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CADERNO Curso Básico de Formação

TEMÁTICO
Policial-Militar 2022/2023

5 DEFESA PESSOAL I

Notas
Objetivos

Ao finalizar esta disciplina, espera-se que o aluno-soldado tenha


alcançado os seguintes objetivos:

 desenvolver técnicas não letais de defesa, controle e


imposição, segundo os princípios da necessidade e da
proporcionalidade;
 desenvolver técnica de proteção, distância, antecipação,
noção de risco e reação, sem utilização de arma defogo; e
 estar capacitado a assegurar a sua integridade física e a de
outrem , especialmente de pessoas que estejam custodiadas,
dentro da lei.

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1 - INTRODUÇÃO
A Defesa Pessoal Policial Militar é uma disciplina que visa
qualificar o Policial Militar no ato de defender a si mesmo, a outrem e ao
próprio agressor, no estrito cumprimento do dever legal, a fim de torná-lo
um agente de Segurança Pública mais qualificado para o cumprimento de
sua jornada de trabalho. Da mesma forma, o auxilia no desempenho de
sua função, preparando-o para evitar o emprego da arma de fogo como
primeiro recurso e utilizando técnicas e táticas de defesa para cessar uma
agressão injusta. Sabe-se que atitudes isoladas de policiais despreparados
repercutem de forma negativa perante a população, cliente dos nossos
serviços.
A Defesa Pessoal Policial Militar é ferramenta indispensável para
que o Policial Militar atue no Policiamento Ostensivo e em Grupos
Táticos, bem como para qualquer outro tipo de função que o mesmo
exerça na Instituição.
O presente manual objetiva estabelecer na Instituição um
programa de treinamento básico de Defesa Pessoal Policial Militar,
aplicado tanto nos Cursos de Formação, Habilitação e Qualificação como
nos treinamentos rotineiros nas diversas Unidades que compõem a
Corporação.
Sua importância estratégica impõe ao Policial Militar, conhecedor
e praticante de técnicas estudadas e testadas, maior segurança pessoal,
podendo então conhecer os seus limites e as consequências das técnicas
aplicadas.
Também deve ser observado que a Defesa Pessoal Policial Militar
engloba um repertório extenso de técnicas e que variam de acordo com o
conhecimento dos diversos policiais militares; contudo, o presente
manual visa auxiliar os professores, os policiais militares matriculados
nos diversos cursos oferecidos pela Brigada Militar, bem como todo e
qualquer policial militar, a planejar de forma progressiva e didática, o
aprendizado nessa disciplina. As técnicas aqui apresentadas são
consideradas básicas e de conhecimento necessário para qualquer policial
militar, não descartando a aplicação de outras, desde que sempre
observadas condições de razoabilidade, proporcionalidade e, acima de
tudo, o respeito à vida e ao ser humano.
Para atingir tal finalidade o manual iniciará com posições básicas
até técnicas que exigem um treinamento mínimo e continuado, como por
exemplo imobilizações e algemações.

