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Tecnologia da

Informação Aplicada
para Administração
e Negócios
Redes de Computadores

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Vagner Silva

Revisão Textual:
Profª. Esp. Márcia Ota
Unidade Redes de Computadores

A rede de computadores é um dos


componentes mais relevantes em tecnologia da
informação, pois os dados estão distribuídos
pela rede interna da empresa, na Internet e até
em parceiros e fornecedores.

Um computador isolado não tem grandes


funções atualmente, as tecnologias disponíveis
para redes evoluíram e tendem a avançar cada vez
mais, proporcionando maior comodidade e diminuindo diversos custos dentro da empresa.
Por existir a rede de computadores, podemos ter sistemas como ERP, comercio eletrônico,
Business intelligence, CRM e outros programas e aplicativos que proporcionam as empresas,
mesmo geograficamente distante, trabalharem de forma eficaz. Pela sua importância vamos
estudar alguns aspectos importantes sobre ela.

O computador está cada vez mais fazendo parte do nosso dia-a-dia, se você for retirar dinheiro
em um caixa eletrônico ou usar uma planilha eletrônica, um processador de textos.

Com o auxílio dessas máquinas, as empresas se tornaram mais competitivas devido


à possibilidade de tomar decisões mais rapidamente, as pesquisas científicas,
principalmente aquelas que dependem de cálculos matemáticos complexos,
deram um salto, o acesso a grandes acervos de informações ficou mais fácil e com
certeza mudou, na maioria das atividades, a forma de executá-las. Por todos estes
motivos, a informatização, não deve intimidar e nem iludir, pois seu uso deve ser
feito de forma apropriada para evitar transtornos e trazer benefícios.

O grande volume de informações gerado e usado por uma empresa não teria grande utilidade
se não tivesse o auxílio da Tecnologia da Informação (TI).

Todo esse desenvolvimento foi possível porque os computadores puderam ser interligados
um com os outros, as redes de computadores otimizou o uso de recursos como impressoras,
armazenamento de arquivos e compartilhamento. Vamos entender um pouco como foi esta
evolução isto ajudará a compreender muitas características das redes de computadores atuais.

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Unidade: Redes de Computadores

Surgimento da Internet
A Internet surgiu na década de 1970, durante a guerra fria entre os EUA e a extinta União
Soviética a partir de um projeto militar, o ARPANET, desenvolvido pelo departamento de defesa
norte americano. O objetivo do projeto era criar uma rede de computadores interligando as
principais bases militares Norte Americana e que pudesse continuar funcionando mesmo que a
central de computadores fosse destruída por um eventual ataque atômico, levando ao caos as
comunicações militares.
A Internet depois da invenção da televisão é considerada um dos mais importantes
desenvolvimentos humano. Uma pessoa comum ou uma empresa de pequeno, médio ou
grande porte, pode facilmente, á um custo satisfatório, não só ter acesso às informações
localizadas geograficamente distante como também compartilhar informações, isto antes só era
possível apenas por grandes organizações usando os meios de comunicação convencionais.
Qualquer pessoa, de sua própria casa, pode oferecer um serviço na Internet, a partir de um
microcomputador com característica de servidor, sem precisar da estrutura que, anteriormente,
só uma empresa de grande porte poderia manter.
Essa característica abre um mercado muito grande para profissionais e empresas interessadas
em oferecer serviços de informações específicos além de proporcionar com que os funcionários
possam trabalhar em casa acessando, de forma segura, a rede da empresa.
Alguns itens que podemos encontrar, para consultar ou fazer via Internet são:
• Trocar mensagens;
• Transferir arquivos;
• Pesquisar informações;
• Assistir filmes e ouvir músicas;
• Enviar e receber E-mail´s;
• Participar de grupos de discussão;
• Telejornais eletrônicos;
• Fazer compras;
• Consultar bancos;
• Fazer um curso on-line.

Desde o surgimento da Internet até os dias atuais, pode-se perceber uma mudança muito
significativa no comportamento das pessoas e no desenvolvimento da tecnologia. As necessidades
dos usuários, dessa grande rede chamada Internet, está ficando cada vez mais exigente quanto
à velocidade de acesso das informações. Enquanto que no início da Internet o e-mail, somente
no modo texto, já era uma evolução maravilhosa, hoje não basta só este tipo de recurso para
o usuário atual. A necessidade atual requer mais velocidade, pois os usuários querem baixar
músicas, imagens, filmes, ouvir música pela Internet, assistir aos noticiários e até usar alguns
softwares que permitem assistir aos canais de televisão e clipes de músicas.

