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Diretoria da Força Nacional de

Segurança Pública
Divisão de Ensino –
BEPE/DFNSP

CURSO DE
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
TÁTICO DA DFNSP

SENASP
Secretaria Nacional de Segurança Pública
DFNSP

DISCIPLINA: ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR TÁTICO

DOCENTE:
MONITOR:

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Conteúdos Conceituais:

➢ Atendimento Pré-Hospitalar (APH) X TCCC / APH Tático (Militar/Policial);


➢ Conceitos e Objetivos do APH Tático;
➢ Fatores que influenciam no socorro em combate;
➢ Fases do APH Tático;
➢ Hemorragias;
➢ Pneumotórax;
➢ Vias Aéreas;
➢ Hipotermia;
➢ Técnicas de arrasto e transporte de feridos.

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Conteúdos Procedimentais:
➢ Aplicação correta dos dispositivos usados no APH e APH Tático;
➢ Técnicas de manejo Tático e Clínico em ambientes hostís enfatizando as
03 fases do APH Tático;
➢ Técnicas de utilização de materiais/equipamentos no controle de
sangramentos massivos;
➢ Procedimentos para a aplicação do Torniquete Tático;
➢ Procedimentos para a aplicação Agente hemostático granulado;
➢ Procedimentos para a aplicação Gaze/Atadura com agente hemostático;
➢ Aplicação do Curativo oclusivo valvulado e de três pontas;
➢ Técnicas de Liberação de Vias Aéreas com a utilização de cânulas;
➢ Protocolo M.A.R.C.
➢ Realizar as Técnicas de arrasto e transporte de vítimas;

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Atendimento Pré-Hospitalar (APH) X TCCC / APH Tático


(Militar/Policial);
• Os procedimentos realizados no atendimento aos feridos em ações Militares e de
Segurança Pública eram/são os mesmos prestados às vitimas civis nas ruas.

• Os cuidados ao ferido em situação de combate/confronto é significativamente


diferente do que o previsto no APH “convencional”.

• O trauma civil e o trauma de combate são diferentes em muitos aspectos:


• As causas do trauma são diferentes;

• O cenário em que o trauma ocorre é diferente;


• As pessoas que cuidam das vítimas são diferentes;
• O tempo de evacuação é tipicamente muito mais demorado em combate.

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Contextualização: Aspectos Legais

VIDA : O Maior bem jurídico tutelado pelo Estado !

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Contextualização: Aspectos Legais

Lastro jurídico para aplicação do APH Tático/Policial no Brasil:

Portaria Normativa do Ministério da Defesa/GM Nº 16, de 12 de Abril de 2018.

CAP. III – Procedimentos Específicos:

• Aplicação de Torniquete;

• Garantia de Vias Aéreas;

• Descompressão Torácica com Agulha;

• Acesso venoso periférico;

• Acesso intraósseo;

• Prescrição Tática.

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Contextualização: Aspectos Legais

Lastro jurídico para aplicação do APH Tático/Policial no Brasil:

Código Penal Brasileiro: Artigo 24 – Estado de Necessidade (Requisitos)

a) A ameaça de direito próprio ou alheio;

b) A existência de um perigo atual e inevitável;

c) A inexigibilidade do sacrifício do bem ameaçado;

d) Uma situação não provocada voluntariamente pelo agente;

e) O conhecimento da situação de fato justificante.

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Contextualização: Aspectos Legais

Lastro jurídico para aplicação do APH Tático/Policial no Brasil:

Inexigibilidade de conduta diversa:

“A inexigibilidade de conduta diversa caracteriza-se quando age o autor de


maneira típica e ilícita, mas não merece ser punido, pois, naquelas
circunstâncias fáticas, dentro do que revela a experiência humana, não lhe era
exigível um comportamento conforme o ordenamento jurídico.”

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Contextualização: Aspectos Legais

Lastro jurídico para aplicação do APH Tático/Policial no Brasil:

Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013 (Lei referente ao exercício da medicina em


território nacional)

Artigo 5º: Excetuam-se do rol de atividades privativas do médico:

(...)

VI – atendimento à pessoa sob risco de morte iminente.

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APH Tático/Policial

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Conceitos e Objetivos do APH Tático

O TCCC foi desenvolvido a partir do “PHTLS Versão Militar” e desde então sendo
implantado no apoio às operações de combate pelas Forças Armadas e também
sendo adotado pelas Forças de Segurança Pública.