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II - HISTÓRICO DA UTILIZAÇÃO DO BASTÃO POLICIAL NAS


POLÍCIAS

Primeiramente ressaltamos que a técnica com o uso do bastão foi


desenvolvida há muitos séculos, como uma arma de madeira,
especificamente para uso no Karate, pelos habitantes da cidade de Okinawa
no Japão, local onde durante muito tempo foi proibido o uso de espadas,
facas, lanças ou outras armas militares tradicionais.
Em razão de não poder utilizar armas, a população ficava indefesa
frente a bandidos e ninjas, o que obrigou a população a desenvolver um
sistema de defesa que utilizasse ferramentas agrícolas e de pesca, que eram
utilizadas em seu trabalho diário, como por exemplo: nunchaku (duplo
bastão articulado), a kama (foice), bo (bastão longo), eiku (remo) e a tonfa
(bastão com empunhadura).
Existem muitas denominações para a arma – toifa, tonfa, hawakan,
bastão PR-24, BPE 61, sendo que a mais conhecida é tonfa. Sua utilização
original é controversa, porém, existem algumas referências de que era
utilizada para triturar grãos ou para ceifar o arroz.
As técnicas eram passadas através de movimentos encadeados,
chamados Katas. Estas técnicas permaneceram desconhecidas e com
poucas mudanças até 1971, quando os americanos adaptaram técnicas com
o bastão para o trabalho policial.
O bastão pode ser trabalhado individualmente ou em pares, porém,
para o trabalho policial foram desenvolvidas técnicas apenas para um
bastão. Várias unidades policiais militares e corpos de segurança privada
utilizam o bastão para as atividades de segurança.
É importante ressaltar que o BPE-61 foi adotado por permitir o uso
de técnicas de controle que diminuem o risco de lesões mais graves nos
agressores, porém todas as técnicas devem ter o treinamento adequado.
Ao vir para o Brasil no ano de 1985 o bastão teve que ser adaptado
aos padrões de altura dos brasileiros, já que na época não existiam bastões
de fabricação nacional. Os bastões eram importados e tinham proporções
maiores dos fabricados atualmente no Brasil.
A estatura média do norte-americano era maior do que a do
brasileiro padrão e para ficar adequado ao manuseio, o BPE-61 deve ser
alongado aproximadamente oito centímetros, em seu comprimento, em
relação ao cotovelo do portador.
A defesa de uma agressão deve iniciar antes que esta se concretize,
portanto o policial precisa estar sempre preparado através de treinamento,
para que possa melhorar a sua capacidade de prever uma situação de risco
ou agressão.

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Todos o movimentos com o bastão são acompanhados de avanço ou


recuo, pois no caso de necessidade de emprego, existe a possibilidade e a
tendência natural do adversário, se desarmado, querer nos tomar a posse do
Bastão. Assim, o movimento de avanço e recuo irá diminuir tal
possibilidade, nos garantindo ainda uma maior segurança no seu manejo.
Nos movimentos ofensivos, devemos realizá-los distendendo
naturalmente o braço que o empunha, para otimizar a energia DEVENDO
EVITAR SEMPRE GOLPES NA CABEÇA.

III - FUNDAMENTOS E BASES DO BPE 61

DEFNIÇÕES SOBRE O BASTÃO

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SAQUE DO BASTÃO
O saque do BPE 61 é a base que origina os demais movimentos de
ataque e defesa e que também pode servir de forma a intimidar o oponente
com o simples fato de sacar este instrumento.

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EMPUNHADURAS COM O BASTÃO


Uma boa empunhadura é muito importante, pois é ela que vai
definir a eficácia da utilização dos movimentos que serão empregados, os
tipos de técnicas de chaves de braço, condução ou imobilização e a força
colocada no golpe. O grande segredo das nossas técnicas consiste em
primeiro lugar em saber qual empunhadura será usada para aplicar o golpe
desejado.
Empunhadura Curta
Esta empunhadura ajuda na resistência, e é geralmente utilizada em
movimentos de defesa, porém também serve como base para movimentos
de ataque. Nesta base, se segura o bastão em sua empunhadura, de forma
que o corpo principal do bastão fique paralelo ao antebraço.

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Empunhadura Longa
Esta empunhadura em como objetivo principal os movimentos de
ataque, como estocadas e cortes, buscando maior alcançe dos golpes.

Empunhadura Martelo
Este movimento é realizado efetuando a pegada pelo corpo
principal do bastão, de forma que a haste de empunhadura fique voltada
para baixo. Esta empunhadura tem como objetivo, ajudar nos movimentos
de chaves de braço, chaves de pulso e conduções.

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Empunhadura Gancho
Este movimento é realizado efetuando a pegada pelo corpo
principal do bastão, de forma que a haste de empunhadura fique voltada
para cima. Esta empunhadura tem como objetivo, ajudar nos movimentos
de chaves de braço, chaves de pulso e conduções.

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IV - TÉCNICAS DE DEFESA COM O BPE 61

DEFESA BAIXA EXTERNA

Movimento executado com o BPE 61, empunhado na mão forte,


que visa efetuar a defesa contra golpes aplicados na região abaixo da
cintura e no mesmo lado que o bastão estiver posicionado.

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DEFESA BAIXA INTERNA

Movimento executado com o BPE 61, empunhado na mão forte,


que visa efetuar a defesa contra golpes aplicados na região abaixo da
cintura, porém oriundos do lado que o bastão estiver posicionado.

