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CADERNO

Curso Básico de Formação


TEMÁTICO
Policial-Militar 2022/2023

04 COMUNICAÇÃO OPERACIONAL

Notas
Objetivos
Ao finalizar esta disciplina, espera-se que o aluno-soldado tenha
alcançado os seguintes objetivos:


 conhecer os meios e técnicas de comunicações utilizadas
nas áreas de segurança, dos sistemas e infraestruturas que a
Secretaria de Segurança Pública dispõe nas áreas de
comunicações e informática;

 identificar a importância das telecomunicações e


aplicativos em apoio às atividades operacionais e administrativas
da BM;
 conhecer e operar corretamente os equipamentos de
telecomunicações em uso na Corporação;
 conhecer as normas que disciplinam o uso das
telecomunicações no âmbito externo e interno da BM.

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2. CONCEITOS BÁSI COS

1.1 Comunicação Operacional


Designação dada à transmissão, emissão ou recepção por fio,
radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo
eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens,
sons ou informações de qualquer natureza.

1.2 Radiocomunicação
Transmissão de voz e dados, por meio de ondas eletromagnéticas,
realizada a partir de equipamentos de radiocomunicação
programados para operarem em frequências e redes de rádio
específicas. Os equipamentos de radiocomunicação são dotados de
um ou mais canais, onde, para cada canal, são programadas duas
frequências: uma para recepção e outra para transmissão,
possibilitando o uso do mesmo equipamento em diferentes redes de
radiocomunicação.

1.3 Telefonia fixa


O princípio fundamental da telefonia fixa pode ser resumido na
ideia de que as ondas sonoras que se transmitem pelo ar são
substituídas por ondas elétricas que percorrem o fio ou o ar por meio
de ondas eletromagnéticas, na maior parte da distância que separa o
locutor do ouvinte.
A BM utiliza a telefonia fixa de duas formas: a convencional,
onde uma ou mais linhas são instaladas nas OPM, tendo cada linha
um número próprio, e por de centrais telefônicas privadas que
permitem, a partir de uma ou mais linhas telefônicas, interligar
através de ramais telefônicos várias repartições, seções ou setores
localizados em um mesmo espaço físico ou em espaços físicos
independentes, porém próximos.
A utilização de centrais telefônicas traz uma enorme gama de
vantagens para o uso corporativo, tais como:
- não tarifação de ligações entre ramais;
- programação de cada ramal conforme a necessidade de uso no
setor;
- desocupação das linhas principais, durante as chamadas;
- transferência de ligações entre os ramais;
- bloqueio do ramal por senha digitável no aparelho telefônico;
- extratos mensais sobre as ligações efetuadas por cada ramal.

Outro exemplo do uso da telefonia fixa na Brigada Militar é o


telefone de emergência, constituído por uma linha telefônica

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programada pela companhia telefônica local para receber todas as


ligações locais geradas pela discagem do número 190. Esta linha
telefônica é programada somente para receber ligações, isentas de
tarifação para o usuário.

1.4 Telefonia móvel


A principal característica da telefonia móvel/celular é a
mobilidade, uma vez que, por meio dela o usuário consegue manter
uma comunicação telefônica mesmo em deslocamento. Isso é
possível porque na telefonia celular a comunicação é feita por meio
de ondas de radiodifusão, que dispensam o uso de fios para
estabelecer a ligação entre o telefone celular e uma estação rádio
base (ERB).
O sistema celular é formado por três componentes:
- estação móvel, que é o nome dado ao aparelho;
- estação rádio base (ERB), que encaminha as ligações para a central
de comutação e controle (CCC).
- central de comutação e controle (CCC), que funciona como o
"cérebro" do sistema, ligando-se a todas as estações rádio base e
controlando as chamadas.

Aplicativos, uso correto:

- Instagran, Facebook, Twiter;


- Apps de conversação instantâneas (Whatsapp, Messenger e
Telegram), vantagens do uso operacional e cuidados necessários;
- cuidados essenciais com postagens comprometedoras da imagem
do policial e da Instituição (consequências pessoais e funcionais)

1.5 Videomonitoramento/CFTV
O circuito fechado de televisão (CFTV) é um dos meios mais
eficientes para prevenção e controle da segurança patrimonial e
pessoal. Por meio dele é possível ver e gravar imagens de locais
vulneráveis ou de risco, situados em ambientes residenciais,
corporativos e públicos. Novas tecnologias tornam o CFTV cada
vez mais completo e versátil: câmeras com detectores especiais
gravam apenas se houver movimento na cena; gravadores digitais
que aboliram as incômodas e frágeis fitas de gravação; câmeras
acopladas a um computador, rodando um software apropriado,
permitem que imagens sejam transmitidas em tempo real (ao vivo)
para outro computador remoto, via internet; sistemas de alarme
podem ser conectados ao CFTV de modo que, a partir da ocorrência
do alarme, uma câmera inicie automaticamente a gravação do
evento.

1.6 Posto diretor de rede (PDR)

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- Posto de rádio encarregado de manter a disciplina de tráfego,


orientar a exploração e centralizar o controle técnico de uma
determinada rede;
- possui plena autoridade quanto ao controle técnico e disciplinar da
rede, mas nenhuma quanto à organização e controle tático;
- deve ser o local que serve à mais alta autoridade de comando da
fração;
- nas situações em que apresentar problemas técnicos ou situações
peculiares (Ex.: uma ação e operação policial localizada ou evento),
poderá, a critério do comando, ser estabelecido de forma temporária
um PDR ALTERNATIVO, que poderá operar inclusive em outra
REDE DE RÁDIO.

