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Ambientes computacionais e conectividade

2 - REDES DE COMPUTADORES, TIPOS DE REDES, TOPOLOGIAS


LÓGICA E FÍSICA E CABEAMENTO ESTRUTURADO (DL)

TÓPICO 01

REDES DE COMPUTADORES, TIPOS DE REDES, TOPOLOGIAS LÓGICA E FÍSICA E CABEAMENTO


ESTRUTURADO

Olá, estudante!

Seja bem-vindo(a) à unidade de estudo redes de computadores, tipos de redes, topologias


lógica e física e cabeamento estruturado.

Para entender melhor o papel que os computadores exercem em um sistema de redes,


considere a internet um recurso de grande importância na atualidade. Isso porque, estar
conectado a ela é essencial em diversos seguimentos, tais como o comércio, a indústria, a
saúde, educação etc. Por isso, o projeto de uma rede que será conectada à internet exige um
planejamento detalhado e cauteloso, a exemplo, a conexão de um computador pessoal (PC –
personal computer) à internet.

Vale ressaltar que os recursos do computador também precisam ser considerados para a
conexão, o que inclui o tipo de equipamento que conecta o PC, tal como placa de rede (NIC -
Network interface card) ou um modem. Assim, da mesma forma que protocolos e regras
devem ser configurados, outras condições têm que ser satisfeitas, inclusive a seleção de um
navegador web apropriado, como o World Wide Web (www) — sistema hipertextual que
opera por meio da internet (KUROSE, 2013).

Você já parou para pensar como os computadores se comunicam entre eles?

Para iniciar nossos estudos a respeito das redes de computadores, convido você a refletir
sobre o seguinte diálogo entre colaboradores de uma empresa.

TIRINHA

Tirinha de uma conversa entre a Cristina (colaboradora) e o Paulo (Administrador de Redes) de


uma empresa.
Podemos verificar nesse diálogo entre Cristina e Paulo aspectos relacionados aos serviços
básicos em redes, tal como seus conceitos, suas arquiteturas e sua interconexão, os quais
serão aprofundados no decorrer do presente estudo.

Ao final deste conteúdo, você será capaz de:

 Compreender o que são redes de computadores;


 Compreender os tipos de redes;
 Compreender as topologias de redes;
 Compreender e diferenciar topologia física e lógica;
 Entender a potencialidade, os desafios e como fazer cabeamento estruturado.

A conectividade, que faz parte da realidade da sociedade contemporânea, e viabiliza


diferentes tipos de interações, negócios, relacionamentos entre outros, tem como base as
redes de computadores.

Redes de computadores

As redes de computadores permitem que todos os computadores se comuniquem utilizando


um protocolo, regras e formatos específicos, atuando, assim, como um gerenciador de acesso.
A figura na sequência mostra uma situação em que envolve um problema de conexão à
internet.

FIGURA 1 | POR QUE ESTOU SEM INTERNET?


Nessa figura, temos, no primeiro quadro, o colaborador diante de um computador. A tela em
evidência está aberta em uma página mostrando que não há conexão com a internet. Ele
então conversa com um segundo colaborador. No quadro 2, o segundo colaborador responde
que o problema pode ser decorrente de diversos fatores. No quadro 3, o segundo colaborador
aparece atrás do computador com o cabo de rede de internet na mão, mostrando que o
computador estava desconectado da rede de acesso à internet.

Por meio da interpretação da tirinha, podemos perceber que não apenas componentes são
necessários para o funcionamento da internet; uma vez que os tipos de componentes são
essenciais no sentido de definirmos a importância da conexão física e lógica para garantir a
interconectividade.

A internet é a maior rede de dados do mundo, e que consiste em muitas redes


interconectadas, incluindo redes de pequeno, médio e grande porte. Os computadores
individuais são as origens e os destinos das informações que trafegam pela internet. Assim,
conexão a ela pode ser classificada de algumas formas.

A conexão à internet pode ser dividida em: conexão física, conexão lógica e as aplicações
necessárias (TANENBAUM, 2011).

Cada uma dessas divisões possui especificidades, sendo que, na sequência, temos uma
descrição desses elementos que possibilitam a conexão à internet:

É realizada pela conexão de uma placa de expansão, como um


Conexão física modem ou uma placa de rede, entre um PC e os recursos da
Conexão lógica rede. É utilizada para transferir os sinais entre PCs dentro de
Aplicativos ou programas uma Rede local (LAN – Local Area Network) e para dispositivos
remotos na internet (KUROSE, 2013).

Outro ponto a ser considerado é o navegador web, que compreende um programa que habilita
seus usuários a interagirem com documentos HTML (HyperText Markup Language ou
Linguagem de Marcação de Hipertexto), e hospeda dados em um servidor da rede. Dessa
forma, o navegador exibe o HTML como página web.
EXEMPLO

Entre os navegadores web da atualidade estão: MS Internet Explorer, MS Edge, Google


Chrome, Opera, Mozilla Firefox e o Safari.

Os navegadores web também utilizam aplicativos plug-in proprietários para exibir tipos de
dados especiais, como filmes ou animações. Essa é uma visão inicial da internet, e ainda que
possa parecer um processo muito simples, ao explorarmos ela mais profundamente, ficará
evidente que o envio de dados pela Internet é uma tarefa complexa.

Vamos aprofundar nossos estudos relativos às redes de acesso residencial e corporativa, por
meio da seguinte leitura.

ESTUDO GUIADO

Leia as páginas 20 até 24 sobre as redes de acesso residencial e corporativa.

CLIQUE NO LINK E LEIA O LIVRO

KUROSE, J.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down. 6.


ed. São Paulo: Pearson, 2013.

Nessa leitura temos que para acessar as redes de computadores precisamos ter uma
infraestrutura adequada, que começamos a estudar a partir de agora.

Uma placa de rede – Network interface card (NIC) ou adaptador de rede – oferece capacidades
de comunicações nos dois sentidos, ou seja, entre a rede e um computador pessoal ou um
dispositivo de rede qualquer.

A placa de rede a... ser utilizada precisa ser compatível com o meio físico utilizado para a
interconexão e com os protocolos utilizados na rede local.

Em um sistema de computação baseado em por desktops, é uma placa de circuito impresso


que reside em um slot na placa-mãe (motherboard) ou encontra-se já disponível diretamente
(onboard). Provê uma interface de conexão com o meio físico de rede, sendo utilizada para
essa interconexão (STALLINGS, 2002). Na figura a seguir, encontramos um modelo de placa de
rede.

FIGURA 2 | PLACA DE REDE


Em um sistema de computação baseado em notebooks, netbooks ou outros modelos
portáteis, a placa de rede é normalmente integrada. Nos modelos mais antigos, ficava
disponível em um cartão PCMCIA (Personal Computer Memory Card International Association),
atribuído a um consórcio de empresas de tecnologia informática que produziu a especificação
com o mesmo nome para uma interface de 16 bits de expansão de computadores portáteis
(STALLINGS, 2002).

Atualmente, a interface de rede nos computadores utiliza como conexão, normalmente, os


conectores RJ45 fêmeas, do padrão RJ (registered jack), como um conector físico e de seus
cabos (STALLINGS, 2002). Ademais, alguns fatores devem ser considerados na escolha de uma
placa de rede.

Apresentamos na sequência os fatores a se considerar para selecionar uma placa de rede:

Protocolos Ethernet (arquitetura de interconexão para redes locais, como uma


rede de área local baseada no envio de pacotes), Token Ring, FDDI ou
outros.
Tipos de meios de
comunicação Pares trançados, cabos coaxiais, fibras ópticas ou redes wireless.
para a
interconexão

A conectividade à internet exige uma placa adaptadora, que pode ser um modem ou uma
placa de rede (ou adaptadora). Normalmente, utiliza-se a segunda opção, que, em alguns
computadores, já vem instalada na placa-mãe, sendo então, denominada de placa onboard.
Entretanto, em outros casos, além da conexão com a placa de rede (onboard ou offboard),
temos que ter um modem. Normalmente, ele é necessário para as conexões de dados em que
o link é alugado de uma operadora de serviços.