OBJETIVOS:
• 1- Socorrer o ferido em combate.
• 2-Prevenir lesões/vítimas adicionais.
• 3-Completar a Missão de salvamento.

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Conceitos e Objetivos do APH Tático

IMPORTANTE !

▪ Intervir CORRETAMENTE no tempo CORRETO durante o atendimento tático.

▪ Intervir CORRETAMENTE no tempo INCORRETO poderá levar a mais fatalidades


com combate.

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Fatores que influenciam no socorro em combate

• Fogo inimigo;

• Limitação de equipamentos médicos;

• Escuridão;

• Terreno;

• Tempo de evacuação;

• Considerações Táticas.

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Causas mais comuns de morte no campo de batalha -

Hemorragias de Extremidades 60%

Pneumotórax Hipertensivo 33%

Trauma de Vias Aéreas 6%

Outros 1%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Fonte: NAEMT - Tactical Combat Casualty Care - TCCC , February 2009

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60 % Conter hemorragias. 33 % Prevenir o pneumotórax.

6 % Liberar vias aéreas. 1 % Outros.

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HEMORRAGIAS
Hemorragia
Podemos definir hemorragia como a perda de sangue devido ao rompimento
de veias ou artérias por causas diversas, como amputações, fraturas diversas,
esmagamentos, cortes, PAF, entre outros.

Classificação:
Externa
. Visível;
. ferimentos em geral.
Interna
. Sangue vasa para interior do corpo;
. Trauma contuso;
. Ruptura ou laceração de órgão do tórax e abdome;
. hemorragias em músculos.

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HEMORRAGIAS
Hemorragia
SINAIS E SINTOMAS

➢Hemorragia Interna: Pulso Rápido e fraco, pele fria, palidez, suor


abundante, sede, náuseas e vômitos, sensação de frio, Tontura, mucosas
descoradas.
➢ Hemorragia externa: sangramento, coágulos.

Quanto ao tipo de vaso lesionado:

➢ Venosa: Fluxo contínuo e não muito intenso;


➢ Arterial: Fluxo em forma de esguicho intermitente, que corresponde aos
movimentos cardíacos.

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HEMORRAGIAS
Hemorragia
SUSPEITE DE HEMORRAGIA INTERNA NAS SEGUINTES SITUAÇÕES:
➢ Ferimentos penetrantes no crânio;
➢ Sangramento pelo nariz ou orelha;
➢ Vômito ou tosse com sangue;
➢ Hematomas no tórax ou sinais de fraturas de costelas;
➢ Abdômen aumentado ou com áreas de hematoma;
➢ Abdômen rígido, sensível ou com espasmos;
➢ Sangramento retal ou vaginal;
➢ Fraturas de pelve, ossos longos da coxa e braço.

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HEMORRAGIAS
Hemostasia
Outra importante definição que devemos descrever é o de hemostasia, que é
o conjunto de mecanismos para estancar o processo hemorrágico.

MECANISMOS CORPORAIS DE SEGURANÇA

Vasoconstrição
Mecanismo de reflexo que permite a contração do vaso sanguíneo lesado
diminuindo a perda sanguínea.

Coagulação
Mecanismo de aglutinação de plaquetas no local onde ocorreu o
rompimento do vaso sanguíneo.

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HEMORRAGIAS
Hemostasia

EQUIPAMENTOS PARA HEMOSTASIA

Torniquete Tático; Preenchimento


de Ferimento; Bandagens de
Combate; Bandagens Simples
compressivas.

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HEMORRAGIAS
TORNIQUETE TÁTICO

Definição: Ferramenta de constrição externa (temporária) que faz a oclusão de veias


e artérias com o objetivo de estancar o sangramento da vítima.

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HEMORRAGIAS
TORNIQUETE TÁTICO – Vantagens:

EFICÁCIA: são produtos construídos com fins específicos para


oclusão de vasos e artérias. Se mostraram eficazes durante o teste do
Instituto de Pesquisa Cirúrgica do Exército dos EUA

SIMPLICIDADE: aplicação em braços e pernas seguem o mesmo


procedimento, facilitando o processo de aprendizagem mecânico e
cognitivo.

DURABILIDADE: são duráveis e estão à pronto emprego para


utilização, além de serem projetados para redução de chances de
falhas mecânicas ou liberações acidentais.