1.7 Prioridade de rede


A prioridade de rede é caracterizada quando um ou mais policiais
que operam em uma rede de radiocomunicação necessitam, em
determinada situação, transmitir e receber as informações com grau
superior de prioridade em relação aos demais agentes. Como
exemplo podemos citar as situações em que um policial ou uma
guarnição policial realiza um acompanhamento de veículo suspeito
ou em situação de crime, onde a referida guarnição, durante seu
acompanhamento, necessita transmitir continuamente as
características do veículo, dos ocupantes, localização e sua direção
de deslocamento, proporcionando às demais guarnições policiais a
aproximação para fins de apoio, cerco e abordagem do veículo e de
seus ocupantes. A prioridade de rede deve ser sempre solicitada ao
PDR, a partir da motivação de necessidade, devendo o PDR avaliar
e concedê-la, se necessário.

1.8 Operador de rádio


É o termo utilizado para conceituar aquele servidor que trabalha
junto à estação fixa de rádio de uma fração policial, ou seja, junto ao
PDR. Em frações policiais de médio e grande porte (sedes de
batalhões e de companhias) o operador de rádio realizará sua função
na sala de operações, local em que também atua o atendente do(s)
telefone(s) de emergência.

1.9 Comunicações
É o processo pelo qual uma informação gerada em um ponto no
espaço e no tempo, chamado fonte, é transferida a outro ponto no
espaço e no tempo, chamado destino. Na BM, os processos de
comunicações são estabelecidos a partir das redes de
radiocomunicação, telefonia fixa, telefonia móvel, internet, intranet
e videoconferência.

1.10 Sistema de comunicações de dados


É a comunicação entre terminais de computadores que
envolvem, no mínimo, uma rede de computador e dois dispositivos

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capazes de trocar informações, sendo um deles um computador e o


outro um computador ou dispositivo de rede. Os dispositivos
envolvidos na comunicação podem estar distanciados em alguns
metros (por exemplo no sistema bluetooth) ou por distâncias
ilimitadas (como na Internet).

1.11 Transceptores de rádio (portátil, móvel e fixo)

1.11.1 Portátil (HT)


São equipamentos de radiocomunicação projetados e
construídos para o uso portátil (total mobilidade), possuindo os
mesmos recursos dos equipamentos móveis e fixos, exceto em
relação à potência de transmissão (diretamente proporcional ao
alcance dos sinais de rádio) e autonomia de energia para o
funcionamento (condicionada ao tempo de energia fornecida pela
bateria).

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1.11.2 Móvel (veicular)


São equipamentos de radiocomunicação constituídos para
equipar as viaturas, instalados comumente no painel do veículo,
tendo seu funcionamento condicionado à carga de energia
proveniente da bateria do veículo, recebendo e transmitindo os
sinais de rádio pela antena instalada na parte externa da viatura
(sobre o teto).

1.11.3 Fixo
Equipamento é idêntico ao móvel, utilizado nas salas de
operações (SOP) e CIOSP, diferenciando-se apenas em alguns
acessórios, tais como antena e microfone. Em relação à fonte de
energia necessária para seu funcionamento, pode-se utilizar uma
bateria acumuladora de energia (semelhante às utilizadas em
automóveis) ou um equipamento conversor de energia (fonte) que
transfere para o rádio a tensão de 12V necessária para seu
funcionamento.
Tecnicamente é recomendado que a estação de rádio fixa seja
instalada em um rack ou móvel específico, devendo ser observados
os seguintes critérios: temperatura interna do local, incidência de
raios solares sobre o equipamento, não proximidade a equipamentos
eletrônicos, de informática e telefônicos, e local por onde serão
conduzidos os cabos para conexão da antena e fonte de energia.

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1.11.4 Operação dos equipamentos


Conforme vimos acima, os equipamentos utilizados em uma
rede de radiocomunicação e de operação direta pelo policial
militar são constituídos por três modelos: transceptor portátil
(HT); transceptor móvel (veicular) e transceptor fixo (para SOP).
A operação básica destes equipamentos é realizada de forma
simples, restringindo-se a no máximo a cinco ações, conforme a
marca e modelo do equipamento, sendo elas:
- ligar o equipamento;
- selecionar o canal em que irá operar;
- ajustar o volume conforme o local de operação e atividade que
esta sendo executada;
- ajustar o nível de sensibilidade da recepção e transmissão dos
sinais tecla (squelsh), se necessário;
- selecionar o modo SCAN, caso haja a necessidade de
comunicação e monitoramento simultâneo de mais de uma rede
de rádio; e
- observar o nível de carga da bateria (para transceptores
portáteis).

OBS.: Após a realização das fases acima, realizar uma chamada


para o PDR, a fim de verificar a qualidade do áudio que esta
sendo transmitido e recebido no equipamento, bem como
constatar se o mesmo se encontra funcionando corretamente,
executando-se para isso a seguinte operação:
- pressionar a tecla de transmissão (PTT);
- dirigir uma mensagem ao PDR, posicionando o microfone a
uma distância aproximada de 10 cm da boca;
- soltar a tecla de transmissão;
- aguardar a resposta; e
- verificar a qualidade do áudio transmitido e recebido.