É importante destacar que um modem ou modulador é um dispositivo que:

 proporciona ao computador a conectividade por meio de uma linha telefônica; em


alguns outros casos, de uma linha telefônica dedicada, conhecida como LP ou linha
privativa; ou de um cabeamento específico (coaxial ou óptico);
 converte (modula) os dados de um sinal digital em sinal analógico compatível com o
meio de comunicação a ele destinado. Na extremidade receptora, demodula o sinal, o
qual é convertido novamente em sinal digital;
 pode ser instalado internamente ou ligado ao computador externamente, usando uma
linha telefônica (como nas tecnologias DSL - Digital Subscriber Line).

Na figura a seguir, encontramos um dos modelos de modem da atualidade.

FIGURA 3 | MODEM
Já as próximas figuras mostram, respectivamente, uma placa de rede PCMCIA e um adaptador
Ethernet USB (Universal Serial Bus).

FIGURA 4 | CARTÃO PCMCIA

FIGURA 5 | PLACA DE REDE USB


USB (Universal Serial Bus) é uma tecnologia mais simples, fácil
e mais rápida que as antigas. Ela possibilita a conexão de
diversos tipos de aparelhos a computadores e dispositivos
móveis, evitando assim o uso de um tipo específico de conector
para cada equipamento.

O podcast na sequência apresenta um panorama geral da conectividade à internet.

PODECAST

VISÃO GERAL DA HISTÓRIA DA CONECTIVIDADE À INTERNET

O conteúdo desse podcast é importante para compreendermos os grandes passos que foram
dados em relação à conectividade à internet, e para nos preparar para os grandes passos que
ainda poderemos dar nessa história da internet, a qual já revolucionou muitas coisas. Logo, em
uma visão geral da conectividade, temos que:

 No início da década de 1960, foram introduzidos modems para oferecer a


conectividade de terminais 'burros' com um computador central;
 Na década de 1970, os BBS permitiram que os usuários fizessem a conexão para inserir
ou ler mensagens em quadro de avisos;
 Nos anos 1980, tornou-se desejável transferir arquivos, gráficos e outros padrões;
 Nos anos 1990, a velocidade dos modems aumentou para até 56 kbps;
 A partir do ano 2000, os serviços de alta velocidade se tornaram desejáveis.

Agora, convido você a ampliar seus conhecimentos sobre os primórdios da internet, por meio
da seguinte leitura.

Leia as páginas 55 e 56, em que há uma entrevista de Leonard Kleinrock a respeito de seu
computador ter se tornado o primeiro nó da internet.

CLIQUE NO LINK E LEIA O LIVRO

KUROSE, J.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down. 6.


ed. São Paulo: Pearson, 2013.

Muito interessante, não é mesmo? Saber como tudo começou. Agora, vamos entender quais
os tipos de redes que podemos conectar os nossos equipamentos.
TIPOS DE REDES

REDES DE DADOS

As redes de dados, também conhecidas como redes de comunicação de dados, foram


desenvolvidas como um resultado dos aplicativos empresariais escritos para
microcomputadores, com a intenção de atender as demandas computacionais de seus
usuários.

É importante observar que as empresas levaram muito tempo para adotar computadores
pessoais em suas operações, contudo, o lançamento de alguns aplicativos desencadeou um
rápido crescimento da indústria de computadores.

O principal objetivo para a utilização dos ambientes em redes é o compartilhamento de


recursos computacionais, a nível de hardware e software.

Nas décadas de 1970 e 1980, os microcomputadores não eram conectados da mesma maneira
que os terminais "burros" compartilhavam os recursos dos computadores de grande porte
(mainframes); portanto, não havia uma maneira eficiente de compartilhar dados entre vários
microcomputadores (FOROUZAN, 2008).

Mainframe é um computador de grande porte dedicado ao


processamento de grandes volumes de dados, com alto desempenho,
performance, escalabilidade e segurança. Apesar de o nome
mainframe remeter à enorme estrutura centralizada em que eram
executados os processamentos dos dados, ao longo dos anos, esse
servidor vem ocupando cada vez menos espaço físico e agregando
maior capacidade computacional.
Em razão de operar com processadores especializados, além de
recursos de criptografia, compactação, IO de rede, IO de disco,
processamento Java, processamento Linux, por exemplo, em uma
mesma máquina, ele obtém melhores tempos no processamento
transacional on-line ou batch, pela eficiência na distribuição
das tarefas, otimizando a entrega de resultados.

FIGURA 6 | DISQUETE E A SNEAKERNET


No início, as companhias investiram em computadores como dispositivos autônomos que, às
vezes, vinham acompanhados de impressoras. Quando os empregados que não tinham
impressoras queriam imprimir documentos, tinham que copiar seus arquivos em disquetes,
levá-los até seu colega de trabalho para que este carregasse-o em seu PC e então fazer a
impressão. Essa versão bastante rústica de rede tornou-se conhecida com sneakernet.

Os sneakernets criavam várias cópias dos dados. E, cada vez que um arquivo era modificado,
ele teria que ser compartilhado novamente com todas as outras pessoas que precisavam
daquele arquivo. Porém, se duas pessoas modificavam o arquivo e depois tentavam
compartilhá-lo, um dos conjuntos de modificações era perdido.

Por isso, as empresas precisavam de uma solução que respondesse satisfatoriamente a três
questões:

• Como evitar a duplicação de equipamentos e recursos?

• Como se comunicar eficazmente?

• Como configurar e gerenciar uma rede?

A partir dessas reflexões as empresas perceberam, então, que a tecnologia de rede aumentaria
a produtividade enquanto economizaria dinheiro. Desse modo, novas redes foram criadas ou
expandidas tão rapidamente quanto surgiam novos produtos e tecnologias de rede. Para as
redes do início dos anos 1980, houve uma grande expansão no uso do seu conceito, apesar da
desorganização na primeira fase de desenvolvimento.
Nessa mesma década, as tecnologias de rede foram elaboradas usando
diferentes implementações de hardware e software, sendo que cada
empresa criadora usava seus próprios padrões. Esses padrões individuais
Atenção! eram desenvolvidos devido à competição com outras companhias. Surgiu,
então, o conceito das arquiteturas proprietárias. Consequentemente, muitas
das novas tecnologias de rede eram incompatíveis umas com as outras, não
garantindo a interconectividade.

Tornou-se cada vez mais difícil para as redes que usavam especificações diferentes se
comunicarem entre si. E, por isso, frequentemente era necessário que o equipamento antigo
de rede fosse removido para que fosse implementado o novo equipamento (FOROUZAN,
2008).

Uma das primeiras soluções para esse problema foi a criação de padrões de redes locais (LAN).
Acompanhe nos slides a seguir alguns resultados disso.

FIGURA 8 | POTENCIAL DA REDE LOCAL

Com o crescimento de uma empresa, ficavam aparentes as desvantagens do sneakernet. Como


resultado, as grandes empresas investiram em uma rede local (LAN), a qual permitiu que os
usuários, dentro dos departamentos, transferissem os arquivos eletronicamente e com
rapidez.

Em virtude dos então padrões de redes locais oferecerem um conjunto aberto de diretrizes
para a criação de hardware e software, equipamentos de diferentes companhias poderiam se
tornar compatíveis. Isso permitiu estabilidade na implementação de redes locais. Desse modo,
sistemas provenientes de fabricantes diferentes poderiam se interconectar desde que fossem
de uma arquitetura aberta.

CURIOSIDADE
Em um sistema de rede local, cada departamento da empresa é
uma espécie de ilha. Porém, à medida que o uso do
microcomputador nas empresas cresceu, logo se percebeu que
até mesmo as redes locais não eram o suficiente. Conforme as
empresas foram expandindo, abriram novos escritórios de
vendas regionais por todo o mundo ou novas filiais. Cada
escritório tinha, então, sua própria rede local, seus próprios
Em um sistema de rede softwares, aplicativos e hardwares, além de seu próprio
local, cada administrador de redes. Cada departamento funcionava
departamento da eficientemente, mas era isolado eletronicamente dos demais
empresa... departamentos. Isso, frequentemente, causava uma grande
deficiência em toda a empresa, ou seja, um atraso no acesso às
informações que precisavam ser compartilhadas. Era
necessário, portanto, um modo de mover informações de
maneira rápida e eficiente, não só dentro da empresa, mas
também de uma empresa para outra (FOROUZAN, 2008).

