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SGQ ISO 9001
rá ocorrer gotejamento, já que este ajuda a dimi- 4.1. Tolerâncias nas Caixas de Gaxetas
nuir o calor gerado na interface entre os anéis de gaxeta
e a superfície do eixo. Quando não for mais possível
controlar o gotejamento, substitua as gaxetas.
Não tente eliminar o gotejamento através de aperto
excessivo porque isto causará diversos problemas:
desgaste da gaxeta por aquecimento; extrusão da
gaxeta entre a caixa de gaxetas e o eixo; danificação
do eixo pela abrasividade das fibras, uma vez que os
lubrificantes serão queimados; travamento do eixo ou
até mesmo queima do motor elétrico.
Nunca use gaxetas com reforço metálico em bombas
porque o eixo será totalmente danificado.
3.2.1. Distribuição da Força de Aperto
7. Influência da Construção das Gaxetas A pressão da sobreposta vai diminuindo de anel para
na Selabilidade anel (nas direções axial e radial) no sentido da so-
breposta para o fundo da caixa de gaxetas, devido
Visando fornecer gaxetas de alto rendimento ao mer-
ao atrito entre o diâmetro interno do anel e o eixo, e
cado, dentro de padrões de qualidade internacional-
entre o diâmetro externo do anel e a caixa de gaxetas,
mente aceitos, a TEADIT vem desenvolvendo estudos
deixando uma menor força de aperto para o segun-
criteriosos quanto a composição e fabricação de fios e,
conseqüentemente, de construção das gaxetas. do anel e assim sucessivamente. Os anéis do fundo
da caixa de gaxetas recebem uma força/pressão de
Para ser utilizada, a gaxeta é cortada em forma de aperto menor que os anéis próximos à sobreposta.
anéis e flexionada de modo a abraçar todo o eixo. Em Esta relação de diminuição é função do número de
reação contrária a esta força de curvamento, o anel anéis e do tipo construtivo da gaxeta.
tende a voltar a sua forma inicial, provocando uma
expansão no sentido radial que o deforma. Esta ex- Várias experiências demonstraram que a força de
pansão será maior ou menor de acordo com a carac- vedação é influenciada pela construção da gaxeta.
terística de cada tipo de fibra. As gaxetas com construção mais densa, tipo trança
fina, propagam a força de aperto com maior intensi-
dade, portanto possuem melhor efeito de selabilida-
de. Proporcionam as seguintes vantagens:
Superfície mais lisa da gaxeta ê maior área de con-
tato da gaxeta com o eixo, proporcionando uma dis-
tribuição mais uniforme da "força de vedação".
8.1. Impregnantes
Os impregnantes protegem a estrutura da Gaxeta
contra o ataque químico dos fluidos e formam uma Quimicamente, um fluido pode ser ácido, neutro ou
massa de vedação, evitando que o fluido passe atra- cáustico. A agressividade de um ácido ou cáustico, e
vés das fibras. Os tipos mais utilizados são: também dos solventes e derivados de petróleo, é
medida pelo seu fator pH.
Minerais ê comumente chamados de derivados de
petróleo, representam a maioria dos impregnantes uti- Um ácido será tanto mais agressivo quanto menor for
lizados atualmente. São elementos de carbono e hi- o seu fator pH, como o ácido sulfúrico, por exemplo;
drogênio, quimicamente combinados para formar os já próximo ao fator pH 7, caso da água, o produto é
componentes conhecidos como hidrocarbonos. considerado neutro; finalmente, exemplificando o fluido
cáustico temos a soda cáustica, fator pH acima de 7.
Sintéticos ê comparáveis, em alguns casos, aos
minerais, porém criados em laboratório para atender 10. Seleção de Gaxetas
especificações de alta performance. Possuem exce- As Gaxetas são introduzidas na Caixa de Gaxetas na
lentes características de viscosidade × temperatura forma de anéis e são pressionadas contra o eixo e a
e, quando se decompõem, volatizam-se sem deixar parede interna da caixa através da sobreposta. A pres-
resíduos. são da Gaxeta contra o eixo requer um trabalho adi-
cional para que este gire, provocando geração de
PTFE ê a emulsão de PTFE em suspensão é um dos calor.
impregnantes mais complexos atualmente, pois torna
a Gaxeta quimicamente inerte, resistente a altas tem- Numa Caixa de Gaxetas típica, o trabalho adicional e
peraturas, como baixo coeficiente de atrito e auto- o conseqüente aumento de calor gerado serão tanto
lubrificante. Como o PTFE não é um bom dissipador maiores quanto maior for a pressão, o comprimento
de calor, é comum adicionar-se um lubrificante da Caixa de Gaxeta, o diâmetro do eixo, sua veloci-
separador para prevenir atrito excessivo em eixos de dade tangencial e o coeficiente de atrito do engaxe-
alta velocidade. tamento. Portanto, ao fazer a seleção da Gaxeta para
7
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Fsc
Vp = φ eixo. π. RPM
Fce
E
m
E
N
T
R
60.000 A
D
A
Fse
ESCALA MÓVEL REFERENTE À BIT OLA DA GAXET A MORDEDOR ANEL LANTERNA EIXO
Para gaxetas de carbono, grafite flexível, aramida e Após instalar o último anel, aperte alternadamente os
gaxetas com reforços metálicos, é necessário a utili- parafusos da sobreposta. Para se certificar de que o
zação de fita crepe envolta no local da gaxeta onde aperto não foi excessivo, gire o eixo com as mãos.
será efetuado o corte, de modo que as fibras não se
abram.
ß à
ß à HASTE
PREME-GAXETA
ANÉIS DE GAXETA
CAIXA DE GAXETAS
â
ENTRADA SAÍDA
á
Coloque o sistema em operação. Havendo vazamen-
to, reaperte a sobreposta. Se esta atingir o fim do
Lubrifique parafusos e porcas com óleo multiviscoso curso e não mais mantiver a estanqueidade, substi-
(spray). tua o engaxetamento.
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Anéis mostram ten- Folga excessiva entre o eixo e a ò Providenciar o reparo da caixa de
dência a extrudar. sobreposta engaxetamento, do eixo ou da sobre-
posta para diminuir a folga.
Falta de anel ou parte Folga excessiva entre o eixo e o ò Providenciar o reparo do fundo da
do engaxetamento. fundo da caixa de engaxetamento caixa de engaxetamento ou do eixo
para diminuir a folga.
ò Se não for possível, utilizar um anel
rígido como primeiro anel.
Saliência lateral em Anel cortado muito curto ò Utilizar os anéis com os compri-
um ou mais anéis. mentos corretos.
Anéis com face exter- Anéis giram junto com o eixo ò Providenciar o reparo do eixo ou
na desgastada. ♦ Luva de desgaste ou eixo des- trocar a luva de desgaste.
gastado. ò Utilizar gaxeta com a bitola cor-
♦ Bitola da gaxeta inferior à reco- reta.
mendada.
Variação na espessu- Alta vibração ò Fazer o balanceamento do rotor.
ra radial dos anéis. ♦ Rotor desbalanceado ò Providenciar a troca dos rolamen-
♦ Rolamento danificado tos.
♦ Empenamento do eixo ò Fazer o reparo do eixo.
♦ Desalinhamento do eixo