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1.12 Repetidores
Para aumentar o alcance das ondas de rádio e,
consequentemente, possibilitar que o usuário se comunique com o
seu PDR de forma eficiente, em qualquer local de sua área de
atuação, são utilizadas repetidoras de sinais de rádio, instaladas
em pontos de elevada altitude em relação à área onde se deseja
uma boa cobertura dos sinais de rádio, visando às boas condições
de intercomunicação entre todos os equipamentos de rádio
utilizados na rede. Esta repetição é realizada com frequências
diferentes, ou seja, o repetidor recebe o sinal do transmissor em
uma determinada frequência e o retransmite em outra frequência,
por isso diz-se que um equipamento que opera em uma rede
semiduplex (que utiliza repetidor) é um rádio de canal cruzado,
pelo fato de receber em uma frequência e transmitir em outra. É
importante observar que, diferentemente dos outros modelos de
equipamentos de radiocomunicação acima apresentados (todos de
operação direta por parte do usuário), a estação repetidora
funciona em modo automático, ou seja, não há necessidade de
uma pessoa para operá-la.
Com base nas informações acima descritas, verifica-se que os
equipamentos programados para operar em redes de rádio
semiduplex, não operam em redes simplex.

1.13 Terminal telefônico de emergência


É constituído por um terminal telefônico (aparelho) e uma linha
telefônica fixa, localizados junto às salas de operações (SOP) ou
setor administrativo/operacional em sedes de pequenas frações
policiais.
O terminal telefônico de emergência se destina a receber todas as
chamadas geradas para os números 190. O número de emergência é,
na maioria das vezes, a forma pelo qual ocorre o primeiro contato
entre o cidadão e a BM, seja na qualidade de vítima, informante ou
simplesmente por necessitar de alguma informação relacionada à
segurança pública.

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1.14 Posto de comunicação (PCom)


Conjunto de pessoal, equipamentos e instalações, com a
finalidade de receber, transmitir e processar mensagens.

1.15 Rede-rádio
É o conjunto de postos de rádio, constituídos por equipamentos
operando em uma mesma frequência e tipo de modulação,
coordenados por um posto diretor de rede (PDR), possibilitando
que as comunicações de uma OPM com as demais OPM, ou as
comunicações com as frações e guarnições da própria OPM sejam
possíveis. As redes de rádio são organizadas de acordo com o tipo
de equipamento, condições do terreno, dispositivo, natureza da
unidade, situação operacional e a segurança desejada para as
informações.

1.16 Ligação telefônica regular (Nota de Instrução nº


6.4/EMBM/2018)
São chamadas regulares todas aquelas que são geradas em
objeto de serviço e necessárias à atividade policial-militar.

1.17 Ligação telefônica especial (Nota de Instrução nº


6.4/EMBM/2018)
São chamadas especiais todas aquelas que são geradas fora do
padrão do serviço, devendo ser justificadas, tais como:
a) As realizadas particularmente, de breve duração, consideradas
de emergência, devidamente autorizadas pelo Comando do OPM;
b) As de longa duração, mesmo a serviço, superiores a vinte
minutos, independentemente, de ser para telefones fixos ou
móveis;
c) Todas ligações especiais deverão ser justificadas. As ligações
consideradas fora do objeto de serviço deverão ser ressarcidas.

1.18 Ligação telefônica irregular (Nota de Instrução nº


6.4/EMBM/2018)
São as chamadas não definidas como regulares ou especiais.
Todas as ligações irregulares devem ser apuradas e ressarcidas,
devendo ser instaurado Processo Administrativo Disciplinar
Militar.

1.19 Boletim de atendimento


Documento operacional lavrado em toda atuação policial
militar, pelos executores da atividade de linha, que visa a registrar
as ações e providências preventivas, repressivas e de intervenção.
Toda e qualquer participação de Militar Estadual ou de
guarnição de serviço da BM, decorrente da execução de serviço,
atendimento de chamado, comparecimento ou intervenção deverá
ser registrado em BA, diretamente no BMMob. Entretanto,
havendo registro de ocorrência policial (BO-TC ou COP), não há
mais a necessidade de registro do BA.

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1.20 Brigada Militar Mobile (BMMob)


Sistema de registro de Boletins de Atendimentos, Termos
Circunstanciados e Comunicação de Ocorrência Policial de forma
digital, que utiliza plataforma Android, sendo aplicada em tablet’s
e smartphones.

1.21 Sistema de Informações Operacionais (SIOP)


Sistema de registro e gerenciamento de Boletins de
Atendimentos, Termos Circunstanciados e Comunicação de
Ocorrência Policial.

1.22 SINESP/CAD
O Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública
(SINESP) é uma plataforma de informações integradas, que
possibilita consultas operacionais, investigativas e estratégicas
sobre segurança pública, implementado em parceria com os entes
federados. Foi criado pela Lei 12.681, de 04 de julho de 2012, e
consolidou-se com a publicação da Lei 13.675, de 11 de junho de
2018, como um dos meios e instrumentos para a implementação
da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social
(PNSPDS) instituindo-se o Sistema Único de Segurança Pública
(SUSP)

O SINESP – CAD (Central de Atendimento e Despacho) é uma


ferramenta multiagências e foi concebido para atender às
necessidades dos Centros Integrados de Comando e Controle,
tornando possível a integração desses com as agências (Polícia
Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, SAMU, PRF,
etc). Permitirá, através de contato telefônico feito pelo cidadão, o
atendimento por uma ou mais agências de forma integrada,
conforme as circunscrições e as atribuições, frente à natureza do
incidente. Facilitará a comunicação entre agências de um Estado,
bem como a cooperação dos demais entes federativos que vierem
a adotá-lo como ferramenta principal ou de apoio ao atendimento,
despacho, monitoramento e finalização de incidentes. A aplicação
está dividida nos seguintes módulos: CAD Desktop, CAD
Gerenciador e CAD Recursos.

No âmbito da Brigada Militar está destinado a ser implantado nas


Salas de Operações dos OPM, vindo otimizar a execução do
atendimento de ocorrências, bem como no despacho das
guarnições, trazendo assim maior rapidez e agilidade no tempo de
resposta à comunidade gaúcha.

