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CENTRO DE INSTRUÇÃO DE

OPERAÇÕES URBANAS

PRIMEIROS SOCORROS EM COMBATE


(PSEC)
OBJETIVO

- Apresentar as formas técnicas de Atendimento Pré-


Hospitalar
- Apresentar o Protocolo MARCH
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES URBANAS
1. INTRODUÇÃO
A. IMPORTÂNCIA DOS PSEC
2. DESENVOLVIMENTO
A. FASES DOS PSEC
B. APRESENTAÇÃO DO CURATIVO INDIVIDUAL (BANDAGEM)
C. APRESENTAÇÃO DO TORNIQUETE
D. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
E. PNEUMOTÓRAX
F. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. CONCLUSÃO
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES URBANAS
1. INTRODUÇÃO
A. IMPORTÂNCIA DOS PSEC
2. DESENVOLVIMENTO
A. FASES DOS PSEC
B. APRESENTAÇÃO DO CURATIVO INDIVIDUAL (BANDAGEM)
C. APRESENTAÇÃO DO TORNIQUETE
D. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
E. PNEUMOTÓRAX
F. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. CONCLUSÃO
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

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ESTAR SEMPRE PRONTO E ADESTRADO
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

OBJETIVO DO ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR

➢ É a manutenção da vida do ser humano em emprego operacional,


operação real ou de adestramento, ações militares de vigilância de
fronteira, ações de Garantia da Lei e da Ordem, ações relacionadas às
atribuições subsidiárias das Forças Armadas, missões de paz e
instrução.

➢ Consiste em atendimento baseados em conhecimentos técnicos de


suporte à vida básicos e avançados, para serem aplicados nas vitimas
ou em si mesmos.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
APH
➢ O APH são procedimentos de emergência simples que devem ser aplicados
à uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando
o agravamento da situação, consiste na estabilização clínica e a rápida
remoção para uma unidade hospitalar adequada.

➢ Estudaremos particularmente, os protocolos a serem seguidos para


atendimento à feridos em combate, prestado por elemento não
especializado na área de saúde, porém previamente treinados, em situação
de alto risco e estando sob fogos.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

PROCEDIMENTOS
1. Estancar a hemorragia; PROTOCOLO MARCH
2. Proteger o ferimento;
3. Evitar ou tratar o choque;
4. Oferecer e manter a permeabilidade das vias aéreas;
5. Satisfatória ventilação pulmonar;
6. Preparar o ferido para evacuação.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

FERIMENTO
➢ É o rompimento da pele, podendo atingir camadas mais profundas
do organismo, órgãos, vasos sanguíneos e outras áreas.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

CHOQUE
Hipoperfusão (pouca irrigação) de órgãos, com disfunção celular e morte se
não tratado, envolve volume circulante diminuído, débito cardíaco diminuído
e vasodilatação (prejudicando a regulação da temperatura corporal).

SINTOMAS
Pele pálida, fria e pegajosa, pulso fraco, respiração lenta e superficial,
pressão arterial baixa, tonturas e fraqueza.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
ESTADO DE CHOQUE
O estado de choque hemorrágico, ocorre devido a uma diminuição no consumo
de oxigênio ao nível celular, com consequente diminuição na produção de calor
pelo metabolismo corporal. Um outro fator que contribui para a hipotermia
destes pacientes, tendo como forma de tratamento, manter o militar aquecido e
seco.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

➢ Durante as Operações Militares, eventualmente haverá a necessidade de


realizar o atendimento a feridos, civis ou militares.