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HEMORRAGIAS
TORNIQUETE TÁTICO

TRATAMENTO :
○ Alto e apertado! (high and tight) - Torniquete emergencial.
○ Deve ser aplicado entre 60s a 120s do trauma.
○ Sim, dói! (depois de retirado, dor isquêmica passa entre 15 a 20 min)

ERROS COMUNS:
○ Não aplicar com força suficiente (síndrome compartimental)
○ Tem dúvida? APERTE MAIS!
○ Demorar em decidir aplicar ou aplicar nas articulações
○ Querer “afrouxar” o torniquete de “tempo em tempo”.
○Não esvaziar bolsos e retirar objetos que possam impactar negativamente na
aplicação.

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HEMORRAGIAS
TORNIQUETE TÁTICO
APLICAÇÃO:

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HEMORRAGIAS
TORNIQUETE TÁTICO
TEMPO DE UTILIZAÇÃO:

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HEMORRAGIAS
TORNIQUETE TÁTICO
DISPOSIÇÃO NO EQUIPAMENTO:

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HEMORRAGIAS
TORNIQUETE TÁTICO

PRÁTICA !

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HEMORRAGIAS
PREENCHIMENTO DO FERIMENTO
Gaze com agente coagulante.
Definição: Todo produto natural ou químico utilizado para espessas líquidos.

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HEMORRAGIAS
PREENCHIMENTO DO FERIMENTO
Gaze com agente coagulante.

História: As primeiras marcas utilizadas esquentavam


demasiadamente quando colocadas em contato com o sangue,
chegando ao ponto de produzir queimaduras nas vítimas / pacientes.

Hoje: Atualmente os produtos que auxiliam na coagulação são


embebidos em esponjas ou tecidos. Quando utilizados em tecidos,
estes são dobrados em “Z”, pois dessa forma ocupam menos espaço
no transporte de material médico. São tão difundidos que existem
disponíveis em versões direcionadas à população civil.

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HEMORRAGIAS
PREENCHIMENTO DO FERIMENTO
Gaze com agente coagulante.
APLICAÇÃO:

● Sempre usar em sangramento massivo.


● Deve ser aplicado preferencialmente entre 60 a 120s de ocorrido o
trauma.
● Fazer pressão no local de 3 a 5 minutos e reavaliar.

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HEMORRAGIAS
PREENCHIMENTO DO FERIMENTO
Gaze simples, do tipo “metro/rolo – sem agente coagulante.

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HEMORRAGIAS
PREENCHIMENTO DO FERIMENTO
Gaze simples, do tipo “metro/rolo – sem agente coagulante.

APLICAÇÃO:

● Sempre usar em sangramento massivo.


●Deve ser aplicado preferencialmente entre 60 a 120s de ocorrido o
trauma.
● Fazer pressão no local de 5 a 10 minutos e reavaliar.

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HEMORRAGIAS
PREENCHIMENTO DO FERIMENTO
PASSO A PASSO...

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HEMORRAGIAS
PREENCHIMENTO DO FERIMENTO
MECÂNICA DO PREENCHIMENTO.

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HEMORRAGIAS
PREENCHIMENTO DO FERIMENTO
ERROS COMUNS:

● Não pressionar o tempo suficiente;

● Utilizar absorventes internos femininos;

● Não utilizar a técnica de “power ball”;

● Caso o sangramento não cesse, aplicar outra gaze “por cima”, ao


invés de retirar a primeira, recolocando-a e seguindo o protocolo.

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HEMORRAGIAS
PREENCHIMENTO DO FERIMENTO

PRÁTICA !

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HEMORRAGIAS
BANDAGENS DE COMBATE
A bandagem de combate é uma faixa elástica com um tecido de
absorção que auxilia no controle de pequenos a moderados
sangramentos e/ou para manter produtos coagulantes no local
desejado.

Algumas possuem ainda hastes e/ou pontos de pressão inseridos na


bandagem para que possam produzir maior compressão (sobre o
ferimento) quando utilizadas.

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HEMORRAGIAS
BANDAGENS DE COMBATE

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HEMORRAGIAS
BANDAGENS DE COMBATE
TRATAMENTO – PASSO A PASSO...

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HEMORRAGIAS
BANDAGENS SIMPLES COMPRESSIVAS

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HEMORRAGIAS
BANDAGENS DE COMBATE E SIMPLES COMPRESSIVAS
APLICAÇÃO:

● Usar em sangramento leve a moderado.

● Usar para manter a gaze com coagulante no local apropriado numa situação de
remoção da vítima.

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HEMORRAGIAS
BANDAGENS DE COMBATE E SIMPLES COMPRESSIVAS

PRÁTICA !