3. CÓDIGOS, CONVENÇÕES E TABELAS


ADOTADAS PELA BRIGADA MILITAR

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1.13 Codificação das ocorrências para registro do Boletim


de Atendimento no App BM Mobile

1- Abastecimento 31- Estabelecimento vistoriado, 61- Pessoa desaparecida


fiscalizado ou inspecionado
2- Acidente de Trânsito 32- Etilômetro 62- PM Mirim
3- Advertência 33- Evento público 63- Policiamento Comunitário
4- Aeronave Empregada 34- Fiscalização de vigilância e 64- Policiamento Ostensivo
guarda particular
5- Alarme Disparado 35- Guarda de estabelecimento 65- Posto Base (PB)
penal
6- Alarme disparado 36- Infração de Trânsito 66- Preservação do local de
acidentalmente crime
7- Apoio à autoridade 37- Inspeção de local 67- Prestação de socorro de
emergência
8- Apoio do BAv 38- Instrução 68- Prisão em Flagrante Delito
9- Apreensão 39- Interdição 69- PROERD
10- Apreensão de arma de fogo 40- Interrupção de atividade por 70- Propriedade rural vistoriada,
boato ou alegada segurança fiscalizada ou inspecionada
11- Atropelamento 41- Isolamento do local 71- Recolhimento
12- Auto de Infração de 42- Lavagem de pista 72- Recolhimento de CNH
Trânsito
13- Averiguação 43- Lavratura de BO/COP 73- Recuperação
14- Barreira policial 44- Lavratura de BO/TC 74- Reforço
15- Base Móvel Comunitária 45- Levantamento ambiental 75- Remoção de fonte de perigo,
inclusive de árvores.
16- Buscas 46- Localização 76- Requisição
17- Captura e/ou abate de 47- Manifestação pública 77- Resgate
animal
18- Captura/foragido 48- Motim de presos 78- Retirada – neutralização de
produto perigoso
19- Cerco policial 49- Operação Policial 79- Revista prisional
20- Coleta de prova e indício 50- Orientação de parte 80- Salvamento de animal
de infração penal
21- Combate a incêndio 51- Palestras 81- Salvamento de pessoa
22- Controle de trânsito 52-Passeata/Manifestação 82- Segurança de dignatário
Pública
23- Cumprimento de mandado 53- Patrulha Escolar 83- Solicitação
judicial
24- Custódia e 54- Patrulha Maria da Penha 84- Tentaiva de fuga
encaminhamento de
criança/adolescente
25- Desabamento ou 55- Patrulhamento 85- Trote telefônico
desmoronamento
26- Diligência 56- Pedido de proteção 86- Veículo fiscalizado
27- Embarcação Fiscalizada 57- Perícia técnica 87- Veículo recolhido
28- Encaminhamento 58- Perigo ou desabamento de 88- Vendaval
construção
29- Escolta 59- Permanência 89- Averiguação de
aglomeração – descumprimento
de decreto – COVID 19
30- Escolta de preso 60- Pessoa abordada

2.1.2. Codificação de infrações ou eventos críticos


As infrações ou eventos críticos listados abaixo não são mais
utilizados no preenchimento dos boletins de atendimento de
ocorrência que substituíram as fichas de ocorrência, porém ainda
são largamente utilizadas nas comunicações via rádio,

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erradamente, e fazem parte desta obra até que se consiga migrar


para as novas codificações, inclusive via rádio, muito embora
sejam bastante complexas e em número bastante elevado.

2.1.2.1. Ocorrências de trânsito


- Oc 09 - Acidente de veículos com danos materiais - evento na
via pública envolvendo veículo(s), resultando somente danos do
patrimônio público e/ou privado.
- Oc 10 - Acidente de veículos com lesões corporais - evento na
via pública envolvendo veículo(s), resultando lesões corporais.
Mesmo que conjuntamente ocorram danos materiais, será
considerada Oc 10. A remoção de vítimas e liberação do local
obedecerá à normalização vigente.
- Oc 22 - Acidente de veículos com morte de pessoa - evento na
via pública envolvendo veículo(s), resultando morte de pessoa(s).
- Oc 64 - Conflito de circulação - congestionamento na via
pública provocado por pessoas, veículos, animais ou obstáculos,
afetando a segurança e a fluidez do trânsito. Não são consideradas
Oc 64 os eventos previstos e para os quais são montadas
operações, como, por exemplo, os congestionamentos provocados
por jogos de futebol, procissões, etc.
- Oc 79 - Atropelamento de pessoa - evento na via pública que
envolve veículo e pedestre, resultando em lesões corporais ou
morte. Deverá ser registrado como decorrente, obrigatoriamente,
a Oc 10 (quando houver lesões) ou a Oc 22 (quando resultar em
morte), em ambos os casos em qualquer uma das partes
envolvidas.

Ocorrências contra os costumes


- Oc 04 - Ato obsceno - todo o ato atentatório aos bons costumes
ou hábitos de decência social, por meio de exibição, atos, gestos
em lugar público, capaz de escandalizar pessoas. (Art. 233 do CP)
- Oc 11 – Embriaguez - apresentar-se publicamente em estado de
embriaguez, de modo que cause escândalo ou ponha em risco a
segurança própria ou alheia. Quando houver a Oc 11 e o
embriagado estiver promovendo desordem ou escândalo, será
registrada conjuntamente a Oc 12, mesmo que esta última esteja
explícita no Art. 62 da LCP.
- Oc 12 – Desordem - molestar alguém ou perturbar a sua
tranquilidade, por acidente ou por motivo reprovável (Art. 147.A
CP); provocar alarme anunciando perigo inexistente ou qualquer
ato capaz de produzir pânico ou tumulto (Art. 41 da LCP);
provocar tumulto ou portar-se de modo inconveniente ou
desrespeitoso em solenidades ou espetáculo público (Art. 40 da
LCP). Dentre as infrações de conduta social que geram confusões
e, consequentemente, desordens, destacam-se as brigas entre

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pessoas, bem como motins em presídios. Quando da briga entre


pessoas resultar lesões, deverá ser registrada como Oc 23
(agressão com lesões).