➢ Essa missão é o ato de resposta do militar em serviço, vale lembrar que


os protocolos de ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR usado pelos civis é
diferente do aplicado pelos militares em combate.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

Primeiros Socorros
Procedimentos simples de emergência que devem ser aplicados à uma
pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o
agravamento da situação, até que ela receba assistência definitiva.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
IMPORTÂNCIA DO PRIMEIRO SOCORRISTA

✓ Cerca de 90% de todas as mortes em combate ocorreram antes do


ferido chegar a uma instalação de tratamento médico.
✓ O destino do ferido frequentemente cai nas mãos daquele que provê o
primeiro socorro.
✓ A Portaria nº 16, do Ministério da Defesa, de 12 de abril de 2018, Aprova
a Diretriz de Atendimento Pré-Hospitalar Tático do Ministério da Defesa,
nos níveis I, II e III.
✓ A PORTARIA nº 040-COTER, DE 1º DE ABRIL DE 2020 Aprova o
Manual de Campanha EB70-MC-10.343 Atendimento Pré-Hospitalar
(APH) Básico, 1 ª Edição - 2020, e dá outras providências.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
➢ NÍVEL I: Médicos e Enfermeiros;

➢ NÍVEL II: Profissionais de saúde, técnicos de enfermagem, elementos


de Operações Especiais e Operadores de Busca e Salvamento da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica;

➢ NÍVEL III: Socorristas Táticos (convencionais).

▪ Parágrafo unico do Art 8º da Port nº 16/MD, de 12 ABR 18, cabe ao


nível III, os procedimentos não invasivos de:

➢Aplicação de torniquete;
➢Garantia de vias aéreas.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
Os PSEC foram desenvolvidos neste Centro, com o objetivo de
complementar a instrução básica (HPPS) e padronizar os procedimentos,
com o intuito de aplicar as técnicas, táticas e procedimentos
adequadamente, as tropas convencionais, não médicos, para lidar com as
causas evitáveis de morte por ferimento em conflito armado.

A equipe médica não vai estar sempre disponível, os soldados devem


confiar em si mesmos e nas habilidades dos outros soldados e terem
conhecimento dos métodos de primeiros socorros para prestar ajuda até a
condução do ferido a assistência médica.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

SITUAÇÃO PERFEITA
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

• O que melhorou após a implantação dos PSEC?

❑ Melhoria no Equipamento Individual de Proteção;

❑ Preocupação no planejamento da evacuação mais rápida de feridos;

❑ Militar com melhor treinamento.


IMPORTÂNCIA DOS PSEC

❖ CASOS REGISTRADOS NA 11ª BRIGADA DE INFANTARIA LEVE


▪ Ano de 2018:

• Aplicação de torniquete em militar acidentado na instrução (28º BIL-CIOU);


• Aplicação de torniquete em militar ferido por disparo de arma de fogo na
ocupação do Complexo do Alemão (2º BIL);
• Aplicação de bandagem em civil ferido por disparo de arma de fogo na
ocupação do Complexo do Alemão (2º BIL).

▪ Ano de 2019:
• Aplicação de torniquete em militar acidentado de moto (28º BIL).
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
IMPORTÂNCIA DOS PSEC
SITUAÇÕES ENFRENTADAS PELO SOCORRISTA EM COMBATE:

✓ Fogo inimigo;
✓ Ferimentos diversos;
✓ Equipamento Limitado;
✓ Escuridão;
✓ Necessidade de manobra tática;
✓ Longos atrasos até o atendimento hospitalar;
✓ Treinamento e experiência reduzidos;
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

SITUAÇÕES ENFRENTADAS PELO SOCORRISTA EM COMBATE

• Necessidade de cessar a ameaça antes de realizar o socorro das vítimas;


• Autoatendimento como primeira opção de socorro;
• Atuação com recursos limitados;
• Socorro prestado por elemento que não é do segmento de saúde;
• Protocolo de atendimento diferente dos protocolos adotados por serviços
de resgate.
IMPORTÂNCIA DOS PSEC

UTILIZAÇÃO DE EPI
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES URBANAS
1. INTRODUÇÃO
A. IMPORTÂNCIA DOS PSEC
2. DESENVOLVIMENTO
A. FASES DOS PSEC
B. APRESENTAÇÃO DO CURATIVO INDIVIDUAL (BANDAGEM)
C. APRESENTAÇÃO DO TORNIQUETE
D. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
E. PNEUMOTÓRAX
F. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. CONCLUSÃO
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.