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HEMORRAGIAS
OUTROS MÉTODOS E EQUIPAMENTOS

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HEMORRAGIAS
Controle de hemorragias em objetos cravados
➢ Controlar sangramento;

➢ Estabilizar o objeto;

➢ Não deve ser removido, exceto se prejudicar VAS.

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HEMORRAGIAS

5 Litros - Pessoa 70 kg

1 Litro 1 Litro 1 Litro 1 Litro 1 Litro


de de de de de
sangue sangue sangue sangue sangue

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HEMORRAGIAS
Perdendo 500 ml de sangue:
- Estado Mental: alerta

- Pulso radial: cheio


-FC: normal ou ligeiramente
aumentada
- PAS: normal
- FR: normal
A vítima vai morrer por isso?

NÃO

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HEMORRAGIAS
Perdendo 1L de sangue:
- Estado Mental: alerta
- Pulso radial: cheio
- FC: > 100 bpm
- PAS: normal
- FR: normal
A vítima vai morrer por isso?

NÃO

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HEMORRAGIAS
Perdendo 1,5L de sangue:
- Estado Mental: alerta, mas
ansioso/confuso

- Pulso radial: pode estar fraco


- FC: > 120 bpm
- PAS: pode estar diminuída
- FR: >30
A vítima vai morrer por isso?

POSSIVELMENTE
NÃO
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HEMORRAGIAS
Perdendo 2L de sangue:
- Estado Mental: confuso/letárgico
- Pulso radial: fraco
- FC: > 140 bpm
- PAS: diminuída
- FR: >35
A vítima vai morrer por isso?

TALVEZ

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HEMORRAGIAS
Perdendo 2,5L de sangue:
- Estado Mental: inconsciente
- Pulso radial: ausente
- FC: > 140 bpm
- PAS: diminuída
- FR: >35
A vítima vai morrer por isso?

PROVAVELMENTE

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VIAS AÉREAS

MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DAS VIASAÉREAS

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VIAS AÉREAS

MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DAS VIASAÉREAS


AVALIAR VIA AÉREA PARA QUALQUER OBSTRUÇÃO (atual ou futura)

DIAGNÓSTICO
▪ Avaliar se o paciente fala;
▪ Avaliar sons respiratórios estranhos (borbulhos / stress respiratório, etc);
▪ Avaliar / buscar dentro da boca do paciente objetos que possam estar
impedindo a respiração.

TRATAMENTO
▪ Retirada do corpo estranho da cavidade bucal;
▪ Posição de segurança caso tenha saída de fluidos na via aérea.

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VIAS AÉREAS

MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DAS VIASAÉREAS


PROCEDIMENTOS:

▪ Sucção / varredura retirada com o dedo;

▪ Elevação do queixo/ mento (chin lift);

▪ Tração mandibular (jaw thrust);

▪ Posição de recuperação / segurança;

▪ Utilização da cânula nasofaríngea.

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VIAS AÉREAS

MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DAS VIASAÉREAS


PROCEDIMENTOS:

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VIAS AÉREAS

MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DAS VIASAÉREAS


PROCEDIMENTOS:

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VIAS AÉREAS

MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DAS VIASAÉREAS


PROCEDIMENTOS:
Utilização de cânula nasofaríngea em vítimas com obstrução severa de Vias
Aéreas.

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VIAS AÉREAS

MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DAS VIASAÉREAS


ERROS COMUNS:

Acreditar que a vítima desacordada vai manter a via aérea pérvia por ele
mesmo.

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VIAS AÉREAS

MANUTENÇÃO DA PERMEABILIDADE DAS VIASAÉREAS

PRÁTICA !

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PNEUMOTÓRAX

Pneumotórax ocorre em até 20% das lesões torácicas graves,


possuindo três níveis crescentes de gravidade:
➢ Pneumotórax Simples:
➢É a presença de ar dentro do espaço pleural.
➢ Pneumotórax Aberto (Ferimento torácico soprante):
➢ Envolve um Pneumotórax associado a uma falha na parede toráxica que
permite a entrada e saída de ar do espaço pleural vindo de fora com esforço
ventilatório.
➢ Pneumotórax hipertensivo:
➢ Ocorrequando o ar continua a entrar e fica preso no espaço pleural com
gradual aumento da pressão torácica.

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PNEUMOTÓRAX
Pneumotórax Simples
Avaliação:
-Possível fratura de arco costal;
-Dor ao respirar;
-Disfunção respiratória
Tratamento:
-Colocar em posição confortável;
-Transportar rapidamente a unidade médica;
-Monitoramento constante;
-Pode evoluir para Pneumotórax Hipertensivo.