TABELA 1 | DISTÂNCIA ENTRE CPUS, A SUA LOCALIZAÇÃO E A DENOMINAÇÃO


DISTÂNCIAS ENTRE CPUS LOCALIZAÇÃO DAS CPUS NOME
0,1 m Placa de circuito impresso Placa-mãe - Personal área network (PAN)
1,0 m Mainframe Sistemas de computadores - redes
10 m Sala Rede local (LAN) - sua sala de aula
100 m Edifício Rede Local (LAN) - sua Universidade
1000 m = 1 km Cidade universitária ou blocos de edifícios Rede Local (LAN) - Universidade São Judas, campi Mooca
100.000 m = 100 km País Rede de longa distância (WAN)
1.000.000 m = 1000 km Continente Rede de longa distância (WAN) - Ásia; Oceania
10.000.000 m = 10.000 km Planeta Rede de longa distância - a Internet
100.000.000 m = 100.000 km Earth-moon system Rede de longa distância (WAN) - Satélites artificiais e da Terra
INSTITUCIONAL, 2021.

Nessa tabela temos a descrição dos valores de distâncias entre CPUs, localização dos CPUs e o
nome dado à rede. Convido você a fazer uma análise sucinta de cada uma das redes
apresentadas na tabela anterior, por meio do artigo a seguir.

SAIBA MAIS

LAN, WLAN, MAN, WAN, PAN: conheça os principais tipos de redes

Link de acesso: https://canaltech.com.br/infra/lan-wlan-man-wan-pan-conheca-os-principais-


tipos-de-redes

RASMUSSEN, B. LAN, WLAN, MAN, WAN, PAN: conheça os principais tipos de redes. Canaltech,
[s.l.], [s.d.]. Disponível em: <https://canaltech.com.br/infra/lan-wlan-man-wan-pan-conheca-
os-principais-tipos-de-redes/>. Acesso em: 09 fev. 2020.

Agora, assista à videoaula na sequência, que apresenta um resumo do histórico das redes.

VÍDEO AULA (HISTÓRIA DAS REDES)


https://player.vimeo.com/video/509776501

Após essa viagem no tempo por meio da história das redes, vamos conhecer o que são
tipologias físicas e lógicas.

Topologia física e lógica

Os equipamentos que se conectam diretamente a um segmento de rede são chamados de


dispositivos, e estão divididos em duas classificações, a saber:

Classificação dos equipamentos que se conectam diretamente à rede:

Classificação dos equipamentos que se conectam diretamente à rede:

Incluem computadores, impressoras,


scanners e outros dispositivos que fornecem
serviços diretamente ao usuário. Os
Usuário final dispositivos de usuário final que fornecem
aos usuários uma conexão à rede são
também conhecidos como hosts (SOARES,
1995);
Incluem os dispositivos que fazem a
Rede interconexão de todos os dispositivos do
usuário final, permitindo que se
comuniquem.

Além disso, há as topologias de rede que definem a estrutura da rede. Uma parte da definição
de topologia é a topologia física e a outra é a topologia lógica.

Topologia física

A topologia física é o layout efetivo dos fios ou meios físicos utilizados. Destacamos na
sequência as topologias físicas comumente utilizadas:

TOPOLOGIA EM BARRAMENTO (BUS)

Usa um único cabo backbone que é terminado em ambas as extremidades e todos os hosts são
diretamente conectados a ele. Backbone (que significa espinha dorsal ou rede de transporte) é
uma rede principal por onde os dados dos clientes trafegam.

TOPOLOGIA EM ANEL (RING)

Conecta um host ao próximo e o último host ao primeiro. Isso cria um anel físico utilizando o
cabo.

TOPOLOGIA EM ESTRELA

Conecta todos os cabos a um ponto central de concentração.

TOPOLOGIA EM ESTRELA ESTENDIDA (EXTENDED STAR)

Une estrelas individuais ao conectar hubs ou switches. Essa topologia pode estender a
finalidade e a cobertura da rede.

TOPOLOGIA HIERÁRQUICA

É semelhante a uma estrela estendida. Porém, ao invés de unir hubs ou switches, o sistema é
vinculado a um computador que controla o tráfego na topologia.

TOPOLOGIA EM MALHA (MESH)

É implementada para prover a maior proteção possível contra interrupções de serviço. A


utilização de uma topologia em malha nos sistemas de controle, por exemplo, de uma
empresa de energia interligados em rede. Assim, cada host tem suas próprias conexões com
todos os outros hosts. Apesar de a internet ter vários caminhos (rotas) para qualquer local, ela
não adota a topologia em malha completa.

Podemos observar na próxima figura as principais topologias físicas encontradas nas redes de
comunicação de dados.

FIGURA 10 | TOPOLOGIAS FÍSICAS


Observamos na figura a apresentação de tipos de topologias físicas em seis quadros diferentes:
topologia de barramento; topologia em estrela estendida; topologia em anel; topologia
hierárquica; topologia em estrela; e topologia em malha.

Topologia lógica

A topologia lógica de uma rede é a forma como os hosts se comunicam pelos meios. Os dois
tipos mais comuns de topologias lógicas são broadcast e passagem de token. As topologias
lógicas comumente usadas são:

Broadcast

Cada host envia seus dados a todos os outros hosts conectados ao meio físico da rede. Não
existe uma ordem que deve ser seguida pelas estações para usar a rede, considerando que o
primeiro a chegar é o primeiro a utilizar. A Ethernet funciona dessa maneira;

Passagem de token

Controla o acesso à rede, passando um token eletrônico sequencialmente para cada host.
Quando um host recebe o token (permissão para transmitir), significa que ele pode enviar
dados à rede. Se o host não tiver dados a serem enviados, ele vai passar o token para o
próximo host e o processo será repetido.

Exemplo

Dois exemplos de redes que usam passagem de token são token ring e fiber distributed data
interface (FDDI). Uma variação dessas duas redes é a arcnet, em que a passagem de token
ocorre por uma topologia de barramento.
CABEAMENTO PARA REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS

Iniciaremos nossa visão geral sobre cabeamento para redes de comunicação de dados com o
seguinte podcast.

PODECAST (CABOS WIRELESS E REDES DE COMPUTADORES)

https://soundcloud.com/animaead/anima-ti-acc-unid2-pod2-v1-22012021

Feita essa análise geral sobre cabos, wireless e redes de computadores, vamos observar, na
figura a seguir, um exemplo do significado das siglas utilizadas nas especificações dos cabos
(FOROUZAN, 2008).

FIGURA 11 | SIGNIFICADO DE 10 BASE-T

Nessa figura, temos o significado de 10 BASE-T. 10 indica a velocidade da rede local = 10 Mbps.
Base indica a banda base e T indica o tipo de cabo e o comprimento máximo.

Exemplo

Alguns exemplos de especificações Ethernet relacionadas ao tipo de cabo incluem:

• 10BASE-T;

• 10BASE5;

• 10BASE2.

Vamos detalhar na sequência essas especificações Ethernet relacionadas ao tipo de cabo:

ESPECIFICAÇÃO 10BASE-T
A especificação 10BASE-T se refere à velocidade de transmissão a 10 Mbps. O tipo de
transmissão é a banda base, termo que se refere à faixa de frequência original de um sinal de
transmissão antes de ser convertido ou modulado para uma faixa de frequência diferente. Por
exemplo, um sinal de áudio pode ter um intervalo de banda base de 20 hertz a 20.000 hertz
(20 Hz a 20 kHz). Quando é transmitido em uma radiofrequência (RF), é modulado para uma
faixa de frequência muito mais alta e inaudível. O T significa que os pares são trançados. O
cabo por par trançado (twisted pair) possui pares de fios entrelaçados um ao redor do outro
para cancelar as interferências eletromagnéticas (EMI) e foi inventado por Alexander Graham
Bell no final do século XIX.