1ª FASE (ÁREA VERMELHA)

1. Se abrigue e responda ao fogo.


2. O socorrista ou o militar que se encontra mais próximo, tenta manter o
ferido protegido (ATENDIMENTO REMOTO).
3. Tenta ainda determinar se o ferido está consciente ou inconsciente;
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.

1ª FASE (ÁREA VERMELHA)

4. Se o ferido tiver condições de se abrigar, orientá-lo a responder ao fogo e


realizar o seu próprio tratamento, o autoatendimento.
5. Avaliar o risco da abordagem ao ferido;
6. Trata-lo em área laranja;
7. O socorrista só acessa o ferido após cessado o fogo inimigo, terminando
assim a 1ª fase.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
ABRIGAR-SE, RESPONDER FOGO, CESSAR A AMEAÇA E REALIZAR O
ATENDIMENTO REMOTO.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
2ª FASE (ÁREA LARANJA)

➢ RATIFICAR OS PROCEDIMENTOS, EM POSIÇÃO ABRIGADA,


PRESTAR OS 1º SOCORROS, PREPARAR PARA EXFILTRAR.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
2ª FASE (ÁREA LARANJA)
✓ Ferido e socorrista abrigados e não sob fogo inimigo (área laranja);
✓ Socorrista verificar a impressão geral do ferido (hemorragias, vias
aéreas e ferimentos);
✓ Chama-lo em voz alta;
✓ Determinar seu nível de consciência;
✓ Verificar hemorragias, isso pode matá-lo em segundos, fique atento
com torniquetes e curativos;
✓ Após avaliação e cuidados, procurar ajuda médica;
✓ Caso tenha sido feito o autoatendimento, o socorrista ratifica
procedimentos e se prepara para a exfiltração.
Obs: O fim da segunda fase e início da terceira é marcado quando o
socorrista dará o pronto para a exfiltração ao seu Comandante de
Pelotão.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
2ª FASE (ÁREA LARANJA)

Sequência: M-A-R-C-H - BÁSICO


1- Maciça Hemorragia
2- Aérea
3- Respiração
4- Circulação
5- Hipotermia
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.

3ª Fase (área amarela)

➢ Atendimento de acordo com os recursos disponíveis;

➢ É uma das ocasiões mais críticas da operação, onde o socorrista


manterá a calma e retrairá com a vítima em segurança, sendo que o
mesmo monitora o ferido até sua entrega ao suporte avançado, nunca o
abandonando, reportando ao médico o fato ocorrido e as providências
tomadas, para melhor atendimento, terminando assim sua missão
secundária.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.

3ª Fase (área amarela)

TRANSPORTE PARA RECEBIMENTO DE


ATENDIMENTO ESPECIALIZADO.
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.

3ª Fase (área amarela)


Obs: Durante o transporte para recebimento de atendimento especializado,
deverá ser feito contato com a emergência, para que a equipe médica já se
prepare para o atendimento. (LOCO)
FASES DOS PRIMEIROS SOCORROS
EM COMBATE.
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES URBANAS
1. INTRODUÇÃO
A. IMPORTÂNCIA DOS PSEC
2. DESENVOLVIMENTO
A. FASES DOS PSEC
B. APRESENTAÇÃO DO CURATIVO INDIVIDUAL (BANDAGEM)
C. APRESENTAÇÃO DO TORNIQUETE
D. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
E. PNEUMOTÓRAX
F. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. CONCLUSÃO
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
➢ Usado para cobrir quase todos os tipos de ferimentos que o militar possa
vir a sofrer, tais como ferimentos a tiro, ferimentos por arma branca, etc.