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DEFESA MÉDIA EXTERNA

Movimento executado com o BPE 61, empunhado na mão forte,


que visa efetuar a defesa contra golpes aplicados na região entre a cintura
e o ombro, e no mesmo lado que o bastão estiver posicionado.

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DEFESA MÉDIA INTERNA

Movimento executado com o BPE 61, empunhado na mão forte,


que visa efetuar a defesa contra golpes aplicados na região entre a cintura
e o ombro, porém ao lado oposto que o bastão estiver posicionado.

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DEFESA ALTA

Movimento executado com o BPE 61, empunhado na mão forte,


que visa efetuar a defesa contra golpes aplicados na região da cabeça.

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V - TÉCNICAS DE ATAQUE COM O BPE 61

ESTOCADA CURTA

Movimento executado com o BPE 61, realizando uma


empunhadura básica com a mão forte, mantendo o corpo principal do
bastão junto ao antebraço. O golpe executado com esta empunhadura é
efetuado a uma curta distância do oponente e pode servir para afastar uma
possível ameaça ou como base de distração para aplicação de uma
imobilização.

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ESTOCADA LONGA

Movimento executado com o BPE 61, realizando uma


empunhadura básica com a mão forte, semelhante à estocada curta, porém
mantendo o corpo secundário do bastão junto ao antebraço e o corpo
principal do bastão permanece a frente. O golpe executado com esta
empunhadura é efetuado a média distância do oponente e pode servir para
afastar uma possível ameaça ou como base para aplicação de uma
imobilização ou condução.

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CORTE HORIZONTAL

Movimento executado com o BPE 61, realizando a aplicação do


ataque na linha horizontal, próximo a linha da cintura, iniciando o golpe
do lado da mão forte em direção ao lado oposto, e após retorna com o
ataque pela mesma trajetória até a base inicial de empunhadura. O golpe
pode ser executado com a intenção de afastar uma possível ameaça.

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CORTE VERTICAL

Movimento executado com o BPE 61, que se inicia na posição de


guarda, onde o policial irá executar um movimento vertical, em uma
trajetória ao lado do corpo, podendo ser executado tanto ascendente,
como descendente. Este golpe visa a aplicação de golpes nos membros
superiores do indivíduo, com o intuito de cessar a resistência, ou fazer
com que ele venha a soltar algum objeto que esteja em sua posse e possa
vir a trazer riscos ao policial ou a terceiros.

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CORTE DIAGONAL

Movimento executado com o BPE 61, e consiste em desferir o


golpe de cima para baixo, em diagonal ao corpo, visando atingir a região
lateral do corpo do oponente (braços, mãos, pernas), para cessar uma
agressão ou para auxiliar na contenção do mesmo.

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CORTE EM XIS

Movimento executado com o BPE 61, utilizando a base do corte


diagonal, porém ao contrario daquele golpe, que somente efetua o ataque
simples e retorna a posição de guarda, neste é executado o ataque nas
duas direções. Também visa afastar o indivíduo, ou atingir lateralmente
os braços e pernas.

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MOVIMENTO DO CHICOTE

Movimento executado com o BPE 61 e possui semelhança a


aplicação de um movimento de chicote, por isso se chama assim. Saindo
da base de guarda para uma empunhadura longa, o policial passará com o
bastão sobre a cabeça, e tão logo estiver alinhado com o ombro, será
finalizado o golpe com a aplicação do golpe diagonal em frente ao corpo.
Golpe aplicado com maior ostensividade e energia, visando atingir
lateralmente membros inferiores e superiores.

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PONTOS VULNERÁVEIS DO CORPO HUMANO


Há restrições quanto aos pontos do corpo humano que podem ser
golpeados. É a análise do caso concreto que vai determinar essas
restrições, entretanto, o militar deve priorizar golpes nos pontos
vulneráveis que possibilitem máxima eficiência na sua proteção e de
terceiros, mas que provoquem mínimas lesões no agressor.
Seguindo essa lógica, podemos classificar as zonas de impacto de
um golpe no corpo humano, conforme a lesão que provoca, de acordo
com o descrito abaixo.

