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COMANDO DA AERONÁUTICA

ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

TÁTICAS DE COMBATE TERRESTRE 2

TÁTICAS DE COMBATE TERRESTRE 2


VOLUME ÚNICO

SGS

CFS
2012
IMPRESSO NA SUBSEÇÃO GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

TÁTICAS DE COMBATE TERRESTRE 2

Apostila da disciplina Táticas de Combate Terrestre 2, da


Especialidade SGS, do Curso de Formação de Sargentos.

Elaborador: Grupo de Trabalho SGS - 2012

Grupo de Trabalho SGS


Táticas de Combate Terrestre 2.- Guaratinguetá:
SSDM, 2012 – (VÚ) 1° Edição.

Edição não consumivél

1.Serviço de Guarda e Segurança – Estudo e


ensino.

356 CDD-356.15

GUARATINGUETÁ, SP
2012
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DA EEAR
Todos os Direitos Reservados

Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é


proibida a reprodução total ou parcial deste documento, utilizando-
se de qualquer forma ou meio eletrônico ou mecânico, inclusive
processos xerográficos de fotocópias e de gravação, sem a
permissão, expressa e por escrito, da Escola de Especialistas de
Aeronáutica - Guaratinguetá - SP.
SUMÁRIO

Introdução........................................................................................................................01
1 TÁTICAS DE COMBATE TERRESTRE...................................................................03
1.1 Generalidades.................................................................................................03
1.2 Conceitos.......................................................................................................03
1.3 Formações de combate...................................................................................04
1.4 Progressividade da instrução.........................................................................05
1.5 Emissão de comandos....................................................................................06
1.6 Comandos a voz.............................................................................................06
1.7 Comandos por gestos.....................................................................................06
1.8 Comandos por sinais convencionados...........................................................09
1.9 Comandos por ordens....................................................................................09
1.10 Comandos pelo exemplo..............................................................................09
1.11 Generalidades...............................................................................................09
2 ESCOLA DO GRUPO DE COMBATE......................................................................11
2.1 Organização...................................................................................................11
2.2 Atribuições dos componentes........................................................................11
2.3 Rodízio de funções.........................................................................................13
2.4 Enunciar funções............................................................................................13
2.5 Formações......................................................................................................14
2.6 Mudanças de frente e formação.....................................................................18
2.7 Deslocamento.................................................................................................19
2.8 Altos...............................................................................................................19
2.9 Observações e controle..................................................................................19
2.10 Técnicas de progressão................................................................................20
2.11 Movimento sob as vistas e fogos do inimigo...............................................21
2.12 Entrada em posição......................................................................................23
2.13 Manobras do GC..........................................................................................24
2.14 Distribuição dos fogos.................................................................................26
2.15 Mecanismo para execução dos fogos...........................................................27
2.16 Conduta no assalto.......................................................................................29
2.17 Defesa passiva contra aviação, blindados e agentes QBN...........................30
3 ESQUADRA DE TIRO................................................................................................31
3.1 Generalidades.................................................................................................31
3.2 Desencadeamento..........................................................................................31
3.3 Fogos com visibilidade reduzida...................................................................33
3.4 Cadência de tiro.............................................................................................34
3.5 Formações de combate...................................................................................35
3.6 Mudanças de formação..................................................................................38
3.7 Emprego das metralhadoras...........................................................................40
4 ESCOLA DO PELOTÃO DE INFANTARIA.............................................................43
4.1 Organização...................................................................................................43
4.2 Atribuição dos componentes..........................................................................44
4.3 Enunciar funções............................................................................................45
4.4 Formações......................................................................................................45
4.5 Mudanças de frente e de formação................................................................52
4.6 Deslocamento.................................................................................................53
4.7 Altos...............................................................................................................54
4.8 Observação e controle....................................................................................54
4.9 Técnicas de progressão..................................................................................54
4.10 Movimento sob as vistas e fogos do inimigo...............................................58
4.11 Entrada em posição......................................................................................61
4.12 Mecanismo para a execução dos fogos........................................................61
4.13 Consideração finais......................................................................................62
5 POSTO DE SEGURANÇA ESTÁTICA.....................................................................63
5.1 Ponto sensível (PS)........................................................................................63
5.2 Posto de segurança estática............................................................................63
Conclusão........................................................................................................................70
Referências......................................................................................................................71
Anexo A...........................................................................................................................72
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INTRODUÇÃO

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


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1 TÁTICAS DE COMBATE TERRESTRE

ARTIGO I

INTRODUÇÃO

1.1 GENERALIDADES

a. Esta Apostila destina-se a normatizar a maneabilidade das diversas frações dos


Batalhões de Infantaria.
b. Esta apostila é provisória e tem por objetivo preencher uma lacuna existente na
legislação da FAB com relação a maneabilidade das frações de tropa até o escalão pelotão
inclusive. Esta publicação deverá ser revogada e adequada logo que seja aprovado o Manual do
Pelotão de Infantaria do COMAER, documento este que encontra-se em fase de confecção na
Subchefia de Segurança e Defesa.
c. Maneabilidade é o conjunto de atividades desenvolvidas pelas pequenas frações das
organizações militares operacionais, com o objetivo de desenvolver técnicas e procedimentos
operacionais, necessários à execução do combate.
d. Pequenas frações são as tropas com efetivo máximo de Pelotão.
e. A instrução para as pequenas frações deve ser eminentemente prática e o adestramento
perseguido constantemente, buscando-se formar uma equipe que atue em perfeita coordenação.

1.2 Conceitos

a. Coluna – dispositivo em que os elementos da fração (homens, peças, seções ou grupos)


se escalonam em profundidade, independente da formação e distância adotada por eles.
b. Desdobramento – divisão de uma fração em profundidade, largura ou ambas, orientado
para vias de acesso ou itinerários definidos, com a finalidade de possível emprego em combate.
c. Desenvolvimento – organização de uma tropa no terreno, adotando o dispositivo de
combate, com a finalidade de impedir ou reduzir a observação e eficácia dos fogos inimigos, em
particular das armas de tiro tenso.
d. Dispositivo – modo em que estão dispostos os elementos de uma força.

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e. Distância – espaço entre cada viatura, homem ou fração de uma tropa formada em
coluna, medido em passos ou metros. Considera-se a partir da cauda do elemento até a testa do
seguinte.
f. Escalões – elementos sucessivos de uma tropa disposta em profundidade.
g. Formação – organização dos elementos de uma tropa segundo maneiras definidas.
h. Frente – intervalo entre os extremos direito e esquerdo de uma fração.
i. Homem base e unidade base – homem ou fração que será usada como referência para
os demais se orientarem, a fim de manter ou tomar determinada direção, frente e formação.
j. Intervalo –espaço entre cada viatura, homem ou fração de uma tropa formada em linha,
medido em passos ou metros.
l. lanço – progressão de um homem ou tropa, de um ponto ou linha até outro.
m. linha - dispositivo em que os elementos da fração (homens, peças, seções ou grupos)
se escalonam lateralmente, independente da formação e distância adotada por eles.
n. Objetivo – ponto do terreno, linha ou posição inimiga que deve ser atingida ou
conquistada por uma tropa.
o. Passo – unidade empírica de comprimento, equivalente a 0,75 m , ou seja, o tamanho
do passo de um homem com estatura mediana.
p. Profundidade – espaço entre a testa do primeiro elemento e a cauda do último.
q. Progressão – deslocamento da tropa desdobrada na direção determinada.
r. Rodízio – troca de posição ou mudança de função entre homens de uma mesma fração.
s. Tropa em posição – tropa que se encontra com suas armas instaladas no terreno, pronta
para cumprir missão.
t. Unidades justapostas – dispositivo em que as peças, seções ou grupos de uma fração
estão colocados uns ao lado dos outros, parados ou em movimento, independente da formação
que adotam por si.
u. Unidades sucessivas – dispositivo em que as peças, seções ou grupos de uma fração
estão colocados uns atrás dos outros, parados ou em movimento, independente da formação que
adotam por si.

1.3 Formações de combate

a. As formações de combate são as previstas nos capítulos referentes às respectivas


frações.

b. Durante o combate, os seguintes fatores influenciam as formações:


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(1) Situação.
(2) Ação do inimigo.
(3) Terreno.
(4) Visibilidade.
(5) Velocidade desejada.
(6) Flexibilidade.
c. As distâncias e intervalos entre os homens normalmente é de cerca de 10 passos, porém
as formações não são tão rígidas. Mais importante do que as distâncias ou posições dos homens é
a correta utilização do terreno para progredir e atirar.

1.4 Progressividade da instrução

a. A instrução de maneabilidade deve ser conduzida de maneira lenta e progressiva,


entretanto, a energia e vigor característicos deste tipo de instrução sempre serão mantidos.
b. Nas primeiras sessões de instrução de maneabilidade das frações, é conveniente que os
deslocamentos ocorram em passo lento, com terreno limpo e espaços reduzidos. Os comandos
serão dados a voz e seguidos dos gestos correspondentes, para que os homens se habituem o
mais rápido possível a este tipo de comando.
c. A instrução de mudanças de frente e formação será ministrada após o perfeito
conhecimento de todas as formações que a fração utiliza.
d. O passo adotado na fase inicial é o normal. Com a evolução da instrução, as mudanças
de frente e formação passarão a ser efetuadas em passo acelerado.
e. Assim que os integrantes da fração tenham perfeito conhecimento de suas atribuições,
deve ser realizado um rodízio de funções para que todos sejam adestrados nas diversas funções,
proporcionando maior eficiência da tropa considerada.

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ARTIGO II

COMANDOS

1.5 Emissão dos comandos

a. Os comandos podem ser transmitidos das seguintes maneiras:


(1) Voz.
(2) Gestos.
(3) Sinais convencionados (visuais ou acústicos).
(4) Ordens verbais ou escritas.
(5) Exemplo ou imitação.

b. Os comandos são compostos por:


(1) Advertência – alerta dado a quem vai executá-lo, preparando-o para o comando a ser
emitido.
(2) Comando propriamente dito – define a ação ou movimento a realizar pela tropa.
(3) Execução – determina o início do movimento ou o instante da execução.

1.6 Comandos a voz

a. A voz é o modo de comando mais empregado e eficiente, embora a distância entre os


homens, vento e ruídos de combate interfiram diretamente na perfeita compreensão.
b. Os comandos a voz deverão ser transmitidos de forma a serem ouvidos por toda tropa
constituída.
c. As frações poderão contar em suas Normas Padrão de Ação (NPA) com comandos
informais mais curtos e simples, a fim de ganhar presteza e agilidade em situações de combate.
Entretanto, é indispensável que forneçam os elementos necessários a uma correta execução pela
tropa.

1.7 Comandos por gestos

a. Os comandos por gestos substituirão os comandos a voz quando a distância, vento,


ruídos ou qualquer outra circunstância impeçam que o comandante se faça ouvir. São

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empregados nas pequenas frações quando desenvolvidas e nas maiores quando reunidas.
Deverão ser transmitidos de local visível a toda tropa comandada ou, pelo menos, a todos os
comandantes interessados. São prejudicados em condições de baixa visibilidade.
b. Devem ser evitadas combinações de gestos. Após cada gesto aguardar-se-á que a
ordem correspondente seja cumprida, para, só então, transmitir o gesto seguinte.
c. Os comandos por gestos normalmente usados são os seguintes:
(1) Acelerado (Apressar o passo, Aumentar a velocidade, Marche - Marche!) -
colocar o punho direito cerrado à altura do ombro; em seguida, erguer e abaixar o braço várias
vezes, verticalmente.
(2) Alto - colocar a mão direita espalmada e voltada para a frente à altura do ombro; em
seguida estender o braço vivamente na vertical.
(3) Aumentar distâncias (ou intervalos) - elevar os braços verticalmente sobre a
cabeça, com as mãos espalmadas juntas. Em seguida, abaixá-los lateralmente até a posição
horizontal.
(4) Cessar fogo - voltar a frente para quem o gesto será dirigido e colocar os antebraços
na horizontal, de forma que as mãos, espalmadas e voltadas para a frente, fiquem na altura do
rosto. Em seguida, mover alternadamente os antebraços na frente do rosto, até que as mãos
atinjam, ora a altura da cabeça, ora a altura do peito.
(5) Desembarcar - estender os braços ao lado do corpo, com as mãos espalmadas
voltadas para baixo, acima da linha dos ombros, formando com esta, ângulos de
aproximadamente quarenta e cinco graus; em seguida, abaixar os braços lateralmente até o plano
horizontal.
(6) Diminuir distâncias (ou intervalos) - estender os braços lateralmente no plano
horizontal, mãos espalmadas voltadas para cima. Em seguida, elevá-los sobre a cabeça, até que
as palmas das mãos se toquem. Repetir o movimento várias vezes.
(7) Em coluna - elevar o braço direito verticalmente, com a mão espalmada voltada para
a frente, girando-o em seguida para trás, descrevendo círculos no plano vertical.
(8) Em cunha - estender os braços ao lado do corpo, com as mãos espalmadas voltadas
para a frente, abaixo da linha dos ombros, formando com esta, ângulos de aproximadamente
quarenta e cinco graus.
(9) Em cunha invertida (Em "V") - estender os braços ao lado do corpo, com as mãos
espalmadas voltadas para a frente, acima da linha dos ombros, formando com esta um ângulo de
aproximadamente quarenta e cinco graus.

