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Atendimento Pré-Hospitalar Policial

PMMT

Protocolo MARC1

Instrutor XXXXX
Diferenças práticas entre os
protocolos civis e de combate
1ª Tempo de Trauma
2ª Inviabilidade de socorro tradicional imediato
3ª Baixa luminosidade
4ª Material para atendimento reduzido, apenas o que você leva.
5ª Área de alto risco de um novo confronto
6ª Fazer um atendimento após ter participado de um confronto armado
7ª Relacionamento emocional com o ferido
8ª Cinemática característica de mísseis de alta velocidade / explosivos
Quais as diferenças das designações?

• APH é tudo o que acontece entre o momento do trauma até o hospital.

• APH Tático é o nome que engloba tudo, desde o APH de combate


militar/policial (combate armado e atendimento ao ferido), até só o
deslocamento tático de uma equipe não combativa e atendimento do
ferido em um ambiente instável (com proteção de uma equipe armada).

• APH tático
• Civil (não armada)
• Combate (armada)
• Militar
• Policial
O que é um protocolo?
• É um conjunto de ações que foram pensadas e estudadas por
especialistas para você ter uma maior efetividade no
atendimento daquele tipo de trauma específico.

• Ele foi pensado na sequência do que mata o paciente mais


rápido para o que mata mais tarde. Por isso é importante fazer
a sequência orientada e estudada para que ocorra a menor
quantidade de erros no atendimento.
• Protocolos Militares

• TCCC (CoTCCC - DOD)


• MARCHH PAWS (PJ’s)
• PHTLS Militar (NAEMT)

• Protocolos Civis

• PHTLS (NAEMT)
• TECC (CoTECC)
• TECC LEO (CoTECC)
• MARC3 (CoAPHC)
• Protocolos Militares

• TCCC (CoTCCC - DOD) Instrução, Instrutor e Aplicação


• MARCHH PAWS (PJ’s) tem que ser Militar
• PHTLS Militar (NAEMT)

• Protocolos Civis

• PHTLS (NAEMT)
• TECC (CoTECC)
• TECC LEO (CoTECC)
• MARC3 (CoAPHC)
• Protocolos Militares

• TCCC (CoTCCC - DOD)


• MARCHH PAWS (PJ’s)
• PHTLS Militar (NAEMT)

• Protocolos Civis

• PHTLS (NAEMT)
• TECC (CoTECC)
• TECC LEO (CoTECC) Instrução, Instrutor e Aplicação
• MARC3 (CoAPHC) tem que ser Policial
• Protocolos Militares

• TCCC (CoTCCC - DOD)


• MARCHH PAWS (PJ’s)
• PHTLS Militar (NAEMT)

“APH de Combate”
• Protocolos Civis

• PHTLS (NAEMT)
• TECC (CoTECC)
• TECC LEO (CoTECC)
• MARC3 (CoAPHC)
• Protocolos Militares

• TCCC (CoTCCC - DOD)


• MARCHH PAWS (PJ’s)
• PHTLS Militar (NAEMT)

“APH Tático” para bombeiros e socorristas


• Protocolos Civis

• PHTLS (NAEMT)
• TECC (CoTECC)
• TECC LEO (CoTECC)
• MARC3 (CoAPHC)
Protocolo MARC3
Baseado e adaptado dos seguintes protocolos:

• TCCC – Departamento de Defesa Americano (militar)

• TECC – Comitê do TECC (civil)

• TECC LEO – NAEMT (policial)

• MARCHH – PAWS - Força Aérea US - PJ (Pararescue Jumpers - militar)

• E na experiência do Grupo T.I.G.R.E. PCPR para a aplicação na realidade


policial brasileira.
MARC1(Básico) Vs. MARC3 e CoFFE (Completo)

• Massivo (sangramento) • Massivo


• Ar • Ar
• Respiração • Respiração
• Calor • Circulação
• Cérebro
• Calor

• Comprimidos de Combate
• Fraturas
• Feridas
• Evacuação
MARCCC (MARC 3)
MARC1 MARC2 MARC3
(Todos os policiais) (Policiais OE ou com (Policiais com formação
formação da aérea da Saúde) médica ou de enfermagem)