Oc 78 - Perturbação do trabalho ou do sossego alheio -
perturbar alguém, o trabalho ou sossego alheios com gritarias ou
algazarras; exercer profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo
com as prescrições legais; abusar de instrumentos sonoros ou
sinais acústicos; provocar ou não impedir barulho produzido por
animal de que tem guarda (Art. 42 da LCP).

Ocorrências contra o patrimônio


- Oc 17 – Dano - destruir, inutilizar ou danificar coisa alheia (Art.
163 do CP).
- Oc 27 - Furto de veículo - apoderar-se ilicitamente de veículo
automotor alheio. O furto de carroças ou bicicletas será registrado
como Oc 28 ou 49, por não se revestir das mesmas características
de veículo automotor.
- Oc 28 - Furto simples - subtrair para si ou para outrem, coisa
alheia móvel (Art. 155 do CP).
- Oc 37 – Abigeato - é o ato de furtar gado, esteja este em seus
currais, potreiros ou soltos no campo, desde que domesticados.
- Oc 49 - Furto qualificado - quando o furto é cometido com
destruição ou rompimento de obstáculos à subtração da coisa;
com abuso de confiança ou mediante fraude escalada ou destreza;
mediante emprego de chave falsa; mediante concurso de duas ou
mais pessoas (Art. 155 do CP).

Ocorrências contra a pessoa


- Oc 05 – Roubo - subtrair coisa móvel para si ou para outrem,
mediante grave ameaça ou violência. Quando ocorrer o roubo
com lesões corporais, será registrada conjuntamente a Oc 23, pois
na agressão não está explícita a lesão corporal. Quando ocorrer a
Oc 47 (sequestro) com a Oc 05 (Roubo), ambas serão registradas,
visto serem distintas.
- Oc 23 - Agressão com lesões - agressão física a pessoas, da
qual resultam ferimentos visíveis. Para fazer esse enquadramento,
é necessário que ocorra lesão visível, visto que o policial militar,
no momento da ocorrência, não pode ter certeza da existência de
lesões internas. Quando ocorrer luta corporal que não se
caracterizar como Oc 23, registra-se a Oc 12 (desordem).
- Oc 26 – Homicídio - matar alguém. Estão excluídos os
acidentes de veículos com morte (Art. 121 do CP).
- Oc 30 - Encontro de cadáver - localização de um corpo
humano em que haja dúvidas quanto à causa ou autoria da morte.

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Excluem-se os estados de homicídio evidente (Oc 26) e acidentes


de veículos com morte (Oc 22).

Oc 41 - Roubo a banco - ato de penetrar em estabelecimento


bancário, mediante grave ameaça ou violência à pessoa, com a
finalidade de apoderar-se de importância em dinheiro ou coisa de
valor.
- Oc 47 – Sequestro - privar alguém de sua liberdade, mantendo-
o em cárcere privado, temporariamente, com exigência ou não de
vantagem pecuniária. Ocorrência que geralmente acontece por
ocasião de roubo envolvendo veículos (Art. 148 do CP -
sequestro e cárcere privado).
- Oc 58 - Resistência, desobediência e desacato - opor-se à
execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja
prestando auxílio (Art. 329 do CP); desobediência à ordem legal
de funcionário público (Art. 330 do CP); desacatar funcionário da
função ou em razão dela (Art. 331 do CP).
- Oc 68 - Porte ilegal de armas - arma de Fogo – Crime (Lei nº
10.826/03) e arma branca – Contravenção penal (Art. 19 da LCP).

Ocorrências contra o meio ambiente


Oc 75 - Contra a fauna/pesca
- Fauna: os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do
seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro,
constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e
criadouros naturais.
- Proibição: proibida a utilização, perseguição, destruição, caça
ou apanha de animais silvestres, bem como a introdução de
animais exóticos, sem licença expedida na forma da lei.
- Pesca: todo ato tendente a capturar ou extrair elementos animais
ou vegetais que tenham na água seu normal ou mais frequente
meio de vida.
- Proibição: é proibida a pesca nos lugares e épocas determinadas
pelo órgão competente sem a licença para tal atividade ou com a
utilização de explosivos, substâncias tóxicas ou petrechos
proibidos.
- Oc 76 - Contra a Flora - as florestas e demais formas de
vegetação existentes no território nacional são bens de interesse
comum a todos os habitantes do país.
- Proibição: contravenções penais - destruir, danificar, extrair ou
cortar árvores de preservação permanente; causar danos em
unidades de conservação; transportar produtos ou subprodutos

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florestais sem a licença do órgão competente; usar fogo em


florestas e demais formas de vegetação.