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(10) Em escalão - com as mãos espalmadas voltadas para baixo, estender os braços ao
lado do corpo, formando com este uma linha oblíqua. O braço que estiver mais elevado indica se
o escalão é à direita ou à esquerda.
(11) Em frente - estender o braço direito verticalmente, com a mão espalmada voltada
para a frente. Em seguida, abaixá-lo na direção de marcha, até a horizontal.
(12) Em linha - estender os braços lateralmente no plano horizontal, com as mãos
espalmadas voltadas para baixo.
(13) Em losango - colocar os antebraços na horizontal, de forma que as mãos,
espalmadas, fiquem na altura da nuca, com a palma da mão direita sobre as costas da esquerda.
(14) Fogo - estender o braço direito verticalmente, com a mão espalmada voltada para a
frente; em seguida, abaixá-lo energicamente até o lado do corpo.
(15) Por frações justapostas - elevar os braços verticalmente, com as mãos espalmadas
voltadas para a frente, girando-os em seguida para trás, descrevendo círculos no plano vertical.
(16) Por frações sucessivas - estender o braço direito na horizontal na frente do corpo,
com a mão espalmada voltada para baixo. Em seguida, abaixar o braço até o lado do corpo.
(17) Preparar para desembarcar - o mesmo gesto usado para o "Desembarcar",
descrito no número 5, feito apenas com o braço direito. Repetir o movimento várias vezes.
(18) Preparar para embarcar - o mesmo gesto usado para o "Embarcar", descrito no
número 5, feito apenas com o braço direito. Repetir o movimento várias vezes.
(19) Reunir - voltar a frente para quem o gesto é dirigido e levantar o braço direito na
vertical, com a mão espalmada voltada para a frente; em seguida, girar o braço, descrevendo
pequenos círculos com a mão, no plano horizontal.
(20) Suspender fogo - o mesmo gesto usado para o "Cessar fogo", descrito no número 4,
feito apenas com o braço direito.
d. Outros gestos poderão ser convencionados, se necessário.

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1.8 Comandos por sinais convencionados

a. Os sinais convencionados podem ser visuais, acústicos ou diversos.


b. Devem fazer parte das Normas Padrão de Ação (NPA) da fração e ser de conhecimento
de todos seus integrantes. Serão usados normalmente como advertência ou execução de
determinado comando.
c. Podem ser transmitidos por diversos meios, tais como apito, sirene, tiro buzina,
fumígeno, luzes, painéis, entre outros.
d. Apresentam como desvantagens a dependência das condições de visibilidade e ruídos
do combate, além de poderem ser percebidos pelo inimigo com mais facilidade.

1.9 Comandos por ordens

a. Quando não for possível usar outro modo, serão expedidas ordens, que poderão ser
transmitidas a voz ou por escrito.
b. Nas pequenas frações, esta forma de comando é utilizada quando a tropa está muito
dispersa no terreno. Para tanto, será utilizado um mensageiro que conduzirá a ordem verbal ou
escrita.

1.10 Comandos pelo exemplo

Em alguns casos, os comandantes poderão determinar que seus movimentos ou ações


sejam imitados. A partir de então, estarão comandando pelo exemplo.

ARTIGO III

USO DA MOCHILA

1.11 Generalidades

a. A mochila destina-se a conduzir o fardo de combate do militar.


b. A quantidade, peso e volume do material que será transportado pelo homem é
diretamente proporcional à duração e ao tipo de operação que será desencadeado.
c. Normalmente, os seguintes itens são conduzidos na mochila: duas rações individuais
de combate (R2-A), uma para a operação e outra como sendo a ração de emergência, marmita,
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talher, poncho, manta leve, agasalhos, roupa de muda, munição, ferramenta de sapa, material de
higiene pessoal, material para manutenção do armamento, material de primeiros socorros e cantil
reserva. Todo este material pesa cerca de 18 Kg.
d. A mochila será conduzida pelo combatente enquanto a fração estiver realizando uma
progressão contínua ou protegida.
e. A partir do momento que iniciar a progressão por lanços, o peso e volume da mochila
prejudicarão a agilidade e resistência do militar, provocando uma queda em seu rendimento.
f. Neste tipo de progressão, o homem estará sob vistas e fogos do inimigo. Precisa contar
com o máximo de rapidez e agilidade para aproveitar o terreno adequadamente, alcançar,
assaltar, conquistar e manter a posição inimiga.
g. Em uma operação de ataque, os seguintes itens são de condução obrigatória: dotação
de munição de sua arma, ração de emergência, ferramenta de sapa para preparar a posição na
consolidação e a quantidade de ração necessária até o próximo ressuprimento.
h. Os materiais relacionados no item anterior podem ser conduzidos em um bornal de
assalto, diminuindo o peso e o volume a ser transportado, proporcionando melhor rendimento na
maneabilidade.
i. A maior dificuldade de se atacar sem a mochila seria no caso de um possível
prosseguimento. Nesta situação, se a fração for permanecer em combate, ela terá que ser
ressuprida, visto que suas dotações de munição e ração já estarão perto do fim. Desta forma,
havendo ressuprimento, a mochila não precisa estar com o militar e pode ser levada pelo
encarregado de material da subunidade.
j. Caso não haja previsão de ressuprimento, a mochila deve ser levada apenas com o
material essencial: munição, ração e ferramenta de sapa. Os demais itens serão colocados junto
ao fardo de bagagem. Tudo com a finalidade de proporcionar mais agilidade ao combatente.
l. Nas operações em que o militar vá permanecer um período maior sem receber o apoio
logístico cerrado, como em uma infiltração ou em um assalto aeromóvel, ele conduzirá consigo
todo o material necessário. Mesmo nestas operações, pode haver a necessidade de progredir mais
leve, para cumprir determinada missão, como, por exemplo, atacar uma posição. Nesta situação,
deverá ser autorizada pelo comandante a retirada da mochila. Após cessar o motivo que levou a
tal decisão, deve-se retornar ao local e apanhar o material deixado.
l. Conduzir ou não conduzir a mochila é uma decisão do comandante da operação, que
tomará baseado nos meios disponíveis de apoio logístico, tempo e missão futura da fração.

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2 ESCOLA DO GRUPO DE COMBATE

ARTIGO I

O GRUPO DE COMBATE

2.1 Organização

a. O Grupo de Combate (GC) é orgânico do Pelotão de Infantaria, da Companhia de


Infantaria dos Batalhões de Infantaria.
b. O GC é comandado por um 3º Sgt e organizado em duas esquadras.
c. Os assuntos tratados neste artigo se aplicam aos grupos de combate das frações de
Infantaria.

2.2 Atribuições dos componentes

As atribuições dos componentes do GC são as seguintes:


a. Sargento Comandante do Grupo de Combate
(1) Comandar o GC, emitindo os comandos necessários e oportunos que o conduzam ao
cumprimento da missão.
(2) Empregar e controlar o GC, conduzindo o tiro e a manobra da fração.
(3) Impulsionar suas esquadras na ofensiva.
(4) Selecionar as posições dos homens na defensiva.
(5) Supervisionar as atividades de manutenção do seu grupo.

b. Cabo Comandante de Esquadra


(1) Comandar a esquadra.
(2) Controlar a manobra, posicionamento do pessoal e mecanismo de execução dos fogos
da esquadra.
(3) Coordenar os fogos de sua esquadra.
(4) Conduzir, além de seu material de dotação, 2 carregadores para os atiradores.

c. Soldados Esclarecedores e Atiradores

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(1) Cumprir as ordens emanadas dos Cmt GC e Esquadra.


(2) Recebem a instrução individual, porém seu adestramento deve ser voltado para o
combate coletivo, em que a eficiência do grupo é o fator mais importante.
(3) O Sd 3º esclarecedor tem a função de granadeiro.
(4) Os Sd 2º e 4º esclarecedores conduzem e operam os canhões sem recuo.
(5) Os Atiradores conduzem e operam os fuzis e/ou metralhadoras, identificando e
realizando os fogos sobre os alvos determinados.

COMPOSIÇÃO ARMAMENTO REPRESENTAÇÃO

3º Sgt Cmt Fz e Pst

Cb Cmt 1ª Esquadra Fz e Pst


Sd 1º Esclarecedor Fz

Sd 2º Esclarecedor Fz e CSR*
Esq

Sd Atirador 1 Esquadra Fz Mtr** e Pst

Cb Cmt 2ª Esquadra Fz


Sd 3º Esclarecedor FZ e Gr Bc

Sd 4º Esclarecedor Fz e CSR
Esq

Sd Atirador 2ª Esquadra Fz Mtr e Pst

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OBS: * CSR – Canhão sem recuo. Armamento eficaz contra carros de combate.
Pode também ser empregados contra edificações e/ou fortificações. Devido as
particularidades que envolvem as ações de segurança e defesa de instalações de
interesse do COMAER, a dotação desse armamento está vinculado a necessidade da
missão, podendo o GC conduzi-lo ou não em suas ações.
** Fz Mtr - Fuzil Metralhador. Pelo fato da FAB não possuir em sua dotação um
armamento intermediário entre o Fz(HK-33) e a Metralhadora Leve (MAG 7,62), o tipo
de armamento empregado pelos Soldados Atiradores será de acordo com a
necessidade da missão, podendo até, ser constituída uma peça de Mtr em apoio ao
Pelotão ou GC. Ver Item 3.6 desta apostila.
Tabela 01

2.3 Rodízio de funções

a. Os Cb Aux devem estar em condições de assumir o comando do GC e de operar o


canhão sem recuo.
b. Os Sd Esclarecedores devem estar em condições de assumir o comando da esquadra e
a missão dos Sd Atiradores, operando em boas condições os fuzis metralhadores.
c. Os Sd Atiradores devem estar em condições de desempenhar as funções dos Sd
Esclarecedores.

2.4 Enunciar funções

a. O comando de enunciar funções tem a finalidade de verificar se todos os homens estão


presentes e cientes da função que irão desempenhar no exercício ou ação de combate, bem como
verificar eventuais faltas ou baixas na fração. É empregado nas seguintes situações:
(1) Antes de um exercício.
(2) Após movimentos que dispersem o GC.
(3) Após exercícios ou ações de combate.
(4) Após efetuado rodízio de funções.

b. Execução – ao comando de “GRUPO ATENÇÃO! ENUNCIAR FUNÇÕES!”, cada


homem, na seqüência mostrada na tabela 1, a partir do Cmt GC inclusive, tomará a posição de
sentido, levantará energicamente o braço direito com a mão espalmada e voltada para frente e
dirá sua graduação e função, em voz alta. Caso o GC esteja desdobrado no terreno, o militar
somente dirá, em voz alta, sua graduação e função, permanecendo na posição em que se
encontrar. É conveniente que o Cmt GC esteja em uma posição que lhe permita observar toda
sua fração.

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2.5 Formações

a. Generalidades:
(1) A formação, distâncias e intervalos a serem adotados são decorrentes dos fatores
apresentados no capítulo 1.3 desta Apostila. Normalmente as distâncias serão de 10 passos entre
os homens e de 20 a 50 metros entre as esquadras.
(2) A primeira esquadra sempre será a base nas formações. Quando estiver escalonado
em profundidade, a base estará à frente. Caso esteja em largura, a base estará à esquerda,
tomando-se por referência a direção de progressão.
(3) A adequada utilização do terreno é mais importante do que a rígida manutenção das
distâncias entre os homens. O Cmt de GC deve progredir em uma posição em que possa
controlar e melhor orientar seus subordinados.

b. Formatura do Grupo de Combate (Fig 1):


(1) Adotada nas atividades diárias do GC.
(2) Os homens entrarão em forma em coluna por um, à distância de um braço.

Um braço


Esquadra


Esquadra

Figura 01 – FORMATURA DO GC

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10 passos
1ª Esquadra

20 metros

2ª Esquadra

Figura 02 – GC EM COLUNA

c. Em coluna (Fig 2):


(1) Formação adotada para o movimento em terreno que restringe o emprego de uma
formação mais dispersa (trilhas, passagens estreitas, etc.) ou em situações de visibilidade
reduzida (escuridão, nevoeiro, etc.).
(2) Apresenta como vantagens o controle e a boa velocidade de progressão.
(3) Como desvantagem, proporciona pouca dispersão.
(4) As esquadras adotarão, obrigatoriamente, a formação em coluna.
(5) As distâncias entre os homens são de 5 passos e de 5 metros entre as esquadras.
Porém, elas podem ser reduzidas em função da limitação da visibilidade.
d. Por esquadras sucessivas (Fig 3):
(1) É a formação que o GC normalmente adota. Assim que os fatores que determinaram
outra formação tiverem cessado, o GC retornará à formação por esquadras sucessivas.
(2) É utilizada nos reconhecimentos e sempre que houver necessidade de uma esquadra
apoiar a outra durante o deslocamento.
(3) Oferece boa dispersão, bom controle, bom volume de fogos nos flancos e à frente,
grande flexibilidade e apoio mútuo entre as esquadras.

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(4) As esquadras adotarão a formação de cunha modificada sempre que possível, apenas
modificando-a temporariamente em função dos fatores previstos no parágrafo 1.3.
(5) O comandante da esquadra é o vértice da cunha, o que lhe permite servir de base para
os movimentos de sua esquadra, bem como proporciona bom controle sobre seus homens.
(6) As distâncias entre os homens são de 10 passos e de 20 a 50 metros entre as
esquadras.

10 passos


Esquadra

20 a 50 m


Esquadra
Figura 03 – GC POR ESQUADRAS SUCESSIVAS

e. Por esquadras justapostas (Fig 4):


(1) Formação adotada para progressão quando a localização do inimigo for conhecida e
se desejar bom volume de fogos à frente.
(2) Proporciona bom grau de controle, segurança à frente e nos flancos e grande volume
de fogo à frente.
(3) As esquadras adotarão a formação em cunha modificada.
(4) As distâncias entre os homens são de 10 passos e o intervalo de 20 a 50 metros entre
as esquadras.

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10 Passos

1ª Esquadra 2ª Esquadra

20 a 50
metros

Figura 04 – GC POR ESQUADRAS JUSTAPOSTAS

f. Por esquadras justapostas modificadas (Fig 5):


(1) Quando as restrições impostas pelo terreno não forem tão grandes que obriguem a
adoção da formação em coluna, o GC poderá adotar a formação de esquadras justapostas
modificadas.
(2) Nesta formação, as esquadras estarão justapostas, porém cada uma estará em coluna.
Esta formação também é chamada de “por esquadras justapostas coluna por dois”.
(3) Esta formação é adotada quando o movimento é realizado em uma trilha larga ou
estrada.
(4) Apresenta como vantagem a rapidez e muito bom controle.
(5) Como desvantagem está a reduzida potência de fogo à frente.

