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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI
(Registrado e publicado – Direitos autorais reservados)

“ESPINGARDA CALIBRE 12”


(PARA FINS POLICIAIS)

CURSO PARA PROFESSORES E USUÁRIOS®


(Registrado e publicado – Direitos autorais reservados)

CEL PMESP NILSON GIRALDI

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ESTE MANUAL, COM LIGEIRAS ADAPTAÇÕES, SERVE PARA


QUALQUER MARCA OU MODELO DE ESPINGARDA CALIBRE 12
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“TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA”


“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

Nos últimos anos, milhares de Policiais Brasileiros foram


assassinados, pelos agressores, quando defendiam a Sociedade; outros
milhares foram terminar seus dias numa cadeira de rodas ou amparados por
um par de muletas, também vítimas desses agressores; e outros tantos foram
ou estão sendo processados, condenados, e afastados do convívio de suas
Famílias, e da Sociedade, em virtude do uso incorreto das suas armas de fogo,
provocando vítimas inocentes e a revolta da Sociedade que deveriam servir e
proteger.
O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, que
especialistas internacionais, e a PMESP, batizaram de “Método Giraldi”, e
sua “Doutrina para a atuação armada da Polícia, e do Policial, com a
Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade, e a si Próprio”, visam, entre
outras coisas, evitar que você seja o próximo.
Leve-os a sério. Sua família o espera!

NILSON GIRALDI
CEL PMESP

Heráldica:- “Pomba em vôo”:- Sociedade ordeira.


“Triângulo do tiro”:- Atuação armada da Polícia em defesa da Sociedade”.
“Cor branca”:- Paz; a preservação da vida como prioridade.
“Cor azul”:- Harmonia, equilíbrio.
“Cor laranja”:- Sempre alerta.
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“MÉTODO GIRALDI” ®
“ESPINGARDA CALIBRE 12”®
ÍNDICE Pg.
“Dedicatória a todos os Policiais”.......................................................................................................................... 04
“A Complexidade do Serviço Policial e a Necessidade do Disparo” .. .................................................................. 05
“A Importância da Vida e a Instrução de Tiro”......................... ............................................................................ 06
“Oração do Policial”............................................................................................................................................... 07
“Armas Infalíveis”.................................................................................................................................................. 08
“Valor de um Sorriso”............................................................................................................................................ 09
“As crianças aprendem aquilo que vivem” .............................................................................................................. 10
“Autorização de Uso”............................................................................................................................................. 11
“Método Giraldi” – “Currículo Básico para o seu Desenvolvimento” ............................................................... 12
Cap. 01 - “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi” – “Apresentação”........................... 13
“Doutrina da Atuação Armada da Polícia para Servir e Proteger a Sociedade” ........................... 20
“Doutrina da Atuação Armada do Policial para Servir e Proteger a Sociedade”............................ 26
Cap. 02 - “Qualidades exigidas dos professores do Método Giraldi ................................................................. 36
Cap. 03 - “Súmula da Análise Pessoal”............................................................................................................. 39
Cap. 04 - “Curso Básico” - “Primeira Parte” – “Tiro Policial Nível I” - Desenvolvimento......................... 40
Cap. 05 - “Curso Básico” - “Segunda Parte” – “Tiro Policial Nível II” - Desenvolvimento ..................... 47
Cap. 06 - “Curso Básico” - “Terceira Parte” - “Tiro Policial Nível III” - Desenvolvimento................... 57
Cap. 07 - “Curso Básico” - “Quarta Parte” - “Tiro Policial Nível IV” - Desenvolvimento....................... 58
Cap. 08 - “Súmula de Avaliação do Curso Básico” e como preenchê-la ...................................................... 63
Cap. 09 - “Pistas:- Principais Características e Principais Ensinamentos ..................................................... 65
Cap. 10 - “Planta” da “PPI/PPA-Padrão” ...................................................................................................... 71
Cap. 11 - “Pista Policial de Instrução” - “Primeira Parte” - “PPI-Padrão” ............................................. 72
Cap. 12 - “Pista Policial de Instrução” - “Segunda Parte” - “Outras Pistas” ........................................... 83
Cap. 13 - “Pista Policial de Instrução” - “Terceira Parte” - “Teatro”........................................................ 86
Cap. 14 - “Pista Policial de Instrução” - “Quarta Parte” - “Análise de Casos Reais”............................... 89
Cap. 15 - “Pista Policial de Instrução” - “Quinta Parte” - “Treinamento em Pleno Serviço”.................. 90
Cap. 16 - “Pistas Policiais Especiais” (“PPE”)............................................................................................... 95
Cap. 17 - “Pistas Policiais de Aplicação” (“PPA”) ......................................................................................... 96
Cap. 18 - “Orientações ao Aluno Antes de Passar na PPA” ......................................................................... 100
Cap. 19 - “Súmula de Avaliação da PPA” ...................................................................................................... 102
Cap. 20 - “Como Preencher a Súmula de Avaliação da PPA” ...................................................................... 104
Cap. 21 - “Limpeza e Manutenção de Primeiro Escalão do Armamento e Equipamentos” ......................... 106
Cap. 22 - “Investimento e Valorização do Capital Humano do Policial”...................................................... 107
ANEXOS
Anexo 01 - “Sinais Policiais” ........................................................................................................................... 109
Anexo 02 - “Visada” - “Focalização” ........................................................................................................... 110
Anexo 03 - Espingarda calibre 12 - Principais Perigos ............................................................................. 111
Anexo 04 - Espingarda calibre 12 - Esclarecimento ao Público Interno e Externo................................. 112
Anexo 05 - Alguns Conceitos do “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”.................. 115
Anexo 06 - Mensagem do autor do “Método Giraldi” aos (às) Policiais ...................................................... 118
Anexo 07 - Espingarda calibre 12 - Características e dados técnicos ...................................................... 125
Anexo 08 - “Pistas” - Exemplos de “alvos” e “quadros” - Atuação Básica do Policial ............................ 126
Anexo 09 - “Barricada de Treinamento” ..................................................................................................... 131
Anexo 10 - Como Avaliar “Candidato a Professor” .......................................................................................132
Anexo 11 - “Súmula para Habilitar Candidato a Professor de Usuários ...................................................... 133
Anexo 12 - Treinamento Virtual do Tiro Policial .......................................................................................... 134
Anexo 13 - Alvo “PM-L-74”, de papelão, para o “Curso Básico”............................................................. ... 138
Anexo 14 - Alvo “PM-L-4”, de papelão, para as “PPI”, “PPE” e “PPA” ................................................... 139
Anexo 15 - “Súmula de Avaliação do Professor Feita pelo Aluno” ........................................................... 140
Anexo 16 - “Distintivo - Brevê Oficial do Método Giraldi” - Registrado .................................................. 141
Anexo 17 - Resumo do que é o “Método Giraldi” ......................................................................................... 142
Anexo 18 - “Súmula para avaliar equipe a “PPA-Padrão” ........................................................................ 157
Anexo 19 - “Como preencher a súmula de equipe formada por dois alunos ............................................. 158
Anexo -20 - “Orientações à equipe antes de passar na “PPA” .................................................................... 161
Anexo 21 - “Súmula de Avaliação do Treinamento em Pleno Serviço”....................................................... 164
Anexo 22 - “Treinamento em Pleno Serviço”:- Alguns procedimentos que poderão constar da súmula.....165
Anexo 23 – “Súmula do Observador” – Curso Básico (e explicações) ...................................................... 168
Anexo 24 – “Súmula do Observador” – “PPI” – “PPE” – “PPA” – Outras Pistas (e explicações) ............. 170
Anexo 25 - “Currículo do Autor do Método Giraldi” – por Antonio Baptista ............................................172
Endereços para aquisição de materiais e brevês ......................................................................... 173
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“DEDICATÓRIA”

“Dedicamos este trabalho a todos os Policiais do Brasil, incansáveis e


abnegados profissionais de segurança pública; heróis anônimos, protetores e
escudos da Sociedade que, muitas vezes, pagam com a própria vida essa
árdua, difícil e complexa missão, tida como a mais estressante e perigosa do
mundo”.
CEL PM NILSON GIRALDI
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“A COMPLEXIDADE DO SERVIÇO POLICIAL E


A NECESSIDADE DO DISPARO”

“O Serviço Policial é extremamente complexo, e, dentro dessa


complexidade, a necessidade de um disparo atinge proporções inimagináveis para o
pleno raciocínio do policial nesse instante quando, diante da morte, e com as condições
físicas e psíquicas totalmente alteradas, terá décimos de segundo para decidir se efetua
o disparo (se é que terá); a Justiça, posteriormente, terá vários anos para concluir se o
disparo foi necessário e correto”.
O grande desafio:- Como preparar o policial para esse instante?
Este trabalho dá a resposta.

CEL PM GIRALDI

“As maiores crises de uma instituição policial; a maior


desmoralização do Estado; o maior desrespeito que se comete contra os
Direitos Humanos; a maior causa da perda da liberdade do policial; ocorrem
quando as suas armas, destinadas a servir e proteger a Sociedade, voltam-se
contra a própria Sociedade” (Giraldi)

O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua


“Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a
Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade, e a si Próprio”, evita que isso
aconteça.
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“A IMPORTÂNCIA DA VIDA E A INSTRUÇÃO DE TIRO”

“Na vida nada é mais importante que a própria vida e se a


instrução de tiro lida com a vida e com a morte ela acaba sendo
a mais importante, de maior responsabilidade e conseqüências
entre todas as instruções; vale a pena investir nela”
CEL PM GIRALDI
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“ORAÇÃO DO POLICIAL MILITAR” ®


(Para ser rezada antes de sair para o “serviço” e em outras ocasiões)

Autor:- Cel PMESP Nilson Giraldi

SENHOR:
Saio de casa para o serviço; fazei com que volte são e salvo.
Enquanto protejo outras famílias, por favor, proteja a minha.
Não deixe que uma bala traiçoeira me atinja, nem que eu seja instrumento para
injustiças.
Faça com que minha presença irradie segurança e bem estar, jamais medo ou
desconfiança.
Nos momentos difíceis, e diante da morte, não deixe que eu caia em desespero.
Sou humano, mortal, às vezes fraco, mas, me faça parecer sobre humano, imortal,
forte, a fim de inspirar confiança, esperança e força aos desamparados.
Quando das minhas falhas me perdoe, ainda que não sejam intencionais.
Dá-me força e sabedoria para auxiliar os desesperados, e fé para não desistir diante de
uma vida que se acaba.
Auxiliai-me a ser criança para as crianças; pai para os desprotegidos; e adulto para os
necessitados.
Que o vigor das minhas ações seja sempre em proteção à paz, à vida, aos mais fracos,
aos oprimidos e aos humilhados.
Que eu saiba ver a beleza do coração, não da face, da cor, da raça, da religião ou da
condição social.
Que os menos esclarecidos compreendam minhas limitações e a complexidade do
meu trabalho.
(de volta para o lar)
Obrigado, SENHOR, pelo retorno ao seio da minha família.
SENHOR ABENÇOAI E PROTEGEI OS POLICIAIS MILITARES.
AMÉM!
Obs.:- Esta “Oração do Policial Militar” está registrada e publicada em Bol G PM.
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“ARMAS INFALÍVEIS” ®
Cel PMESP Giraldi

“As melhores armas


para o policial conquistar
o respeito,
a simpatia
e a colaboração
da Sociedade são
a educação,
o sorriso,
a humildade e

o profissionalismo”.

Para o agressor, a Lei!

GIRALDI
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“VALOR DE UM SORRISO” ®
GIRALDI

Não custa nada e rende muito;


Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá;
Dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre;
Ninguém é tão rico que dele não precise;
Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos;
Leva a felicidade a todos e a toda parte;
É manifestação de amor, de amizade, de carinho, de paz e de boa
vontade;
É alento para os desanimados; repouso para os cansados; raio de sol para
os tristes; ressurreição para os desesperados;
Não se compra nem se empresta;
Nenhuma moeda do mundo pode pagar o seu valor;
Não há ninguém que precise tanto de um sorriso como aquele que não
sabe mais sorrir.
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“AS CRIANÇAS APRENDEM AQUILO QUE VIVEM”®


GIRALDI

Se uma criança vive criticada;


Aprende a condenar.
Se uma criança vive com hostilidades;
Aprende a brigar.
Se uma criança vive com gritos;
Aprende a ser agressiva.
Se uma criança vive envergonhada;
Aprende a sentir-se culpada.
Se uma criança vive com tolerância;
Aprende a ser tolerante.
Se uma criança vive com estímulo;
Aprende a confiar.
Se uma criança vive apreciada;
Aprende a ter amor pela vida.
Se uma criança vive com carinho;
Aprende a ser compreensiva.
Se uma criança vive com eqüidade;
Aprende a ser justa.
Se uma criança vive com seguridade;
Aprende a ter fé.
Se uma criança vive com aceitação;
Aprende a respeitar.
Se uma criança vive com alegria;
Aprende a ser otimista.
Se uma criança vive com amor;
Aprende a amar.
Nenhuma criança nasce criminosa, violenta ou hostil;
É o meio em que vive, e o modo como é tratada, que a transforma.
Dê-lhe ódio; e ela odiará.
Dê-lhe desprezo; e ela se vingará.
Dê-lhe elogios; e ela terá autoestima e autoconfiança.
Dê-lhe amor; e ela amará.
Dê-lhe bom exemplo; e ela o imitará.
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AUTORIZAÇÃO DE USO

ESTE MANUAL NÃO FOI ELABORADO COM FINS FINANCEIROS OU


QUALQUER OUTRO OBJETIVO QUE NÃO SEJA COLABORAR COM AS POLÍCIAS, COM
OS POLICIAIS, E COM A SOCIEDADE.
SUA DISTRIBUIÇÃO É GRATUITA. SOMENTE PARA POLICIAIS.
É UM LEGADO.
TODO O SEU CONTEÚDO ESTÁ REGISTRADO.
A REPETIÇÃO CONSTANTE DO MESMO CABEÇALHO, NO INÍCIO DE CADA
CAPÍTULO, OBEDECE A PRINCÍPIOS JURÍDICOS.
PODERÃO ATUAR COMO PROFESSORES DO “MÉTODO GIRALDI”,
UTILIZANDO ESTE MANUAL, POLICIAIS APROVADOS EM CURSOS OFICIAIS
MINISTRADOS PELO CEL GIRALDI OU POR PROFESSORES POR ELE PREPARADOS, E
DESDE QUE SEM FINS FINANCEIROS, COM EXCEÇÃO DOS RECEBIMENTOS DAS
AULAS MINISTRADAS, PREVISTOS EM NORMAS PRÓPRIAS DE CADA INSTITUIÇÃO
POLICIAL.

O AUTOR
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TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA
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CURRÍCULO BÁSICO PARA SEU DESENVOLVIMENTO ®


O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina para a Atuação Armada da
Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade, e a si Próprio” ®, ou simplesmente
“Método Giraldi” ®, desenvolve-se através do seguinte currículo básico (ver também seu currículo “Universal”:-
01. “Apresentação do Método Giraldi”. Finalidades.
02. “Legislação Específica”.
03. “Os Direitos Humanos”. “Os Direitos Humanos do Policial”.
04. “Os Direitos Humanos Aplicados à Função Policial”. “Os Direitos Humanos Aplicados à Função
Policial Armada”.
05. “Método Giraldi” e “Transversalidade com os Direitos Humanos”, etc.
06. “Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a
Sociedade, e a si Próprio”. “Gradação do uso da força e da arma de fogo”.
07. “Qualidades Exigidas do Professor do Método”.
08. “Didática Especial para o Ensino do Método”.
09. “Súmulas”
10. “Montagem de Alvos, Pistas Policiais, e Locais de Instrução”.
11. “Curso Básico”:-
a. “Primeira Parte”:- “Tiro Policial Nível I”;
b. “Segunda Parte”:- “Tiro Policial Nível II”;
c. “Terceira Parte”:- “Tiro Policial Nível III”;
d. “Quarta Parte”:- “Tiro Policial Nível IV;.
e. “Quinta Parte”:- “Avaliação do Curso Básico”.
12. “Pistas Policiais de Instrução”:-
a. “Pista Policial de Instrução”:- “Primeira Parte” (“PPI-Padrão”);
b. “Pista Policial de Instrução”:- “Segunda Parte” (“Outras Pistas”);
c. “Pista Policial de Instrução”:- “Terceira Parte” (“Teatro”);
d.“Pista Policial de Instrução”:- “Quarta Parte” (“Análise de Casos Reais”);
e. “Pista Policial de Instrução”:- “Quinta Parte” (“Instrução em Pleno Serviço”)
13. “Pistas Policiais Especiais” (“PPE”).
14. “Pistas Policiais de Aplicação” (“PPA”).
15. “Estudo balístico dos projéteis”. “Protetores balísticos”. “Coletes balísticos”.
16. “Munições químicas”. “Munições não letais”.
17. “Negociação”. “Gerenciamento de crises”.
18 “Abordagens”.
19. “Teatro fora das pistas”.
20. “Evitando tragédias”. “Análise de casos reais”.
21. “Prontosocorrismo Durante e Após Confrontos Armados”
22. “Treinamento em pleno serviço ou Instrução continuada”.
23. “Limpeza e Manutenção do Armamento, Munição e Equipamentos”.
24. “Investimento e Valorização do Policial”.
Bibliografia:-
Giraldi, Nilson:- Publicações; “CDs”; “DVDs”; e manuais sobre o “Tiro Defensivo na Preservação
da Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de
Servir e Proteger a Sociedade e a si Próprio” (distribuições gratuitas). Cursos Práticos.
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CAPÍTULO 01

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

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“APRESENTAÇÃO”

O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina para a Atuação
Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade, e a si Próprio”, têm
como finalidade preparar o policial para utilizar seu armamento com técnica, com tática, com psicologia, dentro
dos limites das Leis, e dos Direitos Humanos, em defesa própria e da Sociedade tendo, como prioridade, a
preservação da vida e da integridade física, a começar da sua e das pessoas inocentes, também daquelas contra as
quais não há necessidade de disparos (agressores), livrando-o, assim, de pesados processos e condenações, e como
última alternativa, medida extrema, o disparo, dentro da legalidade, calcado na necessidade, oportunidade,
proporcionalidade e qualidade, com o propósito de tentar paralisar uma ação violenta e covarde, já em curso, por
parte do agressor, contra a vida de alguém, inclusive a sua.
Obedece, fielmente, os princípios da Carta da ONU para o assunto; do Comitê Internacional da Cruz Vermelha
e dos Direitos Humanos (integrantes seus estão divulgando, recomendando e ensinando o “Método Giraldi”,
internacionalmente); das Leis, da Realidade e da Política Policial Brasileira; do Policiamento Comunitário; do respeito à
dignidade das pessoas; das necessidades e dos Direitos Humanos do policial para o bom desempenho do seu trabalho em
defesa própria e da Sociedade; das dificuldades financeiras da quase totalidade das polícias; etc.
O “Método” é extraordinariamente adaptável às circunstâncias especiais e particularidades de cada polícia, e dos
seus locais diferenciados de atuação. Tem um tronco básico para todos os policiais, seguido das especializações
necessárias para cada uma das suas atividades. Não fica preso às páginas de livros, manuais ou regulamentos, mas ao
dinamismo de uma execução prática, observável, e corrigível.
Os principais fundamentos do “Método Giraldi” são os reflexos condicionados positivos, a serem
adquiridos pelo policial em treinamentos imitativos da realidade, com eliminação dos negativos, antes de se ver
envolvido pelo fato verdadeiro. Quando o policial é surpreendido por um confronto armado, onde a morte está sempre
presente, suas emoções e reações são tão intensas que, geralmente, atuam mais rápido que o raciocínio; por isso a
necessidade do condicionamento positivo anterior.
Ensina o policial a raciocinar, atuar e administrar o estresse, sob pressão e diante da morte.
Sua principal finalidade é a atuação armada da polícia, e do policial, com a finalidade de servir e proteger
a Sociedade, e a si próprio; a preservação da vida e da integridade física do policial, das pessoas inocentes, e
também daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressores); a preservação da liberdade do
policial.
Leva em consideração que “não basta o policial saber o que tem que fazer; tem que estar condicionado
a fazer”. “Não basta saber atirar; tem que saber quando atirar e saber executar procedimentos, isto porque,
na quase totalidade das vezes procedimentos, e não tiros, é que preservam vidas e solucionam problemas”.
Esses são os motivos pelos quais, quando da instrução, mais de 95% dos exercícios são procedimentos;
menos de 5% são disparos.
Baseia-se no fato de que, durante um confronto armado, tudo é movimento, medo, surpresa, complexidade
e possibilidades de tragédias, com o policial atuando no angustiante limite entre a vida e a morte, e com as
condições físicas e psíquicas totalmente alteradas. Os fatos, com a morte presente, desenrolam-se com extrema
rapidez, dramaticidade, e com as situações se alterando a cada segundo, quase sempre com gritos, correrias,
barulhos, pessoas desesperadas e em pânico, às vezes feridas e até morrendo. É assustador! O agressor, com
iniciativa, e o fator surpresa ao seu lado, atuando totalmente fora da Lei e, normalmente, não dando a mínima
importância à vida de terceiros, movimenta-se com rapidez, dispara sem qualquer raciocínio, esconde-se, coloca-se
de tocaia. O final é imprevisível. E, se houver mais de um agressor; ou, se o fato ocorrer em local com pouca
luminosidade; ou, no meio do povo; ou, se o policial não foi preparado pelo “Método”; ou, se sua arma não tiver
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“poder de parada”; etc., as possibilidades de tragédias serão maiores ainda. Em todas essas situações o policial, ao
mesmo tempo em que defende a Sociedade, terá também que se defender; a Lei é seu limite; a vida sua
prioridade; o disparo sua última alternativa. Seu equilíbrio emocional e físico; a administração do seu estresse;
a razão sobrepujando a emoção; o uso correto da sua arma de fogo; a execução de coisas simples, práticas, lógicas,
rápidas, precisas, de fácil lembrança, e de resultados eficientes, aprendidas, anteriormente, com o “Método
Giraldi”, serão suas grandes “ferramentas” nesses momentos.
Para entender melhor essa situação, basta imaginar um jogo de futebol entre agressores e policiais, em que
o adversário pode fazer de tudo; o time do policial tem que seguir regulamentos. E tem que ganhar o jogo. Mesmo
10 a 1, para o time do policial, será derrota (morreram dez agressores, e morreu uma pessoa inocente, ou um
policial, ou alguém contra o qual não deveria ter sido feito disparos); “zero” a “zero” será vitória para o time do
policial.
Para lidar com todas essas situações, e tantas outras, o “Método Giraldi” tem como principal
fundamento o condicionamento anterior, a ser obtido pelo policial em treinamentos imitativos da realidade,
antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro. Sem esse condicionamento e essa experiência anterior, ele se
perderá diante de um fato novo grave, principalmente se a morte estiver presente (como sempre está).
Esse condicionamento dar-se-á colocando-o e ensinando-o a atuar, simuladamente, diante de todos os
possíveis problemas, com necessidade do uso de arma de fogo, que possa encontrar na vida real, desde sua atuação
diante de pessoas inocentes; pessoas em atitude suspeita ou suspeitas, com necessidade de “verbalização”; atuação
com pouca luminosidade; em ambientes externos e internos; embarcado e desembarcado; nas cidades, estradas,
locais ermos ou ambientais; com apoio e sem apoio; individual e em equipe; até ocorrências de vulto, inclusive,
com reféns, feridos e mortos. Necessidade de “negociação”, que, uma vez iniciada, não terá tempo para terminar,
cujo objetivo será a preservação da integridade física, da vítima, e a prisão do agressor. Treinará até ficar
condicionado a atuar corretamente, e sem dificuldades. Não avançará na instrução enquanto não ficar
condicionado a executar o exercício anterior corretamente e sem dificuldades. O método trabalha em cima do erro
do aluno. O erro não pode ficar na sua cabeça; só o acerto.
Normalmente, as pessoas não conseguem pensar mais de uma coisa ao mesmo tempo, mas, estando
condicionada, agirá por reflexos condicionados, como alguém que pisa no freio do carro sem ficar pensando em fazê-lo;
digita o teclado de um computador da mesma forma; etc. Esse é o motivo pelo qual, quando dos ensinamentos do
“Método”, o aluno tem que adquirir reflexos condicionados positivos, com eliminação dos negativos, antes de se ver
envolvido pelo fato verdadeiro; caso os negativos não sejam eliminados, eles poderão fazer o policial cometer erros
gravíssimos, durante um possível confronto armado. Esse é o motivo pelo qual o “Método Giraldi” trabalha,
incessantemente, em cima do erro do aluno; ele não avançará na instrução enquanto não eliminar esse erro.
Quando o policial é surpreendido por um confronto armado, onde a morte está sempre presente, suas
emoções e reações são tão intensas que, geralmente atuam mais rápido que o raciocínio; por isso a necessidade do
condicionamento, positivo, anterior.
O “Método Giraldi” é altamente profissional, lógico e realista. Serve para policiais de todas as
idades. Não treina nem prepara o policial para matar, mas para fazer cessar a ação covarde do agressor contra sua
vítima, e isso poderá ser feito de várias formas, desde uma simples “verbalização”, “negociação”, ou procedimento,
até o disparo, legal, necessário, oportuno, proporcional, e correto. Convém lembrar que, durante um confronto
armado, além de outros fatores, tudo se movimenta com rapidez; não há tempo nem condições do policial escolher
pontos de acerto no agressor; ele dispara na direção de sua silhueta; por isso, a morte do agressor poderá até
ocorrer, mas esse não é o objetivo.
Para o “Método Giraldi” não é a quantidade de disparos que prepara o policial, mas, os procedimentos, a
qualidade e as condições com que são efetuados, motivo pelo qual é executado com grande economia de munição,
alvos e outros materiais, sem perder seus objetivos. Excelente para polícias com poucos recursos financeiros. Boa
parte dos treinamentos é feita sem disparos, isto é, apenas “procedimentos que, na quase totalidade das vezes, são
mais importantes que os próprios disparos”.
Na parte final do “Método”, os alvos são substituídos por seres humanos, verdadeiros, e, sem uso de
munição real, a instrução é feita sob a forma de “teatro”, tendo os policiais como atores.
O “Método Giraldi” não exige locais de treinamento sofisticados; para a sua aplicação basta um simples
barranco para contenção dos projéteis. Pode ser feito, da mesma forma, em qualquer parte ou cidade. Utiliza um
mínimo de teoria e um máximo de prática, obedecendo o princípio de que:- “O que eu ouço, eu esqueço; o que eu
vejo, eu lembro; o que eu faço, eu aprendo”.
Tudo se desenvolve nos “Centros de Treinamento na Preservação da Vida” (ou, inexistindo, junto a um
barranco para contenção dos projéteis), até o mínimo de teoria existente. Não há instrução em salas de aula. Para o
método, tiro é como futebol, natação, ciclismo, etc.; só se aprende praticando. É impossível aprendê-lo em
salas de aula; através de livros e apostilas; treinamento virtual; ordens (inclusive, por escrito); etc. Não há
munição? Treina procedimentos; faz-se “teatro” de ocorrências com necessidade do uso de arma de fogo; etc.
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Para treinar procedimentos e fazer “teatro” da aplicação da arma de fogo em defesa da Sociedade, qualquer
local serve, podendo-se aproveitar ou completar o que já existe no terreno. Arma descarregada, simulacro de arma,
ou dedo indicador estendido como se arma fosse, dependendo das finalidades.
É impossível aprender e sentir a eficiência do método sem praticá-lo, e sem a orientação direta do professor,
o qual aliará, sempre, o ensino e o relacionamento humano no trato com seus alunos.
O professor tem que ser modelo e exemplo para seus alunos.
O aprendizado, o sucesso e o gosto do aluno pela matéria deverão ser os grandes objetivos e a grande
vitória do professor. Uma possível reprovação dele não deve fazer parte dos seus planos; assim, todas às vezes em
que o aluno não ficar condicionado a executar algum exercício corretamente, será novamente orientado, repetindo-
o quantas vezes forem necessárias, até executá-lo com perfeição e sem dificuldades.
O aluno precisa querer aprender a manter sua vida, sua integridade física, e sua liberdade; o aluno que
assim não quiser, deverá ser mandado embora.
O tempo e o número de disparos necessários ao aprendizado do “Método Giraldi” estarão diretamente
relacionados à experiência e à capacidade do aluno em absorver e executar, corretamente, os ensinamentos; alguns
poderão necessitar de mais tempo e mais disparos, outros de menos tempo e menos disparos.
Para cada arma há um “manual” específico, e um “currículo” específico.
O “Método Giraldi” abomina a necessidade de decorar nomes de peças e de outros princípios supérfluos
(isso é para armeiros); o importante é saber usar a arma.
A Segurança geral precede tudo.
“Quanto mais bem preparado o policial estiver para usar sua arma menos necessidade sentirá em
fazê-lo; mal preparado verá nela a solução para todos os problemas”.
O policial utiliza, no treinamento, o mesmo armamento, munição e equipamentos com os quais trabalha.
Os ensinamentos, para o policial, vão do disparo propriamente dito, procedimentos, socorro às vítimas,
manutenção e conservação do armamento, munição e materiais, qualidade de vida, até o seu relacionamento com a
sua família e os amigos, passando por exercícios físicos específicos, exercícios de relaxamento, alimentação,
exclusão de drogas, autoconfiança, auto-estima, ideais, valorização da vida, amor pela vida, e tudo aquilo que possa
se relacionar ou influenciar na sua atuação armada em defesa da Sociedade. É preparado, também para esclarecer a
imprensa, autoridades, políticos, e demais segmentos da sociedade, em todos os assuntos relacionados ao tiro,
assim como, sua aplicação na prática, e esclarecimentos sobre confrontos armados havidos. Como depor em Juízo
sobre fatos ocorridos e provocados pelo uso do armamento. Etc..
O “Método Giraldi” é realista; não tem demagogia; não deixa margem para qualquer tipo de
acusação. Pode e deve ser mostrado para todos os segmentos da Sociedade. Preenche, totalmente, as
necessidades do policial para o desempenho do seu trabalho em defesa da Sociedade.
Pode ser feito com qualquer tipo de arma.
Utiliza linguagem simples, de fácil entendimento. Evita palavras e termos estrangeiros.
É de uma simplicidade irritante, mas funciona. “A simplicidade é a rainha da perfeição”.
Não foi desenvolvido com fins financeiros, ou com objetivos para obter qualquer proveito mas, como
um legado em benefício dos policiais, das polícias, e da Sociedade, isto porque, nos últimos anos, milhares de
policiais brasileiros morreram, em serviço, quando defendiam a Sociedade, vítimas dos agressores dessa
Sociedade; outros milhares foram feridos, gravemente, na mesma situação, indo terminar seus dias numa cadeira de
rodas ou amparados por um par de muletas; e, outros tantos foram ou estão sendo processados, condenados e
afastados do convívio de suas famílias e da Sociedade em virtude de disparos efetuados fora de oportunidade,
causando vítimas inocentes e a revolta dessa Sociedade. O “Método Giraldi” visa, entre outras coisas, evitar
que essas tragédias continuem ocorrendo.
Além disso, nenhuma instituição policial, por mais grandiosa que seja, resiste à reação da Sociedade
quando as suas armas destinadas a defender essa Sociedade se voltam contra ela, provocando vítimas inocentes ou
de pessoas contra as quais não há necessidade de disparos (agressores); e isso também precisa ser evitado.
Estatísticas comprovam que, quando aplicado na vida real, o “Método Giraldi” reduz em mais de 95% a
morte e ferimento de policiais em serviço (os outros quase 5% são as fatalidades quase impossíveis de serem
evitadas) e, em 100% a morte e ferimento de pessoas inocentes, provocadas por policiais em serviço, e também
daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressores), livrando, assim, o policial, de pesados
processos e condenações, e acusações contra a sua Corporação. Evita em 100% a perda da liberdade do policial, em
virtude do uso incorreto de sua arma de fogo.
Como “na vida nada é mais importante que a própria vida, e como a instrução de tiro lida com a vida
e com a morte, o “Método Giraldi” considera essa instrução como a mais importante, de maior
responsabilidade e conseqüências entre todas as instruções”, motivo pelo qual a trata com grande
profissionalismo, seriedade, importância e respeito, considerando-a como a matéria que merece maiores
investimentos e atenção.
17

Não se pode esquecer que o policial fardado, nas ruas, é o Estado, materializado, prestando serviço e
atuando junto à da Sociedade; investir nele é investir no Estado, na Sociedade, e na própria Polícia. É através dele
que a Sociedade julga a instituição policial à qual pertence, e o próprio Estado.
Valoriza, ao máximo, o professor do “Método”, para o qual deve ser dado todo o apoio e condições para
desenvolver o seu trabalho, pois, “de uma instrução de tiro bem ministrada, vidas futuras serão preservadas;
mal ministrada, vidas futuras serão sacrificadas, com repercussões extraordinariamente negativas para a
sua instituição policial e para o Estado”.
A educação, a paciência, boa vontade, responsabilidade, conhecimento, capacidade para ensinar, fazer o
aluno aprender e gostar da matéria, ausência de imbecilidades, ausência de castigos, incluindo as tradicionais
“flexões de braços”, etc., são pontos fundamentais exigidos do professor do “Método Giraldi”. Sua missão é difícil
e complexa; atua no limite entre a vida e a morte; é necessário gostar, ter muita experiência, paciência e
conhecimentos para exercê-la, com segurança, em toda a sua plenitude.
Policiais canadenses, americanos, europeus, latinos, etc., que fizeram o curso do “Método Giraldi”, assim
como técnicos e especialistas internacionais, foram unânimes em declará-lo como o mais simples, prático, barato,
objetivo, moderno, evoluído, de fácil assimilação, próprio para polícias, à altura das necessidades do policial para
defender a Sociedade, ao gosto e respeito dos policiais; que pode ser ensinado, da mesma forma, em qualquer parte
ou cidade; revolucionário; que já haviam visto no mundo; um marco.
Está sendo aprovado e adotado por polícias nacionais e estrangeiras (fardadas e civis) que têm tomado
contato com ele, inclusive, está sendo difundido, com grande sucesso, para outros países, através de integrantes do
Comitê Internacional da Cruz Vermelha, dos Direitos Humanos, e de outras organizações.
Aprovado e elogiado pela imprensa, por autoridades e outros segmentos da Sociedade; organizações
nacionais e internacionais; policiais fardados e civis do Brasil e de outros países, incluindo de primeiro mundo;
representantes especializados da ONU; do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e dos Direitos Humanos
(integrantes seus estão divulgando, recomendando e ensinando o “Método”, internacionalmente); do Policiamento
Comunitário; de Universidades do Brasil e do exterior; do “Núcleo de Estudo da Violência” (USP); alunos do
“Curso Superior de Polícia”, “Curso de Aperfeiçoamento de oficiais”; “Curso de Gestão Estratégica de Polícia
Ostensiva Nível 2” (tenentes coronéis), etc.; policiais brasileiros e estrangeiros de todos os níveis”; etc.
Para desenvolver o “Método Giraldi” o autor valeu-se de mais de 50 anos de experiência policial e de tiro.
Ouviu milhares de depoimentos de policiais que estiveram envolvidos em confrontos armados com os “agressores
da Sociedade”, principalmente dos que foram feridos, inclusive, dos que se tornaram deficientes físicos em virtude
desses ferimentos, indo terminar seus dias numa cadeira de rodas ou amparados por um par de muletas; o porque
disso e o que fazer para não mais ocorrer. Analisou milhares de ocorrências policiais com mortes desnecessárias; o
porque disso e o que fazer para não mais ocorrer. Entrevistou centenas de policiais que foram processados,
condenados, retirados do convívio de suas famílias e da Sociedade, em virtude do uso incorreto de suas armas,
quando defendiam a Sociedade; o porque disso e o que fazer para que isso não mais ocorresse; etc.
Contou, ainda, para o seu desenvolvimento, com o assessoramento e acompanhamento de médicos,
psicólogos, psiquiatras e parapsicólogos, que auxiliaram a analisar o comportamento humano, e o que ocorre no
campo físico e psíquico, do policial quando, repentinamente, se vê envolvido num confronto armado, com a morte
presente. Como prepará-lo fisicamente, psicologicamente, tecnicamente e qual a tática necessária para esse
instante, enveredando-se, assim, para um setor extraordinariamente especializado que acabou dando fundamentos
científicos, sólidos e irrefutáveis, para o “Método”. Passou-se a valorizar, intensamente, tudo aquilo que era
necessário colocar em prática num confronto armado, abandonando-se o que era supérfluo para esse instante.
O “Método Giraldi” foi desenvolvido especialmente para as atividades policiais em defesa da Sociedade,
estando completamente desvinculado da instrução para as Forças Armadas e Clubes de Tiro, que tem outras
finalidades, e da apresentação virtual do tiro, no cinema, cuja finalidade é o divertimento descompromissado, assim
como, de quaisquer outras metodologias. É genuíno.
O “Método Giraldi”, e todos os seus complementos, está registrado. Como se trata de um legado,
qualquer polícia poderá fazer uso dele, desde que, citando o “Método” e seu autor (“Tiro Defensivo na Preservação
da Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de
Servir e Proteger a Sociedade”; ou simplesmente “Método Giraldi”), assim como, utilizando os currículos e
manuais já existentes para cada arma, que serão fornecidos, pelo autor do “Método”, gratuitamente; e outros
materiais próprios para a sua execução.
Poderão atuar como “Professores do “Método Giraldi”, para preparar multiplicadores e usuários do
“Método”, policiais que fizeram, ou vierem a fazer, o curso diretamente com o Cel Giraldi, ou com professores por
ele preparados, desde que sejam cursos oficiais, onde tenham sido aplicados os currículos e o manual específico da
arma com a qual foi feito (para cada arma o currículo e o manual já previstos pelo “Método”, que serão fornecidos,
pelo autor do “Método”, gratuitamente). Os cursos não podem ter fins financeiros, com exceção dos recebimentos
das aulas ministradas, previstos em normas próprias de cada instituição policial. Com fins financeiros, fora dessas
18

circunstâncias, só com autorização, por escrito, do autor do “Método” (Cel PMESP Nilson Giraldi –
ngiraldi@uol.com.br

DESENVOLVIMENTO SUMÁRIO DO “MÉTODO GIRALDI:-

O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, é desenvolvido em seis etapas:

Primeira Etapa:- “Curso Básico”, onde o aluno, entre outras coisas, aprende a atirar em todas as
distâncias, situações, posições e dificuldades. É comum a toda a tropa. Com revólver, pistola e metralhadora
portátil serão efetuados dois disparos seguidos e rápidos, semi-visados ou intuitivos, num mesmo alvo e por
posição, de cada vez; com espingarda 12, carabina semiautomática e fuzil 1 (um) disparo. Com relação ao futebol,
corresponderia ao aprender a chutar a gol. Para cada arma um “Curso Básico” e um “Currículo” específico.
O alvo utilizado é o “PM–L–74”, de papelão, retangular, com uma zona central cinza e quatro zonas periféricas
brancas. As zonas de acerto não têm pontuação pré-definidas; serão estabelecidas e valorizadas de acordo com os objetivos da
instrução. Ver “Anexo 13”, deste manual.
Também é utilizada a “barricada de treinamento” (ver “Anexo 09”, deste manual) que tem múltiplas
finalidades para o treinamento do policial como:- Fazer “varreduras”; “verbalizar”; atuar embarricado (protegido)
em todas as posições e situações; atuar através de portas, janelas, seteiras e esquinas; abertura (e entrada) de portas
e janelas; “progressão e regressão” protegidas; etc.
O “Curso Básico” é desenvolvido em 4 partes:- “Tiro Policial Nível I”; “Tiro Policial Nível II”; “Tiro
Policial Nível III”; e “Tiro Policial Nível IV”.

Segunda Etapa:- “Pistas Policiais de Instrução” (PPI), simulações da realidade, com alvos “amigos”,
“neutros” e “agressores”, devidamente caracterizados como seres humanos, de preferência móveis, onde o aluno,
orientado pelo professor, aprende usar seu armamento e atuar (individualmente e em equipe) em confrontos
armados em defesa própria e da Sociedade, em todos os locais, circunstâncias e dificuldades, com técnica, com
tática e com psicologia, dentro dos limites das Leis, do respeito aos Direitos Humanos e da dignidade das pessoas;
tendo a preservação da vida como prioridade e o disparo como última alternativa; e obedecendo todos os princípios
já mencionados. O aluno aprende a “negociar”, “verbalizar”; atuar protegido e com segurança. Têm como
prioridade a preservação da vida do policial e das pessoas inocentes; também daquelas contra as quais não há
necessidade de disparos (agressores, livrando, assim, o policial, de pesados processos e condenações) e, como
última alternativa o disparo, dentro da legalidade, calcado na necessidade, oportunidade, proporcionalidade e
qualidade. É comum a todos os policiais. Com revólver, pistola e metralhadora portátil serão efetuados dois
disparos seguidos e rápidos, semivisados ou intuitivos, por “alvo agressor” atirável, de cada vez. Com espingarda
12, carabina semiautomática e fuzil1 (um). Com relação ao futebol, corresponderia ao aprender a jogar, dentro dos
limites dos regulamentos, orientado pelo técnico.
O alvo padrão é o “PM–L–4”, de papelão, silhueta humana, na cor cinza, a partir do qual são
caracterizados todos os outros alvos (“amigos”, “neutros” e “agressores”). As zonas de acerto não têm pontuações
pré-definidas; serão estabelecidas e valorizadas de acordo com os objetivos da instrução (ver “Anexo 14”, deste
manual). Gasta um mínimo de munição, e até nenhuma (quando se executa apenas procedimentos e sistema de
instrução sob a forma de “teatro”) . Os alvos não atiráveis (maioria) duram vários anos. Um mesmo alvo atirável é
usado por todos os alunos em dezenas de cursos. Posteriormente, quando da instrução sob a forma de “teatro”, os
alvos de papelão serão substituídos por seres humanos verdadeiros, com os próprios policiais atuando como
“atores”.
As “Pistas Policiais de Instrução” (PPI) são desenvolvidas em 5 partes:- “PPI-Padrão”; “Outras Pistas”;
“Teatro”; “Análise de Casos Reais”; e “Aplicação em Pleno Serviço”.

Terceira Etapa:- “Pistas Policiais Especiais” (PPE). Obrigatoriamente com alvos móveis, Simulações
especiais da realidade, também com alvos “amigos”, “neutros” e “agressores”, devidamente caracterizados como
seres humanos. Obedece aos mesmos princípios das “Pistas Policiais de Instrução”. Destinadas a preparar policiais
para execução de serviços especiais, ou em locais especiais, como:- ações táticas; ações táticas especiais (exemplo:-
GATE); choque; operações especiais (exemplo:- desocupações de áreas e locais invadidos, etc.); policiamento
rodoviário; policiamento ambiental; escoltas; guarda de presídios; atuação em favelas, morros, palafitas, estações
(metrô, rodoviária, ferroviária); divertimentos públicos, em geral; segurança de autoridades “VIP”; serviço velado;
serviço reservado; cavalaria; atuação com motos e helicópteros; etc. O policial somente as executará após ter sido
considerado “apto” nas “Pistas Policiais de Instrução”. Desenvolvimento idêntico ao das “Pistas Policiais de
Instrução”.
19

Quarta Etapa:- “Pistas Policiais de Aplicação” (PPA). Obrigatoriamente com alvos móveis, Tambem
simulações da realidade, com os mesmos tipos de alvos da “PPI” e “PPE”, onde o aluno (individualmente e em
equipe), sem conhecimento prévio do que irá encontrar na pista, com o fator surpresa sempre presente, como ocorre
na vida real e, sem qualquer orientação do professor, aplica todos os conhecimentos anteriormente adquiridos.
Receberá pontos positivos ou negativos relacionados aos seus “procedimentos” e “acertos nos alvos”; apenas
pontos negativos relacionados às “penalidades” cometidas; e será desclassificado se cometer “penalidade grave”;
tudo previsto e lançado em súmula própria (ver “Capítulo 19”, desde manual), de acordo com os objetivos da
avaliação. Com relação ao futebol, corresponderia ao jogo propriamente dito. “Somente passando o policial por
“Pistas Policiais de Aplicação” (PPA) é que se saberá se ele tem condições de atuar armado em defesa da
Sociedade; não há outra forma” (Giraldi). A economia de alvos e munição é maior ainda que na “PPI” e “PPE”.

Quinta Etapa:- “Manutenção do armamento, munição e equipamentos”. Nesta etapa, que não precisa ser feita
nesta ordem (pode ser antes), o policial aprende a fazer a manutenção, de primeiro escalão, e a conservação do armamento,
munição, equipamentos, e demais materiais, com a finalidade de poder usá-los, com segurança, em caso de necessidade.

Sexta Etapa:- “Investimento e Valorização do Capital Humano do Policial”. Trata de tudo aquilo
que, fora da sua instrução prática de tiro, possa se relacionar ou influir na sua atuação armada (ou não
armada) em defesa própria e da Sociedade, como:- Os Direitos Humanos. Os Direitos Humanos Aplicados à
Função Policial, e à Função Policial Armada. O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e seu
respeito aos Direitos Humanos, às Leis e à dignidade das pessoas. Sua “Doutrina para a Atuação Armada da
Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade e a si próprio”. Sua aplicação ao
Policiamento Comunitário. Os Direitos Humanos do Policial. Qualidade de vida voltada para o policial. A
importância de estar de bem e ter amor pela vida; que fazer para consegui-lo. A importância de amar e ser amado.
Como se ama. Como conseguir e manter um bom relacionamento com amigos, pais, filhos e esposa. A esposa
como fator preponderante na vida de um homem. A importância transcendental de possuir uma família, bem
constituída, unida e bem administrada; como consegui-lo. Como educar um filho. Como preparar um filho para ter
dignidade, não ser violento, nem cair nas garras da dependência química. A “construção” da personalidade e da
inteligência; como influir, positivamente, e participar dessa “construção”. Os bens essenciais da vida; como
consegui-los e mantê-los. Alimentação, exercícios físicos e de relaxamento direcionados ao policial; como praticá-
los. Como manter o peso dentro dos padrões normais. Como relaxar e se reequilibrar, rapidamente, durante um
confronto armado ou em situações difíceis. Como “administrar” e controlar o estresse. Como não entrar em
depressão. O “Treinamento Autógeno”; como aprendê-lo e exercitá-lo. O inconsciente e sua influência positiva ou
negativa quando da atuação armada do policial em defesa própria e da Sociedade; que fazer para que a “negativa”
não atue. A influência dos reflexos condicionados positivos, adquiridos em treinamentos imitativos da realidade,
com eliminação dos negativos, para uma perfeita atuação armada do policial em defesa própria e da Sociedade.
Instinto e intuição; diferenças. Reflexos condicionados adquiridos e herdados; como eliminar os negativos. Como
ficar condicionado para executar ações simples e complexas de forma correta. A importância da consciência no ser
humano e, portanto, no policial; como melhorá-la e aperfeiçoá-la. O pensamento como fonte e início de todos os
bens e de todos os males; como “dominá-lo”, “policiá-lo” e direcioná-lo para o “bem”. A influência dos hormônios
produzidos pelo corpo no humor, agressividade, mudança de comportamento do ser humano (policial); como
administrar e evitar as conseqüências negativas. A dignidade do policial não tem preço; como mantê-la. O respeito
à dignidade das pessoas. Autodisciplina; imprescindível em todas as atividades. Como se relacionar com os
integrantes da Sociedade. O sorriso, a educação, a humildade, e o profissionalismo, como armas infalíveis para o
policial conquistar a simpatia, o respeito e a colaboração da Sociedade; para o agressor, a Lei. A lógica. Ética e
moral. A importância de sentir-se útil; que fazer para consegui-lo. Ideais, imprescindíveis na vida de uma pessoa;
como imaginá-los, selecioná-los, programá-los e conquistá-los. A auto-estima; como obtê-la e conservá-la. A
autoconfiança; como obtê-la e conservá-la. A paciência como uma das grandes virtudes do policial (e do ser
humano). O autocontrole; como obtê-lo. Ações filantrópicas; tão importante para quem dá como para quem recebe.
A saúde física e mental; que fazer e como colaborar para obtê-las e mantê-las. Exames médicos preventivos;
quando realizá-los. Como respirar corretamente. Como deve ser o ambiente para um repouso reparador,
principalmente após extenuantes trabalhos físicos e/ou mentais. O ato sexual; como praticá-lo; como fazer para que
“atenda” ambas as partes. Como evitar a gravidez indesejada e as doenças sexualmente transmissíveis. A “Tensão
Pré Menstrual” (TPM); que é, causas, conseqüências, tratamento. A influência dos hormônios produzidos pelo
corpo, no humor, mudanças de comportamento, agressividade, do ser humano; como administrar e evitar as
conseqüências negativas. Drogas, suas conseqüências; como evitar as drogas ou deixar de usá-las; como se
relacionar com dependentes químicos, principalmente da própria família. Mensagem especial aos jovens.
Relacionamento e esclarecimento, referente ao uso da arma de fogo em defesa própria e da Sociedade, com a
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imprensa, autoridades, políticos e demais segmentos da Sociedade. Como dar entrevistas à imprensa em assuntos
relacionados às ocorrências com uso de armas de fogo. Como esclarecer o público interno e externo sobre assuntos
relacionados às armas de fogo e munições da Corporação; sua instrução de tiro e sua atuação armada em defesa
própria e da Sociedade. Reféns. “Atirador de elite”. Porque o cidadão comum não deve portar arma de fogo. Como
depor em Juízo por fatos oriundos da utilização da arma de fogo em defesa própria e da Sociedade. Os cuidados
com a arma de fogo no lar. Porte e uso da arma de fogo nas horas de folga. Porque parte da Sociedade não tem
apreço pela Corporação; que fazer para reverter essa situação. Comércio de armas de fogo. Posse e porte de armas
de fogo por civis. “Violência:- Causas, Estímulos, Soluções, Medidas Preventivas”. Que falta ao Estado e às
Polícias Brasileiras para melhor servir e proteger a Sociedade. Segurança Pública. Etc.

A Sexta Etapa do “Método Giraldi”, relativa ao “Investimento e Valorização do Capital Humano do


Policial”® será ministrado sob forma de palestra ou curso, pelo próprio autor do “Método”, ou por
professores por ele preparados e indicados, tendo em vista a abrangência e complexidade dos assuntos, e a
necessidade de especialização e padronização para isso.
Poderá ser ministrada em qualquer etapa ou momento do curso; preferencialmente ao seu final.
Poderá também ser ministrada fora do curso, isoladamente.

GIRALDI
21

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

E SUA “DOUTRINA PARA A ATUAÇÃO ARMADA DA POLÍCIA COM A


FINALIDADE DE SERVIR E PROTEGER A SOCIEDADE E O POLICIAL” ®
(REGISTRADO E PUBLICADO – DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS)

Com metodologia e apoio do “Comitê Internacional da Cruz Vermelha”, através de Comissão


Especial Oficial, este documento integrou, de forma transversal, as “Sete Normas Internacionais de Direitos
Humanos Aplicáveis à Função Policial e Função Policial Armada”; os “Princípios da Carta da ONU para o
Assunto”; as “Diretrizes Internacionais de Direito Internacional dos Direitos Humanos”; as “Convenções e
Tratados Internacionais” dos quais o Brasil é signatário; em especial as constantes do seu glossário.
Está, também, totalmente de acordo com as “Leis”, a “Realidade” e a “Política Policial” Brasileira.
Com as dificuldades financeiras da maioria das Polícias Brasileiras.

O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, que a Polícia Militar do Estado de São Paulo e especialistas
internacionais batizaram de “Método Giraldi” e assim foi registrado, não é uma simples instrução de tiro;
É uma doutrina da atuação armada, da polícia, para servir e proteger a Sociedade, com
utilização de todas as armas de fogo, e complementares, nela existentes;
Onde cada arma de fogo tem seu próprio manual, o qual prevê sua utilização de acordo com essa doutrina.;
Instrução própria para polícia; totalmente desvinculada da instrução das Forças Armadas que tem outras
finalidades.
O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina”, para a atuação armada da
polícia, com a finalidade de “servir” e “proteger” a Sociedade, estabelece que tudo aquilo que for possível
solucionar sem disparos, sem bombas, sem “invasão” (entrada), sem necessidade do uso da força, assim o será.
Mas, se a “força” e/ou a arma de fogo, como últimas alternativas, tiverem que ser usadas, não haverá nenhuma
dúvida sobre seu emprego. A Justiça garante esse emprego. A arma, por exemplo, não é enfeite; é ferramenta de
trabalho. O instituto da “legítima defesa” é universal.
A atuação do policial tem que ser pautada pela inteligência, pela sabedoria, pela paciência, e pelo
profissionalismo. Não admite amadorismo;
Ausência de “precipitação”; ela provoca tragédias terríveis;
Ausência de “valentia perigosa”. É loteria; e, tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, não
deve ser tentado; poderá transformar o policial num herói ou... num defunto ou... num presidiário!
Pedido de apoio, sempre que o policial julgar necessário, mesmo que não venha a ser usado.
Atuação da polícia sempre em equipe;
Parte do princípio de que “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos” (Giraldi).
Extremo profissionalismo.
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Nada justifica a morte de pessoas inocentes, assim como a morte de pessoas contra as quais não há
necessidade de disparos (agressores), ou a morte do policial.
“Negociação” ao extremo; uma vez iniciada, não tem tempo para terminar;
Por mais difíceis que sejam, não devem ser descartadas;
Enquanto houver chances de sucesso, por mínimas que sejam, devem continuar;
A negociação, por parte do policial, tem que ser calma, clara, simples, positiva, pacienciosa, não
ameaçadora, educada, de garantia da vida e da integridade física do agressor, etc. Tom de voz suave, que transmita
confiança, segurança e honestidade. Conquistar a confiança do agressor é imprescindível. A vida e a integridade
física da vítima precede tudo. É como se ela fosse um parente íntimo do próprio policial.
“Verbalização”, sempre que possível e necessária. A primeira frase da verbalização é “----- Aqui é a
polícia!”; em seguida o policial esclarece, de forma clara, audível, firme, educada, o que deseja. Dependendo da
resposta, dará prosseguimento à sua atuação.
A verbalização, com pessoas inocentes, deverá conter, sempre, a frase “por favor”; com os agressores,
sempre que possível. O respeito à dignidade das pessoas deve estar sempre presente;
Uso da força só em casos extremos, dentro da legalidade, obedecendo aos princípios da necessidade,
oportunidade, proporcionalidade e qualidade; jamais com excesso.
Violência nunca; tortura jamais.
Onde a arma do policial é sinônimo de vida, e não de morte, como nas Forças Armadas.
Tem a vida como prioridade;
O disparo como última alternativa, medida extrema para preservar vidas inocentes.
Não tendo como finalidade matar, mas tentar fazer cessar a ação de morte do agressor, contra a sua vítima.
Absoluto respeito às Leis;
Absoluto respeito aos Direitos Humanos. Respeito aos Direitos Humanos do policial.
Absoluto respeito à dignidade das pessoas;
A atuação armada correta da polícia, para servir e proteger a Sociedade tem que ser precedida de um
treinamento perfeito e profissional a ser ministrado aos seus integrantes; sem ele, isso será impossível
Não se pode esquecer que uma instituição policial é conseqüência do treinamento que é ministrado aos seus
integrantes. Sem um treinamento perfeito, é impossível ter uma boa polícia.
O policial, nas ruas, é o Estado materializado, prestando serviço à Sociedade; investir nele é investir na
Sociedade e no próprio Estado;
É através do policial que está na “ponta da linha” que a Sociedade julga a instituição policial à qual ele
pertence; e não pelo que tem ou executa na retaguarda;
Para o bem de qualquer instituição policial ela tem que investir no policial que está na “ponta da linha”; tem que
valorizar o policial que está na “ponta da linha”
O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina”, parte do princípio de que,
na vida nada é mais importante que a própria vida, e, se a instrução de tiro, com a finalidade de preparar o policial
para servir e proteger a Sociedade, lida com a vida e com a morte ela é a mais importante, de maior
responsabilidade e conseqüências entre todas as instruções. Vale a pena investir nela;
Que o professor de tiro exerce a função mais importante, de maior responsabilidade e conseqüências entre
todas as funções; dos seus ensinamentos corretos vidas futuras serão preservadas; dos seus ensinamentos incorretos
vidas futuras serão sacrificadas. Vale a pena investir nele;
Que as maiores crises de uma polícia; o maior desrespeito que se comete contra os Direitos Humanos; a
maior causa da perda da liberdade do policial; ocorrem quando as suas armas, destinadas a servir e proteger a
Sociedade, voltam-se contra ela. O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina”,
prepara o policial para evitar que isso ocorra.
O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, humaniza a instrução de tiro; deixa o
policial sensível à preservação da vida, a começar pela sua. É desenvolvido nos “Centros de Treinamento para a
Preservação da Vida”
Os “Centros de Treinamento para a Preservação da Vida” não são locai sofisticados como alguns possam
imaginar; qualquer local, por mais simples que seja, inclusive um barranco para contenção de projéteis, ou local
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onde se possa desenvolver um “teatro” (ao ar livre), para treinamento, já se constituirá num “Centro”.
Naturalmente que, quanto mais recursos tiverem, melhor.
Os principais fundamentos do “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua
“Doutrina”, para a atuação armada do policial, com a finalidade de servir e proteger a Sociedade, e a si próprio,
são:-
“Reflexos condicionados positivos, a serem adquiridos pelo policial em treinamentos imitativos da
realidade, com eliminação dos negativos, antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro”;
Quando o policial é surpreendido por um confronto armado, onde a morte está sempre presente, suas
emoções e reações são muito intensas; geralmente atuam mais rápido que o raciocínio; por isso a necessidade do
condicionamento positivo, anterior.
Parte do princípio de que o policial é conseqüência de suas experiências. Sem uma experiência anterior,
mesmo que obtida em treinamentos imitativos da realidade, o policial irá se perder diante de um fato novo grave,
principalmente se a morte estiver presente, como sempre está, durante os confrontos armados;
Quando dos treinamentos, trabalho incessante do professor em cima do erro do policial;
O erro não pode ficar na cabeça do policial;
Só o acerto.
Nos treinamentos, enquanto o policial não ficar condicionado a executar o procedimento, da vez, de forma
correta, e sem dificuldades, não passará para o procedimento seguinte;
Assim “não basta o policial saber o que tem que fazer; tem que estar condicionado a fazer” (Giraldi).)
Leva em consideração que:-
“Quanto mais bem preparado o policial estiver para usar sua arma, menos necessidade sentirá em fazê-
lo; mal preparado verá nela a solução para todos os problemas” (Giraldi);
“Não basta saber atirar; é preciso saber quando atirar e saber executar procedimentos, isto porque, na
quase totalidade das vezes, procedimentos, e não tiros, é que preservam vidas e solucionam problemas” (Giraldi))
Os procedimentos constituem mais de 95% do aprendizado; menos de 5% são tiros;
Há uma extraordinária economia de alvos e de munição;
Boa parte da instrução não gasta alvos nem munição; é executada sem disparos.
Tem como finalidade preparar o policial para usar a sua arma com técnica, com tática, com psicologia, e
dentro dos limites das Leis, para servir e proteger a Sociedade;
Devolver o policial íntegro ao seio de sua família, e com sua consciência tranqüila, após sua jornada de
trabalho em defesa da Sociedade, e não para o necrotério, para uma cadeira de rodas, ou para a prisão (em virtude
do uso incorreto de sua arma). Sua família o espera!
Treinamento prático, o mais próximo, possível, da realidade, com uso de alvos de papelão, caracterizados
como seres humanos (diferenciados), nas mais diferentes posições e situações, como na vida real;
Posteriormente, esses alvos são substituídos por seres humanos verdadeiros e, com simulacros de armas de
fogo, a instrução é ministrada sob forma de “teatro”, tendo os próprios policiais como “atores”;
Todas as ocorrências policiais, com necessidade do uso de armas de fogo, com ou sem disparos, possíveis
de serem encontradas pelos policiais, quando em serviço, serão representadas.
Nos treinamentos o policial é colocado frente a frente com todas as possíveis situações, dificuldades e
problemas que possa vir a encontrar na vida real, e ensinado a solucioná-los em todas as suas possíveis variações.
Nos treinamentos o policial usa o mesmo armamento, a mesma munição, os mesmos equipamentos com os
quais irá trabalhar;
É a melhor forma de saber se são eficientes.
Nos treinamentos é utilizado o mínimo de teoria, e o máximo de prática. Parte do princípio de que:-
“O que eu ouço, eu esqueço;
O que eu vejo, eu lembro;
O que eu faço, eu aprendo”.
24

O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, é como futebol, natação, ciclismo, etc., só
se aprende praticando; não há livro, apostila, aulas teóricas, treinamento virtual, ordens, (inclusive, por escrito),
etc., que o ensine.
É realista; não tem demagogia; não deixa margem para qualquer tipo de acusação;
Deve ser constantemente exibido para todos os segmentos da Sociedade.
Parte do princípio de que, durante um confronto armado, onde a morte está sempre presente, tudo é medo,
desespero, movimento, gritos;
O agressor, com a iniciativa, atuando totalmente fora da Lei. Sua arma é sinônimo de morte. A vida de
terceiros, para ele, não vale nada. O disparo é sua primeira alternativa;
O policial em reação, tendo que atuar totalmente dentro da Lei. Sua arma é sinônimo de vida. A vida, para
ele, é prioridade. O disparo a última alternativa.
O policial não dispara contra o agressor porque quer; é o agressor que, com sua atitude de morte, contra a
sua vítima, o obriga a isso; é dever do policial preservar a vida da vítima; a Lei assim o determina. E seu disparo
não tem como finalidade matar o agressor, mas tentar fazer cessar sua ação de morte contra a sua vítima. A morte
do agressor poderá até ocorrer, mas esse não é o objetivo do policial;
Durante um confronto armado não há como o policial escolher pontos de acerto no agressor; não há tempo,
nem condições, para isso;
Os disparos, quando necessários e oportunos, são efetuados com empunhadura dupla, de dois em dois,
rápidos, semi visados ou intuitivos, na direção da silhueta (massa) dos agressores..
Assim, o policial só dispara dentro da legalidade, obedecendo aos princípios da necessidade, oportunidade,
proporcionalidade e qualidade. Um disparo dentro dessas circunstâncias jamais levará seu autor a ser condenado
por ele nos tribunais.
Abaixo, alguns fundamentos, além de outros, que devem ficar condicionadas no policial, durante os
treinamentos, para serem aplicadas quando do uso de sua arma para “servir” e “proteger” a Sociedade:-
Atuar com “inteligência”, “sabedoria”, “paciência”, e “profissionalismo”;
Que sua arma é sinônimo de vida, para ser usada como última alternativa; medida extrema; não tendo como
finalidade matar, mas para tentar fazer cessar a ação de morte, do agressor, contra a vida de sua vítima;
Absoluta segurança no manejo de sua arma de fogo, com a finalidade de evitar acidentes e tragédias;
Dedo sempre fora do gatilho, estendido, junto à armação da arma; o dedo só vai para o gatilho no momento
do disparo, uma vez efetuado, volta para a sua posição normal estendido, junto à armação da arma;
“Da mesma forma que carro não guia, mas é guiado; arma não dispara, mas é disparada, e, para ser
disparada o dedo tem que estar no gatilho” (Giraldi). Assim, o policial evitará tragédias terríveis só pelo fato de
manter o dedo fora do gatilho;
A justificativa de que “a arma disparou” não é verdadeira; foi “disparada”;
Os treinamentos deverão deixar o policial condicionado a manter o dedo sempre fora do gatilho, até que o
disparo se torne imprescindível;
Cano da arma voltado, sempre, para direção segura;
Não manejar arma dentro de viatura;
Se estiver dentro de viatura e for surpreendido por um confronto armado, e tiver que desembarcar, a forma
mais segura para fazê-lo é com a arma no coldre; “mão forte” sobre ela; abrindo a porta com a “mão fraca”,
seguido do saque; tudo, com a maior rapidez possível;
Nunca apontar a arma para pessoas inocentes.
Respeitar à dignidade das pessoas;
Respeitar os Direitos Humanos;
Atuar sempre protegido, mas não perder o contato visual com a área de perigo e os agressores.
Não se precipitar. A precipitação poderá ser fatal para o policial
Não praticar a “valentia perigosa”; é “loteria”, e, tudo que é “loteria”, quando está em jogo a vida humana,
não deve ser tentado.
25

Não ultrapassar seus limites. O policial, como qualquer ser humano, tem limites; não deve ultrapassá-lo;
poderá ser fatal.
Não ter, como ponto de honra, a prisão do agressor a qualquer custo, inclusive, colocando a vida de
pessoas inocentes em risco. (Sem dúvida, será preso, posteriormente).
Não perder o contato visual com a área de perigo;
Localizada a pessoa, sabidamente agressora, suspeita, ou em atitude suspeita, concentrar o olhar nas suas
mãos; é nas mãos que está o perigo, e não na cara;
“Não se analisa as pessoas pela cara, mas pelas suas intenções” (Giraldi);
Atuar, sempre, em equipe;
Pedir apoio, sempre que julgar necessário; mesmo que não venha a ser usado;
Não efetuar disparo de advertência;
Em caso de dúvida, não disparar;
Só disparar contra agressor que estiver atentando contra a vida de alguém, incluindo a do policial, mesmo
assim, observar os princípios da necessidade, oportunidade, proporcionalidade e qualidade. Um disparo dentro
desses princípios, jamais levará seu autor a ser por ele condenado nos Tribunais .
Não disparar quando na linha de tiro houver pessoas inocentes;
Não disparar em agressor que está no meio do povo; solicitar apoio; efetuar o cerco;
Não disparar se houver possibilidades, por mínimas que sejam, do projétil, como “bala perdida”, atingir
pessoas inocentes;
Não disparar contra “pessoas suspeitas”, ou em “atitude suspeita”, inclusive que estejam dentro de viaturas
paradas. Protegido e com “cobertura”, verbalizar:- “----- Aqui é a polícia! Quem são vocês? Mostrem as mãos!”.
Se a viatura “arrancar”, não disparar contra ela; pessoas inocentes poderão estar no seu interior, inclusive no porta-
malas. Pedir apoio; fazer o acompanhamento; efetuar o cerco; fazer a abordagem;
Não disparar em “pessoas suspeitas” ou em “atitude suspeita” que estejam em viatura, incluindo motos,
que tenha rompido um bloqueio. Podem ser pessoas inocentes, ou existir pessoas inocentes no interior da viatura,
ou sobre a moto. Pedir apoio; fazer o acompanhamento; efetuar o cerco; fazer a abordagem;
Ao fazer “acompanhamento” de veículo em cujo interior possam existir “agressores”, “pessoas suspeitas”
ou em “atitude suspeita”, não disparar contra ele; pessoas inocentes poderão também ali estar presentes, inclusive
no porta-malas; além disso, projéteis, disparados pelo policial, poderão ser transformados em “balas perdidas” e
atingir pessoas que estejam nas imediações, ou fora dela. Pedir apoio; continuar o acompanhamento; efetuar o
cerco; fazer a abordagem;
Para ocorrências que atraiam curiosos, parentes das vítimas, imprensa, etc:-
O coordenador da operação deverá nomear um policial para prestar, constantes, e possíveis,
esclarecimentos aos parentes das vítimas, à imprensa, etc;
Mantê-los, educadamente, fora da área de perigo, em segurança.
No “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, o professor tem que ser modelo e exemplo
para os alunos...
“As pessoas tendem a agir da mesma forma como são tratadas”
“Imbecis geram imbecis”
“Pessoas respeitosas geram pessoas respeitosas” (Giraldi)
O relacionamento humano entre professor e aluno tem que estar sempre presente;
O professor tratando o aluno com respeito, com dignidade e apreço, sem dúvida, gerará um policial que irá
aplicar os mesmos princípios quando em contato com os integrantes da Sociedade;
Não admite qualquer tipo de castigo para com os alunos, inclusive, “flexões de braços”, que,
comprovadamente, provocam traumas profundos nas pessoas de bem;
Não admite professores vagabundos e irresponsáveis.
O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi” exige do aluno:-
Que queira aprender a preservar a sua vida; a vida de pessoas inocentes; também daquelas contra as quais
não há necessidade disparos;
Que queira aprender a preservar a sua liberdade;
26

O aluno que assim não quiser deve ser dispensado; não perder tempo com ele.
A aplicação do “Método Giraldi” reduz em 100% a morte de pessoas inocentes provocada por policiais em
serviço; também daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressores). Reduz em mais de 95% a
morte de policiais em serviço; os outros quase 5% são as fatalidades, quase impossíveis de serem evitadas
(execuções). Reduz em 100% a perda da liberdade do policial em virtude do uso incorreto de sua arma de fogo.
A única forma de aprender, e entender, o “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e
sua “Doutrina para a Atuação Armada da Polícia e do Policial com a Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade e
a si Próprio” é fazendo o curso.
GIRALDI

GLOSSÁRIO:-

“DUDH”:- Declaração Universal dos Direitos Humanos – 10 de dezembro de 1948


“CADH”:- Convenção Americana Sobre Direitos Humanos – Pacto de San José – 22 de novembro de 1969
“PIDCP”:- Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos – 16 de dezembro de 1966
“CCT”:- Convenção Contra Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes -10
de dezembro de 1984
“CCEAL”:- Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei – 17 de
dezembro de 1979
“PBUFAF”:- Princípios Básicos sobre Utilização da Força e da Arma de Fogo pelos Funcionários
Responsáveis pela Aplicação da Lei – 29 de novembro de 1985
“CONJUNTO DE PRINCÍPIOS”:- Conjunto de Princípios para a Proteção de Todas as Pessoas
Sujeitas a Qualquer Forma de Detenção ou Prisão – 09 de dezembro de 1988
27

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

E SUA “DOUTRINA PARA A ATUAÇÃO ARMADA DO POLICIAL COM A


FINALIDADE DE SERVIR E PROTEGER A SOCIEDADE E A SI PRÓPRIO” ®
(REGISTRADO E PUBLICADO – DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS)

Com metodologia e apoio do “Comitê Internacional da Cruz Vermelha”, através de Comissão


Especial Oficial, este documento integrou, de forma transversal, as “Sete Normas Internacionais de Direitos
Humanos Aplicáveis à Função Policial e Função Policial Armada”; os “Princípios da Carta da ONU para o
Assunto”; as “Diretrizes Internacionais de Direito Internacional dos Direitos Humanos”; as “Convenções e
Tratados Internacionais” dos quais o Brasil é signatário; em especial as constantes do seu glossário.
Está, também, totalmente de acordo com as “Leis”, a “Realidade” e a “Política Policial” Brasileira.
Com as dificuldades financeiras da maioria das Polícias Brasileiras.