Crime florestal: o comércio e utilização de motosserra sem
licença de porte e uso expedida pelo órgão competente.
- Infrações administrativas: aquelas previstas no Artigo 41 da
Lei nº 9.519/92 (Código Florestal Estadual) e na Lei nº 4771, de
15 de setembro de 1965 (Código Florestal Federal).
- Oc 77 – Poluição - degradação da qualidade ambiental
resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem
a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições
adversas às atividades sociais e econômicas; afetem
desfavoravelmente a brota; afetem as condições estéticas ou
sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em
desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

Outras infrações ou eventos


- Oc 25 - Incêndio - sinistro em que o fogo, fugindo do controle
do homem, cause dano e prejuízos, havendo necessidade de
combatê-lo, visando à sua extinção.
- Oc 32 - Risco excepcional - são todas aquelas ocorrências em
que, por ocasião do atendimento policial-militar e de bombeiro,
apresentam ameaça à integridade física dos patrulheiros ou à
viatura.
- Oc 53 – Tóxicos - ocorrência que venha a envolver tanto
traficante como pessoas que usam tóxico.
- Oc 67 – Inundação - grande afluxo de água proveniente de
chuvas, rios, lagos, açudes, etc., a qual se espalha pela superfície,
alterando ou pondo em risco o patrimônio ou a vida de pessoas.
Conforme a extensão do evento, observar as medidas de Defesa
Civil.
- Oc 69 – Vendaval - são tempestades de ventos cuja força do
impacto pode provocar enormes danos materiais. Conforme a
extensão do evento, observar as medidas de Defesa Civil.
- Oc 70 – Desabamento - são desmoronamentos que ocorrem em
prédios, pontes, túneis e escavações subterrâneas, que alterem ou
ponham em risco o patrimônio ou a vida de pessoas. Conforme a
extensão do evento, observar as medidas de Defesa Civil.
- Oc 71 – Deslizamento - escorregamento de terra ou rocha que
ocorre em terrenos inclinados ou escarpas. Conforme a extensão
do evento, observar as medidas de Defesa Civil.

Atualizado em ago-22 MP 9–15


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Oc 74 – Naufrágio – é o afundamento de uma embarcação que


sofreu acidente. Conforme a extensão do evento, observar as
medidas de Defesa Civil.

Serviços Prestados
- Oc 01 – Abastecimento - ato pelo qual os bombeiros provêm de
água potável as instituições necessitadas.
- Oc 02 - Apoio à autoridade - ato de acompanhar autoridades
ou agentes de outras organizações, a fim de lhe dar apoio nos
casos cabíveis.
- Oc 08 - Salvamento de pessoas - toda ação ou operação
executada com a finalidade de salvar pessoas.
- Oc 14 - Salvamento de animais - toda a ação ou operação
executada com a finalidade de salvar animais.
- Oc 16 – Esgotamento - é a retirada de uma grande quantidade
de água que esteja alterando ou pondo em risco o patrimônio ou
vida de pessoa.
- Oc 19 - Remoção de fontes de perigo - toda a atuação para
anular ou remover uma fonte de perigo.
- Oc 24 – Resgate - operação em que é executada a retirada de
cadáveres de locais de difícil acesso ou em situação de difícil
remoção ou ainda a operação é empregada na recuperação de
bens imóveis.
- Oc 29 – Buscas - ação em que é executada a procura de
pessoas, animais ou coisas, precedendo o resgate ou salvamento.
- Oc 31 - Lavagem de pista - ação ou operação de lavagem da
via pública para a retirada de materiais derramados, tais como
gasolina, óleos, etc., que apresentem perigo ao público ou ao
patrimônio.
- Oc 38 - Combate a incêndio - ação ou operação que visa à
extinção de um incêndio.
- Oc 40 – Patrulhamento - atividade móvel de observação,
fiscalização, reconhecimento, proteção ou emprego de força em
que são percorridos os locais de risco com a finalidade de manter
o cumprimento das leis e a ordem pública.
- Oc 43 - Recuperação de bens móveis - ação em que o policial
militar recolhe material oriundo de furto ou roubo, ou ainda
material abandonado em local público, achado por si ou por
terceiros.
- Oc 44 – Assistência - é todo auxílio essencial ao público,
prestado pelo policial militar de forma preliminar, eventual e não
compulsória. Nesta ocorrência também são enquadrados auxílios

Atualizado em ago-22 MP 9–16


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prestados a doentes ou a feridos graves, bem como o seu


encaminhamento para uma casa de saúde. Também os socorros
mecânicos são enquadrados nesta ocorrência

Oc 48 - Guarda em estabelecimentos penais - ação que visa à


segurança externa de estabelecimentos penais, criando condições
para impedir fugas ou ajuda de fora para as suas realizações.
- Oc 50 - Inspeção de locais - ação em que se exige a presença
do policiamento ostensivo a pontos predeterminados para
certificar o estado de segurança do mesmo.
- Oc 52 - Controle de trânsito - sinalização realizada por policial
militar, a fim de orientar o fluxo de pedestres ou veículos.
- Oc 54 - Policiamento em estabelecimentos de ensino - ação
preventiva realizada em estabelecimentos de ensino, visando a
manter o estado desejável de segurança no local.
- Oc 55 - Policiamento em locais de diversões públicas - ação
preventiva executada em locais de diversões públicas com a
finalidade de manter a ordem pública.
- Oc 56 - Policiamento em desfiles, passeatas, solenidades e
procissões - ação preventiva que tem por finalidade manter a
ordem pública, bem como o esquema de trânsito.
- Oc 57 - Policiamento em praças desportivas - ação preventiva
que tem por finalidade manter a ordem pública bem como o
esquema de trânsito.
- Oc 59 - Permanência em locais interditos - ação preventiva
realizada para manter a preservação de locais interditos.
- Oc 60 - Escolta ou diligência
- Escolta: custódia de pessoas ou bens em deslocamento.
- Diligência: atividade que compreende buscas, apreensão,
resgate de pessoas, animais ou coisas, conforme o caso.
- Oc 61 - Atividades preventivas de bombeiros - são as ações
preventivas de bombeiros.
- Oc 63 - Operações de policiamento - é a conjugação de ações
de policiamento ostensivo em que se empregam unidades
constituídas com a finalidade de cumprir missões específicas.
- Oc 66 - Apoio ou reforço - é a necessidade de emprego de
outros policiais militares para efetivar a segurança dos elementos
ou viatura no atendimento de uma ocorrência ou para auxiliar no
atendimento da mesma.