10
passos

5 passos
1ª Esquadra 2ª Esquadra

Figura 05 - GC POR ESQUADRAS JUSTAPOSTAS MODIFICADAS

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EEAR 18

g. Em linha (Fig 6):


(1) Formação utilizada para transposição de cristas, estradas ou locais de passagem
obrigatória sujeitos ao fogo e observação do inimigo.
(2) As esquadras devem adotar obrigatoriamente a formação em linha.
(3) Apresenta como vantagem a máxima potência de fogo à frente, sendo, por isso, a
formação mais adequada para o assalto.
(4) Como desvantagem, verifica-se que o controle é muito difícil.
(5) Os intervalos entre os homens são de 10 passos.

10
passos
1ª 2ª
Esquadra Esquadra
Figura 06 – GC EM LINHA

2.6 Mudanças de frente e formação

a. Generalidades
(1) O GC não interrompe o movimento se o comando para mudança de frente e formação
for emitido com o grupo em deslocamento. Da mesma forma, se estiver parado, continuará nesta
situação após a execução.
(2) Os comandantes de esquadra não repetem o comando emitido pelo Cmt GC. Poderão,
em alguns casos, emitir comandos para adotar formações adequadas ao dispositivo imposto pelo
comandante do grupo.
(3) Ao realizar mudanças de frente e formação, o Cmt GC pode alterar a base, a fim de
evitar deslocamentos desnecessários ou cruzamento de esquadras.
b. Comando para mudança de frente e formação
(1) Advertência.....................................”GRUPO, ATENÇÃO!”
(2) Comando propriamente dito...........”BASE (Esquadra base)”
“FRENTE (ou DIREÇÃO)”
“FORMAÇÃO”
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EEAR 19

“DISTÂNCIAS E INTERVALOS”
(3) Execução......................................”MARCHE (ou MARCHE-MARCHE)
c. A seqüência do comando acima deve ser seguida. Caso algum item do comando
propriamente não sofra alteração em um comando subseqüente, este não precisa ser mencionado.
Sempre constará do comando a advertência, item, ou itens do comando que foram alterados e a
execução.

2.7 Deslocamentos

a. Ao comando de “GRUPO, ATENÇÃO! MARCHE!”, o GC se deslocará em passo


normal. Se o comando for “GRUPO, ATENÇÃO! MARCHE-MARCHE”, o GC se deslocará em
acelerado.
b. No caso do comando de “GRUPO, ATENÇÃO! COMIGO!”, a velocidade de
deslocamento será a mesma do comandante de GC.
c. O GC poderá também se deslocar rastejando ao comando de “GRUPO, ATENÇÃO!
RASTEJAR!”, ou então, engatinhando, ao comando de “GRUPO, ATENÇÃO!
ENGATINHAR!”.

2.8 Altos
A fim de interromper o movimento do GC, o Cmt comandará “GRUPO, ATENÇÃO!
ALTO!” ou “GRUPO, ATENÇÃO! DEITAR!”. Os homens farão alto ou se deitarão
rapidamente, aproveitando o terreno e abrigando-se frente às direções de onde possa partir
qualquer ameaça.

2.9 Observação e controle

As atividades de observação e controle sempre são realizadas, estando condicionadas ao


movimento do GC e à proximidade do inimigo.
a. Mecanismo para observação em movimento
(1) Manter a direção de movimento.
(2) Não realizar paradas.
(3) De acordo com o terreno, percorrer determinada distância observando o setor
designado e voltar-se para a direção de progressão nos intervalos das observações.
b. Em movimento e longe do inimigo.

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EEAR 20

(1) Em princípio, nesta situação o GC se deslocará em coluna ou por esquadra justaposta


modificada.
(2) A observação caberá ao Cmt GC e aos esclarecedores lançados à frente do grupo.
(3) Os demais homens ampliarão a observação do grupo, buscando verificar a presença
de aviação, carros de combate e agentes QBN.
c. Em movimento e perto do inimigo.
(1) Cada homem recebe um setor de observação, cobrindo todas as direções.
(2) O Cmt de GC não tem um setor fixo de observação, devendo fazê-lo em todas as
direções, além de controlar seus homens.
(3) Os Cmt esquadra devem, além de observar o setor que lhes foi atribuído, manter o
contato visual com o Cmt GC.
(4) A observação quanto a aviação, carros de combate e agentes QBN será realizada por
todos integrantes do GC.
d. Durante os altos.
(1) Cada homem recebe um setor de observação, cobrindo todas as direções.
(2) O Cmt GC deve aproveitar a oportunidade para conferir sua fração, podendo fazê-lo
pela vista ou por meio do comando de “ENUNCIAR FUNÇÕES!”.

2.10 Técnicas de progressão

a. Progressão contínua – a velocidade é o fator mais importante. Geralmente adotada


nos movimentos antes do contato com o inimigo.
b. Progressão protegida – a segurança é o fator mais importante, porém a velocidade
deve ser mantida. Normalmente, o contato com o inimigo ainda não foi estabelecido. O Cmt GC
determinará a dispersão do grupo, de maneira que uma esquadra não seja atingida pelo fogo
dirigido a outra, bem como proporcione apoio mútuo entre elas. Nesta situação, normalmente é
adotada a formação por esquadras sucessivas, e o Cmt GC se desloca próximo a esquadra da
retaguarda.
c. Progressão por lanços – ao ser percebido pela observação inimiga ou receber fogos, o
GC progredirá por lanços. O Cmt determinará as formações compatíveis com o terreno e
adequadas à situação. Uma esquadra deverá permanecer em posição, apoiando o deslocamento
da outra esquadra. Quando esta atingir de 100 a 150 metros a frente, fará alto e apoiará o
deslocamento da esquadra que estava à retaguarda, até que esta ultrapasse de 100 a 150 metros a
sua frente, e assim sucessivamente. Este movimento também é chamado de “Marcha do

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EEAR 21

Papagaio”. O Cmt GC deslocar-se-á junto à esquadra de apoio, mudando de uma esquadra para
outra quando a que executa o lanço passar pela que está no apoio”. (Fig 2-8)

2º Lanço da

2ª Esquadra

1º Lanço da

1ª Esquadra

1º Lanço da

Posições de apoio das 2ª Esquadra


esquadras

Figura 07 - GC EM PROGRESSÃO POR LANÇOS

2.11 Movimento sob as vistas e fogos do inimigo

a. Generalidades
(1) Ao perceber a possibilidade de atuação do inimigo, o GC adotará a formação que
melhor possibilite observar, fugir às vistas do inimigo e progredir em segurança, além de ficar
em condições de atuar rapidamente.
(2) Para tanto, o Cmt GC comandará “GRUPO, ATENÇÃO! PREPARAR PARA O
COMBATE!”. Os homens verificarão se as armas estão carregadas e travadas, conduzindo-as de
maneira que permita rápida utilização.
(3) O GC progredirá por lanços se estiver sob vistas e fogos. Os lanços podem ser
executados por todo o grupo, por esquadras ou homem a homem, e no passo acelerado, normal,
rastejo ou engatinhando. Cabe ao Cmt GC definir a forma e o passo com que o grupo se
deslocará.
(4) O lanço termina ao se atingir o ponto ou linha determinado ou ao comando de
“ALTO!” ou “DEITAR!”. Imediatamente o homem irá ocultar-se e abrigar-se, aproveitando ao
máximo o terreno.

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EEAR 22

b. Comandos para a progressão


(1) Todo o grupo – o comando é emitido somente pelo Cmt GC e todos os integrantes do
grupo executam o lanço ao mesmo tempo.
- GRUPO, ATENÇÃO! PREPARAR PARA PARTIR!
- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- TODO O GRUPO!
- MARCHE – MARCHE!
(2) Esquadra por esquadra – o comando é emitido inicialmente pelo Cmt GC.
- GRUPO, ATENÇÃO!
- POR ESQUADRAS!
- 1ª ESQUADRA ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- 2ª ESQUADRA ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- MARCHE – MARCHE!

Em seguida, os Cmt Esquadras emitirão o comando para suas esquadras, na seqüência


estabelecida pelo Cmt GC, partindo junto com suas esquadras.
- 1ª (ou 2ª) ESQUADRA, ATENÇÃO! PREPARA PARA PARTIR!
- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- TODA ESQUADRA!
- MARCHE – MARCHE (ou COMIGO!)!

(3) Homem a homem sucessivamente – o comando é emitido inicialmente pelo Cmt GC


que, após emitir o comando, realizará seu lanço individualmente.
- GRUPO, ATENÇÃO!
- BASE A 1ª (ou 2ª) ESQUADRA!
- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- HOMEM A HOMEM!
- MARCHE – MARCHE!

Em seguida, os Cmt Esquadras emitirão o comando para suas esquadras, na seqüência


estabelecida pelo Cmt GC.
- 1ª (ou 2ª) ESQUADRA, ATENÇÃO! PREPARAR PARA PARTIR!
- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- HOMEM A HOMEM!

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EEAR 23

- AO MEU COMANDO!
- FULANO! MARCHE – MARCHE!

Caso o Cmt esquadra esteja em uma posição que não lhe proporcione perfeita
observação, poderá comandar “POR INICIATIVA!”, em vez de chamar nominalmente seus
homens. Nesta situação, os homens iniciarão sucessivamente seus deslocamentos, de acordo com
o posicionamento no terreno e da esquerda para a direita. O Cmt esquadra será o primeiro a
progredir.

(4) Homem a homem simultaneamente – o comando é emitido pelo Cmt GC, que será
o último a progredir, visto que permanecerá controlando o movimento de toda a fração.
- GRUPO, ATENÇÃO! PREPARAR PARA PARTIR!
- SIMULTANEAMENTE!
- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- HOMEM A HOMEM!
- AO MEU COMANDO!
- TAIS HOMENS! MARCHE – MARCHE!

2.12 Entrada em posição

a. Mediante ordem – ao receber ordem para entrar em posição ou se a situação o exigir,


o Cmt GC colocará seu grupo em posição. O comando deve abordar os seguintes aspectos:
- Advertência (GRUPO, ATENÇÃO!)
- Locais das esquadras e dos Fuzis Metralhadores
- Direção geral dos fogos
- Execução (EM POSIÇÃO!)

b. Por interferência do inimigo – estando o GC em movimento, ao receber fogos, seu


Cmt ou qualquer homem que tenha percebido ou localizado a direção ou origem dos tiros
informará – “FOGO DE TAL PONTO!”; imediatamente todos integrantes do grupo abrigar-se-
ão independente de ordem. Após rápido estudo de situação, o Cmt GC determinará o local de
entrada em posição, emitindo o comando previsto no subparágrafo a. Realizar esta tomada de
posição homem a homem sucessivamente proporcionará mais segurança ao grupo. Após ocupar
a posição, o grupo poderá executar seus fogos, caso seja necessário.

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EEAR 24

2.13 Manobras do GC

a. Em combate, as frações enfrentam situações imprevistas, tais como contato fortuito


com inimigo, deparar-se com uma posição inimiga, campo de minas, entre outros. Para reagir
rapidamente a estes fatos novos, o Cmt GC deve ser capaz de manobrar seu grupo.
b. A manobra a ser empregada em cada caso é decorrência do rápido estudo de situação
do Cmt GC.
c. Existem dois tipos de manobra para os quais o GC deve estar adestrado e apto a
realizar em qualquer situação:
(1) Manobra de Flanco (Fig 8 e 9 ):
- Neste tipo de manobra o Cmt GC poderá atuar com todo o grupo ou com apenas uma
esquadra sobre um dos flancos do inimigo. No primeiro caso (Fig 2-9), é conveniente que não
tenha sido percebido pelo inimigo. Desta forma, irá se deslocar para atingir com todo o efetivo
de seu grupo um dos flancos do inimigo, que é, geralmente, sua porção mais fraca. Caso o
inimigo tenha localizado sua posição (Fig 2-10), deve permanecer uma esquadra realizando base
de fogos e cobrindo a progressão da outra, que incidirá em um dos flancos do inimigo.

INIMIG
O

GC em manobra
pelo flanco

Posição de partida do
GC (não foi visto pelo
inimigo)

Figura 08 – TODO GC EM MANOBRA DE FRANCO

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INIMIG
O

Esquadra em
manobra pelo
flanco

Esq em
base de
fogos

Figura 09 – TODO GC EM MANOBRA DE FRANCO

2) Manobra Frontal (Fig 10):


- Este tipo de manobra deve ser evitado ou então ser empregado somente quando o
inimigo for muito fraco ou o terreno permitir. O GC progredirá por lanços, utilizando
criteriosamente o terreno e fazendo máximo emprego do fogo e movimento, até que tenha
condições de eliminar a resistência inimiga. Apresenta como desvantagens o alto consumo de
munição e possibilidade de grande número de baixas.

INIMIGO

O GC realiza a
progressão por
lanços até
conquistar a
posição

Posição de partida do GC

Figura 10 – GC EM MANOBRA FRONTAL

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EEAR 26

2.14 Distribuição dos fogos

a. Generalidades – Durante o combate o GC deve buscar o máximo volume de fogos.


Isto é possível concentrando os fogos do grupo em um alvo determinado pelo comandante.
Sempre que possível os fogos deverão ser conduzidos pelo Cmt GC. Nas situações de combate
aproximado, os homens atirarão sobre os alvos que lhes surgirem, sem a necessidade de ordem
do Cmt GC. Em qualquer situação, o emprego das granadas de bocal pelos granadeiros e do
canhão sem recuo pelos E4 somente ocorrerá mediante ordem do Cmt GC.
b. Distribuição dos fogos
(1) Objetivo em largura (Fig 11):
(a) O Cmt define as extremidades e o centro do alvo.
(b) A esquadra que estiver à esquerda bate a porção esquerda do alvo. Da mesma forma, a
que estiver à direita bate a porção direita do alvo.
(c) Os fuzis metralhadores atiram em toda frente da esquadra, com rajadas curtas de três
tiros.
(d) Os Cmt esquadra atiram dentro do setor de sua esquadra, onde julgarem mais
conveniente.

