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Manual de Defesa

Pessoal Policial-Militar
M-6-PM
1ª EDIÇÃO
2021
Manual de Defesa
Pessoal Policial-Militar
M-6-PM
1ª EDIÇÃO
2021
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

M294 Manual de Defesa Pessoal Policial-Militar: M-6-PM – Brasília: Polícia Militar do


Distrito Federal, 2021.
81 p. ; il.

ISBN

Defesa pessoal – Técnicas profissionais. 2. Artes marciais – Técnicas


profissionais. 3. Tonfa – Utilização – Técnicas profissionais. 4. Bastão retrátil
– Utilização – Técnicas profissionais. 5. Policial militar – Treinamento
profissional. I. Estado-Maior da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

CDU – 355.5 (035)

Elaborada por Carlos Anderson Vieira – CRB 1/1636


SUMÁRIO

CAPÍTULO I - ASPECTOS INTRODUTÓRIOS .......................................................................................................... 5


1.1. FINALIDADE ......................................................................................................................................................................... 5
1.2. POSTURA INICIAL ............................................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO II - TÉCNICAS BÁSICAS DE QUEDA .................................................................................... 7
2.1. FINALIDADE ......................................................................................................................................................................... 7
2.2. QUEDA PARA FRENTE ...................................................................................................................................................... 7
2.3. QUEDA PARA TRÁS ........................................................................................................................................................... 9
2.4. ROLAMENTO PARA FRENTE .........................................................................................................................................10
2.5. ROLAMENTO PARA TRÁS ..............................................................................................................................................12
2.6. QUEDA LATERAL ..............................................................................................................................................................12
CAPÍTULO III - TÉCNICAS BÁSICAS DE DEFESA E DE PROJEÇÃO........................................................... 14
3.1. FINALIDADE .......................................................................................................................................................................14
3.2. DEFESA DE SOCO.............................................................................................................................................................14
3.3. DEFESA DE CHUTE...........................................................................................................................................................15
3.4. DEFESA DE COTOVELADA ............................................................................................................................................15
3.5. DEFESA DE JOELHADA ..................................................................................................................................................16
3.6. RASTEIRA ............................................................................................................................................................................16
3.7. PROJEÇÃO LATERAL .......................................................................................................................................................17
3.8. PROJEÇÃO PELA FRENTE ..............................................................................................................................................17
3.9. PROJEÇÃO COM CHAVE AMERICANA ......................................................................................................................18
3.10. DEFESA CONTRA PAULADA ......................................................................................................................................18
CAPÍTULO IV - TÉCNICAS BÁSICAS DE ATAQUE ................................................................................ 20
4.1. FINALIDADE .......................................................................................................................................................................20
4.2. POSIÇÃO CORRETA DA MÃO .......................................................................................................................................20
4.3. TÉCNICA DE SOCO...........................................................................................................................................................21
4.4. CHUTE FRONTAL ..............................................................................................................................................................21
4.5. COTOVELADA ...................................................................................................................................................................22
4.6. JOELHADA ..........................................................................................................................................................................22
CAPÍTULO V - IMOBILIZAÇÕES ..................................................................................................... 24
5.1. FINALIDADE .......................................................................................................................................................................24
5.2. ALGEMAMENTO ...............................................................................................................................................................24
5.3. IMOBILIZAÇÃO DE BRAÇO PARA ALGEMAMENTO..............................................................................................25
5.4. IMOBILIZAÇÃO DE BRAÇO PARA CONDUÇÃO......................................................................................................26
5.5. IMOBILIZAÇÃO PELO PESCOÇO .................................................................................................................................27
5.6. IMOBILIZAÇÃO EM DUPLA ...........................................................................................................................................28
CAPÍTULO VI - TÉCNICAS DE DEFESA COM EQUIPAMENTOS ............................................................... 30
6.1. FINALIDADE .......................................................................................................................................................................30
6.2. RETENÇÃO DA ARMA NO COLDRE ............................................................................................................................30
6.3. DESVENCILHAMENTO ....................................................................................................................................................31
6.4. RETENÇÃO DE ARMA NO COLDRE COM ATAQUE EFETIVO..............................................................................32
6.5. RETENÇÃO DE ARMA NO COLDRE COM CHAVE DE BRAÇO.............................................................................33
CAPÍTULO VII - BASTÃO RETRÁTIL ............................................................................................... 34
7.1. BASTÃO FECHADO ..........................................................................................................................................................34
7.2. POSIÇÃO BÁSICA ............................................................................................................................................................34
7.3. GIRO POR FORA ................................................................................................................................................................35
7.4. GIRO POR DENTRO ..........................................................................................................................................................35
7.5. MOVIMENTO EM “X” .......................................................................................................................................................36
7.6. DEFESA COM BASTÃO ...................................................................................................................................................36
CAPÍTULO VIII - BASTÃO TONFA .................................................................................................. 38
8.1. ASPECTOS INICIAIS..........................................................................................................................................................38
8.2. PEGADA CORRETA E POSICIONAMENTO ...............................................................................................................38
8.3. DISTÂNCIA E BASE APLICADAS AO USO DA TONFA ...........................................................................................40
8.4. VANTAGENS E DESVANTAGENS ESTRATÉGICAS DA TONFA............................................................................41
8.5. TÉCNICAS BÁSICAS DE USO DO BASTÃO TONFA ................................................................................................41
8.6. TÉCNICAS AVANÇADAS DE USO DO BASTÃO TONFA........................................................................................52
8.7. PONTOS DE ATAQUE ......................................................................................................................................................70
8.8. TREINAMENTO ..................................................................................................................................................................72
CAPÍTULO IX - TREINAMENTO TÉCNICO APLICADO .......................................................................... 74
9.1. FINALIDADE .......................................................................................................................................................................74
9.2. AMBIENTE ABERTO E AGRESSOR RESISTENTE/HOSTIL ......................................................................................74
9.3. AGRESSOR COM ARMA IMPROVISADA ....................................................................................................................75
9.4. AGRESSOR HOSTIL E AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS ...........................................................................................75
9.5. ELEMENTOS IMPORTANTES .........................................................................................................................................76
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 74
MANUAL DE DEFESA PESSOAL POLICIAL-MILITAR

CAPÍTULO I
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS

1.1. FINALIDADE
A defesa pessoal constitui um conjunto de técnicas corporais simples, tendo como base as
artes marciais, visando a proteção pessoal e a neutralização de ataques. Portanto, o Treinamento
de Defesa Pessoal Policial-Militar (TDPPM) tem a finalidade de capacitar os policiais militares na
prática da autodefesa, especialmente em situações de conflito e risco. Durante o TDPPM, os
policiais militares aprendem técnicas de imobilização, abordagem, estrangulamento, uso da tonfa
e outras, que auxiliam na realização da atividade de polícia ostensiva e de preservação da ordem
pública.
Ao utilizar técnicas de defesa pessoal, o policial militar deve observar os princípios
norteadores da atividade de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, cuidando da
própria integridade física, da sua equipe e de terceiros.
Salienta-se que é contraindicado o uso das técnicas descritas neste manual por indivíduos
que não atuam no setor de segurança pública e que não sejam treinados para lidar com situações
adversas.

1.2. POSTURA INICIAL


A postura do policial militar é fundamental na execução do serviço de polícia ostensiva e
de preservação da ordem pública, pois parte significativa do trabalho depende da chamada ação
de presença. Assim, a apresentação pessoal do policial militar, as condições do fardamento e do
equipamento, o olhar atento e a atitude de manter uma postura firme e ereta exercem forte
influência psicológica sobre quem o observa. Além disso, em momentos críticos, é a partir da sua
posição e postura que o policial militar terá chances de executar técnicas e procedimentos de
defesa pessoal.
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Nesse sentido, a posição inicial ideal para aplicação de técnicas de defesa pessoal é a
posição ortostática, ou seja, com as pernas em posição anteroposterior, de modo que o coldre
esteja à retaguarda (conforme figura 1).
Figura 1 - Postura Inicial.

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CAPÍTULO II
TÉCNICAS BÁSICAS DE QUEDA

2.1. FINALIDADE
As técnicas de queda do Treinamento de Defesa Pessoal Policial-Militar (TDPPM) foram
adaptadas de diferentes disciplinas marciais e têm a finalidade de proteger o corpo, em especial,
determinadas partes, como a coluna, a cabeça e o pescoço. As técnicas de queda buscam
dispersar a energia cinética por meio de posições e movimentos que reduzem o impacto com o
solo. Portanto, o domínio delas é de fundamental importância para o policial militar.

2.2. QUEDA PARA FRENTE

2.2.1. ESTÁGIO 1
A partir da posição de genuflexão (ajoelhado, conforme figura 2, posição 1), o policial
militar desloca o corpo à frente (queda em decúbito ventral), tocando o solo com as duas mãos à
frente do rosto, formando um triângulo com os antebraços, de maneira que proteja o rosto e a
cabeça, durante a queda (conforme figura 2, posição 2).

Figura 2 - Queda para frente (Estágio 1).

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2.2.2. ESTÁGIO 2
A partir da posição agachada (conforme figura 3, posição 1), o policial militar desloca o
corpo à frente, de maneira a cair em decúbito ventral, estendendo os joelhos, tocando o solo com
as duas mãos à frente do rosto, formando um triângulo com os antebraços, de maneira que
proteja o rosto e a cabeça, durante a queda (conforme figura 3, posição 2).
Figura 3 - Queda para frente (Estágio 2).

2.2.3. ESTÁGIO 3
A partir da posição em pé (conforme figura 4, posição 1), o policial militar desloca o corpo
à frente, lançando-se em decúbito ventral contra o solo, tocando-o com as duas mãos à frente do
rosto, formando um triângulo com os antebraços, de maneira que proteja o rosto e a cabeça,
durante a queda (conforme figura 4, posição 2).

Figura 4 - Queda para frente (Estágio 3).