Prezado (a) Policial ®:-

Nos últimos anos, milhares de Policiais Brasileiros foram assassinados, pelos agressores, quando
defendiam a Sociedade; outros milhares foram terminar seus dias numa cadeira de rodas ou amparados por
um par de muletas, também vítimas desses agressores; e, outros tantos foram, ou estão sendo, processados,
condenados e afastados do convívio de suas Famílias e da Sociedade em virtude do uso incorreto de suas
armas de fogo, provocando vítimas inocentes e a revolta da Sociedade.
O “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, que especialistas internacionais, e a Polícia Militar
do Estado de São Paulo, batizaram de “Método Giraldi”, e assim foi registrado, e sua “Doutrina para a
Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade, e a si Próprio”
visam, entre outras coisas, evitar que você seja o próximo. São gratuitos!
Leve-os a sério. Sua família o espera!
GIRALDI

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
POR FAVOR, FAÇA CÓPIAS E DISTRIBUA
APENAS PARA POLICIAIS

RESERVADO
28

Prezado (a) Companheiro (a) Policial ®:- (Registrado. Divulgação livre, sem alterações, e citando a
fonte).

O Policial Brasileiro trabalha dentro do quadro de maior violência do mundo.


Policiais de países de primeiro mundo, após tomar contato com nossa realidade, afirmam que não
teriam condições de trabalhar aqui, e que não sabem como o Policial Brasileiro o consegue.
E tudo se torna mais difícil ainda quando faltam leis que dêem sustentação ao seu trabalho; materiais e
tecnologia de ponta; efetivo; motivação... (Maiores informações, a respeito do assunto, leia a matéria
“VIOLÊNCIA:- CAUSAS, ESTÍMULOS, SOLUÇÕES”, do Cel PMESP Nilson Giraldi, publicada a partir da
página 041, da revista “A FORÇA POLICIAL”, “Órgão de Informação e Doutrina da Instituição Policial
Militar”, nº 34, de abril/maio/junho de 2002).
Para lidar com essa violência sua Instituição Policial, incluindo você, é mais uma peça, entre dezenas
de outras, e não a única com essa responsabilidade. Além disso, ela, e você, não atuam nas causas da violência, mas
nas conseqüências. Cumpra a sua parte; estimule os outros a cumprirem a parte deles. Esclareça a Sociedade sobre
esse fato.
Você, como todos os seres humanos, e todos os policiais do mundo, tem limitações; para evitar
tragédias, não as ultrapasse.
Você não ingressou na polícia para morrer, para terminar seus dias numa cadeira de rodas ou amparado
por um par de muletas, ou para perder a sua liberdade. Você, como eu, entrou na polícia como forma de vida! Um
ideal!
Sua profissão é de altíssimo risco, mas, você não tem obrigação de morrer, ou colocar em risco a
vida de pessoas inocentes, para cumpri-la
Lembre-se:- Na vida nada é mais importante que a própria vida, a começar pela sua e das pessoas
inocentes; também daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressores).. Nada justifica a sua
morte; a morte de pessoas inocentes; assim como a morte de pessoas contra as quais não há necessidade de disparos
(agressores).
A perda da sua liberdade, em virtude do uso incorreto da sua arma, será uma tragédia irreparável.
Sua vida e sua liberdade não têm preço. E sua família o espera!
Para aprender a preservar a sua vida, a vida de pessoas inocentes, também daquelas contra as quais não
há necessidade de disparos (agressores), e a sua liberdade, faça o curso do “Tiro Defensivo na Preservação da
Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a
Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade, e a si Próprio”. É gratuito! Procure seu superior, para
isso..Leve ainda em consideração que, as maiores crises de uma polícia; o maior desrespeito que se comete contra
os Direitos Humanos; as maiores causas da perda da liberdade do policial; ocorrem quando as suas armas,
destinadas a servir e proteger a Sociedade, voltam-se contra essa Sociedade. Evite que isso ocorra fazendo o curso
retro mencionado. É gratuito! Procure seu superior, para isso. Não basta você saber o que tem que fazer;
tem que estar condicionado a fazer; e, só o “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua
“Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade”, o
ensina e condiciona-o a fazer. É gratuito! Procure seu superior, para isso.
Sua atuação armada deve ser pautada pela sua inteligência, pela sua sabedoria, pela sua paciência e
pelo seu profissionalismo.
Sua atuação armada tem que ser executada com extremo profissionalismo; não admite amadorismo.
Tudo aquilo que for possível solucionar sem disparos, sem bombas, sem “invasão” (entrada), sem
necessidade do uso da força, com “negociação”, assim o será.
Mas, se a “força” e/ou a arma de fogo, como últimas alternativas, tiverem que ser usadas, não haverá
nenhuma dúvida sobre o seu emprego. A Justiça garante esse emprego. A arma, por exemplo, não é enfeite, é
ferramenta de trabalho. O instituto da “legítima defesa” é universal”.
Negocie, negocie sempre que possível; negocie até os limites possíveis. Negocie ao extremo. Por
mínimas que sejam as chances de sucesso numa negociação, negocie.
Numa negociação, a vida e a integridade física da vítima precede tudo; veja-a como sendo um parente
íntimo, querido, seu, e não como sendo uma pessoa qualquer.
Sua forma de atuar, em qualquer negociação, tem que ser educada, calma, clara, simples, positiva,
pacienciosa, não ameaçadora, de respeito às Leis, de garantia da vida e da integridade física do agressor. Procure
conquistar a confiança do agressor.
Procure passar calma. Não se exalte. Não grite. Não eleve o tom de voz além do necessário.
Conquistar a confiança do agressor, numa negociação, é imprescindível para uma solução favorável à
polícia, à vítima, e até para o agressor, que terá a sua vida e a sua integridade física preservadas. A partir do
momento em que se estabelece um grau de confiança entre as partes, tudo se torna mais fácil para todos. Etc.
29

“Verbalize” sempre que necessário. A primeira frase da verbalização é:- “---- Aqui é a polícia!”. Em
seguida, diga, com voz firme, clara, audível, educada, o que deseja. A frase “por favor” deverá ser empregada
constantemente.
Dentro de um confronto armado, onde a morte está sempre presente, ao verbalizar com “agressores”,
“pessoas suspeitas” ou em “atitude suspeita”, mantenha o olhar e o cano da arma voltados para a direção do perigo,
com a finalidade de inibir uma possível reação criminosa (não se descuide; não facilite uma ação criminosa por
parte deles); dedo fora do gatilho, pronto para uma possível reação. Não olhar apenas a cara dessas pessoas, mas
também, e, principalmente, as mãos; é nas mãos que está o perigo. Não julgar as pessoas pela cara, pela cor, etc.,
mas pelas suas intenções.
Confirmada a inocência da pessoa, inicialmente “suspeita” ou em “atitude suspeita”, conduza a arma
para “posição sul” e peça-lhe desculpas:- “----- Desculpe a minha atitude; mas, foi a sua atitude suspeita que me fez
tomá-la; por favor, saia do local que está perigoso; proteja-se. Obrigado”. Etc.
A posição correta das mãos do agressor que está se entregando é sobre a “cabeça”, e não na “nuca”. A
verbalização do policial, para isso, é:- “----- Aqui é a polícia; coloque as mãos na cabeça!”; etc.
Cuidado! O fato de uma pessoa, que você não conhece, estar com uma arma de fogo nas mãos, não
significa que seja “agressora”; pode ser um civil comum; um policial civil; um policial militar em trajes civis; e até
um agressor sem intenções de disparar contra alguém. Não se justifica o disparo contra ela
O disparo, contra o agressor, só deve ocorrer se ele estiver atentando contra a vida de alguém, inclusive
a sua; dentro da oportunidade, necessidade, e proporcionalidade.
Sua arma é sinônimo de vida, e não de morte. Não a confunda com as armas das Forças Armadas, que
têm outras finalidades.
O uso da arma de fogo não é solução; é a última alternativa, medida extrema, para evitar mal maior.
Para preservar vidas, a começar pela sua e das pessoas inocentes; também daquelas contra as quais não há
necessidade de disparos (agressores).
Na quase totalidade das vezes procedimentos, e não tiros, é que preservam vidas, a começar pela sua, e
solucionam, problemas. Tiros, quase sempre, provocam problemas. Treine procedimentos, em suas horas de folga,
em qualquer lugar; se necessário, usando o dedo indicador estendido, como se arma fosse
Quanto mais bem preparado o policial estiver para suar sua arma, menos necessidade sentirá em
fazê-lo; mal preparado verá nela a solução para todos os problemas (Giraldi). O curso do “Tiro Defensivo na
Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina para a Atuação da Polícia, e do Policial, com a
Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade, e a si Próprio” que é ministrado gratuitamente, deixa-o
preparado para usá-la corretamente. Se ainda não o fez, faça-o! Procure seu superior, para isso.
Quando em serviço use, sempre, colete balístico
Num confronto armado, não se exponha; atue sempre protegido; não perca o contato visual com a área
de perigo; não perca o contato visual com os agressores.
Cuidado! Acredite, sempre, que o pior pode acontecer. Os milhares de companheiros nossos, mortos
em serviço; ou que foram terminar seus dias numa cadeira de rodas ou amparados por um par de muletas; ou que
foram processados, condenados, afastados do convívio de suas Famílias e da Sociedade, em virtude do uso
incorreto de suas armas de fogo, também pensavam que nunca fosse acontecer com eles.
Cuidado! Grande parte dos integrantes da Sociedade estimula o policial a matar “bandidos”; afirmam
que “bandido bom é bandido morto”; etc. Posteriormente se negarão a falar isso em Juízo, em sua defesa, e, jamais
lhe farão uma visita, ou levarão um “cafezinho” para você, no presídio. Os presídios contém enorme quantidade de
policiais que deram ouvidos a esse estúpido estímulo; constituem aquilo que chamamos de “legião dos
arrependidos”, pois, afirmam que, se pudessem voltar atrás, jamais repetiriam o ato que os levou a perder a
liberdade. Não seja mais um deles; sua família o aguarda; sua família precisa de você; não perca sua liberdade. Só
dispare em agressor dentro da legalidade, obedecendo os princípios da necessidade, oportunidade,
proporcionalidade e qualidade. Um disparo desse jamais o levará a ser por ele condenado nos Tribunais. Para
ficar condicionado a aplicar esses princípios, faça o curso de “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método
Giraldi”, e sua “Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a
Sociedade, e a si Próprio”. É gratuito; fale com seu superior, para isso.
Cuidado! A posse de arma de fogo costuma deixar as pessoas muito valentes, com a “emoção”
sobrepujando a “razão”.
Não se precipite; a precipitação provoca tragédias, inclusive a sua morte.
Não pratique a “valentia perigosa”, ela é uma “loteria”; poderá transformá-lo num herói ou... num
defunto ou... num presidiário.
Trabalhe sempre em equipe. Lembre-se:- “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos. Nem
Jesus Cristo trabalhou sozinho” (Giraldi).
30

Para você aprender a trabalhar em equipe, faça o curso do “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”,
“Método Giraldi”; e sua “Doutrina para a Atuação da Polícia, e do Policial, com a finalidade de Servir e
Proteger a Sociedade, e a si Próprio”. É gratuito; procure seu superior, para isso.
Durante um confronto armado não dá tempo de escolher pontos de acerto no agressor. Tudo é
movimento, rapidez, desespero, medo, pânico, a morte sempre presente. As condições físicas e psíquicas do
policial ficam totalmente alteradas. O estresse domina seu corpo. O agressor atuando totalmente fora da Lei; a vida
para ele não vale nada. Você tem que atuar dentro da Lei, e a vida, para você, é prioridade. Só o curso, retro
mencionado, que é ministrado gratuitamente, o deixará condicionado para atuar, corretamente, nessas ocasiões; não
há outra forma. Procure seu superior, para isso.
Cuidado:- Os calibres “38”; “32”; “22”; “380”; “9mm”; “7,65”; “6,35”; etc. não têm “poder de
parada”. O agressor poderá levar vários impactos, no peito, inclusive no coração, com projéteis desses calibres, e
não os sentirá, nem fará cessar sua ação de morte, contra a sua vítima, imediatamente; isso ainda demorará algum
tempo, o suficiente para concluir essa ação, para depois tombar mortalmente ferido (muitas vezes, ainda disparando
contra a sua vítima), e você ainda poderá ser processado por “excesso culposo”, isto porque, como o agressor,
mesmo atingido, não cessa sua ação de morte contra a sua vítima, você julga não tê-lo atingido, e efetua mais
disparos para fazê-lo cessar essa ação. Não confie nesses calibres para fazer cessar, imediatamente, a ação de morte
do agressor contra a sua vítima. Você também poderá receber impactos de projéteis desses calibres que não os
sentirá.
O calibre ideal para polícias, e desenvolvido especialmente para polícias, é o “.40 S&W”; munição
“EXPO”. Tem “poder de parada”, e não, necessariamente, mata.
Muitas vezes, num momento de grande estresse, inclusive na iminência, ou durante confrontos
armados, bastam duas ou três inspirações profundas, segurando o ar, por um momento, nos pulmões, e expirando,
suavemente, em seguida, para você se reequilibrar.
Se você for surpreendido por um confronto armado proteja-se imediatamente; não sendo possível
jogue-se ao solo; diminua sua silhueta; não se exponha; responda a agressão se ainda estiver dentro da
oportunidade e da necessidade. Chame apoio. Jamais perca o contato visual com a área de perigo; mantenha o cano
da arma voltada para a direção do perigo; dedo fora do gatilho.
Solicite apoio sempre que julgar necessário, principalmente se for surpreendido por um confronto
armado, ou se estiver para entrar num confronto armado, mesmo que esse apoio não venha a ser usado.
Só dispare contra agressor para preservar a vida de alguém, inclusive a sua.
Só dispare contra agressor que esteja atentando contra a vida de alguém, inclusive a sua. Conforme já
foi dito, o fato de uma pessoa, que você não conhece estar com uma arma de fogo nas mãos, não significa que seja
“agressora”; pode ser um civil comum; um policial civil; um policial militar em trajes civis; e até um agressor sem
intenções de disparar contra alguém. Não se justifica o disparo contra ela
O disparo, contra o agressor, só deve ocorrer se ele estiver atentando contra a vida de alguém, inclusive
a sua, dentro da oportunidade, necessidade, e proporcionalidade; medida extrema.
Se o agressor, pela sua atitude, obrigá-lo a disparar contra ele, faça-o rapidamente; dois disparos
rápidos, semi visados ou intuitivos, na direção de sua silhueta (massa). Se por vários motivos, dois disparos não
forem suficientes para neutralizar a ação de morte do agressor contra a sua vítima, efetue mais dois, nas mesmas
condições. Sempre com empunhadura dupla. Não tente disparar fazendo “visada”; o tempo que você irá levar para
consegui-la poderá custar a sua vida, ou a vida de pessoas inocentes que você tem que defender.
Após os disparos, permaneça com a arma na “posição de tiro”; cano e olhar na direção do perigo;
efetue “varredura” na horizontal e na vertical; agressores poderão surgir, repentinamente.
Lembre-se, os agressores atuam sempre fora da Lei.; têm a iniciativa; a vida de terceiros, para eles, não
vale nada. Você tem que atuar sempre dentro da Lei, e, sua prioridade é a preservação da vida, a começar pela sua e
das pessoas inocentes; também do agressor quando não estiver atentando contra a vida de alguém.
Seu disparo será justo quando for executado dentro da “legalidade”, obedecendo aos princípios da
“necessidade”, “oportunidade”, “proporcionalidade” e “qualidade”. Um disparo dentro dessas circunstâncias
jamais levará você a ser por ele condenado.
Seu disparo, dentro dessas circunstâncias, tem como finalidade tentar fazer cessar a ação de morte, do
agressor, contra a sua vítima; jamais com a intenção de matá-lo, embora isso, involuntariamente, possa ocorrer.
Conforme já foi dito, num confronto armado não há como escolher pontos de acerto no agressor; dispara-se na
direção de sua silhueta (massa).
Num confronto armado nunca perca o contato visual com a área de perigo. Cano da arma e olhar
sempre nessa direção; para onde vai o olhar vai o cano da arma, e vice versa. O cano da arma, nessas condições,
funciona como um “terceiro olho”. Dedo fora do gatilho
Dependendo do local onde você se encontra de serviço, imagine, sempre, que, de repente, possa ali ser
surpreendido por um confronto armado, e como deveria ser sua reação e procedimentos.
31

Num confronto armado seus “maiores amigos” são:- Postes, troncos de árvores, cantos de muros e de
paredes, guias de sarjeta, saliências do terreno, e outros obstáculos naturais ou artificiais que lhe possam servir de
abrigo.
O uso de viatura, como abrigo, não é recomendável; somente a use para isso em último caso, ou se for
blindada; mesmo assim, você poderá ser atingido por projéteis que venham por baixo.
“Abrigo” é todo obstáculo que nos protege dos disparos do agressor. “Coberta” é todo obstáculo que
só nos esconde; não nos protege dos disparos do agressor.
Se sua viatura for atacada, “arranque”, ou desça, rapidamente, proteja-se e responda à ameaça, se ainda
for o caso. Permanecendo dentro de viatura parada você estará mais exposto que em “terreno aberto”.
Na iminência, ou durante um confronto armado, se tiver que descer de viatura, a forma mais segura de
fazê-lo é com a arma ainda no coldre, “mão forte” sobre ela, pronto para sacá-la ao descer. Use a “mão fraca” para
abrir a porta. Jamais empunhe a arma dentro de viatura, com o dedo no gatilho, ou direcionando o cano para os
companheiros da guarnição, ou para si.
Nunca manuseie arma dentro de viatura.
Não entre desprotegido em edifícios e locais suspeitos; chame apoio.
Não transponha muros (ou obstáculos) no mesmo ponto em que o agressor o fez; escolha outros
pontos.
Não transponha muros (ou obstáculos) sem antes fazer “varredura” completa sobre os mesmos.
Não dobre esquinas (ou contorne obstáculos) sem fazer, a “olhada rápida”, e/ou “tomada de ângulo”
(“fatiamento”) primeiro.
No caso de algum suspeito, ou agressor, estar confinado, não adentre o local; identifique-se como
policial; negocie, mande o suspeito, ou agressor, sair, desarmado e com as mãos na cabeça. Chame apoio, mesmo
que não venha a ser usado.
Saiba que você tem limitações; precisa chamar apoio, sempre que necessário. Tendo dúvidas se deve
ou não chamar apoio, chame-o, mesmo que não venha a ser usado.
Não fique constrangido se, apesar dos seus esforços, o “agressor da sociedade” escapar de sua ação.
Não tenha como “ponto de honra” a sua prisão a qualquer custo; nem sempre isso é possível; não se arrisque mais
do que o necessário. Sem dúvida, ele será pego, posteriormente.
Lembre-se, os agressores nunca atuam sozinhos, sempre em quadrilhas.
Não dispare quando na mesma linha de tiro houver pessoas inocentes.
Não dispare se houver possibilidades, por mínimas que sejam, do projétil, como “bala perdida”, atingir
pessoas inocentes.
Não dispare em agressor que estiver no meio do povo; proteja-se; chame apoio; faça o cerco.
Não dispare contra “pessoas suspeitas” ou em “atitude suspeita”, inclusive que estejam dentro de
viaturas paradas. Protegido, com “cobertura”, cano da arma na direção do perigo, verbalize:- “------ Aqui é a
polícia! Quem são vocês? Mostrem as mãos!”. Se a viatura “arrancar”, não disparar contra ela; pessoas inocentes
poderão estar no seu interior, inclusive no porta-malas. Peça apoio; faça o acompanhamento; efetue o cerco; faça a
abordagem.
Não dispare em “pessoas suspeitas” ou em “atitude suspeita” que estejam em viatura, incluindo motos,
que tenha rompido um bloqueio. Podem ser pessoas inocentes, ou existir pessoas inocentes no interior da viatura,
ou sobre a moto. Peça apoio; faça o acompanhamento; efetue o cerco; faça a abordagem.
Ao fazer “acompanhamento” de veículo em cujo interior possam existir “agressores”, “pessoas
suspeitas” ou em “atitude suspeita”, não disparar contra ele; pessoas inocentes poderão também ali estar presentes,
inclusive no porta-malas; além disso, projéteis, disparados por você, poderão ser transformados em “balas
perdidas” e atingir pessoas que estejam nas imediações, ou fora dela. Pedir apoio; continuar o acompanhamento;
efetuar o cerco; fazer a abordagem;
“Abordagem” de agressor; de pessoas suspeitas ou em atitude suspeita, dentro de um confronto
armado, onde a morte está sempre presente:-
Empunhadura dupla; cano da arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; concentrar o olhar nas
mãos do abordado; é ali que pode estar o perigo. Dar início à verbalização com a frase:- “----- Aqui é a polícia!”
Depois completar com o que deseja. Não confundir este tipo de abordagem, que é feita dentro de um
confronto armado, onde a morte está presente, com outros tipos de abordagem. (veja outros tipos de abordagem
mais à frente)
Se, após a abordagem de pessoa suspeita ou em atitude suspeita, ficar provado que a mesma é inocente,
conduza a arma para “posição sul” e peça-lhe desculpas:- “----- Desculpe a minha atitude, mas, foi a sua atitude
suspeita que me obrigou a tomá-la. Por favor, saia do local que está perigoso; proteja-se. Obrigado”. Etc.
Não efetue disparo de advertência.
Em caso de dúvida não dispare.
32

Repetimos:- Nada justifica a sua morte; a morte de pessoas inocentes, assim como a morte de pessoas
contra as quais não há necessidade de disparos (agressores).
Suas três posições de arma, com pistola, após o saque, e sempre com o dedo fora do gatilho, e
empunhadura dupla, são:-
“Posição sul”:- Palma da “mão fraca” aberta, colada na parte inferior do tórax, logo acima do umbigo
(ou do cinto); polegar voltado para cima, na direção do “ombro forte”. Arma empunhada com a “mão forte”,
apoiada nas costas da “mão fraca”, polegar voltado para cima, na direção do “ombro fraco”. Cano da arma voltado
para baixo, perpendicular ao solo. Cotovelos ligeiramente projetados para frente. Polegares, nas posições retro
descritas, apoiados, firmemente, um no outro. É uma posição inibidora, ostensiva, sem ofender, mas, mostrando
que o policial está atento, pronto para uma reação rápida. Também é ótima para se conversar com pessoas
inocentes; para deslocamentos no meio do povo; para deslocar-se à retaguarda de outros companheiros, sem
oferecer-lhes perigo; para tratar com o agressor quando já estiver dominado, etc. Se você for conversar com
pessoas inocentes, sensíveis (crianças, senhoras, etc.), empunhe a arma com a “mão forte” e cubra-a com a “mão
fraca”. É a “posição sul modificada”.
“Posição de alerta”:- Braços e antebraços dobrados, formando um ângulo de mais ou menos 90 graus.
Braços colados nas laterais do corpo (ou ligeiramente à frente do corpo); antebraços paralelos ao solo. Antebraços e
mãos, empunhando a arma, na direção do perigo (paralelos ao solo). Ótima para “olhadas rápidas”; deslocamentos
rápidos, mantendo a arma próxima ao corpo, protegida, mas, sem tirar o cano da direção do perigo; etc. Se o
policial, repentinamente, tiver que efetuar o disparo, sem tempo de adotar a “posição de tiro”, efetuará o mesmo na
posição em que se encontra (disparo intuitivo). Pode ser feita com empunhadura dupla ou simples. Cuidado, não se
aponta a arma para pessoas inocentes.
“Posição de tiro”:- O aparelho de pontaria da arma fica à altura dos olhos, não importa a posição dos
braços, do corpo ou o direcionamento do cano da arma. Cano da arma, e olhar, na direção do perigo; dedo fora do
gatilho. O perigo já existe ou é iminente; a morte está presente ou à espreita; pode surgir a qualquer momento.
Você está pronto para disparar. Essa posição é usada, também, para efetuar “varreduras” verticais e/ou horizontais,
sob a forma de “tomada de ângulo” (“fatiamento”). Normalmente, a “posição de tiro” é feita com “empunhadura
dupla”; excepcionalmente com “empunhadura simples”. Cuidado, não se aponta a arma para pessoas inocentes.
Para armas de porte (revólver, pistola, etc.), antecedendo o saque, temos:-
“Posição normal”:- Arma no coldre, abotoado; braços soltos; ou mãos entrelaçadas, nas costas, como
na “posição de descansar”, da ordem unida.
“Posição de saque”:- Arma no coldre; coldre desabotoado; “mão forte” sobre a coronha da arma,
pronto para sacá-la, se necessário; “braço, e mão fraca” soltos, ao longo do corpo; olhar na direção do perigo.
Se, após o saque, você mantiver o dedo fora do gatilho, e o cano da arma voltado para direção segura,
jamais provocará um acidente de tiro ou tragédias.
Após o saque, a posição normal do dedo acionante é fora do gatilho, estendido, junto à armação da
arma; o dedo só vai para o gatilho quando você tiver certeza do disparo; efetuado o disparo volta para sua posição
normal que é fora do gatilho.
“Da mesma forma que carro não guia, mas é guiado, arma não dispara mas é disparada; e, para ser
disparada o dedo tem que estar no gatilho; evite tragédias mantendo o dedo fora do gatilho” (Giraldi). A frase,
muito usada, de que “----- A arma disparou”, não é a expressão da verdade; na realidade ela “foi disparada”.
Nunca aponte a arma para pessoas inocentes.
Uso da força só em casos extremos, e dentro da “legalidade”, obedecendo aos princípios da
“necessidade”, “oportunidade”, “proporcionalidade” e “qualidade”; jamais com excessos.
Jamais use de violência.
Jamais pratique tortura.
Respeite as “massas de manobra”; os excluídos; os marginalizados. Agradeça a Deus por não ser um
deles. Para os infratores, a Lei!
Obediência irrestrita às Leis.
Respeito aos Direitos Humanos, incluindo os do policial.
Respeito à dignidade das pessoas.
Trate as pessoas da mesma forma como gostaria de ser tratado.
O “poder de polícia” não lhe dá o direito de ser prepotente.
Sua missão é “servir” e “proteger” a Sociedade; você é pago para isso.
Suas armas infalíveis para conquistar a “simpatia”, o “respeito” e a “colaboração” da Sociedade são a
“educação”, o “sorriso”, a “humildade” e o “profissionalismo”. Para o agressor, a Lei!
Seja extremamente educado e cortês para com os integrantes da Sociedade. Cumprimente-os. Sorria
para eles. Jamais use de prepotência e arrogância. Você recebe para “servir” e “proteger” a Sociedade. Você
também é parte integrante da Sociedade.
33

Se você (sua equipe; guarnição; etc.) for surpreendido por ocorrência com “refém tomado”, ou “refém
seqüestrado”, ou o chamado “seqüestro relâmpago”, ou qualquer situação em que o agressor está usando a vítima
como escudo; ou a vítima está sob ameaça direta do agressor, correndo risco de morte, servindo como seu “salvo
conduto”, inclusive, dentro de viatura (e até no seu porta malas), etc. seus procedimentos básicos são:-
Atue, com seus companheiros, em equipe. O de maior posto ou graduação coordena a ação e divide
responsabilidades. Isso já deve ter sido previsto quando dos treinamentos da guarnição, para casos semelhantes.
Lembre-se:- “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos;” (Giraldi). Tem que ser trabalho de equipe.
Com sua equipe, tente “conter” e “isolar” a ocorrência.
A vida e a integridade física da vítima precede tudo. Todos os esforços devem ser feitos nesse sentido.
A vítima não deve ser vista como uma pessoa qualquer, mas como se fosse um parente querido seu (filha, filho,
etc.). Depois a prisão do agressor.
Protegido, se possível à vista do agressor; sem perder o contato visual com a ocorrência, arma em
“posição sul”; identificar-se para as partes envolvidas, declarando, inclusive, seu “nome de guerra”, e procurando
saber o que está ocorrendo. Exemplo:- “----- Aqui é a polícia! Sou o policial fulano. Que está acontecendo aí?”
Obs.:- Dependendo da resposta, por palavras ou atitudes, você dará prosseguimento aos seus
procedimentos.
Peça ou mande pedir apoio, imediatamente.
Solicite ao agressor que forneça o nome dele, ou por qual nome ou apelido quer ser chamado; se
fornecer, passe a chamá-lo por esse nome. Caso se recuse, insista. Todas as pessoas têm um nome ou apelido pelo
qual gostam de ser chamadas.
Mantenha a calma. Respire fundo, várias vezes.
Procure acalmar, e transmitir calma às partes envolvidas, com palavras tranqüilizadoras, mesmo que o
agressor continue com as ameaças.
A inteligência, a sabedoria, a paciência e o profissionalismo são quatro das suas grandes virtudes, e,
“armas infalíveis”, para obter sucesso nesse tipo de ocorrência.
Não perca o contato visual com a ocorrência e com o agressor, mas não se exponha.
Mantenha distância segura em relação ao agressor.
Evite aproximar-se ou pressionar o agressor; ele poderá se desesperar com essa sua atitude e acionar o
gatilho.
Não aponte a arma para o agressor (na realidade estaria apontando a arma para a vítima que,
normalmente, já tem a arma do agressor apontada para a sua cabeça).
Atue sempre protegido, se possível à vista do agressor (o mínimo possível; só a fração do rosto usada
para acompanhar a ocorrência). Arma na “posição sul”, ou até não empunhada; depende das circunstâncias do
momento.
Não se precipite. Sua precipitação poderá provocar uma tragédia.
Não pratique a “valentia perigosa”; é “loteria”, e, tudo que é “loteria”, quando está em jogo a vida
humana, não deve ser tentado.
Disparo, na cabeça do agressor, conforme alguns leigos preconizam, também é “loteria”. Não deve ser
tentado. Teria que atingir o bulbo raquiano para ser eficaz, e, isso é quase impossível. Poderia provocar “espasmo”,
que é uma contração involuntária de nervo ou músculo, com o agressor acionando ainda o gatilho da arma, mesmo
mortalmente ferido, provocando a morte da vítima ou de outras pessoas. As práticas do passado demonstraram
que, normalmente, quando é tentada a imobilização imediata, do agressor, através do disparo, quem sofre as
conseqüências é a vítima. São dezenas de casos de triste lembrança. (Maiores informações, a respeito do assunto,
leia a matéria “SEQÜESTRO COM REFÉM – ATIRADOR DE ELITE:- O MITO E A REALIDADE”, do Cel
PMESP Nilson Giraldi, publicada a partir da página 047, da revista “A FORÇA POLICIAL”, “Órgão de
Informação e Doutrina da Instituição Policial Militar”, nº 29, de fevereiro/março/abril de 2001).
O uso da força, nessas ocasiões, não é certeza de um final feliz; o uso da inteligência, da sabedoria, da
paciência, e do profissionalismo, sim. Vítima ilesa; agressor preso; polícia aplaudida; policial regressando íntegro
ao seio da sua Família.
Por mais difícil que pareça, tente negociar.
Na negociação, use tom de voz calmo, firme, claro, audível, educado, esclarecendo bem o que você
deseja que o agressor faça.
Não use palavras ofensivas para com o agressor.
Procure ganhar a confiança do agressor. Uma vez obtida tudo se tornará mais fácil.
Enquanto o agressor fala, fique quieto, ouça-o, não o interrompa; quanto mais ele falar, melhor; vai se
acalmando. Estimule-o a falar. Seja um bom ouvinte.
Procure manter as partes calmas. Não se exalte. Não grite. Não faça ameaças.
Não tome nenhuma atitude que possa aumentar o perigo a que a vítima já está sendo submetida.
34

O agressor, nesses instantes, transforma-se num grande “ator”, dando a impressão que tem a situação
nas mãos, quando, na realidade, quem a tem é você.
A ameaça do agressor contra a vida e a integridade física de sua vítima faz parte do seu “teatro”; nem
poderia ser diferente, só que, a vítima é seu “salvo conduto”, e ele sabe disso; eliminá-la não lhe traria nenhuma
vantagem, ao contrário..., e ele também sabe disso.
Procure passar calma às partes. Normalmente, nesses casos, o agressor está muito nervoso, com o dedo
no gatilho, apontando a arma para a cabeça de sua vítima; todo o cuidado será pouco. Às vezes, o nervosismo dele
é tanto que, mesmo involuntariamente, acaba por acionar o gatilho. E, se houver pressão, por parte do policial, tudo
será ainda pior.
O tempo é seu grande amigo para solucionar esse tipo de ocorrência. O agressor tem que comer, beber,
fazer necessidades fisiológicas, dormir... Devagar vai percebendo que não adianta dar prosseguimento à sua atitude
criminosa. Não tenha pressa para solucionar ocorrência desse tipo. Às vezes leva horas; até dias, para um final
favorável à vítima e à polícia; também para o agressor que, apesar de preso, tem a vida e a integridade física
preservadas.
Procure levar o agressor à exaustão, sem que ele perceba isso.
Não pressione o agressor. Não o “encurrale” pois, num gesto de desespero, poderá acionar o gatilho.
Ele está nervoso; desequilibrado. Dê-lhe chance de voltar à calma; de reequilibrar-se.
Diga-lhe, constantemente, que você está ali para ajudar. Repita esta frase, com calma, centenas de
vezes, se necessário.
Garanta-lhe, constantemente, que, se ele se entregar, a vida e a integridade física dele serão
preservadas. Insista, constantemente, neste ponto. Repita-o à exaustão. (Art 3° DUDH, Art 4° e 5° CADH).
Garanta-lhe que, caso se entregue, não será maltratado.
Não se refira à vítima como “refém”, mas como “moça”, “moço”, “criança”, etc. (Exemplo:- “-----
Para seu próprio bem, solte a moça”).
Tente convencer o agressor, para o próprio bem dele, a liberar o “moço”, ou a “moça”, ou a “criança”,
ou quem estiver servindo de escudo, ou de “salvo conduto” (conforme já foi dito, não use o termo refém).
Esclareça o agressor, sem ameaçá-lo, e com educação, da gravidade das conseqüências que poderão
advir caso insista nos seus intentos, e as atenuantes que terá, se desistir delas.
Esclareça o agressor, sem ameaçá-lo, e com educação, que está cercado; que não tem chances de fugir;
que, para seu próprio bem, é melhor entregar-se.
Todos os pedidos do agressor devem ter como resposta sua:- “----- Vou falar com meus superiores”.
Por mais absurdos que sejam, transmita aos seus superiores os pedidos do agressor.
Em princípio, as únicas coisas que você deve prometer ao agressor é a preservação da sua vida e da sua
integridade física; e que irá comunicar, ao seu superior, os pedidos dele.
Jamais troque de lugar com a vítima; nem permita que outro o faça.
Não se aproximar do agressor. Mesmo após ele ter se entregado, não vá à sua direção, mas, determine
que ele, com as mãos sobre a cabeça (e não na nuca), ou para cima, caminhe em sua direção. Daí para frente
procedimentos policiais normais.
Se o agressor, mantendo a vítima como escudo, ou próximo a si, como “salvo conduto”, disparar contra
você, não dispare contra ele, pois atingiria a vítima, permaneça protegido. Na primeira oportunidade, após os
disparos, reinicie a negociação. Não desista.
Outros procedimentos que se mostrarem necessários, desde que não aumentem os riscos a que a vítima
já está sendo submetida, inclusive colaboração de terceiros.
Ao chegar o apoio, fornecer-lhe todos os detalhes da ocorrência e colocar-se à sua disposição. Etc. Se
sua negociação estiver obtendo êxito, sem dúvida, você a continuará, sendo assessorado pelo “apoio”.
Parentes da vítima, imprensa, etc., poderão chegar. O coordenador da operação deverá nomear um
policial para prestar-lhes, constantes, e possíveis, esclarecimentos. Mantê-los, educadamente, fora da área de perigo
e em segurança.
A Polícia deve estar preparada para, como última das últimas alternativas, através das suas equipes de
ações táticas especiais, efetuar uma ação de força contra o (s) agressor (es).
Estas normas não esgotam o assunto.
A seguir, algumas situações especiais que poderão ocorrer nesse tipo de ocorrência:-
O agressor poderá entregar-se:- Procedimentos policiais normais, sem qualquer agressão ou violência
contra o mesmo;
O agressor solta a vítima e sai correndo pelo meio do povo:- O policial não dispara; é tentado o cerco.
O policial, ao passar pelo meio das pessoas, manterá sua arma na “posição sul”;
O agressor poderá arrastar a vítima para outro local:- O policial, sempre abrigado, sem perder o contato
visual com a ocorrência, acompanha e orienta o apoio para o cerco;
35

A vítima escapa e o agressor dispara contra o policial:- O policial tenta paralisar sua ação efetuando
dois disparos rápidos na direção de sua silhueta (massa) desde que não existam pessoas inocentes na mesma “linha
de tiro”; se houver, não dispara; entra ou se mantém em proteção. Não se dispara em agressor que estiver no meio
do povo; ou na mesma linha de tiro de pessoas inocentes; ou que o projétil, como “bala perdida”, possa atingir
outras pessoas; aguarda-se melhor oportunidade; chama-se apoio; faz-se o cerco;
Caso o agressor dispare contra o policial, mas continue mantendo a vítima como escudo, ou próximo a
si, como “salvo conduto”, o policial não deverá disparar contra o agressor; procurará manter-se abrigado,
aguardando apoio e melhor oportunidade para negociações.
Para atuar nesses tipos de ocorrências, com perfeição, faça o curso do “Tiro Defensivo na Preservação
da Vida”, “Método Giraldi”, e sua “Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de
Servir e Proteger a Sociedade, e a si Próprio”. É gratuito. Procure seu superior, para isso.

“ABORDAGENS”
A abordagem do policial, para com qualquer pessoa da Sociedade, pode ocorrer em uma infinidade de
situações tão grande que é impossível estabelecer procedimentos “engessados” (iguais) para cada uma delas.
Em princípio, ninguém gosta de ser abordado.
Por mais simples que seja uma abordagem, sempre representará algum perigo para o policial; até
quando o policial efetua abordagens para prestar auxílio, pois, neste caso, o abordado poderá ser um procurado pela
Justiça, um fugitivo, alguém que cometeu um crime, etc., e poderá reagir, de forma violenta, contra o policial que
só pensava em auxiliá-lo.
Abordagens, dentro de um confronto armado, com “agressores”, “pessoas suspeitas” ou “em atitude
suspeita”, onde a morte está sempre presente, já foram retro estabelecidas (policial, se possível, protegido; com
“cobertura” do companheiro; empunhadura dupla; cano da arma e olhar na direção do perigo, com especial atenção
nas mãos do abordado; dedo fora do gatilho; e a frase “------ Aqui é a polícia!”, completada pelo que o policial
deseja do abordado. Etc.).
Vamos ver, agora, alguns parâmetros, gerais, para abordagens fora de confrontos armados, isto
é, em situações normais, relacionadas com pessoas a pé ou embarcadas:-
Um policial (ou a quantidade necessária) faz a abordagem; o outro (ou a quantidade necessária) faz a
“cobertura”.
Não se faz abordagem sem “cobertura”, por mais “inocente” que possa parecer.
Quem faz a abordagem permanece com a arma no coldre.
Quem faz a “cobertura” permanece em pé, numa posição estratégica, bem visível e ostensiva para com
o abordado, olhando o abordado, sem ter o companheiro, ou pessoas inocentes, numa possível e futura linha de tiro
sua. O local e as circunstâncias é que irão determinar a melhor posição, distância, etc.
Nunca se aponta a arma para pessoas inocentes.
Quem faz a “cobertura”, dependendo do potencial de perigo, do momento, permanecerá em pé:-
1. Com a arma no coldre, na “posição normal” (braços soltos, ou mãos entrelaçadas, nas costas, como
na posição de “descansar”, da ordem unida), atento, olhando o abordado; ou
2. Com a arma no coldre, na “posição de saque” (coldre desabotoado; “mão forte” sobre a coronha,
pronto para sacá-la, se necessário; “mão fraca” solta ao longo do corpo), atento, olhando o abordado; ou
3. Com a arma na “posição sul”, atento, olhando o abordado.
Nunca apontando a arma para o abordado;
Tomando todo o cuidado para não ser atropelado, ou atacado, inclusive pelas costas.
O policial que faz a abordagem:-
Fará o primeiro contato com o abordado mantendo a fisionomia alegre, um pequeno sorriso,
cumprimentando-o, educadamente, declinando seu nome e esclarecendo o porque da abordagem; mais ou menos
nos seguintes termos:- “------ Bom dia (boa tarde, boa noite); sou o policial fulano; estamos aqui para...” (dizer a
finalidade da sua abordagem). Em seguida, dá cumprimento à sua missão, sempre, com a maior educação possível
para com o abordado.
Qualquer solicitação ao abordado deverá ser precedida da frase “----- Por favor”
Ao final da abordagem o policial, educadamente, deverá agradecer a colaboração do abordado, solicitar
desculpas pelo possível transtorno causado a ele; explicar-lhe que foi para o próprio bem dele. Entregará, ao
abordado, um cartão de sua instituição policial, com telefones e orientações úteis (isso é imprescindível; por mais
simples que seja o cartão, provocará, sempre, uma ótima impressão); tudo, mais ou menos, nos seguintes termos:-
“------ Muito obrigado pela sua colaboração; desculpe pelo transtorno; foi para o seu próprio bem; estamos
trabalhando para a sua segurança. Por favor, leve este cartão; se precisar, chame-nos; a polícia existe para “servi-
lo” e “protegê-lo”.
36

. Etc. Face ao bom tratamento recebido, possivelmente, o abordado deixará o local como mais um
amigo do policial e da sua polícia. “As pessoas tendem a agir da mesma forma com que são tratadas” (Giraldi).
Se o policial que faz a abordagem perceber qualquer coisa errada ou grave, no abordado, fará um sinal
imperceptível, previamente estabelecido, para o companheiro que está na “cobertura”. A reação do companheiro,
que está na “cobertura”, em relação a sua posição de arma e atitude, será proporcional ao grau de gravidade a ele
comunicado pelo companheiro (ou por ele percebido), como, por exemplo:-
Se estiver com os braços soltos, ou mãos entrelaçadas, nas costas (por não existir, até então, qualquer
perigo na abordagem), coloca a “mão forte” sobre a arma. Continua em posição ostensiva, atento, olhando o
abordado.
Se já estiver com a “mão forte” sobre a arma (porque já há um certo perigo na abordagem), saca-a,
tomando a “posição sul”, dedo fora do gatilho. Continua em posição ostensiva, atento, olhando o abordado.
Passado o momento, sem outras conseqüências, recoloca a arma no coldre; volta à posição normal.
Se, ao contrário, houver confronto armado provocado pelo “abordado” que, de repente, se transforma
num “agressor” (ou “agressores”), os policiais entram em proteção e reagem de acordo com o previamente
estabelecido por eles, para essas situações. Sempre com o cuidado para não atingir pessoas inocentes, e aplicando o
estabelecido pelo “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”. Se você ainda não fez o curso,
faça-o; é gratuito; fale com seu superior, para isso.
Outros procedimentos específicos e particulares para cada situação.

O “Método Giraldi” reduz em mais de 95% a morte de policiais em serviço; os outros quase 5%
são as fatalidades, quase impossíveis de serem evitadas (execuções). Reduz em 100% a morte de pessoas
inocentes provocada por policiais em serviço; também daquelas contra as quais não há necessidade de
disparos (agressores). Reduz em 100% a perda da liberdade do policial em virtude do uso incorreto de sua
arma de fogo.
A única forma de aprender o “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e sua
“Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a
Sociedade” é fazendo o curso. É gratuito. Procure seu superior, para isso.

GIRALDI

GLOSSÁRIO:-

“DUDH”:- Declaração Universal dos Direitos Humanos – 10 de dezembro de 1948


“CADH”:- Convenção Americana Sobre Direitos Humanos – Pacto de San José – 22 de novembro de 1969
“PIDCP”:- Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos – 16 de dezembro de 1966
“CCT”:- Convenção Contra Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes -10
de dezembro de 1984
“CCEAL”:- Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei – 17 de
dezembro de 1979
“PBUFAF”:- Princípios Básicos sobre Utilização da Força e da Arma de Fogo pelos Funcionários
Responsáveis pela Aplicação da Lei – 29 de novembro de 1985
“CONJUNTO DE PRINCÍPIOS”:- Conjunto de Princípios para a Proteção de Todas as Pessoas
Sujeitas a Qualquer Forma de Detenção ou Prisão – 09 de dezembro de 1988
37

CAPÍTULO 02
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“QUALIDADES EXIGIDAS DOS PROFESSORES DO MÉTODO GIRALDI” ®


(REGISTRADO E PUBLICADO – DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS)

. Uma policia é consequência do seu treinamento; da qualidade dos seus professores. Professores
imbecis geram policiais imbecis que, por sua vez, gerarão uma polícia imbecil. Professores respeitosos geram
policiais respeitosos que, por sua vez, gerarão uma polícia respeitosa. (Giraldi)
. “Bom professor do “Método Giraldi” é aquele que sabe ensinar a matéria; ótimo é aquele que, alem
disso, sabe fazer o aluno dela gostar” (Giraldi)

Com metodologia e apoio do “Comitê Internacional da Cruz Vermelha”, através de Comissão


Especial Oficial, este documento integrou, de forma transversal, as “Sete Normas Internacionais de Direitos
Humanos Aplicáveis à Função Policial e Função Policial Armada”; os “Princípios da Carta da ONU para o
Assunto”; as “Diretrizes Internacionais de Direito Internacional dos Direitos Humanos”; as “Convenções e
Tratados Internacionais” dos quais o Brasil é signatário; em especial as constantes do seu glossário.
Está, também, totalmente de acordo com as “Leis”, a “Realidade” e a “Política Policial” Brasileira.
Com as dificuldades financeiras da maioria das Polícias Brasileiras.

QUALIDADES EXIGIDAS DOS PROFESSORES DO “MÉTODO GIRALDI”

. Conhecer, gostar e saber aplicar o “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”. Ter vasta
experiência na atividade fim.
. Constante preocupação com a segurança em todos os aspectos.
. Mostrar ao aluno a importância da preservação da vida (a começar pela sua), da sua liberdade (usando a
arma de forma correta) e da instrução de tiro.
.“Na vida nada é mais importante que a própria vida, e, se a instrução de tiro lida com a vida e
com a morte ela é a mais importante, de maior responsabilidade e conseqüências entre todas as instruções”
(Giraldi).
. Saber que o uso da arma de fogo, para servir e proteger a Sociedade e o policial é sempre em reação à
atitude do agressor contra a sua vítima. Sempre reação, nunca ação. Nessas ocasiões o policial não a usa porque
quer, mas porque é obrigado.
. Saber que a arma de fogo do policial é sinônimo de vida e não de morte.
. Ser modelo, exemplo e referência para seus alunos.
. As pessoas tendem a agir da mesma forma como são tratadas;
. Entender que antes do policial está o ser humano, onde ser humano é substantivo; policial é adjetivo;
. “Homem policial”; “ mulher policial”; “ser humano policial”...
. Ser humano que ri, chora, sofre, ama e é amado
. Tem família;
. É filho, pai, esposo (a), irmão, amigo...
. Tem limites; tem sentimentos;
. Tambem falha, pois na vida só não falhou quem nunca viveu;
38

. Tem que ser respeitado na sua dignidade.


. Ser educado e respeitar seus alunos.
. Pessoas respeitosas geram pessoas respeitosas;
.Imbecis geram imbecis.
. Uma policia é consequência do seu treinamento; da qualidade dos seus professores. Professores imbecis
geram policiais imbecis que, por sua vez, gerarão uma polícia imbecil. Professores respeitosos geram policiais
respeitosos que, por sua vez, gerarão uma polícia respeitosa. (Giraldi)
. “Bom professor do “Método Giraldi” é aquele que sabe ensinar a matéria; ótimo é aquele que, alem disso,
sabe fazer o aluno dela gostar” (Giraldi)
. Jamais desmerecer o aluno.
. Respeitar a dignidade do aluno.
. Jamais humilhar o aluno.
. Jamais aplicar castigos físicos e psicológicos ao aluno.
. “Flexões de braços”, etc., são castigos; devem ser banidos.
. Durante explicações os alunos ficam de costas para o sol.
. O professor de frente para o sol.
. Falar com tom de voz moderado; calmo, baixo; amigo; não agressivo.
. Para ensinar tem que ter paciência, insistência, persistência, respeito pelo aluno; ser comedido.
. Ser alegre; humilde.
. Não ser chato.
. Sorrir para os alunos, nos momentos certos.
. Encaixar piadas, nos momentos certos.
. Ser responsável; ter dignidade.
. Ter sempre uma mão amiga estendida para o aluno.
. Usar sempre palavras positivas.
Jamais negativas.
. Elogiar sempre o aluno pelos seus bons procedimentos.
. Dar-lhe, sempre, parabéns pelos seus procedimentos corretos.
. Trabalhar em cima do erro do aluno.
.Não desistir enquanto do aluno não aprender.
. No “Método Giraldi” o aluno aprende ou... aprende.
. Não ser prepotente; não ser carrancudo; não fazer cara feia.
. O aluno deve ter respeito pelo professor; jamais medo.
. Falar pouco e com clareza; muita ação.
. Evitar estrangeirismos.
. Usar o mínimo de teoria e o máximo de prática; lembrar-se que:-
“O que eu ouço, eu esqueço;
O que eu vejo, eu lembro;
O que eu faço, eu aprendo”.
. Lembrar, sempre, que o “Método Giraldi” é como futebol, natação, ciclismo... só se aprende praticando.
. Não querer mostrar o que sabe, mas o que o aluno precisa aprender naquele instante.
. No momento do ensino fazer para si a seguinte pergunta:- “----- Estes policiais vão precisar disto no caso
de possibilidade, iminência ou durante um confronto armado?”. Se não forem precisar não perder tempo
ensinando.
. Não basta o aluno saber o que tem que fazer; tem que saber fazer.
. Tem que estar condicionado a fazer.
. Descer até o nível do aluno.
. Estimular o aluno a fazer perguntas.
39

. Simplificar, ao máximo, a instrução. “A simplicidade é a rainha da perfeição” (Giraldi). Não complicá-


la.
. Ensino e relacionamento humano completam-se.
. Capacidade para fazer o aluno aprender e gostar da matéria.
. Saber convencer o aluno de que a instrução de tiro é a mais importante entre todas as instruções. Única
que lida com a vida e com a morte.
. Que na vida nada é mais importante que a própria vida, e, se a instrução de tiro lida com a vida e com a
morte ela é a mais importante, de maior responsabilidade e conseqüências entre todas as instruções.
. Que a vida do aluno e a vida de pessoas inocentes dependerão dessa instrução.
. Cada aluno é um aluno com suas deficiências, qualidades, problemas.
. “Toque” firme, suave, e amigo no ombro do aluno a fim de lhe dar confiança e autoestima.
. Cumprimento de “criança” entre professor/aluno/professor, nos momentos de grande tensão do aluno, ou
quando dos seus acertos.
. Estimular e permitir brincadeiras sadias nos momentos certos.
. O “Método Giraldi” não admite professores irresponsáveis, vagabundos, ou que não tenham afinidade
com a matéria.
. O professor do “Método Giraldi” deverá exigir do aluno:-
. Que tenha vontade de aprender a preservar a sua vida e a sua liberdade;
. Se o aluno não tiver vontade de aprender, mandá-lo embora;
. Não perder tempo com aluno que não quer aprender.
. Sempre, ao final da instrução do dia, o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa em todas as
armas para que só saiam do local totalmente vazias e em segurança. Carregadores desmuniciados.
. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos, elogiará a todos, pela boa vontade, disciplina,
colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de incentivo são extraordinariamente importantes e
dão autoestima e gosto pela matéria).
. Fará comentários gerais sobre a instrução.
. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá que “o
erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando acertamos”
(Giraldi).
. Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da vida; que o
importante é insistir até aprender; etc.
. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos duvidosos e responderá essas perguntas.
. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-lhes boa sorte. Em seguida, um
aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um “----- Até breve!” ou “---- Até
a próxima oportunidade!”