• Massivo • Massivo • Massivo


• Ar • Ar • Ar
• Respiração • Respiração • Respiração
• Circulação • Circulação • Circulação
• Cérebro • Cérebro • Cérebro
• Calor • Calor • Calor
CONTEXTUALIZAÇÃO
ASPECTOS LEGAIS
➔ VIDA: O MAIOR BEM JURÍDICO TUTELADO PELO ESTADO!
CONTEXTUALIZAÇÃO
ASPECTOS LEGAIS
➔ Lastro jurídico para aplicação do APHC no país:
Portaria Normativa Ministério da Defesa/GM Nº 16, de 12 de Abril de 2018

● CAP. II - Procedimentos Específicos:

○ Aplicação de torniquete
○ Garantia de vias aéreas
○ Descompressão torácica com agulha
○ Acesso venoso periférico
○ Acesso intraósseo
○ Prescrição tática
CONTEXTUALIZAÇÃO
ASPECTOS LEGAIS
➔ Lastro jurídico para aplicação do APHC no país:
C.Penal Brasileiro: artigo 24 - Estado de Necessidade (requisitos)

a) a ameaça a direito próprio ou alheio;


b) a existência de um perigo atual e inevitável;
c) a inexigibilidade do sacrifício do bem ameaçado;
d) uma situação não provocada voluntariamente pelo agente;
e) o conhecimento da situação de fato justificante.

FONTE:
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/150245/o-que-se-entende-por-estado-de-necessidade-e-quais-seus-requisitos-segundo-o-codigo-penal-michele-melo
CONTEXTUALIZAÇÃO
ASPECTOS LEGAIS
➔ Lastro jurídico para aplicação do APHC no país:

Inexigibilidade de conduta diversa:


“A inexigibilidade de conduta diversa caracteriza-se quando
age o autor de maneira típica e ilícita, mas não merece ser
punido, pois, naquelas circunstâncias fáticas, dentro do que
revela a experiência humana, não lhe era exigível um
comportamento conforme o ordenamento jurídico.”

FONTE::
https://jus.com.br/artigos/29960/a-inexigibilidade-de-conduta-diversa-como-causa-supralegal-de-exclusao-da-culpabilidade/2
CONTEXTUALIZAÇÃO
ASPECTOS LEGAIS
➔ Lastro jurídico para aplicação do APHC no país:
Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013 (lei referente ao exercício da medicina em
território nacional)
Artigo 4º: São atividades privativas do médico
(...)
Paragrafo 5º
Excetuam-se do rol de atividades privativas
do médico:
(...)

VI - atendimento à pessoa sob risco de morte iminente


FONTE:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12842.htm
Introdução:
• Os três objetivos do APH Combate é:

1. Salvar vidas que possam ser salvas.


Todas as pessoas feridas em combate
100%
% Feridos com lesões sem risco de vida
% Feridos com lesões incompatíveis com a vida

%
%

Feridos que estão com risco de vida iminente

%
%

Nós vamos ganhar TEMPO de sobrevida

%
Introdução:
• Os três objetivos do APH Combate é:

1. Salvar vidas que possam ser salvas.

2. Prevenir outras perdas de vidas.


• Um importante princípio:

• Fazer uma intervenção médica correta no tempo tático correto durante


o atendimento tático.

• Uma intervenção médica correta feita no tempo tático errado pode


levar a mais fatalidades no combate.
Introdução:
• Os três objetivos do APH Combate é:

1. Salvar vidas que possam ser salvas.

2. Prevenir outras perdas de vidas.

3. Completar a missão de salvamento.


Mortes em Combate
(Do Vietnam ao Iraque e Afeganistão anos 90)

31% Trauma penetrante na cabeça


25% Trauma torso sem possibilidade cirurgica
10% Trauma torso com possível reparação cirurgica
9% Hemorragia de extremidades
7% Trauma mutilante por explosão
5% Pneumotorax
1% Problemas em vias aéreas
12% infecção e evoluções ruins de cirurgia

*** Em amarelo são as mortes que são preveníveis em combate


Das mortes preveníveis em combate, quais são os fatores mais importantes?

60% Hemorragia de extremidades

33% Pneumotórax

6% Obstrução de via aérea


Conceitos de Contra Emboscada no APH

1. Procedimentos de Combate e Contra Emboscada

2. Atendimento dos Feridos


Conceitos de Contra Emboscada no APH

Procedimentos e Conceitos:

1. Procurar abrigo, identificar e neutralizar ameaças imediatas.

2. Fazer cobertura da área quente para eventuais ameaças


secundárias.

3. Check da equipe procurando por policiais feridos não identificados


claramente.