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2.3. QUEDA PARA TRÁS

2.3.1. ESTÁGIO 1
A partir da posição sentado (conforme figura 5, posição 1), o policial militar desloca o
tronco para trás, em direção ao solo (queda em decúbito dorsal), mantendo o queixo junto ao
peito, de maneira que proteja a cabeça durante a queda. Deve, ainda, utilizar os antebraços em
apoio contra o solo, enquanto ergue as pernas, mantendo um ângulo de 90º em relação ao tronco,
no momento em que esse toca o chão (conforme figura 5, posição 2), para proteger a coluna e
reduzir o impacto da queda.
Figura 5 - Queda para trás (Estágio 1).

2.3.2. ESTÁGIO 2
A partir da posição agachado (conforme figura 6, posição 1), o policial militar desloca o
corpo para trás, estendendo os joelhos e caindo em decúbito dorsal. Mantém-se o queixo junto
ao peito, de maneira que proteja a cabeça durante a queda. Deve, ainda, utilizar os antebraços em
apoio contra o solo, enquanto ergue as pernas, mantendo um ângulo de 90º em relação ao tronco,
no momento em que esse toca o chão (conforme figura 6, posição 2), para proteger a coluna e
reduzir o impacto da queda.

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Figura 6 - Queda para trás (Estágio 2).

2.3.3. ESTÁGIO 3
A partir da posição em pé (conforme figura 7, posição 1), o policial militar se movimenta
para trás, lançando o tronco contra o solo e caindo em decúbito dorsal. Mantém-se o queixo junto
ao peito, de maneira que proteja a cabeça durante a queda. Deve, ainda, utilizar os antebraços em
apoio contra o solo (conforme figura 7, posição 2), enquanto ergue as pernas, mantendo um
ângulo de 90º em relação ao tronco, no momento em que esse toca o chão, protegendo a coluna
e cabeça.
Figura 7 - Queda para trás (Estágio 3).

2.4. ROLAMENTO PARA FRENTE

2.4.1 ESTÁGIO 1
A partir da posição de joelhos (conforme figura 8, posição 1), o policial militar posiciona
uma das mãos no solo e rola o corpo por cima do ombro oposto (conforme figura 8, posição 2),
parando em posição de decúbito lateral (posição de queda lateral, ver tópico 2.6).
Figura 8 - Rolamento para frente (Estágio 1).
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2.4.2 ESTÁGIO 2
A partir da posição agachado (conforme figura 9, posição 1), o policial militar posiciona
uma das mãos no solo e rola o corpo por cima do ombro oposto (conforme figura 9, posição 2),
parando em posição de decúbito lateral (posição de queda lateral, ver tópico 2.6).
Figura 9 - Rolamento para frente (Estágio 2).

2.4.3. ESTÁGIO 3
A partir da posição em pé (conforme figura 10, posição 1), o policial militar posiciona uma
das mãos no solo e rola o corpo por cima do ombro oposto (conforme figura 10, posição 2),
parando na posição em pé.

Figura 10 - Rolamento para frente (Estágio 3).

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2.5. ROLAMENTO PARA TRÁS


A partir da posição agachada, o policial militar desloca o tronco para trás, de maneira a
tocar as costas no solo e, com o impulso da queda, rola o corpo por cima de um dos ombros
(conforme figura 11, posição 1), parando na posição em que iniciou o movimento (conforme
figura 11, posição 2).

Figura 11 - Rolamento para trás.

2.6. QUEDA LATERAL


A partir da posição em pé (conforme figura 12, posição 1), o policial militar lança o próprio
corpo lateralmente contra o solo, flexionando a perna de apoio (perna oposta à direção da queda)
e estendendo a outra, de maneira que toda a região lateral externa da perna estendida toque o

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solo, enquanto apoia o antebraço equivalente contra o solo e mantém o queixo junto ao peito
(conforme figura 12, posição 2).
Figura 12 - Queda lateral.

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CAPÍTULO III
TÉCNICAS BÁSICAS DE DEFESA E DE PROJEÇÃO

3.1. FINALIDADE
As técnicas de defesa e projeção visam impedir uma situação de extrema violência, de
modo que o policial militar, ao se deparar com a necessidade de conter rapidamente um indivíduo
já em situação criminosa e/ou em estado hostil, seja capaz de desestabilizar a postura do agressor
e controlá-lo no chão, reduzindo a margem de possibilidade de resistência e ataques, protegendo
inclusive o próprio sujeito contido.

3.2. DEFESA DE SOCO


O policial militar desloca os braços à frente, mantendo o rosto protegido e bloqueando o
golpe com a elevação de um dos braços (conforme figura 13, posição 1).

Figura 13 - Defesa de soco.

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3.3. DEFESA DE CHUTE


Ao receber o golpe, o policial militar recua, afastando-se do alcance do chute, ou
movimenta-se lateralmente, evitando o impacto do golpe. Procura-se permanecer em posição de
defesa/ataque ao final do movimento realizado (posição 1).

Figura 14 – Posição de defesa.

3.4. DEFESA DE COTOVELADA


O policial militar levanta as duas mãos (conforme figura 15, posição 1), posicionando-as,
com os punhos cerrados próximos à cabeça, à altura da testa (conforme figura 15, posição 2).
Figura 15 - Defesa de cotovelada.

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3.5. DEFESA DE JOELHADA


O policial militar cruza os antebraços à frente e na direção da perna do agressor (conforme figura
16, posição 1), de maneira a interromper a trajetória do golpe e afastar-se em seguida.
Figura 16 - Defesa de joelhada.

3.6. RASTEIRA
Com a mão mais fraca, o policial militar segura o braço oposto ou a manga da roupa do
indivíduo (se com a mão direita, deve apanhar o braço esquerdo e vice-versa) e puxa seu tronco,
conduzindo-o no sentido descendente, enquanto usa o pé (equivalente à mão que faz o
movimento de agarrar, isto é, se mão direita, pé direito e vice-versa) para realizar a varredura na
base do indivíduo, pelo mesmo lado em que foi segurado (conforme figura 17, posição 1).

Figura 17 - Rasteira.

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3.7. PROJEÇÃO LATERAL


A partir da posição em pé, frente a frente com o indivíduo, o policial militar precisa segurá-
lo com uma das mãos pelo antebraço ou pela manga da blusa, durante o tempo que, com a outra,
agarra a gola ou a lateral do pescoço (opcionalmente, pode-se segurar abaixo da axila ou por trás
da cintura). Aproveitando a impulsão do próprio corpo, o policial militar realiza um puxão no
sentido ascendente, enquanto gira sobre si mesmo, no sentido da mão que segura o antebraço,
de maneira a ficar lateralizado em relação ao indivíduo (conforme figura 18, posições 1, 2 e 3). Em
seguida, aproveitando o movimento, puxa o antebraço e a gola do indivíduo para baixo, fazendo
com que esse seja arremessado, sobre a cintura do policial militar, em direção ao solo.

Figura 18 - Projeção lateral.

3.8. PROJEÇÃO PELA FRENTE


A partir da posição em pé, frente a frente com o indivíduo, o policial militar avança um dos
pés, em sobrepasso, por entre as pernas daquele, posicionando a cabeça pela lateral e à altura da
cintura (conforme figura 19, posição 1), de maneira a ficar com o rosto bem justo ao corpo dele, e
agarrando-o, um pouco acima dos joelhos, pelas pernas. Em seguida, o policial militar aproxima a
perna de trás e, usando seu centro de gravidade, puxa as duas pernas do indivíduo, lançando-o
de costas ao solo (conforme figura 19, posição 2), mantendo-o no chão, ao tempo em que segura
uma das pernas com uma das mãos e, a outra, com o pé (conforme figura 19, posição 3).

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Figura 19 - Projeção pela frente a partir do domínio das pernas.

3.9. PROJEÇÃO COM CHAVE AMERICANA


Diante de um ataque por cima (frontal ou diagonal), o policial militar bloqueia o
movimento do agressor à altura do antebraço (conforme figura 20, posição 1) e pressiona o braço
deste para trás (conforme figura 20, posição 2). Com a mão oposta, faz uma alavanca por trás do
braço do agressor, conduzindo-o ao solo (conforme figura 20, posição 3).

Figura 20 - Projeção com chave americana.

3.10. DEFESA CONTRA PAULADA


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Diante de um ataque por cima (frontal ou diagonal), o policial militar bloqueia o


movimento do agressor à altura do antebraço (conforme figura 21, posição 1), sendo que, em
seguida, gira o corpo enquanto posiciona a outra mão nas costas do indivíduo, por baixo da sua
axila, e puxa o antebraço dele (conforme figura 21, posição 2), projetando-o por sobre a cintura
contra o solo (conforme figura 21, posição 3).
Figura 21 - Defesa contra paulada.

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CAPÍTULO IV
TÉCNICAS BÁSICAS DE ATAQUE

4.1. FINALIDADE
As técnicas de ataque visam neutralizar um agressor, de maneira rápida e efetiva, por meio
de golpes que o incapacite temporariamente. A execução adequada das técnicas, incluindo o
posicionamento e os pontos corretos a serem atingidos, permite que cada golpe proporcione ao
policial militar o controle rápido da situação. Cada técnica de ataque pode ser combinada com
outras, sem interrupções, que reduzam a possibilidade de falha na execução e neutralizem
possíveis agressões e/ou resistências.

4.2. POSIÇÃO CORRETA DA MÃO


A posição adequada para efetuar um soco é aquela em que os dedos se fecham completamente
sobre a palma e o polegar os envolve, de maneira que a mão fique fechada e o punho esteja
alinhado com o antebraço.

Figura 22 - Postura correta da mão.

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4.3. TÉCNICA DE SOCO


Mantendo uma base firme, de maneira que a perna do lado mais fraco esteja à frente da
outra, com os joelhos semiflexionados e os punhos fechados (próximos ao rosto, em guarda alta
ou próximos ao tronco, em guarda baixa, conforme figura 23, posição 1), o policial militar
estenderá o braço forte à frente, girando a cintura e o ombro, rotacionando o joelho equivalente,
fazendo um movimento completo (conforme figura 23, posição 2), de maneira a tocar com a mão
fechada o objetivo.

Figura 23 - Posição de soco.

4.4. CHUTE FRONTAL


A partir da base firme, com a perna do lado mais fraco à frente da outra, impulsionando-a
simultaneamente com o quadril, e joelhos semiflexionados (conforme figura 24, posição 1), o
policial militar desloca a perna forte à frente, em direção ao objetivo (conforme figura 24, posição
2), retornando à base.