GLOSSÁRIO:-
1. Declaração Universal dos Direitos Humanos - Sigla: “DUDH”
2. Convenção Americana Sobre Direitos Humanos - Sigla: “CADH”
3. Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos - Sigla: “PIDCP”
4. Convenção contra a tortura e outro tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes - Sigla:
“CCT”
5. Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei - Sigla: “CCEAL”
6. Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis
pela Aplicação da Lei - Sigla: “PBUFAF”
7. Conjunto de Princípios para a Proteção de Todas as Pessoas Sujeitas a Qualquer Forma de Detenção ou
Prisão - Sigla: “Conjunto de Princípios”
GIRALDI
40

CAPÍTULO 03
PMESP - TDPV - “MÉTODO GIRALDI”®
SÚMULA DE ANÁLISE PESSOAL®

Nome do aluno______________________________ Posto/Grad_____________ RE ______________


OPM do aluno _________________________ CTPV do (a) _____________________________
Data ou período do curso ou estágio ______________________________ Arma e nº __________________
Curso ou estágio para (professor ou usuário do “Método Giraldi”) _________________________________

“Súmula de Análise Pessoal” para atuações dos alunos que ficarem acima ou abaixo da normalidade.
Uma súmula para cada arma. Será aberta na primeira aula de cada arma, acompanhando o aluno até o final do curso ou estágio
com essa arma.
O professor deverá usar as iniciais “sup” (superior) para atuações do aluno que ficarem “acima
da normalidade”; “inf” (inferior) para atuações do aluno que ficarem “abaixo da normalidade”; e “nor” (normal) para
atuações do aluno que ficarem dentro da “normalidade”.
Deverão ir sendo anotadas durante todo o tempo de instrução pelo professor que estiver ministrando aula ao aluno no momento,
assim, poderá conter anotações de mais de um deles. Vai sendo repassada ao professor que “assumir” o aluno na mesma arma. Um
mesmo item poderá ser anotado mais de uma vez, inclusive com iniciais mistas.
As anotações são de caráter sigiloso. O aluno não deverá tomar conhecimento das mesmas
Desde o início o aluno deverá saber da existência desta súmula e do seu conteúdo previamente impresso.

“ “ L
ITENS DE
“CURSO BÁSICO” ”PPI” ”PPE” ”PPA” LIMPEZA E
ANÁLISE MANUTENÇÃO

Cuidados com a
segurança

Disciplina

Assiduidade

Interesse na
Instrução

Colaboração
Geral

Execução dos
Exercícios

Posto/grad, RE, nome de guerra, assinatura do (s) professor (s) que anotaram os conceitos:-
“Curso Básico”________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
“PPI” _______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
“PPE” _____________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
“PPA” ______________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________

Esta súmula será anexada à sumula de avaliação do “Curso Básico” (Cap. 08), e da “PPA” (Capítulo 19 e
Anexo 18) do manual da arma. Caso seja necessário, servirá de base para formar conceitos sobre o aluno. Todas serão
anexadas ao “RIT” do aluno. Se for o caso, usar o verso para esclarecimentos.
GIRALDI
41
42

CAPÍTULO 04

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“CURSO BÁSICO”
PRIMEIRA PARTE – “TIRO POLICIAL NÍVEL I” - DESENVOLVIMENTO 
(SEM USO DE MUNIÇÃO REAL)

. O “Curso Básico” terá início diretamente no “Centro de Treinamento na Preservação da Vida”; aluno com a
espingarda vazia nas mãos já executando os primeiros exercícios. Nada de sala de aula ou teorias desnecessárias.
Nada de ficar decorando nomes de peças e outros detalhes que só interessam aos armeiros. O que importa ao aluno
é ficar condicionado a “fazer”, e para isso terá que “fazer”. “O que eu ouço, eu esqueço; o que eu vejo, eu
lembro; o que eu faço, eu aprendo”. “Tiro é como futebol, ciclismo, natação, etc., só se aprende praticando”
(Giraldi). Como a base do “Método Giraldi” são os “reflexos condicionados positivos, a serem adquiridos, pelo
policial, em treinamentos imitativos da realidade, com eliminação dos negativos, antes de se ver envolvido pelo
fato verdadeiro”, isso terá que ser buscado desde os primeiros momentos da instrução.
. Normalmente, as pessoas não conseguem pensar mais de uma coisa ao mesmo tempo, mas estando
condicionada agirá por reflexos condicionados como alguém que pisa no freio do carro sem ficar pensando em fazê-lo;
digita o teclado de um computador da mesma forma; etc. Esse é o motivo pelo qual, quando dos ensinamentos do
“Método Giraldi o aluno tem que adquirir reflexos condicionados positivos, com eliminação dos negativos, antes de se
ver envolvido pelo fato verdadeiro; caso os negativos não sejam eliminados eles poderão fazer o policial cometer erros
gravíssimos durante um possível confronto armado. Esse também é o motivo pelo qual o “Método Giraldi” trabalha,
incessantemente, em cima do erro do aluno; ele não avançará na instrução enquanto não eliminar esse erro.
. O professor deverá ter, em mãos, durante toda a instrução, o manual de fábrica da Espingarda 12 a fim de
consultá-lo nos casos de dúvidas relacionadas às suas partes técnicas, manuseio e orientações específicas.
. O treinamento será desenvolvido em oficinas.
. Cada oficina terá no máximo 10 (dez) alunos.
. No mínimo 2 (dois) professores por oficina (um oficial e um praça);
. Alunos de costas para o sol; professor de frente para o sol.
. Inicialmente, com base no “Capítulo 01” retro o professor fará, aos alunos, a “Apresentação” do “Tiro
Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”; suas finalidades, fundamentos e desenvolvimento. Sua
“Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade, e a
si Próprio”.
. Desenvolverá a instrução cumprindo, entre outras coisas, o estabelecido no “Capítulo 02”, retro.
. Abrirá, para cada aluno, uma “Súmula de Análise Pessoal” prevista no “Capítulo 03”, retro, à qual, ao
final do curso, será anexada aos assentamentos do aluno.
. Na instrução o aluno usará o mesmo uniforme, armamento, munição e equipamentos com os quais irá
trabalhar (ou trabalha). Obrigatório o uso de colete balístico, protetor auricular e ocular. Obrigatório o uso de
plaqueta de identificação. Também por parte do professor, auxiliares e assistentes. Sem isso a instrução não será
desenvolvida.
. Durante a instrução, não só quem a está executando, mas também professores e auxiliares, alunos que
estão observando, e, possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, protetor ocular e auricular; sem isso
ela não será desenvolvida.
43

. O professor deverá tratar o aluno com extrema educação, disciplina e respeito à sua dignidade. Jamais
desmerecê-lo. A paciência será uma das suas grandes virtudes. Seu principal e grande objetivo será fazer o aluno
aprender e gostar da matéria.
. Proibido todo e qualquer tipo de castigo físico e psicológico, inclusive flexões de braços; flexões de
braços são para aulas de educação física. .
. Seu principal e grande objetivo é fazer o aluno aprender e gostar da matéria.
. O professor deve ser modelo, exemplo e referência para seus alunos. “As pessoas tendem a agir da
mesma forma como são tratadas; pessoas respeitosas geram pessoas respeitosas; imbecis geram imbecis”
(Giraldi).
. Lembrar, sempre, que não está tratando com “policiais”, mas com “homens policiais”, com “mulheres
policiais”, com “seres humanos policiais”, onde “ser humano é substantivo, “policial é adjetivo”. Antes do policial
está o ser humano. Ser humano que sofre, ri, chora, ama e é amado. Tem família. Tem dignidade. Tem limites. Tem
sentimentos, não é uma máquina insensível. Tambem falha como todo mundo falha, pois na vida só não falhou
quem nunca viveu.
. Palavras iniciais do professor a todos os alunos, em conjunto:-
. “---- Não estou aqui para ensiná-los a matar; matar qualquer um sabe inclusive os agressores que
matam mais de 50 mil pessoas por ano no Brasil sem necessidade de treinamento; derrubam, até helicópteros”.
. “Estou aqui para ensiná-los a preservar suas vidas e suas liberdades”.
. “Ensiná-los a regressar, íntegros, ao seio das suas famílias após uma jornada de trabalho, e não para o
necrotério, para uma cadeira de rodas, ou para a prisão”.
. “Ensiná-los a usar suas armas de fogo com a finalidade de servir e proteger a sociedade e a vocês
próprios; para o agre3ssor a Lei”;
. “Quem não quiser aprender pode ir embora. E os que ficarem colaborem”.
. O professor distribuirá e acomodará seus alunos de acordo com as “barricadas de treinamento” e alvos
existentes (ver anexos “09” e “13”, deste manual). Poderá solicitar aos alunos mais experientes que auxiliem os
menos experientes colocando-os lado a lado.
. Dará períodos de descanso que julgar necessários.
. O professor estabelecerá local seguro para manuseio e preparação da arma; nesse local não se manuseará
munição.
. Balizará o local da instrução com bandeirolas vermelhas, significando perigo.
. Alvo a ser utilizado:- Obrigatoriamente o “PM-L-74”, de papelão (ver Anexo 13 deste manual), de
fábrica, ou confeccionado pelo professor, alunos, etc. com papelão rústico de caixas vazias ou obtido em
cartonagens.
. Inicialmente o alvo deverá estar em torno de 8 (oito) metros do local de tiro do aluno, colocado o mais
próximo possível do barranco de contenção dos projéteis.
. O professor fará de tudo para o aluno aprender e gostar da matéria. Com muita paciência, trabalhará,
incessantemente, em cima do erro do aluno, ensinando e usando apenas palavras positivas e incentivadoras, como:-
. “---- Você vai conseguir; você tem capacidade; é questão de esforço, boa vontade e de tempo; eu também
não sabia; ninguém nasce sabendo. Vamos lá, vamos repetir o exercício”.
. Os alunos apresentam-se, para a instrução prática, com a espingarda vazia, coronha aberta, presa à
bandoleira, em “posição normal”. Obs.:- Existem espingardas com coronha dobrável e não dobrável.
. Antes de iniciar a aula prática, com uso da espingarda, e no transcorrer da mesma, o professor deverá dar,
constantemente, as seguintes ordens aos alunos:-
. “----- Até segunda ordem permaneçam com a espingarda vazia, presa à bandoleira, “posição normal”.
Só municiem e carreguem a espingarda mediante ordem”;
. “----- Quando com a espingarda na mão, mesmo vazia, mantenham o dedo fora do gatilho; o dedo só vai
para o gatilho quando vocês tiverem certeza da necessidade do disparo. A posição normal do dedo acionante é
estendido junto à armação da espingarda. Mantenham o cano da espingarda, mesmo que vazia, voltado sempre
para direção segura. Estes princípios deverão ser aplicados, também, quando vocês estiverem de serviço”;
. “----- Nos intervalos da instrução (descanso, água, cafezinho, sanitário, almoço, etc.) mantenham a
espingarda sempre vazia, presa à bandoleira, “posição normal”; ou no local que o professor determinar”;
. “----- Não deixem nem abandonem a espingarda sobre mesas, ou onde quer que seja”;
. “----- Fica estabelecido que o local para manuseio da espingarda é ... (estabelecer o local); nesse local
não se manuseia munição”;
44

. Com o aluno tendo nas mãos a espingarda vazia, presa à bandoleira, “posição normal” o professor dará
início à instrução procurando seguir a seguinte seqüência básica (poderá efetuar complementos). Os alunos já irão
executando seus ensinamentos:-
. Segurança primária com a espingarda:- Dedo sempre fora do gatilho; cano sempre voltado para direção
segura. Principais cuidados para evitar acidentes de tiro.
. Dedo fora do gatilho; o dedo só vai para o gatilho no momento do disparo; após o disparo volta para sua
posição normal (estendido, encostado na armação da espingarda). “Da mesma forma que carro não guia, mas é
guiado, arma não dispara, mas é disparada, e para ser disparada o dedo tem que estar no gatilho; evite
acidentes e tragédias mantendo o dedo fora do gatilho”. (Giraldi). Cano da arma voltado sempre para direção
segura, de tal forma que um possível disparo acidental não provoque danos pessoais, materiais, ou ricochetes.
. Segurança geral, em todos os sentidos. A segurança precede tudo.
. Como travar e destravar a arma (o gatilho). A trava de segurança bloqueia o gatilho e a trava do martelo.
Para “travar” o gatilho basta mover o botão da trava de segurança da esquerda para a direita de modo que a faixa
vermelha não fique visível. Para destravar o botão deve ser movido em sentido contrário (da direita para a
esquerda); nessa posição a faixa vermelha será visível alertando o usuárioque a arma está pronta para ser disparada.
Atenção:- Nunca tocar o gatilho quando for travar ou destravar a arma. Aluno pratica.
. Diferenças entre “acidente de tiro” e “incidente de tiro”.
. Como evitar acidentes de tiro;
. Como solucionar incidentes de tiro;
. Ajuste dos equipamentos; da bandoleira, da espingarda e carregadores (estes, do lado da “mão fraca”), no
corpo do aluno.
. Como dobrar (fechar) e estender (abrir) a coronha dobrável (espingardas novas vem com esse
dispositivo). Se necessário consultar o manual de fábrica. Aluno pratica.
. Quando e porque a arma é usada com a coronha aberta ou fechada. Lembrar, por exemplo, que varreduras
em janelas; transposições de obstáculos, outras situações semelhantes; etc. são muito mais fáceis de serem feitas
com a coronha dobrada (fechada). Tambem para transportar a arma na viatura; acondicioná-la em caixas, etc.
. No “Curso Básico”, quando dos exercícios práticos, o aluno permanecerá com a coronha aberta, a não ser
que exista ordem em contrário do professor.
. Como ajustar e colocar a Espingarda nas costas; quando e porque isso é necessário. Ajuste da coronha
dobrável; se possuir.
. Apresentação da espingarda (ver anexo 07, deste manual); funcionamento, porte, uso e aplicação (arma de
apoio). Em situações especiais, quando seu uso se tornar dificultoso ou ineficiente, deverá haver combinação com a
pistola .40 S&W do policial; exemplo:- Varreduras em janelas altas; transposição de obstáculos; incidentes de tiro
de difícil solução; etc. Transposição da espingarda para pistola e vice versa. Munições usadas, finalidades;
compará-las com outras munições. Explicar que é “poder de parada” (ver anexo “04” e “06”, deste manual). Aluno
pratica.
. Explicar que existem espingardas de repetição, semiautomáticas e automáticas. As semiautomáticas e
automáticas possuem carregadores.
. Explicar que existem espingardas com empunhadura e sem empunhadura.
. Que existem espingardas com coronha dobrável e não dobrável.
. Que, originariamente, a espingarda 12 era uma arma apenas para caça. Que, posteriormente, tornou-se
magnífica arma para polícia (arma de apoio).
. E mais o que for necessário.
. Que é calibre “12”. Explicar (ver Capítulo IV deste manual).
. Munições usadas, incluindo a de borracha. Quando são usadas; porque e finalidades. Seus efeitos no
corpo humano. Compará-las com outras munições. (ver Capítulo IV deste manual)
. Principais peças externas da espingarda; finalidades; como acioná-las, cuidados necessários para fazê-lo. Os alunos
não precisam decorar os nomes dessas peças de imediato; com o passar do tempo o farão, sem qualquer esforço ou
“sofrimento” (havendo necessidade, consultar o “Manual de Operação e Manutenção da espingarda” originário da fábrica).
. A ficha “Quadro de Controle de Armas” que acompanha cada espingarda para anotações. Quando e como
fazer essas anotações.
. Antes de dar início ao previsto neste item o professor deverá ler e aplicar, também, e no que couber, todo
o conteúdo dos anexos “03”, “04”, “07” e “17”, deste manual.
. Tambem:-
. Explicar aos alunos:-
. Municiar a espingarda:- Colocar munição no depósito da espingarda.
        . Desmuniciar:- Extrair os cartuchos do depósito da espingarda.
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          . Carregar a espingarda:- Estando a espingarda municiada acionar a telha a fim de colocar um primeiro
cartucho na câmara de explosão para dar início aos exercícios.
          . Recarregar:- Carregar pela segunda vez, pela terceira, etc. na sequência dos exercícios.
       . Descarregar:- Extrair o cartucho que está na câmara de explosão sem ter sido deflagrado.
. OBS.:- Nas espingardas que possuem carregador o termo “municiar” significa colocar cartuchos no
carregador; “alimentar” significa introduzir o carregador municiado na espingarda; e “carregar” significa executar
os movimentos necessários para colocar um cartucho na câmara.
. Capacidade do depósito.
. Usando munição de manejo ensinar os alunos a:-
. Como municiar e desmuniciar o depósito. Aluno pratica.
. Como carregar e descarregar a arma. Aluno pratica.
. Como efetuar “golpes de segurança”; como abrir e manter a culatra aberta; como fazer inspeção física e
visual rigorosa da câmara a fim de verificar se ficou cartucho nela; como fechar a culatra (cano voltado sempre
para direção segura).
. Dedo fora do gatilho; o dedo só vai para o gatilho no momento do disparo; após o disparo volta para sua
posição normal (estendido, encostado na armação da Espingarda ). “Da mesma forma que carro não guia mas é
guiado, arma não dispara mas é disparada, e para ser disparada o dedo tem que estar no gatilho; evite acidentes
e tragédias mantendo o dedo fora do gatilho”. (Giraldi).
. O uso da bandoleira.
. Transição da espingarda para a pistola e vice versa. Quando e por que efetuá-las. Aluno pratica.
. Como preparar a espingarda e munição para entrar de serviço. Aluno pratica.
. Quando de serviço o policial portará a espingarda de acordo com normas da sua Instituição Policial.
(normalmente carregada e travada).
. A recarga logo após o disparo. Justificativas.
. O remuniciamento de emergência ou emergencial, e o remuniciamento tático. Diferenças. Quando, como e
porque são realizados.
. Condução e posição da espingarda, travada, nas costas, no caso de pane ou impossibilidade de uso, ou com
necessidade do policial ter que usar sua “arma reserva” (que está no coldre de cintura; normalmente, uma pistola .
40 S&W). Aluno pratica.
. Como entregar a espingarda para um companheiro:- Voltar o cano da espingarda para direção segura;
dedo sempre fora do gatilho; extrair o possível cartucho que possa estar na câmara e todos os possíveis cartuchos
do depósito (tendo em vista serem fabricados em plástico não deixá-los cair ao solo a fim de não danificar sua
aresta, pois poderá provocar incidentes de tiro no futuro); efetuar dois ou três “golpes de segurança”; manter a
culatra aberta; fazer vistoria física e visual rigorosa da câmara e do depósito. Liberar a espingarda da bandoleira;
entregar a bandoleira para o companheiro que irá recebê-la para que ele a ajuste ao seu corpo (caso já não esteja
com uma, ajustada). Segurar a espingarda pela coronha com a “mão forte” e pela telha com a “mão fraca”, cano
perpendicular voltado para baixo, guarda mato voltado para a direção de quem faz a entrega. Com a “mão forte”
dar um giro na arma, por fora (sentido antihorário), de 180 graus, deixando, agora, seu guarda mato voltado na
direção de quem irá recebê-la (para facilitar esse giro afrouxar, ligeiramente, a “mão fraca”). Efetuar a entrega.
. Como receber a espingarda de um companheiro:- Mesmo tendo observado, por parte do companheiro
que fez a entrega da Espingarda todos os procedimentos de segurança previstos no item retro, e já estando com a
bandoleira ajustada ao seu corpo, pegar a espingarda com a “mão forte” pela empunhadura (se houver; não havendo
pegar pelo delgado) ao mesmo tempo em que a “mão fraca” a segura pela telha. Voltar seu cano para direção
segura; dedo sempre fora do gatilho; efetuar dois ou três “golpes de segurança”; manter a culatra aberta; fazer
vistoria física e visual rigorosa da câmara e do depósito; fechar a culatra; fixar a espingarda na bandoleira; tomar a
“posição normal”.
. Como fazer limpeza rápida da espingarda durante a instrução. Aluno pratica.
. Apresentação do alvo “PM-L-74” (Anexo 13, deste manual) e da “barricada de treinamento” (anexo 09,
deste manual). Finalidades.
. Exercícios com a espingarda vazia. À medida que são ensinados os alunos já os irão executando:-
. Cano da arma voltado sempre para direção segura. Dedo fora do gatilho. Posição e ajuste da bandoleira.
Empunhadura três apoios (policial) e empunhadura dois apoios que será usada quando não for possível adotar de
três apoios (ex. espingarda com pistol-grip). Manuseio completo da espingarda.
. Trava de segurança:- Serve para bloquear ou desbloquear o gatilho e a trava do martelo.
. Como travar o gatilho:- Para travar o gatilho basta mover o botão da esquerda para a direita, sem tocar o
gatilho, de modo que a faixa vermelha não fique visível. A arma estará travada.
. Como destravar o gatilho. Para destravar o gatilho o botão deve ser movido da direita para a esquerda, sem
tocar o gatilho, ficando a faixa vermelha visível. A arma estará destravada.
46

. Condução e posição da espingarda no corpo, na viatura, e fora de confrontos armados. Não manusear a
Espingarda no interior de viatura.
. “Visada”, “semivisada” e “tiro intuitivo”; quando são usados. Lembrar que “tiro instintivo” não existe;
instinto é aquilo que nasce com a pessoa. O “olho diretor”; como identificá-lo. “Terceiro olho”.
. Disparo com “visada”:- Há um perfeito enquadramento entre alça de mira, massa de mira e alvo.
Normalmente, nos confrontos armados, não há tempo nem condições para esse enquadramento. Muito usado em
competições de “tiro esportivo”. Aluno pratica.
. Disparo com “semivisada”:- Embora a arma esteja em “posição de tiro”, por falta de tempo, não há o
enquadramento perfeito entre alça de mira, massa de mira e alvo, mas são vistos. Usado nos confrontos armados.
Aluno pratica.
. “Tiro intuitivo”:- A arma não está em “posição de tiro” perfeita e, mesmo assim, pela urgência e
circunstâncias, há necessidade do disparo. O policial não vê a alça de mira nem a massa de mira, mas vê o alvo e
tem a intuição de que o cano de sua arma está na sua direção. Também usado em confrontos armados. Aluno
pratica.
. Para a vista humana é praticamente impossível ver, com nitidez, a alça de mira, a massa de mira e o
alvo ao mesmo tempo (são três profundidades diferentes). O importante é ver a massa de mira com nitidez. Ver
“Anexo 02”, deste manual (“Visada” e “Focalização”). Aluno pratica.
. O aluno deverá disparar com os dois olhos abertos.
. A ação do dedo na tecla do gatilho. Como evitar as “gatilhadas”.
. Como o disparo com a espingarda 12 é feito em ação simples o contato do dedo com a tecla do gatilho,
para seu acionamento, deverá se dar com sua última falange (falangeta). Aluno pratica.
. A força para o acionamento da tecla do gatilho deverá se dar suavemente (devagar e constante), “sem
trancos”. O treinamento persistente, de preferência sem munição real, fará com que, com o tempo, o aluno possa
fazer esse acionamento com rapidez, suavemente e sem “trancos”. A força do dedo, para acionamento do gatilho
deverá ser paralela ao cano como se o mesmo se prolongasse para trás, e sem forçamento para as laterais da tecla
do gatilho. O “tranco” ou o forçamento da tecla do gatilho para baixo, para\cima, ou para as laterais, na hora do
disparo, provocará a tão temível “gatilhada” que mudará, totalmente, o local previamente previsto para o impacto, e
causas de muitas tragédias.
. Os disparos serão efetuados sempre de 1 em 1, num mesmo alvo. Na vida real, quando um só disparo não
for suficiente para fazer cessar a ação de morte do agressor contra a sua vítima, será repetido.
. Face ao seu forte recuo, e sua tendência para subir o cano durante os disparos, o apoio da coronha da
espingarda no corpo do aluno, quando na “posição de tiro”, deverá ser a que melhor atenda suas necessidades; que
melhor se adapte à sua compleição física; que lhe evite lesões físicas; e que lhe dê absoluta confiança de uso.
. Posições da espingarda quando com o aluno e como é feita a mudança de uma posição para outra:-
. “Posição normal”:- Arma com a coronha aberta (se possuir coronha dobrável); presa à bandoleira;
carregada ou não, travada; bandoleira apoiada nos ombros; arma solta; cano voltado para baixo. As mãos poderão
ou não estar segurando a arma; dedo fora do gatilho. Usada para o aluno ouvir orientações, preleções, momentos de
descontração, tambem no serviço, etc. O aluno exercita.
. “Posição sul”:- Arma com a coronha aberta (se possuir coronha dobrável); presa à bandoleira e segura
pelas duas mãos; carregada, travada; bandoleira apoiada nos ombros; cano da arma voltado para baixo
perpendicular ao solo; arma de “chapa” ou de “perfil” ao corpo; dedo fora do gatilho, estendido, junto à armação da
arma. É uma posição inibidora, ostensiva, sem ofender, mas mostrando que o policial está atento, pronto para uma
reação rápida. Também é ótima para se conversar com pessoas inocentes; para deslocamentos no meio do povo;
para deslocar-se à retaguarda de outros companheiros sem lhes oferecer perigo; para tratar com o agressor quando
já estiver dominado, etc. Variações. O aluno exercita.
. “Posição de alerta”:- Arma com a coronha aberta (se possuir coronha dobrável); presa à bandoleira e
segura pelas duas mãos; carregada, destravada; bandoleira apoiada nos ombros; cano da arma a mais ou menos 45
graus em relação ao solo voltado para frente e lateral da mão fraca do policial; coronha apoiada no ombro; dedo
fora do gatilho estendido junto à armação da arma; policial atento à área de perigo. O perigo existe, mas não é
iminente. O aluno exercita.
. “Posição de tiro”:- Arma com a coronha aberta (se possuir coronha dobrável); presa à bandoleira e
segura pelas duas mãos; carregada, destravada; bandoleira apoiada nos ombros; cano da arma e olhar direcionados
para o perigo; coronha apoiada no ombro; aparelho de pontaria à altura dos olhos; dedo fora do gatilho, estendido,
junto à armação da arma. O perigo já existe ou é iminente; a morte está presente ou à espreita; pode surgir a
qualquer momento. O policial está pronto para disparar. Essa posição é usada, também, para efetuar “varreduras”
verticais e/ou horizontais, sob a forma de “tomada de ângulo” (“fatiamento”). Cuidado, não se aponta a arma para
pessoas inocentes. O aluno exercita.
47

. A partir de agora, com uso de munição de manejo, o professor dará sequência à instrução, na
seguinte conformidade (à medida que os procedimentos são ensinados os alunos já os irão executando):-
. Para municiar o depósito e carregar a arma:- Posicionar a arma de maneira a tornar fácil o acesso à
janela de alimentação. Com a ponta do cartucho empurrar o transportador e introduzir o mesmo completamente
para dentro do tubo assegurando que a borda do cartucho tenha entrado alem do localizador direito evitando seu
retorno. Se o cartucho não for corretamente introduzido no tubo do depósito ele poderá deslizar para dentro do
mecanismo e por cima do transportador bloqueando o mecanismo. Introduzir os cartuchos, um de cada vez, até a
capacidade total do tubo do depósito, ou na quantidade necessária. Acionar a telha introduzindo um cartucho na
câmara. Caso o uso imediato deixe de ser necessário a arma deverá ser travada (sem tocar no gatilho). O tubo do
depósito somente poderá ser municiado com o ferrolho fechado e trancado. O remuniciamento do depósito poderá
ser completado independente do número de cartuchos remanescentes. Ao municiar o depósito inserir totalmente o
cartucho e a extremidade da primeira falange do polegar da mão fraca (para não ocorrer incidentes de alimentação)
e de ajeitar os cartuchos que já estão no seu interior.
. Para ejetar o cartucho vazio (deflagrado):- Recuar a telha para ejetar o cartucho vazio.
. Para descarregar e desmuniciar a arma por não mais necessitar efetuar disparos, etc.:- Dois são os
procedimentos para isso:-
. Primeiro procedimento (Com introdução e extração sucessivas dos cartuchos na câmara):- Arma
voltada para direção segura. Travada (faixa vermelha nãos será visível). Manter pressionado o acionador da trava
da corrediça. Puxar e empurrar a telha sucessivamente de modo a extrair o cartucho da câmara, ejetá-lo pela janela
de ejeção, introduzir novo cartucho na câmara e extraí-lo até que todos os cartuchos tenham sido extraídos. Fazer
vistoria física e visual a fim de verificar se não ficou cartucho na câmara ou no depósito.
. Segundo procedimento (sem introdução de cartuchos na câmara):- Arma voltada para direção
segura. Travada (faixa vermelha nãos será visível). Manter pressionado o acionador da trava da corrediça. Extrair o
cartucho da câmara (se houver) acionando a telha totalmente para trás. Mantendo a telha na posição recuada
inclinar a arma para o lado da janela de ejeção e o primeiro cartucho liberado do tubo do tubo do depósito poderá
ser retirado. Fechar e abrir sucessivamente o mecanismo inclinando a arma e retirando o cartucho a cada abertura
até que todos os cartuchos tenham sido extraídos. Fazer vistoria física e visual a fim de verificar se não ficou
cartucho na câmara ou no depósito.
. O remuniciamento tático e o remuniciamento emergencial. Quando são realizados; diferenças entre eles.
. “Recarga emergencial”:- A recarga da espingarda é sempre emergencial, isto é, após cada disparo tem
que extrair o cartucho deflagrado e recarregá-la imediatamente, executando, em seguida, varredura horizontal e
vertical.
. “Remuniciamento de emergência ou emergencial”. :- A munição da arma acabou (da câmara e do
depósito); a telha ficou liberada. É necessário fazer o remuniciamento e a recarga com a maior rapidez possível:- Se
o aluno estiver em pé agacha diminuindo, assim, a sua silhueta para fazê-lo, ao mesmo tempo em que pede
“cobertura” de um companheiro (fictício, se estiver sozinho) através dos “sinais policiais” ou verbalizando baixo.
Se houver “barricada de treinamento” protege-se nela para fazê-lo. Sem perder o contato visual com a área de
perigo pegar os cartuchos de reposição (um a um), segurá-os com o dedo indicador servindo de apoio lateral do
cartucho e guia para acessar o depósito de munição mantendo o polegar como base e apoio para o culote do
cartucho inserindo-o no depósito; carrega a arma; volta à posição em que se encontrava e dá continuidade ao
exercício
. Como municiar e carregar a arma com um só cartucho em situações emergenciais:- Arma voltada
para direção segura. Dedo fora do gatilho. Arma travada (a faixa vermelha do botão da trava não deve estar
visível). Recuar a telha até abrir completamente o mecanismo (caso a arma esteja engatilhada será necessário
pressionar, previamente, o acionador da trava da corrediça). Colocar um cartucho pela janela de ejeção não sendo
necessário introduzi-lo na câmara. Empurrar a telha para frente para introduzir o cartucho na câmara e fechar o
mecanismo. Para o disparo será necessário acionar o botão da trava de segurança da direita para a esquerda (a faixa
vermelha do botão da trava ficará visível). A arma estará pronta para o disparo; basta acionar o gatilho.
. “Remuniciamento Tático”:- A munição do depósito ainda não acabou, e há um cartucho na câmara. A
culatra continua fechada com um cartucho pronto para ser disparado se necessário, mas o momento se mostra
propício para esse tipo de remuniciamento tendo em vista o perigo não ser tão iminente. Mesmo assim é necessário
fazê-lo com rapidez:- Dedo fora do gatilho. Se o aluno estiver em pé, agacha para fazê-lo, a fim de diminuir sua
silhueta; se houver “barricada de treinamento” protege-se nela para fazê-lo. Mantendo o olhar na direção do perigo
(direção do alvo e suas imediações). espingarda pronta para disparar (se houver necessidade). Pega os cartuchos de
reposição (um a um), segura-os com o dedo indicador servindo de apoio lateral do cartucho e guia para acessar o
depósito de munição mantendo o polegar como base e apoio para o culote do cartucho inserindo-o no depósito
repetindo o procedimento até seu total remuniciamento ou até o momento em que o risco passe a ser iminente e,
sem acionar a trava da arma, volta à posição em que se encontrava e dá continuidade ao exercício.
48

. Incidentes de tiro que poderão ser solucionados pelo policial na hora em que ocorrerem; e os que são da
responsabilidade dos técnicos. O professor, após ensinar, deverá provocar incidentes de tiro para solução dos
alunos.
. Local de porte e uso da “arma reserva”. A espingarda é a “arma titular”. A “arma reserva” estará no coldre
de cintura do policial, normalmente uma pistola .40 S&W. Nada impede que ele porte uma segunda “arma
reserva” (neste caso estará no “coldre de canela”, do lado interno da “canela fraca”). Em caso de necessidade como
sacá-las e usá-las sem abandonar a espingarda (A espingarda é conduzida para as costas do policial, travada).
. E outros ensinamentos.
. A parte prática, com disparos reais, do “Curso Básico” (que vem a seguir), será desenvolvida em
“PARTES”; cada “PARTE” em “FASES”; em cada “FASE” um tipo de exercício específico que será repetido, pelo
aluno, com e sem disparos reais, quantas vezes forem necessárias, até que o aprenda a executar corretamente e sem
dificuldades; não passará para o exercício seguinte sem ter executado, corretamente, o anterior. Todos os exercícios
serão executados com a coronha aberta.
. Em qualquer etapa do curso quando o professor perceber que os alunos estão cansados, suados, deverá
reuni-los e pedir para que todos repitam com ele:-
. “----- Deixo meu suor no campo de treinamento para não deixar meu sangue e minha liberdade no campo
de trabalho”;
. “-----Trabalho de polícia é trabalho de equipe. Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”;
. “----- Tenho limites; não devo ultrapassá-lo sob pena de provocar tragédias, incluindo a minha morte, a
morte de pessoas inocentes, mortes desnecessárias, e a perda da minha liberdade;
. “----- Não devo praticar a valentia perigosa, é loteria; poderá me transformar num herói, ou num defunto,
ou num presidiário; e tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, não deve ser tentada”;
. “----- Minha família me espera”.
. Ao final do “Curso Básico” o professor aplicará, ao aluno, o teste de avaliação previsto no “Capítulo 08”,
deste manual (“Súmula de Avaliação do Curso Básico”).
. O professor irá verificar, no desenvolvimento das próximas “PARTES” do “Curso Básico”, que os
procedimentos previstos em todos os exercícios são repetitivos, mudando apenas a “posição de tiro” do aluno;
assim, após se familiarizar com esses procedimentos, poderá reduzir, para menos de meio folha de papel sulfite “A-
4”, para consulta momentânea, tudo o que ali está previsto.
. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em todas as
armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos,
elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de
incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários gerais sobre
a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá
que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando
acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da
vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos
duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-
lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um
“----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste manual.

GIRALDI
49

CAPÍTULO 05

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“CURSO BÁSICO”
SEGUNDA PARTE – “TIRO POLICIAL NÍVEL II” - DESENVOLVIMENTO ®
PREVISÃO:- EM TORNO DE 34 DISPAROS

. Antes de dar início a esta “Segunda Parte” do “Curso Básico” o professor deverá revisar, minuciosamente,
para si próprio, e aplicar, no que couber, todo o conteúdo da “Primeira Parte” (Capítulo 04, retro)
. O professor deverá ter, em mãos, durante toda a instrução, o manual de fábrica da espingarda 12 a fim de
consultá-lo nos casos de dúvidas relacionadas às suas partes técnicas e orientações específicas.
. Na “Segunda Parte” do “Curso Básico” serão observados todos os princípios, normas e determinações
estabelecidas na “Primeira Parte”, e mais o seguinte:-
. O treinamento será feito sob forma de oficina.
. Cada oficina terá no máximo 10 (dez) alunos.
. Cada oficina terá no mínimo 2 (dois) professores (um oficial e um praça);
. Os alunos apresentam-se para a instrução prática com a espingarda vazia, coronha aberta, presa à
bandoleira, “posição normal”.
. Todos os exercícios serão executados com a coronha aberta (a espingarda que não possuir coronha
dobrável continuará como está); a ao ser que exista ordem em contrário do professor.
. Antes de iniciar a aula prática, com uso da espingarda, e no transcorrer da mesma, o professor deverá dar,
constantemente, as seguintes ordens aos alunos:-
. “----- Até segunda ordem, permaneçam com a espingarda descarregada, presa à bandoleira, “posição
normal”.
. “----- Só manipulem a espingarda mediante ordem”.
. “----- Só municiem o depósito da espingarda e carreguem mediante ordem”;
.“----- Quando com a espingarda, mesmo desmuniciada e descarregada, mantenham o dedo fora do
gatilho; o dedo só vai para o gatilho quando vocês tiverem certeza da necessidade do disparo. A posição normal
do dedo acionante é estendido, junto à armação da espingarda. Mantenham o cano da espingarda, mesmo que
desmuniciada e descarregada, voltado sempre para direção segura. Estes princípios deverão ser aplicados,
também, quando vocês estiverem de serviço”;
. “----- Nos intervalos da instrução (descanso, água, cafezinho, sanitário, almoço, etc.) mantenham a
espingarda sempre desmuniciada e descarregada, “posição normal”, ou no local que o professor determinar”;
. “----- Não deixem nem abandonem a espingarda sobre banquetas, mesas, ou onde quer que seja”;
. “----- Fica estabelecido que o local para manuseio da espingarda é ... (estabelecer o local); nesse local
não se manuseia munição”;
. O professor deverá estabelecer local seguro para manuseio da espingarda; nesse local não se manuseará
munição.
. Antes da execução do exercício de cada “FASE”, com munição real, o aluno, orientado pelo professor,
deverá treiná-lo, intensamente, com a espingarda vazia, ou simulando o seu uso, até ficar condicionado a executá-lo
corretamente e sem dificuldades. Só após consegui-lo, efetuará disparos reais.
50

. Havendo necessidade e munição, o aluno repetirá o exercício (com munição real) mais vezes além do que
já estiver previsto para cada “FASE”.
. Deverão ser obedecidos os seguintes princípios:- Dedo fora do gatilho quando não for para atirar; cano da
arma voltado sempre para direção segura. Posicionamento lento; com visada; disparos com os dois olhos abertos;
acionamento lento do gatilho; tempo livre para os disparos (sem pressa); após cada tomada de posição 1 (um)
disparo; após cada disparo recarrega a espingarda, faz varredura horizontal e vertical, volta à posição em pé, trava,
toma a “posição normal”, aguarda ordens.
. Todos os exercícios terão início e terminarão com o aluno em ”posição normal”.
. Durante a instrução não só quem a está executando, mas também professores e auxiliares, alunos que
estão observando, e possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, protetor ocular a auricular.
. Reiterar:-
. A segurança, geral, precede tudo.
. Como evitar acidentes de tiro;
. Como solucionar incidentes de tiro;
. Diferenças entre “acidente de tiro” e “incidente de tiro”.
. A “Segunda Parte” do “Curso Básico” somente será desenvolvida após o aluno dominar e executar, sem
dificuldades, todos os procedimentos e determinações previstas na “Primeira Parte” do “Curso Básico” (Capítulo
04, retro), e aplicação de todos os princípios de segurança.
. A “Segunda Parte” do “Curso Básico” será desenvolvida em “FASES”; em cada FASE um tipo de
exercício específico (que poderá ser repetido várias vezes), nas quais deverão ser cumpridos os seguintes
procedimentos padrões:
. Alvo a ser utilizado:- Obrigatoriamente o “PM-L-74”, de papelão (ver Anexo 13 deste manual), de fábrica
ou confeccionado pelo professor, alunos, etc., com papelão rústico de caixas vazias ou obtido em cartonagens.
. Inicialmente o alvo deverá estar em torno de 8 (oito) metros do local de tiro do aluno, colocado o mais
próximo possível do barranco de contenção dos projéteis.
. Munição a ser utilizada:- Se possível, todos os tipos de cartuchos “12” existentes.
. Uso obrigatório da “barricada de treinamento” (quando estiver previsto).
. O remuniciamento e a recarga serão sempre de “emergência” ou “emergencial”, a não ser que exista
ordem em contrário, por escrito, no desenvolvimento da FASE.
. Municiamento do depósito para dar início à Segunda Parte do Curso Básico:- 6 (seis) cartuchos; sempre
mediante ordem do professor.
. Remuniciamento:- Emergencial, a não ser que existam ordens em contrário;
. Recarga:- Emergencial (logo após o disparo recarrega; faz varredura horizontal e vertical).
. Destravamento do gatilho. Posicionamento lento. Sem tempo para iniciar os disparos. Com visada. Tempo
livre para os disparos. 1 (um) disparo, por alvo, e por posição, de cada vez.

. Para dar início à instrução desta segunda parte, mediante ordem do professor, o aluno municiará o
depósito com 6 (seis) cartuchos, mantendo outros 10 (dez) no porta cartuchos, para reposição.

. Usará todos os cartuchos até que a arma fique totalmente vazia. Se isso ocorrer no momento em que o
aluno ainda tiver que fazer varredura horizontal e vertical entrará em proteção, caso já não esteja, e, mantendo
todos os princípios de segurança, fará o “remuniciamento de emergência” ou “emergencial” com um só cartucho,
seguido de recarga da seguinte forma:- Trava o gatilho. Recua a telha até abrir completamente o mecanismo. Caso
a arma esteja engatilhada será necessário pressionar, previamente, o acionador da trava da corrediça. Coloca um
cartucho pela janela de ejeção, não sendo necessário introduzi-lo na câmara. Empurra a telha para frente para
introduzir o cartucho na câmara e fecha o mecanismo. Destravar o gatilho. Volta à posição do último disparo. Faz
varredura horizontal e vertical. Volta à posição de partida; trava o gatilho; toma a “posição normal”. Aguarda
ordens. (mediante ordem do professor, e antes de dar início ao exercício seguinte, remuniciará o depósito).
. O aluno, mediante ordem do professor, e apenas com ordem dele, remuniciará a espingarda nos intervalos
das FASES.
. Ao se posicionar com a espingarda manter constante contato visual com o alvo e a área de perigo. Deverá
manter o olhar sempre na direção do possível perigo. Dedo sempre fora do gatilho.
. Ao se “ajeitar” ou mudar de posição, manter o cano da espingarda e o olhar na direção do alvo e da área
de perigo; dedo sempre fora do gatilho; o dedo só vai para o gatilho no momento do disparo; uma vez efetuado o
disparo volta à sua posição normal (estendido junto a armação da espingarda).
. Antes de dar início ao exercício da FASE o aluno deverá treiná-lo, com a espingarda vazia, ou apenas
simulando o uso da espingarda, sendo orientado e corrigido pelo professor. Somente dará início à execução do
exercício da FASE, com munição real, quando estiver condicionado a executá-lo corretamente e sem dificuldades.
51

. Após cada posicionamento será efetuado 01 (um) disparo no alvo determinado, Após o disparo o aluno
mantem o olhar voltado para o perigo (alvo), extrai o cartucho vazio, recarrega, faz varredura vertical e horizontal,
volta à posição de partida (em pé), trava o gatilho, conduz a arma para “posição normal”. Aguarda ordens.
. Espingarda e corpo do aluno sempre aquém da “barricada de treinamento” (quando for usada). Nem a
arma nem qualquer parte do corpo do aluno deverão tocar a “barricada de treinamento”.
. Antes da execução de cada exercício da “Fase”:- O professor fará, aos alunos, todas as explicações
relacionadas ao exercício. Esclarecerá dúvidas. Em seguida, usando uma espingarda vazia, ou um simulacro seu, ou
simulando ter uma nas mãos, executará o exercício, ou determinará que um auxiliar o faça. Esclarecerá dúvidas dos
alunos. Em seguida, mediante determinação do professor, os alunos farão o mesmo. O professor fará as correções
necessárias até que os alunos não tenham mais nenhuma dúvida.

. Preparação da espingarda para início do primeiro exercício da “Segunda Parte”:- Aluno já no local
dos disparos; espingarda em “posição normal”. Mediante ordem do professor o aluno municia o depósito com 6
(seis) cartuchos mantendo outros 10 (dez) no porta cartuchos e aguarda ordens. Mediante nova ordem do professor
carrega a arma e toma a “posição normal”, gatilho travado (pode segurar a arma com uma ou com as duas mãos)
ficando pronto para executar o primeiro exercício. Aguarda nova ordem, que será dada através de sinal
convencionado, para dar início ao mesmo.

. Posição de partida para execução de cada exercício:- Em pé; “posição normal”; espingarda alimentada,
carregada, gatilho travado, presa à bandoleira (segura por uma ou duas mãos).
. Sinal de partida:- Disparo de festim ou real (melhores), ou algo que produza som semelhante (exemplo:-
bomba, etc.). Na falta, usar a expressão:- “---- Defenda!” (quando é só para 1 aluno), ou “---- Defendam!” (quando
é para mais de 1 aluno), ou “---- Perigo!” (para um ou mais alunos). Jamais usar “sinal de apito”, ou a expressão
“---- Vai!”, ou “---- Fogo à vontade!”, ou “---- Defenda-se!” (neste caso estaria defendendo só a si, deixando a
sociedade de lado), ou outras expressões ou meios não recomendáveis.
. Início do exercício:- Ao ser dado o “sinal de partida” o aluno destrava o gatilho, adota a posição de tiro
determinada, e executa o exercício previsto na FASE.
. Após o término de cada exercício:- Efetuado o disparo o aluno extrai o cartucho deflagrado, recarrega,
volta à “posição de tiro” em que se encontrava, dedo fora do gatilho; faz varredura horizontal e vertical; volta á
posição de partida (em pé); trava o gatilho; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Explicações e voz de comando do professor entre uma “Fase” e outra:- Estando os alunos com a arma
em “posição normal”, travada (obrigatório após o término de cada “Fase”) o professor dará as explicações
necessárias sobre o exercício findo, e esclarecerá como será o próximo. Terminada as explicações de como será o
próximo exercício o professor, ou auxiliar seu, deverá executá-lo, sem disparos reais (com a arma vazia, ou
simulacro, ou simulando ter uma nas mãos), a fim de que os alunos observem, façam perguntas e tirem dúvidas.
Em seguida, os alunos, mediante ordem do professor, extrairão os cartuchos do depósito e o cartucho da câmara, e,
com a arma vazia, ou simulacro, ou simulando ter uma nas mãos, exercitarão o exercício vindouro. Uma vez
sanadas todas as dúvidas o professor dará a seguinte voz de comando:- “----- Aos seus postos! Municiar o depósito
com os cartuchos que foram dele extraídos mais o que estava na câmara (o professor poderá alterar essa
quantidade para mais ou para menos). “---- Carregar, travar, e tomar a posição de partida (posição normal) para
execução do próximo exercício”.
Caso os alunos já possuam experiência suficiente passarão de um exercício para o outro sem necessidade
de executá-lo com a arma vazia, ou simulacro, ou simulando ter uma nas mãos, mas cumprindo apenas às
explicações do professor de como será. Durante essas explicações as armas permanecerão na mesma posição de
quando do término do exercício anterior (carregadas, travadas, “posição normal”), e a voz de comando, do
professor, após as explicações, para execução do exercício seguinte será:- “---- Alguma dúvida?” (se houver
dúvida, esclarece). “----- Mantendo a arma carregada e travada tomar a posição normal para início do exercício”,
dando, em seguida, o sinal convencionado para esse início.
. Reiterar aos alunos:- Se o último tiro foi efetuado com o último cartucho existente na espingarda o aluno,
imediatamente, e sem necessidade de autorização, agacha, ajoelha, ou se coloca em proteção (caso já não esteja),
trava a carabina (a faixa vermelha do botão da trava não deve estar visível), recua a telha até abrir completamente o
mecanismo (caso a arma esteja engatilhada será necessário pressionar, previamente, o acionador da trava da
corrediça). Coloca um cartucho diretamente pela janela de ejeção; empurra a telha para frente para introduzir esse
cartucho na câmara; fecha o mecanismo. Para disparar a arma será necessário acionar o botão da trava de segurança
da direita para a esquerda, sem tocar no gatilho (a faixa vermelha do botão da trava estará visível). Volta à posição
do último tiro, faz varredura horizontal e vertical; volta à posição de partida; trava a arma; toma a “posição normal”
e aguarda ordens.
52

. Remuniciamento normal do depósito da arma:- Com autorização do professor o remuniciamento normal


da arma será feito entre uma fase e outra.
. Sempre que julgar necessário o professor providenciará reposição de alvos.
. Relembrando:-
. O professor deverá tratar o aluno com extrema educação, disciplina e respeito à sua dignidade. Jamais
desmerecê-lo. A paciência será uma das suas grandes virtudes.
. Proibido todo e qualquer tipo de castigo, inclusive flexões de braços; flexões de braços são para aulas de
educação física. .
. Seu principal e grande objetivo é fazer o aluno aprender e gostar da matéria.
. O professor deve ser modelo, exemplo e referência para seus alunos. “As pessoas tendem a agir da
mesma forma como são tratadas; pessoas respeitosas geram pessoas respeitosas; imbecis geram imbecis”
(Giraldi).
. Lembrar, sempre, que não está tratando com “policiais”, mas com “homens policiais”, com “mulheres
policiais”, com “seres humanos policiais”, onde “ser humano é substantivo, “policial é adjetivo”. Antes do policial
está o ser humano. Ser humano que sofre, ri, chora, ama e é amado. Tem família. Tem dignidade. Tem limites. Tem
sentimentos, não é uma máquina insensível. Tambem falha como todo mundo falha, pois na vida só não falhou
quem nunca viveu.
. Relembrando ainda:- Palavras iniciais do professor a todos os alunos, em conjunto:-
. “---- Não estou aqui para ensiná-los a matar; matar qualquer um sabe inclusive os agressores que matam
mais de 50 mil pessoas por ano no Brasil sem necessidade de treinamento; derrubam, até helicópteros”.
. “Estou aqui para ensiná-los a preservar suas vidas e suas liberdades”.
. “Ensiná-los a regressar, íntegros, ao seio das suas famílias após uma jornada de trabalho, e não para o
necrotério, para uma cadeira de rodas, ou para a prisão”.
. “Ensiná-los a usar suas armas de fogo com a finalidade de servir e proteger a sociedade e a vocês
próprios; para o agre3ssor a Lei”;
. “Quem não quiser aprender pode ir embora. E os que ficarem colaborem”.
. Ainda relembrando:- Em qualquer etapa do curso quando o professor perceber que os alunos estão
cansados, suados, deverá reuni-los e pedir para que todos repitam com ele:-
. “----- Deixo meu suor no campo de treinamento para não deixar meu sangue e minha liberdade no campo
de trabalho”;
. “-----Trabalho de polícia é trabalho de equipe. Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”;
. “----- Tenho limites; não devo ultrapassá-lo sob pena de provocar tragédias, incluindo a minha morte, a
morte de pessoas inocentes, mortes desnecessárias, e a perda da minha liberdade;
. “----- Não devo praticar a valentia perigosa, é loteria; poderá me transformar num herói, ou num
defunto, ou num presidiário; e tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, não deve ser tentada”;
. “----- Minha família me espera”.
. AS FASES DA SEGUNDA PARTE DO “CURSO BÁSICO” SERÃO DESENVOLVIDAS DA
SEGUINTE FORMA - Alvos a 8 metros do local de atuação do aluno. Havendo necessidade e munição o aluno
repetirá o exercício (com munição real) mais vezes além do que já estiver previsto para cada FASE. O professor irá
verificar, no desenvolvimento desta “Segunda Parte” do “Curso Básico”, que os procedimentos previstos em todas
as “FASES” são repetitivos, mudando apenas a “posição de tiro” do aluno, assim, após familiarizar-se com esses
procedimentos, poderá reduzir, para menos de meia folha de papel “A 4”, para consulta momentânea, tudo o que se
segue:-

. O primeiro municiamento do depósito, para dar início ao primeiro exercício desta “Segunda Parte”,
será feito com 6 (seis) cartuchos; mais 10 (dez) cartuchos no porta cartuchos.
. Partida para todos os exercícios:- Em pé, arma municiada, carregada, travada (gatilho travado),
“posição normal”, segura com uma ou com as duas mãos.

. Encerramento de todos os exercícios:- Em pé, arma municiada, carregada, travada (gatilho travado),
“posição normal”.

. PRIMEIRA FASE:- Disparos em pé, livre:- Partida:- “Posição normal” (arma carregada e travada).
Posicionamento lento; com visada; zona central do alvo; tempo livre para realização do disparo.
53

. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro


determinada; efetua 1 (um) disparo; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta à posição de partida
(em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante sinal convencionado repetirá o mesmo exercício mais 3 (três) vezes.
Total: 04 tiros.

. SEGUNDA FASE:- Disparos ajoelhado, livre (todas as posições serão aceitas):-. Partida:- “Posição
normal” (arma carregada e travada). Posicionamento lento; com visada; zona central do alvo; tempo livre para
realização do disparo.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro
determinada; efetua 1 (um) disparo; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta à posição de partida
(em pé); trava a arma;; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
Total: 02 tiros.

. TERCEIRA FASE:- Disparos agachado, livre:- Partida:- “Posição normal” (arma carregada e
travada). Posicionamento lento; com visada; zona central do alvo; tempo livre para realização do disparo.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro
determinada; efetua 1 (um) disparo; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta à posição de partida
(em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
Total: 02 tiros.

. QUARTA FASE:- Disparos deitado, livre (todas as posições serão aceitas, desde que a cabeça do aluno
esteja voltada para o alvo). Partida:- “Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento lento; com
visada; zona central do alvo; tempo livre para realização do disparo.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro
determinada; efetua 1 (um) disparo; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta à posição de partida
(em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
Total: 02 tiros.

. QUINTA FASE:- Disparo em pé, barricado na vertical; disparos pela esquerda da barricada; corpo
protegido na direita. (Necessário o uso da “barricada de treinamento”). Partida:- “Posição normal” (arma
carregada e travada). Posicionamento lento; com visada; zona central do alvo; tempo livre para realização do
disparo. Espingarda e corpo do aluno aquém da barricada; nem a Espingarda nem qualquer parte do corpo do aluno
poderão tocar ou ultrapassar a barricada.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, entra em proteção (pelo lado
direito da barricada); toma a posição de tiro determinada; tomba ligeiramente o tronco para a esquerda; efetua 1
disparo (se necessário pode tombar ligeiramente a espingarda para efetuá-lo); extrai o cartucho vazio; recarrega; faz
a “varredura”; volta em proteção com a espingarda em “posição de tiro”; volta à posição de partida (em pé); trava a
arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais uma vez.
Total: 02 tiros.

. SEXTA FASE: - Exercícios idênticos ao da FASE anterior, mas disparando pelo lado direito da barricada,
protegendo-se na esquerda.
Total: 02 tiros.

. SÉTIMA FASE:- Disparos em posição de tiro híbrida; barricado na horizontal (barricada horizontal
a mais ou menos 1,30 metros de altura); disparos por sobre a barricada; corpo protegido pelo lado de baixo da
barricada. (Necessário o uso da “barricada de treinamento”). Partida:- “Posição normal” (arma carregada e
travada). Posicionamento lento; com visada; zona central do alvo; tempo livre para realização do disparo.
Espingarda e corpo do aluno aquém da barricada; nem a espingarda nem qualquer parte do corpo do aluno poderá
tocar ou ultrapassar a barricada.
54

. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, entra em proteção (pelo lado de
baixo da barricada); toma a posição de tiro determinada; levanta o corpo, o mínimo necessário, até enquadrar o
alvo; efetua 1 disparo”; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta em proteção com a espingarda
ainda em “posição de tiro”; volta à posição de partida (em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda
ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais uma vez.
Total: 02 tiros.

. OITAVA FASE:- Disparo, ajoelhado ou agachado, livre (o aluno escolhe); barricado na vertical;
disparos pela esquerda da barricada; corpo protegido na direita. (Necessário o uso da “barricada de
treinamento”). Partida:- “Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento lento; com visada; zona
central do alvo; tempo livre para realização do disparo.
Espingarda e corpo do aluno aquém da barricada; nem a espingarda nem qualquer parte do corpo do aluno poderão
tocar ou ultrapassar a barricada.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, entra em proteção (pelo lado
direito da barricada); toma a posição de tiro determinada; tomba ligeiramente o tronco para a esquerda; efetua 1
disparo (se necessário pode tombar ligeiramente a espingarda para efetuá-lo); extrai o cartucho vazio; recarrega; faz
a “varredura”; volta em proteção com a espingarda em “posição de tiro”; volta à posição de partida (em pé); trava a
arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens
Mediante ordem repetirá o exercício mais uma vez.
Total:- 02 tiros.

. NONA FASE:- Exercício idêntico ao da FASE anterior, mas disparando pelo lado direito da barricada,
protegendo-se na esquerda.
Total: 02 tiros.

. DÉCIMA FASE:- Disparo deitado, livre, barricado na vertical; disparos pela esquerda da
barricada; corpo protegido na direita. (Necessário o uso da “barricada de treinamento”). Partida:- “Posição
normal” (arma carregada e travada). Posicionamento lento; com visada; zona central do alvo; tempo livre para
realização do disparo. Espingarda e corpo do aluno aquém da barricada; nem a espingarda nem qualquer parte do
corpo do aluno poderão tocar ou ultrapassar a barricada.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, entra em proteção (pelo lado
direito da barricada); toma a posição de tiro determinada; tomba ligeiramente o tronco para a esquerda; efetua 1
disparo (se necessário pode tombar ligeiramente a espingarda para efetuá-lo); extrai o cartucho vazio; recarrega; faz
a “varredura”; volta em proteção com a espingarda em “posição de tiro”; volta à posição de partida (em pé); trava a
arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens
Mediante ordem repetirá o exercício mais uma vez.
Total:- 02 tiros.

. DÉCIMA PRIMEIRA FASE:- Exercícios idênticos ao da FASE anterior, mas disparando pelo lado
direito da barricada; corpo protegido na esquerda.
Total:- 02 tiros.

. DÉCIMA SEGUNDA FASE:- Disparos em pé, livre; com “remuniciamento tático”.


Excepcionalmente, nesta FASE, o aluno remuniciará a Espingarda antes do término da munição do depósito. A
partida se dará com um cartucho na câmara, e três no depósito. Partida:- “Posição normal” (arma carregada e
travada). Posicionamento lento; com visada; zona central do alvo; tempo livre para realização do disparo;
remuniciamento lento.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, toma a posição de tiro determinada
(em pé, livre); efetua 1 disparo; extrai o cartucho vazio;recarrega; faz “varredura” executando, em seguida, o
“remuniciamento tático”. Se estiver em pé, agacha para fazê-la a fim de diminuir sua silhueta; se houver “barricada
de treinamento” protege-se nela com a mesma finalidade; mantém a espingarda em “posição de tiro” pronto para
qualquer surpresa. Remunicia o depósito; tudo sem perder a empunhadura, o contato visual com o alvo e suas
imediações e o dedo fora do gatilho. Volta à posição de partida; trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda
ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais uma vez.
Total: 02 tiros.
55

. DÉCIMA TERCEIRA FASE:- Disparos na “zona periférica alta à direita do alvo”. Disparo em
posição de tiro livre. Partida:- “Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento lento; com visada
na “zona periférica alta à direita do alvo”; tempo livre para os disparos.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro que melhor
convier; efetua 1 (um) disparo; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta à posição de partida (em
pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais uma vez.
Total: 02 tiros.

. DÉCIMA QUARTA FASE:- Disparos na “zona periférica” alta à esquerda do alvo; Disparo em
posição de tiro livre, podendo o aluno adotar outra posição de tiro em relação à FASE anterior. Partida:-
“Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento lento; com visada na “zona periférica alta à
esquerda do alvo”; tempo livre para os disparos.
. EXECUÇÃO:- Idêntica à “Fase” anterior.
Total: 02 tiros.

. DÉCIMA QUINTA FASE:- Disparos na “zona periférica” baixa à esquerda do alvo; Disparo em
posição de tiro livre, podendo o aluno adotar outra posição de tiro em relação à FASE anterior. Partida:-
“Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento lento; com visada na “zona periférica alta à
esquerda do alvo”; tempo livre para os disparos.
. EXECUÇÃO:- Idêntica à “Fase” anterior.
Total:- 02 tiros.

. DÉCIMA SEXTA FASE:- Disparos na “zona periférica” baixa à direita do alvo; Disparo em
posição de tiro livre, podendo o aluno adotar outra posição de tiro em relação à FASE anterior. Partida:-
“Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento lento; com visada na “zona periférica alta à
esquerda do alvo”; tempo livre para os disparos.
. EXECUÇÃO:- Idêntica à “Fase” anterior.
Total:- 02 tiros.

. Aqui termina o que poderíamos chamar de “tiro ao alvo”, isto é, “posicionamento lento”; “sem
necessidade de rapidez para tomar as posições de tiro”; “com visada”; “com tempo livre para efetuar os disparos”;
etc.; situações que dificilmente poderão ser cumpridas num confronto armado verdadeiro onde tudo se desenrola
com muita rapidez, mal dando tempo ao policial de reagir (quando consegue); tudo se movimenta; o policial não
tem tempo nem condições para fazer “visada” ou escolher “pontos de acerto” no agressor; a tragédia e a morte
estão sempre presentes; ocasiões em que suas condições físicas e psíquicas ficam totalmente alteradas; etc. Assim,
esta “SEGUNDA PARTE” do “CURSO BÁSICO” tem como finalidade familiarizar o policial com o manejo da
espingarda.
. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em todas as
armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos,
elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de
incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários gerais sobre
a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá
que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando
acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da
vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos
duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-
lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um
“----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste manual.