4. Resgate do policial ferido


Conceitos de Contra Emboscada no APH
Procedimentos e Conceitos:
4. Resgate do policial ferido
• Auxilio remoto: caso o paciente estiver em condições ele deve:
• Procurar abrigo e fazer o autoatendimento

• Planejamento de resgate:
• Todos os operacionais devem saber do plano de resgate
• Uso da geometria de combate da unidade no avanço até o ferido
• 360 expandido
• Lançar socorristas para trazer para a barricada

• Exceção: caso o ferido esteja muito longe de uma barricada (+ de 20s de arrasto), pode-se:
• Triagem rápida no X para sangramento massivo em extremidades e uso do torniquete.

• Levar para área de atendimento secundária

• Neutralizar possíveis ameaças do próprio policial ferido


Conceitos de Contra Emboscada no APH

1. Procedimentos de Combate e Contra Emboscada

2. Atendimento dos Feridos


• Local barricado e com cobertura para iniciar os procedimentos.
• Cuidados imediatos MARC1
• Cuidados prolongados CoFFE (iniciar com 2hs do trauma) *****
Resumo das ações de resgate
por parte do corpo lesionado
Torniquete

Gaze de metro compressiva

Selo de Tórax
MARC
MASSIVO (sangramento massivo)

Objetivo: Achar e Conter Sangramentos Massivos.

Dicas se é um possível sangramento massivo:


- Uniforme do policial empapado de sangue;
- Poça de sangue no chão;
- Ferimento pulsando sangue;
- Não ter efetividade na compressão direta da ferida

*** Se você está na dúvida, ou não tem tempo de avaliar, se é ou não um sangramento
massivo, considerar sempre que é!!!

Procurando por sangramento no ferido:


• Sempre avaliar primeiro extremidades (braços e pernas) por sangramento massivo
• Depois avaliar áreas juncionais (pescoço, virilha e axila) por sangramento massivo
O paciente com um sangramento grande, pode:

Perder da consciência em 1 até 3 minutos.

Morrer em 3 até 5 minutos.


Opções para Controle de Sangramentos Massivos

• Compressão Local

• Torniquete Tático

• Preenchimento de Ferida

• Atadura de Combate
Opções para Controle de Sangramentos Massivos

• Compressão Local

• Torniquete Tático

• Preenchimento de Ferida

• Atadura de Combate
Compressão Local
• Geralmente primeira manobra utilizada, até conseguir passar para
as próximas que serão mais efetivas e duradouras.

• Usar o peso do corpo e o esqueleto travado para não cansar. Pode-


se utilizar o joelho para poder ter as duas mãos livres, mas cuidado
para não lesionar mais o paciente.

• Não é um método eficaz a médio e longo prazo.

• Em grandes sangramentos, é necessário uma força importante para


ser eficaz (55Kg)
Opções para Controle de Sangramentos Massivos

• Compressão Local

• Torniquete Tático

• Preenchimento de Ferida

• Atadura de Combate
Torniquete

É um aparelho de constrição externa, temporário, que faz a


oclusão de veias e artérias, com um objetivo de evitar a morte
por perda sanguínea do ferido.
História
• O torniquete foi “vilanizado” durante a sua história recente de uso.

• Pelo desconhecimento do tempo de uso em pacientes, levou-se uma


utilização errada (por muito tempo) e ocorreram danos aos pacientes
em que eles foram utilizados. (Médicos da 1ª Guerra Mundial falaram
que: mais pacientes morreram pelo uso, do que pela falta dele).

• Esse nome ruim foi disseminado pela comunidade médica e não foi
revisitado para entender o que realmente aconteceu.

• O grande problema era o tempo de evacuação de pacientes do


campo de batalha até o hospital de campanha, que poderia ficar
muitos quilômetros de distância.
História
• O torniquete é usado desde a
idade média, principalmente para
amputações.

• Registro do primeiro torniquete


usado é na Batalha de Flandres
em 1674 pelo Guy de Chauliac.
História
• Foi usado pelos dois
lados da guerra civil
americana.

• Kit’s do médico de
campo e oficiais
possuiam o torniquete.

Torniquete do oficial de campo


Kit do médico de campanha
Atualmente
• Desde da guerra do Vietnam (com evacuação de campo feita por helicópteros) foi-se
gradativamente reintroduzido o torniquete para evitar sangramentos fatais em campo,
pois se percebeu que com a evacuação rápida do campo de batalha era preponderante
para o salvamento do membro.