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Figura 24 - Chute frontal

4.5. COTOVELADA
Quando estiver próximo do indivíduo, o policial militar flexiona o antebraço, posicionando
a mão próximo ao peito, e realiza um movimento de rotação do tronco e do ombro, de maneira a
golpear o agressor com a ponta do cotovelo (conforme figura 25, posição 2).

Figura 25 - Cotovelada.

4.6. JOELHADA
Quando próximo ao indivíduo, o policial militar levanta a perna (conforme figura 26,
posição 1), mantendo o joelho flexionado e movimenta a cintura para frente, de maneira a golpeá-
lo com o joelho (conforme figura 26, posição 2).

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Figura 26 - Joelhada.

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CAPÍTULO V
IMOBILIZAÇÕES

5.1. FINALIDADE
As técnicas de imobilização foram desenvolvidas em diversas disciplinas marciais e visam
dominar um indivíduo por meio da contenção de movimentos, pressões, chaves e torções das
articulações. A finalidade é imobilizar o agressor/criminoso, contendo o estado violento dele e
perigoso para os todos envolvidos na ação policial, seja impedindo movimentos, seja imprimindo
dor controlada.
As técnicas de imobilização pressupõem um conhecimento mínimo da anatomia corporal,
incluindo movimentação das articulações e posição, bem como controle do centro de gravidade
e estabilidade.

5.2. ALGEMAMENTO
A algema é um instrumento de controle de movimentos, composto por partes móveis e
imóveis, usada nas atividades de segurança pública para conter ou conduzir indivíduos presos em
casos de resistência ou fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física, própria ou alheia,
conforme reza a Súmula Vinculante n.º 111 do Supremo Tribunal Federal.

1
No ordenamento jurídico brasileiro, denomina-se súmula a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um
Tribunal a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos, com a dupla finalidade
de tornar pública a jurisprudência para a sociedade bem como de promover a uniformidade entre as decisões. O
instituto da Súmula Vinculante decorre da Emenda Constitucional 45, que acresceu o artigo 103-A da Constituição da
República Federativa do Brasil, tendo seu regulamento outorgado pela Lei 11.417/2006.
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Para realizar o algemamento, o policial militar deve segurar a algema, empunhando-a


firmemente pela corrente, mantendo, preferencialmente, as partes móveis (aberturas) voltadas
para o próprio punho (conforme figura 27, posição 1).

Figura 27 - Forma de segurar a algema.


.

5.3. IMOBILIZAÇÃO DE BRAÇO PARA ALGEMAMENTO


A partir da posição de abordagem, isto é, com o indivíduo de costas para o policial militar
e com as mãos atrás da cabeça e os dedos entrelaçados, este aproxima-se daquele e o segura
pelas mãos, algemando um dos pulsos. Em seguida, o pulso algemado é trazido para baixo,
próximo à cintura e atrás das costas do indivíduo, mantendo o cotovelo dele flexionado, a fim de
que, diante de eventual resistência, possa ser aplicada imobilização para condução (conforme
figura 28, posição 1; ver tópico 6.2).
É preciso segurar o antebraço algemado do indivíduo com uma das mãos (conforme
figura 28, posição 1), sendo que com a outra o policial militar pegará, firmemente, a mão livre,
dominando o braço (conforme figura 28, posição 2) ou realizando torção de punho, trazendo-a
para atrás das costas a fim de completar o algemamento, de maneira que as mãos algemadas
fiquem com as palmas voltadas para fora (conforme figura 28).
Caso o algemamento seja realizado com o indivíduo deitado, os dois pulsos serão
algemados já na posição final, enquanto o policial militar domina o indivíduo com os joelhos
(conforme figura 29).
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Figura 28 - Algemamento (em pé).


.

Figura 29 - Imobilização de braço para algemamento (deitado).


.

5.4. IMOBILIZAÇÃO DE BRAÇO PARA CONDUÇÃO


A partir da posição em pé, frente a frente com o indivíduo, o policial militar estende um de
seus braços à frente, passando-o por baixo da axila dele, segurando-o pelo ombro, por trás.
Enquanto se movimenta para a lateral, no sentido do braço contido, com a mão livre, o policial
militar domina a nuca do indivíduo, conduzindo-a para baixo. A partir desse ponto, o antebraço
do indivíduo deverá estar preso contra o braço do policial militar, de modo a alavancar a
articulação do ombro (conforme figura 30, posição 1). Combinando a alavanca no braço/ombro e
a pressão na nuca, o policial militar tem plenas condições de efetuar a condução do detido,
algemado ou não (opcionalmente, o policial militar pode utilizar chave de punho combinada com
esta imobilização). Esta imobilização pode ser aplicada em diferentes posições.

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Figura 30 - Imobilização de braço para condução.


.

5.5. IMOBILIZAÇÃO PELO PESCOÇO


Aproximando-se por trás, o policial militar envolve o pescoço do indivíduo com um dos
braços, de forma que a ponta do cotovelo fique alinhado com a parte anterior do pescoço
(conforme figura 31, posição 1) e, com o outro, envolve a própria mão, realizando pressão na nuca
(conforme figura 31, posição 2 e 3; e figura 32, posição 1). Opcionalmente, o policial militar pode
dominar o pescoço do indivíduo com um dos braços para sacar a arma com a mão livre (conforme
figura 32, posição 2).
Em qualquer situação, deve-se atentar para o posicionamento do braço em 90º em relação
ao pescoço da pessoa a ser imobilizada, buscando, com isso, evitar o amassamento de traqueia e
a consequente interrupção do fluxo respiratório.

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Figura 31 - Imobilização pelo pescoço (região da traqueia).

Figura 32 - Imobilização pelo pescoço com uma mão livre.

5.6. IMOBILIZAÇÃO EM DUPLA


É quando um policial militar realiza a imobilização pelo pescoço, enquanto outro aplica a
imobilização para algemamento (conforme figura 33) ou condução (conforme figura 34).
Novamente, deve-se atentar para o posicionamento do braço em 90º em relação ao pescoço da
pessoa imobilizada, buscando, com isso, evitar o amassamento de traqueia e a consequente
interrupção do fluxo respiratório.

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Figura 33 - Imobilização em dupla (algemamento).

Figura 34 - Imobilização em dupla (condução).

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CAPÍTULO VI
TÉCNICAS DE DEFESA COM EQUIPAMENTOS

6.1. FINALIDADE
A atividade policial militar torna necessário o uso de diversos tipos de armamento e
equipamentos, tais como armas de fogo, armas de menor potencial ofensivo, algemas,
fardamento e etc.
As disciplinas marciais consideram, como extensão do corpo, todo e qualquer recurso que
possa ser segurado e manipulado diretamente contra um indivíduo. Desse modo, é possível
utilizar, como objeto de combate corpo a corpo, diferentes tipos de equipamentos e armas,
quando em situações de extrema necessidade. Da mesma maneira, um agressor pode utilizar
ataques com objetos e armas brancas ou de impacto, fazendo concluir que noções de combate
para sobrevivência se tornam essenciais à atividade policial militar.
A defesa policial militar com equipamentos inclui as noções de combate com armas de
menor potencial ofensivo (tonfa, bastão retrátil, etc.) e o uso de equipamentos em geral (arma,
coldre, fardamento, colete).

6.2. RETENÇÃO DA ARMA NO COLDRE


Diante de uma tentativa de saque da arma do coldre policial militar por terceiros (tentativa
de desarmar o policial militar), o policial realiza pressão descendente por cima da mão do
indivíduo (conforme figura 35, posição 1), mantendo a arma retida dentro do coldre.

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Figura 35 - Retenção da arma no coldre.

6.3. DESVENCILHAMENTO
Diante de uma tentativa de saque da arma do coldre policial militar por terceiros (conforme
figura 36, posições 1 e 3), o policial militar realiza pressão descendente por cima da mão do
indivíduo (conforme figura 36, posição 1), mantendo a arma retida dentro do coldre, enquanto
utiliza a mão livre para golpear a região do pescoço ou nariz do mesmo (conforme figura 36,
posição 2). No caso de um ataque por trás, o policial militar pode girar e golpear com o cotovelo
(conforme figura 36, posições 3 e 4).

Figura 36 - Retenção da arma no coldre com desvencilhamento.

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6.4. RETENÇÃO DE ARMA NO COLDRE COM ATAQUE EFETIVO


Diante de uma tentativa de saque da arma do coldre policial militar por terceiros, aquele
realiza pressão descendente por cima da mão do indivíduo, mantendo a arma retida dentro do
coldre, enquanto utiliza a mão livre para aplicar socos na região do queixo ou nariz do mesmo
(conforme figura 37) ou, ainda, chutes na região genital ou abdominal (conforme figura 38).
Figura 37 - Retenção da arma no coldre com ataque efetivo.

Figura 38 - Retenção da arma no coldre com ataque efetivo.

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6.5. RETENÇÃO DE ARMA NO COLDRE COM CHAVE DE BRAÇO


Diante de uma tentativa de saque da arma do coldre policial militar por terceiros, aquele
realiza pressão descendente por cima da mão do indivíduo, mantendo a arma retida dentro do
coldre. O policial militar passa o outro braço por cima do braço do indivíduo (conforme figura 39,
posição 1), em seguida, com a mão aberta (conforme figura 39, posição 2) puxa o braço dele,
enquanto pressiona o antebraço no sentido das costas, de maneira que o policial militar segure
com a mão livre seu próprio antebraço (conforme figura 39, posição 3), fazendo uma alavanca
contra o cotovelo e ombro do abordado, podendo conduzi-lo a partir dessa posição (conforme
figura 39, posição 4).

Figura 39 - Retenção da arma no coldre com chave de braço.

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CAPÍTULO VII
BASTÃO RETRÁTIL

7.1. BASTÃO FECHADO


O bastão pode ser utilizado fechado como recurso para aumentar a potência do soco
(conforme figura 40, posição 1) ou para golpear com a empunhadura (conforme figura 40, posição
2).
Figura 40 - Bastão retrátil (Bastão fechado).