GIRALDI
56

CAPÍTULO 06

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“CURSO BÁSICO”
TERCEIRA PARTE – “TIRO POLICIAL NÍVEL III” - DESENVOLVIMENTO®
PREVISÃO:- EM TORNO DE 34 DISPAROS POR ALUNO

. Agora terá início o tiro policial propriamente dito, isto é, “tomadas rápidas de posições”; disparos rápidos
“semivisados” ou “intuitivos”, sempre de 1 em 1, com os dois olhos abertos. Um disparo rápido em cada alvo. A
cada disparo extrai, com rapidez, o cartucho vazio da câmara; recarrega com rapidez, faz varredura horizontal e
vertical; volta à posição em pé; trava o gatilho; toma a “posição normal; aguarda ordens.
. Os exercícios são idênticos e seguem a mesma seqüência dos exercícios realizados na “Segunda Parte”
do “Curso Básico” (“Capítulo 05”, retro), mas sempre com rapidez; e tambem com aplicação integral de todos os
princípios de segurança.
. Antes de dar início a esta “Terceira Parte” do “Curso Básico” o professor deverá revisar, minuciosamente,
para si próprio, e aplicar, no que couber, todo o conteúdo da “Primeira Parte” e “Segunda Parte” do “Curso Básico”
(Capítulos 04 e 05, retros).
. O professor deverá ter, em mãos, durante toda a instrução, o manual de fábrica da Espingarda 12 a fim de
consultá-lo nos casos de dúvidas relacionadas às suas partes técnicas e orientações específicas.
. Na “Terceira Parte” do “Curso Básico” serão observados todos os princípios, normas e determinações
estabelecidas na “Primeira e Segunda Parte” do “Curso Básico” e mais o seguinte:-
. AS FASES DA TERCEIRA PARTE DO “CURSO BÁSICO” SERÃO DESENVOLVIDAS DA
SEGUINTE FORMA - Alvos a 8 (oito) metros do local de atuação do aluno. Havendo necessidade e munição o
aluno repetirá o exercício (com munição real) mais vezes além do que já estiver previsto para cada FASE. O
professor irá verificar, no desenvolvimento desta “Terceira Parte” do “Curso Básico”, que os procedimentos
previstos em todas as “FASES” são repetitivos, mudando apenas a “posição de tiro” do aluno, assim, após
familiarizar-se com esses procedimentos, poderá reduzir, para menos de meia folha de papel “A 4”, para consulta
momentânea, tudo o que se segue:-

. O primeiro municiamento do depósito, para dar início ao primeiro exercício desta “Terceira Parte”,
será feito com 6 (seis) cartuchos; mais 10 (dez) cartuchos no porta cartuchos.
. Partida para todos os exercícios:- Em pé, arma municiada, carregada, travada (gatilho travado),
“posição normal”, segura com uma ou as duas mãos.
. Encerramento de todos os exercícios:- Em pé, arma municiada, carregada, travada (gatilho travado),
“posição normal”.

. PRIMEIRA FASE:- Disparos em pé, livre:- Partida:- “Posição normal” (arma carregada e travada).
Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo; extração rápida do
cartucho vazio; recarga rápida.
57

. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro


determinada; efetua 1 (um) disparo; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta à posição de partida
(em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante sinal convencionado repetirá o mesmo exercício mais 3 (três) vezes.
Total: 04 tiros.

. SEGUNDA FASE:- Disparos ajoelhado, livre (todas as posições serão aceitas):-. Partida:- “Posição
normal” (arma carregada e travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona
central do alvo; extração rápida do cartucho vazio; recarga rápida.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro
determinada; efetua 1 (um) disparo; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta à posição de partida
(em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
Total: 02 tiros.

. TERCEIRA FASE:- Disparos agachado, livre:- Partida:- “Posição normal” (arma carregada e
travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo; extração
rápida do cartucho vazio; recarga rápida.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro
determinada; efetua 1 (um) disparo; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta à posição de partida
(em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
Total: 02 tiros.

. QUARTA FASE:- Disparos deitado, livre (todas as posições serão aceitas, desde que a cabeça do aluno
esteja voltada para o alvo). Partida:- “Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento rápido;
disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo; extração rápida do cartucho vazio; recarga
rápida.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro
determinada; efetua 1 (um) disparo; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta à posição de partida
(em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
Total: 02 tiros.

. QUINTA FASE:- Disparo em pé, barricado na vertical; disparos pela esquerda da barricada; corpo
protegido na direita. (Necessário o uso da “barricada de treinamento”). Partida:- “Posição normal” (arma
carregada e travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo;
extração rápida do cartucho vazio; recarga rápida. Espingarda e corpo do aluno aquém da barricada; nem a
espingarda nem qualquer parte do corpo do aluno poderão tocar ou ultrapassar a barricada.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, entra em proteção (pelo lado
direito da barricada); toma a posição de tiro determinada; tomba ligeiramente o tronco para a esquerda; efetua 1
disparo (se necessário pode tombar ligeiramente a espingarda para efetuá-lo); extrai o cartucho vazio; recarrega; faz
a “varredura”; volta em proteção com a espingarda em “posição de tiro”; volta à posição de partida (em pé); trava a
arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais uma vez.
Total: 02 tiros.

. SEXTA FASE: - Exercícios idênticos ao da FASE anterior, mas disparando pelo lado direito da barricada,
protegendo-se na esquerda.
Total: 02 tiros.

. SÉTIMA FASE:- Disparos em posição de tiro híbrida; barricado na horizontal (barricada horizontal
a mais ou menos 1,30 metros de altura); disparos por sobre a barricada; corpo protegido pelo lado de baixo da
barricada. (Necessário o uso da “barricada de treinamento”). Partida:- “Posição normal” (arma carregada e
travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo; extração
58

rápida do cartucho vazio; recarga rápida. Espingarda e corpo do aluno aquém da barricada; nem a espingarda nem
qualquer parte do corpo do aluno poderão tocar ou ultrapassar a barricada.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, entra em proteção (pelo lado de
baixo da barricada); toma a posição de tiro determinada; levanta o corpo, o mínimo necessário, até enquadrar o
alvo; efetua 1 disparo”; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a “varredura”; volta em proteção com a espingarda
ainda em “posição de tiro”; volta à posição de partida (em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda
ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais uma vez.
Total: 02 tiros.

. OITAVA FASE:- Disparo, ajoelhado ou agachado, livre (o aluno escolhe); barricado na vertical;
disparos pela esquerda da barricada; corpo protegido na direita. (Necessário o uso da “barricada de
treinamento”). Partida:- “Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos
semivisados ou intuitivos na zona central do alvo; extração rápida do cartucho vazio; recarga rápida. Espingarda e
corpo do aluno aquém da barricada; nem a espingarda nem qualquer parte do corpo do aluno poderão tocar ou
ultrapassar a barricada.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, entra em proteção (pelo lado
direito da barricada); toma a posição de tiro determinada; tomba ligeiramente o tronco para a esquerda; efetua 1
disparo (se necessário pode tombar ligeiramente a espingarda para efetuá-lo); extrai o cartucho vazio; recarrega; faz
a “varredura”; volta em proteção com a espingarda em “posição de tiro”; volta à posição de partida (em pé); trava a
arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens
Mediante ordem repetirá o exercício mais uma vez.
Total:- 02 tiros.

. NONA FASE:- Exercício idêntico ao da FASE anterior, mas disparando pelo lado direito da barricada,
protegendo-se na esquerda.
Total: 02 tiros.

. DÉCIMA FASE:- Disparo deitado, livre, barricado na vertical; disparos pela esquerda da
barricada; corpo protegido na direita. (Necessário o uso da “barricada de treinamento”). Partida:- “Posição
normal” (arma carregada e travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona
central do alvo; extração rápida do cartucho vazio; recarga rápida. Espingarda e corpo do aluno aquém da
barricada; nem a espingarda nem qualquer parte do corpo do aluno poderão tocar ou ultrapassar a barricada.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, entra em proteção (pelo lado direito
da barricada); toma a posição de tiro determinada; tomba ligeiramente o tronco para a esquerda; efetua 1 disparo
(se necessário pode tombar ligeiramente a espingarda para efetuá-lo); extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a
“varredura”; volta em proteção com a espingarda em “posição de tiro”; volta à posição de partida (em pé); trava a
arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens
Mediante ordem repetirá o exercício mais uma vez.
Total:- 02 tiros.

. DÉCIMA PRIMEIRA FASE:- Exercícios idênticos ao da FASE anterior, mas disparando pelo lado
direito da barricada; corpo protegido na esquerda.
Total:- 02 tiros.

. DÉCIMA SEGUNDA FASE:- Disparos em pé, livre; com “remuniciamento tático”.


Excepcionalmente, nesta FASE, o aluno remuniciará a espingarda antes do término da munição do depósito. A
partida se dará com um cartucho na câmara, e três no depósito. Partida:- “Posição normal” (arma carregada e
travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo; extração
rápida do cartucho vazio; recarga rápida.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, toma a posição de tiro determinada
(em pé, livre); efetua 1 disparo; extrai o cartucho vazio;recarrega; faz “varredura” executando, em seguida, o
“remuniciamento tático”. Se estiver em pé, agacha para fazê-la a fim de diminuir sua silhueta; se houver “barricada
de treinamento” protege-se nela com a mesma finalidade; mantém a espingarda em “posição de tiro” pronto para
qualquer surpresa. Remunicia o depósito; tudo sem perder a empunhadura, o contato visual com o alvo e suas
59

imediações e o dedo fora do gatilho. Volta à posição de partida; trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda
ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais uma vez.
Total: 02 tiros.

. DÉCIMA TERCEIRA FASE:- Disparos na “zona periférica alta à direita do alvo”. Disparo em
posição de tiro livre. Partida:- “Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento rápido; disparos
rápidos semivisados ou intuitivos na “zona periférica alta à direita do alvo”; extração rápida do cartucho vazio;
recarga rápida.
. EXECUÇÃO: Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma, adota a posição de tiro que melhor
convier; efetua 1 (um) disparo na\”zona periférica alta à direita do alvo”; extrai o cartucho vazio; recarrega; faz a
“varredura”; volta à posição de partida (em pé); trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem repetirá o mesmo exercício mais uma vez.
Total: 02 tiros.

. DÉCIMA QUARTA FASE:- Disparos na “zona periférica” alta à esquerda do alvo; Disparo em
posição de tiro livre, podendo o aluno adotar outra posição de tiro em relação à FASE anterior. Partida:-
“Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos
na “zona periférica alta à esquerda do alvo”; extração rápida do cartucho vazio; recarga rápida.
. EXECUÇÃO:- Idêntica à “Fase” anterior.
Total: 02 tiros.

. DÉCIMA QUINTA FASE:- Disparos na “zona periférica” baixa à esquerda do alvo; Disparo em
posição de tiro livre, podendo o aluno adotar outra posição de tiro em relação à FASE anterior. Partida:-
“Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos
na “zona periférica baixa à esquerda do alvo”; extração rápida do cartucho vazio; recarga rápida.
. EXECUÇÃO:- Idêntica à “Fase” anterior.
Total:- 02 tiros.

. DÉCIMA SEXTA FASE:- Disparos na “zona periférica” baixa à direita do alvo; Disparo em
posição de tiro livre, podendo o aluno adotar outra posição de tiro em relação à FASE anterior. Partida:-
“Posição normal” (arma carregada e travada). Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos
na “zona periférica baixa à direita do alvo”; extração rápida do cartucho vazio; recarga rápida.
. EXECUÇÃO:- Idêntica à “Fase” anterior.
Total:- 02 tiros.

. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em todas as
armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos,
elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de
incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários gerais sobre
a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá
que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando
acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da
vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos
duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-
lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um
“----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste manual.

GIRALDI
60

CAPÍTULO 07

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

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“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“CURSO BÁSICO”
QUARTA PARTE – “TIRO POLICIAL NÍVEL IV” - DESENVOLVIMENTO®
PREVISÃO:- EM TORNO DE 34 DISPAROS POR ALUNO

. Idêntica à “TERCEIRA PARTE” DO “CURSO BÁSICO” (Capítulo 06, retro) no que diz respeito a
tomadas de posições rápidas; início rápido dos disparos; disparos rápidos semivisados ou intuitivos com os dois
olhos abertos, de 1 em 1; sempre 1 (um) disparo por alvo atirável; recarga rápida; remuniciamento rápido. Restante
idêntico à “Primeira”, “Segunda” e “Terceira” Parte do “Curso Básico” (Capítulos 04, 05 e 06, retros), e aplicação
de todos os princípios de segurança.
. Antes de dar início a esta “Quarta Parte” do “Curso Básico” o professor deverá revisar, minuciosamente,
para si, e aplicar, no que couber, todo o conteúdo da “Primeira Parte”, “Segunda Parte” e “Terceira Parte” do
“Curso Básico” (Capítulos 04, 05 e 06, retros).
. O professor deverá ter, em mãos, durante toda a instrução, o manual de fábrica da Espingarda 12 a fim de
consultá-lo nos casos de dúvidas relacionadas às suas partes técnicas e orientações específicas.
. Na “Quarta Parte” do “Curso Básico” serão observados todos os princípios, normas e determinações
estabelecidas na “Primeira, Segunda e Terceira Parte” do “Curso Básico” e mais o seguinte:-

. O primeiro municiamento do depósito, para dar início ao primeiro exercício desta “Quarta Parte”,
será feito com 6 (seis) cartuchos; e mais 10 (dez) cartuchos no porta cartuchos.
. Partida para todos os exercícios:- Em pé, arma municiada, carregada, travada, “posição normal”, segura
por uma ou com as duas mãos.
. Encerramento de todos os exercícios:- Em pé, arma municiada, carregada, travada, “posição normal”.

. AS FASES DA QUARTA PARTE DO “CURSO BÁSICO” SERÃO DESENVOLVIDAS DA


SEGUINTE FORMA (havendo necessidade e munição o aluno repetirá o exercício (com munição real) mais
vezes além do que já estiver previsto para cada FASE).

. PRIMEIRA FASE:- Disparo em pé, livre. Partida:- “Posição normal” (arma carregada, travada). Alvo
a 8 metros de distância do aluno. Da “posição normal” (partida) para “posição de alerta”. Da “posição de alerta”
para “posição de tiro”. Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo;
início rápido do disparo.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado o aluno, que está em “posição normal” (partida) obedecendo
todos os princípios de segurança destrava a arma; conduz a arma para “posição de alerta”. A um segundo sinal
convencionado toma a “posição de tiro” e efetua 1 disparo; extrai o cartucho deflagrado; recarrega; faz varredura
horizontal e vertical; trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor o aluno repetirá o mesmo exercício mais 3 (três) vezes.
. Total: 04 tiros.
61

. SEGUNDA FASE:- Disparos em pé, livre. Partida:- “Posição normal” (arma carregada, travada). Alvo a
8 metros de distância do aluno. Da “posição normal” (partida) para “posição sul”. Da “posição sul” para “posição de
tiro”. Alvo a 45 graus à esquerda do aluno. Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona
central do alvo; início rápido do disparo.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado o aluno, mantendo a arma travada, toma a “posição sul”
simulando estar conversando com alguém à sua frente (sem olhar o alvo contra o qual irá disparar que está a 45 graus à
sua esquerda, como se ele não estivesse à vista). A um segundo sinal convencionado, como se esse alvo tivesse surgido,
repentinamente, e atacado com tiros, o aluno destrava a arma conduzindo-a para “posição de tiro” e, sem mexer os pés,
apenas girando o tronco, efetua 1 (um) disparo contra ele; extrai o cartucho vazio da câmara, recarrega, faz varredura
horizontal e vertical; volta à posição em pé; trava a arma toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor o aluno repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
. Total: 02 tiros.

. TERCEIRA FASE:- Exercício idêntico ao da FASE anterior, com o alvo “agressor” a 45 graus à direita do aluno.
. Total:- 02 tiros.

. QUARTA FASE:- Disparos em posição de tiro livre. Partida:- “Posição normal” (arma carregada,
travada). Alvo a 8 metros de distância do aluno. Alvo a 90 graus, à esquerda do aluno. Posicionamento rápido;
disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado o aluno, ao mesmo tempo em que destrava a arma vira a
cabeça por sobre o ombro esquerdo e encara o alvo, também gira sobre o calcanhar do pé esquerdo avançando o
direito, num semicírculo de mais ou menos 90 graus, até ficar de frente para o alvo; toma a posição de tiro desejada
(em pé, ajoelhado, deitado, etc): efetua 1 (um) disparo contra ele; extrai o cartucho vazio da câmara, recarrega, faz
varredura horizontal e vertical; volta à posição em pé (frente para o alvo); trava a arma; toma a “posição normal”.
Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor o aluno repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
. O exercício deverá ser executado individualmente (aluno por aluno); os outros em absoluta
segurança. Redobrar os cuidados com a segurança.
. Esclarecer o aluno que este exercício também poderá ser executado partindo com a Espingarda em
“posição sul”, “posição de alerta”, ou “posição de tiro”.
. Total: 02 tiros.

. QUINTA FASE:- Disparos em posição de tiro livre. Partida:- “Posição normal” (arma carregada,
travada). Alvo a 8 metros de distância do aluno. Alvo a 90 graus, à direita do aluno. Posicionamento rápido;
disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo.

. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado o aluno, ao mesmo tempo em que destrava a arma vira a
cabeça por sobre o ombro direito e encara o alvo, também gira sobre o calcanhar do pé direito avançando o
esquerdo, num semicírculo de mais ou menos 90 graus, até ficar de frente para o alvo; toma a posição de tiro
desejada (em pé, ajoelhado, deitado, etc): efetua 1 (um) disparo contra ele; extrai o cartucho vazio da câmara,
recarrega, faz varredura horizontal e vertical; volta à posição em pé (frente para o alvo); trava a arma; toma a
“posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor o aluno repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
. O exercício deverá ser executado individualmente (aluno por aluno); os outros em absoluta
segurança. Redobrar os cuidados com a segurança.
. Esclarecer o aluno que este exercício também poderá ser executado partindo com a Espingarda em
“posição sul”, “posição de alerta”, ou “posição de tiro”.
. Total: 02 tiros.

. SEXTA FASE:- Disparos em posição de tiro livre. Partida:- “Posição normal” (arma carregada, travada).
Alvo a 8 metros de distância do aluno. Alvo à retaguarda do aluno. Posicionamento rápido; disparos rápidos
semivisados ou intuitivos na zona central do alvo.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado o aluno, ao mesmo tempo em que destrava a arma vira a
cabeça por sobre o ombro fraco e encara o alvo, também gira sobre o calcanhar do pé fraco avançando o forte, num
semicírculo de mais ou menos 180 graus, até ficar de frente para o alvo; toma a posição de tiro desejada (em pé,
ajoelhado, deitado, etc): efetua 1 (um) disparo contra ele; extrai o cartucho vazio da câmara, recarrega, faz
62

varredura horizontal e vertical; volta à posição em pé (frente para o alvo); trava a arma; toma a “posição normal”.
Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor o aluno repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez.
. O exercício deverá ser executado individualmente (aluno por aluno); os outros em absoluta
segurança. Redobrar os cuidados com a segurança.
. Esclarecer o aluno que este exercício também poderá ser executado partindo com a Espingarda em
“posição sul”, “posição de alerta”, ou “posição de tiro”.
. Total: 02 tiros.

. SÉTIMA FASE:- Disparos em posição de tiro livre. Partida:- “Posição normal” (arma carregada,
travada). Alvo a 12 metros de distância do aluno. “Progressão” e “regressão” expostas (sem uso da “barricada de
treinamento”); 1 (um) disparo na “progressão” e 1 (um) disparo na “regressão” (no mesmo alvo). Posicionamento
rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado e mantendo a “posição normal”, arma segura pelas duas mãos,
o aluno começa a caminhar, lentamente e despreocupadamente, em direção ao seu alvo, como se tudo estivesse em
paz. Quando estiver a mais ou menos 8 metros do alvo, mediante um segundo sinal convencionado, o aluno
destrava a arma, toma a “posição de tiro” que julgar mais conveniente para o momento (em pé, ajoelhado, deitado,
etc.) e efetua 1 (um) disparo contra ele; extrai o cartucho deflagrado da câmara, recarrega, faz varredura horizontal
e vertical; volta à posição em pé e, com o olhar e a espingarda (“em posição de tiro”) voltados para o alvo e
imediações, dedo fora da gatilho, inicia a “regressão” em direção ao ponto de partida, onde estará em segurança.
Quando estiver regredindo, a um terceiro sinal convencionado, efetua mais 1 (um) disparo contra esse mesmo
alvo, extrai o cartucho deflagrado da câmara, recarrega, faz a varredura e continua a “regressão” mantendo a
“posição de tiro”, dedo fora do gatilho, “varredura” constante durante a regressão até o ponto de partida onde estará
em segurança. Com o cano da arma voltado para direção segura e o dedo fora do gatilho, trava a arma; toma a
“posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor o aluno repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez, podendo mudar a
posição de tiro.
. A regressão também poderá ser feita com a arma em “posição de alerta”.
. Este exercício deverá ser executado individualmente (aluno por aluno) ou, se o local permitir e
proporcionar segurança, mais de um aluno por vez, desde que bem separado um do outro, sem oferecer perigo
mútuo, e também para os outros alunos e assistentes. Redobrar os cuidados com a segurança.
. Total: 04 tiros.

. OITAVA FASE:- Disparos em posição de tiro livre. Partida:- “Posição normal” (arma carregada,
travada). Dois alvos com mais ou menos 2 metros de intervalo e distância entre eles; o primeiro a 10 metros do local
de partida do aluno; o segundo a 12. “Progressão” e “regressão” expostas (sem uso da “barricada de treinamento”.
Dois disparos na progressão (1 em cada alvo) e dois na regressão (1 em cada alvo, novamente). Posicionamento
rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado e mante3ndo a “posição normal”, arma segura pelas duas
mãos, o aluno começa a caminhar, lentamente e despreocupadamente, em direção aos seus alvos, como se tudo
estivesse em paz. Quando estiver a mais ou menos 8 metros do alvo mais próximo, mediante um segundo sinal
convencionado o aluno destrava a arma, toma a “posição de tiro” que julgar mais conveniente para o momento (em pé,
ajoelhado, deitado, etc.) e efetua 1 (um) disparo contra esse alvo mais próximo (teoricamente, oferecendo maior perigo);
extrai o cartucho deflagrado da câmara, recarrega e, imediatamente, sem necessidade de qualquer sinal ou ordem,
dispara contra o segundo alvo (o mais distante; teoricamente oferecendo menor perigo); extrai o cartucho deflagrado da
câmara, recarrega, faz varredura horizontal e vertical; volta à posição em pé e, com o olhar e a espingarda (“em
posição de tiro”) voltados para os alvos e imediações, dedo fora da gatilho, inicia a “regressão” em direção ao
ponto de partida, Quando estiver regredindo, a um terceiro sinal convencionado, efetua mais 1 (um) disparo em
cada um dos dois alvos nas mesmas condições de quando fez a progressão, faz varredura após o que continua a
“regressão” mantendo a “posição de tiro”, dedo fora do gatilho, “varredura” constante durante a regressão até o
ponto de partida onde estará em segurança. No ponto de partida, com o cano da arma voltado para direção segura e
o dedo fora do gatilho, trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor o aluno repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez, podendo mudar
a posição de tiro.
. A regressão também poderá ser feita com a arma em “posição de alerta”.
63

. Este exercício deverá ser executado individualmente (aluno por aluno) ou, se o local permitir e
proporcionar segurança, mais de um aluno por vez, desde que bem separado um do outro, sem oferecer perigo
mútuo, e também para os outros alunos e assistentes. Redobrar os cuidados com a segurança.
. Total: 08 tiros.

. NONA FASE:- Disparos em posição barricada vertical. Partida:- “Posição normal” (arma carregada,
travada). “Progressão” e “regressão” com proteção vertical da barricada (lado direito da “barricada de
treinamento”). Alvo a 12 metros de distância do aluno. Disparos em posição de tiro livre, barricado na vertical;
disparos pela esquerda da barricada; corpo protegido na direita (Necessário o uso da “barricada de treinamento").
Nem o corpo do aluno, nem sua arma, poderão tocar a barricada ou ultrapassar seu limite de segurança.
Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo.
. EXECUÇÃO:- Aluno a mais ou menos 12 metros do alvo, protegido pelo lado direito da barricada que
está a mais ou menos 8 metros à frente do alvo. Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma conduzindo-a para
“posição de tiro”, cano voltado para a direção do perigo, dedo fora do gatilho e, sempre protegido pelo lado direito
da barricada, progride até ela e permanece nela abrigado (arma em “posição de tiro”). Tomba o tronco ligeiramente
para a esquerda e efetua 1 (um) disparo no alvo; extrai o cartucho deflagrado da câmara, recarrega; faz varredura;
volta em proteção. Mantendo a arma “em posição de tiro”; olhar e cano na direção do alvo e imediações, constante
varredura, e continuando a usar o lado direito da barricada como proteção, dedo fora do gatilho, regride até o ponto
de partida onde estará em segurança. Com o cano da arma voltado para direção segura e o dedo fora do gatilho,
trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor, o aluno repetirá o mesmo exercício mais 1 (uma) vez
. Esclarecer o aluno que, neste exercício, em virtude de estar protegido pela barricada, a “progressão”
e a “regressão” também poderão ser feitas em “posição de alerta”.
. Este exercício deverá ser executado individualmente (aluno por aluno) ou, se o local permitir e
proporcionar segurança, mais de um aluno por vez, desde que bem separado um do outro, sem oferecer perigo
mútuo, e também para os outros alunos e assistentes. Redobrar os cuidados com a segurança.
. Total: 02 tiros.

. DÉCIMA FASE:- Exercício idêntico ao anterior, mas com o aluno protegido pelo lado esquerdo da
barricada (disparos pela direita).
. Total: 02 tiros.

. DÉCIMA PRIMEIRA FASE:- Disparos em posição barricada na horizontal. Partida:- “Posição


normal” (arma carregada, travada) “Progressão” e “regressão” com proteção horizontal (pelo lado de baixo da
“barricada de treinamento”). Alvo a 12 metros de distância do aluno. Disparos em posição híbrida, por sobre a
barricada; corpo protegido por baixo; barricada horizontal a mais ou menos 1,30 metros de altura. (Necessário o uso
da “barricada de treinamento”). Nem o corpo do aluno, nem sua arma, poderão tocar a barricada ou ultrapassar seu
limite de segurança. Posicionamento rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma conduzindo-a para “posição de tiro” e,
sempre protegido pela barricada horizontal, progride até ela e permanece nela abrigado (com a arma em “posição de
tiro”). Levanta ligeiramente o tronco (apenas o suficiente para visualizar o alvo) e efetua 1 (um) disparo no alvo;
extrai o cartucho deflagrado e recarrega; faz varredura; volta em proteção. Mantendo a arma “em posição de tiro”,
olhar e cano na direção do alvo e imediações e, continuando a usar a barricada horizontal como proteção, e constante
varredura, dedo fora do gatilho, regride até o ponto de partida onde estará em segurança. Com o cano da arma voltado
para direção segura e o dedo fora do gatilho, trava a arma; toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor o aluno repetirá o mesmo exercício, mais 1 (uma) vez.
. Esclarecer o aluno que, neste exercício, em virtude de estar protegido pela barricada, a “progressão”
e a “regressão” também poderão ser feitas em “posição de alerta”.
. Este exercício deverá ser executado individualmente (aluno por aluno) ou, se o local permitir e
proporcionar segurança, mais de um aluno por vez, desde que bem separado um do outro, sem oferecer perigo
mútuo, e também para os outros alunos e assistentes. Redobrar os cuidados com a segurança.
. Total: 02 tiros.

. DÉCIMA SEGUNDA FASE:- Disparos em posição livre com a Espingarda e com a Pistola. Partida:-
Carabina em “Posição normal” (carregada, travada); Pistola no coldre (carregada, travada, coldre abotoado). Uso
da “arma titular” (Espingarda), e da “arma reserva” (Pistola .40 S&W, que está no coldre). Alvo a 8 metros de
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distância do aluno. 1 (um) disparo com a espingarda, e 2 (dois) com a pistola no mesmo alvo. Posicionamento
rápido; disparos rápidos semivisados ou intuitivos na zona central do alvo.
. EXECUÇÃO:- Ao sinal convencionado o aluno destrava a Espingarda, toma a posição de tiro que melhor
lhe convier, e efetua 1 (um) disparo com ela; simula um incidente de tiro com a Espingarda, impossível de ser
solucionado no momento. Ao mesmo tempo em que a trava, agacha, ajoelha, ou se protege (caso já não o esteja)
solicita, imediatamente, cobertura de um companheiro fictício (através de sinal policial ou verbalizando baixo)
conduzindo a Espingarda para as costas, ou a mantém segura pela “mão fraca”; saca rapidamente a “arma reserva”
(pistola) e, na mesma posição em que se encontra (agachado, ajoelhado ou protegido) efetua dois disparos rápidos no
mesmo alvo; faz a “varredura”. Volta à posição em pé, trava e coldrea a pistola; conduz a Espingarda para “arma em
posição normal. Aguarda ordens.
. Mediante ordem do professor o aluno repetirá o mesmo exercício, mais uma vez.
. Total de disparos:- 02 tiros com a espingarda e 04 tiros com a pistola.

. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em todas as
armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos,
elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de
incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários gerais sobre
a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá
que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando
acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da
vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos
duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-
lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um
“----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste manual.

GIRALDI
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CAPÍTULO 08
TDPV - “MÉTODO GIRALDI”®
“ESPINGARDA 12” – “CURSO BÁSICO” – SÚMULA DE AVALIAÇÃO®
Nome _______________________________ RE _______________ Posto/Grad _________________
Unidade ______________ Local da Avaliação ______________________ Data _________________
Espingarda nº ______________________ Pontuação máxima possível:- 150 Pts.
Pontuação mínima para aprovação:-____Pts. Pontuação obtida:- ____Pts. Nota/Conceito:-________

“A” - TOTAL DOS PONTOS OBTIDOS NO ALVO “PM-L-74” (05 tiros com munição “singular”. Cada impacto na área cinza 20
pts; impacto na área branca “zero” ponto. Impacto que tangenciar a área cinza será nela assinalado):- (“A”)__________Pts.

“B” - PROCEDIMENTOS:- Para cada procedimento certo 10 pts. positivos; procedimento errado deixa de ganhar esses 10 pts.
Procedimento certo ou errado será marcado com um “x”.
CERTO ERRADO
ABAIXO, PROCEDIMENTOS QUE SERÃO AVALIADOS
1. Mediante ordem, e mantendo a segurança:- Municiar, carregar, travar o gatilho e tomar a “posição normal”
2. Sem perder o contato visual com o alvo:- Posicionar a arma; dedo fora do gatilho; cano voltado para
direção segura; destravar o gatilho; tomar as posições de tiro com rapidez.
3. Um disparo rápido por posição. Após o disparo extrair o cartucho vazio, recarregar, varredura,
4. Remuniciamento tático ou emergencial (a critério do aluno).
5. Posição de remuniciamento:- Agachado ou ajoelhado; cano da arma voltado para direção segura; dedo fora
do gatilho; olhar fixo no alvo.
TOTAL DOS PONTOS POSITIVOS DOS PROCEDIMENTOS CERTOS ..... (“B”) ___________ Pts.

“C” – PENALIDADES:- 10 pontos negativos para cada uma. Num mesmo item poderá haver mais de uma penalidade. Cada
penalidade será marcada com um “x”.
1. Arma e equipamentos mal ajustados ao corpo atrapalhando o desempenho do aluno
2. Derrubar munição de reposição
3. Disparar em posição diferente da determinada; cada disparo uma penalidade. penalidade (inversão de agachado
para ajoelhado e vice versa não será penalizada, mas tem que disparar nas duas posições)
4. Após o disparo de cada posição, recarga e varredura:- Voltar à posição em pé mantendo o dedo fora do gatilho, cano e olhar
voltados para o alvo; travar o gatilho; tomar a “posição normal”, soltar os braços ao longo do corpo antes de empunhar a arma
novamente para efetuar o disparo da posição seguinte
5. Disparos após o tempo determinado:- Cada disparo uma penalidade
TOTAL DOS PONTOS NEGATIVOS DAS PENALIDADES ..... (“C”) ___________ Pts

“D” – REPROVAÇÃO:- Será reprovado o aluno que cometer qualquer uma das seguintes “penalidades fatais” (anotá-las com um “x”):-
1. Atentar contra as normas de segurança
2. Provocar disparo acidental com ou sem vítima
3. Derrubar a arma
4. Apresentar descontrole emocional.

“E” - PONTUAÇÃO FINAL:- “A” + “B” – “C”= __________ Pts.


Obs.:- Caso o aluno seja reprovado, após ser orientado e ensinado pelo professor, e voltado à calma, repetirá a avaliação até mais
duas vezes; alem disso será reprovado em definitivo e desligado do curso. Usar meios fraudulentos para obter vantagens:- Desligamento
imediato do curso e medidas disciplinares cabíveis.

________________________________ _____________________________________________________________________
Assinatura do aluno Posto/grad, RE, nome de guerra legível e assinatura do Professor
Obs.:- Anexar esta súmula ao “RIT” do aluno, tanto em caso de aprovação como de reprovação. Anotações no verso.

EXECUÇÃO DA AVALIAÇÃO:- Distância do alvo “PM-L-74”:- 08 (oito) metros. Partida:- Em pé; arma em bandoleira de três pontos,
individualizada; municiada, carregada, gatilho travado; “posição normal”. Depósito inicial com 3 cartuchos; mais 5 no porta cartuchos
(reposição). Munição:- Cartucho “Singular” (projétil único). 5 (cinco) disparos na zona central do alvo “PM-L-74” no tempo de 2 (dois)
minutos (incluindo a recarga). Um disparo em cada uma das seguintes posições e na seguinte seqüência obrigatória:- Pé, joelho, agachado,
deitado e novamente em pé (a inversão de agachado para ajoelhado e vice versa não acarretará penalidade, mas tem que disparar nas duas
posições). Ao sinal convencionado o aluno destrava a arma; toma a primeira “posição de tiro” e efetua 01 disparo; com rapidez extrai o
cartucho deflagrado e recarrega, faz a “varredura” e, com o olhar e a arma na direção do alvo, dedo fora do gatilho, volta à posição em pé,
trava o gatilho; toma a “posição normal”, solta os braços ao longo do corpo e, sem necessidade de nova voz de comando, empunha
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novamente a arma; destrava, toma a posição de tiro seguinte, efetua um novo disparo executando, em seguida, todos os procedimentos da
posição anterior, e assim, sucessivamente, até completar os cinco disparos das posições previstas. Ao efetuar o remuniciamento deverá fazê-
lo ajoelhado ou agachado. Remuniciamento tático ou emergencial (a critério do aluno). Após o disparo da última posição de tiro extrai o
cartucho vazio, recarrega, faz varredura, volta à posição em pé, trava o gatilho, toma a “posição normal” e aguarda ordens. Mediante ordem
descarrega e desmunicia arma, e acompanha o levantamento dos impactos do seu alvo. Se durante a avaliação ocorrer falha de arma ou
munição que não sejam da responsabilidade do aluno o mesmo repetirá toda a avaliação. (GIRALDI)

ESPINGARDA CALIBRE 12

PREENCHIMENTO DA SÚMULA DE AVALIAÇÃO DO “CURSO BÁSICO”

. . O aluno apresenta-se para ser submetido à avaliação do “Curso Básico” com a “Súmula
de Avaliação” nas mãos, já tendo preenchido o cabeçalho na parte sob sua responsabilidade (Nome; RE;
Posto/Grad; Unidade; Local da Avaliação; Data; Espingarda nº). Espingarda vazia, em bandoleira, “posição
normal”, culatra aberta. Deverá estar com colete balístico, protetor ocular, auricular e plaqueta de identificação no
peito. Três cartuchos nas mãos (serão os primeiros a serem utilizados) e mais cinco no porta cartuchos (reposição).

. “Pontuação mínima para aprovação:- ____ pts”:- O professor anotará aqui a pontuação estabelecida
em currículo, ou em publicação oficial à parte.
Obs.:- No caso de reprovação, após ser ensinado pelo professor nos procedimentos em que errou, e
voltar à calma, o aluno repetirá a avaliação.
. Usar meios fraudulentos para obter vantagens:- Desligamento imediato do curso.

. “Pontuação obtida”:- _____ pts.:- O professor anotará aqui a pontuação final do aluno, existente na
letra “E” da súmula.

. “Nota/Conceito:- _____”:- O professor anotará aqui e nota ou o conceito final obtido pelo aluno,
conforme o determinado em currículo, ou em publicação oficial à parte.
Obs.:- A transformação da pontuação final do aluno em nota será feita através de uma regra de três simples
e direta, onde o máximo de pontos possíveis 150 (que está previsto na súmula), corresponde à nota 10,0 (dez) e os
pontos obtidos, proporcionalmente à essa nota. Exemplo:- Se o aluno obteve 120 (cento e vinte) pontos sua nota
final será 8,0 (oito), que é o resultado da multiplicação de 120 por 10, dividido por 150.

150 pts corresponde à nota 10,0


120 pts. corresponde à nota x

Multiplica 120 por 10 e divide por 150 = 8,0

. A transformação da nota final em conceito será feita de acordo com o previsto no


currículo do curso ou em publicação oficial. Exemplo:-

NOTAS CONCEITO
0,0 a 4,9 INSUFICIENTE
5,0 a 6,9 REGULAR
7,0 a 8,4 BOM
8,5 a 9,5 MUITO BOM
9,6 a 10,0 EXCEPCIONAL

. Demais preenchimentos já estão esclarecidos na própria súmula.


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CAPÍTULO 09

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CALIBRE 12”

“PISTAS POLICIAIS DE INSTRUÇÃO” (PPI)®


“PISTAS POLICIAIS ESPECIAIS” (PPE)®
“PISTAS POLICIAIS DE APLICAÇÃO” (PPA)®

1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS PISTAS ®


2. PRINCIPAIS ENSINAMENTOS DAS PISTAS ®

01. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS PISTAS 


01.1. Por mais simples que sejam, fornecem grandes ensinamentos práticos aos alunos.
01.2. Poderão ser elaboradas apenas com meios de fortuna, sem perder suas finalidades,
proporcionando, assim, grande economia.
01.3. Qualquer móvel velho, armário, banco, escrivaninha ou outros materiais já inservíveis, que se
coloque no “Centro de Treinamento na Preservação da Vida”, servindo como “proteção simulada” e facilitando a
“progressão”, a “atuação” e a “regressão” do aluno sobre alguns alvos devidamente caracterizados, já se constituirá
numa pista. Plásticos e lonas, também poderão ser usados.
01.4. Um simples banco tombado, colocado no “Centro de Treinamento na Preservação da Vida”,
servirá, após pequena progressão, de “abrigo simulado” para o aluno atuar, disparando ou não, pela sua direita,
esquerda e por cima dele.
01.5. As próprias instalações físicas do “Centro de Treinamento na Preservação da Vida” poderão
ser aproveitadas como pista.
01.6. Locais externos, com árvores, arbustos, obstáculos, veículos, elevações e depressões do terreno,
buracos, barrancos, muros, construções, poderão ser aproveitados como pistas da forma como se encontram ou com
pequenas adaptações, acrescentando-se alvos devidamente caracterizados. Para atuar nesses locais, o aluno e o
professor não usarão qualquer tipo de munição (nem no corpo). O aluno, com a arma vazia, executará apenas
procedimentos, simulando disparos, quando necessários.
01.7. Poderão ser elaboradas, da mesma forma, em qualquer local.
01.8. Gastam pouca munição. Há, inclusive, pistas sem disparos, da mesma forma que, na quase
totalidade das vezes, em situações reais, o policial saca sua arma mas não tem necessidade de dispará-la. Nessas
pistas, executará apenas procedimentos.
01.9. Tem alvos fixos e móveis. Tem alvos que se deslocam, sustentados por carretilhas, apoiadas em
fios de arame bem esticados. Alvos colocados o mais próximo possível do barranco de contenção de projéteis.
01.10. Tem alvos “amigos”, “neutros” e “agressores” , devidamente caracterizados como seres humanos, a partir
do alvo de papelão “PM-L-4” (ver “Anexo 14”, deste manual).
01.11. Tem alvos “suspeitos” e em “atitude suspeita”. Não confundir alvo “suspeito” com alvos em
“atitude suspeita”.
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01.11.1. Exemplo de alvo “suspeito:- Um alvo representando um presidiário (identificável através da


roupa, etc.) tranquilamente postado numa fila de ônibus, logo após uma fuga de presos.
01.11.2. Exemplo de alvo em “atitude suspeita”:- Um alvo representando uma pessoa semiescondida
onde as mãos não aparecem espreitando o policial,em situação de confronto armado ou na iminência de ocorrer.
01.12. Tem pista curta, média e longa. A pista básica é a “Pista Policial de Instrução-Padrão”
01.13. Para policiais de qualquer idade.
01.14. Tem sonorização. Tem “cobertas” e “abrigos”.
01.15. Para atuação individual e coletiva.
01.16. Para o dia e para a noite
01.17. Disparos, com revólver, pistola e metralhadora portátil, quando necessários, sempre de 2 em 2
(2 disparos em cada alvo atirável); rápidos; semivisados ou intuitivos; aluno com os dois olhos abertos. Com
espingarda 12, carabina semiautomática e fuzil, 1 (um) disparo por alvo atirável. Na vida real, quando não forem
suficientes para fazer cessar a ação de morte do agressor contra a sua vítima, serão repetidos.
01.17.1. Convenção- “Alvo agressor”, com a arma apontada para o policial, é porque está atentando
contra a vida dele ou de terceiros, portanto, é alvo atirável, desde que, na mesma linha de tiro, não existam “alvos
neutros” ou “alvos amigos”.
01.18. Tempo de execução igual a uma ação real.
01.19. Para locais internos e externos.
01.20. Para atuação embarcada, desembarcada e mista.
01.21. Fácil assimilação. Simples, práticas, objetivas, baratas.
01.22. O policial usa a mesma arma, munição, equipamento, uniforme e outros materiais com os
quais trabalha em defesa da Sociedade.
01.23. Destinadas a todos os policiais.
01.24. Dão confiança ao policial.
01.25. Quase não gastam alvos. Alvos “amigos” e “neutros”, por exemplo, são preparados uma só
vez pois, não recebendo impactos, têm duração ilimitada.
01.26. Permitem uma instrução de tiro realista, sem demagogia, sem possibilidades de quaisquer
tipos de acusações.
01.27. As valorizações das zonas de acerto nos alvos variam de acordo com os objetivos da
instrução.
01.28. A “pista padrão” é a constante dos capítulos “10” e “11”, deste manual.
01.29. As pistas têm os mais diferentes graus de dificuldades.
01.30. Podem ser executadas com qualquer tipo de arma.
01.31. Mostram a importância da prioridade dos procedimentos.
01.32. Provocam o gosto do aluno pela instrução de tiro.
01.33. Automaticamente, provocam comentários e análise dos alunos.
01.34. Muitas outras características a serem desenvolvidas pelo professor e também pelos alunos.

02. PRINCIPAIS ENSINAMENTOS DAS PISTAS 


02.1. Preservar a vida e a integridade física. A preservação da vida e da integridade física, do policial, e de
pessoas inocentes, precede tudo; também daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressoras),
livrando, assim, o policial, de pesados processos e condenações.
02.2. Que a arma de fogo só pode ser disparada em situações em que se torna necessário e indispensável;
uma medida extrema; o último recurso. Que isso só poderá ser feito quando for estritamente inevitável para
proteger a vida. Para garantir a vida, a liberdade e a segurança das pessoas, incluindo do policial.
02.3. Respeitar as Leis. Respeitar os Direitos Humanos. Respeitar a dignidade das pessoas.
02.4. O “Método Giraldi” e “Transversalidade” dos “Direitos Humanos”.
02.5. Aplicar, corretamente, os princípios da legítima defesa, dentro da legalidade, calcado na necessidade,
oportunidade, proporcionalidade, e qualidade, dos seus disparos (que jamais levarão seu autor a ser condenado por
eles nos tribunais)
02.6. Deixar o policial condicionado a agir, corretamente, quando de um confronto armado.
02.7. Ensinar o policial a raciocinar e decidir, rapidamente, e, corretamente, em situações de grandes
dificuldades.
02.8. Ensinar o policial a atuar, com técnica, com tática, com psicologia, com profissionalismo, com
segurança, dentro dos limites das Leis, e dos Direitos Humanos, no caso de ter que usar sua arma de fogo em
defesa própria, e para servir e proteger a Sociedade.
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02.9. Que o policial não tem posição fixa de tiro. Que a melhor posição de tiro, para o policial, é aquela que
e o auxilia na solução dos problemas; preserva a sua vida e a sua integridade física; a vida e a integridade física de
pessoas inocentes, ou de pessoas contra as quais não há necessidade de disparos (agressoras).
02.11. Administrar o estresse. Muitas vezes, o estresse é o maior inimigo do policial durante um confronto
armado. As pistas ensinam-no a administrá-lo.
02.12. Usar a “razão” e não a “emoção”.
02.13. Que tem limitações, sendo obrigado a solicitar apoio sempre que se julgar impotente para solucionar
um problema.
02.14. Solicitar apoio sempre que houver confronto armado ou possibilidades de acorrer.
02.14.1. Atuar em equipe. “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos” (Giraldi)
02.15. Atuar sempre protegido; não se expor.
02.16. Atuar embarcado; desembarcado; logo após o desembarque; também em situação mista.
02.17. Cano da arma e olhar sempre na direção do perigo (na hora do perigo o cano funciona como um
“terceiro olho”. Se for à noite ou com pouca luminosidade, e o policial estiver com lanterna, esta, paralela ao cano
da arma, funcionará como um “quarto olho”. Olhos, cano da arma e lanterna, sempre na direção do perigo).
02.18. Dedo fora do gatilho. A posição correta do dedo é fora do gatilho, estendido e encostado na
armação da arma. O dedo só vai para o gatilho no momento do disparo; terminado o disparo, volta para a sua
posição normal (fora do gatilho).
02.19. Cano da arma voltado sempre para direção segura.
02.20. Com revólver, pistola e metralhadora portátil os disparos serão efetuados de 2 em 2, rápidos, semi
visados ou intuitivos; excepcionalmente de outra forma, como disparos de “barragem”, etc. Dois disparos por alvo
atirável. No momento dos disparos o aluno permanece com os dois olhos abertos. Com arma longa (fuzil,
espingarda 12, carabina CT 30, etc.) 1 (um) disparo. Na vida real, quando não forem suficientes para fazer cessar a
ação de morte do agressor contra a sua vítima, serão repetidos.
02.21. Aprender a “negociar”.
02.22. Aprender a “verbalizar”. A primeira frase da verbalização é:- “---Aqui é a polícia!” Em seguida
dizer com voz firme, clara, audível o que deseja.
02.23. Ao verbalizar com alvo “agressor”, e alvo “suspeito”, ou em “atitude suspeita”, manter o olhar e o
cano da arma voltado para a sua direção; dedo fora do gatilho; pronto para uma possível reação.
02.24. Ao verbalizar com alvos “neutros” e alvos “amigos”, colocar a arma em posição “sul” A
verbalização com esses alvos é facultativa (só se for necessária).
02.25. Quando da verbalização, o professor responderá pelos alvos.
02.26. Jamais apontar a arma para pessoas inocentes.
02.27. Valorizar os procedimentos. “Na quase totalidade das vezes procedimentos, e não tiros, é que
preservam vidas e solucionam problemas”.
02.28. Atuar dentro da Lei; da Ordem, da Realidade, e da Política Policial Brasileira. Respeitar os direitos
humanos e a dignidade das pessoas.
02.29. Adquirir experiência para poder participar de um possível confronto armado em defesa própria e da
Sociedade; para isso, terá que treinar em situações que imitem a realidade.
02.30. Aprender a progredir e regredir em segurança, em todas as situações. Estar atento a tudo.
02.31. Como usar “cobertas” e “abrigos”. Diferenças entre ambos.
02.32. Atuar sozinho e em equipe.
02.33. Aprender a usar a arma em “posição normal”, “posição de saque”, “posição de tiro”, “posição sul”,
e “posição de alerta”, com suas respectivas variações, nos momentos corretos.
02.34. Aprender empunhar a arma com a “mão forte e fraca”
02.35. Não se precipitar. A precipitação, na quase totalidade das vezes, é fatal para o policial. Somente as
pistas o condicionarão a evitá-la.
02.36. Evitar a “valentia perigosa”; é “loteria”, e, tudo aquilo que é loteria, quando está em jogo a vida
humana, não deve ser tentado. Poderá transformar o policial num herói ou ... num defunto ou ... num presidiário.
02.37. Executar procedimentos corretos.
02.38. Não entrar desprotegido em edifícios e locais suspeitos; chamar apoio.
02.39. Que não basta saber atirar; é preciso saber quando atirar e saber executar procedimentos.
02.40. Que não basta saber o que tem que fazer, tem que estar condicionado a fazer, e, para ficar
condicionado a fazer, tem que fazer, fazer, fazer...
02.41. Atuar e atirar em todas as posições e situações, inclusive com pouca luminosidade..
02.42. 02.43. Aperfeiçoar a intuição, em todos os sentidos.
02.44. Aperfeiçoar a visão periférica.
02.45. Usar sua arma, seus equipamentos e materiais, corretamente; saber se são de confiança.
70

02.46. Atuar com segurança.


02.47. Saber como reagir a um ataque de surpresa
02.48. Atuar com barulho de todas as espécies. A pista poderá ser sonorizada através de sirene, bombas,
gritos, e outros tipos de barulhos.
02.49. Atuar com sustos de todas as espécies (alvos que surgem de repente; materiais que caem; latas que,
puxadas por linhas de nylon, começam a se movimentar, a fim de distrair a atenção do policial, etc.).
02.50. Que, na vida real, irá reagir da mesma forma que reage nas pistas. Caso erre nas pistas, será,
imediatamente, corrigido, evitando que esse erro se repita na vida real.
02.51. Aprender como se deslocar, com rapidez, de um ponto de proteção para outro, mantendo o cano da
arma na direção do perigo e com pouca oscilação; dedo fora do gatilho; materiais bem firmes no corpo.
02.52. Efetuar todas as formas de “varreduras”:-
02.52.1. “Olhada rápida”,
02.52.2. “Tomada de ângulo” (fatiamento),
02.52.3. Uso de “espelho para varreduras”, em todas as situações.
02.52.4. “Olhada rápida”, tanto na vertical como na horizontal; em esquinas, assim como em portas e
janelas.
02.52.5. “Tomada de ângulo” (fatiamento), tanto na vertical como na horizontal; em esquinas, assim como
em portas e janelas.
02.53. Dobrar esquinas com segurança.
02.54. Atuar através de janelas, portas, frestas, etc. Não ultrapassar os limites de segurança (com a arma e
com o corpo) quando dessas atuações.
02.55. Efetuar o saque rápido; o enquadramento rápido; disparos rápidos; sempre de 2 em 2; com os dois
olhos abertos.
02.56. Não se preocupar com os cartuchos vazios e com os carregadores vazios; deixá-los cair no piso;
depois serão pegos.
02.57. No caso de algum suspeito estar no interior de um compartimento, não adentrar o local, mandar o
suspeito sair (desarmado e com as mãos para cima). “Negociar”, não importa o tempo necessário para atingir seus
objetivos (vítima ilesa; agressor preso; polícia aplaudida). Chamar apoio.
02.58. Aprender a usar lanterna em atuação com pouca luminosidade e no escuro.
02.59. Que, muitas vezes, num momento de grande estresse, bastam duas ou três inspirações profundas,
segurando o ar por um momento nos pulmões, e expirando, suavemente, em seguida, para se reequilibrar.
02.60. Recarregar a arma com rapidez, em segurança, sem perder o contato visual com a área de perigo.
02.61. Atuar corretamente diante de “quadros” complicados, como seqüestro; “agressor” armado, fugindo;
“agressor” ainda armado, se entregando; “agressor” confinado; companheiros feridos; alvos duvidosos; em situação
de inferioridade em relação aos “agressores”; “agressor” no meio de pessoas, disparando contra o policial;
“agressor” fugindo, de costas, mas que vira a arma para o policial e dispara; “agressor” com arma branca, parado,
ou que avança contra o policial; etc.
02.62. CONVENÇÃO:- Na pista, “alvo agressor” apontando a arma para o policial caracterizará estar
disparando contra o policial, ou contra terceiros; não havendo pessoas inocentes, na mesma linha de tiro, o policial,
caso esteja com revólver, pistola ou metralhadora portátil, efetuará dois disparos, rápidos, contra ele. Se estiver
com espingarda 12, carabina semiautomática ou fuzil efetuará 1 disparo. Na vida real se não forem suficientes para
fazer cessar a ação de morte do agressor contra a sua vítima serão repetidos.
02.63. Cuidado! Na vida real, o fato de uma pessoa, que o policial não conhece, estar com uma arma de
fogo nas mãos, não significa que seja “agressora”, ou que esteja atentando contra a vida de alguém; pode ser um
civil comum; um policial civil; um policial militar em trajes civis; e até um agressor sem intenções de disparar
contra alguém, caso em que não se justifica o disparo contra ele. Na pista é a mesma coisa. O disparo, na pista, e
na vida real, só será efetuado se o agressor estiver atentando contra a vida de alguém, inclusive a do próprio
policial.
02.63.1. O disparo, contra o agressor, só deve ocorrer se ele estiver atentando contra a vida de alguém,
inclusive contra a vida do policial, obedecendo os princípios da oportunidade, necessidade, proporcionalidade e
qualidade.
02.64. Pedir “cobertura” dos companheiros nos momentos de emergência.
02.65. Aprender os “sinais policiais” (ver anexo 01, deste manual).
02.66. Que o principal fundamento da pista é o “condicionamento anterior, a ser obtido pelo policial em
treinamentos imitativos da realidade, antes de se ver envolvido pelo o fato verdadeiro”. Na vida real, sempre que o
policial se vê diante de um fato novo, grave, não anteriormente vivenciado, mesmo que em treinamentos, sua
tendência é entrar em pânico e se perder e, se a morte se fizer presente, como sempre está, tudo será pior.
71

02.66.1. Observações:- Normalmente, as pessoas não conseguem pensar mais de uma coisa ao mesmo tempo,
mas, estando condicionada, agirá por reflexos condicionados, como alguém que pisa no freio do carro sem ficar
pensando em fazê-lo; digita o teclado de um computador da mesma forma; etc. Esse é o motivo pelo qual, quando dos
ensinamentos do “Método”, o aluno tem que adquirir reflexos condicionados positivos, com eliminação dos negativos,
antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro; caso os negativos não sejam eliminados, eles poderão fazer o policial
cometer erros gravíssimos durante um possível confronto armado.
02.66.2. Esse é o motivo pelo qual o “Método” trabalha, incessantemente, em cima do erro do aluno, até deixá-
lo condicionado a executar o exercício corretamente, e sem dificuldades. O aluno não avançará na instrução enquanto
não eliminar esse erro.
02.66.3. Quando o policial é surpreendido por um confronto armado, onde a morte está sempre presente, suas
emoções e reações são tão intensas que, geralmente, precedem o raciocínio; por isso a necessidade do condicionamento
anterior.
02.66.4. Como a base do “Método Giraldi” são os “reflexos condicionados positivos, a serem adquiridos
pelo policial em treinamento imitativos da realidade, com eliminação dos negativos, antes de se ver envolvido pelo
fato verdadeiro” toda a instrução deverá se desenvolver de forma prática. “O que eu ouço, eu esqueço; o que eu
vejo, eu lembro; o que eu faço, eu aprendo”. “Tiro é como futebol, natação, ciclismo, etc., só se aprende
praticando” (Giraldi).
02.66.5. Que a única forma de se saber se um policial está em condições de atuar armado, em defesa
própria, e para servir e proteger a Sociedade, é analisando sua atuação nas pistas; não há outra forma.
02.67. Durante a instrução, não só quem a está executando, mas também professores, auxiliares, alunos
que estão observando, e, possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, protetor ocular e auricular; sem
isso, ela não será desenvolvida.
02.68. Os alunos apresentam-se, para a instrução prática, com as armas descarregadas, em segurança. Se
revólver, ou pistola, no coldre; pistola travada. Se metralhadora portátil, ou arma longa, devidamente presa aos
equipamentos e bandoleira, travada, “posição sul”.
02.68.1. Antes de iniciar qualquer aula prática, e no transcorrer da mesma, o professor deverá dar,
constantemente, as seguintes ordens aos alunos:-
02.68.2. “---- Até segunda ordem, permaneçam com suas armas sempre descarregadas, em segurança. Se
revólver ou pistola, no coldre; pistola travada. Se metralhadora portátil, ou arma longa, devidamente presa aos
equipamentos e bandoleira; travada; “posição sul”. Só peguem ou empunhem suas armas mediante ordem. Só
carreguem suas armas mediante ordem”;
02.68.3. “---- Quando com a arma nas mãos, mesmo descarregada, mantenham o dedo fora do gatilho; o
dedo só vai para o gatilho quando vocês tiverem certeza da necessidade do disparo. A posição normal do dedo
acionante é estendido, junto à armação da arma. Mantenham o cano da arma, mesmo que descarregada, voltado
sempre para direção segura. Estes princípios deverão ser aplicados, também, quando vocês estiverem de serviço”;
02.68.4. “---- Nos intervalos da instrução (descanso, água, cafezinho, sanitário, almoço, etc.) mantenham
suas armas sempre descarregadas, em segurança. Se revólver ou pistola, no coldre; pistola travada. Se metralhadora
portátil, ou arma longa, devidamente presa aos equipamentos e bandoleira; travadas, “posição sul”; ou no local
determinado pelo professor”;
02.68.5. “----- Não deixem nem abandonem suas armas sobre banquetas, mesas, ou onde quer que seja”;
02.68.6. “----- Fica estabelecido que o local para manuseio de arma é ... (estabelecer o local); nesse local
não se manuseia munição”;
02.68.7. O professor deverá estabelecer local seguro para manuseio de arma; nesse local não se
manuseará munição.
02.69. Palavras iniciais do professor a todos os alunos, em conjunto:-
02.69.1. “---- Não estou aqui para ensiná-los a matar; matar qualquer um sabe inclusive os agressores
que matam mais de 50 mil pessoas por ano no Brasil sem necessidade de treinamento; derrubam, até
helicópteros”.
02.69.2. “Estou aqui para ensiná-los a preservar suas vidas e suas liberdades”.
02.69.3. “Ensiná-los a regressar, íntegros, ao seio das suas famílias após uma jornada de trabalho, e
não para o necrotério, para uma cadeira de rodas, ou para a prisão”.
02.69.4. “Ensiná-los a usar suas armas de fogo com a finalidade de servir e proteger a sociedade e a
vocês próprios; para o agre3ssor a Lei”;
02.69.5. “Quem não quiser aprender pode ir embora. E os que ficarem colaborem”.
02.70. Proibido todo e qualquer tipo de castigo, inclusive flexões de braços; flexões de braços são para
aulas de educação física.
02.70.1. Seu principal e grande objetivo é fazer o aluno aprender e gostar da matéria.
72

02.70.2. O professor deve ser modelo, exemplo e referência para seus alunos. “As pessoas tendem a
agir da mesma forma como são tratadas; pessoas respeitosas geram pessoas respeitosas; imbecis geram imbecis”
(Giraldi).
02.70.3. Lembrar, sempre, que não está tratando com “policiais”, mas com “homens policiais”, com
“mulheres policiais”, com “seres humanos policiais”, onde “ser humano é substantivo, “policial é adjetivo”. Antes
do policial está o ser humano. Ser humano que sofre, ri, chora, ama e é amado. Tem família. Tem dignidade. Tem
limites. Tem sentimentos, não é uma máquina insensível. Tambem falha como todo mundo falha, pois na vida só
não falhou quem nunca viveu.
02.71. Em qualquer etapa do curso, quando o professor perceber que os alunos estão cansados, suados,
deverá reuni-los e pedir para que todos repitam com ele:-
02.71.1. “----- Deixo meu suor no campo de treinamento para não deixar meu sangue e minha liberdade
no campo de trabalho”;
02.71.2. “-----Trabalho de polícia é trabalho de equipe. Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós
juntos”;
02.71.3. “----- Tenho limites; não devo ultrapassá-lo sob pena de provocar tragédias, incluindo a minha
morte, a morte de pessoas inocentes, mortes desnecessárias, e a perda da minha liberdade;
02.71.4. “----- Não devo praticar a valentia perigosa, é loteria; poderá me transformar num herói, ou
num defunto, ou num presidiário; e tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, não deve ser tentada”;
02.71.5. “----- Minha família me espera”.
02.72. Outros ensinamentos.
02.73. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em
todas as armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os
alunos, elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e
palavras de incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários
gerais sobre a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser
melhorado. Dirá que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos
do que quando acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em
todos os setores da vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas;
esclarecerá pontos duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para
todos desejando-lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada
um deles e um “----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!”.

GIRALDI
73

CAPÍTULO 10
TDPV - “MÉTODO GIRALDI” 
(Registrado e publicado)
Direitos autorais reservados

“PISTA POLICIAL DE INSTRUÇÃO – PADRÃO” ®


PLANTA

BARRANCO

1.00
ALVOS ALVOS ALVOS

4.00
2.70 2.70

.40 1.30 1.30 .40


D D

1.50
2.30

.80
.50 3.50
C
4.00 .50

B
3.00

1.50
PLANTA
Escala 1:100

- “A” – “B” – “C” – “D”: – São “abrigos” com 2.00 m de altura.