ESPECIFICAÇÃO 10BASE5

A especificação 10BASE5 se refere à velocidade de transmissão a 10 Mbps. O tipo de


transmissão é banda base. O 5 representa a capacidade do cabo de permitir que o sinal
transite aproximadamente até 500 metros antes que a atenuação venha a interromper a
capacidade do receptor de interpretar corretamente o sinal sendo recebido. É também
geralmente conhecida como thicknet. Porém, esse nome designa, na realidade, um tipo de
rede, enquanto a 10BASE5 é o cabeamento usado naquela rede (FOROUZAN, 2008).

ESPECIFICAÇÃO 10BASE2

Já a especificação 10BASE2 se refere à velocidade de transmissão a 10 Mbps. O tipo de


transmissão é banda base. O 2 indica que o máximo comprimento aproximado de um
segmento é de 200 metros antes que a atenuação venha a interromper a capacidade do
receptor de interpretar corretamente o sinal sendo recebido. Mas comprimento máximo do
segmento é de fato 185 metros.

Vale lembrar que, quando o diâmetro da rede supera os valores máximos padronizados,
podemos utilizar os repetidores de sinal, de acordo com o meio de comunicação de dados
escolhido (FOROUZAN, 2008).

Cabos coaxiais

O cabo coaxial consiste em um condutor de cobre envolto por uma camada isolante flexível. O
condutor central também pode ser feito de um fino cabo de alumínio laminado, permitindo
que seja industrializado a baixo custo. Esse condutor central pode ser rígido ou flexível.

Sobre o material isolante, há uma folha metálica que age como um segundo fio no circuito e
como blindagem para o fio interior. A blindagem também reduz a quantidade de interferências
eletromagnéticas externas.

A seguinte figura ilustra as camadas normalmente encontradas nos cabos coaxiais, bem como
um dos conectores mais utilizados, o conector BNC (Bayonet-Neill-Concelman ou British Naval
Connector) (FOROUZAN, 2008).

FIGURA 12 | CABO COAXIAL


Observamos nessa figura que o cabo é composto por revestimento externo, com uma
blindagem de malha de cobre, e na segunda camada, mais externa, com isolamento plástico.
Por fim, há a camada mais interna com o condutor de cobre. Conector BNC é inserido na
extremidade desse tipo de cabo. Abaixo da imagem há as informações: velocidade e
throughput: 10 100 Mbps; custo: barato; meios físico e tamanho do conector: médio;
comprimento máximo do cabo: 500m. Entre as vantagens do cabo coaxial destacam-se:

 Pode cobrir maiores distâncias que o cabo de par trançado blindado (STP), o cabo de
par trançado não blindado (UTP), e o cabo de par trançado screened (ScTP), sem a
necessidade de repetidores.
 É mais barato que o cabo de fibra óptica e a tecnologia é bem conhecida. Tem sido
utilizado por muitos anos em vários tipos de comunicação de dados inclusive na TV a
cabo (FOROUZAN, 2008; TANENBAUM, 2011).

Ao trabalhar com cabo, é importante considerar a sua espessura. À medida que aumenta a
espessura do cabo, aumenta também a dificuldade de se trabalhar com ele. Isso porque o cabo
tem de ser puxado pelas tubulações, dutos, conduítes ou calhas existentes, que têm
espessuras muitas vezes limitadas.

Por isso, o cabo coaxial pode ser encontrado com diversas espessuras. O maior diâmetro foi
especificado para uso como cabo de backbone Ethernet, devido a sua maior extensão de
transmissão e suas características de rejeição ao ruído. Esse tipo de cabo coaxial é
frequentemente chamado de thicknet. Como a denominação sugere, na prática, esse tipo de
cabo pode ser muito rígido para ser instalado facilmente em algumas situações. Geralmente,
quanto mais difícil for a instalação dos meios de rede, mais cara ela é.

Acompanhe na sequência imagens desses cabos.


FIGURA 13 | CABO COAXIAL

O cabo coaxial é mais caro de instalar do que o cabo de par trançado.

FIGURA 14 | CABOS COAXIAL THICKNET E THINNET

O cabo coaxial do tipo thicknet quase não é mais usado, exceto para fins de instalações
especiais ou industriais (FOROUZAN, 2008; TANENBAUM, 2011). No passado, esse cabo com
um diâmetro externo de apenas 0,35 cm era usado em redes Ethernet. Ele era especialmente
utilizado nas instalações que exigiam que o cabo fizesse muitas curvas (principalmente de 90º)
e em retornos pela tubulação. Já o thinnet era mais fácil de instalar, e a instalação era também
mais econômica. Isso fez com que algumas pessoas o chamassem de cheapernet. A malha
externa de cobre ou metálica no cabo coaxial constitui metade de seu circuito elétrico e deve-
se ter muito cuidado para garantir uma conexão elétrica sólida em ambas as extremidades,
resultando em aterramento apropriado. Uma conexão de blindagem ruim é uma das maiores
fontes de problemas de conexão na instalação do cabo coaxial.

É importante notar que problemas de conexão resultam em ruídos elétricos que interferem na
transmissão de sinais no meio da rede. Por essa razão o thinnet não é mais comumente
utilizado na prática, e nem suportado pelos padrões mais modernos (100 Mbps ou maior) para
redes Ethernet. (FOROUZAN, 2008; TANENBAUM e WETHERALL, 2011).

Cabos de pares trançados - STP


O cabo de par trançado blindado (STP - Shielded Twisted Pair) combina as técnicas de
blindagem, cancelamento e trançamento de fios. Na figura que segue, encontramos as
principais camadas do cabo STP.

FIGURA 15 | CABO DE PARES TRANÇADOS BLINDADO - STP

Essa figura apresenta os componentes do cabo STP, sendo eles: capa, braided shield,
blindagem de folha metálica e pares trançados. Abaixo, há um quadro com os valores de
velocidade e throughput de 10 a 100 Mbps; custo moderado; meios físicos e tamanho do
conector médio e grande; e comprimento máximo do cabo de 100 m.

Cada par de fios é envolvido por uma malha metálica (normalmente


Atenção! conhecida como APL ou alumínio politenado). Geralmente é um cabo de 150
ohm de resistência elétrica.

Sabe-se que o STP compartilha muitas das vantagens e desvantagens do cabo de par trançado
não blindado (UTP - Unshielded Twisted Pair), como oferecer maior proteção contra todos os
tipos de interferências externas, mas é mais caro e difícil de instalar do que o UTP.
(FOROUZAN, 2008; TANENBAUM e WETHERALL, 2011).

Entre as vantagens do cabo de pares trançados destacam-se:

 Reduz o ruído elétrico dentro dos cabos, como ligação dos pares e a diafonia, algo
especificado para utilização nas instalações de rede token ring;
 Reduz também ruídos eletrônicos externos dos cabos, como, por exemplo, a
interferência eletromagnética (EMI) e interferência da frequência de rádio (RFI).
Um novo híbrido do UTP, como o STP tradicional, é o screened UTP (ScTP), também conhecido
como foil twisted pair (FTP). Na figura seguinte, encontramos as principais camadas do cabo
ScTP.

FIGURA 16 | CABO DE PAR TRANÇADO - SCTP

Nessa figura, temos o cabo de par trançado - UTP com revestimento externo seguido da
blindagem externa. Os fios estão dispostos aos pares e trançados. Eles possuem isolamento
em plástico com código de cores. Abaixo da imagem estão as informações: Velocidade e
throughput: 10 a 100 Mbps. Custo: moderado. Meios físico e tamanho do conector: médio a
grande. Comprimento máximo do cabo: 100 m.
O ScTP é basicamente o UTP envolvido em uma blindagem de folha
ou malha metálica, sendo também um cabo de 100 ohm de
resistência elétrica.