➢ No mercado nacional existem uma infinidade de tipos de curativos


militares, onde vamos nos ater ao modelo fornecido pela Cadeia de
Suprimento (modelo Israelense).
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL

Para a aplicação do curativo

✓ Nunca esquecer de calçar luvas cirúrgicas;


✓ Fazer tração desde o início usando a alça de tração;
✓ Abranger todo o ferimento com a bandagem;
✓ Fazer o arremate do curativo corretamente usando a haste de arremate.
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
FASES DOS PRIMEIROS
SOCORROS EM COMBATE
MATERIAIS DE SOCORRO PADRÃO EXÉRCITO
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
➢ Para a aplicação do combate gauze:

✓ Nunca esquecer de calçar luvas cirúrgicas;


✓ Param o sangramento significativamente mais rápido por conta do
agente hemostático, fazendo com que o processo aconteça mais
cedo do que o normal;
✓ Voltados para ferimentos causados por tiros ou estilhaços, em áreas
do corpo onde não é possível realizar um torniquete;
✓ Possuem um marcador que o torna detectável por meio de raio-x, o
que facilita na hora de retirá-lo do organismo;
✓ Para aplicação basta inserir no ferimento e fazer pressão no local
por no mínimo 3 (três) minutos;
✓ Após cessar a hemorragia, aplicar um curativo individual.
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
APRESENTAÇÃO DO CURATIVO
INDIVIDUAL
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES URBANAS
1. INTRODUÇÃO
A. IMPORTÂNCIA DOS PSEC
2. DESENVOLVIMENTO
A. FASES DOS PSEC
B. APRESENTAÇÃO DO CURATIVO INDIVIDUAL (BANDAGEM)
C. APRESENTAÇÃO DO TORNIQUETE
D. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
E. PNEUMOTÓRAX
F. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. CONCLUSÃO
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
➢ Para a aplicação do torniquete:

✓ Nunca esquecer de calçar luvas cirúrgicas;

✓ Sempre conduzir o torniquete já alçado, para facilitar sua colocação


(SFC);

Aplicar o torniquete acima da área hemorrágica (acima das articulações ou do


ferimento, medida de 4 (quatro) dedos da mão);
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE

✓ Fazer bastante tração usando a fita de tração;


✓ Terminar o processo girando a haste do torniquete de modo a estancar o
sangramento;
✓ Travar a haste do torniquete;
✓ Anotar o horário de aplicação do torniquete na faixa de cor branca
situada no mesmo.
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
TEMPO IDEAL PARA COLOCAÇÃO DO TORNIQUETE?
R: 30 SEGUNDOS

POR QUÊ?
R: UM SANGRAMENTO ARTERIAL VINDO DA FEMORAL PODE LEVAR A MORTE EM
APENAS 03 MINUTOS.

Obs- Em cerca de 1 minuto o operador já pode perder a consciência.......


APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE

Quanto tempo leva para uma ruptura total de um vaso femoral causar a
morte?

Vítimas com tais lesões podem morrer em apenas 3 minutos


APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE

A lesão de um vaso importante pode levar


rapidamente ao choque e à morte.
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE

UTILIZAÇÃO DE TÉCNICA E MATERIAL CORRETO


APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
❖ Mitos e dúvidas em relação ao torniquete
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
❖ Mitos e dúvidas em relação ao torniquete
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
❖ Mitos e dúvidas em relação ao torniquete

➢ Nunca afrouxe o Torniquete, dados comprovam que até 2 horas após a


aplicação do mesmo, não haverá sequelas a vítima, entre a primeira e a
segunda hora, poderá haver sequelas e após a terceira hora,
possivelmente haverá alguma sequela;

➢ Se o torniquete não estiver cumprindo seu propósito, fazer outro acima


sem remover o primeiro.
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE

✓ Toda fração deve ter padronizado no equipamento individual, o local


onde estará o kit individual de primeiros socorros, o mesmo deverá estar
ao alcance das 2 (duas) mãos;