- Os “abrigos” da pista poderão ser feitos com alvenaria, madeirite, plástico, lona, etc..
- As medidas laterais poderão adaptar-se à largura do estande.
ELEVAÇÃO – ABRIGO “D”

1.00 .40 1.30 1.30 .40 1.00


.50
.50

2.00
1.10

1.00 .40 1.30 1.30 .40 1.00


.40
.40

5.40
ELEVAÇÃO
Escala 1:50
- Abrigo “D” visto de frente.
- Uma janela alta, uma baixa e uma média de cada lado; ficarão abertas ou fechadas, no todo ou em parte, de
acordo com os objetivos da instrução. As três, travadas uma na outra, funcionarão como porta.
(GIRALDI)
74

CAPÍTULO 11

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“PISTA POLICIAL DE INSTRUÇÃO” (PPI) - PRIMEIRA PARTE
“PISTA POLICIAL DE INSTRUÇÃO PADRÃO” (PPI PADRÃO)
DESENVOLVIMENTOâ

PREVISÃO:- EM TORNO DE 12 DISPAROS REAIS POR ALUNO

“Tiro é como futebol, natação, ciclismo, etc., só se aprende praticando; não há


livro, apostila, teoria ou sala de aula que o ensine” (Giraldi)

01. A “Primeira Parte” das “Pistas Policiais de Instrução” será realizada na “Pista Policial de Instrução-
Padrão” (“PPI-Padrão”), cuja planta está inserida no “Capítulo 10”, retro.
02. O professor deverá ser extremamente educado para com seus alunos. A paciência e a sabedoria serão
duas das suas grandes virtudes. Fazer o aluno gostar do “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método
Giraldi” e aprender a executá-lo corretamente e sem dificuldades será sua grande vitória. A reprovação do aluno
não deverá constar do seu plano de aula, mas o seu aprendizado e aprovação.
03. Respeitar a dignidade do aluno. Lembrar-se que “pessoas respeitosas geram pessoas respeitosas;
imbecis geram imbecis” (Giraldi).
04. Não procurar mostrar seus conhecimentos mas o que o aluno precisa aprender. Pouca conversa e muita
ação, que o tempo é pouco. Entre outras coisas, o professor deverá estar a par de todo o conteúdo do “Capítulo
09”, retro.
05. O aluno (e também o professor) fará a instrução usando a mesma arma, munição, uniforme e
equipamentos com os quais trabalha ou irá trabalhar. Obrigatório o uso de colete balístico, protetor auricular, ocular
e plaqueta de identificação; também por parte do professor.
06. O professor “trabalhará”, intensamente, em cima do “erro” do aluno. O aluno repetirá o exercício (com
ou sem munição real) até ficar condicionado a executá-lo corretamente e sem dificuldades; só após consegui-lo
passará para o exercício seguinte.
07. Como as bases do “Método Giraldi” são os “reflexos condicionados positivos, a serem adquiridos pelo
policial em treinamentos imitativos da realidade, com eliminação dos negativos, antes de se ver envolvido pelo fato
verdadeiro”, isso deverá ser buscado desde o início da instrução.
08. Normalmente, as pessoas não conseguem pensar mais de uma coisa ao mesmo tempo, mas, estando
condicionada, agirá por reflexos condicionados, como alguém que pisa no freio do carro sem ficar pensando em fazê-lo;
digita o teclado de um computador da mesma forma; etc. Esse é o motivo pelo qual, quando dos ensinamentos do
“Método”, o aluno tem que adquirir reflexos condicionados positivos, com eliminação dos negativos, antes de se ver
envolvido pelo fato verdadeiro; caso os negativos não sejam eliminados, eles poderão fazer o policial cometer erros
gravíssimos durante um possível confronto armado. Esse também é o motivo pelo qual o “Método” trabalha,
incessantemente, em cima do erro do aluno; ele não avançará na instrução enquanto não eliminar esse erro.
09. A aula será ministrada sob forma de “oficinas”. O efetivo de alunos de cada “oficina” será estabelecido
de acordo com a complexidade dos exercícios a serem executados; capacidade e grau de desenvolvimento dos
alunos; finalidade da instrução; disponibilidade de meios; locais para a sua execução; mas, cada uma terá, no
máximo, 10 (dez) alunos; etc.
75

10. Alvo:- Será usado o “PM-L-4” de papelão, sempre caracterizado como seres humanos. Ver anexo “14”,
deste manual.
11. Havendo necessidade e munição, deverão ser efetuados mais disparos reais do que os previstos para
cada aluno.
12. O aluno (e também o professor) fará a instrução com a mesma arma; munição; uniforme; equipamentos;
etc., com os quais trabalha ou irá trabalhar.
13. O aluno somente municiará e carregará a espingarda mediante ordem.
14. Durante a instrução, não só quem a está executando, mas também professores e auxiliares, alunos que
estão observando, e possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, protetor ocular e auricular; sem isso,
ela não será desenvolvida.
15. Palavras iniciais do professor a todos os alunos, em conjunto:-
15.1. “---- Não estou aqui para ensiná-los a matar; matar qualquer um sabe inclusive os agressores que
matam mais de 50 mil pessoas por ano no Brasil sem necessidade de treinamento; derrubam, até helicópteros”.
15.2. “Estou aqui para ensiná-los a preservar suas vidas e suas liberdades”.
15.3. “Ensiná-los a regressar, íntegros, ao seio das suas famílias após uma jornada de trabalho, e não para
o necrotério, para uma cadeira de rodas, ou para a prisão”.
15.4. “Ensiná-los a usar suas armas de fogo com a finalidade de servir e proteger a sociedade e a vocês
próprios; para o agre3ssor a Lei”;
15.5. “Quem não quiser aprender pode ir embora. E os que ficarem colaborem”.
16. Proibido todo e qualquer tipo de castigo, inclusive flexões de braços; flexões de braços são para aulas de
educação física.
16.1. Seu principal e grande objetivo é fazer o aluno aprender e gostar da matéria.
16.2. O professor deve ser modelo, exemplo e referência para seus alunos. “As pessoas tendem a agir da
mesma forma como são tratadas; pessoas respeitosas geram pessoas respeitosas; imbecis geram imbecis”
(Giraldi).
16.3. Lembrar, sempre, que não está tratando com “policiais”, mas com “homens policiais”, com “mulheres
policiais”, com “seres humanos policiais”, onde “ser humano é substantivo, “policial é adjetivo”. Antes do policial
está o ser humano. Ser humano que sofre, ri, chora, ama e é amado. Tem família. Tem dignidade. Tem limites. Tem
sentimentos, não é uma máquina insensível. Tambem falha como todo mundo falha, pois na vida só não falhou
quem nunca viveu.
17. Em qualquer etapa do curso, quando o professor perceber que os alunos estão cansados, suados, deverá
reuni-los e pedir para que todos repitam com ele:-
17.1. “----- Deixo meu suor no campo de treinamento para não deixar meu sangue e minha liberdade no
campo de trabalho”;
17.2. “-----Trabalho de polícia é trabalho de equipe. Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”;
17.3. “----- Tenho limites; não devo ultrapassá-lo sob pena de provocar tragédias, incluindo a minha morte,
a morte de pessoas inocentes, mortes desnecessárias, e a perda da minha liberdade;
17.4. “----- Não devo praticar a valentia perigosa, é loteria; poderá me transformar num herói, ou num
defunto, ou num presidiário; e tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, não deve ser tentada”;
17.5. “----- Minha família me espera”.
15. DESENVOLVIMENTO:-
15.1. Toda a instrução se desenvolve no “Centro de Treinamento na Preservação da Vida”; nada de sala de aula
ou teorias anteriores (“O que eu ouço, eu esqueço; o que eu vejo, eu lembro; o que eu faço, eu aprendo”; “Tiro é
como futebol, natação, ciclismo, etc., só se aprende praticando” (Giraldi). Professor e alunos já no “Centro de
Treinamento para a Preservação da Vida”, devidamente uniformizados; armados (espingarda vazia); equipados
(equipamentos bem ajustados ao corpo); com colete balístico, protetor auricular e ocular. Preleção sobre a
segurança (geral).
15.2. Os alunos apresentam-se, para a instrução prática, com a espingarda vazia, travada, em segurança, em
bandoleira, “posição normal”.
15.2.1. Durante as preleções alunos de costas para o sol; professor de frente para o sol.
15.3. Antes de dar início à aula prática, com uso da espingarda, e no transcorrer da mesma, o professor
deverá dar, constantemente, as seguintes ordens aos alunos:-
15.3.1. “----- Até segunda ordem, permaneçam com a espingarda vazia, travada, em segurança, presa aos
equipamentos, bandoleira, “posição normal”. Só manejem a espingarda mediante ordem. Só municiem e
carreguem a espingarda mediante ordem”;
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15.3.2. “----- Quando com a espingarda na mão, mesmo descarregada e travada, mantenham o dedo fora
do gatilho; o dedo só vai para o gatilho quando vocês tiverem certeza da necessidade do disparo. A posição
normal do dedo acionante é estendido, junto à armação da espingarda. Mantenham o cano da espingarda, mesmo
que descarregada e gatilho travado, voltado sempre para direção segura”. “Estes princípios deverão ser
aplicados, também, quando vocês estiverem de serviço”;
15.3.3. “----- Nos intervalos da instrução (descanso, água, cafezinho, sanitário, almoço, etc.) mantenham a
espingarda sempre vazia, gatilho travado, em segurança, presa aos equipamentos, bandoleira, “posição normal”,
ou no local que o professor determinar”;
15.3.4. “----- Não deixem nem abandonem a espingarda sobre banquetas, mesas, ou onde quer que seja”;
15.3.5. “----- Fica estabelecido que o local para manuseio da espingarda é ... (estabelecer o local); nesse
local não se manuseia munição”;
15.4. O professor deverá estabelecer local seguro para manuseio da espingarda; nesse local não se
manuseará munição.
15.5. O professor dará início à instrução fazendo uma revisão geral sobre segurança, em todos os sentidos.
Durante a instrução, não só quem a está executando, mas também professores e auxiliares, alunos que estão
observando, e, possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, protetor ocular e auricular; sem isso, ela
não será desenvolvida.
15.6. O professor deverá fazer revisão sobre:-
15.6.1. Como receber a espingarda e munição, da reserva de armas, e prepará-los para entrar em serviço.
Aluno pratica.
15.6.2. Como devolver a espingarda e munição na reserva de armas, após o serviço. Aluno pratica.
15.6.3. Como entregar a espingarda para um companheiro. Aluno pratica.
15.6.4. Como receber a espingarda de um companheiro. Aluno pratica.
15.7. Que são “cobertas” e “abrigos”; diferenças. Para que servem; quando são usadas. “Cobertas” só
escondem o policial; não o protege dos tiros dos agressores. “Abrigos” escondem e protegem o policial dos tiros
dos agressores.
15.8. Em seguida, o professor deverá mostrar a “Pista Policial de Instrução-Padrão” (“PPI”-Padrão” – ver
sua planta no “Capítulo 10”, deste manual), seus alvos (todos caracterizados como seres humanos, a partir do alvo
de papelão “PM-L-4” (ver “Anexo 14”, deste manual) e “quadros” a todos os alunos, em conjunto. Os alvos estarão
representando pessoas “amigas”, “neutras” e “agressoras”. Que não se analisa as pessoas pela cara mas pelas
intenções; cara feia não significa ser “agressor”; é nas mãos que está o perigo. Os alunos deverão andar pela pista e
examiná-la. O professor deverá explicar que, além desta, poderão ser idealizadas dezenas de outras pistas, cada
uma simulando várias situações reais diferentes.
15.9. Entre outros, deverão estar, obrigatoriamente, na pista os seguintes “alvos” (devidamente
caracterizados como seres humanos) e “quadros” (não sendo possível montá-los de uma só vez na pista, por falta de
espaço, os anteriores irão sendo substituídos por outros à medida que a instrução se desenvolve), com o aluno já
aprendendo os principais procedimentos básicos relacionados a cada um deles (posteriormente, aprenderá todos os
seus possíveis desdobramentos):-
15.9.1. Refém “tomado” ou “seqüestrado”, servindo de escudo para o “agressor da sociedade”. A
paciência e a sabedoria serão duas das grandes virtudes do policial nesses casos. Chamar apoio imediatamente. O
policial não dispara; mantém a arma em “posição sul”; permanece abrigado; identifica-se para o agressor e a
vítima: pergunta para o agressor o seu nome (mesmo que ele não se identifique); verbaliza com voz calma, clara e
audível; procura transmitir calma às partes envolvidas; não faz ameaças; procura ser um bom ouvinte (ouvir mais
do que falar); trata o agressor pelo nome (se descobri-lo); deve garantir a vida e a integridade física do agressor
caso desista do seu intento; não se referir à vítima como “refém”, mas como “moça”, “moço”, cidadão”, etc.; não
prometer nada que não possa ser cumprido ou que não seja de sua competência; saber que o agressor se torna um
verdadeiro ator nesses momentos, usando de muita perspicácia para conseguir seus intentos, e que, normalmente,
sua ameaça à vida e à integridade física da vítima faz parte desse seu “teatro” (nem poderia ser diferente; só que a
vítima é seu “salvo conduto” e ele sabe disso, eliminá-la não lhe traria nenhuma vantagem, ao contrário ..., e, ele
também sabe disso); etc. Ver complementos no item “19”, letra “h”, sub item “5)”, deste Capítulo.
15.9.2. Agressor armado com arma branca:- Policial protegido; olhar e cano da arma na direção do perigo;
dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia; para seu próprio bem, jogue a faca fora, coloque as mão
sobre a cabeça”; etc.
15.9.3. Agressor isolado disparando contra o policial ou contra alguém da Sociedade (nas mais diversas
situações; sem pessoas inocentes na mesma linha de tiro):- Policial abrigado. Se estiver com revólver, pistola ou
metralhadora portátil efetuará 2 (dois) disparos rápidos, semivisados ou intuitivos, na “massa” do agressor; não dá
tempo do policial fazer “visada” para escolher pontos de acerto; caso tente sua demora em fazê-lo poderá custar a
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sua vida, ou a vida de inocentes. Se estiver com espingarda 12, carabina semiautomática ou fuzil 1 (um) disparo.
Na vida real se não forem suficientes para fazer cessar a ação de morte do agressor contra a sua vítima serão
repetidos.
15.9.4. Agressor no meio de pessoas disparando contra o policial (pessoas na mesma linha de tiro do
policial):- Policial abriga-se ou permanece abrigado (caso já esteja); não dispara contra o agressor (não se dispara
em agressor quando na mesma linha de tiro há pessoas inocentes); chama apoio; faz o cerco.
15.9.5. Agressor de costas, fugindo, segurando arma de fogo, mas sem estar atentando contra a vida de
alguém:- Policial protegido; olhar e cano da arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “----
Aqui é a polícia; pare; jogue a arma fora, coloque as mãos sobre a cabeça onde eu possa vê-las!”; etc.
15.9.6. Pessoa em atitude suspeita onde as suas mãos não aparecem:- Policial protegido; olhar e cano da
arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia; mostre suas mãos!”. Etc.
Verificando que se trata de pessoa inocente, o policial conduzirá a arma para “posição sul” e complementará:- “----
Desculpe a minha atitude, mas foi a sua atitude suspeita que me obrigou a tomá-la; por favor, deixe o local, está
perigoso, ou, coloque-se em segurança”.
15.9.7. Pessoa em atitude suspeita, espreitando o policial, aparecendo só a sua cara:- Policial protegido;
olhar e cano da arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia; quem é você;
saia daí de trás; identifique-se!”. Etc. (idem a da letra “f acima).
15.9.8. Vários alvos “neutros”:- Verbalizar apenas se for necessário, exemplo:- Policial conduz a arma
para “posição sul” e verbaliza:- “---- Aqui é a polícia; a área está perigosa; por favor; coloquem-se em local mais
seguro!” O policial poderá indicar qual o local mais seguro. Etc.
15.9.9. Agressor se entregando (mãos para cima, segurando, ainda, a arma na mão):- Policial protegido;
olhar e cano da arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia; com a outra
mão segure a arma pelo cano e a coloque no solo; agora, com as mãos para cima, e olhando para cima, caminhe
na minha direção”.;Etc.
15.9.10. Agressor se entregando (com as mãos vazias):- Policial protegido (caso exista a possibilidade de
um segundo agressor surgir, atacando); olhar e cano na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “----
Aqui é a polícia; coloque as mãos na cabeça onde eu possa vê-las; olhando para mim caminhe em minha direção!”.
Etc.
15.9.11. Pessoa em atitude suspeita, tentando cobrir, com uma das mãos, uma arma de fogo:- Policial
protegido; olhar e cano da arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia;
jogue essa arma fora; coloque as mãos sobre a cabeça; olhando para mim caminhe em minha direção”. Etc.
15.9.12. “Alvo neutro” segurando um celular:- Não há necessidade de verbalização, no entanto, poderá
ser feita, como:- Policial coloca a arma em “posição sul” e verbaliza:- “---- Aqui é a polícia; por favor, saia do
local que está perigoso!”. O policial poderá indicar qual o local seguro. Etc.
15.9.12.1. O policial precisa estar atento; já existem armas de fogo sob a forma de celular. O disparo e o
calibre dele são fracos, mas matam.
15.9.13. Representante da imprensa, devidamente caracterizado (por exemplo, com microfone nas
mãos):- Caso esteja correndo risco de vida, haverá verbalização. Policial coloca a arma em “posição sul” e
verbaliza:- “---- Aqui é a polícia; por favor, saia do local que está perigoso, ou procure desenvolver seu trabalho de
um local mais seguro!” (o policial poderá indicar qual esse local). Etc.
15.9.13.1. O tratamento com integrantes da imprensa também deverá ser o mais respeitoso e cordial
possível; eles também estão trabalhando; têm o direito de exercer sua profissão; o policial deverá, dentro de suas
possibilidades, colaborar com esse trabalho.
15.9.14. CONVENÇÃO:- Na pista, “alvo agressor” apontando a arma para o policial caracterizará estar
disparando contra o policial, ou contra terceiros; não havendo pessoas inocentes, na mesma linha de tiro, o policial,
caso esteja com revólver, pistola ou metralhadora portátil, efetuará dois disparos, rápidos, contra ele. Se estiver
com espingarda 12, carabina semiautomática ou fuzil efetuará 1 disparo. Na vida real se não forem suficientes para
fazer cessar a ação de morte do agressor contra a sua vítima serão repetidos.
15.9.15. Cuidado! Na vida real, o fato de uma pessoa, que o policial não conhece, estar com uma arma
de fogo nas mãos, não significa que seja “agressora”, ou que esteja atentando contra a vida de alguém; pode ser um
civil comum; um policial civil; um policial militar em trajes civis; e até um agressor sem intenções de disparar
contra alguém, caso em que não se justifica o disparo contra ele. Na pista é a mesma coisa. O disparo, na pista, e
na vida real, só será efetuado se o agressor estiver atentando contra a vida de alguém, inclusive a do próprio
policial.
15.9.16. O disparo, contra o agressor, só deve ocorrer se ele estiver atentando contra a vida de alguém,
inclusive contra a vida do policial, dentro da legalidade, obedecendo aos princípios da oportunidade, necessidade,
proporcionalidade e qualidade. Um disparo dentro dessas condições jamais levará seu autor a ser por ele condenado
nos Tribunais. É a última alternativa, medida extrema, para preservar vidas inocentes, incluindo a do policial.
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15.9.17. Outros, desde que dentro da lógica da realidade do que se passa nas ruas.
15.10. Todos os alvos deverão estar o mais próximo possível do barranco de contenção de projéteis.
15.11. Normalmente uma “PPI-Padrão” tem de 3 a 4 “alvos atiráveis” e de 5 a 6 “alvos não atiráveis”. De
acordo com os objetivos da instrução o professor poderá alterar para mais ou para menos essas quantidades,
chegando a apenas um “alvo atirável” ou até nenhum.
15.12. Durante a instrução, não só quem a está executando, mas também professores, auxiliares, alunos
que estão observando, e, possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, plaqueta de identificação,
protetor ocular e auricular; sem isso ela não será desenvolvida.
15.13. A pista simula um confronto armado onde a “morte” está sempre presente.
15.14. A execução da pista, por parte do policial, será no mesmo ritmo de uma ação real; às vezes mais
rápida, outras vezes mais lenta. O ritmo será dado pelas características do confronto armado (da pista).
15.15. Explicar que, nela, o policial aprende a executar os procedimentos básicos que deverão ser
observados em possíveis confrontos armados. Posteriormente, executará outros tipos de pistas, inclusive noturnas
(com pouca luminosidade).
15.16. Explicar ao aluno que as “Pistas Policiais de Instrução” (“PPI”), incluindo a “Padrão”, são
destinadas a todos os policiais; posteriormente, a instrução será direcionada, através das “Pistas Policiais Especiais”
(“PPE”), para atividades especiais como:- Polícia Ambiental; Polícia Rodoviária; policial que atua em favelas,
morros, centros, avenidas, conglomerados de pessoas como no metrô, estações, terminais rodoviários e ferroviários,
divertimentos públicos; atuação com pouca luminosidade, em ambientes internos e externos; guarda de presídios;
escoltas: palafitas; segurança de autoridades; grupos de ação tática; ação tática especial; serviço velado; serviço
reservado; etc.
15.17. Explicar que, nesta “PPI-Padrão”, ora o policial fará a “progressão” entrando pelo seu centro, ora
pelo seu lado direito, ora pelo seu lado esquerdo. A “regressão” ou “retirada estratégica” obedecerá os mesmos
princípios. Seus alvos e “quadros” são constantemente alterados. Os cuidados com a segurança.
15.18. Quando da execução da pista, por parte do aluno, o professor permanecerá à sua retaguarda (sem
ser visto por ele), orientando-o e pronto para intervir, se houver necessidade. Responderá pelos alvos.
15.19. Explicar aos alunos que, inicialmente, receberão ensinamentos de como atuar nela,
individualmente; depois aprenderão a atuar em equipe. Estimulá-los para que, durante toda a instrução, façam
perguntas e tirem suas dúvidas.
15.20. Fundamento principal da pista:- “O condicionamento do policial, a ser obtido em treinamentos
imitativos da realidade, antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro”. Como a base do “Método Giraldi” são os
“reflexos positivos, a serem adquiridos, pelo policial, em treinamentos imitativos da realidade, com eliminação dos
negativos, antes de se ver envolvido com o fato verdadeiro”, isso deverá ser buscado desde o início da instrução.
15.21. Finalidade principal da pista:- “Preservar a vida e a integridade física, a começar pela do policial e
das pessoas inocentes; também daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressoras). Ensinar o
policial a aplicar com técnica, com tática, com psicologia e dentro dos limites das Leis, o armamento da sua
instituição policial em defesa própria e da Sociedade. Respeitar a dignidade das pessoas. Tudo aquilo que for
possível solucionar sem disparos assim o será.”
15.22. Dedo fora do gatilho. Durante a execução da pista a posição correta do dedo é fora do gatilho,
estendido e encostado na armação da Carabina Semi-automática. O dedo só vai para o gatilho no momento dos
disparos; terminados os disparos volta para a sua posição normal (fora do gatilho).
15.23. Posições da espingarda e do olhar, antes, durante e logo após seu posicionamento; início e enquanto
executa a pista (sempre com o dedo fora do gatilho; cano da espingarda e olhar sempre na direção do perigo).
15.24. Revisão de como, quando e porque são usadas as seguintes posições de arma, nas pistas:-
15.24.1. Arma em “posição normal”;
15.24.2. Arma em “posição sul”; variantes:- Como, quando e porque são usadas.
15.24.3. Arma em “posição de alerta”; variantes:- Como, quando e porque são usadas.
15.24.4. Arma em “posição de tiro”; variantes:- Como, quando e porque são usadas.
15.24.5. Face ao seu forte recuo, e sua violenta tendência para subir o cano durante os disparos, o apoio da
coronha da espingarda, no corpo do aluno, quando em “posição de tiro”, deverá ser a que melhor atenda suas
necessidades; que melhor se adapte à sua compleição física e que lhe dê absoluta confiança de uso.
15.24.6. Como passar de uma posição para outra.
15.22.7. Os alunos, com a espingarda, e com orientação do professor, treinarão essas posições, embora já o
tenham feito no “Curso Básico”.
15.25. Sob as vistas de todos os alunos, o professor executará, em etapas, a pista (sem efetuar disparos),
ensinando todos os procedimentos previstos na letra “B” da súmula (Capítulo 19, deste manual); e demais orientações,
inclusive a “verbalização”, dando todas as explicações necessárias. Será auxiliado pelo outro professor da pista (caso
exista). Explicará como será a atuação sobre cada alvo ou “quadro” da pista (ver item “5”, retro; e item “19”, letra “h”, sub
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item “5)”, deste capítulo; mais o “Anexo 08”, deste manual). Aleatoriamente, pegará alguns alunos para, com a arma vazia,
ir repetindo seus ensinamentos; os outros observam.
15.26. Os principais ensinamentos que o professor deverá ir passando aos alunos enquanto executa a pista
(com a arma vazia) são:-
15.26.1. Preservar a vida e a integridade física, a começar pela do policial e das pessoas inocentes; também
daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressores). Ensinar o policial a aplicar com técnica, com
tática, com psicologia e dentro dos limites das Leis, o armamento da sua instituição policial em defesa própria e da
Sociedade. Respeitar a dignidade das pessoas. Tudo aquilo que for possível solucionar sem disparos assim o será.
Disparos de 1 em 1. Um disparo rápido, semivisado ou intuitivo, com os dois olhos abertos, em cada alvo atirável.
Dedo fora do gatilho quando não for para atirar. Cano da arma voltado sempre para direção segura. Alvos
colocados o mais próximo possível do barranco de contenção de projéteis.
15.26.2. Como portar a “arma titular” (espingarda), com as respectivas variações. A “arma reserva”
(pistola semi-automática .40S&W) será portada no coldre de cintura. Uma possível segunda “arma reserva” será
portada no coldre de canela, fixado na parte interna da “perna fraca”. A espingarda como arma de apoio; seu uso
combinado com a “arma reserva”; como, quando e porque isso é necessário.
15.26.3. Como se posicionar, rapidamente, com a espingarda e colocar-se, rapidamente, em proteção.
“Progressão” e “regressão”; como, quando e porque são realizadas.
15.26.4. “Varreduras” (verticais e horizontais); dificuldades para realizá-las em algumas situações especiais
com a espingarda; soluções (se necessário, combiná-la com a “arma reserva”). Como sair de um abrigo e dirigir-se
a outro. Aluno pratica.
15.26.5. “Olhada rápida” na vertical e na horizontal. Também nas esquinas, portas e janelas. Como efetuá-la
empunhando a arma com a “mão forte” e com a “mão fraca”. Aluno pratica.
15.26.6. “Tomada de ângulo” (ou “fatiamento”) na vertical e na horizontal. Também nas esquinas, portas e janelas.
Como efetuá-la empunhando a arma com a “mão forte” e com a “mão fraca”. Aluno pratica.
15.26.7. Uso do “espelho para varreduras”. Muito utilizado em forros, locais de difícil acesso, de grande
perigo, sob viaturas, esquinas, etc. Aluno pratica.
15.26.8. Atuar sempre protegido. Como sair de um abrigo e dirigir-se a outro. O policial tem que ficar
sempre fora da “linha de tiro do agressor”.
15.26.9. Não se precipitar (grande parte dos nossos policiais morre ou matam pessoas inocentes por causa
da precipitação).
15.26.10. Não praticar a “valentia perigosa” (poderá transformar o policial num herói ou ... num defunto
ou... num presidiário).
15.26.11. “Verbalização”:- A primeira palavra da “verbalização” é:-“___Aqui é a polícia!” Depois
completa o que deseja. Deverá ser audível, clara, curta, executável e lógica. O professor responderá pelos alvos.
15.26.11.1. A “verbalização” com “alvos neutros” deverá ser feita com a máxima educação; “arma em
posição sul”; dedo fora do gatilho. A palavra “por favor” deverá preceder o que se deseja. Exemplo:- “___Aqui é a
polícia; por favor, o senhor viu alguém pular este muro?”.
15.26.11.2. A “verbalização” com “alvos amigos” será em voz baixa ou por gestos; “arma em posição
sul”; dedo fora do gatilho. Sendo “amigo” da mesma guarnição ou conhecido, não haverá necessidade da
introdução “--- Aqui é a polícia!”. O professor deverá ensinar os “sinais policiais” para uso nas pistas. Ver “Sinais
Policiais” no anexo “01”, deste manual.
15.26.11.3. A “verbalização” com “alvos agressores”, que não estiverem atentando contra a vida de
alguém, será feita com a “arma em posição de tiro”; cano na sua direção; dedo fora do gatilho; em tom de ordem,
determinação. Exemplo:- “___Aqui é a polícia; mãos na cabeça!” (nunca “mãos na nuca!”). Em situações especiais,
quando ele não estiver representando mais nenhum perigo, “arma em posição sul”.
15.26.11.4. Se o “agressor da sociedade” estiver atentando contra a vida de alguém, inclusive do policial,
não haverá “verbalização”; o policial tentará fazer cessar, com rapidez, essa agressão, efetuando 1 disparo rápido
contra ele (caso não exista pessoas inocentes na mesma “linha de tiro”; havendo, continuará protegido ou se
protegerá, aguardando melhor oportunidade; chamará apoio; efetuará o cerco). Esclarecer que o policial não treina
para matar, mas para fazer cessar uma agressão covarde contra a vida de alguém; a morte poderá até ocorrer, mas
esse não é seu objetivo. No momento de um confronto armado onde tudo é medo, desespero, tensão, pânico,
movimentação geral, a morte sempre presente e possibilidades de tragédias, não dá tempo do policial escolher
pontos de acerto no agressor; ele tem que defender a vítima do agressor com rapidez; para isso terá que disparar
rápido na direção da “massa” do agressor para tentar paralisar sua ação de morte, do contrário a vítima do agressor
sucumbirá. Se o policial estiver com revólver, pistola ou metralhadora portátil efetuará 2 (dois) disparos; se com
espingarda 12, carabina semiautomática ou fuzil 1 (um) disparo. Na vida real caso não sejam suficientes para fazer
cessar a ação do “agressor da sociedade” contra a vida de alguém, serão repetidos. Esclarecer que o policial não
dispara contra o agressor porque quer, mas porque é obrigado; é o próprio agressor que, com sua atitude covarde
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contra a vida de alguém o obriga a isso, e, conforme já foi dito, não o faz com a finalidade de matá-lo mas de
paralisá-lo
15.26.11.5. CONVENÇÃO:- Na pista, “alvo agressor” apontando a arma para o policial caracterizará
estar disparando contra o policial, ou contra terceiros; não havendo pessoas inocentes, na mesma linha de tiro, o
policial, caso esteja com revólver, pistola ou metralhadora portátil, efetuará dois disparos, rápidos, contra ele. Se
estiver com espingarda 12, carabina semiautomática ou fuzil efetuará 1 disparo. Na vida real se não forem
suficientes para fazer cessar a ação de morte do agressor contra a sua vítima serão repetidos.
15.26.11.6. Nas pistas, como na vida real, durante ou na iminência de um confronto armado, a primeira
parte do alvo (do corpo das pessoas) a ser observada pelo policial são as mãos. É nas mãos que está o perigo.
15.26.11.7. A “verbalização” com “alvos suspeitos” ou “em atitude suspeita” também será feita com a
“arma em posição de tiro” (ou “Sul”, se for o caso); cano e olhar na direção do perigo; dedo fora do gatilho; em
tom de ordem, determinação. Exemplo:- “___Aqui é a polícia; saia daí de trás e se identifique!”. “___Aqui é a
polícia; mostre as mãos”!”. Etc. Verificando que se trata de pessoa inocente, o policial conduzirá a arma para
“posição sul” e complementará :- “___Desculpe a minha atitude, mas foi a sua atitude suspeita que me obrigou a
tomá-la; por favor, deixe o local; está perigoso”, ou, coloque-se em segurança.
15.26.11.8. Ao deparar-se com “refém tomado”, ou “refém seqüestrado”, ou o chamado “seqüestro
relâmpago”, ou qualquer outra situação em que o “agressor da sociedade” está usando a vítima como escudo, os
procedimentos básicos do policial serão:-
15.26.11.8.1. Protegido; mantendo contato visual com a ocorrência; arma em “posição sul”; identificar-se
para as partes envolvidas, declarando, inclusive, seu “nome de guerra” e procurando saber o que está ocorrendo.
Exemplo:- “---- Aqui é o policial (fornecer o nome de guerra); que está acontecendo aí?” Declinará seu nome.
Perguntará ao agressor por qual nome quer ser chamado. Tentará conquistar a confiança do agressor.
15.26.11.8.2. Dependendo da resposta, por palavras ou atitudes, o policial dará prosseguimento aos seus
procedimentos, como:-
15.26.11.8.2.1. Manter a calma. A paciência e a sabedoria são duas das suas grandes virtudes e “armas
infalíveis” para obter sucesso nesses tipos de ocorrências. Esse tipo de ocorrência não tem hora para terminar;
levará o tempo que for necessário; o policial terá que levar o agressor à exaustão e “vencê-lo” pela inteligência,
embora num primeiro momento o agressor esteja muito ativo e “decidido a dar seqüência às suas ameaças”. O uso
da força, nessas ocasiões, não é certeza de um final feliz; o uso da inteligência sim;
15.26.11.8.2.2. Saber que o agressor se torna um verdadeiro “ator” nesses momentos, usando de muita
perspicácia para conseguir seus intentos, e, que, normalmente, sua ameaça à vida e à integridade física da vítima
faz parte desse seu “teatro” (nem poderia ser diferente; só que, a vítima é seu “salvo conduto” e ele sabe disso,
eliminá-la não lhe traria nenhuma vantagem, ao contrário ... , e ele também sabe disso);
15.26.11.8.2.3. A vida e a integridade física da vítima precedem tudo; todos os esforços deverão ser
feitos nesse sentido. A vítima não deve ser vista como uma pessoa qualquer, mas como se fosse o próprio filho,
filha, irmã, etc. do policial que está atuando na ocorrência;
15.26.11.8.2.4. Tentar “conter” e “isolar” a ocorrência; tentar dar início a uma “negociação”;
15.26.11.8.2.5. Atuar sempre protegido;
15.26.11.8.2.6. Pedir apoio, imediatamente;
15.26.11.8.2.7. Jamais perder o contato visual com a ocorrência (caso seja possível);
15.26.11.8.2.8. Arma em “posição sul”; jamais apontada para o agressor (na realidade, estaria sendo
apontada para a vítima que está servindo de escudo);
15.26.11.8.2.9. Não tomar nenhuma atitude que possa aumentar o perigo a que a vítima já está sendo
submetida;
15.26.11.8.2.10. Verbalizar, e negociar com voz calma, clara e audível; tendo tomado conhecimento do
nome do agressor, passar a chamá-lo pelo nome;
15.26.11.8.2.11. Procurar acalmar e transmitir calma às partes envolvidas com palavras tranqüilizadoras,
mesmo que o agressor continue com as ameaças.
15.26.11.8.2.12. Não se exaltar, não gritar, não fazer ameaças ao agressor; mostrar-lhe apenas a
gravidade das conseqüências caso insista nos seus intentos, e as atenuantes que terá se desistir dela;
15.26.11.8.2.13. Ser um bom ouvinte; não interromper o agressor enquanto ele estiver falando; estimulá-
lo a falar;
15.26.11.8.2.14. Não usar a palavra “refém”. Exemplo:- Ao invés de “---- Para o seu próprio bem, solte
a refém”, usar “---- Para o seu próprio bem, solte a moça”;
15.26.11.8.2.15. Continuar tentando, sempre, convencer o agressor, para o próprio bem dele, a desistir do
seu intento; insistir, constantemente, nessa colocação;
15.26.11.8.2.16. Garantir-lhe, constantemente, a vida e a integridade física caso desista do seu intento e
se entregue;
81

15.26.11.8.2.17. Não prometer nada que não possa ser cumprido ou que não seja de sua competência; os
pedidos do agressor deverão ser transmitidos para o escalão superior;
15.26.11.8.2.18. O agressor poderá entregar-se:- Procedimentos policiais normais, sem qualquer agressão
ou violência contra o mesmo;
15.26.11.8.2.19. O agressor solta a vítima e sai correndo pelo meio do povo:- O policial não dispara; é
tentado o cerco. O policial, ao passar pelo meio das pessoas, manterá sua arma em “posição sul”;
15.26.11.8.2.20. O agressor poderá arrastar a vítima para outro local:- O policial, sempre abrigado, sem
perder o contato visual com a ocorrência, acompanha e orienta o apoio para o cerco;
15.26.11.8.2.21. A vítima escapa e o agressor dispara contra o policial:- O policial, estando com carabina
semiautomática, tenta paralisar sua ação efetuando 1 disparo rápido na direção de sua massa, desde que não
existam pessoas inocentes na mesma “linha de tiro”; se houver não dispara; entra ou se mantém em proteção. Não
se dispara em agressor que esteja no meio do povo; aguarda-se melhor oportunidade; chama-se apoio; faz-se o
cerco;
15.26.11.8.2.22. Caso o agressor dispare contra o policial, mas continue mantendo a vítima como
escudo, o policial não deverá disparar contra o agressor; procurará manter-se abrigado, aguardando apoio e melhor
oportunidade;
15.26.11.8.2.23. Ao chegar o apoio ou o “grupo de gerenciamento de crises” fornecer ao comandante
todos os detalhes da ocorrência e colocar-se à sua disposição;
15.26.11.8.2.24 Outras atitudes, desde que não aumentem o perigo a que a vítima já está sendo
submetida.
15. 27. Na “verbalização” o professor responderá pelos alvos. Quando responder pelos “alvos agressores”,
“alvos suspeitos” ou “alvos em atitude suspeita”, não significará que “os mesmos estejam falando a verdade”; o
policial insistirá até que a dúvida desapareça.
15.28. Na “verbalização”, ao executar a pista individualmente, o aluno se portará como se estivesse com
outro companheiro na pista. Exemplo:- “---- Mike, revista e algema que dou cobertura”. Ou:- “---- Mike, chame
apoio”. Ou :- “---- Cobertura!, cobertura!” (a ser solicitada pelo policial quando de uma dificuldade, podendo ser
através de “sinais policiais” - ver “Anexo 01”, deste manual).
15.29. A “verbalização” somente será obrigatória em relação aos “alvos suspeitos” ou “em atitude
suspeita”, ou “alvos agressores” que não estejam atentando contra a vida de alguém.
15.30. A gíria somente será admitida na “verbalização” entre policiais (gíria policial); com civis, não.
Sempre que possível, os policiais deverão usar, entre si, os “sinais policiais”. Ver “Anexo 01”, deste manual.
15.31. Cano da espingarda e olhar sempre na direção do perigo. O cano da espingarda funciona como um
“terceiro olho”; à noite, a lanterna funciona como um “quarto olho”, pois deverá estar sempre na direção do cano
(paralela a ele) e do olhar. Aplicação constante da “visão periférica”.
15.32. Atuação e disparos à direita das esquinas (por cima e por baixo, inclusive, deitado). Não se expor;
não avançar espingarda e nenhuma parte do corpo para além do limite de segurança.
15.33. Atuação e disparos à esquerda das esquinas (por cima e por baixo, inclusive, deitado). Não se
expor; não avançar a espingarda e nenhuma parte do corpo para além do limite de segurança.
15.34. Não apoiar a arma nem as mãos para disparar.
15.35. Atuação e disparos através de portas e janelas; não se expor; não avançar a espingarda e nenhuma
parte do corpo para além do limite de segurança.
15.36. Controlar a tensão (estresse) através da respiração (duas ou três inspirações profundas e lentas,
segurando, por um instante, o ar nos pulmões, antes das expirações, auxiliarão, em muito, o policial a controlar e
administrar seu estresse).
15.37. Os disparos, com espingarda serão efetuados sempre de 1 em 1, conforme o previsto ou o
determinado pelo professor; semivisados ou intuitivos (com os dois olhos abertos), na direção da “massa” do
agressor. Os disparos obedecerão aos princípios da legalidade, calcados na necessidade, oportunidade,
proporcionalidade e qualidade. Explicar aos alunos seus significados. Na vida real, quando 1 (um) disparo contra o
“agressor da sociedade” não for suficiente para fazer cessar sua ação de morte contra a vida de alguém, será
efetuado mais 1.
15.38. Remuniciamento de “emergência” ou “emergencial”. Revisão. Na pista o aluno fará o tipo de
remuniciamento que for mais conveniente para o momento, ou a determinada pelo professor.
15.38.1. Recarga:- Após cada disparo o aluno extrai o cartucho vazio da câmara e recarrega efetuando a
varredura em seguida.
15.39. “Progressão”:- Sempre “lance por lance”; de “abrigo em abrigo” (nunca sair do local onde está
abrigado sem saber o local do próximo abrigo). Quando a atuação é em equipe, enquanto um policial “faz a
progressão” o outro, abrigado, faz a “cobertura”. Velocidade do deslocamento de acordo com as necessidades do
momento; normalmente, bem rápido. Cuidados com “surpresas” pelo trajeto. Na “progressão”, “arma em posição
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de alerta” ou “arma em posição de tiro”; dependerá do perigo do momento (Alto perigo:- “Arma em posição de
tiro”. Baixo perigo:- “Arma em posição de alerta”). Excepcionalmente, “arma em posição sul” (utilizada quando
for passar no meio de pessoas inocentes, houver companheiros pela frente, etc.).
15.40. “Regressão” ou “retirada estratégica”:- Nunca virar as costas para a “área de perigo”; regredir de
costas. Cano e olhar na direção do perigo; arma “em posição de alerta” ou de “tiro”, dependendo do perigo do
momento (nas mesmas circunstâncias da “progressão”); fazendo “varredura” na área de perigo. Os cuidados para
não tropeçar; passadas rente ao solo (já que regredirá de costas). Velocidade e surpresas que poderão surgir quando
da “regressão”.
15.41. Como reagir a um ataque de surpresa do “agressor da sociedade” que está atentando contra a vida
de alguém, inclusive a do policial:-
15.41.1. Se possível, abrigar-se, caso ainda não esteja, e responder ao ataque (1 disparo por alvo atirável),
tudo, com a maior rapidez possível, a fim de tentar fazer cessar, com urgência, esse ataque. Não deverá disparar se
na mesma linha de tiro houver pessoas inocentes ou se o “agressor da sociedade” estiver no meio da multidão;
casos em que entrará em proteção ou continuará protegido; aguardará melhor oportunidade, chamará apoio, fará o
cerco.
15.41.2. Não sendo possível abrigar-se, jogar-se ao solo (se houver tempo) e responder ao ataque (1
disparo por alvo atirável), tudo com a maior rapidez possível, a fim de tentar fazer cessar, com urgência, esse
ataque. Não deverá disparar se na mesma linha de tiro houver pessoas inocentes ou se o “agressor da sociedade”
estiver no meio da multidão; casos em que se colocará em proteção; aguardará melhor oportunidade; chamará
apoio; fará o cerco. É uma das situações mais difíceis de um policial durante sua atuação armada em defesa da
Sociedade.
15.42. O pedido de “apoio” à central. Quando, como e porque é feito.
15.43. O pedido de “cobertura” (verbal ou através de “sinais policiais”) a outros companheiros presentes
no mesmo confronto armado. Quando, como e porque é feito. Ver “Anexo 01”, deste manual (“Sinais Policiais”).
15.44. Como deve ser a atuação do aluno diante dos mais diferentes tipos de alvos e “quadros” da pista. O
professor deverá idealizar e colocar na pista o maior número possível de alvos, devidamente caracterizados como
seres humanos, e “quadros”, sempre simulando a realidade. Ver “Anexo 08”, deste manual. Não se aponta arma
para pessoas inocentes.
15.45. Repetindo:- CONVENÇÃO:- Na pista, “alvo agressor” apontando a arma para o policial
caracterizará estar disparando contra o policial, ou contra terceiros; não havendo pessoas inocentes, na mesma linha
de tiro, o policial, caso esteja com revólver, pistola ou metralhadora portátil, efetuará dois disparos, rápidos, contra
ele. Se estiver com espingarda 12, carabina semiautomática ou fuzil efetuará 1 disparo. Na vida real se não forem
suficientes para fazer cessar a ação de morte do agressor contra a sua vítima serão repetidos.
15.46. Cuidado! Na vida real, o fato de uma pessoa, que o policial não conhece, estar com uma arma de
fogo nas mãos, não significa que seja “agressora”, ou que esteja atentando contra a vida de alguém; pode ser um
civil comum; um policial civil; um policial militar em trajes civis; e até um agressor sem intenções de disparar
contra alguém, caso em que não se justifica o disparo contra ele. Na pista é a mesma coisa. O disparo, na pista, e
na vida real, só será efetuado se o agressor estiver atentando contra a vida de alguém, inclusive a do próprio
policial.
15.47. O disparo, contra o agressor, só deve ocorrer se ele estiver atentando contra a vida de alguém,
inclusive da vida do policial, dentro da legalidade, obedecendo aos princípios da oportunidade, necessidade,
proporcionalidade e qualidade. Um disparo dentro dessas condições jamais levará seu autor a ser por ele condenado
nos Tribunais. Última alternativa, medida extrema para preservar vidas inocentes, incluindo a do policial.
16. Em seguida, o professor, “comandado” pelo outro professor da pista (se houver; não havendo, por ele
próprio) e, sob as vistas de todos os alunos, repetirá todos os procedimentos anteriores e os previstos na letra “B”
da súmula (Capítulo 19, deste manual), sem efetuar disparos reais (apenas simulando). Um disparo simulado,
rápido, semivisado ou intuitivo em cada alvo atirável (nada de disparos visados; a demora para efetuá-los poderá
custar a vida do policial ou de integrante da Sociedade). Paralisará sua atuação todas às vezes que for necessária
qualquer explicação.
17. Convenção:- Quando a “progressão” e a “regressão” for pelo centro da pista está convencionado que
os abrigos “B” e “C” se prolongam, indefinidamente, para as laterais; não há perigo nessas direções; só no centro.
Quando as “progressões” e “regressões” forem pelas laterais da pista (dos abrigos “B” e “C”), significa que o
“centro” está fechado (fechá-lo com um tapume, plástico, etc.); não há perigo por ali. Ver planta da “PPI-Padrão”
no Capítulo 10, retro.
18. Em seguida, sob orientação do professor, cada aluno, individualmente, executará a pista (sem efetuar disparos)
repetindo os procedimentos e as verbalizações ensinadas. Será corrigido a cada erro, até executar o exercício com perfeição.
Todos os outros alunos permanecerão assistindo, anotando os erros e os acertos do companheiro que está na pista e
prestando atenção nos ensinamentos do professor. Primeiramente os exercícios serão executados com os alunos
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“progredindo” e “regredindo” pelo centro da pista (entre os abrigos “B” e “C”), depois, pelas laterais da pista (esquerda do
abrigo “B” e direita do abrigo “C”). Em seguida “progressão” pelo centro com “regressão” pelas laterais e vice-versa. Ver
planta da “PPI-Padrão” (Capítulo 10, retro). O aluno não avançará nos exercícios se não tiver executado, corretamente, e
sem dificuldades, o anterior.
19. Em seguida, sob orientação do professor, cada aluno executará a pista individualmente, efetuando
disparos reais, repetindo os procedimentos e as verbalizações ensinadas. Será corrigido a cada erro até executar o
exercício com perfeição. Todos os outros alunos permanecerão assistindo, anotando os erros e os acertos do
companheiro que está na pista e prestando atenção nos ensinamentos do professor. A primeira passagem do aluno
pela pista será feita pelo centro, com 1 (um) disparo por alvo atirável. Depois pelas laterais. Inicialmente depósito
da espingarda com 3 (três) cartuchos a fim de obrigar o aluno a efetuar pelo menos um remuniciamento
(“emergencial” ou “tático”); e 5 (cinco) de reposição no porta cartuchos. Embora o critério do remuniciamento do
depósito (“tático” ou “emergencial”) fique a critério do aluno o professor poderá, a qualquer momento, determinar
ao aluno que o efetue.
20. Se houver tempo e condições, o aluno conferirá seus impactos nos alvos. Os alvos poderão ser
obreados (se houver obréias) ou assinalados (com caneta, etc.).
21. Havendo munição, todos os alunos passarão uma segunda vez na pista, uma terceira, etc progredindo e
regredindo por locais diferentes (centro, laterais, etc., da ‘PPI-Padrão”), a cada passagem, e com alteração dos
“quadros” e “alvos” da pista. Não havendo munição, passarão executando apenas procedimentos e disparos
simulados.
22. Em seguida o professor ensinará a passagem em duplas de alunos pela pista (sem disparos), incluindo
“varreduras”, “progressão”, regressão”, “coberturas”, “verbalização”, etc. Para isso, utilizará os mesmos princípios
e procedimentos previstos quando das passagens individuais. Primeiramente, “progressão” e “regressão” pelo
centro da pista; depois pelas laterais da pista; depois, “progressão” pelo centro e “regressão” pelas laterais da pista
e vice-versa. Os cuidados para não cruzar a “linha de tiro” do companheiro. Conduzir a arma para “posição sul”, no
caso do companheiro, inadvertidamente, cruzar a “linha de tiro”. Os “toques”, de um policial no outro, sinalizando
sua presença e posição, quando estiverem juntos. A importância do constante contato visual entre ambos e dos
“sinais policiais”. A “cobertura” para o companheiro que se desloca, ou está atuando em primeiro plano (quem a
faz deverá estar abrigado e, se possível, com visão total da área). A cobertura do flanco desguarnecido do
companheiro que atua em primeiro plano. O limite de atuação, além do qual o policial corre sério risco de vida. O
pedido de apoio à “central”.
23. Com os alunos já condicionados a passar em duplas, sem erros, pela pista (com a espingarda vazia),
mediante orientação do professor, passarão a fazê-lo com disparos reais, ora “progredindo” e “regredindo” pelo
centro da pista, ora “progredindo” e “regredindo” pelas laterais da pista, ora “progredindo” pelo centro e
“regredindo” pelas laterais e vice versa. Redobrar os cuidados com a segurança. Professores extraordinariamente
atentos. Início com calma; sem pressa; lento. Paralisação imediata dos alunos sempre que houver erro de
procedimento, com a respectiva correção. O professor deverá ensinar mantendo extrema paciência para com seus
alunos.
24. Antes da voz de comando para que o aluno dê início à execução da pista o professor alertará a todos
os presentes sobre o perigo existente, com a seguinte expressão:- “---- Pista quente!” A partir daí, apenas aluno e
professor poderão adentrar a mesma; os demais redobram os cuidados com a segurança.
25. Após o término da execução da pista, por parte do aluno, e terminado todo e qualquer perigo, o
professor alertará a todos os presentes que o perigo terminou, com a seguinte expressão:- “Pista fria!” A partir daí
as pessoas autorizadas pelo professor poderão adentrar a pista.
26. Outros complementos previstos no “Método”, como um todo.
27. Durante toda a instrução o professor fará, constantemente, perguntas aos alunos a fim de verificar se
não têm dúvidas; tendo, serão novamente ensinados. Conforme já foi dito, o aluno não poderá passar para o
exercício seguinte sem ter aprendido e executado, sem dificuldades, o anterior.
28. Utilizando viatura policial; espingarda vazia, o professor deverá ensinar ao aluno:- Como entrar,
permanecer e descer de viatura com a espingarda. Como carregá-la, ao descer, diante da possibilidade de ter que
usá-la. Como colocá-la no “cabide” do interior da viatura.
29. Outros ensinamentos, cuja execução, pelos alunos, deverá ser feita usando a espingarda sempre vazia
deverão ser ministrados pelo professor, como:- “progressão” e “regressão” em terreno aberto ou semi-aberto por
equipe de policiais. Atuação contra “agressor da sociedade” confinado. Varreduras e transposição de muros e
outros obstáculos. Uso de viatura como “coberta” e “abrigo”. “Acompanhamento” de veículo suspeito. Chegada de
viatura policial em ocorrência com tiros ou na iminência de ocorrerem; forma de estacionamento, desembarque e
atuação dos policiais. Idem de viatura de apoio.
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30. Terminados os ensinamentos da “Pista Policial de Instrução-Padrão” (“PPI-Padrão”), correspondentes


à “Primeira Parte” das “Pistas Policiais de Instrução”, os alunos passarão para a “Segunda Parte” das “Pistas
Policiais de Instrução” constante do próximo capítulo.
31. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em
todas as armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os
alunos, elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e
palavras de incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários
gerais sobre a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser
melhorado. Dirá que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos
do que quando acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em
todos os setores da vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas;
esclarecerá pontos duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para
todos desejando-lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada
um deles e um “----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste
manual.
32. Só encerrar a instrução do dia após aplicar o que está previsto no item “20”, do capítulo “02”, deste
manual.

GIRALDI
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CAPÍTULO 12

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
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“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“PISTA POLICIAL DE INSTRUÇÃO” (PPI) – SEGUNDA PARTE

DESENVOLVIMENTOâ

PREVISÃO:- EM TORNO DE 12 DISPAROS REAIS POR ALUNO

01. A “Segunda Parte” das “Pistas Policiais de Instrução” segue os mesmos princípios da “Primeira Parte”
(“Capítulo 11”, retro), mas, com a instrução sendo realizada em pistas diferentes da “PPI-Padrão”.
01.1. Tudo aquilo que foi aplicado na “PPI-Padrão” também o será nestas pistas, inclusive os mesmos
tipos de alvos (“amigos”, “neutros” e “agressores”, devidamente caracterizados como seres humanos – “Anexo
14”, deste manual).
01.2. Estas pistas deverão, entre outras coisas, observar também tudo aquilo que está previsto no “Capítulo
09”, deste manual; será observado ainda, toda a doutrina, princípios, fundamentos e finalidades do “Tiro Defensivo
na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”.
01.3. A segurança precede tudo. Dedo fora do gatilho quando não for para atirar. Cano da arma voltado
sempre para direção segura.
01.4. Alvos colocados o mais próximo possível do barranco de contenção de projéteis.
01.5. No caso da espingarda disparos sempre de 1 em 1, rápidos, semivisados ou intuitivos, com os dois
olhos abertos. Um disparo por alvo atirável.
02. Para montagem destas pistas basta copiar a realidade. Poderão ir da mais absoluta simplicidade até
situações mais complexas. Poderão ser elaboradas apenas para treinamento de procedimentos, sem necessidade de
disparos. “Na quase totalidade das vezes procedimentos e não tiros é que preservam vidas, a começar pela do
policial, e solucionam problemas” (Giraldi)
03. A simples progressão, de duplas de patrulheiros, através de vários lances, até um (ou mais) armário
velho (ou outro obstáculo), colocado no interior do “Centro de Treinamento na Preservação da Vida”, representando
um abrigo, de onde a dupla atuará em alguns alvos devidamente caracterizados como seres humanos (com
necessidade ou não de disparos), já caracterizará uma pista.
04. Alvos móveis que se levantam; que giram; que aparecem de repente; que caem; que passam presos em
carretilhas sustentadas por arames bem esticados; etc. são simples de serem montados e acionados com fios de
“nylon”. Já existem prontos. Ver a primeira parte do “Capítulo 09”, deste manual (“Principais Características das
Pistas”).
05. Montagem de ambientes com possibilidades de confrontos armados como bares suspeitos, locais mal
freqüentados, etc., poderão ser elaborados, caso em que o treinamento seria feito sob forma de teatro com uso de
simulacros de armas pintados de azul ou amarelo.
06. O professor poderá deixar a critério dos alunos a elaboração de muitas destas pistas, inclusive a
confecção dos alvos. Para isso, poderá dividir os alunos em quatro grupos (ou como julgar mais conveniente). Os
integrantes de cada grupo ficarão encarregados de confeccionar uma pista para os integrantes dos outros grupos,
sem que estes tomem conhecimento do conteúdo da mesma, antes de sua execução. Os alunos que montarem a
pista auxiliarão o professor quando da passagem dos seus companheiros.
07. Os alunos apresentam-se para a instrução com a espingarda vazia, travada, em bandoleira, “posição
normal”;
86

08. Antes de iniciar a aula prática, com uso da espingarda, e no transcorrer da mesma, o professor deverá
dar, constantemente, as seguintes ordens aos alunos:-
08.1. “----- Até segunda ordem, permaneçam com a espingarda vazia, travada, presa à bandoleira,
“posição normal”. Só municiem e carreguem a espingarda mediante ordem.
08.2. “----- Quando com a espingarda na mão, mesmo vazia e travada, mantenham o dedo fora do
gatilho; o dedo só vai para o gatilho quando vocês tiverem certeza da necessidade do disparo. A posição normal
do dedo acionante é estendido, junto à armação da espingarda.
08.3. “----- Mantenham o cano da espingarda, mesmo vazia e travada, voltado sempre para direção
segura.
08.4 “----- Nos intervalos da instrução (descanso, água, cafezinho, sanitário, almoço, etc.) mantenham a
espingarda sempre vazia e travada, em bandoleira, “posição normal”; ou no local que o professor determinar”;
08.5. “----- Não deixem nem abandonem a espingarda sobre banquetas, mesas, ou onde quer que seja”;
08.6. “----- Fica estabelecido que o local para manuseio da espingarda é ... (estabelecer local seguro para
essa finalidade); nesse local não se manuseará munição”.

09. “Pistas Policiais de Instrução” não significa apenas pistas, com disparos, no interior de “Centros de
Treinamento na Preservação da Vida”. Quando a finalidade for treinar apenas procedimentos poderão também ser
elaboradas fora dele, casos em que estará absolutamente proibido o uso de arma de fogo; apenas uso de simulacros
pintados de azul ou amarelo.
09.1. Para a elaboração dessas pistas, para treinar apenas procedimentos e disparos simulados poderão ser
aproveitadas as próprias características do “Centro de Treinamento na Preservação da Vida”, ou local próprio sem
necessidade de qualquer alteração, ou, quando muito, pequenas alterações.
09.2. Antes do seu início deverá haver confirmação, entre os participantes, de que suas armas são realmente
simulacros pintados de azul ou amarelo, sem a mínima possibilidade de provocar acidentes.
09.2.1. Todos examinarão as armas de todos, confirmado pelo professor (que também as examinará).
10. A seguir, alguns procedimentos que poderão ser ensinados nessas pistas:-
10.1. “Progressão” e “regressão” em terreno aberto ou semi-aberto por equipe de alunos.
10.2. Atuação contra “agressor da sociedade” confinado (ou cercado), com e sem refém (tomado ou
seqüestrado). Negociação.
10.3. Varreduras e transposição de muros e outros obstáculos.
10.4. Varreduras e entradas em portas.
10.5. Uso de viatura como “coberta” e “abrigo”. Como abrigo, só em último caso.
10.6. “Acompanhamento” de veículos suspeitos.
10.7. Chegada de viatura policial em ocorrência com tiros ou na iminência de ocorrerem; forma de
estacionamento, desembarque e atuação dos policiais.
10.8. Chegada da viatura de apoio em ocorrência com tiros ou na iminência de ocorrerem; forma de
estacionamento, desembarque e atuação dos policiais.
10.9. Reação de policiais que, estando dentro de viatura policial, são atacados, com tiros, por “agressores
da sociedade” (“arrancar”, rápido, com a viatura; pedir apoio; efetuar o cerco. Não sendo possível “arrancar” com a
viatura, desembarcar, com rapidez, pelo lado contrário de onde está vindo o ataque; abrigar-se, se possível, em
local que não seja a própria viatura; responder ao ataque (simulado), pedir apoio, fazer o cerco.
10.9.1. O policial no interior de viatura parada está mais exposto que em terreno aberto; pelo menos, no
terreno aberto, poderá se movimentar, correr, abrigar-se, etc. Etc.
10.10. Utilizando viatura policial, espingarda vazia e travada, o professor deverá ensinar ao aluno:-
10.10.1. Como entrar, permanecer e descer de viatura com a espingarda.
10.10.2. Como colocá-la e retirá-la do cabide.
10.10.3. Não manusear a espingarda no interior de viatura.
10.10.4. Os cuidados para empunhá-la e prepará-la para ser usada em um possível confronto armado logo
após descer da viatura. Em caso de dúvida mantê-la em “posição sul”, dedo fora do gatilho.
11. Abordagens gerais;
12. Atuação em ambientes com pouca luminosidade. Uso de lanternas;
13. Prontosocorrismo durante e após confrontos armados;
14. O professor tem liberdade de idealizar todos os tipos de pistas que simulem a realidade. Poderá contar
com a colaboração dos alunos para isso.
15. Se na instrução estiverem previstos disparos reais, não só quem estiver executando a pista, mas também
professores e auxiliares, alunos que estão observando, e possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico,
protetor ocular e auricular; sem isso, ela não será desenvolvida.
16. Com a espingarda disparos sempre de 1 em 1;
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17. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em todas
as armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos,
elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de
incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários gerais sobre
a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá
que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando
acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da
vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos
duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-
lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um
“----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste manual.
18. Só encerrar a instrução do dia após aplicar o que está previsto no item “20”, do capítulo “02”, deste
manual.