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PNEUMOTÓRAX
Pneumotórax Aberto
Avaliação:
-Desconforto respiratório (respirando rápido);
-Pulsação elevada;
-A avaliação da parede torácica revelará o ferimento, que pode fazer sons perceptíveis
de sucção durante a inspiração, e borbulhar durante a expiração.
Tratamento:
-Fechar a área lesionada;
-Aplicar curativo oclusivo com produtos comerciais, curativo de três pontas ou
improvisados como: folha de alumínio ou filme plástico, diferente da gaze, esses
materiais não permitem a passagem de ar através deles;
-Pode evoluir para um Pneumotórax Hipertensivo.

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PNEUMOTÓRAX
Pneumotórax Hipertensivo
Avaliação:
-Taquipnéia, insuficiência respiratória, em casos graves pode ocorrer cianose e apnéia;
-Distensão da veia jugular, crepitação da parede torácica e cianose

Tratamento:
-Remoção de um curativo oclusivo: esse curativo deve ser rapidamente aberto ou
removido, isso se deve para permitir a descompressão do Pneumotórax hipertensivo
durante remoção/transporte;

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PNEUMOTÓRAX
PROCEDIMENTOS GERAIS
OBSERVAR: Avaliar se o pulmão está expandindo bem e se não existem furos no
tórax!

DIAGNÓSTICO
▪ Avaliar se os dois lados do tórax sobem (expandem) de forma igual.
▪ Avaliar / observar se existe desconforto para respirar
▪ Buscar por orifícios (de entrada e saída) no tórax (frente e trás).

TRATAMENTO
▪ Selo de tórax
▪ “Burp” do tórax

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PNEUMOTÓRAX
PROCEDIMENTOS GERAIS
TRATAMENTO
▪ O selo de tórax é a apresentação tática do curativo de 3 pontas. Ele é mais prático,
rápido e eficiente.

▪ Iniciaram com os selos sem válvula, todavia com as constantes avaliações periódicas
e avanços das técnicas, foi identificado que em alguns casos os pacientes
desenvolviam o pneumotórax hipertensivo, motivo pelo qual a aplicação de selo com
válvula - atualmente - o mais recomendado.

▪ É preventivo! Aplique!

▪ Orifícios acima da linha umbilical deverão - por padrão - ser fechados com selo
de tórax!

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PNEUMOTÓRAX
PROCEDIMENTOS GERAIS
TRATAMENTO – SELO DE TÓRAX APLICAÇÃO:

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PNEUMOTÓRAX
PROCEDIMENTOS GERAIS
TRATAMENTO – BURP (MANOBRA):
Pode ocorrer da vítima (mesmo após a oclusão dos ferimentos no tórax com o selo
apropriado) ter dificuldade respiratória (taquipneia, dispneia, bradipneia). Caso isso
ocorra, o agente deverá realizar a manobra conhecida como “BURP”:

1. Remova o selo de tórax até que o ferimento fique exposto.

2. Limpe o ferimento com um pano ou gaze, removendo possíveis coágulos

3. Aplique uma pressão firme no lado cujo pneumotórax esteja instalado (tape a boca
e o nariz da vítima, para que o ar possa sair pelo orifício do tórax)

4. Recoloque o selo no lugar.

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PNEUMOTÓRAX
PROCEDIMENTOS GERAIS
TRATAMENTO – BURP (MANOBRA):

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PNEUMOTÓRAX
PROCEDIMENTOS GERAIS

PRÁTICA !

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HIPOTERMIA

É a temperatura corporal reduzida que acontece quando um corpo


dissipa mais calor do que produz internamente durante tempo
suficientemente prolongado. Nos seres humanos, é definida como
uma temperatura padrão do corpo abaixo de 35.0 ºc.
No APH Tático o quadro de hipotermia esta associado à origem do
trauma que pode ser uma queimadura, fratura ou hemorragia.

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HIPOTERMIA

Evitar ao máximo perda de calor da vítima com o ambiente, para isso o agente que
estiver prestando socorro deverá lançar mão de alguns procedimentos:

1. Manter a vítima o mais seca possível.


2. Isolá-la do contato com o solo (principalmente se este estiver úmido)
3. Levar consigo equipamentos simples (cobertor aluminizado e bolsa de calor
instantâneo) para manter a vítima aquecida.
4. Se o ambiente estiver confortável para você significa que estará desconfortável
(frio) para a vítima! - Aqueça-a!