Vale ressaltar que muitos instaladores e fabricantes de cabos podem utilizar o termo STP para
descrever o cabeamento ScTP. Porém, é importante entender que a maioria das referências
feitas ao STP hoje, na verdade, referem-se ao cabeamento blindado de quatro pares.

Os materiais da blindagem metálica no STP e no ScTP precisam estar


Atenção! aterrados nas duas extremidades.

Se o aterramento for feito incorretamente ou se houver qualquer descontinuidade no


comprimento inteiro do material blindado, o STP e o ScTP podem se tornar suscetíveis a
grandes problemas de ruído. Eles são suscetíveis porque permitem que a blindagem funcione
como uma antena captando sinais indesejados, e esse efeito atua nas duas direções. Assim, a
blindagem não só impede que as ondas eletromagnéticas entrantes causem ruído nos fios de
dados, mas também minimiza a saída das ondas eletromagnéticas irradiadas.
Com relação às desvantagens dos cabos STP e ScTP estão:

 Não podem percorrer distâncias tão longas como outros meios de rede, como cabo
coaxial ou fibra óptica, sem que o sinal seja repetido.
 Isolamento e blindagem se combinam para aumentar consideravelmente o tamanho,
peso e custo do cabo em relação a outros tipos.
 Os materiais de blindagem tornam as terminações mais difíceis e suscetíveis a más
práticas de instalação.

Entretanto, o STP e o ScTP ainda têm seu lugar, especialmente, na Europa ou em instalações
em que EMI e RFI são intensas e próximas ao cabeamento. (FOROUZAN, 2008; TANENBAUM e
WETHERALL, 2011).
A interferência eletromagnética (EMI) e a interferência de
radiofrequência (RFI) são dois fenômenos em que os dispositivos
eletrônicos criam e são afetados pela radiação eletromagnética.

Cabos de pares trançados - UTP

O cabo de par trançado não blindado (UTP - Unshield Twisted Pair) é um tipo de fio de quatro
pares usado em uma variedade de redes. Cada um dos oito fios individuais de cobre no cabo
UTP é coberto por material isolante. Além disso, cada par de fios é trançado em volta de si.
Esse tipo de cabo usa apenas o efeito de cancelamento produzido pelos pares de fios
trançados para limitar a degradação do sinal causada por EMI e RFI. Para reduzir ainda mais a
diafonia entre os pares, o número de trançamentos entre eles varia.

Entre as vantagens do cabo UTP destacam-se:

 Fácil de ser instalado;


 Mais barato que outros tipos de meios de comunicação utilizados em redes. Aliás, o
UTP custa menos por metro do que qualquer outro tipo de cabeamento de redes
locais;
 Como tem o diâmetro externo menor, o UTP não ocupa os dutos de cabeamento tão
rapidamente quanto outros tipos de cabos.

Da mesma forma que o cabo STP, o cabo UTP deve seguir especificações rígidas no que se
refere à quantidade de trançamentos permitidos por metro de cabo.

FIGURA 17 | CABO DE PAR TRANÇADO UTP - CARACTERÍSTICAS


O cabo de par trançado é composto por pares de fios, sendo que cada um deles é isolado do
outro e todos são trançados juntos dentro de uma cobertura externa.

Não há uma blindagem física; sua proteção é dada pelo efeito de cancelamento mútuo dos
campos eletromagnéticos, devido aos fios estarem trançados.

O cabo de par trançado sem blindagem, projetado para redes, contém quatro pares de fios de
cobre sólidos. O cabo tem uma impedância de 100 ohms – um fator importante que o
diferencia dos outros tipos de fios de telefone e de par trançado.

FIGURA 18 | PARES TRANÇADOS PARA SINAIS ANALÓGICOS E DIGITAIS

Os pares trançados podem ser utilizados tanto para sinais analógicos como para sinais digitais.
A largura de banda depende da espessura do fio e da distância percorrida. Em muitos casos, é
possível alcançar diversos megabits/s por alguns quilômetros. Devido ao custo e ao
desempenho obtidos, os pares trançados são utilizados em larga escala e é provável que
continuem a ser nos próximos anos.
A figura a seguir apresenta mais detalhes sobre esse cabo de par trançado.

FIGURA 19 | CABO DE PAR TRANÇADO - UTP E PONTOS DE DESTAQUE

Nessa figura temos o cabo de par trançado - UTP, formado por revestimento externo com
cabos trançados dois a dois com isolamento em plástico e código de cores. Abaixo da imagem,
há um quadro com as informações: Velocidade e throughput: 10 ou 100 ou até 1000 Mbps
(dependendo da qualidade, categoria do cabo). Custo médio por nó: o mais econômico. Meios
físico e tamanho do conector: pequeno. Comprimento máximo do cabo: 100 m.

A chamada categoria 5, atualmente, é o tipo de cabo frequentemente utilizado e


implementado em instalações de rede. Contudo, previsões de analistas e pesquisas
independentes indicam que o cabo de categoria 6 vai substitui-lo em instalações de rede.

O fato de que os requisitos de enlace e canal em categoria 6 são compatíveis com a categoria
5e, o que faz com que seja muito fácil escolherem categoria 6 e substituir a categoria 5e em
suas redes. Ou seja, as aplicações que funcionam em categoria 5e funcionarão em categoria 6.
A figura a seguir, ilustra um exemplo de utilização do cabo UTP interligando diversos
dispositivos de redes.

FIGURA 20 | CABO DE PARA TRANÇADO UTP - EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO

Observamos nessa figura um exemplo de conexão. A partir do servidor de arquivos conectado


a um hub/concentrador, que é ligado por um cabo de 100 metros a um repetidor. Outro cabo
do mesmo comprimento conecta o repetidor à estação de trabalho.

A real vantagem de sua utilização é o tamanho. Como tem o diâmetro externo menor, o UTP
não ocupa os dutos de cabeamento tão rapidamente quanto outros tipos de cabos. Esse pode
ser um fator muito importante para se levar em consideração, particularmente quando se
instala uma rede em um prédio antigo, por exemplo.

Entre as demais vantagens do cabo UTP destacam-se:

 Fácil de ser instalado;


 Mais barato que outros tipos de meios de comunicação utilizados em redes. Aliás, o
UTP custa menos por metro do que qualquer outro tipo de cabeamento de redes
locais;
 Como tem o diâmetro externo menor, o UTP não ocupa os dutos de cabeamento tão
rapidamente quanto outros tipos de cabos.

Além disso, quando o cabo UTP é instalado usando um conector RJ, fontes potenciais de ruído
na rede são muito reduzidas e uma conexão bem sólida é praticamente garantida. Há, no
entanto, desvantagens no uso do cabeamento de par trançado.

Entre as desvantagens do cabo UTP estão:

 Maior propensão a ruídos e interferências elétricas do que outros tipos de meios


físicos de rede;
 Distância entre amplificações dos sinais menor no UTP do que nos cabos coaxiais e de
fibra óptica. (FOROUZAN, 2008; TANENBAUM e WETHERALL, 2011).

Cabe observar que o cabo de par trançado já foi considerado mais lento na transmissão de
dados do que outros tipos de cabos. Todavia, isso não é mais verdade. Na realidade,
atualmente, o cabo de par trançado é considerado o meio baseado em cobre mais veloz.
CONEXÕES ENTRE DISPOSITIVOS

Para que ocorra comunicação entre dispositivos, o sinal transmitido da origem precisa ser
entendido pelo destinatário, sob o ponto de vista tanto físico como de software. Assim, o sinal
transmitido precisa ser recebido corretamente pela conexão do circuito projetado para
receber sinais.

O pino transmissor da fonte precisa estar, em última instância, conectado ao


Atenção! pino receptor do destino.

Há alguns tipos de conexões de cabos entre dispositivos de rede (COMER, 2016). Na figura a
seguir, um switch de rede local está conectado ao computador. O cabo que conecta da porta
do switch à porta da placa de rede é denominado cabo direto.