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A Internet surgiu com uma estrutura Cliente/Servidor, o cliente requisita informações da rede
e um servidor responde a essas requisições fornecendo, em forma de pacotes, as informações
solicitadas. Quando se faz uma conexão com a Internet e acessa uma página, envia um e-mail
ou faz transferência de arquivos ele está solicitando um serviço à uma rede de computadores e,
conseqüentemente, a um servidor.
Para ser um servidor de rede um computador necessita de um endereço (uma identificação na
rede), com o qual vai ser localizado, e precisa compreender e processar os protocolos de comunicação.
Em um ambiente de sistema operacional de rede, muitos sistemas clientes acessam
e compartilham os recursos de um ou mais servidores. Os sistemas clientes de desktop são
equipados com seus próprios dispositivos periféricos e de memória, tais como teclado, monitor
e unidade de disco.
Os sistemas de servidor devem ser equipados para suportar vários usuários simultâneos e
várias tarefas, a medida que os clientes solicitem recursos remotos ao servidor. Os servidores
normalmente têm unidades de disco com alta capacidade e alta velocidade, grandes quantidades
de memória RAM, placas de rede de alta velocidade e, em alguns casos, várias CPU’s. Esses
servidores são normalmente configurados para usar a família de protocolos Internet e para
oferecer um ou mais serviços TCP/IP.
Uma estrutura possível de acesso a um provedor onde são disponíveis vários servidores e,
consequentemente a Internet pode ser vista abaixo.

Figura 1: Estrutura de um provedor de acesso

Para ser um cliente, um computador precisa estar conectado na Internet e possuir um


programa, um browser para se comunicar com o servidor, recebendo e enviando dados. No
ambiente corporativo, onde há servidores, não há necessidade de acessar a Internet para obter
os serviços do servidor, basta que tenha permissão para acesso para poder usufruir dos serviços.
A maioria dos sistemas operacionais de desktop atuais inclui recursos de rede e suporta
acesso de vários usuários. Por esse motivo, está ficando mais comum classificar computadores
e sistemas operacionais com base nos tipos de aplicação executados no computador.

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Essa classificação baseia-se na função desempenhado pelo computador como, por exemplo,
estação de trabalho ou servidor. Aplicações típicas de desktop ou de estações de trabalho de
baixo desempenho podem incluir processamento de texto, planilhas e gerenciamento financeiro.
Em estações de trabalho de alto desempenho, as aplicações podem incluir projetos gráficos ou
gerenciamento de equipamentos.

Tipos de cabos

Para que haja conexões entre um computador e outro dispositivo utiliza-se circuitos como
placa de rede e meios de redes que pode ser físico ou não. O ambiente para interligação
dos dispositivos é chamado de meio, ele fornece as condições adequadas para que a
comunicação aconteça. Os meios físicos usados atualmente para a conexão são cabo de
par trançado e fibra óptica.

Cabo de par trançado


O cabo de par trançado é o cabo mais usado em redes, além da flexibilidade ele garante
uma velocidade na troca das informações compatível com as interfaces de redes. Geralmente
ele é usado em redes locais. Os primeiros cabos de par trançado não forneciam velocidades
suficientes para mantê-lo como meio de transmissão, no entanto, no decorrer dos anos
novas técnicas foram sendo aplicadas para melhorar o desempenho, uma delas refere-se
a trançar cada cabo com nós de tamanhos diferentes, desta forma cada par de cabos, dos
quatro pares disponíveis, tem nós de tamanhos diferentes melhorando assim a quantidade
de ruídos entre eles, outra melhoria relaciona-se a trançar os cabos em sentidos diferentes,
um par no sentido horário e outro par no sentido anti-horário. Dessa forma, o cabo de par
trançado oferece meio de comunicação com velocidade compatível com as interfaces de
redes disponíveis hoje em dia.