7.2. POSIÇÃO BÁSICA


Bastão aberto, mão envolvendo a empunhadura, posicionando-o à frente do corpo, com a
ponta baixa (conforme figura 41, posição 1) ou na direção do abordado (conforme figura 41,
posições 2 e 3).

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Figura 41 - Bastão retrátil (posição básica).

7.3. GIRO POR FORA


Golpe em corte girando o pulso por fora e golpeando à frente (conforme figura 42).

Figura 42 - Bastão retrátil (Giro por fora).

7.4. GIRO POR DENTRO


Golpe em corte girando o pulso por dentro e golpeando à frente (conforme figura 43).

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Figura 43 - Bastão retrátil (giro por dentro).

7.5. MOVIMENTO EM “X”


Giro por fora, seguido de giro por dentro, de maneira contínua (conforme figura 43).

Figura 43 - Bastão retrátil (Movimento em “X”).

7.6. DEFESA COM BASTÃO


Mantendo a pegada da posição inicial, o policial militar usa a outra mão para segurar a
ponta oposta do bastão e executa a defesa frontal acima, à direita, à esquerda e abaixo (conforme
figura 44, posições 1, 2, 3 e 4).

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Figura 44 - Bastão retrátil (Defesa).

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CAPÍTULO VIII
BASTÃO TONFA

8.1. ASPECTOS INICIAIS


Pode-se dizer, didaticamente, que o bastão tonfa é composto por um corpo maior, um
corpo menor e pela empunhadura. Originalmente, essa arma era feita de madeira, mas as versões
modernas, em uso em outras Polícias Militares do Brasil, são compostas de polietileno. As
dimensões físicas do modelo moderno são de 58 cm de comprimento em seu sentido longitudinal
(compreendendo toda a extensão dos corpos maior e menor) e 12 cm de comprimento da
empunhadura principal.
As empunhaduras (principal e corpo menor) apresentam ranhuras em sua extensão para facilitar
a pegada. O corpo menor apresenta 15 ranhuras, mas existem algumas variações de modelo,
incluindo modelos com maior peso em sua composição e outros em que a empunhadura principal
é fixada por meio de parafuso.
Na utilização do bastão tonfa, as técnicas de movimentos de defesas, cortes, estocadas e
imobilizações são consequência de uma operação conjunta que envolve desde a pressão correta
da mão na empunhadura, com ênfase nos dedos mínimo e polegar, passando pela rotação pélvica
e escapular e a correta angulação do equipamento, até a articulação do membro executor do
movimento, mais próximo da linha mediana do policial militar.

8.2. PEGADA CORRETA E POSICIONAMENTO


Para o manuseio da tonfa e maximização de sua eficácia, existem cinco tipos diferentes de
empunhadura:

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a. Tipo martelo ou gancho

Figura 45 - Empunhadura martelo/gancho.

b. Tipo cassetete

Figura 46 - Empunhadura tipo cassetete.

c. Tipo guarda curta

Figura 47 - Empunhadura guarda curta.

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d. Tipo guarda longa

Figura 48 - Empunhadura guarda longa.

e. Tipo guarda em extensão

Figura 49 - Empunhadura guarda em extensão.

8.3. DISTÂNCIA E BASE APLICADAS AO USO DA TONFA


Na utilização das técnicas de tonfa, um importante aspecto a ser considerado é a distância.
Nesse sentido, o operador da técnica deve adotar a distância curta ou longa de acordo com a
conveniência e com grau de periculosidade oferecido pelo agressor. Considera-se distância curta
aquela em que o operador necessariamente entra no raio de ação do indivíduo, possibilitando,
assim, uma reação nociva contra o policial militar. Por outro lado, na distância longa, as técnicas
aplicadas dificultam a aproximação do agressor, pois o operador da técnica permanece fora do
raio de ação daquele.

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8.4. VANTAGENS E DESVANTAGENS ESTRATÉGICAS DA TONFA


Pelas características e técnicas desenvolvidas para o uso do bastão tonfa, esse apresenta
vantagens e desvantagens para o serviço policial militar, sendo certo de que as desvantagens não
podem dar azo a sua não utilização.
São vantagens da tonfa:
a) dificulta um contragolpe agressivo;
b) é melhor para condução do agressor;
c) grande eficácia para técnicas de defesa;
d) facilita projeção do elemento agressivo;
e) caracteriza-se como Instrumento de Menor Potencial Ofensivo;
f) exige menor força física em imobilizações; e
g) proporciona diversidade de possibilidades técnicas de ataque e defesa.
São desvantagens da tonfa:
a) dificuldade de adequar o porte da tonfa às viaturas policiais; e
b) dimensões que atrapalham ou dificultam o porte confortável e com fácil acesso para
saque junto aos equipamentos operacionais (cinto de guarnição).

8.5. TÉCNICAS BÁSICAS DE USO DO BASTÃO TONFA

8.5.1. FINALIDADE
O conjunto de técnicas básicas de tonfa prima pela simplicidade e eficácia, elencando
movimentos de combate que podem ser aprendidos com relativa facilidade e aplicados no
contexto do serviço de polícia ostensiva com razoáveis possibilidades de sucesso. As técnicas
básicas devem atender aos princípios do uso da tonfa, como pegada e posição corretas, distância
adequada e utilização do movimento do corpo. A partir dessas noções, um treinamento básico
pode ser corretamente desenvolvido com eficientes resultados práticos.

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8.5.2 POSIÇÃO BÁSICA DE USO DA TONFA


O policial militar segura a empunhadura da tonfa firmemente, alinhando o corpo maior do
bastão tonfa a seu antebraço, de modo que o corpo menor se estenda à frente do punho,
mantendo os pés em posição anteroposterior (conforme figura 50).
Figura 50 - Posição básica.

Na posição básica, a tonfa pode ser empunhada como na figura acima ou em qualquer das
outras modalidades de empunhadura. É importante que o policial militar se atente à firmeza
necessária para a empunhadura, para evitar que seu equipamento seja tomado de surpresa por
eventuais agressores. Determinadas situações, como o Policiamento Ostensivo de Controle e
Massas, podem exigir uma postura com alinhamento dos pés, o que não interfere na posição
básica, embora a posição anteroposterior permita uma reação mais rápida, além de maior
estabilidade na postura.
A posição básica é, ainda, uma postura prévia em relação à postura combativa em guarda,
em que a ameaça já se faz clara e a agressão iminente, isto é, a posição básica é expectante,
mantendo as características da postura policial e atenção ao ambiente. O saque da tonfa deve ser
feito a partir da empunhadura, sendo portada no cinto de guarnição em posição oposta à mão
forte. Ao sacar a tonfa, o policial militar deve estar preparado para fazê-lo com movimento de
arremate (defendendo-se, se preciso) assumindo em seguida a posição básica ou em guarda
(conforme figura 51).

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Figura 51 - Saque da tonfa.

8.5.3. ESTOCADA CURTA


Estocada com o corpo menor da tonfa, executada com o braço oposto à perna que está à
frente, de maneira que o policial militar utilize a rotação de quadril e a de ombro totalmente
(conforme figura 52).
A estocada curta acompanha a dinâmica de um soco. Dessa forma, é possível realizar a
estocada em diferentes direções (para cima, em movimento de gancho; pela lateral, em
movimento cruzado ou diretamente, conforme a descrição). A mão livre pode ser usada como
apoio de defesa para outros movimentos, ou, ainda, para dominar o indivíduo, puxando ou
empurrando, de maneira a facilitar contragolpes. A estocada mantém a tonfa posicionada ao
longo do braço, facilitando técnicas de defesa que utilizam essa empunhadura. Embora a posição
mais indicada seja a descrita, aproveitando a rotação de ombro e a de quadril, quaisquer
movimentos de ataque podem ser executados, movimentando-se com um passo à frente, ou em
avanço contínuo, em atendimento à necessidade de controle do espaço.

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Figura 52 - Estocada curta.

8.5.4. ESTOCADA CURTA INVERTIDA


Com um passo à frente (invertendo a base), o policial militar realiza um giro horizontal com
o corpo maior da tonfa para o lado oposto da perna à frente e a segura com a mão livre. Em
seguida, golpeia com o corpo menor, segurando a tonfa com as duas mãos (conforme figura 53).
O giro horizontal, realizado para posicionamento da tonfa, pode ser usado como golpe
diretamente (corte horizontal). A combinação dos movimentos de corte horizontal e estocada
curta invertida oferece uma ampla gama de possibilidades de combinações, incluindo repetições
de movimentos e alternância entre os dois golpes, permitindo avanço rápido e domínio do
espaço, mantendo a segurança da distância longa.

Figura 53 - Estocada curta invertida.

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8.5.5. CORTES HORIZONTAL E VERTICAL


Técnica para Corte Horizontal: efetua-se corte horizontal com o corpo maior da tonfa,
girando, executado com o braço oposto à perna que está à frente, de maneira que o policial militar
utilize a rotação de quadril e a de ombro em sua totalidade. Em seguida, retorna para a posição
inicial (conforme figura 54).
Técnica para Corte Vertical: efetua-se corte vertical de cima para baixo, com o corpo
maior da tonfa, executado com o braço oposto à perna que está à frente, de maneira que o policial
militar utilize a rotação de quadril e a de ombro em sua totalidade. Em seguida, retorna para a
posição inicial (conforme figura 54).

Figura 54 - Cortes horizontal e vertical.

Os cortes envolvem um movimento de giro e de retorno que possibilitam o controle do


espaço à frente do operador da técnica. A continuidade do movimento de giro, efetuando uma
volta completa da tonfa (ou seja, de 360º, parando na posição inicial com o corpo maior da tonfa
posicionado ao longo do antebraço), aumenta o potencial de controle. É possível realizar um giro
completo seguido de um corte na mesma direção (evolução horizontal ou evolução vertical) para
retornar à posição inicial em sentido inverso, movimentos esses que dão efeito de velocidade e
habilidade no manejo, os quais podem funcionar como aspecto de demonstração de
superioridade, coibindo a continuidade da agressão.