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HIPOTERMIA

MANTAS ALUMINIZADAS

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HIPOTERMIA

“HEAT PACK” OU BOLSAS DE CALOR INSTAMTÂNEO

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HIPOTERMIA

UTILIZAÇÃO DO “HEAT PACK” EM CONJUNTO COM A MANTA

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FASES DO APH TÁTICO

POSSUI AS SEGUINTES FASES:


➢ Cuidado* sobre fogo (Care Under Fire - CUF) acesso remoto;

➢ Cuidado* no campo tático (Tactical Field Care – TFC);

➢ Cuidado* na Evacuação Tática (Tactical Evacuation Care - TacEvac):


➢ Evacuação Imprevista (Casualty Evacuation - CasEvac );

➢ Evacuação Médica (Medical Evacuation Care - MedEvac).

• *Podendo também utilizar “Atendimento”

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FASES DO APH TÁTICO

➢ Cuidado sobre fogo (Care Under Fire - CUF);

➢ Diretrizes para o Atendimento: ACESSO REMOTO


1. Mantenha a supremacia Tática: Neutralize a ameaçao mais rápido
possivel.
2. Garanta a cobertura e a camuflagem: Evite mais ferimento à vítima ou ao
socorrista;

3. Use torniquetes para hemorragias com risco à vida nas exrtemidades;


4. NÃO:
a. Realize manejo invasive de vias aéreas;
b. Realize reanimação cardiopulmonar;
c. Utilize precauções estritas da coluna vertebral.

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FASES DO APH TÁTICO

➢ Cuidado no campo tático (Tactical Field Care – TFC);

➢ Diretrizes para o Atendimento:

1. Controle do sangramento (torniquete, curativo hemostático, curativo


compressivo convencional) para a hemorragia com risco à vida;
2. Gerencie:
a. Via aérea: Se há obstrução de via aérea e assegure com a utilização do dispositivo
nasofaríngeo, dispositivo supraglótico, tubo endotraqueal ou via aérea cirúrgica.(Essa
decisão será baseada na unidade de treinamento e nos protocolos.).

b. Ventilação: Avalie e trate as feridas penetrantes do tórax, ferimentos torácicos


aspirativos e pneumotórax hipertensivo.

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FASES DO APH TÁTICO

➢ Cuidado no campo tático (Tactical Field Care – TFC);


c.Circulação: Avalie o Choque. Estabeleça acesso intraósseo ou intravenoso e inicie
reanimação com fluido, caso tenha indicação médica. (Essa decisão será baseada na
unidade de treinamento e nos protocolos.).

d.Incapacidade: Utiliza talas para quaisquer fraturas de ossos longos e forneça imobilização
da coluna cervical para lesões de alto risco.

e. Exposição: Proteja o ferido contra hipotermia. Exposições ao calor, agentes químicos ou


tóxicos podem ser fatores de risco.

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FASES DO APH TÁTICO

➢ Cuidados na Evacuação Tática (Tactical Evacuation Care - TacEvac):


➢ Evacuação Imprevista (Casualty Evacuation - CasEvac );

➢ Evacuação Médica (Medical Evacuation Care - MedEvac).

➢ Diretrizes para o atendimento:


1. Forneça SME convencional e cuidados de transporte.
2. Assegure rotas de saída para os socorristas de atendimento pré-hhospitalar e para a
ambulância.

3. Atenda as considerações de preparação.


4. Fique alerta para dispositivos secundários e ameaças não convencionais (por exemplo;
inundações, multidões, fogo).

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FASES DO APH TÁTICO

➢ OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Na fase de planejamento da Operação Policial verifique o ambiente, a Geografia e os
recursos disponíveis da área em que será realizada.

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PROTOCOLO M.A.R.C.

• M – Hemorragia Massiva;

• A – Vias Aéreas;

• R – Respiração;

• C – Circulação;

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TÉCNICAS DE ARRASTO E TRANSPORTE DE FERIDOS

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TÉCNICAS DE ARRASTO E TRANSPORTE DE FERIDOS


1. Saída de quadril;
2. Arrasto sem colete;
3. Arrasto com colete (1 operador);
4. Arrasto com colete (2 operadores);
5. Técnica Seals;
6. Técnica da “Mochila”;
7. Outras técnicas.

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ATIVIDADE OPERACIONAL

PRÁTICA

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Preparados para tudo !!!

Força Nacional !!!

Brasil !!!

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