✓ Preferencialmente durante um socorro, o socorrista deve usar o


equipamento do ferido, o próprio somente será utilizado em situações
de contingência.
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
APRESENTAÇÃO DO
TORNIQUETE
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE OPERAÇÕES
URBANAS
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES URBANAS
1. INTRODUÇÃO
A. IMPORTÂNCIA DOS PSEC
2. DESENVOLVIMENTO
A. FASES DOS PSEC
B. APRESENTAÇÃO DO CURATIVO INDIVIDUAL (BANDAGEM)
C. APRESENTAÇÃO DO TORNIQUETE
D. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
E. PNEUMOTÓRAX
F. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. CONCLUSÃO
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
➢ Caso a vítima não responda ao estímulo verbal, deve-se verificar a via
aérea para garantir sua permeabilidade. O exame consiste em ver e
retirar objetos, como próteses, dentes fraturados, alimentos,
secreções, sangue ou algo que esteja obstruindo a via e
comprometendo a respiração. Para tal, utilizam-se manobras manuais,
como tração da mandíbula e elevação do queixo . Porém, o ideal para
retirar secreções seria aspirar com cateter de aspiração, acoplado a
uma fonte de vácuo ou aspirador portátil. Tração da mandíbula no
trauma
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
➢ Elevação do queixo nesse procedimento, faz-se o movimento de
anteriorização do queixo, ou seja, a mandíbula é projetada para frente.
Esse procedimento é contraindicado em caso de instabilidade cervical.
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
➢ Existem dispositivos que são inseridos nas cavidades oral ou nasal para
promover a abertura das vias aéreas. São de fácil manuseio e baixo risco
para o paciente. Estão disponíveis em vários tamanhos. Em seguida, será
descrito o método de inserção desses dispositivos, como cânulas
orofaríngeas (COF) e cânulas nasofaríngeas (CNF).

Fig 5-3 A. Cânulas orofaríngeas. B. Cânulas nasofaríngeas (Fonte: Jones &


Bartlett LEARNING, 2016.)
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
➢ Cânula Orofaríngea (COF) o socorrista coloca a cabeça e o pescoço da vítima
em posição neutra e reta, abrindo a via aérea com tração da mandíbula. Outro
socorrista identifica a COF apropriada para aquela vítima, fazendo a medida da
distância da comissura labial ao lóbulo da orelha. A seguir, o socorrista insere a
COF na boca da vítima com a concavidade voltada para cima. Em seguida, gira a
COF 180°, posicionando-a na base da língua
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS

Colocação da COF na base da língua


LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
➢ Cânula Nasofaringe (CNF) esse dispositivo deve ser escolhido baseado na
medida da ponta do nariz até o lóbulo da orelha. A ponta distal da CNF é
lubrificada com gel anestésico solúvel em água. Em seguida, a CNF é introduzida
lentamente em uma das narinas.
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS

CNF introduzida (Fonte: Jones & Bartlett Learning, 2016.)


LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
-Manobras para abrir via aérea
-Cânula nasofaringea
-Posição de recuperação
A inconsciência gera perda do tônus
muscular e o relaxamento da língua
repousando sobre a hipofaringe
produz a obstrução respiratória.
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
➢ Bem tolerada pelo paciente consciente
➢ Lubrificar antes de inserir
➢ Inserir em um ângulo de 90 graus com a face, NÃO ao longo
do nariz
➢ Fixar com um adesivo
➢ Não usar via aérea orofaríngea (Guedel)
➢ Provocará vômito na vítima consciente
➢ Facilmente deslocável
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
-Manobras para abrir via aérea
-Cânula nasofaringe
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS

NÃO aplicar a cânula


nasofaringea caso o operador tiver
um ferimento na face ou cabeça!
LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
Deixe a vítima INCONSCIENTE em POSIÇÃO DE
RECUPERAÇÃO, após a liberação da via aérea.
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES URBANAS
1. INTRODUÇÃO
A. IMPORTÂNCIA DOS PSEC
2. DESENVOLVIMENTO
A. FASES DOS PSEC
B. APRESENTAÇÃO DO CURATIVO INDIVIDUAL (BANDAGEM)
C. APRESENTAÇÃO DO TORNIQUETE
D. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
E. PNEUMOTÓRAX
F. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. CONCLUSÃO
PNEUMOTÓRAX
➢ Caso o ferimento sofrido cause duas perfurações (entrada e saída), o socorrista
deve tapar um dos furos com um curativo de quatro pontas e o outro usa-se o
curativo de três pontas.
PNEUMOTÓRAX
SINTOMAS
✓ Aceleração dos batimentos cardíacos;
✓ Agitação;
✓ Cansaço;
✓ Cianose (coloração azulada da pele), por causa da falta de ar.
✓ Dor ao respirar;
✓ Dor torácica (descrito por 90% dos pacientes);
✓ Falta de ar (em 80% dos casos);
✓ Tosse (em 10% dos casos).
PNEUMOTÓRAX
Em caso de pneumotórax, a lesão na pleura faz um
mecanismo de válvula que permite a passagem de ar em direção ao
tórax, mas impede a sua saída.
Por consequência, cada vez que o paciente inspira, um pouco de ar
entra no tórax e fica preso dentro dele. Conforme a quantidade de ar
presa no tórax for aumentando, a pressão intratorácica se elevará
progressivamente, comprimindo órgãos internos como vasos, o outro
pulmão e o coração.
PNEUMOTÓRAX
Colapso pulmonar, causado quando há o rompimento da pleura (membrana que
reveste os pulmões, podendo ser aberto ou fechado.

➢ Pneumotórax fechado (hipertensivo):

Ocorre quando o corpo sofre trauma decorrente de explosões, pancadas, etc.


Neste caso apenas militares MÉDICOS podem executar algum procedimento, por ser
invasivo.
PNEUMOTÓRAX
Pneumotórax fechado:
PNEUMOTÓRAX
PNEUMOTÓRAX
PNEUMOTÓRAX
PNEUMOTÓRAX
Pneumotórax aberto: Ocorre quando o corpo sofre trauma decorrente de tiro,
facada, etc. Como é de conhecimento de todos os militares desde a formação
básica, iremos aplicar o curativo de três pontas.

➢ Para o transporte do ferido que está usando curativo de três pontas, o lado que
está aberto deve ser sempre mantido na direção do solo.
PNEUMOTÓRAX
Curativo de Três Pontas
PNEUMOTÓRAX
PNEUMOTÓRAX
Curativo de Três Pontas
PNEUMOTÓRAX
PNEUMOTÓRAX
Pneumotórax aberto:
PNEUMOTÓRAX

O tecido pulmonar lesionado age como uma válvula de duas vias, aprisionando cada
vez mais ar entre o pulmão e a parede torácica.

A pressão aumenta e comprime ambos os pulmões e o coração = MORTE.


PNEUMOTÓRAX
Pneumotórax Hipertensivo

Este tipo é considerado o mais grave, podendo levar o paciente à morte em poucas
horas se não for prontamente reconhecido e tratado por uma equipe médica, devido
à parada cardiorrespiratória em pouco tempo.
PNEUMOTÓRAX
PNEUMOTÓRAX
CIRCULAÇÃO
4- Circulação
-Checar pulso radial
-Tempo de Enchimento Capilar
-Nível de consciência
**CHOQUE**
H - HIPOTERMIA
Ponto principal: até mesmo uma pequena redução na temperatura corporal pode
interferir na coagulação do sangue e aumentar o risco de sangramento até a morte.

Vítimas em choque são incapazes de gerar calor corporal efetivamente.


H - HIPOTERMIA

➢ Minimize a exposição do ferido ao frio.