• Em 2004 uma força conjunta médica-militar (JTTS) analisou o uso desde a guerra do
Vietnam e por todos os combates que o EUA passou e decidiram que o torniquete tático
deveria ser utilizados por todos os militares em campo de batalha.

• O Comitê do TCCC (CoTCCC), atualmente do Departamento de Defesa Americano,


redigiu o protocolo de uso moderno iniciando em 1996. E todo ano, em posse de novas
informações do uso em campo e informações científicas, atualiza esse protocolo.

• Hoje até crianças de 7 anos são treinadas no uso do torniquete nos EUA dentro das
escolas.
Quais Torniquetes existem?

• Pneumático (EMT)

• Mecânicos
Qual a diferença?
• Pneumático exerce uma pressão controlada por aferidores,
mas é mais complicado, grande e com chance de falhas do
mecanismo em ambientes hostis.

• Os mecânicos são mais práticos, leves e de fácil uso, mas a


pressão é estimada pela avaliação de quem aplica.
Contato prático inicial com o
Torniquete
Controle de Sangramento Massivo

Marcas Utilizadas APROVADAS: Marcas Utilizadas REPROVADAS:

• Mais comuns aprovadas pelo CoTCCC: • Marcas reprovadas:


• CAT 6ª e 7ª geração • RATs
• SOFTT-W 4ª geração • SWATT

• Outras aprovadas recentemente pelo CoTCCC: • Marcas ainda não avaliadas:


• SAM Medical • Recon 4ª geração
• TMT
• TX2 e TX3
• Falsificados
• RMT
• Improvisados
CAT 7ª geração
SOFTT-W

SOFTT-W 4ª geração
SAM Medical
TMT
TX2
RATS RATs
SWAT SWAT-T
RECON 4ª geração
IMPROVISADOS
Aplicação
Tipos possíveis de aplicação:

• Deliberado (em combate não é a primeira opção)


• Emergencial
• Duplo

Manobras na fase de cuidados prolongados em campo


(Grupos Especializados):

• Reversão
• Aproximação
Exemplo do Uso Preventivo do
Torniquete em Combate
Localização Possíveis de Aplicação do
Torniquete
Aplicação em Combate
• Aplicar “ALTO e APERTADO” - Torniquete Emergencial.

• O mais alto que conseguir!


• Pode existir outros ferimentos naquela membro e você não percebeu.

• O mais apertado que conseguir!


• Apertar o máximo que conseguir, pois inicialmente, não existe tempo para cortar o
uniforme e avaliar se a ferida parou de sangrar.
• Com uniforme empapado de sangue, baixa luminosidade e stress, não é fácil avaliar
se parou de sangrar e não existe mais o pulso distal, que seria o ideal.

• Deve ser aplicado de forma ideal: o mais rápido possível! até no máximo em
120s.

• Tempo de segurança sem causar dano: 2 Horas!


Localização do Torniquete no Policial

• Em um local de acesso rápido/fácil e acessível com as duas


mãos!

• O torniquete de uso primário (emergencial) deve estar fora do bornal


de primeiros socorros.

• Ele deve ser acessível com as duas mãos, pois você pode estar com
uma delas ferida.

• O torniquete secundário ou terciário pode estar acondicionado dentro


do bornal, mochila ou preso a sua arma primária.
Erros Comuns:
• Não aplicar com força suficiente por pena da dor no paciente.

• Demorar para decidir aplicar e o paciente ficar sangrando...

• Aplicar em articulações do joelho e cotovelo (tende a falhar)

• Querer afrouxar o torniquete de “tempo em tempo” para


recircular o sangue, não funciona e só faz o paciente perder
mais sangue.
Erros Comuns: (continuação)
• Ficar preocupado que o membro está doendo e ficando roxo, é
esperado isso.

• Cobrir e esquecer de relatar torniquete ao hospital (tempo


maior de 8hs leva a isquemia e dano ao nervo)

• Cortar o torniquete no hospital, pode não existir outra opção de


controle. (Para evitar esse erro, orientar o médico para a retirada)

• Depois de retirado, em 15-20 min a dor da isquemia passa.