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8.5.6. CORTE EM “X”


Corte diagonal descendente, seguido de outro corte diagonal descendente pelo lado
oposto e em sentido invertido (conforme figura 55), desenhando um “8”. Em seguida, arrematar
para a posição inicial.
Assim como as evoluções horizontais e verticais, a continuidade do movimento em “x”,
desenhando, repetidamente, a imagem de um “8” no ar com a tonfa, constitui uma evolução
importante para demonstração de superioridade técnica e de velocidade que pode auxiliar no
domínio da situação. É importante que, para a técnica ser aplicada, em quaisquer das evoluções,
o policial militar tem que possuir domínio sobre o movimento, determinando quando e em que
ponto parar e retornar à posição inicial ou a mais adequada.

Figura 55 - Corte em “X”.

8.5.7. DEFESAS A PARTIR DA POSIÇÃO BÁSICA


Nesta categoria, enquadram quatro técnicas de defesa: acima da cabeça, para dentro em
relação ao plano sagital, para fora em relação ao plano sagital e para baixo, todos indicados na
figura 56:
• Defesa acima da cabeça: na posição básica: na posição básica, bloqueie com o
antebraço, em diagonal acima, de tal maneira que a visão não seja obstruída, protegendo-o com
a tonfa;
• Defesa para dentro em relação ao plano sagital: na posição básica, bloqueie para
dentro com o braço em posição vertical, fazendo com que a tonfa proteja o antebraço (na
demonstração, mão forte à esquerda);

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• Defesa para fora em relação ao plano sagital: na posição básica, bloqueie, para fora,
com o braço em posição vertical, com a tonfa protegendo o antebraço;
• Defesa para baixo: na posição básica, bloqueie em diagonal para baixo, à frente do
corpo, fazendo um movimento de varredura para fora com a tonfa protegendo o antebraço.

Figura 56 - Defesa acima da cabeça, para dentro, para fora e para baixo.

A defesa acima da cabeça não constitui um bloqueio perpendicular ao golpe aplicado. A


força cinética de um golpe descendente vertical é absorvida completamente pelo braço do
operador da técnica, quando a posição de defesa está horizontal (perpendicular), oferecendo
desvantagem ao policial militar. Dessa forma, a defesa deve ser realizada de maneira que a tonfa
esteja posicionada em um ângulo diagonal (aproximadamente 45º), em relação à trajetória do
golpe, o que reduz a energia absorvida e direciona o golpe para a lateral, abrindo possibilidades
para o contragolpe do operador.
Por outro lado, tanto nas defesas para dentro quanto nas defesas para fora, é importante
que o operador da técnica receba o golpe enquanto ainda esteja com o braço em movimento.
Diferentemente da defesa acima da cabeça, as defesas para dentro e para fora tendem a ficar
perpendiculares aos golpes laterais, sem muita margem para angulação, o que faz com que a
energia cinética do golpe seja totalmente absorvida pela defesa. Para evitar que a potência do
golpe seja superior à resistência estática do operador, esse deve movimentar seu bloqueio no
sentido oposto ao golpe recebido, como se estivesse golpeando a arma ou braço do indivíduo.

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Com um nível superior de refinamento técnico, é possível converter essas defesas em uma
condução do golpe recebido.
Na defesa para fora, o golpe lateral pode ser conduzido a partir de um movimento que
parte da posição de bloqueio e segue para a posição de defesa acima da cabeça, continuando
como movimento de recolhimento do antebraço, similar a uma cotovelada.
Na defesa para dentro, a partir da posição de bloqueio o operador da técnica executa o
movimento de defesa para baixo. Para essas variações mais avançadas, o policial militar executa
os movimentos progressivos no momento exato de contato do golpe recebido com a tonfa,
aproveitando a energia do movimento do agressor. Tais movimentações exigem treinamento
específico e repetido para domínio adequado.

8.5.8. DEFESAS FRONTAIS

8.5.8.1. Aspectos iniciais

As defesas frontais oferecem grande versatilidade e mobilidade para o operador.


Conferindo uma posição anatômica favorável e de fácil assimilação, as defesas frontais podem
favorecer o domínio do equipamento por meio do uso simultâneo das duas mãos, possibilitando,
ainda, conduções e conversões. As defesas frontais podem ser executadas em qualquer tipo de
empunhadura podendo a posição ser utilizada em conversão para um ataque (conforme tópico
8.5.8.7, ataque em posição de defesa frontal).
Cabe ressaltar que a empunhadura em guarda curta diminui a velocidade de reação para
aplicação dessas defesas, uma vez que será necessário executar giro com a tonfa antes de tomar
a posição adequada. No entanto, dado o treinamento, domínio da técnica e característica do
golpe recebido, é uma possibilidade viável, ainda que o policial militar esteja utilizando
empunhadura em guarda curta.
A utilização das defesas frontais, a partir das empunhaduras em guarda longa ou curta, permite o
uso rápido e contundente da estocada invertida, facilitando o domínio sobre o agressor e a
progressão para outras técnicas de ataque.

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8.4.8.2. Defesa frontal à esquerda

Segurando a empunhadura com uma das mãos e o corpo maior da tonfa com a outra,
direcione a tonfa em posição vertical à esquerda. A posição pode ser executada tanto com a mão
forte abaixo, quanto com a mão forte acima, variando conforme a necessidade (conforme figura
57).
Figura 57 - Defesa frontal à esquerda.

8.5.8.3. Defesa frontal à direita

Segurando a empunhadura com uma das mãos e o corpo maior da tonfa com a outra,
direcione a tonfa em posição vertical à direita (conforme figura 58). A posição pode ser executada
tanto com a mão forte abaixo quanto com a mão forte acima, variando conforme a necessidade.
Figura 58 - Defesa frontal à direita.

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8.5.8.4. Aspectos comuns às defesas à direita e à esquerda

As defesas frontais à esquerda e à direita podem ser executadas de formas variadas, seja
com a mão forte abaixo, seja com a mão forte acima. Em qualquer caso, a tonfa deve estar em
posição vertical ou diagonal, de maneira a proteger, principalmente, a cabeça do operador da
técnica.
As defesas frontais para a direita e para a esquerda podem ser utilizadas em angulação de
aproximadamente 45º (diagonal) para defender um golpe que vem por cima, de maneira a
dissipar a energia cinética para os lados e possibilitar um contragolpe rápido. Quando se utilizar
defesas frontais, a partir das empunhaduras tipo cassetete ou martelo, o policial militar deve
observar para não expor os dedos ao golpe recebido.

8.5.8.5. Defesa frontal acima

Segurando a empunhadura com uma das mãos e o corpo maior da tonfa com a outra,
direcione a tonfa em posição horizontal para cima (conforme figura 59).
Assim como as defesas acima da cabeça, para baixo, para dentro e para fora (com um
braço), as defesas frontais também podem ter evoluções para condução dos golpes recebidos.
Para tanto, quando houver o contato do golpe com a tonfa, o policial militar converte a posição
de defesa frontal realizada, mantendo a mesma empunhadura, para a posição subsequente mais
confortável no sentido horário ou anti-horário.
Assim, por exemplo, ao receber um golpe por cima, o policial executa defesa frontal acima
e, no momento do contato, converte sua posição para o lado direito ou esquerdo, direcionando o
golpe para o lado. Se receber um golpe à direita, executa a defesa frontal à direita e converte para
a posição de defesa frontal abaixo ou acima.

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Figura 59 - Defesa frontal acima.

8.5.8.6. Defesa frontal abaixo

Segurando a empunhadura com uma das mãos e o corpo maior da tonfa com a outra,
direcione a tonfa em posição horizontal para baixo (conforme figura 60).
Na defesa frontal abaixo, a parte superior do corpo do policial militar fica exposta a golpes
por cima, devendo estar atento a esta possibilidade para aplicar, se necessário, outra defesa. Nessa
posição, o contragolpe mais confortável se dá pela execução de ataque em posição de defesa
frontal (conforme tópico 8.5.8.7).
A defesa para baixo pode ser aplicada, de maneira mais ofensiva, contra, por exemplo, um
chute frontal, de modo que o policial militar execute a defesa como movimento de ataque contra
a articulação do pé ou a parte medial da tíbia do agressor.

Figura 60 - Defesa frontal abaixo.

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8.5.8.7. Ataque em posição de defesa frontal

A partir da posição de defesa frontal (tonfa na horizontal e ambas as mãos realizando


empunhadura), golpeie com o corpo maior da tonfa em posição transversal (conforme figura 61).

Figura 61 - Ataque em posição de defesa frontal.

O ataque em posição de defesa frontal deve ser executado utilizando a força de ambas as
mãos, buscando, preferencialmente, a área do rosto do indivíduo ou, ainda, empurrando-o para
ganhar espaço. A partir desse ataque, o policial militar pode progredir para outras técnicas
ofensivas, a fim de dominar o indivíduo.

8.6. TÉCNICAS AVANÇADAS DE USO DO BASTÃO TONFA

8.6.1. ASPECTOS INICIAIS


Enquanto o treinamento básico envolve a prática e correção dos movimentos de maneira
gradativa, um treinamento avançado se caracteriza pelo exercício em aplicação contextualizada
das técnicas fundamentais.
Dessa maneira, não se visa aqui apresentar um esquema de técnicas específicas, mas um
conjunto de sugestões e orientações de treinamento, envolvendo princípios do uso da tonfa, as
técnicas básicas analisadas no item anterior e os aspectos técnicos avançados, incluindo a
combinação do uso da tonfa com outras técnicas descritas nos primeiros capítulos deste Manual.
O intuito é demonstrar as possibilidades de uso da tonfa, salientando que há uma larga
margem de criação da técnica de DPPM pelo operador, em situações específicas, partindo do
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conhecimento das técnicas básicas. O policial militar pode, ainda, especializar-se no manejo do
armamento pela prática de artes marciais específicas e dar continuidade a seu treinamento
avançado, desenvolvendo novas formas de aplicação de técnicas e movimentos.
O treinamento avançado com a tonfa envolve o estudo e prática dos princípios de DPPM,
de modo que o Treinamento Técnico Aplicado, também, deve ser utilizado para aperfeiçoamento
e avaliação da capacidade de o policial militar realizar DPPM com o uso do bastão tonfa.