CENTRO

O B J E T I V O

LEGENDA
MTR FzL

LEVE
Figura 11 – DISTRIBUIÇÃO DOS FOGOS CONTRA OBJETIVO EM LARGURA.

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EEAR 27

(2) Objetivo em profundidade (Fig 12):


(a) O Cmt define a frente, centro e retaguarda do objetivo.
(b) A esquadra da esquerda atira na metade anterior do objetivo, e a esquadra da direita
na metade posterior.
(c) Os fuzis metralhadores atiram na porção central do objetivo, com rajadas curtas de
três tiros.
(d) Os Cmt esquadra atiram dentro do setor de sua esquadra, onde julgarem mais
conveniente.
(e) Caso o objetivo seja tropa se deslocando e, após receber fogos, ela se desdobre em
largura, deve-se proceder como no caso anterior.

CENTR
O
J

Figura 12 - DISTRIBUIÇÃO DOS FOGOS CONTRA OBJETIVO EM PROFUNDIDADE

2.15 Mecanismo para execução dos fogos

a. Para realizar os fogos, o Cmt GC emitirá o comando de tiro com os seguintes


elementos:
(1) Advertência
(2) Direção
(3) Distância (alça)
(4) Natureza do alvo

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EEAR 28

(5) Condições de execução


(6) Execução

Os integrantes do GC não repetem os comandos que forem dados, cumprindo


imediatamente as ordens emitidas pelo Cmt.

b. Advertência – Tem a finalidade de deixar os homens alertas para receberem


instruções. O Cmt GC pode alertar todo grupo ou parte dele, como apenas uma esquadra, os
granadeiros, atiradores ou o E2 e E4 que conduzem os canhões sem recuo.
c. Direção – O Cmt GC indica a direção geral do alvo, ou até mesmo a localização exata,
se for possível. Define as extremidades e o centro dos alvos que estiverem dispostos em largura
ou profundidade.
d. Distância – Será expressa em metros e enunciada por algarismos. É fundamental que
os homens registrem no armamento a alça equivalente.
e. Natureza do alvo – Descrição sumária do alvo. Sendo nítido, não precisa ser realizada.
f. Condições de execução – Definição de quem vai atirar, quantos tiros e quando
executará os fogos. Se os homens que forem atirar são os mesmos que foram alertados, este
aspecto não precisa ser repetido.
g. Execução – Ordem para o início dos disparos.
h. Exemplos de comandos de tiro
(1) – GRUPO, ATENÇÃO!
- UMA HORA!
- DOIS - CINCO – ZERO!
- ARMA AUTOMÁTICA!
- CINCO TIROS! ATIRADORES DEZ TIROS!
- AO MEU COMANDO!
- FOGO!

(2) – 4º ESCLARECEDOR ATENÇÃO!


- DIREITA, CORTE DE ESTRADA!
- DOIS – ZERO – ZERO!
- CARRO DE COMBATE!
- QUANDO PRONTO, FOGO!

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EEAR 29

i. Os comandos de tiro, em princípio, devem conter todos os elementos . No entanto, eles


não precisam ser formais; dependendo do grau de adestramento do GC e da criatividade de seu
Cmt, qualquer processo é válido desde que cumpra a finalidade. Um exemplo de comando
informal pode ser: “OBSERVEM O TRAÇANTE! – TODO O GRUPO! – DOIS TIROS!”.
j. Interrupção do fogo
(1) Ao comando de “GRUPO, ATENÇÃO! SUSPENDER FOGO!”, os homens deixarão
de atirar e substituirão os carregadores que estiverem incompletos. Permanecem prontos para
reiniciar o tiro nas mesmas condições anteriores.
(2) Ao comando de “GRUPO, ATENÇÃO! CESSAR FOGO!”, os homens deixarão de
atirar, travarão as armas e colocarão a alça de mira regulada para o combate.

2.16 Conduta no assalto

a. O GC progredirá dentro da formação adequada até o mais próximo possível do


inimigo, utilizando o fogo e movimento.
b. O assalto será desencadeado assim que for alcançada a superioridade de fogos local
sobre o inimigo. A formação mais adequada para o assalto é a formação em linha.
c. Os homens avançam todo o tempo utilizando o terreno, aproveitando os abrigos
existentes, sem se expor desnecessariamente.
d. É grande o risco de desorganização neste momento, exigindo rápida e agressiva ação
de comando do Cmt GC, impulsionando e controlando seu grupo.
e. As armas serão conduzidas o tempo todo em posição de emprego imediato e em
condições de tiro. Os disparos apenas ocorrerão contra alvos identificados, evitando-se
desperdício de munição com tiros a esmo.
f. Os homens devem realizar o controle da quantidade de tiros dados. No momento de
efetuar a troca de carregador abrigar-se-ão para efetuá-la.
g. Após ultrapassar a linha do objetivo, os homens iniciam imediatamente os trabalhos de
consolidação, que constam de reajuste do dispositivo, preparação de abrigos para homem
deitado, divisão de setores de tiro e vasculhamento das posições inimigas.
h. Mediante ordem, ocorre a reorganização. As atividades de reorganização consistem em
redistribuição da munição, atendimento a feridos, consumo de ração, e evacuação das baixas e
prisioneiros de guerra (PG). A conduta com os PG será definida pelo comandante de pelotão, de
acordo com a ordem de operações passada pelo comandante de companhia.
i. As atividades de consolidação têm prioridade sobre as atividades de reorganização, e
podem ocorrer simultaneamente, de acordo com a situação.
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2.17 Defesa passiva contra aviação, blindados e agentes QBN

a. Defesa contra aviação – Estando o GC em movimento ou parado, ao aparecerem


aeronaves , inimigas ou não identificadas, o primeiro homem a avistá-las dará o alerta:
“ALERTA AVIÃO!”
(1) Estando os homens em terreno limpo, ficarão imóveis.
(2) Estando em marcha e havendo tempo, procurarão um abrigo, se possível à sombra. Se
estiverem em estrada, devem abandoná-las e deitar-se nas margens.
(3) Estando em posição ou estacionados, procurarão o abrigo ou coberta mais próxima,
ficando imóveis.
(4) Á noite, devem ser apagadas todas as luzes.
(5) Assim que a aeronave tiver passado, todos retomam suas atividades.
b. Defesa contra blindados – Estando o GC parado ou em movimento, o primeiro
homem que avistar o carro dará o alerta: “ALERTA CARRO!”. Os homens procederão da
seguinte forma:
(1) Fugir à observação do carro.
(2) Abrigar-se.
(3) Procurar identificá-lo.
(4) Passada ameaça, o GC retorna às suas atividades.
c. Defesa contra agentes QBN – Ao ser constatada a presença de agentes QBN é dado o
seguinte alerta: “ALERTA AGENTES QUÍMICOS! (ou BIOLÓGICOS! ou NUCLEARES!)”.
Todos os homens colocarão seus equipamentos de proteção e somente os retirarão mediante
ordem, após haver cessado a ameaça.

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EEAR 31

3 ESQUADRA DE TIRO

ARTIGO I

INTRODUÇÃO

3.1 GENERALIDADES

Nas operações terrestres mais recentes, os menores escalões de tropa tem sido decisivos
no sucesso das operações. As missões são planejadas para permitir que essas frações abram seu
caminho até o objetivo com sucesso.
A medida real do poder de combate de uma força é, na verdade, o espírito combativo e a
proficiência tática de suas frações, em especial o grupo de combate (GC).
De qualquer forma, o tamanho da unidade tática básica diminuiu com o passar do tempo.
Os batalhões de Napoleão foram substituídos por companhias na guerra entre a Áustria e a
Prússia em 1866 (conhecida por “Guerra dos Comandantes”) e as companhias foram substituídas
pelas “tropas de assalto” na Primeira Guerra Mundial.
Uma unidade tática básica é o menor elemento capaz de:
- realizar uma ação independente ou uma tarefa simples de combate;
- permitir um relacionamento pessoal entre Cmt e seus subordinados; e
- ter o controle na cena de ação executado a viva voz pelo seu comandante.

O presente capítulo descreve a finalidade, organização, tarefas e armamento do GC e de


suas frações constituintes - as Esquadras de Tiro (ET). Além disso, apresenta as táticas e
procedimentos dessas frações no combate ofensivo e defensivo.

3.2 Desencadeamento dos fogos

a.Requisitos de uma posição de tiro - Na ocupação de uma posição de tiro para a ET,
devem ser satisfeitos os seguintes requisitos:
(1) permitir o desencadeamento dos fogos de apoio desejados;
(2) possuir bons campos de tiro para frente;
(3) dispor de cobertas e abrigos naturais apropriados; e

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EEAR 32

(4) permitir o controle de tiro pelos comandantes de ET e do GC.


b.Na ofensiva
(1) Base de fogos
(a) Uma base de fogos cobre e protege com seus tiros, o avanço das unidades de assalto.
Sempre que possível, a ET designada para estabelecer a base de fogos deve se deslocar para a
sua posição de tiro através de itinerários que não sejam observados pelo inimigo;
(b) Um grande volume de fogos desencadeado de surpresa, de uma direção não esperada,
tem um efeito físico e psicológico muito maior do que os fogos desencadeados de uma posição
conhecida;
(c) O Cmt da ET que estiver estabelecendo uma base de fogos deve fazer o máximo de
esforço para escolher uma posição que permita o tiro de flanco ou oblíquo sobre a posição
inimiga;
(d) O objetivo da ET em base de fogos, na ofensiva, é atingido quando ele realiza os
seguintes procedimentos:
- um grande volume de fogo distribuído é desencadeado sobre a posição inimiga, de
forma a obter superioridade de fogos;
- quando essa superioridade é conseguida e o inimigo é fixado na posição, a cadência de
tiro é reduzida. Entretanto, a superioridade de fogos deve ser mantida; e
- quando as ET responsáveis pelo assalto se aproximam da posição de assalto, a cadência
de tiro é aumentada de forma a obrigar o inimigo a se manter o mais bem abrigado possível, e
permitir às unidades de assalto deixarem a posição de assalto e iniciarem o assalto propriamente
dito, antes que o inimigo tenha tempo de reagir.
(e) Quando as unidades de assalto atingem a área do objetivo ou a um sinal
preestabelecido, a base de fogos pode: cessar fogo e transferir seus tiro para outra área alvo ou
seguir essas ET para, à retaguarda delas, cruzar o objetivo e, após sua conquista, cessar o fogo ou
transferi-lo para uma nova área alvo determinada;
(f) Cabe ao Cmt ET, como principal tarefa durante o assalto, controlar o fogo de sua
fração. Caso seja necessário utilizar seu fuzil, ele deve atirar com o máximo de precisão. Caso se
depare com um alvo resistente aos tiros de fuzil, o Cmt ET lançara mão do granadeiro, até que o
alvo tenha sido destruído ou neutralizado ou, ainda, até que ele não possa mais desencadear
fogos eficazes sobre o alvo sem colocar a própria tropa em perigo.

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EEAR 33

c.Na defensiva:
(a) A ET é a unidade de tiro básica do Pel Inf e, quando praticável, cada setor de tiro
individual deve abranger todo o setor de tiro da ET. Ela atira de posições no terreno que
precisam ser mantidas a todo custo;
(b) Seus integrantes são posicionados onde possam dispor dos melhores campos de tiro e
aproveitar ao máximo as cobertas e abrigos disponíveis;
(c) As armas automáticas das ET proporcionam a maior parte do poder de fogo do GC.
Elas precisam ser protegidas e mantidas em operação;
(d) Da mesma forma que na ofensiva, a tarefa principal do Cmt ET é controlar o fogo de
sua fração. Quando houver a necessidade de utilizar o seu fuzil, ele cobrirá todo o setor de tiro da
ET com um intenso volume de fogo, enquanto o inimigo permanecer fora do alcance das
granadas de bocal. Caso não haja restrições ao emprego dessa arma, ele abre fogo sobre alvos
compensadores, assim que eles estejam dentro do alcance;
(e) Quando os fogos de proteção final forem desencadeados, ele engajará a maior massa
de tropa de infantaria inimiga no setor que lhe foi designado.

3.3 Fogos com visibilidade reduzida

a.Fuzil (Fig 13):


(a) Sob condições de visibilidade reduzida, o fuzil pode ser usado na execução dos fogos
pré-planejados, o que implica na amarração do tiro por meio da confecção de um suporte simples
para a arma;
(b) Quando o fuzil é usado para essa finalidade, todos os preparativos para amarração do
tiro devem ser feitos com a luz do dia. Além disso, para o apontamento do fuzil, instalação do
suporte e fixação das estacas limitadoras que amarram o tiro, visadas e fogos de ajustagem são
realizados antecipadamente.
b. Granadas de bocal (Fig 13):
(a) Nos períodos de visibilidades reduzida, as granadas de bocal também podem ser
empregadas eficientemente para executar os fogos pré-planejados, desde que se construa também
um suporte;
(b) Quando esses fogos estão sendo amarrados, o Cmt ET deve dar prioridade às
prováveis vias de acesso a serem utilizadas pelo inimigo;
(c) Todos os preparativos são feitos com a luz do dia. O lançador de granadas deve ser
colocado em posição e a pontaria ajustada antes de escurecer.