FIGURA 21 | CABO DIRETO

Observamos nessa figura uma caixa switch conectada a um computador pelo cabo direto. No
mercado, os cabos denominados de diretos são, na grande maioria, STPs, quando os
conectores forem metálicos, ou serão UTPs, quando os conectores forem não metálicos.

Na próxima figura, dois switches são conectados. O cabo que conecta de uma porta do switch
a outra porta de switch é denominado cabo cruzado (COMER, 2016).

FIGURA 22 | CABO CRUZADO - CROSSOVER

Nessa figura, temos dois switches ligados por um cabo cruzado. Já, na figura seguinte, o cabo
que conecta o adaptador RJ-45 na porta COM do computador à porta do console do roteador
ou switch é denominado um cabo rollover (COMER, 2016).
FIGURA 23 | CABO ROLLOVER

Podemos observar na figura anterior o adaptador RJ-45 na porta COM do computador à porta
do console do roteador ou switch, que é denominado um cabo rollover.

Os PCs exigem um adaptador de RJ-45 para DB-9 ou de RJ-45 para DB-25. As


configurações da porta COM são 9,600 bps, 8 bits de dados, sem paridade, 1
REFLITA bit de parada, sem controle de fluxo. Isso proporciona acesso de console
fora da banda. A porta de comutação AUX pode ser utilizada para um
console conectado por modem.
Os cabos são definidos pelo tipo de conexões, ou pinagens, desde uma extremidade à outra do
cabo. Conforme demonstrado na videoaula a seguir.

VÍDEO AULA (CONEXÕES E PINAGENS)

https://player.vimeo.com/video/509782877
Agora que você conheceu os conceitos básicos de cabeamento e pinagens, vamos começar a
detalhar um pouco mais esse assunto.

Para aprofundar seus conhecimentos a respeito das categorias dos cabos de pares trançados,
efetue a seguinte leitura.

ESTUDO GUIADO

Leia as páginas página 59 a 60 do Capítulo 2 - Camada física, a respeito das categorias dos
cabos de pares trançados.

CLIQUE NO LINK E LEIA O LIVRO

TANENBAUM, A.S. & WETHERALL, D. REDES DE COMPUTADORES. 5. ED. São Paulo: Pearson,
2011.

Essa leitura fecha os conceitos sobre esse tipo de cabo. Agora vamos estudar sobre os meios
ópticos.

MEIOS ÓPTICOS

Antes de estudarmos as especificações dos tipos de fibras ópticas utilizadas na conexão de


rede, ouça o podcast a seguir, que traz explicações gerais sobre como funciona a transmissão
de sinal por meio de fibra óptica.

PODECAST (O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO)

https://soundcloud.com/animaead/anima-ti-acc-unid2-pod3-v1-22012021

PODECAST (SÍNTESE MODELAGEM PARAMÉTRICA)

https://soundcloud.com/animaead/sintese-modelagem-parametrica
PODECAST (SÍNTESE - ASSESSMENT, FEEDBACK E SOFTSKILLS0)

https://soundcloud.com/animaead/sintese-assessment-feedback-e-softskills

Fibras ópticas multimodo

A parte de uma fibra óptica pela qual os raios de luz se propagam é chamada de núcleo da
fibra. Na figura que segue, ilustra a estrutura de uma fibra óptica.

FIGURA 24 | FIBRA ÓPTICA

Nessa figura temos a camada mais externa de uma fibra óptica: revestimento ou buffer,
revestimento interno e núcleo.

Vale ressaltar que os raios de luz só podem entrar no núcleo da fibra se seus ângulos estiverem
dentro da abertura numérica da fibra especificada. Da mesma maneira, uma vez que os raios
tenham entrado no núcleo da fibra, existe um número limitado de caminhos ópticos que
podem ser seguidos pelo raio de luz por meio da fibra. Esses caminhos ópticos são chamados
modos de propagação.

Se o diâmetro do núcleo da fibra for suficientemente grande para que haja


muitos caminhos por onde a luz possa se propagar pela fibra, a fibra é
Atenção! chamada de multimodo. Já a fibra monomodo possui um núcleo muito
menor que só permite que os raios de luz se propaguem em um modo de
propagação dentro da fibra.
A figura na sequência ilustra os tipos de fibras ópticas em relação ao perfil do índice de
refração do núcleo (FOROUZAN, 2008; KUROSE, 2013).

FIGURA 25 | TIPOS DE FIBRAS ÓPTICAS QUANTO AO PERFIL DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO DO


NÚCLEO

Podemos observar nessa figura os tipos de fibras ópticas quanto ao perfil do índice de refração
do núcleo, a saber, o monomodo, que exige um caminho muito reto e o multimodo, com
vários caminhos.

Cada cabo de fibra óptica utilizado para redes consiste normalmente de duas fibras de sílica
com revestimentos separados. Uma fibra transporta dados transmitidos do dispositivo A (Tx)
até o dispositivo B (Rx).
A próxima figura mostra um tipo de conexão entre dispositivos ópticos utilizando duas fibras
ópticas.

FIGURA 26 | TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO - TX E RX

Nessa figura temos a transmissão e recepção - Tx e Rx - como conexões interligadas nas duas
pontas. A outra fibra transporta dados do dispositivo B (Rx) ao dispositivo A (Tx). As fibras são
semelhantes a duas vias de mão única indo em direções opostas. Isso proporciona um link de
comunicação full-duplex. O par trançado de cobre usa um par de fios para transmissão e um
par para recepção. Os circuitos de fibra óptica usam uma única fibra para transmitir e uma
outra fibra para receber. Tipicamente, estes dois cabos de fibra estão em um único
revestimento externo até que cheguem ao ponto em que estão ligados os conectores. A figura
que segue apresenta um modelo de conector óptico (FOROUZAN, 2008; KUROSE, 2013).

FIGURA 27 | CONECTOR ÓPTICO

Nessa figura, temos um conector óptico. Até que os conectores sejam ligados, não existe a
necessidade de blindagem, pois nenhuma luz escapa quando está dentro de uma fibra. Isto
quer dizer que não existem questões de diafonia quando se trata de fibras.
CURIOSIDADE

É muito comum encontrar pares de fibras múltiplas revestidos


no mesmo cabo, permitindo que um único cabo seja lançado
É muito comum encontrar por andares ou edifícios entre equipamentos de dados. Um
pares de fibras múltiplas cabo desses pode conter de 2 a 48 ou mais fibras separadas.
revestidos no... Ademais, a fibra pode transportar muito mais bits por segundo
e transportá-los muito além do que pode um cabo de cobre.

Geralmente, cada cabo de fibra óptica é composto de cinco partes: o núcleo, o revestimento
interno, um buffer, um material reforçante e uma capa externa. No Infográfico a seguir,
encontramos a estrutura interna de uma fibra óptica. Clique em cada uma das partes para
conferir descrição e especificações a respeito.
Portanto, a área externa do núcleo é opticamente menos densa do que o centro, e a luz pode
propagar-se mais rapidamente na parte externa do núcleo.

Na figura a seguir, encontramos a construção interna de fibras ópticas (FOROUZAN, 2008;


KUROSE, 2013).

Este formato é usado já que um raio de luz que segue um modo de propagação, o qual vai
diretamente ao centro do núcleo, não precisa propagar-se como um raio que segue um modo
que é refletido na fibra.

Assim, todos os raios devem chegar juntos na extremidade da fibra. Depois, o receptor, na
extremidade da fibra, recebe um sinal de luz em vez de um pulso longo e fraco.
REVESTIMENTO INTERNO
CABO DE FIBRA ÓPTCA MULTIMODO PADRÃO

MATERIAL DE BUFFER
FORMATOS DOS CABOS

FIBRA
CONSTRUÇÃO LOOSE-TUBE
SAIBA MAIS +

CONSTRUÇÃO TIGHT-BUFFERED
SAIBA MAIS +

SAIBA MAIS

A fibra de aramida (aramid, em inglês) é uma fibra sintética muito resistente e leve. De cor
amarelada e mais comumente conhecida como Kevlar®, as fibras de aramida possuem
propriedades como excelente resistência mecânica, estabilidade dimensional, resistência à
abrasão e resistência térmica, características que proporcionam ao produto um amplo campo
de aplicações.
Para saber mais sobre a fibra de aramida:

https://www.carbonstore.com.br/blog/conhecendo-os-materiais-fibra-de-aramida/

BRITZKI, L. Conhecendo os materiais - fibra de aramida. CarbonStore, [s.l.], 2016. Disponível


em: https://www.carbonstore.com.br/blog/conhecendo-os-materiais-fibra-de-aramida. Acesso
em: 09 fev. 2021.