GIRALDI
88

CAPÍTULO 13

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

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“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“PISTA POLICIAL DE INSTRUÇÃO” (PPI) – TERCEIRA PARTE

DESENVOLVIMENTOâ

INSTRUÇÃO SOB FORMA DE “TEATRO” – NÃO HÁ CONSUMO DE MUNIÇÃO

01. O “Método Giraldi” prevê também a forma de “teatro” (ocorrências policiais simuladas), com a
finalidade de preparar o policial para usar sua arma de fogo com a finalidade de servir e proteger a sociedade e a si
próprio. Embora não sejam efetuados disparos reais é o meio mais eficiente e barato para complementar e
solidificar a instrução realizada com disparos reais.
02. No “teatro” (ocorrências policiais simuladas) será observado toda a doutrina, princípios, fundamentos e
finalidades do “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”.
03. Na apresentação do “teatro”, no interior das pistas ou fora delas, serão usados simulacros (imitações) de
armas de fogo (de plástico, madeira, isopor, etc.) pintados de azul ou amarelo. Não havendo, o revólver será usado
sem o tambor; pistola sem o ferrolho (só a armação); armas longas também sem o ferrolho; etc. Nenhum tipo de
munição será usada (real, festim, cera, paint-ball, target, etc.). O professor e todos os participantes, antes do início
do “teatro”, farão uma vistoria rigorosa em todas as armas mostrando-as uns aos outros a fim de comprovar que
não representam o mínimo perigo.
04. Não há consumo de munição, alvos e obréias, mas, o aprendizado é muito eficiente.
05. No “teatro” haverá sempre necessidade do saque da arma de fogo e sua aplicação, acompanhado ou não
do “disparo” (simulado). Não esquecer que na vida real, saques são feitos dezenas de vezes por dia, mas, só
raramente, há disparos; na quase totalidade das vezes a arma volta para o coldre sem disparar.
06. Como não há disparos reais fica liberado o uso de protetor auricular o ocular. Demais equipamentos,
incluindo colete balístico, continuam obrigatórios.
07. Além do “Centro de Treinamento na Preservação da Vida”, também em qualquer outro local dá para
montar um “teatro” para instrução do “Método Giraldi”. Os “atores” serão os próprios alunos; o “diretor” e
“roteirista” será o professor.
08. O “problema” inicial do “teatro” será idealizado e apresentado a todos os alunos pelo professor cabendo
aos “alunos atores”, previamente designados pelo professor, a sua seqüência e solução. Os outros alunos assistem,
anotam os acertos e os erros da atuação dos “policiais”, para posteriores comentários e apresentação de soluções e
aperfeiçoamentos.
09. As cenas do “teatro” têm que ser lógicas. Por exemplo, um “agressor” que, simuladamente, recebe dois
impactos de .40 S&W não pode continuar em atividade; estará fora de ação; quando muito, fingirá que levou os
tiros na perna e cairá ao solo. Etc.
10. O sistema de “teatro” é eficientíssimo após os alunos já terem passado pelas outras etapas do
aprendizado com necessidade do uso de arma de fogo, e disparos reais, em defesa da Sociedade.
11. A criatividade é fácil; é só verificar o que ocorre nas ruas e levar para o “teatro”. Poderão ser
aproveitados, inclusive, os próprios “quadros” já vivenciados, anteriormente, pelos alunos, nas pistas (Capítulos 11
e 12, retros) e transformá-los em “teatro” (ocorrências policiais simuladas). No lugar dos alvos de papelão,
anteriormente utilizados e caracterizados como seres humanos (“amigos”, “neutros” e “agressores”), entram os
“alunos atores” com a mesma representatividade.
89

11.1. A grande vantagem é o vivenciamento, por parte dos alunos, de todas os possíveis desdobramentos da
“ocorrência” que, na maioria das vezes, não dá para ser praticado com utilização de alvos de papelão.
11.2. A desvantagem é a impossibilidade de realizar disparos reais, só simulações, mas aliviada pelo fato de
que, conforme já foi dito, entre dezenas de saques, na quase totalidade das vezes, a arma volta para o coldre sem
efetuar disparos.
12. Antes de dar início às cenas do “teatro” o professor mandará todos os “alunos atores” examinarem,
minuciosamente, suas “armas”, a fim de verificar se realmente são simulacros (imitações) de armas de fogo
pintados de azul ou amarelo (de plástico, madeira, isopor, etc.). Em seguida, cada “aluno ator” mostrará a todos os
outros “alunos atores” sua “arma” para confirmação. Finalmente, o professor fará também essa inspeção para
confirmação. Sem isso o “teatro” não deverá ser iniciado.
13. Em hipótese alguma haverá munição real com qualquer aluno, professor, auxiliar, ou no local do
“teatro”.
14. O professor, em hipótese alguma, permitirá brincadeiras, por parte dos alunos, durante o “teatro”; o
mesmo tem que ser encarado com extrema seriedade.
15. Os alunos, que representam “policiais em serviço”, no “teatro”, nunca saberão, antecipadamente, qual
será a atitude ou reação dos “agressores”. Sempre surpresa para eles, igual às ocorrências verdadeiras. Essa atitude
ou reação ficará a critério dos próprios “agressores” ou a determinada pelo professor. Também a atitude de
possíveis pessoas “neutras” (outros alunos) que possam fazer parte do “teatro”.
16. Algumas vezes, o professor orientará os “agressores” sobre como será o início e o conteúdo principal de
suas atuações, podendo os mesmos, no desenrolar do “teatro”, introduzir, por iniciativa própria, variantes,
inclusive, adaptando-as à forma de atuação dos “policiais”.
16.1. Outras vezes, o professor deixará a critério dos “agressores” liberdade total de atuação.
16.2. Outras vezes determinará aos “agressores” como deverá ser sua atuação.
16.3. Tudo dependerá dos objetivos da instrução estabelecidos pelo professor.
17. Os “policiais” nunca saberão como será a seqüência da atuação dos “agressores”; sempre surpresa para
eles. Por iniciativa própria, terão que aplicar todos os conhecimentos até então adquiridos para tentar dominar a
situação e levar o “teatro” (ocorrência policial simulada) a bom termo. Só serão orientados pelo professor quando
cometerem erros no desenrolar da “ocorrência”.
18. Disparos, se necessários, serão simulados com a boca (“pum!...” “pum!...”, ou “pau!...” pau!...”) ou por
outro meio.
19. Alunos, que assistem, colocados em pontos estratégicos e com ampla visibilidade do “teatro”, irão
anotando, em uma prancheta, os erros e acertos dos “policiais”, para posterior comentários. O “teatro” poderá ser
filmado para posterior análise.
20. Professor, também em ponto estratégico, acompanhando o “teatro” de perto e interferindo, sempre que
for necessário, e explicando, a todos, o que está sendo feito certo e o que está sendo feito errado pelos “policiais”.
21. No momento do erro dos “policiais” o professor deverá parar a cena, imediatamente, corrigir o erro
deles, e mandá-los repetir a cena do ponto anterior a esse erro.
22. O “teatro” (ocorrência policial simulada) terminará no momento em que os “policiais” o der por
encerrado comunicando esse fato ao professor. Arma de porte no coldre; arma de apoio em “posição nomal”.
23. Terminado o “teatro” (ocorrência policial simulada) o professor reunirá os alunos para análise.
Determinará a um ou mais alunos que comente a “ocorrência” e o que fazer para o aperfeiçoamento da atuação dos
“policiais”. O professor fará os comentários finais. Caso o “teatro” tenha sido filmado, as cenas principais serão
exibidas para os alunos, e analisadas pelo professor, assim que for possível.
24. Exemplo do início de um “teatro” (ocorrência policial simulada):-
24.1. Dois alunos, fazendo o papel de “agressores”, armados e em atitude suspeita, dentro de um carro em
situação suspeita, num local ermo (nada impede que seja em local com pessoas “neutras”; nesse caso, outros alunos
seriam designados para representá-las). Três outros alunos, representando a guarnição de uma viatura (três
policiais), localizam esse carro e terão que averiguar.
24.1.1. Um carro comum será usado pelos “agressores” e um outro, ou uma viatura da própria Corporação
será usado, pelos “patrulheiros”. Caso não exista rádio de comunicação para esse tipo de “teatro” e houver
necessidade, os “policiais” simularão seu uso para comunicar-se com a “central”.
24.1.2. “Alunos atores” a postos. A um sinal do professor, começa o desenrolar do “teatro” (ocorrência
policial simulada). Só terminará no momento em que os “policiais” colocarem suas armas de porte no coldre, e as
armas de apoio em “posição normal”, comunicando ao professor que a ocorrência simulada está encerrada.
24.1.3. Posteriormente, o professor poderá aproveitar o início desse mesmo “teatro” (ocorrência policial
simulada), substituir os “alunos atores”, e determinar aos “novos agressores” que tomem uma alternativa diferente
da dos “agressores” anteriores. Se couber uma terceira alternativa, idem; uma quarta, e, assim por diante. Os
“alunos atores”, no papel de policiais, não saberão, antecipadamente, quais serão essas alternativas.
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24.1.4. Terminada a encenação de todas as variantes do “teatro” (ocorrência policial simulada) o professor
reunirá os alunos para análise final. Determinará a um ou mais alunos que as comente, e o que deverá ser feito para
o aperfeiçoamento da atuação dos “policiais”. O professor fará os comentários finais.
24.1.5. Caso o “teatro” tenha sido filmado, as cenas principais serão exibidas e analisadas posteriormente.
25. Exemplo do início de um segundo “teatro” - Ocorrência policial simulada:-
25.1. Dois “alunos atores”, no papel de agressores, estão efetuando um roubo no interior de um
estabelecimento comercial. A polícia chega (três “alunos atores” no papel de patrulheiros) e surpreende esses
agressores em plena “atividade”. Cercados, desesperam-se. Um deles que está com “!arma de fogo” (simulacro)
pega uma pessoa neutra (também “aluno ator”), que estava dentro do estabelecimento, fazendo-a de “refém
tomado” e, mantendo-a como escudo, faz uma série de exigências para libertá-la (permanecendo dentro do
estabelecimento comercial); o outro agressor, também armado (simulacro) permanece próximo a ele mantendo
duas outras pessoas neutras (também “alunos atores”) sob ameaça de sua “arma de fogo” (mas não como escudos).
25.1.1. “Alunos atores” a postos. A um sinal do professor, começa o desenrolar do “teatro” (ocorrência
policial simulada). Só terminará no momento em que os “policiais” colocarem suas armas de porte no coldre, e as
armas de apoio em “posição normal”, comunicando ao professor que a ocorrência simulada está encerrada.
25.1.2. Posteriormente, o professor poderá aproveitar o início desse mesmo “teatro” (ocorrência policial
simulada), substituir os “alunos atores”, e determinar aos “novos agressores” que tomem uma alternativa diferente
da dos “agressores” anteriores. Se couber uma terceira alternativa, idem; uma quarta, e, assim por diante. Os
“alunos atores”, no papel de policiais, não saberão, antecipadamente, quais serão essas alternativas.
25.1.3. Terminada a encenação de todas as variantes do “teatro” (ocorrência policial simulada) o professor
reunirá os alunos para análise final. Determinará a um ou mais alunos que as comente e o que deverá ser feito para
o aperfeiçoamento da atuação dos “policiais”. O professor fará os comentários finais.
25.1.4. Caso o “teatro” tenha sido filmado, as cenas principais serão exibidas e analisadas posteriormente.
26. Outros “teatros” (ocorrências policiais simuladas):-
26.1. Exercícios em pistas, executados com disparos reais, na Primeira Parte (Capítulo 11, retro) e Segunda
Parte (Capítulo 12, retro), poderão ser repetidos agora sob forma de “teatro” (ocorrência policial simulada),
inclusive os da “Pista Policial de Instrução – Padrão”, com substituição dos alvos de papelão ali usados,
devidamente caracterizados como seres humanos (“amigos”, “neutros” e “agressores”), por “alunos atores” nas
mesmas condições. O professor aproveitará para dar, agora, no “teatro” (ocorrências policiais simuladas), todas as
possíveis alternativas dos “quadros” (cenas), não só por parte dos “agressores” como por parte dos “policiais”, e
que não foram possíveis naquela oportunidade; assim, estará preparando o policial para ficar sempre atento ao se
deparar com ocorrências policiais verdadeiras e seus desdobramentos.
27. Liberdade de criatividade para o professor:-
27.1. O professor, desde que mantenha a doutrina do “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método
Giraldi” e os principais fundamentos da instrução sob forma de “teatro” (ocorrência policial simulada), previstos no
início deste capítulo, terá ampla liberdade de criatividade; mas jamais poderá introduzir “armas de fogo” diferentes
das previstas (simulacros de plástico, madeira, isopor, etc., pintados de azul ou amarelo).
27.2. Poderá, por exemplo, dividir seu grupo de alunos em vários grupos (quatro, por exemplo) e determinar
que os integrantes de cada grupo preparem um “teatro” (ocorrência policial simulada) para apresentação aos
integrantes dos outros três grupos. Etc.
28. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em todas
as armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos,
elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de
incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários gerais sobre
a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá
que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando
acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da
vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos
duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-
lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um
“----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste manual.
29. Só encerrar a instrução do dia após aplicar o que está previsto no item “20”, do capítulo “02”, deste
manual.

GIRALDI
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CAPÍTULO 14

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“PISTA POLICIAL DE INSTRUÇÃO” (PPI) – QUARTA PARTE

“ANÁLISE DE CASOS REAIS” ®

NÃO HÁCONSUMO DE MUNIÇÃO

01. Nesta “Quarta Parte” das “Pistas Policiais de Instrução” serão analisadas e comentadas, pelo professor e
alunos, ocorrências reais onde houve necessidade do policial retirar a arma da viatura, disparando ou não, para
solucionar ocorrências policiais.
02. Fitas gravadas são importantíssimas para isso. As televisões sempre as têm, principalmente aquelas que
cobrem ocorrências policiais. A própria instituição policial também as tem, através dos setores encarregados de
fazer gravações relacionadas ao assunto.
03. O professor deverá ter seu próprio arquivo dessas fitas, a fim de não ficar dependendo de terceiros. É
fácil consegui-lo.
04. Também publicações de jornais e revistas poderão ser úteis para análise.
05. Tenham ou não os policiais atuado corretamente nessas ocorrências elas sempre ensinarão.
06. O professor poderá convocar policiais que participaram de ocorrências desse tipo para fazerem
explanação geral sobre as mesmas, para os alunos.
07. Nesta “Quarta Parte” poderão ser exibidas e analisadas, pelo professor e alunos, possíveis fitas gravadas
durante a instrução prática.

08. Ao final de todas as aulas desta “Quarta Parte” o professor deverá exibir, no televisor, a “ORAÇÃO
DO POLICIAL”, existente na fita de “Vídeo Instrução da DEC”, com o título:- “Tiro Defensivo na Preservação da
Vida”, “Método Giraldi”, de março de 2002 (a “Oração” está nela inserida). Fornecerá copia dela aos alunos (A
“Oração do Policial Militar” está na página 07, deste manual).

09. Ao final da instrução do dia o professor deverá aplicar o que está previsto no item “20”, do
“Capítulo 02”, deste manual.

GIRALDI
92

CAPÍTULO 15

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“PISTA POLICIAL DE INSTRUÇÃO” (PPI) – QUINTA PARTE

“TREINAMENTO EM PLENO SERVIÇO” ®

DESENVOLVIMENTO

GUARNIÇÕES DE SERVIÇO PARTICIPANDO DE OCORRÊNCIAS POLICIAIS SIMULADAS


(PREVISÃO:- DE ZERO A 04 DISPAROS REAIS, POR POLICIAL)

01. A “Quinta Parte” das “Pistas Policiais de Instrução” é a última etapa prática do treinamento do “Tiro
Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”.
02. Nela também será observado toda a doutrina, princípios, fundamentos e finalidades do “Tiro Defensivo
na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”.
03. Destinada aos policiais prontos para o serviço e que já tenham aprendido o “Método Giraldi”.
04. É o treinamento e a avaliação do “Método Giraldi” em “pleno serviço”, isto é, policiais que estão
executando serviço na rua são convocados para deslocar-se, com sua viatura, até o local de uma “ocorrência
policial simulada”, com ou sem disparos reais, montada pelo professor do “Método” no interior de um “Centro de
Treinamento na Preservação da Vida”, ou em qualquer outro local.
05. O “Treinamento em Pleno Serviço” poderá ser executado sob forma de “teatro” (arquivo 10, da pasta
18, do CD do “Método Giraldi”, e manuais de todas as armas); ou com disparos reais em “Pistas Policiais de
Aplicação” (os mais diversos tipos).
06. Para o “Treinamento em Pleno Serviço”, através de ocorrências policiais simuladas, sob forma de
“teatro” ou com disparos reais, basta o professor imitar a realidade, e as necessidades específicas da OPM em que é
aplicado (a partir de pelotão).
07. A escolha de como será executado dependerá da sua finalidade, necessidades, materiais existentes,
características da área de atuação da OPM que o executa, inclusive para execução do “TAT” e “EAP”.
08. O tipo de ocorrência policial simulada obedecerá aos fins a que se destina e às necessidades da OPM
que a executa (nível pelotão para cima).
09. A “ocorrência policial simulada” poderá ir da mais simples à mais complexa, de acordo com seus
objetivos e das necessidades da OPM, a partir do nível pelotão. Poderá ser de curta, média ou de longa duração.
10. Também de acordo com seus objetivos será idealizada e montada para ser executada por “equipes de
patrulheiros”, “grupos táticos”, etc., que se encontram de serviço na atividade fim, no momento, nas ruas.
11. Os policiais executantes estarão na rua, trabalhando; sabem que esse sistema de instrução
(“Treinamento em Pleno Serviço”), com “ocorrência policial simulada”, está sendo adotado, mas não sabem
quando serão acionados pela “central”, para participar, nem que tipo de ocorrência simulada irão solucionar.
Sempre surpresa.
12. Todo o esquema tem que ser elaborado com perfeito entrosamento entre a OPM dos policiais
executantes, professor (es), auxiliares, “COPOM”, e responsável pelo local da “ocorrência policial simulada”. Fará
parte de uma programação geral de instrução da OPM.
13. O dia da semana e o horário escolhido para acionamento dos policiais que estão de serviço na rua, com a
finalidade de participar desse tipo de treinamento, através de “ocorrência policial simulada”, será aquele em que,
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tradicionalmente, o número de ocorrências reais é bastante baixo, inclusive nos sábados, domingos, feriados, à
noite, etc.
14. Antes da convocação da guarnição o professor (e auxiliares) providenciará tudo o que for necessário
para a execução do “Treinamento em Pleno Serviço”, seja sob forma de “teatro” (sem disparos reais), seja com
disparos reais em “PPA”,
15. Uma vez montada a ocorrência policial simulada sob forma de “teatro”, ou com disparos reais, o
professor (es) e auxiliares colocam-se em pontos estratégicos, em condições de observar e acompanhar os policiais
executantes. Professor (es) com prancheta nas mãos para anotação daquilo que julgar necessário.
15.1. Tudo pronto, o “COPOM” irradia a ordem:- “---- Guarnição da viatura tal, deslocar-se para o
“Centro de Treinamento na Preservação da Vida” da (declinar a OPM), ou “---- Para o pátio da OPM (declinar qual
a OPM) a fim de participar de Treinamento em Pleno Serviço em ocorrência policial simulada. Chegando ao
local, procurar orientações com o...” (nome do professor encarregado da idealização, montagem, aplicação, análise
e ensinamentos da ocorrência simulada)”.
15.2. Uma vez convocada a guarnição esta se desloca para o local determinado e, em ali chegando,
apresenta-se ao professor que já estará, em posição estratégica, aguardando-a.
15.3. Ao recebê-la o professor e auxiliares deverão manter o semblante alegre, mostrando boa vontade;
jamais de cara fechada, mal humorados, ou contrariados.
15.4. O professor dá as boas vindas à guarnição, e, por exemplo, dirá à mesma:- “---- Vocês estão aqui com
a finalidade de participar de um “Treinamento em Pleno Serviço” sob forma de “teatro”; ou “com disparos reais
na “Pista Policial de Aplicação” (ver como será a execução, à frente)
15.5. Portanto, a guarnição convocada não saberá, no momento da convocação, se o “Treinamento em
Pleno Serviço” será executado sob forma de “teatro”; ou com disparos reais; só quando chegar ao local da sua
execução.
16. No “Treinamento em Pleno Serviço”, sob forma de “teatro”, se o professor julgar conveniente
interrompê-lo, no momento de erros, para dar explicações, seguidos da repetição do procedimento errado, poderá
fazê-lo (o erro será anotado na súmula); caso contrário apenas anotará o erro na súmula para comentário e correção
ao final do treinamento quando o policial (ou a equipe) depois de ensinado repetirá o procedimento errado, ou toda
a ocorrência simulada.
17. No “Treinamento em Pleno Serviço”, com disparos reais, o professor, obrigatoriamente, interromperá a
atuação da guarnição sempre que integrante seu, ou ela toda, cometer erro de procedimento, ou apresentar
desequilíbrio emocional. Neste momento determinará que seus integrantes desarmem o cão, travem as armas, e as
coloquem nos coldres.
17.1. Se for erro de procedimento o professor anota o erro na súmula e ensina o policial (ou a guarnição) a
executá-lo de forma correta. A guarnição, ou o policial, não tendo mais dúvidas reiniciará a execução da “PPA” a
partir do procedimento do erro.
17.2. Se for desequilíbrio emocional o policial (aluno) será reprovado e não poderá retornar ao serviço. O
fato será comunicado à administração que tomará as providências necessárias (o policial terá que fazer um novo
curso do “Método Giraldi”).
18. O professor terá que analisar a solução da “ocorrência policial simulada” como um todo, e a atuação
dos policiais individualmente.
19. Todos os erros cometidos pelos integrantes da guarnição seriam cometidos numa ação verdadeira, mas,
uma vez corrigidos, isso não mais ocorrerá.
20. Haverá súmula, a mais simples possível, elaborada pelo professor, e adaptada a cada “ocorrência
policial simulada”, com local para anotação dos erros; anotação da nota ou conceito para a atuação individual de
cada aluno, e para a atuação da equipe (guarnição) como um todo, e outras anotações.
20.1. O modelo de súmula para “Treinamento em Pleno Serviço” está no “Anexo 21” deste manual.
20.2. Alguns procedimentos que poderão constar da súmula estão no “Anexo 22” deste manual.
20.3. Após preenchida a súmula matriz será anexada aos assentamentos do policial de maior posto ou
graduação da equipe; cópias sua serão anexadas aos assentamentos dos outros integrantes da equipe.
21. Obrigatoriamente, após o encerramento do “Treinamento em Pleno Serviço” a guarnição será convidada
para tomar um cafezinho, água e comer lanche; após o que será liberada para regressar ao serviço, sendo esse
retorno comunicado ao COPOM.
22. Estas normas não esgotam o assunto.
23. “Treinamento em pleno Serviço” sob forma de “teatro”
23.1. A execução do “Treinamento em Pleno Serviço”, sob forma de “teatro” (não há disparos reais),
obedecerá aos princípios retro estabelecidos e ao “Treinamento sob Forma de Teatro” (Capítulo 15, deste manual).
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23.2. Em hipótese alguma serão usadas armas de fogo verdadeiras; apenas simulacros de armas de fogo, de
plástico, madeira, isopor, pintados de amarelo ou azul. Não existindo esses simulacros o revólver será usado sem o
tambor; a pistola sem o ferrolho e cano; assim como outras armas. Em última hipótese será usado o dedo indicador
como se arma fosse.
23.3. Não será usado qualquer tipo de munição (verdadeira, festim, sabão, cera, paint ball, etc).
23.4. Sons de disparos, se necessários, serão feitos com a boca (pum! pum!) ou por outro meio.
23.5. Antes da convocação da guarnição, para solucionar ocorrência simulada, sob forma de “teatro”, o
professor, usando policiais em trajes civis, como “atores”, estabelecerá o local para a sua execução; como será ela;
qual sua finalidade; e a atuação de cada um dos “atores”.
23.6. Poderá ser montada no interior do “Centro de Treinamento na Preservação da Vida”, como em
quaisquer outros lugares, inclusive nos pátios das OPM (nível pelotão para cima).
23.7. No “Treinamento em Pleno Serviço”, sob forma de “teatro”, quando os integrantes das guarnições que
estão de serviço, na rua, chegarem ao local designado, o professor, com o semblante alegre, mostrando boa
vontade, dará as boas vindas à guarnição. Dirá que ela ali está para participar de um “Treinamento em Pleno
serviço”, sob forma de “teatro”, sem disparos reais.
23.8. Recolherá todas as armas e munições que estejam de posse dos mesmos, substituindo-as por
simulacros de armas de fogo pintados de amarelo ou azul. Não existindo simulacros de armas de fogo nessas
condições o revólver será usado sem o tambor; a pistola sem o ferrolho e cano; assim como as outras armas.
23.9. Mesmo assim, antes do início do “teatro”, o professor examinará as “armas” de todos os participantes
(policiais da guarnição e “atores”) a fim de confirmar se são mesmo simulacros pintados de amarelo ou azul; ou
revólver sem tambor, pistola, etc. sem ferrolho e cano; assim como inexistência de munição no corpo dos
participantes.
23.10. Professor (es) e auxiliares também deverão estar com simulacros; sem a posse de qualquer tipo de
arma verdadeira e de munição.
23.11. A segurança precede tudo!
23.12. Tudo pronto o professor diz, por exemplo, à guarnição:- “---- Há um automóvel ali à frente com
pessoas no seu interior em situação estranha (ou suspeita); atuem sobre ele”.
23.11.1. Ou:- “----- Indivíduos estão ali á frente, a pé, em situação estranha (ou suspeita); atuem sobre
eles”.
23.11.2. Ou:- “---- Aplicando todos os princípios de segurança façam a transposição daquele muro”
23.11.3. Ou:- “---- Aquele indivíduo está com uma arma escondida; abordem-no e tomem as providências
necessárias”.
23.11.4. E tantas outras quantas forem necessárias.
23.11.5. E o professor finaliza:- “---- Embarquem de volta na viatura e atuem!”
23.11.6. Daí para frente é com a guarnição.
23.12. Na execução do “Treinamento em Pleno Serviço”, sob forma de “teatro”, o professor interromperá,
imediatamente, a atuação da guarnição, caso um dos seus integrantes, ou ela, como um todo, cometer erro. Ensinará
como é o procedimento correto e, em seguida, determinará que toda a guarnição repita o procedimento que errou.
Enquanto não o fizer de forma correta e sem dificuldades não avançará no treinamento (o erro será anotado na
súmula).
23.13. A ocorrência simulada será considerada encerrada quando os policiais colocarem os simulacros das
armas de fogo nos coldres, ou o comandante da guarnição assim o disser.
23.14. Em seguida o professor reúne a guarnição para comentar sua execução. Caso julgue necessário
repetirá partes sua que ainda possam ser dúvida da guarnição.
23.15. Colocar-se-á à disposição da guarnição para perguntas. Os integrantes da guarnição não poderão
voltar ao trabalho com qualquer dúvida a respeito da ocorrência simulada da qual participaram, e até de outras
ocorrências e informações.
23.16. Todos os erros cometidos pela guarnição seriam cometidos numa ação verdadeira, mas, uma vez
corrigida, isso não mais ocorrerá.
23.17 . Professor e integrantes da guarnição assinam a súmula.
23.18. O professor recolhe os simulacros de armas de fogo e devolve, à guarnição, suas armas e munição.
23.19. Obrigatoriamente a guarnição será convidada a tomar um cafezinho, água e comer lanche; após o que
será liberada para regressar ao serviço, sendo esse retorno comunicado à “central”.
23.20. Uma nova guarnição de patrulheiros, ou grupo tático, será convocada em seguida.
23.21. E assim, sucessivamente.
23.22. O professor, para as novas guarnições que se apresentarem, poderá usar a mesma ocorrência
simulada anterior, sem alterações; ou com alterações; ou elaborar outro tipo.
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23.23. Posteriormente o professor elaborará “ocorrências policiais simuladas” com necessidade de viatura
de apoio. Obedecerão aos mesmos princípios.
23.24. Estas normas não esgotam o assunto.
24. “Treinamento em Pleno Serviço” com disparos reais
24.1. Caso o “Treinamento em Pleno Serviço” estiver previsto para ser executado com disparos reais deverá
sê-lo, obrigatoriamente, em “Pistas Policiais de Aplicação” (os mais diversos tipos).
24.2. O professor idealiza e monta, no interior do “Centro de Treinamento na Preservação da Vida”, uma
“Pista Policial de Aplicação” (PPA), simulando uma “ocorrência policial” com necessidade de disparos reais. Para
isso aplicará o previsto nos “Capítulos 17, 18, 19 e 20” deste manual.
24.3. Os alvos, para efeito de segurança, deverão estar o mais próximo possível do barranco de contenção
de projéteis.
24.4. O professor utilizará armações móveis para os alvos, inclusive “passantes”.
24.5. Possibilidade de chegada de viatura policial até as proximidades do local da pista simulando
ocorrência policial .
24.6. Como este tipo de “Treinamento em Pleno Serviço” (que poderá ser, inclusive, o TAT) será
executado com disparos reais, não só quem o está executando, mas também professores e auxiliares, alunos que
estão observando, e possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, protetor ocular e auricular; sem isso,
não será desenvolvido. Identificação sobre o colete balístico.
24.7. Antes da convocação da guarnição, para solucionar ocorrência policial simulada na “Pista Policial de
Aplicação” (PPA), com disparos reais, o professor (e auxiliares) faz revisão a fim de verificar se tudo está de
acordo com as necessidades e objetivos do “Treinamento em Pleno Serviço”.
24.8. Uma vez convocada a guarnição esta se desloca para o local determinado e, em ali chegando,
apresenta-se ao professor que já estará, em posição estratégica, aguardando-a.
24.8.1. Ao recebê-la deverá manter o semblante alegre e mostrando boa vontade; jamais de cara fechada,
mal humorado, ou contrariado.
24.8.2. O professor dá as boas vindas à guarnição, e diz:- “---- Vocês foram convocados para participar de
um “Treinamento em Pleno Serviço”, com disparos reais, numa “Pista Policial de Aplicação”, com total surpresa
para vocês. Farão isso usando seus próprios materiais, armamento, munição e equipamentos de serviço”.
24.8.3. Em seguida entrega um protetor auricular e um protetor ocular para cada integrante da guarnição,
para ser usado durante a execução da “ocorrência policial simulada” na “PPA”. Considera-se que todos os policiais
da guarnição estejam com seus materiais, armamento, munição e equipamentos de serviço; assim como colete
balístico e plaquetas de identificação.
24.8.4. O professor mostra o local onde está montada a “ocorrência policial simulada” (PPA) e vias de
acesso à mesma. Desse local os integrantes da guarnição não poderão ver os alvos.
24.8.5. Dará informações rápidas, ao encarregado da guarnição, mais ou menos nos seguintes termos:- “----
Ouvimos disparos naquele local (indica o local da ocorrência), assim como, pessoas suspeitas movimentando-se
por lá; ouvimos também alguns gritos”.
24.8.6. Em seguida o professor complementa:- “---- Defendam!”
24.8.7. A partir daí o problema é da guarnição.
24.8.8. A guarnição embarque na sua viatura; simula a chegada nesse local de altíssimo risco, e atua.
24.8.9. Como a segurança precede tudo, o professor interromperá a atuação da guarnição sempre que
integrante seu, ou ela toda, cometer erro de procedimento, ou apresentar desequilíbrio emocional. Neste momento
determinará que seus integrantes desarmem o cão, travem as armas, e as coloquem nos coldres.
24.8.9.1. Se for erro de procedimento o professor anota o erro na súmula e ensina o policial (ou a
guarnição) a executá-lo de forma correta. A guarnição, ou o policial, não tendo mais dúvidas reiniciará a execução
da “PPA” a partir do procedimento errado.
24.8.9.2. Se for desequilíbrio emocional o policial será reprovado e não poderá retornar ao serviço. O fato
será comunicado à administração que tomará as providências necessárias (o policial terá que fazer um novo curso
do “Método Giraldi”).
24.8.10. Se houver necessidade de viatura de apoio, resgate para atender “feridos”; presença da “Polícia
Científica”; elaboração de ocorrência; “termo circunstanciado”; etc., isso deverá ser feito de forma simulada pelo
encarregado da guarnição.
24.8.11. O professor, sempre em posição estratégica, acompanhará toda a movimentação da guarnição
interrompendo-a, quando julgar necessário, para correções de procedimentos errados, anotando o erro na súmula.
Após ensinar à guarnição de como é a execução correta do procedimento que errou determinará que a mesma o
repita, quantas vezes forem necessárias, até que o execute de forma correta e sem dificuldades.
96

24.8.12. O professor anotará, em súmula própria, adaptada por ele a cada “ocorrência policial simulada” na
“PPA”, tudo o que for necessário, inclusive nota ou conceito referente à atuação individual de cada aluno e da
guarnição (equipe) como um todo; assim como seus erros e acertos.
24.8.13. A “ocorrência” será considerada encerrada quando os policiais, de iniciativa própria, coldrearem
suas armas; ou o comandante da guarnição dá-la como encerrada; momento em que reunirá os integrantes da
guarnição e os apresentará ao professor, que dará prosseguimento no que for necessário.
24.9. Terminado o atendimento à ocorrência simulada, o professor reunirá os integrantes da guarnição,
comentará os erros, os acertos, o que faltou fazer e o que melhorar para o futuro. Se necessário repetirá
procedimentos executados de forma errada.
24.10. Colocar-se-á à disposição para perguntas.
24.11. Os integrantes da guarnição não poderão voltar ao trabalho com qualquer dúvida a respeito da
ocorrência simulada, vivenciada na “PPA”, e até de outras ocorrências e informações.
24.12. Não havendo mais dúvidas as súmulas serão assinadas pelo professor e integrantes da guarnição. Os
protetores serão recolhidos; a munição gasta será reposta; as armas serão limpas em local para isso previamente
designado.
24.13. Todos os erros cometidos pela guarnição seriam cometidos numa ação verdadeira, mas uma vez
corrigidos isso não mais ocorrerá.
24,14. Obrigatoriamente a guarnição será convidada a tomar um cafezinho, água e comer lanche; após o que
será liberada para regressar ao serviço, sendo esse fato comunicado ao COPOM.
24.15. Uma nova guarnição de patrulheiros, ou grupo tático, será convocada em seguida.
24.16. E assim, sucessivamente.
24.17. O professor poderá efetuar alterações na “PPA” (ocorrência policial simulada) entre um grupo
executante e outro.
24.18. Estas normas não esgotam o assunto.
25. “Treinamento em Pleno Serviço” para outras finalidades.
25.1. O “Treinamento em Pleno Serviço” poderá ser usado, tambem, para outras finalidades, como:- Exibir
“vídeos treinamento” da DEC e outros; transmitir orientações gerais e específicas; distribuição de materiais
necessários à função; e outros.
GIRALDI
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CAPÍTULO 16

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

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“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“PISTA POLICIAL ESPECIAI” (PPE) ®

DESENVOLVIMENTO

01. “Pistas Policiais Especiais” – “PPE”, também simulações da realidade, com alvos “amigos”, “neutros”
e “agressores”, devidamente caracterizados como seres humanos (ver Anexo 14, deste manual), destinadas a
preparar policiais para executar serviços policiais especiais ou em locais especiais, como:- Ações táticas; ações
táticas especiais (GATE, etc.); “choque”; operações especiais (“COE”, etc.); reintegração de posse; edifícios
suspeitos e locais internos, incluindo elevadores, sótãos, forros, etc.; policiamento rodoviário; policiamento
ambiental; policiamento montado; policiamento com motos e bicicletas; atuação em favelas, morros, palafitas,
escolas; atuação em estações (metrô, ferroviária, rodoviária); locais de grande aglomeração humana; divertimentos
públicos; campos de futebol, etc.; escoltas; guarda de presídio; segurança de autoridade “VIP”; serviço velado;
serviço reservado; etc.
02. Obedecem aos mesmos princípios doutrinários do “Método Giraldi”:- Atuação armada da polícia em
defesa própria e da Sociedade tendo, como prioridade, a “preservação da vida”, a começar pela do policial e das
pessoas inocentes, e também daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressores) e, como última
alternativa, medida extrema, para preservar vidas inocentes, o disparo, dentro da “legalidade”, calcado nos
princípios da “necessidade”, “oportunidade”, “proporcionalidade” e “qualidade”, e não como finalidade de matar o
agressor, embora a morte possa ocorrer, mas de tentar paralisar sua ação de morte contra a vida de alguém.
03. O policial somente será preparado nas “Pistas Policiais Especiais” após ter sido considerado “apto” em
todas as etapas anteriores do “Método Giraldi”.
04. As “Pistas Policiais Especiais” – “PPE”, constam de publicação à parte. Serão elaboradas e treinadas
pelos integrantes das OPM que tem sob sua responsabilidade os serviços especiais retro mencionados.
05. Durante a instrução, não só quem a está executando, mas também professores e auxiliares, alunos que
estão observando, e possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, protetor ocular e auricular; sem isso,
ela não será desenvolvida.
06. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em todas
as armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos,
elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de
incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários gerais sobre
a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá
que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando
acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da
vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos
duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-
lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um
“----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste manual.
07. Só encerrar a instrução do dia após aplicar o que está previsto no item “20”, do capítulo “02”, deste
manual.
GIRALDI
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CAPÍTULO 17

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

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“ESPINGARDA CALIBRE 12”

“PISTA POLICIAL DE APLICAÇÃO” – PADRÃO® - (PPA)

DESENVOLVIMENTO

(PREVISÃO:- EM TORNO DE 6 (SEIS) DISPAROS REAIS POR ALUNO)

“Somente passando o policial por Pistas Policiais de Aplicação é que se saberá se ele
tem condições de atuar armado em defesa própria e da Sociedade; não há outra forma”. (Giraldi)

01. O aluno será avaliado na “Pista Policial de Aplicação - Padrão” (“PPA-Padrão”), com preenchimento da
“Súmula para Habilitação de Usuários” (Capítulo 19, deste manual), com a finalidade de ser habilitado como
usuário da espingarda 12.
02. Caso não apresente desempenho satisfatório nessa avaliação, sendo reprovado, será novamente ensinado,
pelo professor, em tudo aquilo que errou, tiver dúvidas ou dificuldades. Será submetido, em seguida, a uma nova
avaliação (após a passagem de todos os outros alunos pela “PPA-Padrão” e alterações nos alvos).
02. O importante é o aluno aprender; saber executar; insistir; até ficar em condições de usar, com perfeição,
seu armamento, com técnica, com tática, com psicologia e dentro dos limites das Leis, em defesa própria e da
Sociedade.
03. O professor não pode aceitar uma reprovação pura e simples do aluno; o aprendizado e a aprovação do
aluno serão suas grandes vitórias.
04. Outros modelos, para outras finalidades, de “Pista Policial de Aplicação”, além da “Padrão”, aqui tratada,
poderão ser idealizadas pelos professores para outros tipos de estágios ou cursos.
05. “Somente passando o policial por Pistas Policiais de Aplicação é que se saberá se ele está tem condições
de atuar armado em defesa própria e da Sociedade; não há outra forma”. (Giraldi)
06. Na execução da “PPA-Padrão” (e de todas as outras) o aluno deverá cumprir todos os princípios
estabelecidos pelo “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”.
07. Alvos o mais próximo possível do barranco de contenção de projéteis. Dedo fora do gatilho quando não
for para atirar. Cano da arma voltado sempre para direção segura. Disparos sempre de 1 em 1, rápidos, semivisados
ou intuitivos, com os dois olhos abertos. 1 (um) disparo por alvo atirável.
08. Durante a instrução, não só quem a está executando, mas também professores e auxiliares, alunos que
estão observando, e, possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, protetor ocular e auricular; sem isso,
ela não será desenvolvida.
09. Desenvolvimento:-
09.1. A estrutura física da “Pista Policial de Aplicação - Padrão” (“PPA-Padrão”) é idêntica à da “Pista
Policial de Instrução – Padrão” (“PPI-Padrão”). Ver planta no “Capítulo 10”, retro. Também tem alvos “amigos”,
“neutros” e “agressores”, devidamente caracterizados como seres humanos a partir do alvo “PM-L-4” (ver “Anexo
14”, deste manual).
09.2. A forma de atuação do aluno na “PPA-Padrão” é idêntica à da “PPI-Padrão” e das outras pistas.
09.3. Os alunos apresentam-se, para executar a “Pista Policial de Aplicação”, com a espingarda vazia, presa á
bandoleira, em “posição normal”, em local onde não possam ver a “PPA” (será surpresa para eles; não deverão vê-
la, antes de executá-la).
99

09.3.1. Quando dessa apresentação deverão estar com 3 (três) cartuchos nas mãos (serão os primeiros a
serem usados) e 5 (cinco) no porta cartuchos, para reposição; também a súmula preenchida.
09.4. Antes de dar início à execução da “PPA”, com uso da espingarda 12, e no transcorrer da mesma, o
professor deverá dar, constantemente, as seguintes ordens aos alunos:-
09.4.1. “----- Até segunda ordem permaneçam com a espingarda vazia, presa á bandoleira, em “posição
normal”. Só manuseiem e carreguem a espingarda mediante ordem.
09.4.2. “----- Quando com a espingarda, mesmo vazia, mantenham o dedo fora do gatilho; o dedo só vai
para o gatilho quando você tiver certeza da necessidade do disparo. A posição normal do dedo acionante é
estendido, junto à armação da espingarda. Mantenham o cano da espingarda, mesmo vazia, voltado sempre para
direção segura. Estes princípios deverão ser aplicados, também, quando vocês estiverem de serviço”;
09.4.3. “----- Nos intervalos da instrução (descanso, água, cafezinho, sanitário, almoço, etc.) mantenham a
espingarda vazia, gatilho travado, “posição normal”, ou no local que o professor determinar”;
09.4.4. “----- Não deixem nem abandonem a espingarda sobre banquetas, mesas, ou onde quer que seja”;
09.4.5. “----- Fica estabelecido que o local para manuseio da espingarda é ... (estabelecer o local); nesse
local não se manuseia munição”;
09.4.6. “----- Vocês não poderão ver a “Pista Policial de Aplicação” antes de executá-la; será surpresa
para vocês, como num confronto armado verdadeiro”;
09.4.7. “----- Quem já tiver passado pela “PPA” não deverá comentá-la com quem ainda não o fez; se o
fizer, será considerado “cola”; ambos serão desclassificados e punidos. Na rua, quando de um confronto armado
verdadeiro, vocês também não sabem o que irão encontrar pela frente. Na “PPA” é a mesma coisa”.
09.5. O professor deverá estabelecer local seguro para manuseio da espingarda; nesse local não se manuseará
munição;
10. A seguir, algumas características da “PPA-Padrão” que deverão ser fielmente obedecidas:-
10.1. Os alvos e “quadros” poderão ser iguais aos da “PPI-Padrão” (no todo ou em parte) mas colocados em
lugares diferentes, ou alvos e “quadros” diferentes (no todo ou em parte). Um mesmo alvo ou “quadro” não deve
ocupar o mesmo lugar numa “PPI-Padrão” e depois numa “PPA-Padrão”; tem que mudar de lugar.
10.2. Os alvos deverão estar o mais próximo possível do barranco de contenção de projéteis.
10.2.1. No mínimo 75% dos alvos deverão ser móveis.
10.3. O aluno não saberá, antecipadamente, quais serão os alvos (ou “quadros”) sobre os quais irá atuar e
onde estarão colocados (sempre surpresas);
10.4. Não será auxiliado ou orientado pelo professor antes de executar o exercício a primeira vez; só após
errá-lo.
10.5. De iniciativa própria aplicará todos os conhecimentos anteriormente adquiridos;
10.6. Não saberá, antecipadamente, quantos disparos irá efetuar (semelhante a uma ação real);
10.7. Na “PPA-Padrão”, para avaliação do policial como usuário da espingarda, serão colocados 5 alvos
atiráveis e, no mínimo, 5 não atiráveis. Dependendo dos objetivos o professor poderá alterar essas quantidades.
10.8. Conforme já foi retro explicado, para ser submetido à “PPA-Padrão” o aluno se apresentará com a
espingarda vazia, presa à bandoleira, “posição normal”, gatilho travado, 3 cartuchos “singular” nas mãos e 5 (cinco)
no porta cartuchos. Súmula nas mãos com o cabeçalho preenchido (Capítulo 19, deste manual).
10.9. Executará a pista com a mesma arma, munição, uniforme e equipamentos com os quais irá trabalhar.
10.10. Obrigatório o uso de colete balístico, protetor auricular, ocular e plaqueta de identificação. Também
por parte do professor.
10.11. Durante a instrução, não só quem a está executando, mas também professores e auxiliares, alunos
que estão observando, e, possíveis assistentes, deverão estar com colete balístico, protetor ocular e auricular; sem
isso, ela não será desenvolvida.
10.12. Em princípio, a passagem pela “PPA-Padrão” será individual, progredindo e regredindo pelo centro,
posteriormente, após alteração dos alvos, pelas laterais e em equipe.
10.13. O remuniciamento será “emergencial” ou “tático”; é o aluno quem decide.
10.14. Os disparos serão semivisados ou intuitivos; rápidos; 1 (um) em cada alvo atirável; com os dois olhos
abertos.
10.15. Não haverá tempo previamente estabelecido para o aluno executar a “PPA-Padrão”; o tempo será
idêntico ao de uma ação real; um tempo menor ou maior não dará mais ou menos pontos ao aluno.
10.15.1. As próprias características da pista darão o ritmo da atuação do aluno (semelhante à uma ação
verdadeira).
10.16. O aluno deverá evitar a “precipitação”; ela provoca mortes, inclusive a própria. Deverá evitar a
“valentia perigosa”; é loteria; poderá transformá-lo num herói ou ... num defunto... ou num presidiário (Giraldi)
100

10.17. Quando o aluno executar procedimento de forma errada o professor o interromperá, imediatamente,
anotando o erro na súmula (o aluno deixará de ganhar os pontos desse procedimento) e, ato contínuo, ensiná-lo-á a
fazê-lo corretamente. Feito isso, o aluno repetirá, imediatamente, o procedimento que errou. Repeti-lo-á quantas vezes
forem necessárias até executá-lo corretamente e sem dificuldades. Acertando-o prosseguirá na execução da “PPA-
Padrão” e o professor anotará à frente do erro “OK”, significando que o aluno aprendeu e o executou corretamente,
mas os pontos que deixou de ganhar, quando do primeiro erro que está assinalado na súmula, permanecerão.
10.18. O aluno não passará para o procedimento seguinte sem ter executado, corretamente, o anterior.
10.19. No mínimo, 30 (trinta) minutos antes de executar a “PPA-Padrão” o aluno receberá “orientações
gerais”, por escrito (Capítulo 18 deste manual), e a “Súmula para Habilitação de Usuários” (“Capítulo 19”, deste
manual) na qual será registrada toda a sua atuação. Preencherá seu cabeçalho e a entregará ao professor no momento
de sua participação.
10.20. Antes de dar o sinal de partida o professor fará, ao aluno, individualmente, uma explicação sucinta do
que irá executar na pista, e determinará providências, mais ou menos nos seguintes termos:-
10.20.1. “¾ Preparar a espingarda para executar a PPA. (3 cartuchos nas mãos e 7 no porta cartuchos)
10.20.2. “----- Municiar o depósito com 3 cartuchos, carregar, travar o gatilho, e tomar a “posição normal”.
10.20.3. “----- Ao sinal convencionado, significando que você foi surpreendido por um confronto armado
destrave o gatilho e se posicione, rapidamente, em proteção, no abrigo “A”. Do abrigo “A” progrida até o abrigo
“D” passando entre os abrigos “B” e “C” (use-os para se proteger)”.
10.20.4. “---- Por convenção os abrigos “B” e “C” prolongam-se para as laterais, indefinidamente; não há
perigo vindo dessas direções”.
10.20.5. “-----No abrigo “D” atue iniciando e terminando por onde julgar mais conveniente”.
10.20.6. “----- Terminada a atuação no abrigo “D” faça a regressão (retirada estratégica) até o abrigo “A”,
passando, novamente, entre os abrigos “B” e “C”.
10.20.7. “----- De volta ao abrigo “A” trave o gatilho, mantenha a espingarda em posição normal”. Aguarde
ordens
10.20.8. “---- Se ao executar a pista houver incidentes de tiro tente solucioná-los, sem ajuda”.
10.20.9. “---- O tipo de recarga (“tática” ou “emergencial”) fica a seu critério; a que for mais conveniente
para você”.
10.20.10. “----- Não se esqueça de extrair o cartucho a cada disparo, carregar rapidamente, e fazer
varredura vertical e horizontal;
10.20.11. “---- Coloque em prática tudo o que você aprendeu até agora”. Etc.
10.20.12. “---- Alguma dúvida? Boa sorte!”
11. O professor dará a partida através de um disparo de festim ou real (ideais), ou através da frase:- “¾
Defenda!”; ou “--- Perigo!”.
11.1. Ao ouvir o sinal de partida o aluno destrava o gatilho, posiciona-se e protege-se, com rapidez, no abrigo
“A”. Faz a progressão usando os abrigos “B” e “C”. Passa entre eles e atua, conforme julgar mais conveniente, no
abrigo “D”. Faz a regressão passando, novamente, entre os abrigos “B” e “C”, até regressar ao abrigo “A”, onde estará
em segurança. No abrigo “A” trava a arma e toma a “posição normal”. Aguarda ordens.
11.2. O professor pedirá para o aluno entregar a espingarda para ele (isso estará valendo pontos),
devolvendo-a, em seguida, para o aluno.
11.3. O aluno acompanhará o levantamento dos impactos do seu alvo, que serão obreados (se houver obréias)
ou assinalados com uma caneta ou por outro meio. Impacto que tangenciar zona de maior pontuação será nela
assinalado.
12. Após a passagem do aluno pela pista o professor preencherá a “Súmula para Habilitação de Usuários”
(“Capítulo 19”, deste manual), assinando-a; o aluno, após conferi-la, também a assinará. Qualquer observação será
anotada no seu verso. A “Súmula para Habilitação de Usuários”, junto com a “Súmula de Análise Pessoal”
(Capítulo 03, retro), será anexada aos assentamentos individuais do aluno.
13. Caso o aluno seja reprovado o professor, após todos os outros alunos passarem pela “PPA_Padrão”,
demonstrando educação, boa vontade e incentivando esse aluno, o ensinará em tudo aquilo que tiver dúvidas. Em
seguida, mudará os alvos e “quadros” de lugar (ou colocará outros diferentes) e o fará passar novamente pela
“PPA-Padrão”. O professor preencherá uma nova súmula à qual será anexada à anterior, e ambas aos
assentamentos do aluno. Uma terceira avaliação somente será concedida ao aluno se a sua “Súmula de Análise
Pessoal” (Capítulo 03 deste manual), pelas suas anotações, for favorável a isso, e desde que não contenha nenhum
conceito “inferior” (ïnf”).
14. Pontuação máxima possível prevista no cabeçalho da “Súmula para Habilitação de Usuários” (Capítulo
19, deste manual):- Se estiverem previstos 05 disparos (letra “A” da súmula), e o aluno obtiver pontuação máxima em
todos, serão 100 pontos . Se estiverem previstos 25 procedimentos (letra “B” da súmula), e o aluno executar todos
corretamente, serão mais 250 pontos. Total 350 pontos (100 + 250), desde que não cometa penalidade.
101

15. A nota ou conceito para aprovação do aluno deverá constar do “Currículo” ou determinação oficial,
previamente estabelecido.
16. Após executar a pista o aluno permanecerá no local (da pista) observando os próximos companheiros e
auxiliando o professor.
16.1. O aluno permanecerá com a espingarda vazia, travada, “posição normal”, ou a colocará onde o
professor determinar.
16.2 Estará proibido de comentar, a respeito dela, com os companheiros que ainda não a executaram. Caso
isso ocorra acarretará sua eliminação e punição, e também do seu companheiro. É prejudicial a ambos. Num
confronto armado real o policial nunca sabe o que irá encontrar pela frente; assim também deverá ser na “PPA-
Padrão”, a fim de deixá-lo condicionado a essa circunstância.
17. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em todas
as armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos,
elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de
incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários gerais sobre
a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá
que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando
acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da
vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos
duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-
lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um
“----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste manual.
18. Só encerrar a instrução do dia após aplicar o que está previsto no item “20”, do capítulo “02”, deste
manual.
GIRALDI
102

CAPÍTULO 18

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


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“PISTA POLICIAL DE APLICAÇÃO” – PADRÃO - (PPA)®

ORIENTAÇÕES AO ALUNO ANTES DE SER AVALIADO NA “PPA-PADRÃO”


(Deverá ser distribuída uma cópia, a cada aluno, até 30 minutos antes de ser avaliado na “PPA-Padrão”)
01. Ao candidato a usuário do “Método Giraldi”® com “espingarda calibre 12:-
01.1. De acordo com o “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, através do qual você
foi instruído, aplique, na “PPA-Padrão”, tudo aquilo que aprendeu relacionado à sua atuação armada em defesa
própria e da Sociedade.
01.2. Utilize sua arma da forma mais perfeita possível; aplique, com seriedade, todos os ensinamentos
que lhe foram transmitidos.
01.3. Dentro de instantes você irá participar de um confronto armado, com os “agressores da sociedade”,
com possibilidades de “mortes” de ambos os lados (sentido figurado). Esteja atento a tudo. Desconfie de tudo.
01.4. Sua atuação e deslocamentos na “PPA-Padrão” serão idênticos ao que você aprendeu na “PPI-Padrão”; as
únicas diferenças serão os alvos e os “quadros” que poderão estar alterados ou mudados de lugar.
01.5. Embora isoladamente atue na “PPA” como se estivesse com outro companheiro. Posteriormente você
passará na PPA em equipe; aguarde.
01.6. Sua atuação terá início próximo do abrigo “A” onde o professor determinará que você prepare sua arma
para executar a “PPA-Padrão”. Uma vez pronto o professor dará a voz de comando:- “---- Defenda!”; ou “---- Perigo!”..
A essa voz de comando você destrava o gatilho, posiciona sua arma e se desloca, rapidamente, para o abrigo “A”, onde se
protege. Faz varredura e progride até o abrigo “B”, onde tambem se protege. Faz varredura e se desloca até o abrigo “C”
(idem). Dali progredirá até o abrigo “D” pelo centro (entre os abrigos “B” e “C”). Atuará em toda a extensão do abrigo “D”
após o que regredirá, pelo centro, até o abrigo “A”
01.7. Fica ao seu critério a forma de remuniciamento a ser utilizado (“emergencial” ou “tático”).
01.8. Quando da execução da pista fica convencionado que alvos representado “agressores da sociedade”
que estiverem apontando a arma para você é porque estão “atirando” contra você ou contra terceiros. Efetue 1 (um)
disparo rápido contra cada um deles. Após cada disparo extraia rapidamente o cartucho deflagrado, recarregue, faça
varredura horizontal e vertical antes de dar prosseguimento à execução da pista.
01.9. Caso o “agressor da sociedade”, representado no alvo de papelão, estiver com a arma em outra
posição, que não apontada para você, fica convencionado que não está disparando contra você ou contra terceiros;
não dispare contra ele; mantenha-se protegido, cano da arma e o olhar na direção do perigo; dedo fora do gatilho; e
verbalize firme:- “----- Aqui é a polícia! Olhando para mim segure a arma pelo cano e a coloque, devagar, no
chão! Agora mãos na cabeça! Olhando para mim, e devagar, caminhe na minha direção!” Etc. Dependendo da
reação da pessoa em atitude suspeita, representada no alvo, você dará continuidade à sua atuação.
01.10. Não dispare se houver pessoas inocentes na mesma linha de tiro ou se o agressor estiver no meio
do povo; chame apoio; aguarde melhor oportunidade.
01.11. Lembre-se:- O disparo é a última alternativa, medida extrema, com a finalidade de preservar vidas
inocentes, incluindo a sua, efetuado dentro da “legalidade” obedecendo aos princípios da “necessidade”,
“oportunidade”, “proporcionalidade”, e “qualidade”. Um disparo dentro dessas condições jamais levará seu autor a
ser por ele condenado nos Tribunais.
01.12. Mantenha o dedo fora do gatilho quando não for para atirar; o dedo só vai para o gatilho no
momento do disparo; executado o disparo volta para a sua posição normal que é estendido junto à armação da
103

arma. Evite tragédias mantendo o dedo fora do gatilho. Cano da arma voltado sempre para direção segura ou do
perigo (dedo fora do gatilho); olhar na direção do perigo.
01.13. Disparos rápidos.
01.14. “Verbalize” quando for o caso. A primeira frase da verbalização é:- “¾ Aqui é a polícia!” Depois,
esclareça o que você deseja.
01.15. “Negocie” quando for o caso. Aplique, aqui, o que aprendeu.
01.16. Não esqueça:- Execute a pista como se estivesse com outro companheiro.
01.17. Aplique os “sinais policiais”.
01.18. Não aponte a arma para pessoas (alvos) inocentes (use a “posição sul”).
01.19. Não analise as pessoas (alvos) pela cara, mas pelas intenções; é nas mãos que está o perigo;
concentre seu olhar nas mãos das pessoas (dos alvos).
01.20. Você receberá pontos positivos tanto pelos seus impactos nos alvos atiráveis como pelos seus
procedimentos corretos (veja letras “A” e “B” da súmula que já está com você). Deixará de ganhar pontos se errar o
procedimento.
01.21. Caso erre o procedimento será interrompido, pelo professor, imediatamente; o erro será anotado na
súmula. Em seguida, após ser ensinado e corrigido pelo professor executará, novamente, o procedimento que errou.
Acertando-o prosseguirá na execução da “PPA-Padrão”. Você não passará para o procedimento seguinte sem ter
executado, corretamente, e sem dificuldades, o anterior.
01.22. Cuidado com as “penalidades” (letra “C” da súmula). Para cada uma você perderá 10 (dez) pontos.
01.23. Em caso de reprovação você, após voltar à calma e ser ensinado e orientado pelo professor, sobre os erros
cometidos, terá direito a uma nova passagem, com os alvos e “quadros” da pista modificados..
01.24. Cuidado com as “penalidades fatais” (letra “D” da súmula). Elas reprovam no momento do seu
cometimento.
01.25. Pontuação final:- Ver letra “E” da súmula.
01.26. O tempo para executar a “PPA-Padrão” será idêntico ao de uma atuação verdadeira; um menor ou
maior tempo não lhes dará mais ou menos pontos.
01.27. Evite a “precipitação”. Ela poderá provocar a sua morte; a morte de pessoas inocentes ou de
pessoas contra as quais não há necessidade de disparos, e acabar levando-o para o necrotério ou a prisão.
01.28. Evite a “valentia perigosa”; é “loteria”; poderá transformá-lo num herói ou... num defunto... ou
num presidiário. E tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, inclusive a sua não deve ser tentado.
Peça apoio.
01.29. Se houver incidentes de tiro tente solucioná-los, com rapidez e sem ajuda.
01.30. Apresente-se para executar a pista armado (arma vazia, gatilho travado, em bandoleira, “posição normal”),
equipado, com colete balístico, protetor auricular e ocular; plaqueta de identificação no peito; “súmula” nas mãos
(cabeçalho preenchido). 3 (três) cartuchos nas mãos (serão os primeiros a serem usados; e 5 (cinco) no porta cartuchos, para
reposição. Só municie o depósito e carregue a arma com ordem do professor; após fazê-lo trave o gatilho conduza a arma
para “posição normal”. Aguarde nova ordem para dar início à execução da “PPA”.
01.31. Você não saberá, antecipadamente, quantos disparos irá efetuar (quando você entra num confronto armado
verdadeiro também não sabe). Também não saberá o que irá encontrar na pista; sempre surpresa (como na vida real).
01.32. Ao terminar a pista trave o gatilho, conduza a arma para “posição normal”. Aguarde ordens. O
professor irá pedir para você entregar a arma para ele (isso valerá pontos); faça-o de acordo com o que você
aprendeu. Em seguida ele a devolverá para você. Após recebê-la de volta, mantenha-a vazia, travada, presa a
bandoleira, “posição normal”, ou em local a\ser determinado pelo professor.
01.33. Você poderá acompanhar o levantamento dos seus pontos nos alvos; sem tocar os alvos.
01.34. Após o levantamento dos seus pontos nos alvos, e o preenchimento total da “súmula”, você deverá
conferi-la e assiná-la. Será anexada aos seus assentamentos juntamente com a “Súmula de Análise Pessoal”
(“Capítulo 03” deste manual).
01.35. Após passar pela pista assista pelo menos os três próximos companheiros a fazê-lo. Só saia do local
com autorização do professor.
01.36. Após passar pela pista não a comente com ninguém que ainda não a tenha executado; caso isso
ocorra você e essa pessoa serão eliminados e punidos disciplinarmente (“cola”). Lembre-se:- Trata-se de um “teste”
de avaliação importantíssimo; vidas inocentes futuras, inclusive a sua, poderão depender desse “teste”.
01.37. Usar meios fraudulentos para obter vantagens:- Desligamento imediato do curso e punição.

“Somente avaliando a atuação do policial em “Pistas Policiais de Aplicação” é que se saberá se ele está
condições de atuar armado em defesa própria e da Sociedade; não há outra forma”. (Giraldi)

GIRALDI
104

CAPÍTULO 19
TDPV - “MÉTODO GIRALDI”®
SÚMULA INDIVIDUAL PARA HABILITAR USUÁRIO®
“ESPINGARDA 12”
DATA ................ / ................ / 2.0___ LOCAL ..............................................................................................................
NOME ................................................................................................... RE .....................................……..... POST/GRAD .….........……..……..
UNIDADE ............................................................................................ ESPINGARDA N.º ..........................................................................................
PONTUAÇÃO MÁXIMA POSSÍVEL:- 350 Pts ........ PONTUAÇÃO OBTIDA ..................... CONCEITO ................................. NOTA.................