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EEAR 34

Figura 13 - MEIOS EXPEDITOS PARA EXECUTAR OS TIROS AMARRADOS

3.4 Cadência de tiro

Todo combatente é adestrado para disparar aproximadamente 10 a 12 tiros com pontaria


por minuto (cadência normal). Dificuldades presentes em combate tornam recomendável a
adoção de uma cadência mais lenta.
A cadência mais rápida com que qualquer Esclarecedor ou Atirador pode atirar é
determinada pela sua habilidade para selecionar alvos, fazer a pontaria e colocar seus tiros com
precisão.
A arma automática da ET é particularmente valiosa contra certos alvos, tais como
metralhadoras e outras armas automáticas inimigas. A cadência rápida de tiro dessa arma é da
ordem de 100tpm. A cadência mantida cerca de 85tpm.
A determinação da cadência de tiro da arma automática da ET é orientada pela natureza
do alvo.
Quando se inicia o fogo em combate, os primeiros tiros das armas automáticas da ET
devem ser disparados na cadência rápida para obter a superioridade de fogos e fixar o inimigo.
Depois disso, a cadência pode ser reduzida para a cadência mantida, a qual, em geral, é
suficiente para manter a superioridade.

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EEAR 35

3.5 Formações de combate

As formações de combate da ET e do GC são grupadas em individuais e de fração, com


vistas ao emprego tático eficiente.
Os fatores que influenciam a decisão de um Cmt na escolha de uma formação em
particular, são a tarefa recebida, o terreno, a situação, as condições meteorológicas, a velocidade
de progressão desejada e o grau de flexibilidade pretendido.
As formações de combate, bem como os comandos por gestos e os sinais preetabelecidos,
capacitam os comandantes a controlar o fogo e o movimento de suas frações durante a
aproximação e o assalto a uma posição inimiga.

a. Formações básicas da ET:


(1) Normalmente, cada Cmt ET determinará a formação para sua própria fração,
consequentemente, um GC pode conter uma variedade de formações de combate de ET, em um
dado momento, e ter essas formações modificadas frequentemente.
(2) A posição relativa de uma ET dentro da formação do GC deve ser tal que uma não
mascare o tiro das outras. Não é importante que distâncias e intervalos precisos sejam mantidos
entre as ET e os indivíduos, contanto que o controle não seja perdido.
(3) Contato por sinais ou a viva voz serão mantidos dentro da ET e entre os comandantes
destas frações e o Cmt GC.
(4) Em todas as formações podem haver alterações do posicionamento de algum dos
elementos quando a situação tática assim o exigir ou por ordem do Cmt GC. É importante frisar
que os esquemas apresentados abaixo não são absolutos e nem esgotam as possibilidades táticas
de emprego da ET.
(5) As características das formações de combate da ET são similares àquelas
correspondentes do GC. Segue a abaixo as principais formações:
(a) Coluna (Fig 14):
(1) permite o deslocamento rápido e controlado;
(2) favorece o fogo e o movimento para os flancos;
(3) dificulta a execução dos tiros para frente.
(4) essa formação é usada quando a velocidade e controle do movimento são os fatores
preponderantes, como nos deslocamentos através de bosques, em um nevoeiro, a noite e ao longo
de uma estrada.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 36

E1/3

1/2

A1/2

E2/4

Figura 14 - ESQUADRA DE TIRO EM COLUNA

(b) Losango (Fig 15):


(1) permite um bom controle;
(2) provê segurança em todas as direções;
(3) proporciona bastante flexibilidade;
(4) facilita a execução do tiro em qualquer direção;
(5) é usada quando não existem dados exatos sobre a situação do inimigo, e o terreno e a
visibilidade favorecem a dispersão.

E1/3

A1/2 1/2

E2/4

Figura 15 - ESQUADRA DE TIRO EM LOSANGO

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 37

c) Em Linha (Fig 16):


(1) proporciona o máximo poder de fogo para a frente;
(2) dificulta o controle;
(3) nessa formação, dependendo da situação, o Atirador poderá ocupar uma posição no
dispositivo à direita ou à esquerda;
(4) é usada quando a posição e o efetivo do inimigo são conhecidos, durante a execução
do assalto e a limpeza do objetivo, e para cruzar pequenas áreas abertas.

E1/3 A1/2

1/2 E2/4

Figura 16 – ESQUADRA DE TIRO EM LINHA

d) Em cunha - (Fig 17):


(1) é normalmente a formação básica da ET;
(2) facilita o controle;
(3) permite boa flexibilidade e capacidade de manobra;
(4) permite o fogo imediato em todas as direções e possibilita boa segurança ao
grupamento.

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EEAR 38

A ET em cunha, isolada,
pode adotar umas das duas
VARIAÇÃO 1 variações, com o Atirador à
esquerda ou à direita. A
1/2 escolha da formação fica
condicionada à situação
tática ou sob ordem do Cmt
A1/2 E1/3 GC.

E2/4
VARIAÇÃO 2
1/2

E1/3 A1/2

E2/4

Figura 17 – ESQUADRA DE TIRO EM CUNHA

3.6 Mudanças de formação

O CmtGC pode mudar de formação para reduzir as baixas causadas pelo fogo inimigo,
para se tornar um alvo menos vulnerável, superar uma dificuldade ou cruzar um terreno exposto.
As mudanças de formação em terrenos acidentados e variados são freqüentes, de forma a
permitir que o GC supere os obstáculos artificiais e naturais, tais como: rios, pântanos, florestas,
bosques, uma linha de crista escarpada e um fosso.
Algumas sugestões de movimentos executados pelos integrantes da ET, quando da
mudança de formação , são mostrados nos esquemas pictográficos abaixo (Fig 18, 19 e 20).
Convém lembrar que os esquemas sugeridos nas figuras são apenas orientações para os Cmt ET
no desenvolvimento de maneiras mais rápidas de passar de uma formação para outra. Quando a
ET está para executar um deslocamento tático, o seu Cmt sinaliza com gestos, indicando a
formação a ser utilizada e a direção a ser seguida. É necessário o adestramento constante para se
atingir a proficiência desejada em ações de combate.
O Cmt GC sinaliza a formação de sua fração para os Cmt ET. Atente-se que a ET pode
estar desdobrada em qualquer das suas formações na formação determinada para o GC.

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EEAR 39

Figura 18 – MUDANÇA DE FORMAÇÃO A PARTIR DA FORMAÇÃO EM COLUNA

Figura 19 – MUDANÇAS DE FORMAÇÃO A PARTIR DA FORMAÇÃO LOSANGO

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 40

Figura 20 – MUDANÇAS DE FORMAÇÃO A PARTIR DA FORMAÇÃO EM LINHA

3.7 Emprego das metralhadoras

a. Peças de Metralhadora: A unidade de emprego da metralhadora é a peça. Poderão


constituir uma seção de metralhadoras de forma provisória quando determinado (Fig 3-9).

COMPOSIÇÃO ARMAMENTO REPRESENTAÇÃO

3º Sgt Cmt Fz e Pst

Cb Ch 1ª
1ª Mtr e Pst
Pç Mtr


Sd Aux At
Fz
Mtr 1ª Pç Mtr


Pç Idêntica à 1ª Pç
Mtr
Tabela 02 - ORGANIZAÇÃO DA PEÇA E SEÇÃO DE MTR

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 41

As Pç atuam independentes uma da outra. Serão empregadas conforme uma das situações
abaixo:
(1) Peça junto ao Pel: (Fig 21):
(a) Realizar o tiro no intervalo da tropa, protegendo o flanco do Pel.
(b) Esta forma de emprego é adotada quando não existem informações exatas sobre a
posição do inimigo.
(c) A munição de dotação deve ser dividida entre os integrantes da peça e o GC que se
deslocar próximo desta peça.
(d) A fim de que ofereça o necessário apoio de fogo à manobra, deve se deslocar cerca de
200 a 300 m à retaguarda do Pel, ocupando posições sucessivas, evitando ser engajada junto com
o Pel. O terreno definirá a exata distância que a peça estará da tropa.
(e) Em princípio, não conduzirá o reparo.

OBJETIVO

2 3
1

200 a 300
m
1
1
2

Figura 21 - PÇ MTR JUNTO AO PEL

(2) Peça afastada do Pel: (Fig 22):


(a) Poderá estar enquadrada em uma fração provisória.
(b) De acordo com o terreno as Pç poderão permanecer em uma posição que ofereça
melhores campos de tiro, apoiando em boas condições a manobra do Pel Fzo. Nesta situação, as
Pç não acompanharão o pelotão, cerrando à frente somente na consolidação do objetivo.
(c) É conveniente que se utilize o reparo para a execução dos fogos, aumentando a
precisão, alcance, e permitindo a realização do tiro mascarado e sobre tropa. Quando a peça

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 42

avançar para apoiar a manobra de outra posição, o reparo permanecerá no local e será recolhido
pelo Encarregado de Material da SU.
(d) A munição que não puder ser conduzida pelos integrantes da peça será deixada
próxima à posição de tiro por um GC designado.
(e), o Sd Aux At conduzirá o cano de troca da Mtr quando o Ch Pç Mtr julgar necessário.
Caso o Pel Fzo esteja ocupando uma posição defensiva, as metralhadoras devem ser
posicionadas próximas uma da outra, distando cerca de 30 m. Constituirão uma seção, tendo
como direção principal de tiro a linha de proteção final. A finalidade da adoção de tal dispositivo
é proporcionar fogos contínuos de metralhadora, o que não aconteceria se as peças estivessem
afastadas.

OBJETIVO

2 3
1

1 2

Figura 22 - PÇ MTR AFASTADA DO PEL

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EEAR 43

4 ESCOLA DO PELOTÃO DE INFANTARIA

ARTIGO I

O PELOTÃO DE INFANTARIA

4.1 Organização

a. O Pelotão de Infantaria é orgânico da Companhia de Infantaria. O quadro de


organização dos Pel Inf consta na Tabela 03.
b. O Pel Inf é comandado por um 1º ou 2º tenente e se compõe de uma Turma de
Comando (Tu Cmdo) e três Grupos de Combate (GC).
c. A Infantaria da Aeronáutica não prevê em sua composição Morteiros Leves nem
Grupos de Apoio orgânicos do Pel Inf. O Grupamento de Apoio previsto para a InfAer é o
Pelotão de Apoio orgânico da Cia Inf, sendo dotado de morteiro médio e metralhadora pesada.
EVENTUALMENTE, EM FUNÇÃO DAS NECESSIDADES DA MISSÃO, PEÇAS DE
METRALHADORA LEVE PODERÃO COMPOR O PEL INF. O ajuntamento das peças
compõe uma Sec Mtr (ver cap 3 desta apostila).

COMPOSIÇÃO ARMAMENTO REPRESENTAÇÃO

Fz e PSt
1º ou 2º Ten Comandante

Fz e PSt
Tu 2º Sgt Adj

Cmdo Sd Radiop Fz

GC Capítulo 2 Fig 2-1


Tabela 03 -

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EEAR 44

4.2 Atribuições dos componentes

As atribuições dos componentes do Pelotão de Infantaria, entre outras, são as seguintes:


a. Tenente Comandante do Pelotão:
(1) Ser responsável pela disciplina, instrução, adestramento dos homens e ainda pelo
controle, emprego tático e manutenção do material de dotação distribuído ao seu pelotão.
(2) Realizar suas tarefas através de um planejamento detalhado, tomando decisões,
distribuindo missões e supervisionando a execução de suas ordens. Para tanto, é imperativo que
o Cmt Pel conheça bem os seus homens, suas armas e a melhor forma de empregá-los em
combate.
(3) Comandar a fração através do acionamento dos auxiliares (Sgt Adj e Cmt GC).
(4) Inteirar-se da situação em todos os momentos e estar presente em local de onde possa
intervir no combate.
(5) Manter informado o comando que lhe atribuiu a missão, prestando conta de suas
ações.
(6) Conduzir o tiro de artilharia na faixa do terreno em que atua, quando necessário.
(7) Sua atuação estará sempre baseada nas ordens que receber do escalão superior, na
intenção do seu comandante imediato, na concepção da manobra a executar e no seu estudo de
situação. Muitas vezes, não receberá ordens para todas as situações. Deverá, então, usar sua
iniciativa com discernimento, tendo sempre em mente o objetivo final que é o cumprimento da
missão que lhe foi confiada.
b. Sargento Adjunto do Pelotão:
(1) É o substituto eventual do Cmt Pel Inf.
(2) Coordenar a turma de comando.
(3) Organizar e controlar as atividades desenvolvidas no âmbito do Pel.
(4) Coordenar e executar o remuniciamento e o ressuprimento do Pel.
(5) Controlar a atuação das equipes responsáveis pela evacuação dos feridos para a
retaguarda.
c. Soldado Radioperador:
(1) Operar o rádio nas ligações do Pel Inf.
(2) Executar a manutenção de primeiro escalão do rádio.
(3) Atuar como construtor de linha ou telefonista, operando a central telefônica.
e. As atribuições dos componentes do grupo de combate estão especificadas no capítulo 2
desta Apostila.

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EEAR 45

4.3 Enunciar funções

a. Ao comando de "ENUNCIAR FUNÇÕES", O Pel Inf deverá atender, no que lhes for
aplicável, ao constante no parágrafo 2.4 desta Apostila.
b. Execução - Ao comando de: "PELOTÃO, ATENÇÃOI ENUNCIAR FUNÇÕES!", o
Sgt Adj e os comandantes de GC procederão à enunciação de funções nos seus respectivos
grupos e turma. Em seguida o Cmt Pel fará a verificação nomeando as frações na ordem desejada
"TURMA DE COMANDO!", ao que o Sgt Adj responderá: "TURMA DE COMANDO
PRONTA!" ou "TURMA DE COMANDO COM TAL ALTERACÃO!", e assim
sucessivamente para as outras frações.
c. A enunciação de funções na Turma de Comando é feita na seqüência Sgt Adj e Sd
Radioperador (Radiop).