➢ Mantenha o colete balístico com ele ou perto dele, se for viável.
➢ Substitua roupas úmidas por roupas secas, se possível.
➢ Aplique o material dedicado: manta térmica/aluminizada.
H - HIPOTERMIA
Se não estiverem disponíveis as mantas:
- cobertores secos
- jaqueta/capote
- sacos de dormir
-qualquer outra coisa que retenha calor e mantenha a vítima seca.
Sequência: M-A-R-C-H - BÁSICO
1- Maciça Hemorragia

2- Aérea

3- Respiração

4- Circulação

5- Hipotermia
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES URBANAS
1. INTRODUÇÃO
A. IMPORTÂNCIA DOS PSEC
2. DESENVOLVIMENTO
A. FASES DOS PSEC
B. APRESENTAÇÃO DO CURATIVO INDIVIDUAL (BANDAGEM)
C. APRESENTAÇÃO DO TORNIQUETE
D. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
E. PNEUMOTÓRAX
F. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. CONCLUSÃO
REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
✓ A vítima estará na situação de parada cardiorrespiratória quando for verificada a
falta de pulso e respiração, onde a mesma poderá estar entrando em estado de
choque (geralmente hipovolêmico) onde começaremos a RCP .

✓ Se a vítima estiver com hemorragia externa, o socorrista deve priorizar seu rápido
estancamento, pois essa situação o levará à morte em segundos.
REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
➢ Ao sanar a hemorragia, a prioridade do socorrista é:
✓ Identificar se a vítima está em parada cardiorrespiratória (sem batimentos
cardíacos e sem respiração);

✓ Caso positivo iniciar as compressões torácicas de imediato (se no meio civil


ligar para o serviço de emergência, sem perda de tempo);

✓ Iniciar as compressões de forma efetiva.


REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR

Para tal seguir a seguinte sequência:

➢ Retirar equipamentos do tipo colete balístico e gandola;


➢ Colocar a vítima em uma superfície plana e rígida;
➢ Procurar no final do osso externo o apêndice xifóide;
➢ Colocar o dedo indicador de uma das mãos sobre o mesmo e 2 (dois) dedos
acima, colocar a base da mão no meio do peito da vítima entre os mamilos (linha
mamilar), entrelaçar os dedos e iniciando as massagens torácicas.
REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR

Orientações:
Nunca flexione os braços, pois os mesmos devem permanecer esticados, pois a pressão
é executada pelo abdomen do socorrista;

➢ O socorrista deve manter os dois joelhos no chão, ou ficar de pé se for executada


em cima de uma mesa por exemplo;

➢ O socorrista deve afundar e aliviar o tórax em movimento cíclico;


REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
Não se executa respiração boca-a-boca, só a massagem cardíaca e a cada
minuto ou 100 a 120 massagens, verificar se os batimentos cardíacos se
normalizaram;

O ideal é que a massagem seja feita por dois ou mais socorristas por motivo
de fadiga, pois enquanto um executa a RCP, o outro monitora a respiração e o pulso;

Só pare de executar a massagem quando o paciente se recuperar, o


socorrista estiver sozinho e ficar exausto ou quando verificar a morte da vítima por
motivo de grandes hemorragias, pele gelada, etc.
REANIMAÇÃO
CARDIOPULMONAR
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE
OPERAÇÕES URBANAS
1. INTRODUÇÃO
A. IMPORTÂNCIA DOS PSEC
2. DESENVOLVIMENTO
A. FASES DOS PSEC
B. APRESENTAÇÃO DO CURATIVO INDIVIDUAL (BANDAGEM)
C. APRESENTAÇÃO DO TORNIQUETE
D. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS
E. PNEUMOTÓRAX
F. REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
3. CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
A seguir, segue uma sugestão para a composição de um kit individual
de primeiros socorros:
✓ Torniquete de combate – 2 unidade;
✓ Curativo individual – 1 unidade;
✓ Combate gauze – 1 unidade;
✓ Celox – 1 unidade;
✓ Canula nasofaringea ou de guedel – 1 unidade;
✓ Máscara descartável – 2 unidades;
✓ Luva de procedimentos – 2 pares;
✓ Curativo de três pontas – 2 unidades;
✓ Manta térmica – 1 unidade;
✓ Rolo de esparadrapo – 1 unidade;
✓ Conjunto de comprimidos básicos (analgésicos, anti-inflamatórios, etc).
CONCLUSÃO

Em combate, TODOS precisam


saber executar os primeiros
socorros.

“Combate Urbano”

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