Zonas verdes (primeira prioridade)


São as partes do corpo humano que, atingidas por golpes, têm
prioridade: os braços, os antebraços, os punhos, as mãos, as pernas, os
pés e os tornozelos.
Zonas amarelas (segunda prioridade)
São aquelas partes do corpo que, atingidas por golpes, sofrem
lesões relativamente mais graves, entretanto, sem risco à vida do infrator.
Compreendem as articulações dos joelhos, dos cotovelos, dos
ombros, a clavícula, a região da cintura (osso ilíaco), os órgãos genitais e
as costelas.
Zonas vermelhas (terceira prioridade)
São a cabeça, a nuca, o pescoço, a porção central do tórax, os rins,
a coluna vertebral e os pulmões. São regiões em que golpes podem
provocar lesões graves, com risco de morte.
As zonas vermelhas podem ser atingidas? Sim. O que o policial
militar deve ter em mente é que golpes nessas regiões do corpo humano
podem causar um efeito traumático muito grande e que estes devem ser
utilizados observando-se os princípios do uso de força e nível de força
compatível à percepção do policial em relação à atitude do abordado, em
situações extremas que envolvam risco iminente de morte ou lesões
graves para o policial militar ou para terceiros, com o objetivo imediato
de fazer cessar a ameaça.

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Logo, toda vez que o policial militar se vir obrigado a golpear um


ponto incluído nas zonas de terceira prioridade deve avaliar o uso
diferenciado da força e as consequências desse golpe. Em caso de dúvida,
sugere-se que adapte, sempre que possível, o golpe para atingir as zonas
de primeira e segunda prioridades, conforme ilustração abaixo:

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Pontos sensíveis
É importante que o Militar Estadual conheça quais são os pontos
mais frágeis no corpo humano, a fim de desenvolver consciência tática no
sentido de proteger tais áreas e, se necessário for, golpear seu agressor com
maior efetividade.
Neste sentido, não pode ignorar o policial militar quais são os
efeitos gerados pela aplicação de uma técnica de defesa pessoal
direcionada a um ponto sensível, no contexto do uso proporcional da força
em face de um agressor. Estando, pois, ciente destas consequências,
modulará mais facilmente a intensidade com que aplicará seus golpes.
Efeitos dos ataques aos pontos sensíveis (porção anterior do
corpo)
1 - Fronte: concussão cerebral, perda da consciência, morte (lesão
cerebral).
2 - Têmpora: hematoma intracraniano, perda da consciência, morte (lesão
cerebral).
3 - Orelhas: dor aguda, desorientação, concussão cerebral, morte (edema
cerebral, lesão vascular interna, rompimento do tímpano).
4 - Olhos: desorientação, perda da visão (trauma no nervo óptico, lesão
vascular).
5 - Nariz: dor aguda, asfixia, morte (lesão vascular, fratura óssea).
6 - Lábio superior: dor aguda, perda da consciência (fratura óssea, lesão
vascular).
7 - Mandíbula: perda da consciência (fratura óssea).
8 - Pomo-de-adão: náusea, dor aguda, asfixia, morte (fratura óssea, lesão
vascular, lesão da traqueia).
9 - Base da garganta: náusea, asfixia (lesão da traqueia).
10 - Clavícula: dor, perda de mobilidade de membros superiores (fratura
óssea).
11 - Jugular e carótida: perda da consciência, morte (isquemia cerebral).
12 - Plexo braquial: perda de mobilidade (lesão nervosa periférica).
13 - Plexo solar: dor aguda, perda da consciência, asfixia, morte (parada
cardior respiratória, lesão nervosa).
14 - Estômago: dor aguda, morte (lesão vascular, lesão
estomacal).
15 - Costelas flutuantes: dor aguda, perda de mobilidade, morte (fratura
óssea, lesão vascular, lesão pulmonar).

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16 - Fígado: dor aguda, morte (lesão vascular, lesão hepática).


17 - Testículos: dor aguda, perda de mobilidade (lesão vascular, trauma
testicular).
18 - Dedos: dor aguda, perda de mobilidade (fratura óssea).
19 - Articulações: dor aguda, perda de mobilidade (luxação, lesão
ligamentar).
20 - Parte anterior da tíbia: dor aguda, perda de mobilidade (fratura
óssea, lesão ligamentar).
21 – Peito do pé: dor aguda, perda de mobilidade (fratura óssea).