4.4 Formações

a. Generalidades:
(1) A formação a ser adotada bem como as distâncias e intervalos entre os grupos são
conseqüência da situação e do terreno, além dos fatores citados no parágrafo 1-3, desta Apostila.
Consideram-se normais as distâncias e intervalos de 20 a 50 metros entre as frações.
(2) O adequado aproveitamento do terreno é mais importante do que a posição exata que
cada homem ou fração deva ocupar no dispositivo,
(3) Devem ser evitados, sempre que possível, as faixas ou locais onde o inimigo se
apresenta mais forte.
(4) O Cmt Pel deve colocar-se onde melhor possa controlar o seu pelotão, geralmente à
retaguarda do GC que está à frente.
(5) O Adj coloca-se onde melhor possa auxiliar o Cmt Pel no controle do pelotão,
geralmente junto ao GC que está à retaguarda.
(6) O Radioperador desloca-se próximo ao comandante do pelotão.
(7) Em princípio, qualquer que seja a formação, a frente do pelotão varia de 100 a 250m.
A profundidade varia em função da distância da Pç Mtr.
(8) Os elementos do Grupo de Comando nem sempre são representados nas figuras que
mostram as diferentes formações do Pel Inf, uma vez que ocupam posições variáveis, de acordo
com a situação.
(9) Formações utilizadas pelo Pel Inf:
(a) Em coluna (por um ou por dois).

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EEAR 46

(b) Por grupos sucessivos.


(c) Por grupos justapostos.
(d) Em linha.
(e) Em cunha.
(f) Em cunha invertida ou em "V".
(g) Em escalão (à direita ou à esquerda).
(10) As peças de metralhadora deverão estar em condições de atuar em qualquer parte do
dispositivo, em proveito do pelotão.
b. Formatura do Pelotão de Infantaria - Em todos os exercícios de maneabilidade o
Pel Inf apresentar-se-á, ao iniciá-los, na formação em coluna por três, mantendo 1 braço de
distância de intervalo entre homens e frações, com seus componentes distribuídos de acordo com
o indicado na figura 23.

3 1 2
1 braço

Figura 23 - FORMATURA DO PEL INF (COM AS PÇ DE MTR)

c. Em coluna (Fig 24):


A formação em coluna, no Pel Inf, admite duas variantes: em coluna por um e em coluna
por dois.
(1) Em coluna por um (Fig 24):
(a) Formação adotada para o movimento em terreno que restringe o emprego de uma
formação mais dispersa (trilhas, passagens estreitas, etc.) ou em situações de visibilidade
reduzida (escuridão, nevoeiro, etc.).
(b) Apresenta como vantagens o controle e a boa velocidade de progressão.
(c) Como desvantagem, proporciona pouca dispersão e limitado poder de fogo à frente.
(d) Os grupos adotarão, obrigatoriamente, a formação em coluna.

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EEAR 47

(e) As distâncias entre os homens são de 5 passos e de 5 metros entre os grupos. Porém,
elas podem ser reduzidas em função da limitação da visibilidade.
(f) É comum o emprego desta formação no ataque noturno, desde as posições de ataque
até os pontos de liberação dos GC, bem como durante os deslocamentos nas faixas de infiltração.
(g) A posição das peças do Gp Ap dependem do estudo do terreno e da missão do Pel.

5 metros

Figura 24 - PEL EM COLUNA POR UM (COM AS PÇ MTR)

(2) Em coluna por dois:


(a) Utilizado em deslocamentos por estrada ou na marcha de aproximação.
(b) Todas as frações do Pel deslocam-se em coluna por dois, aproveitando ambas as
margens da entrada. Os GC marcham com uma esquadra ao lado da outra.
(c) Do GC Base, dois esclarecedores são lançados à frente, cerca de 20 passos, e a
distância entre os homens e entre as esquadras é de 10 passos, no mínimo.
(c) A posição do Cmt Pel, dos Cmt GC e das peças de Mtr, bem como a distância entre
frações dependem da posição do Pel no dispositivo da Cia.
(d) Esta formação também poderá ser empregada nas mesmas condições previstas para a
coluna por um quando as restrições não forem tão grandes.
(e) É uma formação bastante flexível, facilitando a passagem rápida para outras
formações. Permite razoável emprego de fogos nos flancos.
(f) As Pç Mtr deslocam-se junto aos GC que estão à retaguarda e em condições de entrar
rapidamente em posição.

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EEAR 48

d. Por grupos sucessivos (Fig 25):


(1) Formação adequada quando o Pel busca o contato com o inimigo ou quando está na
reserva, seguindo o escalão de ataque.
(2) Uma de suas principais características é a possibilidade de ação imediata nos flancos.
Oferece limitada potência de fogo à frente.
(3) Os grupos podem adotar qualquer formação e a distância entre as frações do pelotão
deve ser de, no mínimo, 20 m, podendo chegar a 50 m, se o Pel estiver sendo batido por fogos de
Art ou Mrt inimigos.
(4) O posicionamento das Pç Mtr é decorrente do estudo do terreno. No caso das Mtr,
podem ocupar posições de comandamento à retaguarda do Pel Inf ou seguir junto aos GC.

2 20 a 50 metros

O posicionamento
das Pç Mtr varia em
função do terreno e
do estudo de
3 situação do Cmt
Pel
Figura 25 - O PEL INF POR GRUPOS SUCESSIVOS (COM AS PÇ MTR)

e. Formação por grupos justapostos (Fig 26):


(1) Formação adotada após o inimigo ser localizado ou quando a frente atribuída ao
pelotão exige o posicionamento dos três GC em primeiro escalão
(2) Deve ser adotada quando da transposição rápida de zonas expostas ou batidas por
fogos.
(3) As Pç Mtr ocupam posições que permitam apoiar em boas condições a manobra do
Pel, podendo permanecer à retaguarda ou se deslocar na esteira do Pel, cerca de 200 a 300 m à
retaguarda do Pel.
DIVISÃO DE ENSINO SSDM
EEAR 49

(4) Dificulta o controle e oferece máxima potência de fogo à frente.


(5) Os intervalos entre as frações variam de 20 a 50 metros.

20 a 50 metros
50 a 200 metros
O posicionamento
das Pç Mtr variam
em função do terreno
e do estudo de
situação do Cmt Pel.

Figura 26 - O PEL INF POR GC JUSTAPOSTOS (COM AS PÇ MTR)

f. Em linha (Fig 27):


(1) Formação mais adequada para o assalto, limpeza de áreas e transposição de regiões
que estejam expostas à observação ou batidas por fogos.
(2) As frações devem adotar, obrigatoriamente, a formação em linha.
(3) As distâncias e intervalos entre as frações são de 10 metros.
(4) Proporciona máxima potência de fogo à frente.
(5) O controle é muito difícil nesta formação, exigindo enérgica ação dos Cmt Gp e Pel.
(6) As Pç Mtr devem estar posicionadas à retaguarda, cerca de 200 a 300 metros
apoiando as ações do Pel.
(7) Na ultrapassagem de áreas abertas à observação, as Pç Mtr seguem junto ao Pel. No
caso do assalto, já estarão em posição e prontas para atender aos pedidos de fogo.

3 1 2

10 metros
20 a 50 metros

As Pç Mtr poderão se
deslocar alinhadas ao
Pel ou entrar em
posição à retaguarda.

Figura 27 - O PEL INF EM LINHA (COM AS PÇ MTR)

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 50

g. Em cunha (Fig 28):


(1) Formação utilizada quando a localização do inimigo não está definida e se deseja
dispersão. Permite ao Cmt Pel estabelecer contato com o inimigo através de um GC, mantendo
os outros dois livres para manobrar. Mesmo que o pelotão sofra uma ação inimiga sobre um de
seus flancos, ainda restará pelo menos um GC para manobrar.
(2) Utilizada também quando o Pel tem ambos os flancos expostos.
(3) Facilita o controle e proporciona boa flexibilidade e segurança em todas as direções.
(4) Esta formação possui dois GC à retaguarda que poderão, manobrar, ultrapassar ou
seguir o GC ponta.
(5) As frações podem adotar qualquer formação.
(6) As distâncias e intervalos entre as frações variam de 20 a 50 metros.
(7) As Pç Mtr acompanham os GC das extremidades, cerca de 100 a 200 m à retaguarda
destes grupos.

20 a 50
metros
40 a 100 metros
3 2

As Pç Mtr poderão
se deslocar ao lado
dos GC de trás ou
entrar em posição à
retaguarda.

Figura 28 - O PEL INF EM CUNHA (COM AS PÇ MTR)

h. Em cunha invertida ou formação em “V”(Fig 29):


(1). Formação utilizada quando o Pel está no 1º escalão do ataque e o inimigo está à
frente e com a localização determinada. Se houver ação inimiga sobre um dos flancos do pelotão,
o seu comandante ainda disporá de dois GC para manobrar
(2). Trata-se de uma formação de difícil controle que não favorece a rapidez do
movimento à frente
(3) Proporciona bom controle, segurança em todas as direções, potência de fogo à frente e
boa flexibilidade.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 51

(4) As frações podem adotar qualquer uma das formações.


(5) As distâncias entre as frações variam de 20 a 50 metros e o intervalo de 40 a 100
metros.
(6) As Pç Mtr ocupam posições 200 a 300 metros à retaguarda que permitam apoiar a
manobra do Pel.

3 40 a 100 metros 2

20 a 50 metros

As Pç Mtr se deslocarão
200 a 300 m à retaguarda
do Pel ou entrarão em
posição no terreno.

Figura 29 - O PEL INF EM CUNHA INVERTIDA (COM AS PÇ MTR)

i. Em escalão (Fig 30 e 31):


(1) Pode ser desdobrado em escalão à direita (Fig 4-9) ou em escalão à esquerda (Fig 4-
10).
(2) Esta formação é utilizada para proteger um flanco exposto.
(3) Dificulta o controle, deixando o movimento lento.
(4) Proporciona boa potência de fogo à frente e no flanco para o qual está escalonado,
permitindo boa flexibilidade.
(5) As frações poderão adotar qualquer uma de suas formações.
(6) As distâncias e intervalos entre as frações variam de 20 a 50 metros.
(7) As Pç Mtr seguem no intervalo entre os GC.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 52

As Pç Mtr estarão
3
em condições de
entrar rapidamente
em posição quando
necessário
20 a 50 metros 1

Figura 30 - O PEL INF EM ESCALÃO À DIREITA (COM AS PÇ MTR)

As Pç Mtr estarão
3
em condições de
entrar rapidamente
em posição quando
necessário

1 20 a 50 metros

Figura 31 - O PEL INF EM ESCALÃO À ESQUERDA (COM AS PÇ MTR)

4.5 Mudanças de frente e de formação

a. Generalidades:
(1) Para mudar de formação, o Pel Inf não deve fazer alto. O GC base prossegue o
movimento normalmente, e os grupos que mudarão de posição realizarão este movimento o mais
rápido possível.
(2) As Pç Mtr devem se deslocar próximo ao GC que ajuda a transportar sua dotação de
munição. No comando deve ser enunciada a posição das Pç Mtr da seguinte maneira: “PEÇAS
DE METRALHADORA JUNTO AOS GC!”, “PEÇAS DE METRALHADORA 200 METROS
À RETAGUARDA DO TAL GC E TAL GC!”, “1ª PEÇA DE METRALHADORA EM
DIVISÃO DE ENSINO SSDM
EEAR 53

POSIÇÃO NA REGIÃO ‘A’ E “2ª PEÇA DE METRALHADORA EM POSIÇÃO NA


REGIÃO ‘B’!”.
(3) Se as Pç Mtr permanecerem à retaguarda, enquadradas em uma fração provisória, esta
parte do comando será omitida.
(4) Durante o adestramento, o memento apresentado a seguir deverá ser seguido. No
entanto, só deverão fazer parte do comando os itens que serão mudados ou que forem
indispensáveis. Uma tropa adestrada pode usar comandos informais quando estiver em
operações.
b. Memento para o comando - O comando para as mudanças de frente ou de formação
deve conter os seguintes itens:
(1) Advertência
(2) Base
(3) Frente (ou direção)
(4) Posição de um dos GC
(5) Posição das peças de metralhadora
(6) Formação
(7) Distâncias e intervalos (apenas quando diferentes dos normais)
(8) Execução
c. Exemplo de comando para mudança de frente e de formação
- PELOTÃO, ATENÇÃO!
- BASE 2º GC A DIREITA!
- FRENTE PARA ÁRVORE ISOLADA!
- 1º GC A ESQUERDA!
- 1ª PEÇA DE METRALHADORA EM POSIÇÃO JUNTO À MACEGA!
- 2ª PEÇA DE METRALHADORA EM POSIÇÃO NA ORLA DA MATA!
- EM CUNHA!
- MARCHE!

4.6 Deslocamentos

Nos deslocamentos, o Pel Inf deverá atender, no que lhe for aplicável, ao que foi previsto
no parágrafo 2-7, desta Apostila.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 54

4.7 Altos

Nos altos, o Pel Inf deverá atender, no que lhe for aplicável. ao que foi previsto no
parágrafo 2.8, desta Apostila.