“A” – PONTOS NOS ALVOS – 1 (um) disparo em cada alvo atirável

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 TOTAL

A
VALORES DAS ZONAS DE PONTUAÇÃO: “A”, “B”, “C”, “D”, braço e mão que segura a arma; acerto na arma do agressor: 20
(Serão 5 alvos atiráveis, e no mínimo 5 não atiráveis. (vinte) pontos
No mínimo 4, entre todos, terão que ser móveis, e 3, no
“E”, “F”, “G”, “H”: 10 (dez) pontos
mínimo, com necessidade de verbalização)

“B” – PONTOS DOS PROCEDIMENTOS


10 (dez) pontos positivos para cada procedimento “certo”.
Procedimento “errado”:- Deixa de ganhar esses 10 pontos.
Usar meios fraudulentos para obter vantagens:- Desligamento imediato do curso e medidas disciplinares cabíveis.
O aluno, embora individualmente, será submetido à “PPA-Padrão” como se estivesse com outro companheiro. Quando executar
procedimento de forma errada o professor o interromperá, imediatamente, corrigindo-o e anotando o erro na súmula (o aluno deixará de ganhar
os pontos desse procedimento). Feito isso o aluno, após ser orientado e ensinado repetirá, imediatamente, o procedimento que errou. Acertando-
o prosseguirá na execução da “PPA” e o professor anotará à frente do erro “OK”, significando que o aluno aprendeu. O aluno não passará para o
procedimento seguinte sem ter executado corretamente o anterior. Acerto incorreto no alvo não é procedimento; não será repetido.
CERTO ERRADO

ABAIXO, PROCEDIMENTOS QUE SERÃO AVALIADOS


01. Mediante ordem preparar a espingarda para executar a “PPA” (depósito com 3 cartuchos, carregada, gatilho
travado, em bandoleira “posição normal”. 5 cartuchos de reposição no porta cartuchos. – projétil único).
02. Ao sinal convencionado destravar o gatilho, posicionar a espingarda e colocar-se em proteção no abrigo
”A”, com rapidez, em condições de atuar e disparar
03. Varredura e saída do abrigo “A”

04. Primeira progressão (do abrigo “A” até o abrigo “B”)

05. Proteger-se e atuar corretamente no abrigo “B” e progressão até o abrigo “C”

06. Proteger-se e atuar corretamente no abrigo “C” e progressão até o abrigo “D”

07. Proteger-se e atuar corretamente na “janela baixa” (abrigo “D”)

08. Proteger-se e atuar corretamente no canto da direita (abrigo “D)

09. Primeira verbalização obrigatória, com posição correta da arma (abrigo “D”)

10. Proteger-se e atuar corretamente na “janela alta” (abrigo “D”)

11. Proteger-se e atuar corretamente no canto da esquerda (abrigo “D”)

12. Segunda verbalização obrigatória, com posição correta da arma (abrigo “D”)

13. Terceira verbalização obrigatória, com posição correta da arma (abrigo “D”)

14. Remuniciar a espingarda corretamente, com rapidez, protegido, e sem perder o contato visual com a área de
perigo (tática ou emergencial, a critério do aluno).
15. Atuar com a espingarda sempre carregada

16. Efetuar o disparo com rapidez (um disparo em cada alvo atirável)

17. Conduzir a espingarda corretamente, com o cano e o olhar na direção do perigo.


105

18. Dedo fora do gatilho quando dos deslocamentos, e quando não for para atirar
CONTINUA...
CONTINUAÇÃO CERTO ERRADO

19. Outras verbalizações, com posição correta da arma.

20. Aplicação de sinais policiais, em situações obrigatórias, como se estivesse com um companheiro

21. Proteger-se corretamente nos demais procedimentos.

22. Regressão (do abrigo “D” até o abrigo “A”).

23. Terminada a regressão travar o gatilho da espingarda, sem descarregá-la; tomar a “posição normal”. Aguardar ordens

24. Mediante ordem, descarregar e desmuniciar o depósito, com segurança, entregando-a ao professor, como se a
estivesse entregando na reserva de armas, ou a outro companheiro
25. Solução de incidentes de tiro (caso ocorram)

TOTAL DOS PONTOS POSITIVOS DOS PROCEDIMENTOS B

“C” – PENALIDADES - 10 (dez) pontos negativos para cada uma.


01. Arma e equipamentos mal ajustados ao corpo atrapalhando a execução dos exercícios.
02. Disparo, sem acerto, em alvo não atirável. Cada disparo uma penalidade. Ver item seguinte
03. Acerto em alvo não atirável. Cada acerto duas penalidades. Ver item anterior (um não exclui o outro)
04. Disparos no mesmo alvo além do determinado (cada disparo a mais uma penalidade)
05. Deixar de disparar contra alvo agressor obrigatoriamente atirável (cada disparo uma penalidade).
06. Não manter a arma em “posição de tiro”, carregada, efetuando “varredura” após os disparos
07. Derrubar munição de reposição
08. Acionar o gatilho estando a arma descarregada ou com o gatilho travado.
09. Ultrapassar a arma, ou qualquer parte do corpo, para além da zona de segurança.
10. Não completar a pista por falta de munição (uma penalidade para cada tiro faltante).
11. Precipitar-se. Praticar a valentia perigosa. Não pedir apoio quando necessário.
TOTAL DOS PONTOS NEGATIVOS DAS PENALIDADES C
“D” – REPROVAÇÃO
Será reprovado o aluno que cometer qualquer uma das seguintes “penalidades fatais”.
01. Apresentar descontrole emocional
02. Atentar contra as normas de segurança
03. Demonstrar dificuldades no manejo ou na atuação com a arma
04. Disparar para fora do barranco de contenção dos projéteis.
05. Disparo acidental com ou sem vítima.
06. Derrubar a arma.
Caso ocorra uma ou mais dessas penalidades fatais o aluno, após voltar á calma, e ser orientado e ensinado, repetirá toda a “PPA”, modificada.

“E” – PONTUAÇÃO FINAL – “A” mais “B” menos “C” E


“F” – CONCEITOS/NOTA
De 00 % à 49 % da pontuação máxima possível (de ________ a _______ pts : - “Insuficiente”
De 50% à 69% da pontuação máxima possível (de_________ a________ pts:- “Regular” NOTA__________________
De 70% à 84% da pontuação máxima possível (de_________ a________ pts:- “Bom” CONCEITO_____________
De 85% à 95% da pontuação máxima possível (de_________ a________ pts:- “Muito bom” (PASSAR PARA O CABEÇALHO)
De 96% à 100% da pontuação máxima possível (de________ a_______ _pts:- “Excepcional”
Caso seja reprovado o aluno, após voltar à calma, e ser orientado e ensinado, repetirá toda a “PPA”, modificada.

CONCEITO OU NOTA FINAL (Passar para o cabeçalho) F


106

Assinatura do Aluno Posto/Grad, RE, nome de guerra legível e assinatura do professor

Anexar esta súmula ao “RIT” do aluno OBS.: - Anotações no verso (GIRALDI)


107

CAPÍTULO 20

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
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“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“PISTA POLICIAL DE APLICAÇÃO” (PPA)
COMO PREENCHER A SÚMULA PARA HABILITAÇÃO DE USUÁRIOS 

01. CABEÇALHO:-
01.1. Local:- Unidade onde se localiza o “Centro de Treinamento para a Preservação da Vida”, da “PPA-
Padrão”.
01.2. Pontuação máxima possível:- É o resultado da soma da pontuação máxima possível dos alvos (“A”),
mais a dos procedimentos (“B”). Ex.:- Se for uma “PPA-Padrão” com 05 disparos obrigatórios, valendo 20 pts. o
de maior valor, e 25 procedimentos valendo 10 pts cada, a pontuação máxima possível será de 350 pts. (100 pts.
dos alvos mais 250 pts. dos procedimentos).
01.3. Pontuação obtida:- Passar o resultado da letra “E”, da súmula, para este campo.

02. “A”- PONTOS NOS ALVOS:-


02.1. Quadrículas superiores:- Servem para “PPA-Padrão” com até 22 disparos. Ex.:- Se a quantidade de
disparos prevista for cinco vai só até a quinta casa desprezando as demais. O policial não deverá saber quantos disparos
efetuará na “PPA-Padrão” (em confrontos reais também não sabe, e a “PPA-Padrão” é uma simulação deles).
02.2. Quadrículas inferiores:- Para anotação do valor de cada impacto nos alvos atiráveis. O disparo que
não atingir alvo atirável deverá ser assinalado com “zero”. O impacto que tangenciar zona superior de pontuação
será nela considerado.
02.3. Valores das zonas de pontuação:-
02.3.1. Letras “A”; “B”; “C”; “D”; braço e mão que segura a arma; arma do agressor:- 20 pts.
02.3.2. Letras “E”; “F”; “G”; “H”:- 10 pts.

03. “B” – PONTOS DOS PROCEDIMENTOS:-


03.1. Procedimento “certo” será assinalado na coluna “CERTO” com um “x”.
03.2. Procedimento “errado” será assinalado na coluna “ERRADO” com um “x”..
03.3 Quando o aluno executar procedimento de forma errada o professor o interromperá, imediatamente,
anotando o erro na súmula (na coluna “ERRADO”). Em seguida o ensinará a executá-lo corretamente. Feito isso, o
aluno executará, novamente e imediatamente, o procedimento que errou. Acertando-o prosseguirá na execução da
“PPA-Padrão” e o professor anotará à frente do erro a expressão “OK” significando que o aluno aprendeu e o
executou corretamente; mesmo assim, o aluno deixará de ganhar os pontos desse procedimento. O aluno não
poderá passar para o procedimento seguinte sem ter executado, corretamente, o anterior.

04. TOTAL DOS PONTOS POSITIVOS DOS PROCEDIMENTOS:- Para cada procedimento “certo”,
10 pts. positivos; é só somar. Procedimento “errado” deixa de ganhar esses 10 pts. O procedimento será
considerado “certo” e terá 10 pts. positivos quando o aluno o executar, corretamente, já na primeira vez.

05. “C” - PENALIDADES:-


05.1. 10 pts. negativos para cada uma
05.2. Poderá haver mais de uma penalidade em um mesmo item (10 pts. negativos para cada uma).
108

06. “D” – REPROVAÇÃO :-


06.1. São “penalidades fatais”; qualquer uma delas reprovará o aluno no momento em que a cometer.
06.2. O aluno enquadrado nesta reprovação, após voltar á calma, e ser orientado pelo professor de como
atuar, corretamente, onde errou, executará novamente toda a “PPA-Padrão” (só a “PPA-Padrão”); para isso o
professor fará alterações nos alvos e nos “quadros”.

07. “E” – PONTUAÇÃO FINAL:-


07.1. É o resultado da soma dos pontos obtidos nos alvos atiráveis (“A”), mais os pontos dos
procedimentos (“B”), menos os pontos das penalidades (“C”). Em caso de reprovação o aluno, após voltar à calma,
e ser ensinado, pelo professor, nos procedimentos em que errou, repetirá a avaliação, com os “alvos” e “quadros da
“PPA” modificados.

08. “F” – CONCEITOS:-


08.1. Transformação da pontuação final em conceitos:- De acordo com o que está previsto na súmula.
08.2. Para o aluno ser aprovado terá que obter a pontuação ou o conceito previamente estabelecido em
“currículo” ou em outro documento oficial; caso não o consiga, após ser ensinado e orientado pelo professor, e ter
voltado à calma, repetirá toda a “PPA-Padrão” (só a “PPA-Padrão”), para isso o professor fará alterações nos alvos
e nos “quadros”. Uma terceira avaliação somente lhe será concedida se a sua “’Súmula de Análise Pessoal”
(Capítulo 03, retro), pelas suas anotações, for favorável a isso e sem nenhum conceito “inferior” (ïnf”).
08.3. Caso a pontuação final do aluno (letra “E” da súmula) tenha que ser transformada em nota (de zero a
dez; ou de zero a cem); basta fazer uma regra de três simples e direta. A pontuação máxima possível (letra “b” do
item “1.”, retro) corresponderia à nota dez (se for de zero a dez) ou à nota cem (se for de zero a cem); basta fazer a
multiplicação simples e direta em relação ao total de pontos obtidos (letra “E”, retro).

09. SÚMULA:-
09.1. Deverá ser conferida e assinada pelo aluno. Deverá ter o posto/graduação, RE, nome de guerra e
assinatura do professor.
09.2. Anotações serão feitas no verso.
09.3. Quaisquer que sejam os resultados do aluno suas súmulas deverão ser anexadas aos seus
assentamentos.

10. Ver, no “Anexo 18, deste manual, “súmula de equipe e como preenchê-la.

GIRALDI
109

CAPÍTULO 21

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

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“ESPINGARDA CALIBRE 12”

LIMPEZA E MANUTENÇÃO

1. Limpeza rápida durante o uso.


2. Limpeza profunda da arma e equipamentos.
3. Manutenção.
4. Conservação.
5. Armazenamento.
6. Cuidados especiais.

Obs.: - Aula a ser ministrada por técnicos do CSM/AM, armeiro da Unidade ou, na falta deles, pelo próprio
professor.
Observar as determinações constantes do manual, de fábrica, que acompanha cada arma.

GIRALDI
110

CAPÍTULO 22

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

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“INVESTIMENTO E VALORIZAÇÃO DO CAPITAL HUMANO DO POLICIAL”®


(REGISTRADO – TODOS OS DIREITOS RESERVADOS)

“Investimento e Valorização do Capital Humano do Policial”. Trata de tudo aquilo que, fora da instrução
prática de tiro, ou próximo a ela, possa se relacionar ou influir na atuação armada do policial em defesa própria e da
Sociedade, como:-
Os Direitos Humanos. Os Direitos Humanos do Policial. Os Direitos Humanos aplicados à função policial.
Os Direitos Humanos aplicados à função policial armada.
O “Método Giraldi” e “Transversalidade com os Direitos Humanos”.
O “Método Giraldi”, e seu respeito aos Direitos Humanos, às Leis e à dignidade das pessoas.
“Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a
Sociedade e a si Próprio..
A importância de estar de bem e ter amor pela vida; que fazer para consegui-lo. A importância de amar e
ser amado. Como se ama. Como manter um bom relacionamento com amigos, pais, filhos e esposa. Como educar
os filhos. A importância de possuir uma família bem constituída, unida e bem administrada; como consegui-lo.
Os bens essenciais da vida; como consegui-los e mantê-los.
Como ter paz e ser feliz.
Alimentação, exercícios físicos e de relaxamento direcionados ao policial; como praticá-los.
Como se reequilibrar, rapidamente, durante um confronto armado ou em situações difíceis. Como
“administrar” o estresse nessas situações. O “Treinamento Autógeno”; como aprendê-lo e exercitá-lo.
A influência dos reflexos condicionados positivos e negativos, adquiridos e herdados, quando de um
confronto armado; que fazer para que os negativos não interfiram.
O pensamento como fonte e origem de todos os “bens” e de todos os “males”; como “dominá-lo”,
“policiá-lo” e direcioná-lo para o “bem”.
A dignidade do policial não tem preço; é o maior bem não material do ser humano; como mantê-la.
A importância de sentir-se útil; que fazer para consegui-lo. Ideais imprescindíveis na vida de uma pessoa;
como imaginá-los, selecioná-los, programá-los e conquistá-los. A autoestima; como obtê-la e conservá-la. A
autoconfiança; como obtê-la e conservá-la. Ações filantrópicas; tão importantes para quem dá, como para quem
recebe.
A saúde física, mental e espiritual; que fazer e como colaborar para obtê-las e mantê-las. Exames médicos
preventivos.
Como deve ser o ambiente para um repouso reparador, principalmente após extenuantes trabalhos físicos
e/ou mentais.
O ato sexual; como praticá-lo; como fazer para que “atenda” ambas as partes. Como evitar a gravidez
indesejada e as doenças sexualmente transmissíveis. A “Tensão Pré Menstrual” (TPM); que é, causas,
conseqüências, tratamento.
Os cuidados com a arma de fogo no lar. Porte e uso da arma de fogo nas horas de folga.
111

Drogas, dependência e codependência química. Como lidar com o problema; como orientar pessoas.
O policial é, antes de tudo, um educador comunitário.
Como não se deixar contaminar pela parte podre da sociedade com a qual tem que conviver diariamente.
Como não levar para dentro do lar as tristezas, decepções, traumas e tantas outras coisas negativas com as quais
conviveu no horário de serviço.
Por que parte da Sociedade não tem apreço pela Corporação; que fazer para reverter essa situação.
Como se relacionar com os integrantes da Sociedade. O sorriso, a educação, a humildade, e o
profissionalismo, como armas infalíveis para o policial conquistar a simpatia, o respeito e a colaboração da
Sociedade; para o agressor, a Lei. O sorriso como cartão de visitas das pessoas.
“Investimento e Valorização do Capital humano do Policial” será ministrada sob forma de palestra ou
curso, pelo próprio autor do “Método”, ou professores por ele preparados e indicados, tendo em vista a abrangência
e complexidade dos assuntos, e a necessidade de especialização e padronização para isso.
Poderá ser ministrada em qualquer etapa ou momento do curso; preferencialmente ao seu final. Poderá
também ser ministrada fora do curso, isoladamente.

GIRALDI
112

ANEXO 01

“TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA”


“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado e publicado)
Direitos autorais reservados
SINAIS POLICIAIS

Obs.:- Outros poderão ser estabelecidos. GIRALDI


113

ANEXO 02
“TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA”
“MÉTODO GIRALDI”
Registrado e publicado- Direitos autorais reservados

“VISADA – FOCALIZAÇÃO”
VISADA

MASSA ALÇA MASSA X ALÇA

MASSA X ALÇA X ALVO TIRO ALTO TIRO BAIXO


CORRETO ERRADO ERRADO

TIRO Á ESQUERDA TIRO Á DIREITA


ERRADO ERRADO

FOCALIZAÇÃO

MASSA X ALÇA X ALVO, NÍTIDOS ALVO NÍTIDO MASSA X ALÇA NÍTIDOS


SITUAÇÃO IMPOSSÍVEL PARA MASSA E ALÇA BORRADAS DIFÍCIL DE CONSEGUIR
OS OLHOS HUMANOS ERRADO ALVO BORRADO
CORRETO

MASSA NÍTIDA
ALÇA QUASE NÍTIDA
ALVO BORRADO
“PERFEITO”
114

GIRALDI
115

ANEXO 03

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CALIBRE 12”


PRINCIPAIS PERIGOS – CUIDADOS ESPECIAIS

1. Permanência de cartucho na câmara, em condições de ser deflagrado.


01.1. Ser manuseada no interior de viatura.
02. Dificuldades no acionamento do liberador da “bomba” para o primeiro carregamento tomando como
regra o erro de acionar o gatilho para liberar a bomba (tiro em seco).
03. Dedo no gatilho quando não for para atirar. O dedo só vai para o gatilho no momento do disparo. “Da
mesma forma que carro não guia mas é guiado, arma não dispara mas é disparada, e para ser disparada o dedo
tem que estar no gatilho. Evite tragédias mantendo o dedo em sua posição normal, que é fora do gatilho,
estendido junto à armação da arma.” (Giraldi)
04. Ser apontada para “amigos ou “neutros, mesmo estando descarregada.
05. Ser entregue a alguém, ou recebida, sem observação das regras de segurança (voltada para direção
segura; extração do cartucho que ficou na câmara; retirada dos cartuchos do depósito; dois ou três golpes de
segurança; culatra aberta; inspeção física e visual rigorosa da câmara a fim de verificar se não há cartucho nela;
cano voltado para baixo; guarda mato na direção de quem irá recebê-la).
06. Falta de cuidado e inobservância dos princípios de segurança, quando das soluções dos incidentes de
tiro.
07. Não observância dos outros princípios de segurança.
08. Exigência de extremo profissionalismo para o seu uso, que só será obtido com constantes e intensivos
treinamentos.
09. Exigência de extremo profissionalismo para o seu uso, que só será obtido com constantes e intensivos
treinamentos. Não serve para policiais mal treinados.
10. Difícil manutenção; facilidade para enferrujar.
11. Em hipótese alguma poderá ser ministrada instrução com a espingarda em salas de aula; apenas no
“Centro de Treinamento na Preservação da Vida”
12. Deverá haver constante contato, manuseio e uso da Carabina Semiautomática por parte do policial; é
arma complexa, difícil, e traiçoeira, como a maioria das armas. Todo cuidado com ela ainda será pouco. Pequenos
espaços de tempo, sem esses procedimentos, poderão ser fatais para o policial.
O retorno da espingarda para a viatura deverá se dar, sempre, descarregada; alimentada, culatra fechada e
destravada.
13. Bandoleira e arma mal ajustadas ao corpo do policial.
14. Defeitos de funcionamento, quebra de peças ou outras irregularidades, na espingarda, poderão ocorrer.
15. Ser utilizada em situações em que sua aplicação não é conveniente.
16. Não sofrer manutenção de primeiro e segundo escalão de acordo com o estabelecido pela fábrica.
17. Saber atirar com a espingarda não significa saber usá-la: - “Não basta saber atirar; é preciso saber
quando atirar e saber executar procedimentos”; “Não basta saber o que tem que fazer, tem que estar
condicionado a fazer.” (Giraldi)
18. “A única maneira de sabermos se o policial está em condições de usar sua espingarda, em defesa
própria e da Sociedade, é avaliando sua atuação numa “Pista Policial de Aplicação” (que é uma imitação da
realidade); não há outra forma.” (Giraldi)
GIRALDI
116

ANEXO 04
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
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“ESPINGARDA CALIBRE 12”


“ESCLARECIMENTOS AO PÚBLICO INTERNO E EXTERNO”

01. Calibre 12 significa 1/12 avos de libra, isto é, 1/12 avos de 453g, O calibre é avaliado por meio da
referência peso de libra, podendo ser projétil único (singular) ou múltiplos; em ambas as situações, somados,
apresentarão, sempre, um peso total de 1/12 avos do peso de libra (1/12 de 453 gramas)
02. Calibre “12”:- A soma do peso das esferas, não importa o seu diâmetro e quantidade (pode ser apenas
uma, ou mais), totaliza, sempre, 1/12 do peso da libra (1/12 de 453 gramas).
03. Calibre “16”:- A soma do peso das esferas, não importa o seu diâmetro e quantidade (pode ser apenas
uma, ou mais), totaliza, sempre, 1/16 do peso da libra (1/16 de 453 gramas).
04. Calibre “20”:- A soma do peso das esferas, não importa o seu diâmetro e quantidade (pode ser apenas
uma, ou mais), totaliza, sempre, 1/20 do peso da libra (1/20 de 453 gramas).
05. Calibre “24”:- A soma do peso das esferas, não importa o seu diâmetro e quantidade (pode ser apenas
uma, ou mais), totaliza, sempre, 1/24 do peso da libra (1/24 de 453 gramas). Etc.
06. Esse é o motivo pelo qual, nas espingardas, ao contrário dos calibres em polegadas e milímetros, quanto
maior é o número de referência do calibre menor ele é, pois não se refere a um número inteiro, mas a uma sua
fração (1/12; 1/16; 1/20/ 1/24/; etc.), e, numa fração, quanto maior é o dividendo menor é o resultado.
07. Calibre 12, projéteis múltiplos, cartucho SG, é próprio para polícia, possuindo 9 projéteis esféricos que
transmitem melhor a energia de lançamento resultada do disparo. Desenvolvido especialmente para a polícia.
(Esses 9 projéteis esféricos somados totalizam, portanto, 1/12 do peso da libra (1/12 de 453 gramas).
08. Calibre 12, projétil único, cartucho Singular, tem menor poder de penetração do que os projéteis
múltiplos do SG. (Esse projétil único pesa 1/12 de libra (1/12 de 453 gramas).
09. Calibre 12, projéteis múltiplos, cartucho 3T, possuindo em média 35 projéteis esféricos, apresentam
bons resultados apenas em curtas distâncias (até 8 metros) tendo em vista a dispersão dos projéteis. (Essa média de
35 projéteis esféricos somados totaliza, portanto, 1/12 do peso da libra (1/12 de 453 gramas).
10. O que interessa não é matar o agressor, mas paralisar, de imediato, sua agressão mortífera contra a vida
de alguém. Essa paralisação imediata é o que se chama de “poder de parada”.
11. Esse calibre auxilia o policial no seu trabalho em defesa da sociedade.
12. O policial não treina para matar, mas para fazer cessar uma ação violenta contra a vida de alguem.
13. O policial está sendo preparado para utilizar a espingarda só em legítima defesa, que é um instituto universal;
última alternativa; medida extrema para preservar vidas inocentes incluindo a do policial, dentro da legalidade, obedecendo
aos princípios da necessidade, da oportunidade, proporcionalidade e qualidade.
14. O “Método Giraldi” está de acordo com os princípios da Carta da ONU para o assunto; do Comitê
Internacional da Cruz Vermelha; dos Direitos Humanos; do Policiamento Comunitário; das Leis, da Realidade, e da
Política Policial Brasileira; das necessidades do policial para defender a Sociedade e a si próprio; das dificuldades
financeiras da maioria das polícias, etc.
15. Especialistas nacionais e internacionais consideram o “Método Giraldi” como sendo o mais moderno,
evoluído, eficiente, simples, prático, barato, de fácil assimilação e aprendizado, próprio para as polícias defenderem
a sociedade e a si próprios, que existe. Aprovado e adotado nacional e internacionalmente por todos que são por
eles preparados.
16. O treinamento com as espingardas, dentro do “Método Giraldi”, tem como principal fundamento “o
condicionamento e a experiência anterior, a ser obtida pelo policial em treinamentos imitativos da realidade,
117

antes de se ver envolvido com o fato verdadeiro”. “O homem é conseqüência de suas experiências; sem uma
experiência anterior, mesmo obtida em treinamentos imitativos da realidade, o policial se perderá diante de um
fato novo grave, principalmente se a morte estiver presente, como quase sempre está”. (Giraldi)
16.1. “Seus fundamentos científicos são os reflexos condicionados positivos, a serem adquiridos pelo
policial em treinamentos imitativos da realidade, com eliminação dos negativos, antes de se ver envolvido pelo fato
verdadeiro” (Giraldi)
17. Por que essa espingarda (CBC ou Browning) e não outra espingarda? Resposta: É a única que está
disponível no mercado nacional
18. Existe espingarda melhor fora do Brasil? Resposta:- Sim, existe, inclusive, desenvolvida especialmente
para polícias, entre elas a espingarda Benelli, Italiana, semiautomática, “modelo M3 90 super”, assim como a Fran
SPA, Americana, também semiautomática, com coronhas retráteis e “pistol grip”, com bandoleira de três pontos
acoplada, são as preferidas e já abastecem a grande maioria das Instituições Policiais do mundo.
18.1. Por que não foi adquirido um ou outro modelo? Resposta:- Ainda não houve estudos dirigidos para tal
finalidade, bem como no Brasil ainda não se reconheceu o ideal valor da espingarda calibre 12 como arma de apoio
para o trabalho policial.
18.2. Com o uso de um desses modelos de espingarda a violência irá diminuir ou ser contida? Resposta:-
Não, o que poderá diminuir a violência é uma série de medidas entrelaçadas, de responsabilidade de toda a
sociedade, do governo, etc., e não apenas a utilização de uma arma como essa. O uso dessa arma, pela Polícia, é
uma dessas medidas; há necessidade de muitas outras.
19. O bom seria não precisar usar armas. Infelizmente, isso ainda não é possível.
20. Somente avaliando a atuação do policial em “Pistas Policiais de Aplicação” (que imitam a realidade) é
que se saberá se ele tem condições de usar essa espingarda em defesa própria e da Sociedade; não há outra forma
(Giraldi); e isso está sendo feito.
21. “Poder de parada”:- É a capacidade que a energia existente em um projétil tem de, ao ser transferida
desse projétil para o corpo humano (no momento do impacto) provocar um “choque” suficiente para paralisar ou
neutralizar a ação da pessoa atingida. Quanto mais rápida for a transferência dessa energia para o corpo humano
maior será o “choque”, motivo pelo qual, por exemplo, os projéteis múltiplos do cartucho SG (nove bagos esféricos
com diâmetro aproximado de 8 mm cada projétil) é mais eficiente pois transfere a energia para o corpo humano
mais rapidamente, mantendo uma melhor concentração para tiros entre 15 e 20 metros distantes do alvo.
21.1. A transferência da energia dos projéteis para o corpo de uma pessoa dá-se com perfeição quando o
impacto do projétil se dá na “zona do garrafão” dessa pessoa e raramente ocorrerá transfixação.
21.2. A energia de um projétil pode ser medida em “fator” (existem outras formas). Calcula-se o “fator”
(a energia) de um projétil multiplicando a sua velocidade, em pés, por segundo (logo após sua saída do cano),
através de um aparelho eletrônico chamado “cronógrafo”, pelo seu peso em “grains” (1 grama tem 15,43 “grains”),
dividindo-se o resultado por 1.000, donde se conclui que quanto mais pesado e mais velocidade tiver um projétil,
maior será sua energia e, portanto, seu ”poder de parada”; no entanto, não basta um projétil possuir muita energia,
terá que possuir capacidade, pelo seu formato e características, de transferir essa energia, com rapidez, para o
corpo humano; assim, por exemplo, se transfixar o corpo, ainda levará energia consigo e a energia transferida para
o corpo não será suficiente para provocar um “choque” que paralise a pessoa de imediato, embora possa matá-la.
21.3. Raramente cartuchos e projéteis iguais, com carga de pólvora iguais, têm velocidades iguais logo
após sua saída do cano; sempre varia, variando, assim, mesmo que ligeiramente, a energia existente em cada um
deles. Após sua saída do cano, em virtude do atrito com a atmosfera e a força da gravidade, o projétil vai perdendo
velocidade.
21.4. No caso específico da espingarda por se tratar de arma com alma lisa, o projétil singular (único –
também conhecido como balote) tem uma grande perda de energia durante seu deslocamento em relação aos
projéteis do cartucho SG, mesmo já no interior do cano da arma e principalmente durante o vôo, em sua trajetória.
Com a finalidade de se diminuir a perda de energia provocada pelo atrito do projétil singular, tanto no interior do
cano bem como durante seu vôo, foi concebido com sulcos helicoidais, em sua parede externa, paralelos entre si,
gerando a ação de rotação quando de seu atrito com o ar, possibilitando o aproveitamento da “Força Derivada do
Momento Angular” a fim de melhor estabilizar sua trajetória e com isso conseguir atingir o alvo carregado de
maior energia cinética, a qual se transformará em energia mecânica e, consecutivamente, propiciando os choques
hidrostáticos ou hidrodinâmicos quando atingir o fluído orgânico (densidade corporal a 20%), no momento de sua
penetração.
21.5. Quando dizemos que um cartucho é mais “p”; etc., significa que tem mais pólvora (“p” de
pólvora”), isso faz com que a velocidade do projétil aumente, aumentando também a sua energia; para tanto
também existem os cartuchos cal 12 tipo Magnun que possuem carga propelente base dupla e assim como os
118

cartuchos magnun de armas de alma raiada também possuem dimensões maiores quanto ao cumprimento total do
cartucho e conseqüentemente as armas destinadas ao seu uso também deverão apresentar a alterações necessárias
para poder suportar as forças e pressões originadas da deflagração de tal munição.

GIRALDI
119

ANEXO 05

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA
“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
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ALGUNS CONCEITOS DO “MÉTODO GIRALDI” EMITIDOS PELO AUTOR


(Permitido usar citando o autor – Cel Giraldi)

. “Os principais fundamentos do Método Giraldi, são os reflexos condicionados positivos, a serem
adquiridos pelo policial em treinamentos imitativos da realidade, com eliminação dos negativos, antes de ser
envolvido pelo fato verdadeiro”. (Giraldi)
. “Quando o policial é surpreendido por um confronto armado, onde a morte está sempre presente, suas
emoções e reações são tão rápidas e intensas que antecedem o raciocínio; estando condicionado isso não
ocorrerá” (Giraldi).
“Investir no treinamento do Método Giraldi é investir na vida e na liberdade do policial”. (Giraldi)
“No Método Giraldi, a arma de fogo do policial é sinônimo de vida e não de morte”. (Giraldi)
“Método Giraldi, é como futebol, natação, ciclismo, etc., só se aprende praticando”. (Giraldi)
“Na quase totalidade das vezes procedimentos, e não tiros, é que preservam vidas, a começar pela do
policial, e solucionam problemas”. (Giraldi)
. “Da mesma forma que carro não guia, mas é guiado, arma não díspar, mas é disparada, e para ser
disparada o dedo tem que estar no gatilho.Evite tragédias mantendo o dedo fora do gatilho, estendido, junto à
armação da arma. O dedo só vai para o gatilho no momento do disparo, uma vez efetuado volta para sua posição
normal que é estendido junto à armação a arma”. (Giraldi)
. “O policial fardado nas ruas é o Estado materializado servindo e protegendo a sociedade; investir nele é
investir na sociedade, na polícia e no próprio Estado”. (Giraldi)
. “As maiores crises de uma polícia ocorrem quando as suas armas destinadas a servir e proteger a
sociedade se voltam contra a própria sociedade; o Método Giraldi, evita que isso ocorra”. (Giraldi)
. “A maior desmoralização do Estado ocorre quando as armas dos seus agentes ao invés de servir e
proteger a sociedade se voltam contra a sociedade; o Método Giraldi, evita que isso ocorra”. (Giraldi)
. “O maior desrespeito aos Direitos Humanos ocorre quando arma do policial ao invés de servir e
proteger a sociedade se volta contra a sociedade; o Método Giraldi, evita que isso ocorra”. (Giraldi)
. “A maior causa da morte de policiais em serviço ocorre quando não sabe usar sua arma para se
defender; o Método Giraldi, evita que isso ocorra”. (Giraldi)
. “A maior causa da perda da liberdade do policial em serviço ocorre quando usa sua arma de fogo de
forma errada; o Método Giraldi, evita que isso ocorra”. (Giraldi)
. “Na vida, nada é mais importante que a própria vida, e, se a instrução de tiro lida com a vida e com a
morte ela acaba sendo a mais importante, de maior responsabilidade e conseqüências entre todas as instruções;
vale a pena investir nela”. (Giraldi)
. “Treinamento não é gasto é investimento”.
. “Não basta saber atirar; é preciso saber quando atirar e saber executar procedimentos, isto porque, na
quase totalidade das vezes procedimentos, e não tiros, é que preservam vidas, a começar pela do policial, e
solucionam problemas”. (Giraldi)
. “Num confronto armado não basta o policial saber o que tem que fazer, tem que estar condicionado a
fazer e esse condicionamento só é obtido através de intensivos treinamentos em pistas que simulem a realidade, e
treinamentos em forma de teratro (“PPI”, “PPE” e “PPA” e treinamento sob forma de teatro) (Giraldi)
. “O Método Giraldi tem como principal fundamento o condicionamento correto anterior, a ser obtido
pelo policial em treinamentos imitativos da realidade, antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro; sem essa
120

experiência e condicionamento anterior, e diante da morte, o policial poderá provocar tragédias irreparáveis”.
(Giraldi)
. “Tudo aquilo que for possível solucionar sem disparos, assim o será”. (Giraldi)
. “O disparo é a última alternativa; medida extrema, para preservar vidas inocentes, incluindo a do
policial, e não tem como finalidade matar, mas fazer cessar a ação de morte do agressor contra a sua vítima; a
morte pode até ocorrer, mas esse não é o objetivo”. (Giraldi).
. “O Método Giraldi tem como prioridade a preservação da vida e da integridade física, a começar pela
do policial e das pessoas inocentes; também daquelas contra as quais não há necessidade de disparos, e como
última alternativa, medida extrema, o disparo, dentro da legalidade, calcado na necessidade, oportunidade,
proporcionalidade e qualidade, com o propósito de tentar paralisar uma ação de morte do agressor contra a sua
vítima. Um disparo dentro dessas circunstâncias jamais levará seu autor a ser condenado por ele nos tribunais”
(Giraldi)
. “Não é a quantidade de tiros que prepara o policial para usar sua arma de fogo com a finalidade de
servir e proteger a sociedade e a si próprio, mas os procedimentos, a qualidade e as condições com que são
efetuados”. (Giraldi)
. “O Método Giraldi é como futebol, natação, ciclismo; só se aprende praticando” (Giraldi)
. “O Método Giraldi baseia-se no princípio de que:- “O que eu ouço, eu esqueço; o que eu vejo, eu
lembro; o que eu faço, eu aprendo”; motivos pelos quais o treinamento é todo prático” (Giraldi)
. “Quanto mais bem preparado o policial estiver para usar sua arma menos necessidade sentirá em fazê-
lo; mal preparado verá nela a solução para todos os problemas”. (Giraldi)
. “De um treinamento de tiro bem ministrado vidas futuras serão preservadas; mal ministrado vidas
futuras serão sacrificadas”. (Giraldi)
. “A arma está para o policial como o bisturi está para o cirurgião; ambas são ferramentas de trabalho a
serem utilizadas em casos extremos, última alternativa, para evitar mal maior; nada justifica seu uso incorreto”.
(Giraldi)
. “O policial nunca atira para matar, mas para tentar paralisar uma ação violenta e covarde, por parte do
agressor, contra a vida de alguém, inclusive a do policial; uma possível perda de vida é uma fatalidade não
desejável”. (Giraldi)
.“Quase tudo dá para ser corrigido, mas um projétil, fora de oportunidade, depois que sai do cano...”.
(Giraldi)
. “Professor do Método Giraldi, bom é aquele que sabe ensinar a matéria; ótimo é aquele que, além disso,
faz o aluno gostar dela”. (Giraldi)
. “Por mais técnico, difícil e cansativo que possa ser um treinamento do Método Giraldi, o relacionamento
humano entre o professor e seus alunos terá prioridade”. (Giraldi)
. Durante o treinamento do Método Giraldi, em momentos apropriados, o professor deverá fazer com que
seus alunos repitam com ele:-
. “Deixo meu suor no campo de treinamento para não deixar meu sangue e minha liberdade no
campo de trabalho”. (Giraldi)
. “Trabalho de polícia é trabalho de equipe”. (Giraldi)
. “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”. (Giraldi)
. “O ser humano é conseqüência das suas experiências; por isso o policial tem que treinar dentro de
situações imitativas da realidade a fim de obter a experiência necessária para um possível confronto armado
verdadeiro. Sem essa experiência anterior, e diante da morte, certamente, entrará em pânico e provocará
tragédias”. (Giraldi)
. “Durante um confronto armado os maiores amigos do policial são:- Postes, cantos de paredes e de
muros, saliências do terreno, guias e sarjetas, troncos de árvores, rodas e motores de carros, e outros abrigos
naturais ou artificiais que possam proteger sua integridade física e facilitar sua atuação em defesa própria e da
sociedade”. (Giraldi)
. “Somente avaliando o policial em Pistas Policiais de Aplicação, do Método Giraldi, é que se saberá se
ele tem condições de atuar armado em defesa própria e da sociedade; não há outra forma”. (Giraldi)
. “Num confronto armado a precipitação, na quase totalidade das vezes, é fatal para o policial. o Método
Giraldi, evita que isso ocorra”. (Giraldi)
. “Valentia perigosa é loteria; poderá transformar o policial num herói; num defunto; ou num presidiário;
e tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, não deve ser tentado”. (Giraldi)
. “Uma instituição policial fardada é julgada pelo que faz na ponta da linha e não pelo que tem ou executa
na retaguarda”. (Giraldi)
. “Um policial é respeitado pela sua inteligência, sabedoria, paciência, confiança que inspira e
profissionalismo; e não pelos seus músculos ou medo que impõe” (Giraldi)
121

.“Por mais grandiosa que seja uma instituição policial bastará um simples disparo, fora de oportunidade,
por parte de um de seus integrantes, para colocar por terra o eficiente trabalho dos seus outros milhares de
integrantes; o Método Giraldi, evita que isso ocorra”. (Giraldi)
. “A simplicidade é a rainha da perfeição”. (Giraldi)
. “Professor do “Método Giraldi”:- Função mais importante, de maior responsabilidade e conseqüências
dentro do ensino de uma instituição policial; dos seus ensinamentos corretos, vidas futuras serão preservadas; dos
seus ensinamentos incorretos, vidas futuras serão sacrificadas”. (Giraldi)
. “O professor do “Método Giraldi” tem que ser modelo, exemplo e referência para seus alunos; tratar
seus alunos com extrema educação e respeito”. (Giraldi),
. “As pessoas tendem a agir da mesma forma como são tratadas; imbecis geram imbecis, pessoas
respeitosas geram pessoas respeitosas, motivos pelos quais é dever do professor do Método Giraldi tratar seus
alunos com extrema educação e respeito”. (Giraldi)
. “Professores imbecis geram policiais imbecis que por sua vez gerarão uma polícia imbecil; professores
respeitosos geram policiais respeitosos que por sua vez gerarão uma polícia respeitosa” (Giraldi)
. “Durante um confronto armado não há tempo nem condições do policial escolher pontos de acerto no
agressor; dispara na direção da sua silhueta”. (Giraldi)
.“O policial não dispara contra o agressor porque quer, mas porque é obrigado; é o agressor que, com
sua atitude covarde contra a vida de alguém, obriga o policial a disparar contra ele, e esse disparo não tem como
finalidade matá-lo, mas paralisá-lo; uma possível morte é uma conseqüência não desejável”. (Giraldi)
.“Durante, ou na iminência de um confronto armado, quando o agressor levanta os braços ou se entrega
está dando uma “ordem” ao policial:- “----- Não dispare contra mim”. O policial cumpre a “ordem”. Quando o
agressor está atentando contra a vida de alguém, incluindo a do policial, está também dando uma “ordem” ao
policial:- “---- Dispare contra mim”. O policial “cumpre” a ordem”. (Giraldi)
. “O policial que não sabe usar sua arma de fogo com a finalidade de servir e proteger a sociedade e a si
próprio não tem condições de trabalhar na rua; e o policial que não tem condições de trabalhar na rua porque
não sabe usar sua arma com a finalidade de servir e proteger a sociedade e a si próprio não pode ser policial; e,
somente avaliando o policial em “Pistas Policiais de Aplicação” (“PPA”), do Método Giraldi, que são imitações
da realidade, é que se saberá se ele tem condições de usar seu armamento para servir e proteger a sociedade e a
si próprio; não há outra forma”. (Giraldi)

GIRALDI
122

ANEXO 06

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“MENSAGEM ESPECIAL AOS (ÀS) POLICIAIS” ®


AUTOR:- CEL PMESP GIRALDI
(Registrado e publicado – Direitos autorais reservados)

PRIMEIRA PARTE
Prezado (a) Companheiro (a) Policial
Com relação à sua vida particular que influi, mais do que você pensa, no seu serviço:-
(O que vamos abordar, agora, entre outras coisas, é parte do que é ensinado na “Sexta Etapa” do curso
do “Método Giraldi” denominada “Investimento e Valorização do Capital Humano do Policial”. Se você ainda não
fez seu curso o faça, é gratuito; fale com seu superior, para isso).
Sinta-se útil. Pratique ações filantrópicas. Colabore. Tenha, sempre, ideais sadios a alcançar;
conquistado um, idealize outro. Os ideais são os combustíveis que nos arremessam para a vida; sem ideais não há
vida. Tenha autoestima e autoconfiança. Respeite a individualidade e a dignidade das pessoas.
No momento certo deixe aflorar e atuar cada uma das suas personalidades (“criança”, “pai” e “adulto”).
Policie seus pensamentos. O pensamento é a fonte e a origem de todos os bens e de todos os males.
Não dê guarida ao mau pensamento; no lugar dele pense coisas boas; no caso de dúvida, relaxe e pense nos bons
momentos do seu tempo de criança.
Não conseguimos pensar mais de uma coisa ao mesmo tempo. Assim, se penso em coisas positivas e
boas as negativas e ruins saem do pensamento; e vice versa.
Seu futuro será bom se você se programar com bons pensamentos. Será mau se fizer o contrário.
Portanto, você pode interferir, de modo positivo, ou negativo, no seu destino, através do seu pensamento.
Cuidado! Pensamento gera sentimento; e sentimento gera procedimento. Pensamento bom gera
sentimento bom que, por sua vez, gera procedimento bom; pensamento ruim gera sentimento ruim que, por sua vez,
gera procedimento ruim.
Não deixe seu pensamento conduzi-lo, conduza-o.
Pratique o otimismo.
Sorria sempre que possível. Evite ficar mal humorado. Não viva com a cara fechada. Seja alegre. Faça
com que as pessoas saiam de perto de você melhores do que chegaram.
Alimente-se de modo correto. Coma para viver; não viva para comer. Coma moderadamente. A
alimentação é base de sua saúde. Coma devagar, tranqüilo. Mastigue bem os alimentos. Frutas, verduras e legumes
devem fazer parte constante de sua alimentação. Alimentos naturais coloridos são os melhores. Coma cereais
integrais; alimentos com fibras; azeite virgem; carnes magras combinadas com legumes e verduras; as de frango,
sem pele. Coma frutas. Evite frituras e churrasco. Açúcar e sal moderados. Pouco alimento industrializado.
Substitua os refrigerantes por sucos naturais. Coma a maior variedade possível de alimentos por dia; no mínimo 25
(um pouquinho de cada). O melhor período para se alimentar é na parte da manhã, até o início da tarde; o pior, à
noite. Evite comer à noite, ou, se o fizer, faça-o com alimentos leves, bem suaves. Não coma antes de dormir. Beba
água constantemente, mesmo que não esteja com sede. Divida suas refeições em cinco por dia. Coma mais na parte
da manhã e vá diminuindo conforme o dia vai avançando.
Procure manter seu peso ideal; para isso diminua a ingestão de calorias e faça exercícios físicos
regularmente. Se for o caso, procure um médico para orientá-lo.
Faça exames médicos preventivos, regularmente.
123

Entre outros:- Iniciada a vida sexual, as mulheres, entre outros, devem fazer exames periódicos de
“papanicolau”, a fim de detectar possíveis tumores no útero. Também de mamografia; só o exame de “toque”, nas
mamas, não é suficiente. Consultas anuais ao ginecologista.
Entre outros:- Após os 40 anos, ou até antes, os homens, entre outros, devem fazer consultas com o
urologista, para exame de “toque”, “PSA”, etc., a fim de detectar possíveis problemas na próstata.
Pratique exercícios físicos. Os melhores são os aeróbicos (exercícios suaves de longa duração, como a
caminhada e a hidroginástica, por exemplo, que são os melhores deles). Eles fazem com que o cérebro produza um
hormônio chamado “endorfina” que provoca prazer, alegria, satisfação.
Aprenda a relaxar. Todos os métodos são bons, desde o relaxamento através da respiração profunda e
pausada, até o “Treinamento Autógeno” (o mais indicado). Banho morno; músicas suaves; passeios agradáveis;
contato com animais de estimação e contato com a natureza (fazem o cérebro produzir um hormônio chamado
“serotonina” que, como a “endorfina”, produz bem estar, alegria, satisfação).
Durma em local calmo, escuro, sem barulho, aconchegante, temperatura agradável. Colchão,
travesseiros e roupa de cama que lhe dêem conforto. Durma no mínimo oito horas por dia. Se você levantar
“cansado” é porque não relaxou o suficiente ao dormir. Se dormir a dois, numa mesma cama, causa-lhe
desconforto, durma em camas separadas. Se estiver tendo problemas com o sono procure um médico. Levante
cedo. Se houver possibilidades, dê uma “cochilada” após o almoço.
Por mais frio que esteja, termine seu banho com uma ducha de água fria por todo o seu corpo.
Nunca experimente drogas. Evite álcool. Não fume. A cada seis segundos uma pessoa morre no mundo
vítima dos males do cigarro. Divirta-se. Leia bons livros. Converse. Passeie.
Paquere com sabedoria. Paquerar é ótimo! Os (as) casados (as) com suas (seus) esposas (maridos).
Para sexo seguro, use “camisinha”. Use “gel lubrificante íntimo” nas relações sexuais; melhora o
“desempenho” das partes e não deixa causar dor ou desconforto na vagina.
Evite a gravidez indesejada. Mas, se “acontecer”, deixe a criança nascer. Trará muitas alegrias e
nenhum arrependimento.
Trate as mulheres com educação, amor, carinho e respeito. “Conhece-se o homem pelo modo como
trata as mulheres” (Giraldi). “As mulheres são as jóias que enfeitam o mundo” (Giraldi).
Faça tudo para satisfazer a (o) companheira (o) na cama. Elogie-a (o) pelo seu “desempenho”. Primeiro
a satisfação dela (e), depois a sua.
Não permita que os problemas do seu serviço interfiram no seu lar e na sua família. O lar é o ambiente
sagrado da família. Não leve problemas do seu trabalho para dentro da sua casa. Sua família nada tem a ver com os
problemas do seu serviço. Não leve problemas do seu lar para o serviço.
Nunca saia de casa sem dar um sorriso, um abraço e um beijo na esposa seguidos da seguinte frase:-
“---- Eu te amo”.
Por mais amargurado, triste ou chateado que esteja faça um esforço e chegue à sua casa sorrindo; mãos
e braços vazios para abraçar e beijar a esposa e os filhos. Faça o mesmo ao sair de sua casa.
Procure amar e ser amado. Amor é vida! Quem não ama e não é amado é um ser que caminha num
mundo “cinzento”, “sem cores”, “triste” e “enfadonho”.
Mas não confunda amor com caridade; com ações filantrópicas e, principalmente, amor com paixão,
etc.
Caridade e ações filantrópicas são atos solidários.
Já a paixão é provocada por um hormônio produzido pelo cérebro chamado “neurotrofina”.
Normalmente nenhum cérebro produz esse hormônio por mais de um ano. Nenhuma pessoa conseguiria viver em
eterno estado de paixão. Terminada a produção da “neurotrofina” a paixão acaba. No seu lugar pode ficar amor
ou... ódio.
Assim a paixão é um sentimento produzido pelo cérebro; o amor é sentimento produzido pelo coração.
A prática do amor não exige dinheiro, matéria, sacrifícios ou situações especiais. Todos podem amar
em igualdade de condições, e da mesma forma, a qualquer tempo e em qualquer lugar; tanto aqueles que moram em
ricos palacetes, como aqueles que moram sob viadutos, favelas, etc.
A prática do amor é simples, fácil e gostosa. Nós amamos e somos amados de três formas:-
PRIMEIRO:- Através da “palavra” (ou da “fala”). Palavra calma, educada, paciente, respeitosa,
compreensiva, positiva, alentadora, orientadora, encorajadora, esperançosa, ponderada, de reconhecimento, de
elogio, de agradecimento, etc. Tom de voz comedido, suave, calmo, meigo, baixo, amigo, bem pronunciado, etc. A
maior demonstração de amor, através da palavra, é o reconhecimento e o elogio, como:- “----- Parabéns!” “-----
Muito bem!”. Tudo isso é amor.
Anti-amor (desamor) através da “palavra”:- Palavras agressivas, ofensivas, altas, gritadas,
estridentes, negativas, desmoralizantes, reclamativas, prepotentes, humilhantes e, por incrível que pareça, também a
124

“quietude ofensiva”, o “silêncio perverso”, a “agressão psicológica”, a “insensibilidade programada”. Tudo isso
acaba com o amor.
SEGUNDO:- Através do “tato” (“toque”). Toque suave, carinhoso, gentil; o afago, o “cheiro”, etc.
Entre amigos é o aperto de mão, o abraço, o toque nos ombros. Entre pais e filhos tambem o beijo na face, o
carinho. Entre esposo e esposa vai até as “últimas conseqüências” (ato sexual) em cima de uma cama, no sofá, no
chão, ou mesmo em pé. Tudo isso é amor.
Anti-amor (desamor) relacionado ao “tato” (toque):- Agressão física, em qualquer nível. Agressões
físicas deixam marcas profundas para o resto da vida; são imperdoáveis. Inclusive para com as crianças. Castigos
para com as crianças não podem ser físicos, mas educativos.
TERCEIRO:- Através do “olhar”. Olhar calmo, alegre, sorridente, de paz, confiante, harmônico,
amigo, etc. O ser humano é o único animal que sorri. O sorriso é uma extraordinária força para conquistar as
pessoas. O sorriso é o cartão de visita das pessoas. Tudo isso é amor.
Anti-amor (desamor) relacionado ao “olhar”:- Cara feia, fechada, carrancuda, de ódio, não amiga,
etc. Tudo isso acaba com o amor.
Para “receber” amor primeiro é preciso “dar” amor. “As pessoas tendem a agir da mesma forma como
são tratadas”.(Giraldi)
Amigos:- Faça amigos. Procure ter amigos de todas as idades, classes sociais e de ambos os sexos.
Para conquistá-los use a educação, o sorriso e a humildade. Não procure ver seus defeitos, mas suas qualidades.
Quem quiser ter amigos sem defeitos nunca os terá; lembre-se, você também tem defeitos. Amigo é aquele em
quem confiamos e ele confia em nós. Amigo é aquele perto do qual nos sentimos bem. Ninguem é feliz sem ter
bons amigos Ame seus amigos através da palavra, do tato e do olhar.
Pais:- Mantenha constante contato com seus pais. Converse com eles. Ache tempo para eles. Um pai
(mãe) pode estar precisando de dinheiro, de remédios, de comida, mas muito mais do amor dos seus filhos Ame-os
através da “palavra”, do “tato” e do “olhar”. Ouça com atenção suas “estórias”. Seja carinhoso com eles.. A maior
manifestação de amor, de um filho, para com seus pais, ocorre quando lhes dá um sorriso, um beijo e um demorado
abraço acompanhado da frase:- “----- Muito obrigado, meus pais, por tudo que já fizeram por mim”. Visite seus
pais, não deixe para visitá-los no cemitério.
Filhos:- Ache tempo, converse, brinque, sorria, passeie com seu filho. Brinque com ele como se
tivesse a idade dele. “Role” com ele pelo chão; tenha contato físico com ele. Sinta seu cheiro; faça com que ele
sinta o seu. Converse com ele. Só use palavras positivas com ele; nunca negativas. Não grite com ele. Não o agrida.
Não lhe imponha castigos físicos e desmoralizantes. Não o desmoralize. Cada atitude sua, positiva ou negativa,
para com seu filho, estará colaborando para a formação da sua personalidade que ocorre até mais ou menos os sete
anos de idade. Alem de pai seja seu melhor amigo, exemplo, modelo, referência e ídolo. Ore com ele. Eduque-o
com paciência, insistência, persistência e respeito. Esteja sempre à sua disposição. “ Pais ausentes filhos
delinqüentes”. Mantenha sempre suas mãos estendidas para ele. Seja pai participativo participando da vida do seu
filho, acompanhando seu desempenho escolar, passeando e se divertindo com seu filho, Ame-o através da
“palavra”, do “tato” e do “olhar”. E você jamais o transformará num criminoso, num violento ou num
dependente químico.
Esposa:- A sua esposa é o maior bem da sua vida. Coloque-a num pedestal bem alto; mais embaixo os
filhos, os pais e os amigos; o resto bem lá embaixo; se não quiser encrenca jamais inverta essa situação. Os filhos
requerem mais cuidados e atenção, mas a esposa é mais importante que eles e seus pais. Caso não entenda essas
colocações agora a entenderá mais para frente. Respeite a individualidade e opiniões da sua esposa mesmo que não
estejam de acordo com as suas. Ame-a intensamente através da “palavra”, do “tato” e do “olhar”. Tenha tempo
para sua esposa. Quem está bem com sua esposa facilita sua própria vida e também a dela. Quem não está bem com
sua esposa não está bem com mais nada. Passe por cima dos seus possíveis defeitos; você também os tem. Procure
qualidades. Procure descobrir pelo menos três qualidades em sua esposa por dia e a elogie por isso (um simples
café bem feito; um penteado bonito; uma boa atitude; etc., já serão motivos para elogios). Sua complexa
responsabilidade como “dona de casa” já merece um elogio todos os dias. Não é fácil ser esposa; ela é ao mesmo
tempo esposa, amante, amiga, confidente, mãe, administra o lar, na maioria das vezes trabalha fora, etc. Mulheres
adoram homens alegres; detestam homens de cara fechada. Colabore com as “tarefas domésticas”. Ajude a cuidar
das crianças. Em caso de atrito fique quieto e, após alguns minutos, faça as pazes com palavras amorosas, sorrisos,
beijos e abraços. Ao sair e chegar à casa abrace, beije e dê um sorriso para sua esposa. Ao chegar ao seu lar tenha
sempre as mãos e os braços vazios para abraçar sua esposa. Ache tempo, paquere, brinque, sorria, converse e
passeie com sua esposa. Invista em sua esposa. Sempre que possível olhe-a com carinho e lhe dirija a seguinte
frase:- “ Eu te amo; você é o maior bem da minha vida”, dê-lhe um beijo, um abraço e deixe “rolar o clima”.
125

Lembre-se:- Mulheres pensam como mulheres; homens pensam como homens. Assim, sempre haverá divergências
entre ambos. Saiba como administrá-las usando inteligência, sabedoria e paciência. A mulher tem “seu mundo”,
com suas particularidades, manias, opiniões, etc.; o homem o dele. Esses mundos não são iguais; só uma parte
deles é comum a ambos; é importante que se respeite o que não é comum. Brigue com o mundo, mas não brigue
com sua esposa; se brigas resolvessem não haveria separações. Homem e mulher são como fio positivo e negativo,
encostados um ao outro dão curto circuito; para que produzam luz há necessidade de condições especiais como um
filamento dentro do vácuo, gás especial, etc.; Com o homem e a mulher ocorre o mesmo, para que haja “luz”
(harmonia) entre o casal há necessidade de:- “Amor”, “respeito”, “paciência”; “tolerância”, “bom humor”,
“responsabilidade”, “confiança”, “satisfação sexual”, “reconhecer que ambos tem qualidades e defeitos e que os
defeitos são superáveis”, etc. Ame, constantemente, sua esposa, através da palavra, do tato e do olhar.
Também são fundamentais para você:- Ter paz; para ter paz, na maioria das vezes, temos que perder
alguma coisa. Ter ideais; conforme já foi retro mencionado os ideais são os combustíveis que nos arremessam para
a vida; sem ideais não há vida. Sentir-se útil; quem não se sente útil não tem razão para existir. Não deixe para ser
útil só após a morte servindo de comida para os vermes ou adubo para as plantas. Ter autoestima. Ter
autoconfiança. Autoestima e autoconfiança são obtidas principalmente através de elogios e reconhecimento ao bom
trabalho (elogios e reconhecimento aos filhos são importantíssimos para a sua educação). A falta de autoestima e
de autoconfiança levam às drogas. Praticar ações filantrópicas (é ótimo para quem recebe; magnífico para quem
dá). Colaborar para ter saúde física e mental. Sorrir. O sorriso é o cartão de visitas da pessoa. Ter educação.
Praticar otimismo. Satisfação pelo trabalho que executa. Ter dignidade; a dignidade é o maior bem não material do
ser humano. Ter honestidade e honra. Respeitar a dignidade das pessoas. Ausência de vícios prejudiciais. Ausência
de ódio, rancor ou mágoa; ter ódio, rancor ou mágoa é como beber veneno para matar a pessoa contra a qual tem
esses sentimentos que o acabam destruindo; perdoe. Fazer tudo para ter uma família, bem estruturada, harmônica e
bem constituída. Não ficar pensando no passado; quem gosta do passado é museu. Quem vive o presente olhando o
passado não tem futuro. O passado deve ser visto para entender o presente, mas para viver tem que olhar o futuro.
Embora ninguém possa mudar o início qualquer um, com suas atitudes, pode mudar o fim. Aprender sempre; a
ignorância escraviza; o saber liberta. O saber adquirido não pode ficar com a pessoa, tem que ser dividido, pois, “na
matemática do conhecimento quanto mais o saber é dividido mais ele é multiplicado”. Não queira controlar tudo;
irá perder sua paz. Não tenha um possível fracasso como derrota; o fracasso é o caminho do sucesso; só fracassa
quem não tenta. Tomaz Edson fracassou mais de mil vezes antes de inventar a lâmpada elétrica. Se você nunca
falhou você nunca viveu. VIDA = RISCO. Não queira mudar as pessoas; você não conseguirá; ninguém muda
ninguém; no entanto mude que as pessoas à sua volta, automaticamente também mudarão. Pratique a
espiritualidade; espiritualidade é Deus estar sempre presente no que pensamos, falamos e fazemos; são orações, são
ações concretas em benefício de quem está necessitado. Trate a todos da mesma forma, independente da categoria
social, da cor, da raça, da religião, da idade e das posses financeiras. A educação, o sorriso e a humildade abrem
todas as portas. Use, ao máximo, palavras como:- “Obrigado”; “por favor”; “bom dia”; “boa tarde”; “boa noite”;
“etc” acompanhados de uma fisionomia alegre e harmoniosa. A humildade é grande virtude do ser humano; sem
humildade todas as outras virtudes perdem o valor. Cultive e pratique a paciência; todas as vezes que perdemos a
paciência cometemos erros, quando não tragédias. O Pensamento:- Conforme retro já foi explicado o pensamento
é a fonte e origem de todos os bens e de todos os males. Pensamento gera sentimento; sentimento gera
procedimento. Pensamento ruim gera sentimento ruim que, por sua vez, gera procedimento ruim. Pensamento bom
gera sentimento bom que, por sua vez, gera procedimento bom. Policie seu pensamento 24h por dia. Expulse os
maus pensamentos da sua cabeça; substitua-os por bons pensamentos; por ideais sadios. Através do seu
pensamento você traça seu futuro e seu destino. Lembre-se, sempre:- Você é o que se fizer ser; não há destino;
Deus nos deu o livre arbítrio.
O (a) policial que ama e é amado (a) pelos amigos, pelos pais, pelos filhos, pela (o) esposa (o); tem
ideais; sente-se útil; tem autoestima; autoconfiança; pratica ações filantrópicas; tem saúde física e mental; sorri; é
educado (a); pratica o otimismo; tem satisfação pelo trabalho que executa; tem dignidade, honestidade e honra;
respeita a dignidade das pessoas; ausência de vícios prejudiciais; ausência de mágoa, rancor ou ódio; família, bem
estruturada, harmônica e bem constituída; controla seus pensamentos; é o maior amigo, exemplo, modelo,
referência, ídolo para seu filho; ora com seu filho; educa seu filho com paciência, insistência, persistência e
respeito; é pai participativo; etc, automaticamente terá amor pela vida; estará de bem com a vida; terá paz; será
feliz; e, portanto, terá melhores condições para atuar armado (a) em defesa própria e da Sociedade.
Tudo isso, entre outras coisas, é ensinado na “Sexta Etapa”, do “Método Giraldi”, denominada
“Investimento e Valorização do Capital humano do Policial”. Se você ainda não o fez, faça-o; é gratuito; procure
seu superior, para isso.
Sua dignidade, honestidade e honra, não têm preço.
A vida é simples, bela e gostosa; não a complique.
126

E Deus, onde entra nisso tudo?