Providências

Atualizado em ago-22 MP 9–17


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- Oc 06 - Recolhimento de veículo - retirada de circulação de


veículos automotores nos casos de: infrações de trânsito;
envolvimento em crime ou contravenção; determinação de
autoridade competente.
- Oc 13 – Desarmamento - ato pelo qual são desarmadas pessoas
que portam armas sem a permissão legal ou que se envolvam em
delitos ou contravenções.

Oc 18 - Encaminhamento de incapaz - providências que são


tomadas a fim de encaminhar para instituições ou repartições
públicas pessoas incapacitadas por diversas causas, que se
encontrem em local público, pondo em risco a própria segurança
ou causando transtornos diversos. Ex.: psicóticos, paraplégicos,
doentes mentais, etc.
- Oc 20 – Averiguações - são investigações realizadas pelo
policial militar no serviço de policiamento a fim de apurar a
veracidade de uma informação sobre fatos irregulares. Não são
classificadas como averiguações as ações normais de
patrulhamento (inspeção de local). Para que ocorra a providência
20 é necessário um fato que a provoque.
- Oc 21 - Policiamento de local - policiamento específico para
determinados locais nos quais é necessária a presença policial em
razão de eventos diversos ou por solicitação de autoridades.
- Oc 35 - Encaminhamento de menor - providência tomada
sempre que for necessária a intervenção do policial militar a fim
de solucionar problemas com menores envolvidos em fatos
irregulares. Quando se tratar de menor extraviado, registra-se Oc
44 (Assistência).
- Oc 42 – Advertência - ato de interpelar pessoa encontrada em
conduta inconveniente, buscando a mudança de atitude, a fim de
evitar o afloramento de infração. Também é aplicada
verbalmente, pelo policial militar, como instrumento de
orientação, quando da constatação de infrações de trânsito leves e
sanáveis no momento ou para evitar o seu cometimento.
- Oc 45 - Composição e orientação de partes - reunir e instruir
a(s) parte(s) envolvida(s) em ocorrência(s) quanto aos
procedimentos legais e cabíveis, em fatos de ação privada.
- Oc 46 – Prisão - privação da liberdade pessoal por motivo
legítimo (flagrante delito) ou em virtude de ordem legal
(mandado). Permanece o registro mesmo que na Polícia Judiciária
não seja lavrado o auto de prisão em flagrante.
- Oc 65 - Notificação por infração de trânsito - ato pelo qual o
policial militar notifica os transgressores das normas de trânsito

Atualizado em ago-22 MP 9–18


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que cometeram uma infração de trânsito. Cada notificação,


independente das infrações que contenha, representa um registro.
- Oc 72 - Encaminhamento de CNH - É o ato pelo qual o
policial militar efetua o encaminhamento de Carteira Nacional de
Habilitação por infração à legislação de trânsito.

Fonte: Manual Básico de Policiamento Ostensivo, 1981.

1.14 Código fonético internacional


Quando se tornar necessária a identificação, pela voz, de
qualquer letra ou algarismo a fim de serem evitadas confusões de
pronúncias semelhantes (Ex.: B e D, 3 e 6, etc.), as letras e os
algarismos devem ser pronunciados de acordo com a seguinte
convenção internacional:

1.15 Código civil internacional “Q”


O código "Q" é internacional e usado por organizações civis e
militares. Foi aprovado na Convenção Internacional de
Telecomunicações, em 1959, em GENEBRA, da qual o BRASIL
foi um dos países signatários.
São grupos de três letras que iniciam pela letra (Q), onde cada
grupo (código) significa certo número de palavras e,
consequentemente, uma mensagem completa. Eles têm por
finalidade simplificar as comunicações, proporcionando maior
rapidez na exploração da rede de rádio, e possibilitando a
intercomunicação independente do idioma dos operadores.
As expressões do Código “Q” mais utilizadas pela Brigada
Militar são:

Atualizado em ago-22 MP 9–19


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OBS.: Mensagens urgentes e urgentíssimas: “U” e “UU”

2.4 Pronúncia na rede-rádio

2.4.1 Pronúncia de algarismos

2.4.2 Pronúncia de postos e graduações

Atualizado em ago-22 MP 9–20


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2.5 Código “J”


São códigos compostos por uma letra (J) e por um número
destinados a informar na rede de rádio procedimentos
operacionais e administrativos executados pelo servidor ou
guarnição militar.

CÓDIGO MENSAGEM

J1 Emprego de tropa

J2 Rendição de guarnição

J3 Rendição de posto

J4 Refeição

J5 Abastecimento de viatura

J6 Lavagem de viatura

J7 Baixa de viatura para


Manutenção
J8 Necessidades fisiológicas

J9 Remanejamento de efetivo

2.6 Indicativos de chamada das estações fixas

Atualizado em ago-22 MP 9–21


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As estações fixas terão sempre como primeira letra do


indicativo àquela correspondente ao comando ao qual pertencem
ou à letra inicial da OPM / Município a que pertence a estação,
ou o algarismo numérico atribuído pela OPM, de acordo com a
sua articulação operacional e/ou territorial. A terceira letra ou
algarismo do indicativo será acrescentado quando o algarismo
numérico da unidade for composto por dois dígitos ou caso no
mesmo comando regional exista fração com letras
identificadoras iguais.