Opções para Controle de Sangramentos Massivos

• Compressão Local

• Torniquete Tático

• Preenchimento de Ferida

• Atadura de Combate
Preenchimento de ferida
O objetivo é parar o sangramento,
ajudando o corpo a coagular o
ferimento.
Você pode preencher a ferida com
tecidos não elásticos, preferencialmente,
com uma gaze de metro simples ou com
gaze com produtos coagulantes.
O produto coagulante é todo produto,
natural ou químico, usados para
espessar líquidos ou trabalhar no
processo de coagulação, que acelera e
ajuda o processo do corpo de parar o
sangramento.
História
• O uso do coagulante na história médica de combate é recente,
especialmente nas últimas décadas.

• A gaze simples de metro (chamada também como gaze queijo) é


eficaz se aplicada corretamente.

• Mas existem vários trabalhos científicos que demonstram que gaze


impregnada com produto coagulante diminui sensivelmente o tempo
de compressão para controlar o sangramento, diminuindo o tempo de
atendimento e acelerando a evacuação para o hospital de referência.

• As primeiras marcas utilizadas esquentavam quando colocadas em


contato com o sangue, a ponto de fazer queimaduras nos pacientes.

• Com a tecnologia avançando e novas pesquisas, os produtos atuais


são muito seguros e não fazem mais isso.
Contato prático inicial com
Material de Preenchimento
Controle de Sangramento Massivo

Marcas Utilizadas: Marcas Utilizadas:

• Mais comuns aprovadas pelo CoTCCC: • Marcas ainda não avaliadas:


• Combat Gauze (Kaolim) • Chito SAM 100 (Quitosana)
• Celox Rapid (Quitosana)

• Outras aprovadas pelo CoTCCC:


• Chitogauze (Quitosana)
• X-stat (Quitosana)

• Gaze de metro comum:


• Compactada (vácuo)
• Gaze Queijo
Quais Coagulantes existem?
• Pó + aplicador
Quais Coagulantes existem?
• Gaze
Aplicação
X-stat
Aplicação

• Sempre usar em sangramento massivo.

• Após a avaliação de sangramento dos membros, procurar sangramento


nas aéreas juncionais.

• Deve ser aplicado o mais rápido possível, mas, procura-se iniciar a


aplicação no máximo até 120s.
Erros Comuns
• Não esperar o tempo de compressão após a aplicação
• 1-5 minutos para as gazes com produtos coagulantes
• 5-10 minutos para gaze simples de metro (sem agente coagulante)

• Utilizar Absorventes femininos


Erros Comuns
• Não esperar o tempo de compressão após a aplicação
• 1-5 minutos para as gazes com produtos coagulantes
• 5-10 minutos para gaze simples de metro (sem agente coagulante)

• Utilizar Absorventes femininos

• Caso continuar sangrando após o tempo de compressão,


querer aplicar outra gaze em cima da primeira. Deve-se retirar
a primeira e reaplicar a gaze.
Opções para Controle de Sangramentos Massivos

• Compressão Local

• Torniquete Tático

• Preenchimento de Ferida

• Atadura de Combate
Bandagens
A bandagem de combate é
um faixa elástica com um
tecido de absorção, que
serve para controlar
sangramentos pequenos a
moderados, ou para
manter a gaze do
preenchimento no local
desejado.
Quais Bandagens existem?

• Israelense
Aplicação

• Usar em sangramento leve a moderado.

Ou

• Usar para manter a gaze do preenchimento no lugar, porque caso


movimente o paciente ela pode se deslocar.
MARC
Ar (Vias Aéreas)

Avaliar via aérea para qualquer obstrução atual ou futura. Pois de 3-5
minutos o paciente pode evoluir para morte.

Em combate: Ou ocorreu um dano na face e pescoço, ou ele esta


desacordado e você deve prevenir uma possível obstrução.

• Diagnóstico:
• Avaliar se o paciente fala, a via aérea provavelmente está livre.
• Avaliar para sons respiratórios estranhos (borbulhos, stress respiratório, etc)
• Avaliar dentro da boca.
Manter Vias Aéreas pérvias
Opções:

- Avaliação dentro da boca, possível retirada de corpo estranho


- Elevação do queixo
- Posição de recuperação/segurança
- Cânula NasoFaringea
Retirada de corpo estranho
Elevação do queixo.
Manobra feita para deslocar a língua do fundo da garganta e
liberar a passagem do ar para o pulmão.
Posição de Segurança
Cânula Nasofaringea
Forma de medição do tamanho da cânula.
Média n. 28
MARC
Respiração

Avaliar se o pulmão está expandindo bem e se não existem furos no


tórax.