4.8 Observação e controle

a. Com relação à observação e ao controle, deverá ser observado pelos GC o prescrito no


parágrafo 2.9, desta Apostila.
b. Os Cmt GC observam e controlam as respectivas frações, mantendo ligação visual
com o Cmt Pel

4.9 Técnicas de progressão

a. Generalidades:
(1) No combate, o pelotão progride combinando o fogo e o movimento. No entanto, gasta
mais tempo se deslocando do que atirando. Em consequência, o comandante deve preocupar-se
com os deslocamentos do seu pelotão, de modo a conservar, ao máximo, a integridade física de
seus homens.
(2) As técnicas de progressão resultam da combinação dos seguintes fatores:
- Possibilidades de atuação do inimigo;
- Velocidade de progressão;
- Formação adotada;
- Processo de progressão.
(3) Em função desses fatores, o pelotão poderá adotar uma das seguintes técnicas de
progressão:
- Progressão contínua;
- Progressão protegida;
- Por lanços de grupo.
b. Progressão contínua:
(1) Quando é pequena a possibilidade de o inimigo atuar sobre a tropa que progride, ela
deve adotar uma formação de combate e uma velocidade de progressão que lhe permitam um
deslocamento rápido e seguro.
(2) Nessa situação o pelotão poderá deslocar-se por estradas, em coluna por dois, mesmo
que seja o escalão de reconhecimento de uma vanguarda, procurando manter a velocidade de
marcha prescrita pelo comandante de companhia.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 55

(3) Quando o pelotão tiver de abandonar a estrada, não pela ação do inimigo mas pela
necessidade de manter uma direção, é normal que o GC Ponta adote a formação por esquadras
sucessivas, distanciadas entre si cerca de 2 passos. O restante do Pel pode continuar em coluna
por dois, com uma distância de 5 passos, no mínimo, entre as suas frações e entre os homens.
(4) As Pç Mtr ocupam posições que melhor apóiem o Pel.
(5) A distância do GC Ponta do Esc Rec vai depender, também, da existência e do valor
das forças de segurança que possam estar atuando à frente do pelotão.
c. Progressão protegida:
(1) O incremento da segurança poderá ser uma consequência das informações disponíveis
sobre o terreno e o inimigo, e será desencadeado de acordo com a situação vivida.
(2) Considerando a necessidade de aumentar a segurança, o Cmt Pel adotará as seguintes
providências:
(a) Informará o Cmt Cia;
(b) Determinará ao Cmt GC Ponta que, sem necessidade de diminuir a velocidade de
progressão, adote uma formação que proporcione maior segurança à frente.
(3) O Cmt GC Ponta, assim que for informado, em principio, deve adotar a formação "por
esquadras sucessivas", ficando uma em condições de apoiar a outra, distanciadas entre si, agora,
cerca de 50 passos.
(4) O Cmt Pel determinará a formação e as distâncias a serem observadas pelas frações
do escalão de reconhecimento.
(5) Os GC podem continuar em coluna por dois, com a distância entre os homens
aumentada para 10 passos, ou por esquadras sucessivas, com a distância de 20 passos entre elas.
(6) A distância que deve ficar o GC Ponta vai depender do terreno e das condições de
visibilidade. Se for necessário, o Cmt Pel destacará homens de ligação entre ele e o ponta.
(7) O Cmt Pel deve manter contato visual com o GC Ponta. A testa do escalão de
reconhecimento deve permanecer longe o suficiente para não ser atingida por fogos inimigos que
sejam dirigidos contra a ponta, além de poder contar com espaço para manobrar.
(8) Desta forma, sem diminuir a velocidade de progressão, o restante do Pel ficará em
condições de apoiar a ponta rapidamente.
(9) As Pç Mtr ocupam as posições que melhor apóiem a manobra do Pel.
d. Progressão por lanços de grupos (Fig 32):
(1) Quando o GC Ponta tiver que progredir por lanços de esquadra para reconhecer locais
suspeitos ou posições inimigas, empregará a progressão por lanços de grupos, também chamada
de “Marcha do Papagaio”.

DIVISÃO DE ENSINO SSDM


EEAR 56

(2) Essa técnica é usada quando o contato com o inimigo é esperado a qualquer momento,
porém a localização exata ainda não foi determinada. Só o reconhecimento confirmará se o
inimigo está no local suspeito.
(3) Também é usada quando o contato inicial já foi estabelecido mas é preciso definir
melhor o valor e a posição do inimigo.
(4) O Pel avançará alternando os grupos que se lançam contra as possíveis posições do
inimigo.
(5) O grupo que progride executa o lanço como se estivesse sob as vistas e fogos do
inimigo.
(6) Durante esta progressão, as Pç Mtr devem estar posicionadas e em condições de
prestar apoio de fogo imediato aos GC.
(7) O GC que está à frente apóia o lanço do GC que vem da retaguarda até que este o
ultrapasse cerca de 50 a 100 m à frente, dependendo do terreno e da visibilidade.
(8) O GC que avançou reconhece a posição atingida e apóia o GC que está mais à
retaguarda, até ser ultrapassado, e assim sucessivamente.
(9) O Cmt Pel ao transmitir suas ordens deve verificar o seguinte:
(a) Todos os comandantes de GC sabem:
- onde está ou onde poderá estar o inimigo;
- como o Cmt Pel pretende reconhecer a posição inimiga ou o local suspeito;
- a localização do comandante do pelotão durante a operação;
(b) O comandante do GC que apóia e os Ch Pç Mtr devem saber:
- a localização do grupo a ser apoiado;
- o destino e direção da atuação do grupo apoiado;
- o seu provável emprego, mediante ordem, após o grupo apoiado atingir o objetivo;
(c) O comandante do GC apoiado deve saber:
- a localização do GC que apóia;
- para onde vai (destino ou objetivo);
- por onde vai (itinerário ou direção);
- como vai (técnica de progressão a utilizar, se necessário);
- o que vai fazer (reconhecer e, depois, ficar em condições de apoiar o lanço de outro
GC);
- como receberá novas ordens;
- quando vai (normalmente, mediante ordem);

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EEAR 57

(d) O comandante do GC que estiver mais à retaguarda deve saber:


- a localização do grupo que apóia e das Pç Mtr;
- o destino ou objetivo do grupo apoiado; .
- o seu provável emprego, mediante ordem, após o grupo apoiado atingir seu objetivo,
- o que fará enquanto não for empregado.

Quando o 2ºGC atingir


seu objetivo, passará a
realizar base de fogos
para o 1º GC que então
progredirá.
Futuro lanço do 1º
GC.

2ºGC em progressão
1º GC em base
de fogos

O 3º GC se
deslocará quando o
1º GC iniciar a
progressão

3º GC em
reserva.

As Pç Mtr apoiam toda a


manobra do Pel. Efetuarão as
mudanças de posição quando o
LEGENDA: Ch Pç ou Cmt Sec Mtr
julgarem conveniente, ou
Posição inicial: mediante ordem do Cmt Pel

Ações futuras:

Figura 32 - O PEL INF EM PROGRESSÃO POR LANÇOS DE GRUPOS (COM PÇ MTR)

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EEAR 58

CONTÍNUA PROTEGIDA POR LANÇOS


Ação do Inimigo Remota Pouco Provável Iminente
Preponderância
Velocidade Equivalente Segurança
Segurança x Velocidade
Grupos
GC Ponta: sucessivos, em
esquadras cunha ou na
Formação do Pel Coluna por dois sucessivas marcha do
papagaio
Restante Pel:
coluna por dois
Distância entre os GC 5 Passos 20 passos 50 a 100 m
Junto aos GC Junto aos GC Desdobradas no
Pç Gp Ap
da retaguarda da retaguarda terreno

Esclarecedores Lançados em todas as fases


Tabela 04

4.10 Movimento sob as vistas e fogos do inimigo

a. Generalidades:
(1) Nos movimentos sob as vistas e fogos do inimigo, o Pel Inf deverá atender, no que lhe
for aplicável, ao previsto no parágrafo 2.11 desta Apostila.
(2) Quando o Pel estiver sob vistas e fogos e fogos do inimigo, as Pç Mtr devem se
desdobrar no terreno e permanecer prontas para realizar o fogo solicitado. Neste caso, a
iniciativa e rapidez de raciocínio do Cmt Sec Mtr e ou Ch Pç será fundamental, pois não haverá
tempo para se detalhar as ordens. O conhecimento da missão do Pel e sua finalidade, aliado ao
discernimento para selecionar alvos e executar fogos, mesmo sem ordem clara do Cmt Pel, é que
definirão o sucesso do Pel.
(3) No caso de o Pel ser atacado e as Pç se encontrarem junto à fração, os Ch Pç devem
responder ao fogo inimigo e buscar posições que melhor permitam apoiar a manobra do Pel.
b. Comandos para progressão
(1) Todo o pelotão - O Cmt Pel emitirá o seguinte comando para que todo o pelotão
execute um lanço:
- PELOTÃO, ATENÇÃO! PREPARAR PARA PARTIR!
- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- TODO O PELOTÃO!
- MARCHE-MARCHE!
A este comando, todos os componentes do pelotão executam o lanço.

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EEAR 59

(2) Grupo a grupo - Para que o pelotão execute um lanço por grupo, o Cmt Pel emitirá o
seguinte comando:
- PELOTÃO,ATENÇÃO!
- POR GRUPOS!
- 1º GC ATÉ TAL PONTO! 2º GC ... !, 3º GC ... !
- MARCHE-MARCHEI
Os grupos, na ordem enunciada pelo Cmt Pel, deslocar-se-ão ao comando de seus
respectivos comandantes e chefe de peça:
- GRUPO, ATENÇÃO! PREPARAR PARA PARTIR!
- ATÉ TAL PONTO!
- TODO O GRUPO!
- MARCHE-MARCHE!
As Pç Mtr e a Tu Cmdo prosseguem, por iniciativa, na esteira dos grupos de combate.
(3) Homem a homem - Para que o pelotão execute um lanço homem a homem, o Cmt
Pel emitirá o seguinte comando:
- PELOTÃO,ATENÇÃO!
- HOMEM A HOMEM!
- 1º GC ATÉ TAL PONTO! 2º GC......! 3º GC.........!
- MARCHE-MARCHE!
A este comando, os Cmt GC procederão como foi previsto na letra b do parágrafo 2-11
desta Apostila.
As Pç Mtr e a Tu Cmdo prosseguem, por iniciativa, na esteira dos grupos de combate.
(4) Nos movimentos sob as vistas e fogos do inimigo, o Cmt Pel e o Adj deslocam-se
quando e onde julgarem mais conveniente. O Cmt Seç Mtr se deslocará onde melhor possa
coordenar e controlar os trabalhos de suas Pç. O Radiop segue o Cmt Pel.
c. Manobra do Pel
(1) Ao se deparar com uma posição inimiga, o Pel deverá manobrar para encontrar as
melhores condições para desencadear o assalto. Pode se deparar, também, com situações
imprevistas, tais como contato fortuito com inimigo, campo de minas, armadilhas, entre outros.
Para cumprir sua missão, o Cmt Pel Inf deve ser capaz de manobrar seu pelotão.
(2) A manobra a ser empregada em cada caso é decorrência do rápido estudo de situação,
considerando o terreno, ação e efetivo provável do inimigo, e missão do Pel.
(3) Existem dois tipos básicos de manobra para os quais o Pel Inf deve estar adestrado e
apto a realizar em qualquer situação:

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EEAR 60

(a) Manobra de Flanco (Fig 33):


((1)) Neste tipo de manobra, o Cmt Pel empregará a massa de sua fração sobre um dos
flancos do inimigo.
((2)) Um GC, ou apenas as Pç de Mtr, ou ambos, fixam o inimigo pelo fogo enquanto os
demais se deslocam para agir em seu flanco. Deve ser coordenado o momento em que cessará
fogo a fim de evitar o fratricídio.
((3)) Não se deve agir simultaneamente sobre os dois flancos do inimigo, pois a
coordenação é extremamente difícil, aumentando o risco de fratricídio.
(b) Manobra Frontal (Fig 34):
((1)) Este tipo de manobra deve ser evitado ou então ser empregado somente quando o
inimigo for muito fraco, ou o terreno permitir.
((2)) O Pel progredirá por lanços, utilizando criteriosamente o terreno e fazendo máximo
emprego do fogo e movimento, até que tenha condições de eliminar a resistência inimiga.
((3)) Apresenta como desvantagens o alto consumo de munição e possibilidade de grande
número de baixas.
((4)) As Pç Mtr devem estar muito bem posicionadas porque o apoio de fogo da arma de
tiro tenso é fundamental neste tipo de manobra.

INIMIG
O

Pel Inf (-) em


manobra pelo
flanco

Um GC e Pç
Mtr em base
de fogos

Figura 33 - O PEL INF EM MANOBRA DE FLANCO (COM PÇ MTR)

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EEAR 61

INIMIGO

O Pel realiza a
progressão
por lanços até
conquistar a
posição

Pç Mtr em posição

Figura 34 - O PEL INF EM MANOBRA FRONTAL (COM PÇ MTR)

4.11 Entrada em posição

a. O pelotão poderá entrar em posição mediante ordem ou por interferência do inimigo.


Em qualquer dos casos, o comando deverá conter os seguintes itens:
(1) Advertência
(2) Locais dos grupos e zona de posição dos Fuzis Metrlhadores (se possível)
(3) Local das Pç Mtr
(4) Direção geral dos fogos
(5) Execução
b. A conduta dos grupos de combate está prevista no parágrafo 2-12, desta Apostila.
c. O Cmt Pel ocupará a posição que melhor permita o controle de seu Pel.

4.12 Mecanismo para a execução dos fogos

a. Para ser eficaz, o fogo do pelotão deve ser conduzido de maneira correta. A conduta do
tiro depende da habilidade do Cmt Pel para deslocar seu pelotão, fazer com que ele abra fogo,
transporte-o e cesse fogo.
b. O pelotão poderá executar seus fogos utilizando simultaneamente os grupos de
combate e as Pç Mtr, alternando-os ou estabelecendo outra combinação.

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EEAR 62

c. A distribuição dos fogos do pelotão é a correta divisão dos fogos das Pç Mtr e dos
grupos de combate. Portanto, a designação de um objetivo para o pelotão consta da designação
dos objetivos ou partes do objetivo para cada uma destas frações.
d. O comando para execução dos fogos deve conter os seguintes itens:
(1) Advertência
(2) Direção
(3) Distância
(4) Natureza do alvo
(5) Condições de execução
e. Exemplo de um comando de tiro - O Cmt Pel quer que todo o pelotão fique em
condições de atirar, mas que apenas o 1º GC atire; neste caso, o comando seria como se segue:
- PELOTÃO, ATENÇÃO!
- ONZE HORAS!
- TRÊS - ZERO - ZERO!
- TROPA EM LINHA!
- 1º GC, UM CARREGADOR!

4.13 Considerações finais

a. Um Pel Inf poderá cumprir diversas missões específicas de segurança e defesa em


áreas de interesse do COMAER. Destacamos, em especial, o sistema organizado para defesa de
um ponto sensível denominado Posto de Segurança Estático (Vide Cap 5).
b. O adestramento é essencial para o desenvolvimento tático e combativo do Pel Inf. O
Cmt do Pel Inf e os Cmt das frações subordinadas devem buscar o aperfeiçoamento constante de
seus homens por meio de treinamentos práticos (Vide anexo A).