Cabo de par trançado Conector Utilizado


não blindado - UTP - RJ 45

Figura 2 – Cabo de par trançado

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Fibra óptica
A fibra óptica tem capacidade de transmitir grandes volumes de informações, esta
capacidade torna a fibra óptica um meio interessante para ser implementada em locais com
estas características, geralmente elas são usadas em equipamentos que formam o backbone.
A fibra, diferente de outros meios, não sofre interferência eletromagnética, portanto uma
informação poderá ser transmitida em distâncias maiores sem que seja necessário intervir
para reforçar o sinal. A taxa de transmissão em uma fibra óptica alcança valores na casa dos
Terabits por segundo.
Infelizmente, ainda não compensa trocar toda a infra-estrutura substituindo-a pela fibra,
pois o custo dos componentes para converter sinais digitais em óptico e óptico em digitais nas
interfaces ainda é muito caro. No mar há cabos submarinos contendo fibra óptica para levar
dados pela costa brasileira até outros países.

Fibra Óptica Conector Utilizado - SC e ST

Figura 3 – Fibra óptica

Radiofrequência
A radiofreqüência é o meio, não físico, usado para transmitir informações, a esse tipo de meio
chamamos de wireless e as tecnologias mais conhecidas que se utilizam deste meio são o celular,
WiFi, WiMax, satélite, infravermelho e blootooth. Cada uma das tecnologias, embora não utilize
fios para transmissão, tem características diferentes.
O celular é o meio de comunicação de voz sem fio, esta tecnologia está migrando para a
transmissão de dados, muitos aparelhos já dispõem desta funcionalidade, os primeiros aparelhos
eram analógicos e não permitia a troca de dados, as tecnologias atuais permitem a troca de
arquivos como fotos e e-mails.
O WiFi fornece meio de comunicação sem fio, geralmente para pequenos dispositivos, basta
que o aparelho tenha uma interface WiFi para poder usar deste recurso caso o ambiente tenha
este tipo de serviço disponível. O alcance do serviço WiFi restringe-se, nominalmente, a cem
metros a partir do ponto de acesso sem obstáculos. Os postos de acessos são interligados a redes
LAN para poder fornecer o serviço de redes, eles geram os sinais sem fio para que seja possível
realizar a comunicação.
O WiMax consiste em uma nova tecnologia com características semelhantes ao WiFi,
no entanto, o alcance tem proporções metropolitanos e não fica restrito a cem metros. As
concessionárias de telefonia estão interessadas em fornecer este tipo de serviço, em alguns locais
já foram até instalados e fornecendo acesso em quase todos os locais onde foram contratados.
Está sendo encarado como uma grande aposta ao lado das tecnologias celulares 3G e 4G.

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O satélite tem como principal objetivo retransmitir para uma grande área o sinal terrestre
enviados. Eles são posicionados a 36000 km de altura, dessa forma, ele consegue cobrir uma
área considerável para retransmitir as informações. O único problema do satélite está no atraso
que se dá no entre o intervalo da transmissão e recepção, dependendo da aplicação que está
sendo usado o atraso de quase meio segundo acaba sendo prejudicial.

O infravermelho é usado para transmissão de dados a pequenas distâncias, os controles


dos aparelhos de televisão, algumas calculadoras, palms e até computadores dispõem de uma
interface infravermelho para comunicação.

O Bluetooth foi desenvolvido para interconectar alguns dispositivos sem fio como mouses,
teclados e impressoras, com o passar do tempo esta tecnologia foi padronizada e passou a
equipar outros aparelhos como celulares, computadores, GPS, caixas de som e vários outros
aparelhos. O alcance máximo para o Bluetooth é de dez metros.

Internet pela rede elétrica


Esta forma de transmissão de dados gerou curiosidade de muitos quando anunciada e está
prestes a tornar realidade no Brasil. À tecnologia está em teste em São Paulo e outros locais do
país desde o ano passado, os resultados são animadores.

Como é possível que dados trafeguem simultaneamente no mesmo cabo junto à


corrente elétrica? A resposta está em um equipamento onde o sinal chega (local
de medição do prédio) através de uma rede de fibra ótica, o equipamento faz
a conversão do sinal óptico para um sinal que possa trafegar na rede elétrica, a
partir daí todos os apartamentos passam a receber o sinal pela rede elétrica.