Realmente, a fibra de aramida possui excelentes características para serem utilizadas nesse
processo de condução.

Foto emissores

Os diodos emissores de luz (LEDs) infravermelha ou laser de emissão superficial com cavidade
vertical (VCSELs) são dois tipos de fonte de luz geralmente usados com fibra multimodo. Os
LEDs são um pouco mais baratos para fabricar e não exigem tanta preocupação com a
segurança quanto os lasers. Porém, os LEDs não podem transmitir a luz por meio dos cabos a
tanta distância quanto os lasers. A fibra multimodo (62,5/125) pode transportar dados a
distâncias de até 2.000 metros (FOROUZAN, 2008; KUROSE, 2013).

Fibras ópticas monomodo

A fibra monomodo consiste nas mesmas partes da multimodo, sendo que a capa externa da
fibra monomodo é geralmente amarela. A maior diferença entre elas é que a monomodo
permite que somente um modo de luz se propague por meio do núcleo da fibra óptica. O
núcleo da monomodo é de oito a dez mícrons em diâmetro. Mas os núcleos mais comuns são
os de nove mícrons. Uma marcação 9/125 no revestimento da fibra monomodo indica que a
fibra tem um diâmetro de 9 mícrons e o revestimento interno é de 125 mícrons em diâmetro.

Um laser infravermelho é usado como fonte de luz em uma fibra monomodo. O raio de luz que
ele gera entra no núcleo a um ângulo de 90°. Como resultado, os pulsos dos raios de luz que
transportam dados em uma fibra monomodo são essencialmente transmitidos em linha reta
direto pelo meio do núcleo, o que aumenta em muito a velocidade e a distância que os dados
podem ser transmitidos.

Devido a esse formato, a fibra monomodo é capaz de transportar taxas mais elevadas de
transmissão de dados (largura de banda) e a maiores distâncias de lances de cabo que a fibra
multimodo. Assim, sabe-se que a fibra monomodo pode transportar dados de rede local por
até 3.000 metros. Apesar de essa distância ser considerada um padrão, novas tecnologias
aumentaram esse valor. Por sua vez, a multimodo é capaz de transportar só até 2.000 metros
aproximadamente.

A figura na sequência compara os tamanhos relativos do núcleo e do revestimento interno


para os dois tipos de fibra óptica em diferentes vistas em secção. O núcleo da fibra menor é
mais refinado em uma fibra monomodo, sendo essa razão para a monomodo possuir uma
largura de banda e um alcance de distância do cabo maior que a fibra multimodo. Entretanto,
isso significa maiores custos de fabricação.
FIGURA 28 | FIBRAS ÓPTICAS - DIMENSÕES

Nessa figura observamos 4 dimensões de fibra óptica, sendo multimodo de 100 a 140 mícrons.
Multimodo de 62.5 a 125 mícrons. Multimodo de 50 a 125 mícrons. E monomodo de 10 a 125
mícrons.

Agora convido você a aprofundar seus estudos em relação à comparação entre fibras ópticas e
fios de cobre, por meio da seguinte leitura.

ESTUDO GUIADO

Leia as páginas 64 e 65 do Capítulo 2 - Camada física, a respeito da comparação entre fibras


ópticas e fios de cobre.

CLIQUE NO LINK E LEIA O LIVRO

TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. Redes de computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

Essa comparação feita na leitura anterior nos ajuda a entender as vantagens e desvantagens
de cada um dos modelos apresentados.

Cabe destacar que as fibras laser e monomodo são mais caras que as fibras multimodo e LEDs.
Devido a essas características, a fibra monomodo é frequentemente usada para conectividade
dentro dos edifícios.

Você sabia que existem cabos de fibras ópticas que interligam continentes?

Para saber mais a respeito do cabo submarino que foi desenvolvido para melhorar a
conectividade entre Brasil e Europa leia o seguinte artigo.

SAIBA MAIS

Um cabo de fibra óptica submarino melhorará a conectividade entre os continentes americano


e europeu. O projeto deve ser concluído em 2021 e é a primeira conexão direta de alta
velocidade e tráfego de dados entre os continentes. O cabo ligará as cidades de Fortaleza, no
Ceará, a Sines, em Portugal.
Para saber mais a respeito, leia o artigo 'Brasil e Europa: cabo de fibra óptica submarino
melhorará conectividade entre continentes', disponível em:

https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2020/12/brasil-e-europa-cabo-de-
fibra-optica-submarino-melhorara-conectividade-entre-continentes

O cabo submarino de fibra óptica submarino tem por finalidade melhorar a conectividade
entre os continentes americano e europeu. O projeto foi concluído em 2021, sendo a primeira
conexão direta de alta velocidade e tráfego de dados entre os continentes. O cabo liga as
cidades de Fortaleza, no Ceará, a Sines, em Portugal.

Redes sem fios

Um entendimento das normas e padrões que se aplicam à tecnologia sem-fio garante que as
redes implantadas serão interoperáveis e em conformidade. Da mesma forma que em redes
cabeadas, o IEEE é o principal originador dos padrões para redes sem-fio. Ainda que as WLANs
DSSS fossem capazes de interoperar com as WLANs Frequency Hopping Spread Spectrum
(FHSS), surgiram problemas que motivaram modificações no design pelos fabricantes. Neste
caso, a tarefa do IEEE era simplesmente criar um padrão que coincidisse com a solução do
fabricante. (FOROUZAN, 2008; KUROSE, 2013).

Os padrões foram desenvolvidos dentro das regulamentações criadas pela Federal


Communications Commission (FCC). Confira a seguir o que os termos DSSS e os tipos 802.11
representam quando falamos de redes sem fios.

O QUE É O DSSS?

Trata-se de uma tecnologia chave contida dentro do padrão 802.11. Derivado do inglês, Direct
Sequence Spread Spectrum (DSSS), ele se aplica aos dispositivos sem-fio, operando dentro da
faixa de 1 a 2 Mbps. Um sistema DSSS pode operar a até 11 Mbps, mas não é considerado em
comprimento acima de 2 Mbps. O padrão aprovado 802.11b aumentou as capacidades de
transmissão para 11 Mbps.

802.11b

Também chamado de Wi-Fi™ ou sem-fio de alta velocidade, refere-se aos sistemas DSSS que
operam a 1, 2, 5.5 e 11 Mbps. Todos os sistemas 802.11b são retrocompatíveis, dado que
também suportam 802.11 para as taxas de dados de 1 e 2 Mbps só para DSSS. Essa
retrocompatibilidade é extremamente importante, pois permite a atualização da rede sem-fio
sem precisar repor as placas de rede ou pontos de acesso.

Os dispositivos 802.11b podem alcançar uma alta taxa de throughput de dados ao usar uma
técnica de codificação diferente do 802.11, permitindo que uma maior quantidade de dados
seja transferida durante o mesmo período.

802.11a

O padrão 802.11a cobre os dispositivos WLAN que operam na banda de transmissão de 5 GHZ.
A utilização dessa faixa impede a interoperabilidade dos dispositivos 802.11b, dado que
operam dentro de 2,4 GHZ.
O 802.11a é capaz de fornecer throughput de dados de 54 Mbps e com a tecnologia
proprietária conhecida como velocidade dupla alcança 108 Mbps. Nas redes práticas, um
regime mais padrão é de 20 a 26 Mbps.

802.11g

Esse padrão oferece a mesma largura de banda do 802.11a com retrocompatibilidade para os
dispositivos 802.11b usando a tecnologia de modulação Othogonal Frequency Division
Multiplexing (OFDM) (FOROUZAN, 2008; KUROSE, 2013).