• Diagnóstico:
• Procurar por buracos no tórax (frente e atrás)
• Avaliar se os dois lados do tórax sobem igual, se existe desconforto para respirar.
• Estufamento das jugulares
• Traqueia desviada é um sinal tardio, que geralmente acontece chegando no
hospital.
Respiração

É qualquer problema no trabalho de expansão normal do


pulmão que irá levar a uma piora da oxigenação do paciente.

Em grande parte é causado por pneumotórax (ar dentro da


cavidade torácica, mas fora do pulmão)

Devemos prevenir o aparecimento do pneumotórax.


Respiração
Opções:

- Selo de Tórax
- Burp (limpeza) da válvula do selo e/ou da ferida no tórax
- Respiração assistida
Respiração
Opções:

- Selo de Tórax
- Burp (limpeza) da válvula do selo e/ou da ferida no tórax
- Respiração assistida
Selo de Tórax
O selo de toráx serve
para fechar um trauma
em tórax.

Ele é preventivo!

Pode ser valvulado ou


não.
História
• O selo de tórax é a apresentação tática do curativo de
3 lados. Ele é mais prático, rápido e mais eficiente.

• Iniciaram com os selos sem válvula, mas com as


avaliações periódicas das técnicas, foi identificado que
em alguns casos os pacientes desenvolviam
pneumotórax hipertensivo e a aplicação de selo com
válvula é o recomendado para ajudar a evitar essa
complicação.
Vamos de algo improvisado com uma eficiência ruim e demorado para aplicar,
para algo rápido que é resolvido em segundos e bem mais eficiente!
Lembrar de avaliar as costas do paciente,
o tiro pode atravessar o ferido.
Selo de tórax valvulado - SAM Valve
Selo de tórax valvulado - Hyfin Vent
Selo de tórax não-valvulado - Halo
Aplicação

• Em todo ferimento em tórax! É preventivo!

• Limpe o máximo de sangue que conseguir da ferida e aplique o selo com


a válvula em cima do ferimento.

• Todos os buracos ou ferimentos penetrantes devem ser ocluídos no


tórax, de preferencia com selos valvulados em todos os buracos.
Respiração
Opções:

- Selo de Tórax
- Burp (limpeza) da válvula do selo e/ou da ferida no tórax
- Respiração assistida
“Burp da válvula”
Respiração
Opções:

- Selo de Tórax
- Burp Tórax
- Respiração assistida
Somente ajudar o paciente a respirar quando ocorrer uma parada respiratória.
Tentar “empurrar” o ar para dentro com aparelhos ou respiração boca-a-boca
pode acelerar a instalação do pneumotórax.
Torniquete

Gaze de metro compressiva

Selo de Tórax
MARC
Calor
A perda de calor piora o quadro do paciente, atua grandemente na tríade
de morte. Podendo ocorrer que você entregue o paciente vivo no hospital
e ele morra nos próximos dias por causa de um cuidado inadequado no
pré-hospitalar.

• Diagnóstico:
• Preventivo!!!

• Tratamento:
• Secar e isolar o ferido do chão
• Manta térmica
• Fonte de calor auxiliar.
Evacuação

• Casevac
• Evacuação em veículo não apropriado para transporte de feridos. O ferido pode
ou não receber tratamento básico durante a evacuação.

• Medvac
• Evacuação em veículo próprio para transporte de feridos com continuidade do
tratamento de campo, já iniciando o tratamento primário (médico/enfermeiro).
Planejamento de Evacuação
Planejamento de evacuação
• Por área
• Por missão
• Por quilometragem

Tipo de Evacuação
• Hospital de referência na região (fazer contato prévio)
• Áerea, fluvial ou terrestre (por viatura ou ambulância)
• Determinação de rotas mais rápidas para o hospital.
• Determinação de motoristas, viaturas para evacuação (2 se
possível) e localização padrão de chaves.
• Determinação de chefe de APH
• Conhecimento do plano de evacuação por todos!
IFAK (MARC 1)
• Torniquete CAT 7ª geração
• Celox rapid (Celox) ou Combat gauze (QuikClot)
• Bandagem de combate (Israelense ou OLAES)
• Canula nasofaringea (n. 28)
• Selo de Toráx (Hyfin vent ou SAM valve)
• Manta Térmica aluminizada
• Fonte de calor (heat pack)
• Tesoura ponta romba de resgate
• Par de luvas (branca)
• Caneta (preferencia das canetas com tinta permanente)
Dúvidas?

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