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Efeitos dos ataques aos pontos sensíveis (porção posterior do


corpo)
1 - Bulbo: desorientação, perda de consciência, morte (parada cardio
respiratória, lesãocerebral).
2 - Nuca: desorientação, perda da consciência, morte (parada cardio
respiratória, fratura óssea).
3 - Coluna vertebral: perda de mobilidade, paralisia, morte (fratura
óssea, lesão nervosa).
4 - Rim: dor aguda (lesão vascular, trauma renal).
5 - Plexo lombo-sacral: dor aguda, perda de mobilidade, paralisia (lesão
nervosa, fratura óssea).
6 - Cóccix: dor aguda, perda de mobilidade (fratura óssea, luxação).
7 - Nervo Ciático: perda de mobilidade, paralisia (lesão nervosa).
8 - Panturrilha: dor aguda, perda de mobilidade (lesão vascular, lesão
muscular).
9 - Tendão de Aquiles: dor aguda, perda de mobilidade (lesão tendínea).
10 - Articulações: dor aguda, perda de mobilidade (luxação).

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VI - TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO E CONDUÇÃO COM O BPE


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Em certas situações, o policial deve ter o domínio de técnicas mais


avançadas, que possam realizar a contenção do indivíduo, mas que não
causem constrangimento, e ao mesmo tempo preservem a integridade física
do agressor. Nesses casos é recomendado o uso de chaves de braço com o
uso de bastão.
Os movimentos de imobilização com a utilização do bastão buscam
causar restrição de movimentos, normalmente com pressão ou torção das
articulações. Com a execução destas técnicas, o policial pode imobilizar
conduzir ou algemar o indivíduo.
Cabe salientar que devido a complexidade de alguns movimentos
de imobilização, o policial deve estar em constante treinamento destas
técnicas, e avaliar o momento oportuno para execução de cada uma delas,
devendo evitar o uso de uma técnica de imobilização quando houverem
vários agressores ou indivíduos a serem contidos.
Existem técnicas que podem ser realizadas com a aproximação
frontal, outras em que ocorre a aproximação lateral ou pelas costas, em que
o policial se aproveita da distração do indivíduo a ser contido, para
executar o movimento.
Outro ponto importante para aplicação com êxito de uma técnica de
imobilização com o uso do bastão é de que o policial tenha em mente qual
a empunhadura que será necessária e adequada para aplicação de cada
golpe.

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Assim como já apresentadas acima, imagens das bases,


empunhaduras, defesas e ataques com o BPE 61, na sequência seguem
algumas imagens captadas durante Cursos de Formação de Soldados
realizados na EsFES Montenegro e apresentados em TEs, as quais ilustram
algumas técnicas de contenção e condução de indivíduos. Salientando que
a execução das técnicas de imobilização com a utilização do BPE 61, vai
depender do grau de habilidade de cada policial, o qual deve avaliar a
oportunidade e momento adequado para efetivar cada movimento.

PRIMEIRA TÉCNICA

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SEGUNDA TÉCNICA

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TERCEIRA TÉCNICA

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TERCEIRA TÉCNICA

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QUARTA TÉCNICA

QUINTA TÉCNICA

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SEXTA TÉCNICA

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SÉTIMA TÉCNICA

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OITAVA TÉCNICA

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- PINTO, Jorge Alberto Alvorcem; VALÉRIO, Sander Moreira. Defesa
pessoal, para policiais e profissionais de segurança. Porto Alegre:
Editora Evangraf Ltda, 2002.
- BRASIL. Exército Brasileiro. Portaria N° 060-EME, de 23 de agosto de
2002. Manual de Campanha Treinamento Físico Militar: Lutas. C 20-
50. 3a Edição. Brasília: 2002.
- MINAS GERAIS (Estado). Policia Militar. Manual técnico-profissional
N° 3.04.13/2013 Defesa Pessoal Policial. Belo Horizonte: 2013.
- Apostila Codepe, de Novembro de 2005.
- Curso de Instrutor de Defesa Pessoal da Brigada Militar de Agosto de
2012.
- Encontro dos Instrutores de Defesa Pessoal da Brigada Militar em
Setembro de 2009.
- Caderno Temático de Defesa Pessoal 2021.

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