A maioria dos dispositivos de 802.11b ainda não chega ao throughput de 11 Mbps e


geralmente funciona na faixa de 2 a 4 Mbps.

CURIOSIDADE

O padrão Wi-Fi de próxima geração é o Wi-Fi 6, conhecido como


802.11ax. Esse padrão se baseia nos pontos fortes do 802.11ac,
aumentando a eficiência, a flexibilidade e a escalabilidade. Isso permite
que as redes atuais e novas tenham mais velocidade e maior
capacidade com aplicações de próxima geração. Além disso, une a
O padrão Wi-Fi de liberdade e a alta velocidade da conexão sem fio Gigabit Ethernet à
próxima geração é confiabilidade e à previsibilidade encontradas no rádio licenciado.
o Wi-Fi 6,...
Assim, permite que empresas e provedores de serviços ofereçam
suporte a aplicações atuais e novas na mesma infraestrutura de LAN
sem fio (WLAN), enquanto melhora a qualidade do serviço para
aplicações mais antigas. Isso prepara o cenário para novos modelos de
negócios e maior adoção de Wi-Fi (CISCO, 2020).

TOPOLOGIAS E DISPOSITIVOS PARA REDES SEM FIOS

Uma rede sem-fio pode consistir em um mínimo de dois dispositivos. A seguinte figura mostra
um exemplo de interface para redes wireless.

FIGURA 29 | INTERFACE PARA REDE WIRELESS


Com a disponibilidade de placas de rede sem-fio, onboard ou offboard, uma rede improvisada
pode ser estabelecida e competir com qualquer rede ponto a ponto cabeada. Ambos os
dispositivos agem como servidores e clientes nesse ambiente. No entanto, ainda que
proporcione conectividade, a segurança é mínima, como é o caso também do throughput (taxa
de transferência).

Outro problema com o tipo de rede wireless é a compatibilidade. Muitas vezes, as placas de
redes de diferentes fabricantes não são compatíveis com os padrões existentes IEEE 802.11a,
b, g e n (COMER, 2016).

SAIBA MAIS

Para saber sobre os principais tipos de redes Wi-Fi, leia o artigo 'Entenda a diferença entre as
redes Wifi A B G N', disponível em:

https://www.minhaconexao.com.br/blog/entenda-a-diferenca-entre-as-redes-wifi-a-b-g-n/

MINHA CONEXÃO. Entenda a diferença entre as redes Wifi A B G N. Minha conexão, [s.l.],
2020. Disponível em: https://www.minhaconexao.com.br/blog/entenda-a-diferenca-entre-as-
redes-wifi-a-b-g-n/. Acesso em: 09 fev. 2020.

Para resolver o problema de compatibilidade, um ponto de acesso (AP Access point) é


comumente instalado para agir como hub central para o modo de infraestrutura da WLAN. A
figura que segue apresenta um exemplo de um dispositivo para redes wireless.

FIGURA 30 | DISPOSITIVO WIRELESS

O AP é ligado por meio de fios à rede local cabeada para fornecer o acesso à internet e a
conectividade à rede cabeada. Os APs são equipados com antenas e fornecem conectividade
sem-fio para uma determinada área conhecida como célula. Na próxima figura, vemos um
exemplo de utilização do AP em uma rede.
FIGURA 31 | PONTO DE ACESSO (AP)

Dependendo da composição estrutural do local em que são instalados o AP e o tamanho e o


ganho da antena, o tamanho da célula pode variar muito. Na maioria dos casos, a faixa foca
entre 91,44 metros a 152,4 metros. Para atender maiores áreas, podem ser instalados
múltiplos pontos de acesso com um certo grau de sobreposição. A sobreposição permite
roaming entre as células (COMER, 2016). Na figura a seguir, encontramos um exemplo de
utilização AP.

FIGURA 32 | EXEMPLO DE AP
Podemos observar na figura uma pessoa conectada a um notebook e a representação da
conexão de APs, de um aparelho a outro. Esse exemplo, é semelhante aos serviços fornecidos
pelas companhias de telefones celulares. A sobreposição, em redes AP múltiplas, é crítica para
permitir o movimento dos dispositivos dentro da WLAN.

Apesar de não estar mencionado nos padrões IEEE, uma sobreposição de


Atenção! 20% a 30% é desejável quando consideramos WLAN. Essa taxa de
sobreposição permite o roaming entre as células e possibilita a atividade de
desconexão e reconexão transparente sem nenhuma interrupção nos
serviços.

Quando um cliente é ativado dentro da WLAN, é iniciada uma escuta por um dispositivo
compatível com o qual se quer associar. Isso é conhecido como varredura, que pode ser ativa
ou passiva.

A varredura ativa faz com que uma solicitação seja enviada do nó sem-fio que procura ligar-se
à rede. A solicitação contém o Service Set Identifier (SSID) da rede à qual se deseja ligar.
Quando é encontrado um AP com o mesmo SSID, o AP publica uma resposta à sonda. Assim,
estão concluídas as etapas de autenticação e associação (COMER, 2016).

OS NÓS PODEM SER SIMPLESMENTE ESTAÇÕES DE TRABALHO, TIPO DESKTOPS OU


NOTEBOOKS.

Os nós passivos de varredura, por sua vez, procuram quadros de gerenciamento de beacon, os
quais são transmitidos pelo AP (modo infraestrutura) ou por nós de ponto improvisados.
Quando um nó recebe um beacon que contém o SSID da rede à qual está tentando ligar-se, é
feita uma tentativa para a ligação à rede. A varredura passiva é um processo contínuo e os nós
podem se associar ou desassociar com APs, conforme for mudando a intensidade do sinal.

Para aprofundar seus conhecimentos sobre o padrão 802.11 da arquitetura e pilha de


protocolos, efetue a seguinte leitura.

ESTUDO GUIADO

Leia as páginas 187 até 189 do Capítulo 4 - Controle de acesso ao meio, item 4.4.1, a respeito
do padrão 802.11 da arquitetura e pilha de protocolos.

CLIQUE NO LINK E LEIA O LIVRO

TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. Redes de computadores. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2011.

E com essa leitura sobre o padrão 802.11 encerramos esta Unidade que tratou sobre Redes de
computadores.

SÍNTESE

Nesta unidade, definimos o histórico das redes, os conceitos das redes de computadores, as
conexões físicas e lógicas necessárias, os conceitos a respeito de conectividade e de suas
evoluções, os tipos de redes, os cabeamentos, e a especificação dos cabos mais utilizados,
passando pelos cabos de pares trançados UTP, STP, cabos coaxiais e fibras ópticas. Também
vimos os tipos de cabos utilizados para a conexão entre equipamentos e dispositivos. E, então,
finalizamos com os conceitos de redes sem fios.

Consulte suas anotações de estudos sobre os itens citados e veja se você consegue, a partir
disso, rascunhar conteúdo para cada um dos objetivos de aprendizagem propostos no início da
unidade.

Chegamos, assim, ao final dos estudos dessa unidade. Veja a seguir o webstorie como os
principais pontos abordados.
TÓPICO 02

Referências Bibliográficas

BRASIL. Brasil e Europa: cabo de fibra óptica submarino melhorará conectividade entre
continentes. Brasília, DF, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-
transportes/2020/12/brasil-e-europa-cabo-de-fibra-optica-submarino-melhorara-
conectividade-entre-continentes. Acesso em: 09 fev. 2021.

BRITZKI, L. Conhecendo os materiais - fibra de aramida. CarbonStore, [s.l.], 2016. Disponível


em: https://www.carbonstore.com.br/blog/conhecendo-os-materiais-fibra-de-aramida/.
Acesso em: 09 fev. 2021.

CISCO. O que é Wi-Fi 6?. São Paulo: Cisco, 2020.

COMER, D. Redes de computadores e Internet. 6. ed. São Paulo: Bookman, 2016.


FOROUZAN, B. A. Comunicação de dados e redes de computadores. 4. ed. São Paulo: McGraw-
Hill, 2008.

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