2.6.1 Canalização das redes de rádio VHF/FM

Atualizado em ago-22 MP 9–22


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2.7 Indicativos de chamada das estações portáteis e móveis


As estações móveis portáteis (HT) terão sempre por primeira
letra do indicativo de chamada a letra “P” (Papa), o algarismo
numérico ou a primeira e segunda letra indicadora da OPM a
que pertence e, quando houver, mais o algarismo numérico
atribuído pela OPM, em cardinal, de acordo com a sua
articulação operacional e/ou territorial.

4. ATENDIMENTO DE CHAMADA DE
EMERGÊNCIA
1.16 Protocolos de atendimento das chamadas de
emergência - fones 190

► Atendimento padrão: Ex.: Brigada Militar de Sobradinho/23º


BPM; qual sua emergência? Bom dia/boa tarde/boa noite!
- Esperar a pessoa informar a sua necessidade;
- solicitar a identificação da pessoa;
- solicitar o local de onde o comunicante está falando. OBS.: muitas
vezes a pessoa realiza a chamada de um telefone móvel/celular e a
ligação é direcionada para outro município;
- anotar em papel ou registrar em computador as informações
recebidas;
- caso haja necessidade da pessoa não ser relacionada a uma
emergência policial, orientá-la a desligar e ligar para o setor
administrativo da unidade policial;
- fornecer a sua identificação – classe, graduação ou posto, se
solicitado (Ex.: Sd Fulano);
- solicitar calma à pessoa comunicante, se necessário;

- solicitar o maior número de detalhes relacionados à comunicação,


ocorrência ou emergência que está sendo comunicada, bem como
solicitar dados para contato com o comunicante;

Atualizado em ago-22 MP 9–23


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- orientar a pessoa, se necessário, a tomar medidas preliminares


relacionadas à sua segurança e à segurança de terceiros, ou
procedimentos necessários para uma emergência médica (Ex.: casos
de afogamento, de acidente de trânsito e de incêndio);
- despachar, via rádio, assim que possível, uma guarnição policial
para o atendimento da ocorrência apresentada, acionando outros
órgãos ou instituições, se houver necessidade (Ex.: bombeiros,
SAMU, companhia de energia elétrica);
- nos casos de denúncia anônima, informar ao comunicante de que
sua identificação será preservada, solicitando o máximo de detalhes
da denúncia para fins de averiguação e investigação; e
- caso o demandante solicite a identificação do atendente, este de
pronto DEVERÁ fornecê-la.

1.17 Reflexo do atendimento do telefone 190


O futuro soldado da BM deve ter presente que o telefone 190
representa a marca Brigada Militar e que, antes de um número de
emergência, é um fone social. Deve compreender, da mesma forma,
o valor do bom atendimento ao fone 190 para a Instituição e para o
público externo, não apenas no apoio ao policiamento como no
socorro à população e, por consequência, na consolidação de uma
imagem favorável que perpetue a existência da Corporação.

1.18 Estruturas de recebimento e despacho de patrulhas


Nacionalmente, as solicitações da população para intervenção
em ocorrências de responsabilidade por parte das instituições
policiais-militares são requisitadas pelo cidadão a partir de
chamadas telefônicas para o número 190. Originada a chamada para
o número 190, esta ligação será direcionada para o setor de
atendimento destas chamadas, localizado na sede da unidade
operacional que detém responsabilidade territorial sobre a área e
local onde está ocorrendo ou ocorreu o fato comunicado ou,
dependendo da localidade, para um CIOSP (Centro Integrado de
Operações de Segurança Pública), onde, da mesma forma, a
solicitação será recebida, registrada e transferida para unidade
operacional que detém a responsabilidade territorial sobre o local do
fato informado.
No Estado, existem quatro localidades onde o recebimento,
registro e despacho das chamadas de emergência (fones 190 e 195)
são administrados nos CIOSP, sendo elas: Porto Alegre, Caxias do
Sul, Uruguaiana e Santana do Livramento.

Nas ilustrações a seguir veremos como ocorre todo o processo de


atendimento de uma chamada de emergência, iniciando-se pela
informação da ocorrência por parte do cidadão e, posterior, os
procedimentos internos para registro desta informação e despacho
de uma guarnição policial-militar ao local para o competente
atendimento:

Atualizado em ago-22 MP 9–24


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3.3.1. Em localidades onde existe o CIOSP

3.3.2. Em localidades onde não existe o CIOSP há dois modelos:

3.3.2.1. Modelo 1

Atualizado em ago-22 MP 9–25


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3.3.2.2. Modelo 2

Fonte: Manual Básico de Policiamento Ostensivo, 1981.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRIGADA MILITAR. Diretriz Geral da Brigada Militar nº


019/BM/DLP/2003.
__________. Manual Básico de Policiamento Ostensivo, 1981.
__________. Nota de Instrução n° 6.4 EMBM/2018.
__________. Nota de Instrução n° 6.6 EMBM/2020.
__________. Nota de Instrução n° 2.22 EMBM/2020.
__________. Manual do BMMOB.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e
Terra, 1999.
DAVENPORT, Thomas. Ecologia da informação. São Paulo:
Futura, 1998.
LIPNACK, Jessica. Rede de informações. São Paulo: Makron,
1994.
MOREIRA, Juceli dos Santos e ABREU Luís Fernando Silveira.
MBPO - Manual Básico de Policiamento Ostensivo/2006. (pág.
70 a 96).
STAIR, Ralph M. Princípios de sistemas de informação. Rio de
Janeiro: Ed. LTC, 1998.

Atualizado em ago-22 MP 9–26

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