Uma outra possibilidade, ainda não homologada pela ANATEL é a instalação desse mesmo
equipamento nos transformadores de energia elétrica que ficam instalados nos postes, aí todos
os prédios e residências atendidas por esse transformador passam a ter o sinal da Internet pela
rede elétrica chegando até a tomada. Para receber os dados, basta colocar na tomada, um
modem que tem a função de converter o sinal para uma forma adequada e entregar os dados
para o computador.

Cada MODEM tem um código que identifica o assinante individualmente e, então, no centro
de gerência pode-se programar cada um desses modems com as características contratada
por este assinante.

Umas das curiosidades da maioria dos interessados está em relação a velocidade alcançada
por este sistema. O equipamento, que está em fase de teste, tem capacidade de 80 Mbps, esta
velocidade é distribuída entre os apartamentos dos prédios. Em testes realizados, chegou-se a
ultrapassar 20Mbps, mas é claro que essa rede está sub utilizada e o que vai definir realmente a
taxa de transmissão são os pacotes oferecidos pelas operadoras de energia elétrica.

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Outra questão é: a rede elétrica não vai interferir no sinal da Internet? Algumas
situações podem causar interferências, por exemplo, uma lâmpada quando
acesa poderá influenciar, no entanto, as operadoras de energia elétrica estão
desenvolvendo soluções para eliminar este tipo de interferência.

A forma explanada acima é a forma mais viável para distribuir Internet pela rede elétrica, já
é um bom avanço mais ainda estará limitada a regiões que têm fibra ótica instalada, pois são
elas que levam os dados até o local de entrada de energia elétrica para serem convertidas em
sinal elétrico, quando a segunda forma, ou seja, aquela onde o sinal da Internet passará pelos
transformadores instalados nos postes estiver disponível então será um bom momento para
atingir outras áreas.

Integração usando a Tecnologia de rede

Outras tecnologias estão sendo pesquisadas e implantadas para fornecer melhores velocidades
e melhores formas de acesso. A tecnologia WiMax é uma delas, alguns municípios já estão
provendo este tipo de tecnologia para possibilitar que o acesso seja feito de qualquer lugar.
Esta tecnologia se assemelha a tecnologia WiFi (sem fio), porém tem alcance metropolitano, ou
seja, podem alcançar distâncias entre 50 a 75 Km. Portanto, um computador com uma interface
de rede WiMAx poderá fazer acesso a uma rede e, consequentemente, a Internet em qualquer
local onde sinal esteja disponível. As empresas podem se beneficiar deste tipo de tecnologia ao
permitir que fornecedores e parceiros tenham acesso as informações de estoque referentes a
determinados produtos com o objetivo de mantê-los com volumes pré determinados além de
possibilitar que os vendedores externos possam manter as informações de venda online e que
funcionários tenham acesso à rede da empresa.
Outra tecnologia que tende a popularizar é a Metro Ethernet, ela permite que as empresas
se comuniquem com velocidades próxima a da rede ethernet. Um dos problemas encontrados
atualmente é que a velocidade da ethernet (rede interna) pode chegar a Gigabits por segundo.
No entanto, para que os dados saiam da empresa é necessário que um serviço(link) com
a concessionária telefônica seja contratado. Conforme se aumenta a velocidade deste link
maior será o custo. Por este motivo é comum encontrar empresas com link de 50 Mega bits
por segundo, variando um pouco menos ou um pouco mais. Considerando que a velocidade
da Ethernet chega a giga bits por segundo, então podemos chegar à conclusão que temos um
gargalo entre a rede interna (Ethernet) e a rede externa (link da concessionária).
A tecnologia Metro Ethernet foi desenvolvida para propiciar as empresas que trafeguem
dados muito próximos da velocidade praticada na rede interna, porém entre suas filiais
geograficamente distantes entre si. Com este tipo de tecnologia evita-se passar os dados
por equipamentos chamados roteadores e outros equipamentos usados nas concessionárias
telefônicas e, conseqüentemente, temos uma melhora significativa no desempenho da rede.

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Referências
LAUDON, K. C. LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais: Administrando a
Empresa Digital. São Paulo: Pearson, 2005.

REZENDE, D. A. ABREU, A. F. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas de


Informação Empresariais. São Paulo: ATLAS, 2006.

TURBAN, EFRAIM, MCLEAN, EPHRAIM. Tecnologia da Informação para Gestão:


Transformando os Negócios. Porto Alegre: Bookman, 2004.

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Anotações

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