8.6.2. POSIÇÕES DE GUARDA


A partir da posição básica, é possível assumir posições de guarda diante de uma situação
agressiva. Podendo usar qualquer das empunhaduras, a posição de guarda é uma posição mais
fechada e pronta para reação defensiva. Recomenda-se que o operador mantenha a mão livre alta,
protegendo a cabeça e o rosto, sendo que a tonfa deve estar posicionada conforme a
empunhadura adotada:
• Se for a longa, posicionada junto ao centro de equilíbrio do corpo (cintura) ou à frente
(conforme figuras 63 e 64);
• Se tipo cassetete ou martelo, posicionada à frente (conforme figura 65);
• Se for o caso da empunhadura curta, mais adequada para movimentos de defesa e
contragolpe, a tonfa deve ficar próximo ao corpo, de maneira a dar condições de proteção
(conforme figura 62).
A postura a ser adotada pode ter a tonfa mais próxima ao rosto ou mais baixa, dependendo
da situação e das condições de defesa do policial militar. Vejamos, pois, os tipos de guarda:
a. Guarda Curta
Figura 62 - Posição de guarda curta.

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b. Guarda Longa
Figura 63 - Posição de guarda longa.

c. Guarda Longa à Frente

Figura 64 - Posição de guarda longa à frente.

d. Guarda Tipo Cassetete ou Martelo à Frente

Figura 65 - Posição de guarda tipo cassetete ou martelo à frente.

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e. Aspectos técnicos relativos às posições de guarda


As posições de guarda, assim como quaisquer formas avançadas das técnicas de DPPM,
não são engessadas. A guarda deve se adaptar à situação e ao tipo de agressão, bem como às
habilidades do policial militar com cada empunhadura e golpe.
A guarda, em geral, denuncia as áreas protegidas do operador e expõe pontos vulneráveis.
Por exemplo, na guarda de empunhadura curta com a tonfa protegendo a cabeça, a área inferior
do corpo do policial militar está mais desprotegida e uma defesa baixa é mais difícil de ser
realizada. Essas vulnerabilidades podem ser notadas por um agressor, fazendo com que se torne
importante que o operador conheça cada posição, suas fragilidades e seus pontos fortes através
do estudo e treinamento.

8.6.3. DEFESA CONTRA SOCO ALTO


Quando o agressor desfere um soco direto (ou, ainda, um soco lateral aberto) contra o
rosto do policial militar, esse pode executar defesa para dentro (ou para fora, quando o golpe é
desferido pelo mesmo lado no qual o operador empunha a tonfa). O policial militar deve executar
a defesa buscando atingir com a tonfa os pontos vulneráveis do antebraço do indivíduo, a fim de
cessar a agressão e gerar abertura para encaixe de outras técnicas. Em seguida, o policial militar
se aproxima para dominá-lo ou aplicar técnica ofensiva, como, por exemplo, a joelhada.

Figura 66 - Defesa contra soco alto.

8.6.4. DEFESA CONTRA SOCO BAIXO

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Golpes na área inferior, como um soco contra a região abdominal, podem ser defendidos
com as defesas para baixo. Contra um soco direto, o policial militar executa defesa para baixo,
conduzindo o agressor para a lateral, expondo o seu flanco (região das costelas e lateral da cabeça)
a contragolpes com a tonfa, como a estocada curta.
Quando surpreendido, o policial militar pode usar a mão livre para defesa, devendo utilizar
a tonfa como veículo de contragolpe. Nos casos de defesas contra agressões diretas, o policial
militar deve avançar e golpear sucessivamente até o domínio da situação.

Figura 67 - Defesa contra soco 2.

8.6.5. ESTRANGULAMENTO
Seguindo os mesmos princípios de execução da imobilização pelo pescoço (tópico 5.5), o
policial militar, posicionado atrás do agressor e empunhando a tonfa em guarda longa ou tipo
cassetete, posiciona o corpo maior da ferramenta, junto ao pescoço do indivíduo, na região da
traqueia. Em seguida, envolve com o braço livre a ponta do corpo maior da tonfa e posiciona a
mão livre na região da nuca do agressor, executando pressão no pescoço com a tonfa e o braço
(conforme figura 68).
Nos estrangulamentos, com mãos livres ou com o apoio de armas, é essencial que o
aplicador da técnica se mantenha estável em seu equilíbrio e o indivíduo tenha a postura
quebrada pelo movimento. Isso pode ser feito puxando-o para trás ou com um chute leve na
região posterior da articulação do joelho, antes do encaixe do golpe.

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Figura 68 - Estrangulamento.

Os estrangulamentos são técnicas de imobilização eficazes para fazer cessar uma agressão
ou resistência. É importante considerar o risco ao se executar tais técnicas, procurando o controle
imediato da situação e o subsequente algemamento, a fim de liberar, o mais rapidamente
possível, as vias aéreas e de circulação do indivíduo contido.
O estrangulamento com a tonfa, em qualquer das suas variações, incluindo outras não
descritas neste documento, oferece o risco adicional de uma lesão nas estruturas da região do
pescoço, tendo em vista que a tonfa é um objeto rígido e que, por sua forma e pela configuração
do golpe, exige menor esforço para exercer a mesma ou maior pressão em relação ao
estrangulamento com as mãos livres. Dessa maneira, o policial militar deve estar bem treinado na
execução da técnica, conhecendo seus limites e o potencial de lesão.

8.6.6. ESTRANGULAMENTO EM GANCHO


Após realizar empunhadura tipo gancho e se posicionar atrás do indivíduo, o policial
militar encaixa a empunhadura principal da tonfa no pescoço dele, pelo mesmo lado do braço
que a segura. Em seguida, posiciona o antebraço livre contra a nuca do indivíduo e segura com a
mão livre o corpo maior da tonfa, exercendo pressão contra o pescoço e deslocando-o para trás.

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Figura 69 - Estrangulamento em gancho.

A empunhadura tipo gancho/martelo é muito útil para aplicar movimento de condução


pelo pescoço (movimento de gancho), seja por trás, seja pela frente do indivíduo, podendo, no
momento da condução, projetá-lo para o solo.

8.6.7. ESTRANGULAMENTO EM “X”


Segurando a tonfa no corpo maior, próximo à empunhadura principal, o operador a
encaixa no pescoço do indivíduo pelo lado oposto ao braço que a segura. Posicionando-a na
região da traqueia, sendo que, com a mão livre, segura a ponta do corpo maior pelo outro lado.
Dessa forma, seus antebraços estarão cruzados em “x” contra a nuca do indivíduo e a tonfa
pressionando o pescoço, comprimindo a circulação e as vias aéreas. O policial militar tira o
equilíbrio do indivíduo com um chute leve na região posterior da articulação do joelho,
posicionando-se em postura estável e utilizado o próprio joelho para dominá-lo pelas costas
(conforme figura 70).

Figura 70 - Estrangulamento em “X”.

Assim como nas técnicas anteriores, o estrangulamento em “x” exige que o indivíduo seja
desequilibrado pelo movimento, sendo esse um princípio essencial das técnicas de imobilização
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pelo pescoço. Quando se recebe a técnica de estrangulamento em pé e se mantém em equilíbrio,


o operador da técnica fica vulnerável a um contragolpe de projeção. Há outras variações de
estrangulamento que podem ser livremente exploradas em treinamento. A partir da
empunhadura tipo cassetete, o policial militar pode executar projeções simples pelo pescoço
(condução ou puxada), segurando com a mão livre o corpo maior da tonfa, a uma distância de
aproximadamente 10 cm da ponta. Assim, o policial militar encaixa a sobra da ponta do corpo
maior no pescoço do indivíduo para puxá-lo ou projetá-lo para o solo (conforme figura 71).

Figura 71 - Projeção/condução pelo pescoço (empunhadura cassetete).

8.6.8. IMOBILIZAÇÃO COM CHAVE DE PUNHO EM UM BRAÇO


Após realizar empunhadura curta (para condução, esta técnica é executada com a mão
fraca, a fim de que a arma do policial militar esteja distante do detido), o operador da técnica se
aproxima lateralmente do indivíduo e passa o corpo maior da tonfa por baixo do braço dele e pela
frente. Em seguida, com a mão livre, pega a ponta do corpo maior e a traz para próximo de seu
tronco, encaixando-a na articulação de seu cotovelo por cima. Nessa posição há chave de pressão.
O policial militar, então, domina o cotovelo do indivíduo, levando o antebraço preso para as costas
do mesmo, com movimento da chave em “L” (conforme figuras 72 e 73).

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Figura 72 - Imobilização com chave de punho em um braço.

Figura 73 - Imobilização com chave de punho (detalhe da técnica).

As imobilizações devem ser executadas como parte da evolução de técnicas. Uma


imobilização executada diretamente pode ser ineficaz contra um indivíduo não cooperativo,
dando margem para agressões contra o policial militar. O treinamento de combinações que
culminem nas técnicas de imobilização é fundamental para um resultado bem-sucedido.

8.6.9. IMOBILIZAÇÃO COM CHAVE DE PUNHO NOS DOIS BRAÇOS


Quando o agressor ataca com as duas mãos, agarrando o fardamento ou colete do policial
militar, ou, ainda, tentando chegar à posição de estrangulamento com as mãos pela frente, deixa
seus antebraços vulneráveis. O policial militar, na empunhadura curta ou longa, gira a tonfa por
baixo dos braços do agressor, passando o corpo maior por cima dos antebraços dele. Em seguida,
com a mão livre, segura a ponta do corpo maior da tonfa, fazendo um “X” com seus antebraços e
puxando-a para baixo, executando, assim, chave de punho nos dois braços do agressor.

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Em casos de ataques específicos que dão margem a certas vulnerabilidades, imobilizações


específicas podem ser aplicadas diretamente. Para casos como esses, o policial militar deve
dominar muito bem os fundamentos da técnica a ser executada, pois, de outro modo, poderá não
ser bem-sucedido na defesa.

Figura 74 - Imobilização com chave de punho nos dois braços.

Figura 75 - Chave de punho nos dois braços (detalhe da técnica).

