128 [0/0]
O 2001:DB8:CAFE:2::/64 [110/65]
O 2001:DB8:CAFE:3::/64 [110/65]
O 2001:DB8:CAFE:4::/64 [110/129]
O 2001:DB8:CAFE:E::/127 [110/128]
C 2001:DB8:CAFE:F::/127 [0/0]
L FF00::/8 [0/0]
Roteador R2 (Matriz)
O - OSPF intra, OI - OSPF inter, OE1 - OSPF ext 1, OE2 - OSPF ext 2
OI 2001:DB8:CAFE:1::/64 [110/65]
C 2001:DB8:CAFE:2::/64 [0/0]
via ::, FastEthernet0/0
L 2001:DB8:CAFE:2::1/128 [0/0]
C 2001:DB8:CAFE:3::/64 [0/0]
L 2001:DB8:CAFE:3::1/128 [0/0]
O 2001:DB8:CAFE:4::/64 [110/65]
C 2001:DB8:CAFE:E::/127 [0/0]
L 2001:DB8:CAFE:E::/128 [0/0]
C 2001:DB8:CAFE:F::/127 [0/0]
L FF00::/8 [0/0]
Roteador R3 (Filial 2)
O - OSPF intra, OI - OSPF inter, OE1 - OSPF ext 1, OE2 - OSPF ext 2
OI 2001:DB8:CAFE:1::/64 [110/129]
O 2001:DB8:CAFE:2::/64 [110/65]
via FE80::203:E4FF:FE35:1402, Serial0/3/0
O 2001:DB8:CAFE:3::/64 [110/65]
C 2001:DB8:CAFE:4::/64 [0/0]
L 2001:DB8:CAFE:4::1/128 [0/0]
C 2001:DB8:CAFE:E::/127 [0/0]
L 2001:DB8:CAFE:E::1/128 [0/0]
O 2001:DB8:CAFE:F::/127 [110/128]
L FF00::/8 [0/0]
Após as configurações feitas, pode-se fazer testes através do comando ping (ou envio de PDUs
no ambiente de simulação), para verificar a comunicação entre os computadores da matriz e
filiais. No exemplo abaixo (figura 4.30), temos o resultado do comando ping de um
computador da matriz (2001:db8:cafe:2::2) para o computador de uma das filiais
(2001:db8:cafe:1::2).
praticar
Vamos Praticar
É muito comum que empresas que implantaram filiais requeiram manter a conectividade
destas com sua matriz, seja para acesso a sistemas ou troca de informações necessárias em
suas operações. Para tanto, é importante que as redes locais da matriz e filiais tenham acesso
a equipamentos de interligação, conhecidos como gateways que podem ser executados por
roteadores, que atuarão na camada de rede para realizar o correto encaminhamento dos
dados.
e) IP Configuration->IP Address.
indicações
Material Complementar
Livro
Editora: Novatec
ISBN: 978-85-7522-335-2
Comentário: Este livro apresenta uma série de laboratórios para o uso de softwares de
simulação, como Cisco Packet Tracer, ou emulação, como o GNS3. Destaco alguns laboratórios
interessantes, como as configurações de lista de controle de acesso ACL (laboratório 11) e
Telefonia VoIP em redes convergentes (laboratório 15).
web
Ano: 2016
Comentário: Este vídeo traz um exemplo de uso de simulador de rede Cisco Packet Tracer para
cenários de Internet das Coisas (IoT - Internet of Things). Neste cenário há a presença de
sensores como detecção de fumaça e CO2, com atuadores na porta de garagem e janela sendo
ativadas por um servidor.
Acessar
conclusão
Conclusão
Nesta unidade foi possível conhecer um dos softwares mais conhecidos para a simulação de
redes de computadores, o Cisco Packet Tracer. Esta ferramenta foi criada para atender os
treinamentos da Cisco Net Academy, permitindo que acadêmicos e profissionais possam ter
um contato com a construção e funcionamento de uma infraestrutura de redes, através de um
arcabouço de recursos, sem a necessidade de um laboratório físico para realização de
experimentos práticos. Alguns cenários foram apresentados, como redes compartilhadas,
comutadas com switches e roteadores, roteamento estático e dinâmico e interligação de redes
de matriz e filiais, apresentando configurações com IPv4 e IPv6, reforçando os aspectos
teóricos.
referências
Referências Bibliográficas
BRITO, S.H.B. Laboratório de Tecnologias Cisco. 2a.ed. São Paulo: Novatec, 2014.
MARCO, E.C.D. TREVELIN, F.D. Utilização do Packet Tracer para documentar, modelar e simular
uma rede de dados: a Rede “Comp” do DC UFSCar como um Objeto de Aprendizagem. Revista
TIS, v.3, n.3, setembro/dezembro 2014.
OLIVEIRA, D.N. SANTOS, G.F. ARAÚJO, M.A.R. Estudo de Caso dos Protocolos de Roteamento
Utilizados Pelos Provedores de Internet. Revista de Tecnologia da Informação Aplicada,
Goiania, n.2, p.10-15, julho/dezembro de 2013.
TANENBAUM, A.S. WETHERALL, D. Redes de Computadores. 5.ed. São Paulo: Pearson Prentice
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VOSS, G.B. MEDINA, R.B. AMARAL, E.M.H. ARAÚJO, F.V. NUNES, F.B. OLIVEIRA, T.B. Proposta
de utilização de laboratórios virtuais para o ensino de Redes de Computadores: articulando
ferramentas, conteúdos e possibilidades (Fase I). Renote, Porto Alegre, V.10, n.3, dezembro de
2012.