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EEAR 63

5 POSTO DE SEGURANÇA ESTÁTICA

5.1 Ponto sensível (PS)

Qualquer ponto cuja destruição ou neutralização pode afetar negativamente, de modo


significativo, as operações militares, o moral da população ou afetar o esforço de guerra da
nação.

5.1.1 TIPOS DE PONTOS SENSÍVEIS

O ponto sensível poderá estar situado em área urbana ou área rural. Esta situação deverá
ser levada em consideração no planejamento de sua defesa. Abaixo alguns exemplos de Ponto
Sensível:
- instalações militares e governamentais;
- serviço de água (postos de captação, hidráulicas, reservatórios);
- combustíveis (refinarias, pólos petroquímicos, gasômetros);
- sistemas de comunicações (antenas, telégrafos, telefônicas);
- meios de auxílio a navegação aérea (estações radar, DTCEA, etc);
- hospitais e similares ;
- transportes (estações, aeroportos, pistas de pouso, pontes e viadutos importantes);
- indústrias de interesse de segurança nacional.

5.2 Posto de segurança estática (PSE)

É todo sistema organizado para defender um Ponto Sensível.

5.2.1 Planejamento

a. Seqüência das ações:


1.recebimento da missão;
2.estudo de situação;
3.montar duas ou mais linhas de ação;
4.comparar e decidir por uma das linhas de ação levantadas;
5.complementar detalhadamente o planejamento, fazendo as adaptações necessárias;
6.transmitir a ordem ordem de operações;
7.efetivar a inspeção inicial;
8.ensaiar as ações previstas e testar o material a ser utilizado;

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EEAR 64

9.executar a inspeção final;


10.deslocar-se para o PS;
11.ocupar o PS e adotar as medidas para sua defesa, mantendo ou restabelecendo o seu
funcionamento normal no mais curto prazo possível;
12.testar o funcionamento da defesa do PS e a ação imediata dos grupos, simulando a
ação do inimigo e acionando o alarme;
13.desativar o pse, mediante ordem, retornando ao quartel ou base de combate.

b. Estudo de Situação:
1.Analisar sumariamente a missão, considerando:
- seu funcionamento;
- sua finalidade;
- as ações a realizar;
- a seqüência das ações; e
- as condições de execução.

2.Analisar as características do PS, por meio de:


- plantas;
- cartas;
- croquis;
- fotografias; etc.
3.Analisar a situação do inimigo, em ligação com o A2.
4.Ligar-se com elementos responsáveis ou funcionários que trabalham no PS, realizando
um reconhecimento completo do mesmo.
5.Planejar a utilização do tempo.
6.Prosseguir o estudo de situação, tendo por objetivo a elaboração de linhas de ação que
serão tão mais detalhadas quanto maior for a importância do PS e o tempo disponível para o
planejamento.
c. Aspectos a serem levantados no estudo de situação:
1.a possibilidade de se reconhecer, detalhadamente, o PS;
2.tipo, importância, finalidade e características gerais do PS (área, localização e distância
do quartel);
3.levantamento do pessoal, equipamento e armamento necessários;
4.levantamento do material necessário e equipamento especial;

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EEAR 65

5.meio de transporte mais adequado, disponível;


6.itinerário de ida e volta;
7.itinerário(s) alternativo(s);
8.pontos críticos ao longo do itinerário;
9.ação em caso de emboscada;
10.previsão do uso de aeronave;
11.vias de acesso ao ponto;
12.locais adequados para colocação de obstáculos;
13.previsão de escalonamento de obstáculos em profundidade;
14.previsão de agravamento de obstáculos;
15.local de estacionamento de viatura, se for o caso;
16.divisão dos grupos e dispositivo a ser adotado;
17.localização e emprego da força de choque;
18.pontos com comandamento sobre o ponto ou região;
19.previsão de defesa dos pontos mais altos (caçadores,etc.);
20.previsão do emprego das comunicações e ligações com os escalões superior e
subordinado (emprego do COMM PLAN);
21.estabelecimento do sistema de alarme;
22.estabelecimento de uma única entrada e saída do PS;
23.controle de entrada, saída e revista dos funcionários (SFC);
24.prisão, interrogatório sumário e maneira de evacuação de elementos suspeito;
25.combate a incêndio;
26.necessidade de especialistas para manter o funcionamento do ponto;
27.apoio de saúde, evacuação de mortos e feridos;
28.necessidade de suprimento (água, alimentos, combustíveis, lubrificantes, armamento,
munição e materiais de destruição);
29.necessidade de ressuprimento;
30.previsão da passagem da noite, com ênfase nas medidas de segurança;
31.descanso da tropa;
32.variação das medidas de segurança.

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EEAR 66

5.2.2 Preparação e ocupação

a.Organização da tropa
Após a realização do estudo de situação, o efetivo disponível para a instalação do PSE
será dividido em grupos com missões previamente definidas e efetivos estabelecidos de acordo
com as características do PS. a tropa será dividida nos seguintes grupos:
1.Grupo de comando
- é constituído pelo adjunto, rádio operador, mensageiro, guias e especialistas
( dependendo do tipo de PS).
2.Grupo sentinela
- vasculhar minuciosamente todas as instalações do PS, se possível acompanhado por um
técnico;
- estabelecer a defesa circular aproximada e postos de controle e circulação;
- estabelecer barreiras e outras medidas de proteção aproximada.
3.Grupo patrulha
- estabelecer a defesa circular afastada, principalmente em pontos dominantes que
circundem o local;
- lançar patrulhas a pé ou motorizadas que circularão, permanentemente, nas áreas
próximas ao ponto;
- estabelecer postos de bloqueio e controle de viaturas e pessoal nas vias de acesso ao PS;
- aprisionar elementos suspeitos nas proximidades do PS;
- instalar obstáculos nas proximidades do PS;
- limpar os campos de tiro e obstáculos de acordo com as necessidades do
grupo sentinela;
- supervisionar o controle de “áreas proibidas”.
4.Grupo choque
- reforçar o controle de algum ponto crítico ou vulnerável no interior do PS, mediante
ordem;
- reforçar a defesa do perímetro do PS, mediante ordem;
- reforçar o grupo patrulha, mediante ordem;
- constituir-se numa força de reação, em condições de deslocar-se rapidamente para
qualquer setor, ou mesmo em perseguição ao inimigo que tentar evadir-se após atentar contra o
PS.

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EEAR 67

b.Deslocamento para o PS
1.Com base no planejamento, onde foram levantados:
- itinerários de ida, volta e alternativos;
- pontos críticos ao longo dos itinerários;
- meio de transporte mais adequado disponível.
2.O comandante deverá:
- determinar medidas de segurança;
- determinar medidas para manutenção do sigilo.
3.Lembrar-se:
- condutas contra emboscadas;
- NPA do posto;
- plano de embarque;
- plano de carregamento;
- preparar as viaturas.
4.Reconhecer:
- obstáculos e área s perigosas;
- cruzamentos e bifurcações;
- vigiar 360 graus durante o deslocamento.

c.Ocupação e Defesa
É a operação militar que visa a ocupação do ponto sensível, sua proteção e a manutenção
de sua integridade, de modo que seu funcionamento não sofra nenhuma solução de continuidade
(interrupção no funcionamento).
d.Ações no ponto sensível
1.Ao chegar no PS, o comandante deverá:
- determinar que a tropa faça um alto-guardado no local mais adequado, a comando do
Adj Pel;
- reconhecer o PS acompanhado dos cmt grupos;
- determinar a ocupação do PS, ratificando ou retificando o planejamento inicial, devendo
os grupos ocuparem suas posições na seguinte ordem: 1- Grupo Choque; 2- Grupo Sentinela e 3-
Grupo Patrulha.
2.Medidas a serem adotadas após a ocupação do PS:
- reajustar, se for o caso, o esquema de defesa do PS;

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EEAR 68

- adotar medidas de controle do pessoal civil/militar que trabalhar no PS (cartão de


identificação, relação de funcionários, etc..), devendo, para isto, instalar um posto de controle no
único local de entrada e saída;
- prescrever um sistema de patrulhamento;
- empregar obstáculos e fortificações nos locais críticos e vias de acesso ao OS;
- definir o emprego do grupo choque nos locais críticos ou vulneráveis;
- estabelecer um eficiente sistema de alarme, que deverá ser do conhecimento de todos os
integrantes do posto, bem como as ações decorrentes do seu acionamento (latas, cordões, fios,
tiros, artifícios pirotécnicos, etc..);
- verificar a conveniência de minar ou armadilhar os itinerários desenfiados que dêem
acesso ao PSE;
- verificar as medidas de segurança;
- executar a limpeza das áreas que favorecem a execução de fogos a curta distância sobre
o PSE;
- acionar o sistema de alarme, com a finalidade de treinar os grupos e deixa-los sempre
em condições de emprego;
- simular incidentes nos diversos pontos vulneráveis ou críticos;
- prescrever modificações frequentes dos itinerários de patrulhas e de sentinelas,
localização de postos fixos, horários de mudança de guarda e utilização de senha e contra-senha
diárias, de modo a dificultar ao inimigo a obtenção de informações sobre o dispositivo e ações no
PSE;
- providências de ordem administrativa: alimentação, repouso dos homens, medidas de
higiene e previsão de passagem da noite.
3.Ligações e Comunicações:
- deverá ser mantida ligação constante entre o ps e a om ou base de combate;
- o cmt do posto de segurança estático deverá estar em constante ligação com os cmt
grupos;
- o uso do mensageiro é recomendado;
- para as ligações poderão ser utilizados os meios rádio, inicialmente, até o lançamento do
sistema-fio.

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EEAR 69

e.Material, Armamento e Equipamento


Todo armamento, equipamento, material e viatura disponível e considerado necessário,
deverão ser utilizados.Exemplos de material, armamento e equipamento que poderão ser
utilizados:
- material para identificação e controle de pessoal que trabalhar no PS;
- material para confecção de sistema de alarme;
- cordas;
- material de saúde;
- material de comunicações;
- ferramenta de sapa;
- equipamento de combate a incêndio;
- conjunto gerador de eletricidade;
- coletes balísticos;
- máscara contra gases;
- lança-chamas;
- binóculos;
- material para iluminação (liquinhos, lanternas, etc..);
- algemas;
- granadas de mão químicas;
- material de destruição;
- cavalos de friza;
- sacos de areia;
- canhão sem recuo;
- fuzil com luneta;
- metralhadora leve e pesada.

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EEAR 70

CONCLUSÃO

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EEAR 71

REFERÊNCIAS

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EEAR 72

ANEXO A

SUGESTÃO DE PISTA DE MANEABILIDADE DE PELOTÃO DE INFANTARIA

1 Generalidades

a. O Pel Inf deve estar permanentemente adestrado na perfeita utilização do terreno.


b. Nem sempre a unidade contará com um campo de instrução que possibilite a prática
constante da maneabilidade de suas frações de infantaria. Para superar esta dificuldade, pode ser
montado um circuito em que a cada passagem o Pel Inf enfrente uma situação nova, passando
por todas as fases da maneabilidade.

2 Situação geral

O Pel Inf deverá realizar um deslocamento e se deparar com os seguintes incidentes:


- Progressão contínua até ultrapassar um posto de vigia amigo, utilizando a formação
adequada.
- Iniciar a progressão protegida, adotando a formação correta para o deslocamento.
Especial atenção deve ser dada ao trabalho dos esclarecedores, homens de ligação, comunicação
por gestos e sinais, e deslocamento das Pç Mtr. Nesta fase será realizada a ultrapassagem de um
ponto crítico (cerca, ribeirão, estrada, etc.).
- Durante a progressão o Pel receberá fogos de flanco. O Cmt Pel determinará a entrada
em posição e conduzirá o fogo do Pel, designando alvos para os GC realizarem o tiro de fração.
- Após retomar o movimento, executará a progressão por lanços, variando a formação,
partindo por grupos sucessivos, mudando para grupos justapostos, até identificar o inimigo,
quando adotará a formação em cunha invertida.
- As Pç Mtr utilizarão o terreno da melhor forma para prover o apoio ao Pel Inf durante o
ataque.
- O Pel Inf assaltará a posição inimiga e iniciará os trabalhos de consolidação e
reorganização.

3 Observações

- As distâncias variam em função do terreno e do tempo disponível para o exercício.


- É conveniente que haja um árbitro acompanhando o pelotão.
- As ações devem ser repetidas até que sejam feitas com o máximo de acerto.

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EEAR 73

- Inicialmente o percurso será realizado apenas com o amamento individual. Nas


passagens seguintes, é conveniente que se faça passagens com o peso equivalente a todo material
de dotação do Pel.

4 Seqüência dos eventos

- Progressão protegida:
- Progressão em coluna por dois;
- Ação dos esclarecedores;
- Ação dos homens de ligação;
- Comandos por gestos e sinais;
- Conduta durante a ultrapassagem de linhas amigas;
- Posicionamento das Pç Mtr.

- Progressão Contínua:
- Ação do GC Ponta.
- Ação dos esclarecedores;
- Ação dos homens de ligação;
- Comandos por gestos e sinais;
- Conduta durante a ultrapassagem de ponto critico;
- Execução das mudanças de formação;
- Conduta ao receber fogos;
- Conduta na entrada em posição;
- Execução do mecanismo para execução dos fogos;
- Posicionamento e conduta das Pç Mtr.

- Progressão por lanços:


- Utilização do terreno durante a progressão;
- Execução das mudanças de formação;
- Desdobramento das Pç Mtr;
- Conduta na progressão sob fogos de Mrt e Art;
- Conduta no assalto;
- Conduta na consolidação e reorganização.

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EEAR 74

5 Meios necessários

- Pessoal:
- 05 Of e/ou Sgt árbitros (Cmt Pel, Cmt GC e Cmt Seç Mtr);
- 06 Cb e Sd para figuração.

- Material:
- 06 bandeirolas (balizamento da posição inimiga);
- Festim;
- Rojões ou tambor.

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