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8.6.10. CONDUÇÃO DE DETIDO (CHAVE EM “L”)


Com a tonfa em guarda longa, o policial militar se aproxima e passa o corpo maior dela por
baixo do braço do indivíduo. Em seguida, segura a ponta do corpo maior com a mão livre por cima
do ombro. Executando alavanca para cima com a empunhadura da tonfa no antebraço do
indivíduo e o corpo maior dela pressionando o braço para baixo, o policial militar o conduz,
mantendo o braço deste, firmemente, preso pela tonfa (conforme figuras 76 e 77). Essa técnica
pode ser executada por dois policiais, simultaneamente, a fim de aumentar a eficiência da
contenção (conforme figuras 78 e 79).

Figura 76 - Chave em “L”.

Figura 77 - Posição inicial para chave em “L” em dupla.

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Figura 78 - Chave em “L” em dupla.

Figura 79 - Chave em “L” em dupla (detalhe da técnica).

Quando executado por apenas um policial militar, é importante que atente para manter
seu coldre distante do indivíduo. No caso de uma reação da pessoa conduzida, é preciso evitar a
tomada da arma. Se for necessário sacar a arma de fogo, é preciso fazê-lo com esta desobstruída.
A chave em “L” deve ser executada com pressão em alavanca no braço e antebraço do elemento
conduzido. Se a pressão para baixo for realizada no ombro, o indivíduo pode usar a força do tronco
para levantar a postura e sair da imobilização e, no caso da aplicação da chave em “L” com as mãos
livres, pode ser utilizada uma técnica contra a imobilização realizada pelo policial militar,
enquanto, no caso da tonfa, o operador pode ter seu equipamento tomado pelo agressor.

8.6.11. CONDUÇÃO DE DETIDO (CHAVE EM “L” INVERTIDA)


Com a tonfa em guarda longa, o policial militar se aproxima e passa o corpo maior dela por
baixo do braço equivalente ao do detido (se o policial militar segura a tonfa com a mão direita,
aplicará a técnica no braço direito do indivíduo e vice-versa). Em seguida, o policial militar envolve,
com o braço livre, o corpo maior da tonfa e controla, com a mão livre, o antebraço do detido.

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Levando-o para cima, o policial militar utiliza, com a mão livre, a empunhadura no corpo menor
da tonfa, executando uma chave de pressão no antebraço do detido (conforme figuras 80 e 81).

Figura 80 - Chave em “L” invertida.

Figura 81 - Chave em “L” invertida (detalhe da técnica).

As conduções de detido exigem que ele esteja dominado ou menos agressivo/ resistente.
Caso haja agressão ou grande resistência, será preciso, antes da aplicação da condução, dominá-
lo, a fim de que o policial militar não seja atingido durante a execução da técnica de condução.
Essa técnica pode ser realizada por dois policiais simultaneamente, a fim de aumentar a eficiência
da contenção (conforme figura 82).

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Figura 82 - Chave em “L” invertida a dois.

8.6.12. DEFESA CONTRA PAULADA


Um golpe com arma de impacto improvisada, como um bastão ou taco, é usualmente
aplicado pela lateral, de cima para baixo ou num movimento diagonal, tendo em vista o melhor
aproveitamento da gravidade e da própria anatomia do corpo. Outros golpes, também, são
possíveis, exigindo adequação da defesa aplicada. No caso do golpe vindo de cima, o operador
pode executar uma das defesas já vistas, como, por exemplo, a frontal ou defesa acima da cabeça,
procurando conduzir o movimento do agressor para a lateral. Assim, ao receber o golpe com
defesa frontal acima, convertendo a tonfa para posição lateral, o agressor é desviado para o lado,
perdendo o equilíbrio e expondo o corpo a um contragolpe.
A adaptação técnica ao tipo de situação impõe que, num contexto com um agressor carregando
uma arma branca, o policial militar mantenha um controle maior da distância. Para casos como
esse, pode ser necessário o uso de empunhaduras em extensão, como a do tipo martelo ou do
tipo cassetete. Por outro lado, determinadas situações evoluem rapidamente, reduzindo a
margem de tempo para conversão da empunhadura e, para esses casos, é preciso que o policial
militar se adapte rapidamente para aplicar uma defesa efetiva, como a demonstrada no exemplo
acima (figura 83).

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Figura 83 - Defesa contra paulada.


12.

8.6.13 DEFESA CONTRA FACADA 1


Contra uma estocada com faca (golpe aplicado de surpresa), o policial militar se esquiva
lateralmente e realiza corte vertical na mão do indivíduo, a fim de que solte a arma, aplicando
golpe ou combinação de golpes em seguida.

Figura 84 - Defesa contra facada 1.

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As estratégias avançadas de DPPM indicam que a superioridade de armamento e o


controle dos princípios devem ser observados, de modo que, em ocorrências envolvendo
indivíduo com faca, deve-se manter atenção às reações e à arma de fogo em punho, podendo ser
feito o uso de outros recursos, como a ALEE (Arma de Lançamento de Eletrodos Energizados),
observados os princípios de segurança e procedimentos de abordagem.
Haverá aplicação de DPPM contra faca, excepcionalmente, quando há uma reação
inesperada do indivíduo e não foi visualizada ou quando era ignorada pela equipe a existência da
arma cortante. Para esse caso, é possível a aplicação de defesas contra faca, como recurso
imediato e crítico. Qualquer defesa utilizando tonfa contra um golpe de faca, deve-se dar
prioridade em controlar a arma do indivíduo, logo, os golpes defensivos realizados devem ser,
prioritariamente, aplicados contra o antebraço ou a mão que segura a faca. É importante sempre
aplicar os golpes em combinação, a fim de que a eventual ineficácia de um golpe possa ser suprida
pelos seguintes até a dominação total do agressor e da situação.

8.6.14. DEFESA CONTRA FACADA 2


Contra um corte lateral com faca, o policial militar antecipa o golpe, impedindo a
movimentação do braço do agressor e, simultaneamente, golpeia em estocada com a tonfa
(região abdominal ou cabeça) e de maneira sucessiva, se preciso for, até que o indivíduo cesse a
agressão, mantendo o punho dominado para desarmar ou alterar a posição para proceder
algemamento.
Figura 85 - Defesa contra facada 2.

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Figura 86 - Defesa contra facada 2 (detalhe da técnica).

8.6.15. PROJEÇÃO A PARTIR DE DEFESA CONTRA FACADA


A partir de uma estocada lateral (em que o policial militar foi surpreendido), pelo lado fraco,
o operador executa um bloqueio com o braço livre, limitando o movimento do agressor
(antecipação). Em seguida, com a empunhadura tipo gancho, envolve o braço do indivíduo por
trás e encaixa a empunhadura principal da tonfa no pescoço do agressor, pela frente, projetando-
o contra o solo.
Figura 87 - Projeção contra facada.

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Figura 88 - Projeção contra facada (detalhe da técnica).

Em qualquer caso de defesa de faca ou outra arma branca, o policial militar deve manter o
controle da mão do agressor, podendo usar chaves de punho ou conversões para algemamento.
É possível utilizar a tonfa como suporte para alavanca contra o braço, para pressionar a articulação
do cotovelo do indivíduo, ou alavanca articular (cotovelo dobrado) para girá-lo e deitá-lo de
bruços. Caso o policial militar não domine bem esse movimento, é importante que segure o braço
do indivíduo, se este resistir, ou mantenha a arma branca em punho, golpeando a mão ou
antebraço dele para que a solte.

8.6.16. DISPERSÃO EM LINHA


A dispersão pressupõe uma evolução agressiva de turba. Os policiais militares assumem
posição de guarda e atacam avançando, podendo utilizar golpes e combinações, controlando o
espaço à frente, conforme se movimentam e golpeiam. É recomendável o uso de técnicas que
exijam empunhadura com duas mãos, a fim de manter maior controle sobre o equipamento.
Para conter uma evolução agressiva, não é recomendável o recuo e a perda de controle do
espaço. Portanto, a equipe policial-militar deve se movimentar em bloco, seguindo a unidade de
comando. A doutrina de atuação em manifestações e distúrbios são descritas em Policiamento
Ostensivo de Controle de Massas (POCM), Controle de Distúrbio Civil (CDC) e Policiamento de
Choque, não sendo objetivo deste documento determinar procedimentos nesses campos,
restando a dispersão em linha como exemplo de aplicação dos princípios de DPPM e do uso da
tonfa.

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Figura 89 - Dispersão em linha.

8.7. PONTOS DE ATAQUE


Pontos localizados na região da cabeça e coluna vertebral são considerados de alto risco.
A região do tronco e órgãos genitais são de médio risco. As regiões dos membros superiores e
inferiores são áreas de risco leve.

Figura 90 - Zonas de ataque.

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Dependendo da intensidade e angulação dos golpes desferidos, independentemente do


ponto atingido, pode haver aumento do grau de risco, principalmente nas áreas que envolvem
articulações e pouca proteção muscular.

Figura 91 - Pontos de ataque.

1- Osso interno/externo do tornozelo.


2- Região interior da coxa.
3- Região exterior da coxa.
4- Genitais.
5- Costas da mão.
6- Extremidade do rádio (antebraço).
7- Costelas flutuantes.
8- Músculo serrátil anterior (braço).
9- Pescoço.
10- Mandíbula (laterais).
11- Nariz.
12- Região temporal (zona letal; evitar ataques nessa região).
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8.8. TREINAMENTO

8.8.1. REPETIÇÃO
O método de treinamento com armas, em qualquer disciplina marcial, exige o
desenvolvimento de capacidades físicas que envolvam o domínio dos movimentos e posições
corretos. Para tanto, utiliza-se largamente de treinos de repetição de movimentos. Além de
constituir um exercício físico complementar à prática do Treinamento Físico Militar, o treinamento
com o bastão tonfa, por meio de repetições e correções, confere ao operador a habilidade
indispensável à eficiência da técnica.

8.8.2. TREINO LIVRE


Faz-se necessário, ainda, que o policial militar seja capaz de utilizar os princípios de defesa
pessoal, também, no uso da tonfa, tais como espaço, tempo e aproveitamento da capacidade
técnica. Para tanto, o policial militar deve ser submetido a treinos de livre aplicação de técnicas,
contextualizando os movimentos aprendidos em situação de enfrentamento e no serviço de
polícia ostensiva. O modelo de Treinamento Técnico Aplicado sugerido em Defesa Pessoal serve
bem a esse propósito no que tange ao uso da tonfa.

8.8.3. PROTOCOLO DE TREINAMENTO SUGERIDO


O protocolo de treinamento a seguir apresenta uma sequência de etapas para melhor
aproveitamento das instruções com o bastão tonfa. Cada etapa terá duração proporcional ao
tempo total de instrução, sendo aplicadas por quantidade de minutos, horas ou dias de aulas
conforme as necessidades pedagógicas do grupo em formação.
A 1ª etapa, por seu aspecto introdutório e teórico, pode ser aplicada em período
proporcionalmente menor que as demais, normalmente servindo de introdução imediata para a
2ª etapa.
Para a 2ª e 3ª etapas, que englobam as técnicas básicas, recomenda-se ênfase nos métodos
de repetição, sendo 10 (dez) a quantidade mínima de repetições de execução, em exercício solo
por técnica, podendo ser aumentada em blocos de 10 (dez) a até 5 (cinco) vezes, totalizando 50
repetições por técnica, cabendo ao instrutor avaliar se há necessidade e possibilidade de aumento

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da carga de exercícios, considerando fatores como possibilidade de lesão, fadiga, manutenção da


atenção e execução correta dos procedimentos. Nessas etapas, ainda, pode-se aplicar
treinamento a dois com repetições livres, a fim de fixar as formas básicas.
A 4ª etapa, como extensão da 2ª e da 3ª, implica em combinações das técnicas básicas,
englobando aspectos como transições de posições e contextualização inicial da aplicação das
técnicas. O treino pode ser realizado com ênfase na contextualização, recomendando-se prática
a dois com repetições livres.
Na 5ª etapa, são treinadas as técnicas avançadas de imobilizações, conduções e projeções.
Recomenda-se o treino a dois com livres repetições de maneira alternada. Assim como na 4ª
etapa, caberá ao instrutor definir, proporcionalmente ao tempo, quais técnicas serão treinadas,
em conformidade com as necessidades pedagógicas e propósito da instrução.
As etapas finais poderão ser suprimidas ou diluídas nas demais a depender do tipo de
instrução e do tempo disponível. No entanto, recomenda-se determinar um período para aplicar
a 6ª etapa, como uma fase teórica de estudo de casos concretos e compartilhamento de
experiências profissionais, analisando a aplicabilidade das técnicas aprendidas em situações de
serviço.
A 7ª e 8ª etapas são destinadas ao Treinamento Técnico Aplicado e respectiva avaliação de
aprendizagem do grupo. O Treinamento Técnico Aplicado é a simulação de ocorrências policiais,
exigindo do policial militar em treinamento a aplicação da técnica da DPPM, sendo aqui
enfatizado o uso da tonfa. O Treinamento Técnico Aplicado é descrito pormenorizadamente no
próximo Capítulo.

1ª Etapa Apresentação: Origens da tonfa, características, porte, manuseio básico, saque.


2ª Etapa Técnicas Básicas: Técnicas de ataque.
3ª Etapa Técnicas Básicas: Técnicas de defesa.
4ª Etapa Técnicas Avançadas: Combinações.
5ª Etapa Técnicas Avançadas: Projeções, imobilizações e conduções.
6ª Etapa Análise técnica: Análise da aplicação da tonfa em diferentes contextos.
7ª Etapa Treinamento Técnico Aplicado.
8ª Etapa Avaliação de aprendizagem.

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CAPÍTULO IX
TREINAMENTO TÉCNICO APLICADO

9.1. FINALIDADE
O treinamento repetido e com correção dos princípios, das técnicas básicas e avançadas,
deve ser complementado pelo treino livre, consistindo em verificação da capacidade e das
habilidades do operador em situações simuladas. Algumas das situações previstas no
Treinamento Técnico Aplicado em Defesa Pessoal podem ser solucionadas com aplicação das
técnicas de tonfa, a fim de que o operador seja testado nos princípios de DPPM aplicados à
capacidade de manejo e aplicação tática desse equipamento. Outras situações podem ser criadas
para esse fim, a partir dos exemplos abaixo relacionados, de acordo com a avaliação das
necessidades de aprendizagem realizada pelo instrutor.

9.2. AMBIENTE ABERTO E AGRESSOR RESISTENTE/HOSTIL


Durante uma abordagem em ambiente aberto, o policial militar pode constatar a
necessidade de aplicar técnicas de contenção e DPPM contra um indivíduo resistente ou hostil. O
policial militar deve realizar verbalização, avanço da equipe em leque, com armamento em pronto
alto. Constatada a resistência ou hostilidade do indivíduo, o policial militar com a função de
homem busca pode fazer a transição para a tonfa, coldreando o armamento de fogo e sacando o
bastão. É recomendável o uso de bastão tonfa, sobretudo nos casos em que o indivíduo esteja
portando objetos que possam ser utilizados como armas de impacto, tais como pedaços de
madeira, ferramentas e outros.
A técnica deverá se adaptar à situação e ao tipo de hostilidade, obedecendo aos princípios
de defesa pessoal. A atuação deve ser realizada (tanto na situação fática, como nos exercícios do
Treinamento Técnico Aplicado) em equipe, de modo que a postura dos demais componentes,
também, deve estar em conformidade com os princípios de defesa pessoal e procedimentos
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estabelecidos institucionalmente para a abordagem policial militar. Neste sentido, quando a


defesa e contenção com a tonfa forem realizadas, o elemento de segurança da equipe na cena
fica responsável por auxiliar o operador da técnica, devendo ficar com a tonfa no momento em
que o homem busca fizer a transição para a posição de algemamento, tendo em vista que o
equipamento pode oferecer dificuldade para o procedimento de algemamento e condução.
a) Exemplo: Cidadão avança para cima do policial militar com bastão de madeira.
b) Objetivos: Defender-se da agressão utilizando a tonfa; imobilizar; algemar e conduzir.

9.3. AGRESSOR COM ARMA IMPROVISADA


Enquanto a faca propriamente dita deve ser tratada a partir de protocolo específico, tendo
em vista suas peculiaridades, armas perfurocortantes improvisadas, com menor poder de lesão,
como garrafas de vidro, podem ser tratadas a partir do uso da tonfa.
Para esses casos, é preciso levar em consideração a capacidade de defesa do policial militar.
Seguindo, ainda, os procedimentos padronizados de abordagem, o policial militar, guardada a
distância adequada, pode fazer a transição para o bastão tonfa, estando devidamente guarnecido
pelo elemento de segurança na cena, que lhe dará o apoio e a segurança, inclusive intervindo
fisicamente (com o uso de DPPM) ou fazendo uso do armamento letal, se caracterizada a
necessidade de tal ação.
Nos casos de uso da tonfa contra armas improvisadas, recomenda-se golpear diretamente
no antebraço ou na mão do indivíduo que esteja empunhando o objeto, a fim de neutralizar a
capacidade lesiva dele. Em todos os casos, o elemento de segurança deverá auxiliar o operador
na transição para algemamento, levando equipamento desse.
a) Exemplo: Cidadão armado com uma garrafa de vidro quebrada.
b) Objetivos: Desarmar o agressor com a tonfa; imobilizar; algemar e conduzir.

9.4. AGRESSOR HOSTIL E AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS


Situações que envolvem ambiente aberto com aglomeração de pessoas e agressor hostil
representam exemplos típicos de operações em eventos, manifestações e áreas com grande
aglomeração de pessoas. Tais locais suscitam problemáticas relacionadas a distúrbios civis,

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exigindo que o policial militar trabalhe com a tonfa em punho, o que abre caminho mais direto
para o uso desse equipamento.
Nas situações de avanço em grupo e defesa contra multidões em bloco, seguir-se-á
protocolo firmado para Policiamento Ostensivo de Controle de Massas, que não é objeto de
estudo do presente documento.
No entanto, nessas situações, é possível haver agressões individuais, utilizando momentos
de surpresa, contra os policiais militares durante momentos sem distúrbio. Nesses casos, o policial
militar agredido pode usar a tonfa para defender-se, estando o companheiro de equipe atento
para a intervenção em apoio.
Assim, enquanto o policial militar procede na defesa e contenção, o companheiro de
equipe pode aproximar-se lateralmente ou pelas costas do indivíduo, aplicando técnica de
estrangulamento. No caso específico da técnica de estrangulamento (em qualquer variação) com
tonfa, a transição para a posição de algemamento deverá ser realizada pelo companheiro, que
guarnecerá seu equipamento e fará a transição com as mãos livres para executar o algemamento
de maneira segura. O operador da técnica, que aplicar o estrangulamento, manterá a posição até
confirmar que o companheiro dominou o agressor.
Essa situação permite uma ampla gama de possibilidades, que vão desde técnicas
ofensivas até imobilizações gradativas, adaptadas ao tipo de agressão sofrida, cabendo ao policial
militar a seleção, aplicação e observação dos princípios envolvidos, sobretudo a segurança e a
atuação em equipe.
a) Exemplo: Manifestante tentando agredir o policial militar durante evento.
b) Objetivos: Defender-se das agressões utilizando a tonfa; neutralizar o elemento hostil;
algemar e conduzir.

9.5. ELEMENTOS IMPORTANTES


Em qualquer dos casos de Treinamento Técnico Aplicado, no que se inclui o treinamento
com tonfa aqui relacionado, devem ser observados todos os critérios de aplicação da técnica de
DPPM no contexto apresentado. Desse modo, o treinamento e avaliação devem observar critérios
como: procedimentos de abordagem, verbalização, transição correta de equipamento, atuação
correta de cada membro da equipe, apoio e intervenção do elemento de segurança da cena, uso
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da radiocomunicação quando necessária, transição e algemamento adequados, posicionamento


seguro em relação ao agressor e à cena (ângulo, leque e controle de cano), condução segura (para
a equipe e para o detido) e transição adequada do detido, escolha e execução da técnica de DPPM
(adequação e correção), variação técnica diante da dificuldade ou ineficiência da primeira opção
e outros critérios estabelecidos em conformidade com as necessidades pedagógicas do grupo em
treinamento ou avaliação.

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REFERÊNCIAS

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Lei. Resolução 34/169, de 17 de dezembro de 1979.

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