“----- Você não percebeu? Estamos falando de Deus desde o início do nosso trabalho!”
“Deus não um capítulo; Deus é o livro”;
“Deus não é a foto; é o filme”;
“Deus não é uma árvore; Deus é a natureza”;
“Deus não é um momento; Deus é a eternidade”.
“Deus tem de estar presente em tudo o que pensamos, falamos e fazemos, e não apenas quando dEle
nós necessitamos”

SEGUNDA PARTE
Prezado (a) Companheiro (a) Policial
Com relação ao seu trabalho:-
(O que vamos abordar, agora, entre outras coisas, é uma pequena parte do que é ensinado no “Método
Giraldi”. Se você ainda não fez seu curso o faça, é gratuito; fale com seu superior, para isso).
. Num possível confronto armado coloque em prática tudo aquilo que você aprendeu na instrução do
“Método Giraldi”. Caso não o tenha aprendido corretamente procure aprendê-lo. Sua vida e a vida de pessoas que
você tem que preservar depende desse aprendizado. Lembre-se:- “Na vida nada é mais importante que a própria
vida, a começar pela sua”.
. Num confronto armado não se precipite. A precipitação está matando nossos policiais.
. Não pratique a valentia perigosa, é loteria, poderá transformá-lo num herói, ou . . . num defunto, ou...
num presidiário; e tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, não deve ser tentado.
. Nada justifica a sua morte ou a perda da sua liberdade.
. Não se exponha; atue sempre protegido. Use colete balístico.
. Atue sempre em equipe.
. Cuidado. Acredite, sempre, que o pior pode acontecer.
. A posição normal do dedo acionante é fora do gatilho, estendido, junto à armação da arma; só irá para o
gatilho se você tiver certeza da necessidade do disparo; uma vez efetuado volta para sua posição normal que é
estendido junto da armação da arma.
. “Da mesma forma que carro não guia, mas é guiado; arma não dispara, mas é disparada e para ser
disparada o dedo acionante tem que estar no gatilho. Evite tragédias mantendo o dedo fora do gatilho”.
. O disparo será justo quando for efetuado como a última alternativa, medida extrema, para preservar vidas
inocentes, incluindo a sua, dentro dos princípios da “necessidade”, “oportunidade”, “proporcionalidade” e
“qualidade”. Disparos dentro dessas circunstâncias jamais levarão o policial a ser condenado por eles nos tribunais.
. Num confronto armado não tente disparar com “visada; o tempo que você irá levar para consegui-la
poderá custar a sua vida ou a vida de terceiros que você tem que defender.
. Com revólver, pistola e metralhadora portátil efetue dois disparos de cada vez; com espingarda 12,
carabina semiautomática .30 e fuzil, um disparo de cada vez. Se não forem suficientes para fazer cessar a ação de
morte do agressor contra a sua vítima serão repetidos.
. Lembre-se:- “A arma não é solução para todos os problemas; é a última alternativa” “medida extrema”. A
posse de uma arma costuma deixar as pessoas muito “valentes”, com a emoção sobrepujando a razão; cuidado!
. Lembre-se:- “Na quase totalidade das vezes procedimentos, e não tiros, é que preservam vidas, a começar
pela sua, e solucionam problemas” (Giraldi).
. Treine procedimentos em qualquer lugar, inclusive, nas horas de folga, em casa,. Se não tiver condições
de usar simulacros de armas de fogo (de madeira, isopor, plástico) pintados de azul ou amarelo para isso use o dedo
indicador estendido como se arma fosse.
. Não dispare contra o agressor se na mesma direção houver pessoas inocentes; não dispare contra agressor
que estiver no meio do povo; em ambos os casos se coloque em proteção, caso já não esteja, e peça apoio.
. Não efetue tiro de advertência;
. Não dispare em veículo, incluindo moto, que tenha rompido bloqueio;
. Não dispare em veículo em fuga, incluindo motos; peça apoio; faça o acompanhamento; uma hora terá de
parar.
. Não aponte arma para pessoas inocentes.
. Não fique constrangido se, apesar dos seus esforços, o “agressor da sociedade” escapar de sua ação. Não
tenha como “ponto de honra” a sua prisão a qualquer custo; nem sempre isso é possível; não ultrapasse seus
limites; não se arrisque alem do possível, isso poderá provocar a sua morte, a morte de pessoas inocentes, ou a
127

perda da sua liberdade. Não se esqueça, sua família o espera. Sem dúvida, ele será pego, posteriormente. “Bandido”
não aposenta.
. Mais uma vez:- Sua Família o espera. Para o estado você é um número, para sua Família você é
imprescindível.
. Solicite apoio sempre que necessário, principalmente se estiver entrando ou para entrar num confronto
armado.
. Deparando com ocorrência de “refém tomado” ou “refém seqüestrado”, ou situação semelhante, tente
contê-la e isolá-la. Atue protegido. Peça apoio imediatamente. Não dispare, mesmo que o agressor, mantendo a
vítima como escudo, dispare contra você; continue protegido. Mantenha sua arma em “posição sul”. Se houver
possibilidades de “verbalização”, faça-a com tom de voz moderado, audível, claro, educado; não faça ameaças. Não
interrompa o agressor enquanto ele estiver falando; seja um bom ouvinte. Procure manter as partes calmas. Nessa
hora o agressor se torna um verdadeiro ator; faz todo tipo de ameaças. A paciência e a sabedoria serão duas das
suas grandes virtudes, nesses casos, para vencer a resistência do agressor. Esse tipo de ocorrência, uma vez
iniciada, não tem hora para terminar. Conquiste a confiança do agressor. Diga seu nome para ele e peça para ele
dizer o seu. Passe a chamá-lo pelo nome. Tente convencer o agressor, para o próprio bem dele, a liberar o “moço”,
a “moça” ou quem estiver servindo de escudo (não use o termo refém); garanta-lhe a vida e a integridade física
caso se entregue. Insista, até a exaustão, essas colocações. A vida e a integridade física da vítima (refém) precedem
tudo; é como se ele fosse seu filho ou um ente querido; não faça nada que possa aumentar o perigo ao qual ela já
está sendo submetido. Negociações mais profundas serão feitas pela equipe de gerenciamento de crises.
. Para maiores informações leia a matéria “Método Giraldi – Ocorrências com Refens”, constante do item
12, do CD “Método Giraldi – 18 Arquivos”, e assista o conteúdo do DVD com quatro menus, da DEC; ambos de
distribuição gratuita.
. Num confronto armado nunca perca o contato visual com a área de perigo. Cano da arma e olhar sempre
nessa direção; para onde vai o olhar vai o cano, e vice-versa; o cano da arma, nessas ocasiões, funciona como um
“terceiro olho”. Dedo fora do gatilho.
. Num confronto armado seus “maiores amigos” são:- Postes, troncos de árvores, cantos de muros e
paredes, guias de sarjeta; saliências do terreno; e outros obstáculos naturais ou artificiais que lhe possam servir de
abrigo. O uso de viatura como abrigo não é recomendável; somente a use para isso em último caso.
. Dependendo do local onde você se encontra imagine sempre que, de repente, possa ali ser surpreendido
por um confronto armado, e como deveria ser sua reação e procedimentos.
. As três posições da arma após o saque são:- “Sul”; “Alerta” e de “Tiro”. Use sempre “posição sul” para
verbalizar com pessoas inocentes, para permanecer ou passar por elas, assim como, se houver companheiros à sua
frente. “Alerta”, se há perigo, mas não iminente. De “tiro” se o perigo é iminente. Sempre com o dedo fora do
gatilho.
. Munição correta para o policial é aquela que tem “poder de parada”, isto é, que, atingindo o agressor na
área do “garrafão”, o coloca, imediatamente, fora de ação. E a ideal, para isso é a munição .40 S&W EXPO.
. Não confie nos calibres 22, 32, 380, 38, 9mm. Não tem ”poder de parada”. O agressor poderá receber
vários impactos dessas munições, inclusive no coração, e ainda atingi-lo, mortalmente, antes de ficar fora da ação.
Normalmente, o agressor que recebe impactos desses calibres nem sente que foi atingido.
. Melhor arma de porte para o serviço policial:- Pistola “Glock modelo 22” (.40 S&W, com 15 cartuchos no
carregador). Para o serviço velado ou como arma particular:- Pistola “Glock modelo 23 ou 27”, ambas .40 S&W,
com 13 e 9 cartuchos no carregador, respectivamente; também a “Glock” modelo “22”, retro citada. Munição:-
sempre “.40 S&W EXPO”.
. Suas armas infalíveis para conquistar a “simpatia”, o “respeito” e a “colaboração” da Sociedade são a
“educação”, o “sorriso”, a “humildade” e o “profissionalismo”. Para o agressor, a Lei!
. Seja extremamente educado e cortês para com os integrantes da Sociedade. Cumprimente-os. Sorria para
eles. Jamais use de prepotência ou arrogância. Você recebe para dar-lhes segurança e tranqüilidade. Para o agressor
a lei.
. Cuidado com suas atitudes e seu trabalho na rua; é através deles que a Sociedade julga a Instituição
Policial à qual você pertence. Normalmente você é mais observado (e até filmado) do que imagina.
. Não se omita para a imprensa; não minta; informe-a sob o ponto de vista técnico. Se não tiver certeza
sobre o que ocorreu, informe-a que “---- Ainda está sendo averiguado; assim que tivermos certeza,
informaremos”.
. Informe a Sociedade e seus segmentos, principalmente à imprensa, que o policial não treina nem dispara
para matar, mas para fazer cessar uma ação de morte do agressor contra a vida de alguém da Sociedade, inclusive a
própria. A morte poderá até ocorrer, mas esse não é o objetivo.
. Que na ha hora de um confronto armado tudo se movimenta, tudo é muito rápido, não dá tempo de
escolher pontos ou locais de acerto no agressor. O policial dispara na direção da sua silhueta (massa).
128

. Que o policial não dispara contra o agressor porque quer, mas porque é obrigado; a lei assim o determina,
e sempre em reação; é o agressor que, com sua atitude covarde contra a vida de alguém, inclusive contra a vida do
policial, o obriga a isso.
. Se você tiver que depor em Juízo, em virtude do uso da sua arma de fogo, em defesa da Sociedade e
própria, e tenha aplicado todos esses princípios, nunca se esqueça de dizer:- “----- Eu não queria disparar; foi o
agressor que, com sua ação de morte, obrigou-me a fazê-lo”. “----- Não disparei contra o agressor com a
finalidade de matá-lo, mas para tentar fazer cessar agressão de morte dele contra a vida de alguém”. “-----
Durante um confronto armado tudo é muito rápido, movimento, medo, gritos, desespero, pânico; a morte está
sempre presente; não há tempo nem condições de escolher pontos de acerto no agressor; dispara-se na direção de
sua silhueta (massa). Etc.

TERCEIRA PARTE
Prezado (a) Companheiro (a) Policial
Com relação às suas horas de folga:-
(O que vamos abordar, agora, entre outras coisas, é uma pequena parte do que é ensinado no “Método
Giraldi”. Se você ainda não fez seu curso o faça, é gratuito; fale com seu superior, para isso).
Nas horas de folga, estando em trajes civis, encontrando ocorrência policial grave, principalmente
relacionada a roubo, não se precipite ou pratique a “valentia perigosa”; porte-se com inteligência:- Chame a polícia
e observe, em segurança, a evolução da ocorrência e forneça detalhes à polícia quando ela chegar, isso porque,
você, num primeiro momento, estará sozinho; os agressores em quadrilhas, com a iniciativa, dispostos a tudo,
inclusive matar.
Nas horas de folga, estando em trajes civis, porte sua “identidade funcional” em local onde não possa
ser encontrada por um possível agressor; ou, até não a porte.
Nas horas de folga, se tiver que portar sua arma particular, faça-o no “coldre de canela”, colocado na
parte interna da canela fraca.
Cuidado em suas horas de folga e em trajes civis:- Num roubo o agressor tem sempre a iniciativa; está
com outros agressores já apontando a arma para a sua vítima e com o dedo no gatilho. A Lei e a vida da vítima para
eles não valem nada. Todo cuidado ainda será pouco.
Nas horas de folga, e em trajes civis, o porte de arma de fogo não é fator de segurança; provoca apenas
falsa sensação de segurança, com a “emoção” sobrepujando a “razão”; cuidado! Muito mais importantes que o
porte de arma, nessas circunstâncias, são as medidas preventivas e procedimentos que você deve tomar.
Você que ao arrepio das normas tem “bico”, cuidado! “Bico” não é para morrer; é para ganhar
dinheiro, na legalidade. Evite “bico” como segurança; é perigosíssimo! Os agressores atuam em quadrilhas, tem a
iniciativa, o fator surpresa, dedo no gatilho; estão dispostos a tudo, inclusive matar. Sua reação tempestiva, não
inteligente, poderá provocar a sua morte, ou a morte de pessoas inocentes. Nesse tipo de serviço você é um cidadão
comum, não tem “poder de polícia”; haja como tal. Sua vida e a vida de pessoas inocentes não tem preço!
Não há padronização de como manter arma de fogo no lar para uso imediato. Dependerá de muitas
circunstâncias, entre elas se é casa ou apartamento; se está ou não em condomínio fechado; idade e tipo dos filhos;
parentes existentes; acesso de pessoas conhecidas e desconhecidas; funcionários domésticos; planta da casa ou
apartamento; disposição dos móveis; vias de acesso e de fuga; luminosidade interna e externa; sistema de
segurança; animais existentes, principalmente cachorros (se estão dentro e/ou fora de casa); etc. Como base se pode
dizer que a arma deverá estar sempre ao alcance das mãos, pronta para ser usada, mas em absoluta segurança e,
para isso, talvez uma só não seja suficiente. Uma boa providência é instalar trava móvel, de segurança, na arma;
custa barato e é muito eficiente; o comércio tem para vender. É bom lembrar que lares que possuem arma de fogo
aumentam em 300% a possibilidade de um homicídio em família, e em 500% a possibilidade de um suicídio.
Obs:- Todos os conceitos e princípios enunciados, neste trabalho, são do autor do “Método
Giraldi”, e estão registrados; reprodução oral ou por escrito autorizada desde que citada a fonte e o autor.

GIRALDI
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ANEXO 07
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CAL 12”

CARACTERÍSTICAS E DADOS TÉCNICOS

Como este manual serve para qualquer marca ou modelo de espingarda bastando,
para isso, se necessário, apenas pequenas adaptações, o professor deverá buscar, nas especificações, por
escrito, que acompanham cada uma delas, essas características e dados, a fim de transmiti-las aos alunos.
O professor não deverá encher a cabeça do aluno com nomes de peças,
funcionamento detalhado da espingarda, e outros detalhes que só interessam aos armeiros.
O que interessa ao aluno é saber usá-la quando necessário, fazer sua manutenção e
dos seus equipamentos, evitar acidentes de tiro, e saber solucionar incidentes de tiro.
130

ANEXO 08

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“PISTAS”
EXEMPLOS DE “ALVOS” E “QUADROS” ®
ATUAÇÃO BÁSICA DO POLICIAL

Nas “Pistas” (“PPI” – “PPE” – “PPA”) será utilizado, obrigatoriamente, o alvo “PM-L-4”, previsto no
Anexo “14”, deste manual, de papelão, de fábrica, ou o mesmo alvo confeccionado com papelão rústico pelo
professor, alunos, etc., o qual será caracterizado como seres humanos (alvos “amigos”, “neutros” e “agressores”),
nas mais diferentes montagens, situações e posições. Ver “Anexo 14”, deste manual. Posteriormente, quando da
instrução sob a forma de “teatro”, serão substituídos por seres humanos verdadeiros.
Cara feia não significa ser “agressor”, motivo pelo qual os alvos deverão ser montados com os mais
diversos tipos de caras, principalmente os alvos “agressores”. Não se analisa as pessoas pela cara, mas pelas
intenções; é nas mãos que está o perigo. A primeira parte do corpo de uma pessoa suspeita ou em atitude suspeita,
ou agressora, que o policial deve olhar, são as mãos.
Esses “alvos”, devidamente caracterizados, serão utilizados para montar os mais diferentes tipos de
“quadros”.
O conjunto de “quadros” constituirá uma pista.
Uma pista poderá ter apenas um “quadro” ou vários deles, seguidamente. Poderão representar situações
totalmente separadas umas das outras, ou interligadas.
Obs.:- Todos os alvos deverão estar o mais próximo possível do barranco de contenção de projéteis.
O professor terá que ensinar, ao aluno, todas as possíveis variantes de um “alvo” ou “quadro”. Por
exemplo:- “Um agressor, após cometer um crime, está de costas, fugindo, mantendo ainda a arma na mão, mas sem
ameaçar a vida de terceiros”. O início da atuação do policial, que, protegido, empunhando sua arma, com o olhar e
o cano dela na direção do perigo, dedo fora do gatilho será:- “---- Aqui é a polícia; pare; jogue a arma fora!” A
partir daí, muitas serão as alternativas, desde o cumprimento da ordem, continuidade da fuga, etc., até o disparo,
por parte do agressor, contra o policial ou terceiros. Assim, o professor terá que ensinar, ao aluno, como atuar em
todas essas alternativas, usando, para isso, o treinamento sob forma de teatro, dentro das pistas, substituindo os
alvos de papelão por seres humanos verdadeiros, e usando simulacros de armas de fogo confeccionados com
madeira, isopor, plástico, etc. e pintados de amarelo ou azul. Ver item 10 (“Método Giraldi – Treinamento Sob
Forma de Teatro”) existente no CD com 18 arquivos.
Entre outros, deverão estar nas pistas os seguintes “alvos” (devidamente caracterizados como seres
humanos “amigos”, “neutros” e “agressores” – ver “Anexo 14”, deste manual) e “quadros”. Os procedimentos
iniciais do policial são os que se seguem:-
1. “Refém tomado”; ou “refém seqüestrado”; ou o chamado “seqüestro relâmpago”; ou qualquer outra
situação em que o “agressor da sociedade” está usando a vítima como escudo; ou a vítima está sob ameaça direta
do agressor, correndo risco de morte, servindo como seu “salvo conduto”, inclusive, no interior de veículo (e até no
porta malas):-
“Conter” e “isolar a ocorrência”. Trabalho de equipe.
131

A vida e a integridade física da vítima precedem tudo; todos os esforços deverão ser feitos nesse
sentido. A vítima não deve ser vista como uma pessoa qualquer, mas, como se fosse o próprio filho, filha, irmã, etc.
do policial que está atuando na ocorrência;
Protegido, sem perder o contato visual com a ocorrência; arma em “posição sul”; identificar-se para as
partes envolvidas, declarando, inclusive, seu “nome de guerra”, e procurando saber o que está ocorrendo.
Exemplo:- “---- Aqui é a polícia! Sou o policial fulano. Que está acontecendo aí?
Obs.:- Dependendo da resposta, por palavras ou atitudes, o policial dará prosseguimento aos seus
procedimentos.
Pedir ou mandar pedir apoio, imediatamente.
Solicitar ao agressor que forneça o nome dele, ou por qual nome ou apelido quer ser chamado. Se
fornecer, passar a chamá-lo por esse nome.
Manter a calma. Respirar funda várias vezes.
Procurar acalmar e transmitir calma às partes envolvidas com palavras tranqüilizadoras, mesmo que o
agressor continue com as ameaças.
A inteligência, a sabedoria, a paciência, e o profissionalismo são quatro das grandes virtudes do
policial, e “armas infalíveis”, para ele obter sucesso nesses tipos de ocorrência.
Não perder o contato visual com a ocorrência e com o agressor, mas não se expor.
Manter distância segura em relação ao agressor.
Evitar aproximar-se ou pressionar o agressor; ele poderá se desesperar com essa atitude do policial e
acionar o gatilho.
Não apontar a arma para o agressor (na realidade estaria apontando para a vítima que, normalmente, já
tem a arma do agressor apontada para a sua cabeça).
Atuar sempre protegido usando apenas uma fração do rosto usada para acompanhar a ocorrência. Arma
na “posição sul”, ou até não empunhada; depende das circunstâncias do momento.
Não se precipitar. A precipitação do policial poderá provocar uma tragédia.
Não praticar a “valentia perigosa”; é loteria, e, tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana,
não deve ser tentado.
Disparo, na cabeça do agressor, conforme alguns leigos preconizam, também é loteria. Não deve ser
tentado. Teria que atingir o bulbo raquiano para ser eficaz, e, isso é quase impossível. Poderia provocar “espasmo”,
no agressor, que é uma contração involuntária do nervo ou músculo, com o agressor acionando o gatilho da arma,
mesmo mortalmente ferido, provocando a morte da vítima, ou de outras pessoas. As práticas do passado
demonstraram que, normalmente, quando é tentada a imobilização imediata, do agressor, através do disparo, quem
sofre as conseqüências é a vítima. São dezenas de casos de triste lembrança.
O uso da força, nessas ocasiões, não é certeza de um final feliz; o uso da inteligência, da sabedoria, da
paciência, e do profissionalismo, sim. Isso tem sido comprovado por centenas de ocorrências desse tipo. Vítima
ilesa; agressor preso; Polícia aplaudida; policial regressando íntegro ao seio da sua Família.
Por mais difícil que pareça tente negociar enquanto o apoio não chega.
Durante a negociação, usar tom de voz calmo, firme, claro, audível, educado, esclarecendo bem o que o
policial deseja que o agressor faça. Tendo tomado conhecimento do nome do agressor, passar a chamá-lo pelo
nome.
Não usar palavras ofensivas para com o agressor.
Procurar ganhar a confiança do agressor. Uma vez obtida tudo se tornará mais fácil.
Enquanto o agressor estiver falando, o policial deve ficar quieto, ouvindo-o, sem interrompê-lo. Quanto
mais o agressor falar, melhor; vai se acalmando. O policial deve estimulá-lo a falar. O policial deve ser um bom
ouvinte.
Procurar manter as partes calmas. Não se exaltar. Não gritar. Não fazer ameaças.
Não tomar nenhuma atitude que possa aumentar o perigo a que a vítima já está sendo submetida.
O agressor, nesses instantes, transforma-se num grande ator, dando a impressão que tem a situação nas
mãos, quando, na realidade, quem a tem é o policial.
A ameaça do agressor contra a vida e a integridade física da vítima faz parte do seu “teatro”; nem
poderia ser diferente, só que, a vítima é seu “salvo conduto”, e ele sabe disso; eliminá-la não lhe traria nenhuma
vantagem, ao contrário..., e ele também sabe disso.
Procurar passar calma às partes. Normalmente, nesses casos, o agressor está muito nervoso, com o dedo
no gatilho, apontando a arma para a cabeça de sua vítima; todo o cuidado será pouco. Às vezes o nervosismo dele é
tanto que, mesmo involuntariamente, acaba por acionar o gatilho. E, se houver pressão, por parte do policial, tudo
será ainda pior.
132

O tempo é o grande amigo do policial para solucionar esse tipo de ocorrência. O agressor tem de comer,
beber, fazer necessidades fisiológicas, dormir... Devagar vai percebendo que não adianta dar prosseguimento à sua
atitude criminosa.
Não ter pressa para solucionar ocorrência desse tipo. Às vezes leva horas; até dias, para um final
favorável à vítima e à polícia; também para o agressor que, apesar de preso, tem a vida e a integridade física
preservadas.
Não pressionar o agressor. Não o “encurralar”, pois, num gesto de desespero, poderá acionar o gatilho.
Ele está nervoso; desequilibrado. Dar-lhe chance de voltar à calma; de reequilibrar-se.
Dizer-lhe, constantemente, que está ali para ajudar. Repetir essa frase, com calma, centenas de vezes, se
necessário.
Garantir-lhe, constantemente, que, se ele se entregar, a vida e a integridade física dele serão
preservadas. Insistir, constantemente, neste ponto. Repeti-lo à exaustão.
Garantir-lhe que, caso se entregue, não será maltratado.
Não se referir à vítima como “refém”, mas como “moça”, “moço”, “criança”, etc. (Exemplo:- “-----
Para seu próprio bem, solte a moça).
Tentar convencer o agressor, para o próprio bem dele, a liberar o “moço”, ou a “moça”, ou a “criança”,
ou quem estiver servindo de escudo, ou de “salvo conduto” (não use o termo refém).
Esclarecer o agressor, sem ameaçá-lo, e com educação, da gravidade das conseqüências que poderão
advir caso insista nos seus intentos, e as atenuantes que terá se desistir delas.
Esclarecer o agressor, sem ameaçá-lo, e com educação, que está cercado; que não tem chances de fugir;
que, para seu próprio bem, é melhor entregar-se.
Não prometer nada que não possa ser cumprido, ou que não seja da competência do policial que
negocia. Os pedidos do agressor deverão ser comunicados ao escalão superior; comunicar ao agressor esse fato.
Em princípio, as únicas coisas que o policial deve prometer ao agressor é a preservação da sua vida e da
sua integridade física; e que irá comunicar, ao seu superior, os pedidos dele.
Jamais trocar de lugar com a vítima, ou permitir que outro o faça.
Não se aproximar do agressor. Mesmo após ele ter se entregado, não ir à sua direção, mas, determine que
ele, com as mãos sobre a cabeça (e não na nuca), ou para cima, olhando para você, caminhe em sua direção. Daí
para frente procedimentos policiais normais.
Se o agressor, mantendo a vítima como escudo, ou próximo a si, como “salvo conduto”, disparar contra
o policial, o policial não deve revidar os disparos, pois atingiria a vítima, permanece protegido. Na primeira
oportunidade, após os disparos, reiniciar a negociação. Não desistir.
Outros procedimentos que se mostrarem necessários, desde que não aumentem os riscos a que a vítima
já está sendo submetida.
Ao chegar o apoio, o policial fornece, ao comandante, todos os detalhes da ocorrência e se coloca à sua
disposição. Etc. Se estiver obtendo êxito na sua negociação, sem dúvida, ele a continuará, sendo assessorado pelo
“apoio”.
Parentes da vítima, imprensa, etc., poderão chegar. O coordenador da operação deverá nomear um
policial para prestar-lhes, constantes, e possíveis, esclarecimentos. Mantê-los, educadamente, fora da área de perigo
e em segurança.
A polícia deverá estar preparada para, como última, das últimas alternativas, através das suas equipes
de ações táticas especiais, efetuar uma ação de força contra o (s) agressor (es).
Estas normas não esgotam o assunto.
A seguir, algumas situações especiais que poderão ocorrer nesse tipo de ocorrência:-
O agressor poderá entregar-se:- Procedimentos policiais normais, sem qualquer agressão ou violência
contra o mesmo;
O agressor solta a vítima e sai correndo pelo meio do povo:- O policial não dispara; é tentado o
cerco. O policial, ao passar pelo meio das pessoas, manterá sua arma na “posição sul”;
O agressor poderá arrastar a vítima para outro local:- O policial, sempre abrigado, sem perder o
contato visual com a ocorrência, acompanha e orienta o apoio para o cerco;
A vítima escapa e o agressor dispara contra o policial:- O policial tenta paralisar sua ação efetuando
dois disparos rápidos na direção de sua massa (se estiver com revólver, pistola ou mtr portátil); se estiver com
espingarda 12, carabina .30 ou fuzil, um disparo), e desde que não existam pessoas inocentes na mesma “linha de
tiro”; se houver não dispara; mantenha-se em proteção.. Não se dispara em agressor que esteja no meio do povo ou
na mesma linha de tiro de pessoas inocentes; ou que o projétil, como “bala perdida”, possa atingir outras pessoas;
aguarda-se melhor oportunidade; chama-se apoio; faz-se o cerco;
133

Caso o agressor dispare contra o policial, mas continue mantendo a vítima como escudo, ou próximo a
si, como “salvo conduto”, o policial não deverá disparar contra o agressor; permanece abrigado aguardando apoio e
melhor oportunidade para negociações.
Para atuar nesses tipos de ocorrências, com perfeição, faça o curso do “Método Giraldi”, é gratuito.
Procure seu superior, para isso. E leia o arquivo 12 (“Método Giraldi – Ocorrências com reféns”) existente no CD
com 18 arquivos.
2. Agressor armado com arma branca:- Policial protegido; olhar e cano da arma na direção do perigo;
dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia; para seu próprio bem, jogue a faca fora, coloque as
mãos sobre a cabeça”; etc.
3. Agressor isolado disparando contra o policial ou contra alguém da Sociedade (nas mais diversas
situações):- Policial abrigado; dois disparos rápidos, semivisados ou intuitivos, na direção da “massa” do agressor,
se o policial estiver com revólver, pistola ou metralhadora portátil. Com fuzil, espingarda 12 ou carabina, 1 (um)
disparo. Na vida real, quando não forem suficientes para fazer cessar a ação de morte do agressor contra a sua
vítima serão repetidos.Não dá tempo do policial fazer “visada” para escolher pontos de acerto no agressor; caso
tente, sua demora em fazê-lo poderá custar a vida de alguém da Sociedade (incluindo a própria).
4. “Alvo agressor” disparando contra o policial e, na mesma linha de tiro, vários “alvos neutros”:-
Policial não dispara; permanece abrigado; chama apoio; faz o cerco. Etc.
4.1. Não se dispara contra agressor no meio de pessoas ou que esteja na mesma linha de tiro de pessoas
inocentes.
5. “Alvo agressor” de costas, fugindo, segurando arma de fogo, mas sem estar atentando contra a
vida de alguém:- Policial protegido; olhar e cano da arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho;
verbalização:- “---- Aqui é a polícia; pare; jogue a arma fora, coloque as mãos sobre a cabeça onde eu possa vê-
las!”; etc.
6. Pessoa em atitude suspeita onde as suas mãos não aparecem:- Policial protegido; olhar e cano da
arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia; quem é você?; Mostre as
mãos!”. Caso seja provado ser pessoa inocente complementa:- “---- Desculpe minha atitude, mas foi a sua atitude
suspeita que me obrigou a tomá-la; por favor, coloque-se em segurança”.
7. Pessoa em atitude suspeita, espreitando o policial, aparecendo só a sua cara:- Policial protegido;
olhar e cano da arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia; quem é
você; saia daí de trás; identifique-se!”. Etc. (Complemento:- idem ao item “6” acima).
8. Vários alvos “neutros”:- Verbalizar apenas se for necessário, exemplo:- Policial conduz a arma para
“posição sul” e verbaliza:- “---- Aqui é a polícia; a área está perigosa; por favor, coloquem-se em local mais
seguro!” O policial poderá indicar qual o local mais seguro. Etc.
9. Agressor se entregando (mãos para cima, segurando, ainda, a arma na mão):- Policial protegido;
olhar e cano da arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia; segurando a
arma pelo cano coloque-a no chão”. Em seguida:- Coloque as mãos sobre a cabeça onde eu possa vê-las; olhando
para mim caminhe na minha direção!” Etc.
10. Agressor se entregando (com as mãos vazias):- Policial protegido (caso exista a possibilidade de um
segundo agressor surgir, atacando); olhar e cano na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “----
Aqui é a polícia; coloque as mãos na cabeça onde eu possa vê-las; olhando para mim caminhe em minha
direção!”. Etc.
11. Pessoa em atitude suspeita, com uma possível arma de fogo na cintura:- Policial protegido; olhar e
cano da arma na direção do perigo; dedo fora do gatilho; verbalização:- “---- Aqui é a polícia; mãos para cima
onde eu possa vê-las; olhando para mim caminhe em minha direção”. Uma vez em área segura o policial, dando
cobertura, solicita a outro companheiro que reviste a pessoa suspeita.
12. “Alvo neutro” segurando um celular ou objeto que não represente nenhum perigo:- Não há
necessidade de verbalização, no entanto, poderá ser feita, como:- Policial coloca a arma em “posição sul” e
verbaliza:- “---- Aqui é a polícia; por favor, saia do local que está perigoso!”. O policial poderá indicar qual o
local seguro. Etc.
12.1. O policial precisa estar atento; já existem armas de fogo sob a forma de celular ; a “antena” é seu
cano. O disparo e o calibre dele são fracos, mas matam.
13. Representante da imprensa, devidamente caracterizado (por exemplo, com microfone nas
mãos):- Caso esteja correndo risco de vida, haverá verbalização. Policial coloca a arma em “posição sul” e
verbaliza:- “---- Aqui é a polícia; por favor, saia do local que está perigoso, ou procure desenvolver seu trabalho
de um local mais seguro!” (o policial poderá indicar qual esse local). Etc.
13.1. O tratamento com integrantes da imprensa também deverá ser o mais respeitoso e cordial possível;
eles também estão trabalhando; têm o direito de exercer sua profissão; o policial deverá, dentro de suas
possibilidades, colaborar com esse trabalho.
134

14. Alvo de uma criança, ou pessoa inocente, na frente da qual surge um agressor disparando contra
o policial:- Policial não dispara (poderá matar a criança ou a pessoa inocente); permanece abrigado; chama apoio;
faz o cerco. Etc.
15. Alvo de um policial fardado falso. Para caracterizar o alvo de um policial fardado falso basta alterar-
lhe coisas simples, do cotidiano de todos os policiais, como:- Nome de guerra colocado do lado errado do
uniforme; cobertura (boné) diferente do posto ou graduação; presença de um brinquinho na orelha; condecorações e
brevês colocados do lado errado; uniforme e equipamentos não regulamentares; uniforme e equipamentos
colocados de forma errada; atitude suspeita; etc.
15.1. Para um policial verdadeiro saber se um outro é falso ou não terá que fazê-lo através de perguntas e
não através da “funcional”. Procedimentos básicos:-
15.1.1. Mantém-se afastado do possível policial falso, empunhando a arma; dedo fora do gatilho; cano da
arma e olhar na direção do perigo (possível policial falso), protegido.
15.1.2. As perguntas deverão ser as mais profissionais, e do conhecimento dos policiais, possíveis, como:-
“---- Qual sua Unidade?” “---- Qual sua subunidade? “Qual o nome do seu comandante? “---- Qual seu R
E?” “---- O que você faz aqui?” “---- Onde estão os outros integrantes de sua guarnição?” “---- Esta área
pertence a qual companhia?” “---- Cante a “Canção da Polícia Militar!” Etc.
15.1.3. Enquanto a dúvida persistir as perguntas irão sendo feitas. Confirmado que é policial falso lhe será
dada voz de prisão. Se o policial falso atentar contra a vida do policial verdadeiro ou de terceiros, disparar contra o
mesmo obedecendo às normas retro enunciadas.
16. Outros, desde que dentro da lógica da realidade do que se passa nas ruas.
17. O professor poderá contar com a colaboração dos alunos para montar “pistas”, “alvos” e “quadros”. Os
alunos poderão, inclusive, idealizar novas caracterizações de alvos a partir do “PM-L-4”. Ver “Anexo 14”, deste
manual.
17.1. Lembrar que os alvos “amigos” e “neutros” não levam tiros e, portanto, duram vários anos.
17.2. Alvos “agressores”, passíveis de tiros, se bem cuidados, também poderão durar muito tempo,
principalmente se forem obreados. O uso de alvos, “agressores”, atiráveis, nas pistas, é muito reduzido;
normalmente, um deles, para cada três não atiráveis.
17.2.1. É importante que o professor, ao final da instrução, recolha todos os alvos (ou mande recolhê-los),
empacotando-os, cuidadosamente, para uso futuro.
GIRALDI
135

ANEXO 09
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“BARRICADA DE TREINAMENTO” ®

E D

D F

“A”. Lata (galão) velha (18 cm. de altura; 17 cm. de diâmetro) onde foi chumbado, com concreto, um tubo de
PVC (B) de 1 polegada e 28 cm. de altura, apoiado no fundo da lata.
“B”. Tubo de PVC de 1 polegada, com 28 cm de altura a partir do piso, chumbado com concreto na lata velha.
“C”. Tubo do PVC de ¾, com altura total de 1,85 m. secionado em varas alturas para colagem dos “T”. Na
base, esse tubo entra, solto, por dentro do tubo de 1 polegada que está chumbado na lata, e gira. O centro do
primeiro “T” está a 28 cm do piso; o centro do segundo “T” está a 67 cm. do piso; o centro do terceiro “T” está a
1,06 m. do piso; o centro do quarto e último “T” está a 1,45 m. do piso.
“D”. “T” de PVC de ¾, com saída de ½ (são 4 “T”, colados em alturas diferenciadas). Ver letra “C”, retro.
“E”. Posição atual da barricada horizontal; que é um tubo de PVC de ½, com 65 cm de comprimento. Não é
colada no “T”, apenas encaixada. Ela entra e sai em todos os “T”.
“F”. Possíveis posições da barricada horizontal. São 4 alturas; invertendo o suporte da barricada (“C”), ganha-se mais 4
alturas, pois os “T” passam a ficar em outras alturas. Total :- 8 alturas diferentes.

GIRALDI
136

ANEXO 10

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA CAL 12”


COMO AVALIAR O CANDIDATO A “PROFESSOR DE USUÁRIOS” ®

Orientações ao professor que irá avaliar o candidato a “Professor de Usuários da Espingarda cal
12”

1. Preparar uma “PPI/PPA - Padrão” com 04 alvos atiráveis e 04 não atiráveis, fixos ou móveis.
Nada impede que sejam mais alvos (atiráveis e não atiráveis). Ver “Anexo 14”.
2. Distribuir ao “candidato a professor de usuário”, antecipadamente, a “Súmula para Habilitação de
“Professor de Usuários da Espingarda cal 12” (Anexo 11, deste manual). O “candidato a professor de usuários da
espingarda” preencherá o cabeçalho dessa súmula e tomará conhecimento daquilo em que será avaliado (está na
súmula). Entregará a súmula, com o cabeçalho preenchido, ao professor que o irá avaliar na hora em que for ser
avaliado.
3. O professor escalará um integrante do grupo para atuar na pista como “aluno” do “candidato a
professor de usuário da espingarda”, como se esse “aluno” estivesse aprendendo ou sendo avaliado, pelo
“candidato a professor”, numa “PPI/PPA - Padrão”.
4. Sob observação e análise do professor verdadeiro, o “candidato a professor de usuário da
espingarda” atuará como se “professor” fosse. De posse da “Súmula de Usuário de espingarda” do seu
“aluno” (Cap 19, deste manual), dará a ele todos os ensinamentos e comandos para passar na pista,
fazendo, ao seu “aluno”, todas as observações e ensinamentos necessários, parando-o, inclusive, quando
dos seus erros, corrigindo-o e fazendo-o repetir o exercício que errou.
5. O “aluno” do “candidato a professor” atuará individualmente, progredindo e regredindo
pelo centro da pista. Nada impede que seja pelas laterais; o “candidato a professor” decide. Esse “aluno”
deverá receber ordens, sigilosas, do professor verdadeiro, que está analisando o “candidato a professor”,
para executar alguns exercícios de forma errada, a fim de verificar se o “candidato a professor” está atento
e sabe como corrigi-lo.
6. O professor verdadeiro acompanhará o “candidato a professor” de perto, observando e
anotando seus erros, de acordo com o que está previsto na “Súmula para Habilitação de Professor” (Anexo
11, deste manual). Quando desses erros, parará, imediatamente, o “candidato a professor”, corrigindo-o e
fazendo-o repetir o exercício que errou, até que o execute corretamente e sem dificuldades. O “candidato a
professor” não poderá avançar na instrução e avaliação do seu “aluno” sem que isso ocorra. Executando o
exercício que errou, corretamente, o professor verdadeiro colocará um “OK” à frente do erro assinalado na
súmula do “candidato a professor”, significando que ele aprendeu a lição.
7. O “candidato a professor” preencherá a “Súmula de Usuário” do seu “aluno” (Cap 19,
retro), fazendo, inclusive, o levantamento dos seus impactos nos alvos, anotando-os nessa súmula. Os
impactos serão obreados. Transformará a pontuação final obtida pelo seu “aluno” em conceito e nota,
lançando-os no cabeçalho da “Súmula de Usuários” (Capítulo 19, retro). Lembrar-se que não é o “aluno”
do “candidato a professor” que está sendo avaliado; é, única e exclusivamente, o próprio “candidato a
professor quem o está, através do professor verdadeiro.
8. O professor verdadeiro tomará, ainda, outras providências que julgar necessárias.
GIRALDI
137

ANEXO 11
TDPV - “MÉTODO GIRALDI”®
SÚMULA PARA HABILITAR PROFESSOR
ESPINGARDA 12

(Obrigado já ter sido habilitado como usuário da “Espingarda 12”, e ter feito curso para professor)

Nome ______________________________________ Posto/Grad______________ RE_____________


Instituição Policial __________________________ Unidade_________________________________
Data_________________ Local da avaliação _______________________________________________
Pontuação máxima possível:- 200 pts. Pontuação obtida ________________________ pts
Conceito final ______________ Nota final ________ Nota mínima para aprovação ________

1. O “candidato a professor do “Método Giraldi” com “Espingarda 12” será avaliado passando um aluno,
previamente designado pelo “professor verdadeiro”, na “PPI/PPA-Padrão”. Caso seja reprovado repetirá a
avaliação com outro aluno.
2. O “candidato a professor” inicia sua avaliação com 200 pts. positivos. Vai perdendo pontos de acordo
com os erros cometidos (10 pts. negativos para cada erro). Ao cometer erros será interrompido, imediatamente, e
corrigido. O erro será lançado na “Súmula para Habilitar Professor”. Em seguida repetirá o exercício que errou.
Acertando-o prosseguirá na avaliação e o “professor verdadeiro” anotará na frente do erro “OK”, significando que
o “candidato a professor” aprendeu. O “candidato a professor” não passará para o exercício seguinte sem ter
executado, corretamente, o anterior.
3. Itens que serão avaliados (em um mesmo item poderá haver mais de 1 erro). Anotar só os erros, com um
“x”; poderá haver mais de um ”x”num mesmo item:-
ERRADO
1. Explicação geral e sucinta do “Método Giraldi”; fundamentos, objetivos.
2. Montagem e caracterização de alvos.
3. Montagem de pista, com colocação de alvos. Alvos bem próximos do barranco de contenção de projéteis.
4. Apresentar-se para dar início à avaliação devidamente uniformizado, armado, equipado, com colete balístico,
protetor auricular, ocular, plaqueta de identificação, etc.
5. Estabelecer local seguro para manuseio de arma; nesse local não se manuseia munição.
6. Verificar se o “aluno” está corretamente uniformizado, armado, equipado, com colete balístico, protetor auricular,
ocular, plaqueta de identificação, etc.
7. Orientações ao “aluno” antes do mesmo dar início à execução da pista
8. Voz de comando
9. Posição na pista, em relação ao “aluno”
10. Verbalização pelos alvos
11. Capacidade para observar os erros do “aluno”
12. Interromper corretamente o “aluno” quando dos seus erros – Segurança para fazê-lo
13. Corrigir corretamente, e com paciência, o “aluno”, quando dos seus erros
14. Praticidade e clareza nos ensinamentos
15. Aplicação das “técnicas de ensino” estabelecidas pelo “Método Giraldi”
16. Educação no trato com o “aluno”. Capacidade para fazer o aluno aprender e gostar da matéria
17. Apoio e orientações finais ao “aluno” quando este terminar de executar a pista. Pedir para que lhe entregue a arma
18. Levantamento dos impactos nos alvos e comentários cabíveis
19. Preenchimento da súmula destinada ao “aluno”.
20. Preocupação com a segurança geral, inclusive dos assistentes (estarão com colete, protetores auriculares e oculares)
A. TOTAL DOS ERROS.................................................................:- ____________
B. TOTAL DOS PONTOS NEGATIVOS (nº de erros vezes 10). : - ____________
C. TOTAL FINAL DE PONTOS (200 menos B)...........................: - ____________

CONCEITOS:- De 000 a 099 pts – “INSUFICIENTE”


De 100 a 138 pts – “REGULAR” CONCEITO FINAL _____________
De 139 a 168 pts – “BOM”
ANOTAÇÕES NO VERSO De 169 a 190 pts – “MUITO BOM” NOTA FINAL ________________
De 191 a 200 pts – “EXCEPCIONAL”

______________________________
As. do “Candidato a Professor” ____________________________________________________
Posto/grad, RE, nome de guerra, assinatura do professor

Anexar esta súmula ao “RIT” do “candidato a professor”. (GIRALDI)


138

ANEXO 12

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

TREINAMENTO VIRTUAL DO TIRO POLICIAL


AUTOR:- CEL PM NILSON GIRALDI

“O único treinamento que realmente prepara o policial para usar sua arma de fogo com a finalidade de servir e
proteger a sociedade e a si próprio é aquele em que seu campo de trabalho é um prolongamento do seu campo de
treinamento, e o seu campo de treinamento é um prolongamento do seu campo de trabalho”.
“É aquele em que o policial pode sair do seu campo de treinamento e ir direto para o seu campo de trabalho sem
necessidade de substituição de arma, munição e equipamentos”.
“O policial tem que treinar em ambientes reais usando a mesma arma, munição e equipamentos com os quais
trabalha ou irá trabalhar. Treinar de uma forma e atuar de outra é tragédia na certa”.
“O verdadeiro treinamento do uso da força e da arma de fogo, para qualquer policial, é aquele que o aproxima o
máximo possível da realidade, com arma, munição, ambiente, equipamentos e circunstâncias reais, condicionando-o a
agir, quando dessa realidade, da mesma forma que o fez quando dos treinamentos.”
É semelhante aos treinamentos e corridas da “Fórmula 1”

TREINAMENTO VIRTUAL DO TIRO POLICIAL ®:-


É CONTRA INDICADO ®.
A seguir, alguns dos motivos:

Nesse tipo de treinamento o policial não usa arma nem munição verdadeiras, mas, artificiais; assim, o
disparo dele é totalmente irreal. A realidade já demonstrou que ao treinar com esse tipo de arma e munição e atuar
contra os “agressores da sociedade” com outras é “tragédia” na certa. O correto é o policial treinar com a arma, a
munição, os materiais e os equipamentos com os quais trabalha ou irá trabalhar. Assim estabelecem as
neurociências e a ciência.
A tela onde aparecem as cenas é plana; não tem profundidade; a imagem pode até ser em três dimensões
virtuais, mas só a imagem; o mundo onde ela se projeta é em duas dimensões, e o policial está em três dimensões
reais; não há como interagir. Mesmo que o policial se desloque, procurando um melhor ângulo para a sua atuação,
a imagem não muda; de onde ele estiver, verá sempre a mesma coisa. O policial não terá condições de “penetrar”
no mundo dessa projeção; efetuar uma progressão, atuar pelas laterais; efetuar uma regressão, efetuar um cerco;
etc. Ele não se movimenta; quem se movimenta é a imagem. Isso contraria, frontalmente, a vida real, onde o
policial atua num mundo em três dimensões reais; tem que estar atento a um ângulo de perigo de 360 graus, em
todos os sentidos.
O ritmo do confronto é dado pela projeção; o policial não tem como interferir.
Praticamente, o policial atua parado; as imagens é que vão passando. Isso é um absurdo. Contraria também,
frontalmente, a vida real, onde o policial tem que se deslocar não só para frente, como para trás; para as laterais; etc.;
ultrapassar obstáculos, fazer “varreduras” verticais, horizontais, etc.; “olhadas rápidas”; “tomadas de ângulo”; sempre com
a arma nas mãos, pronto para disparar; rastejar, correr, entrar por portas, janelas, etc.. Na tela, tudo está confinado num
ambiente totalmente irreal para o policial.
Não há possibilidade de “verbalização”, “negociação” e “procedimentos”, por parte do policial; e, a
“verbalização”, a “negociação”, e os “procedimentos”, são os princípios básicos mais fantásticos que existem, hoje,
para o policial. Uma polícia moderna utiliza “verbalização”, “negociação”, e “procedimentos”, na quase totalidade
das suas ações. São eles, e não tiros, que preservam vidas, incluindo a do policial, e solucionam problemas, na
139

quase totalidade das vezes. Tiro é exceção; é a última alternativa, medida extrema, com a finalidade de preservar
vidas inocentes, incluindo a do policial.
Estatísticas comprovam que, em média, de cada 300 saques, da arma de fogo, pelo policial, em apenas uma
há disparos; nas outras 299 a arma volta para o coldre, sem disparar, mas, em todas, são executados procedimentos.
No treinamento virtual o policial é um mero espectador; ele não participa do “quadro”; fica sempre fora do “quadro”.
O “quadro” lá e ele aqui, totalmente separados um do outro.
Como o policial fica concentrado unicamente na projeção à sua frente, acaba ficando condicionado a não se
preocupar com os flancos, com a retaguarda, partes altas, etc., e isso lhe será fatal quando de uma ação verdadeira.
Um treinamento que se preze exige um “quadro” só, dentro do qual estão os problemas e o policial.
Numa ação verdadeira o policial tem que estar atento a tudo o que ocorre à sua volta; há pessoas e “agressores” à sua
frente; ao seu lado; à sua retaguarda; em cima (forros, sótãos, etc.); em baixo (porões, túneis, buracos, etc.).
Numa ação verdadeira o policial tem que olhar por baixo de móveis; por trás de portas; efetuar “varreduras” em
todas as circunstâncias; olhar por janelas; fazer a “tomada de ângulo”, a “olhada rápida” em todas as circunstâncias; saber
dobrar uma esquina; examinar interiores de veículos; adentrar em edifícios suspeitos; etc. Num treinamento virtual isso
jamais será possível.
Ele tem que estar totalmente ativo, móvel, dinâmico.
No sistema de treinamento com simuladores ele é totalmente passivo, fixo, quase inerte; o policial fica só olhando
uma tela; e o resto à sua volta? Muitos policiais têm sido assassinados pelos agressores pela retaguarda e pelas laterais, e
deixado de proteger vidas inocentes pelos mesmos motivos.
O treinamento, com simuladores, não permite atuação com pouca luminosidade, com necessidade do uso de
lanternas. Se a imagem projetada for no escuro e o policial acender sua lanterna para iluminá-la jamais o conseguirá; não
tem como influir na imagem projetada. Não podemos esquecer que, mais de 60% dos confrontos armados são em
ambientes com pouca luminosidade (noturnos), com necessidade do uso de lanterna.
Não permite, em hipótese alguma, na simulação de um confronto armado, uma abordagem, com o policial
interagindo com os suspeitos, tendo, ao seu lado, companheiro (s) armado (s) dando-lhe cobertura, pronto para disparar, se
necessário.
Não permite, em hipótese alguma, durante a simulação de um confronto armado, a determinação do policial para que
o agressor caminhe na sua direção (“----- Mãos na cabeça; caminhe na minha direção!”).
Não permite, numa troca de tiros, usar a viatura como coberta ou abrigo.
Não permite atuação embarcada.
Não permite “varredura”, seguida de transposição de muros, ou outros obstáculos, com necessidade de disparos
(durante ou após).
Pessoas que aparecem na projeção, inclusive agressores, em hipótese alguma enxergam o policial. Quando se tem a
impressão que estão vendo o policial, na realidade estão olhando a câmara que os filmou, há muito tempo. O mesmo ocorre
quando se tem a impressão que o policial está se movimentando, dobrando esquinas, passando por pessoas, etc. Na
realidade, é a câmera, que filmou as cenas, há muito tempo, quem o está fazendo. O policial fica inerte; quando muito,
parado, movimentando o corpo, como um dançarino desengonçado.
Não possui a mínima possibilidade para se aplicar a técnica e a tática, de progressão e atuação, interagindo
com o meio ambiente, junto às pessoas, com as dificuldades do terreno, imprescindíveis numa ação real, assim
como, a aplicação, por parte do policial, da psicologia e da intuição, também imprescindíveis em confrontos
armados.
O policial que não conhecer a técnica, a tática, a psicologia e a intuição, da proteção, progressão, atuação e
regressão, certamente, terá grandes chances de provocar uma tragédia, perdendo, inclusive, a própria vida ao se ver
envolvido por um confronto armado verdadeiro.
Não há ultrapassagem de obstáculos; deslocamentos protegidos, com cobertura dos companheiros; aplicação
dos “sinais policiais”; etc.
Não tem como ser aplicado por equipes de policiais, atuando em conjunto, uns dando cobertura, apoio e
auxiliando outros. A totalidade das ações reais armadas da polícia é feita nessas circunstâncias.
O policial jamais terá contato físico com os “agressores da sociedade”, com outras pessoas, ou com qualquer parte
material que apareça na tela. O policial estará sempre numa “dimensão”, e, a projeção (quadros), em outra “dimensão”. São
outros absurdos.
Nesse tipo de treinamento, o policial só atira ou não atira, usando uma arma não verdadeira, que ele não irá usar no
serviço; e o resto? E os procedimentos que, conforme já foi dito, na quase totalidade das vezes preservam vidas e
solucionam problemas? Não serve nem como preparativo para o disparo verdadeiro.
140

Os alvos estão sempre à mesma distância, pois a tela, onde os “quadros” são projetados, é plana; não tem
profundidade; é um mundo em duas dimensões. Mesmo que existam pessoas, incluindo agressores, “lá no fundo”,
na realidade, eles estão “aqui na frente”, onde está a tela. Isso contraria totalmente a realidade, pois nela, as
pessoas, incluindo agressores, estão a profundidades diferenciadas, num mundo real em três dimensões, com o
policial necessitando atirar em várias distâncias, posições, situações e dificuldades.
Não permite o uso de barricadas de proteção.
O alto preço dos apetrechos para esse tipo de “instrução”, que pode até dar “status” a quem os adquiri, mas, não
servem nem como preparativos para a atuação verdadeira do policial.
De acordo com princípios científicos das neurociências e ciências nenhuma atividade humana que tenha
necessidade de deslocamentos individuais e em equipe, com necessidade de interagir com o meio físico onde se
encontra, com aplicação de ferramentas de trabalho (no caso do policial, a arma de fogo), e onde a morte está
sempre presente, deve ser treinada de modo virtual.
A parte prática, de certas atividades (como a do policial), não tem como ser treinada com uso de simuladores.
Ex.: - A atuação do Bombeiro; do GATE; do “Choque”; do Resgate; do Tiro; etc.. Esportes como o futebol; a natação;
o ciclismo; as corridas; etc.. Profissões como a do dentista; do cirurgião; do pedreiro; do pintor; etc.. Nessas
atividades, e em muitas outras, a projeção em telas serviria apenas como parte teórica; para mera observação e análise,
mas, jamais como forma de instrução interativa, e aí, um simples vídeo seria suficiente.
Uso da força e da arma de fogo pelos agentes de segurança é como futebol, natação, ciclismo, etc.; só se
aprende praticando, dentro da realidade. Não há forma virtual que as ensine.
Alguém tem condições de aprender a jogar futebol, nadar, andar de bicicleta, etc., através de treinamentos
virtuais? Não servem nem para os primeiros ensinamentos! Uso da força e da arma de fogo por parte dos agentes de
segurança é a mesma coisa.
Alguém que deseje aprender, ou jogar futebol, conseguiria fazê-lo contra adversários virtuais projetados numa
tela? Impossível! Uso da força e da arma de fogo pelos agentes de segurança é a mesma coisa. .
Mesmo não se prestando para uma instrução realista, quantas “máquinas” seriam necessárias para uma
instituição policial?
Certamente que centenas delas, pois os policiais estão distribuídos por extensas áreas, e necessitam estar,
constantemente, sendo treinados o mais próximo possível da sua área de atuação, sem necessidade de deslocamentos,
tanto que, a forma mais perfeita de treinamento para os policiais é o “Treinamento em Pleno Serviço”, considerado,
internacionalmente, como uma “obra prima” com a finalidade de preparar o policial para servir e proteger a sociedade
e a si próprio.
O treinamento do policial tem que ser o mais próximo possível da realidade; treinar de uma forma e atuar de
outra é tragédia na certa. “Uma polícia é consequência do seu treinamento”.
Ninguém se mantém apto a usar sua ferramenta de trabalho sem manuseá-la, treinar com ela, constantemente.
No caso do policial a arma de fogo.
Portanto, não bastaria existir “máquinas” (várias) apenas em escolas de formação.
Não servem nem como preparativos para o disparo verdadeiro.
E há um outro fato interessante:- Instituições policiais, na ânsia de conquistar “status”, acabam adquirindo
“uma” máquina para esse tipo de treinamento, para se mostrar “eficiente” e “moderna”. Fazem tremenda propaganda
dela; mostram-na para a imprensa, visitas, autoridades, etc. Na realidade, é um falso “status”; uma falsa eficiência,
uma falsa modernidade. Pode até provocar admiração e exclamações em pessoas leigas e desconhecedoras do assunto,
pois, à primeira vista, impressionam, mas, fica só nisso. Os policiais continuam sem uma instrução verdadeira à altura
das suas necessidades com a finalidade de servir e proteger a sociedade e a si próprios.
FINALIZANDO:- O verdadeiro treinamento do uso da força e da arma de fogo, para qualquer policial, é
aquele que o aproxima o máximo possível da realidade, com arma, munição, ambiente e circunstâncias reais,
condicionando-o a agir, quando dessa realidade, da mesma forma que o fez quando dos treinamentos.
É aquele em que o campo de atuação do policial é um prolongamento do seu campo de treinamento.
É aquele em que o policial pode sair do seu treinamento e ir direto para o serviço sem necessidade de nenhuma
substituição de arma, munição e equipamentos.
E isso nós temos aqui no Brasil, oriundo da PMESP, e, de graça. É o “Tiro Defensivo na Preservação da
Vida”, e sua “Doutrina para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e
Proteger a Sociedade, e a si Próprio”, batizado como “Método Giraldi”. Único método de instrução do uso da
força e da arma de fogo para polícias, do mundo, divulgado, recomendado e ensinado, internacionalmente, por
integrantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, dos Direitos Humanos, do Policiamento Comunitário
Internacional, etc. Por iniciativa e patrocínio dessas organizações foi transversalizado com todos os tratados
internacionais dos quais o Brasil é signatário, inclusive com os princípios da Carta da ONU para o assunto; com os
141

DDHH, com as sete normas internacionais para defesa do cidadão, etc. Único método do mundo a merecer tamanha
consideração. E está totalmente de acordo com as Leis, a Realidade e a Política Policial Brasileira.
Realista, sem demagogia, simples; prático; barato; objetivo; moderno, de fácil aprendizado; que pode ser
feito, da mesma forma, em qualquer lugar, bastando, para isso, um simples barranco para contenção de projéteis.
Ao gosto e respeito dos policiais.
De bases científicas, tem o respeito, o gosto e a aprovação de todos os policiais que fazem o curso,
independente da polícia e do País de origem. Tambem dos mais diversos segmentos da sociedade que dele tomam
conhecimento.
Comprovadamente reduz em 100% a morte de pessoas inocentes, provocada por policiais em serviço;
também daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressores).
Reduz em 100% a perda da liberdade do policial em virtude do uso incorreto de sua arma.
Reduz em mais de 95% a morte de policiais em serviço; os outros quase 5% são as fatalidades, quase
impossíveis de serem evitadas.
Nele, entre outras coisas, estão as “Pistas Policiais de Instrução” (PPI), onde o policial, orientado pelo
professor, aprende a atuar em confrontos armados, durante serviços policiais comuns.
Estão as “Pistas Policiais Especiais” (PPE), onde o policial, também orientado pelo professor, aprende a
atuar em confrontos armados que podem ocorrer durante execução de serviços especiais, tais como “rodoviário”,
“ambiental”, “desocupação de áreas invadidas”, “grupo de ações táticas”, “grupo de ações táticas especiais”,
“serviço velado”. “segurança de autoridades vip”, “segurança de presídios”, “cavalaria”, “choque”, “grupamento
aéreo”; etc.
Estão as “Pistas Policiais de Aplicação” (PPA), onde o policial, sem orientação do professor, aplica todo o
aprendizado anteriormente adquirido.
Em todas essas pistas, os “quadros” são materializados; as armas são reais; a munição é real; os disparos
são reais, o ambiente é real; a atuação do policial é real, provocando totais alterações físicas e psíquicas nele, da
mesma forma que um confronto armado verdadeiro.
Nessas pistas o policial aprende a usar seu armamento com técnica, com tática, com psicologia, e dentro
dos limites das Leis, em defesa própria e da Sociedade, em todas as circunstâncias com possibilidades de serem
vivenciadas, por ele, na realidade.
Aprende, inclusive, a dominar o estresse momentâneo, que ocorre durante um confronto armado; a atuar
com a razão; a verbalizar; negociar; executar procedimentos; a ter a vida como prioridade e o disparo como última
alternativa; pois, conforme já foi dito, na quase totalidade das vezes, verbalização, negociação e procedimentos, e
não tiros, é que preservam vidas, a começar pela do policial, e solucionam problemas.
Faz “progressão”, “regressão”, “varreduras” e tudo aquilo que pode necessitar fazer num confronto armado
verdadeiro, inclusive socorro às vítimas.
O policial atua em equipe, aplicando os sinais policiais.
Quando em equipe, uns dando cobertura aos outros, pois o perigo pode vir de qualquer direção, inclusive
da retaguarda (tudo isso é impossível de ser treinado com o uso de simuladores).
E há uma parte específica onde se faz profundo investimento e valorização do policial.
E outra, denominada de “teatro”, onde a instrução é feita com seres humanos verdadeiros, representados
pelos próprios policiais, nas figuras de pessoas neutras, amigas e agressoras, em todas as possíveis situações de
serem por ele encontradas na vida real.
E o “Treinamento em Pleno Serviço” que é feito em qualquer local ou cidade, sem gasto de materiais,
munição, alvos, etc. Considerado por especialistas internacionais como o “top de linha”, uma “obra prima” para
treinar o policial com a finalidade de servir e proteger a sociedade, e não existente em nenhum outro método do
mundo.
Considerado, por todos que tomam conhecimento do “método”, e o aprende, como o verdadeiro
treinamento para o policial, que tem, como base “os reflexos condicionados positivos, a serem adquiridos pelo
policial em treinamentos imitativos da realidade, com eliminação dos negativos, antes de se ver envolvido pelo fato
verdadeiro”; tudo, dentro da Lei, da Ordem, da Política Policial Brasileira, e dos tratados Internacionais assinados
pelo Brasil.

Obs.:- Treinamento de tiro policial com “paint ball” também não serve. É brincadeira de
adolescente. É caça níquel. Conforme já foi dito, o policial tem que treinar com o mesmo uniforme,
equipamentos, arma, munição, etc., com os quais trabalha ou irá trabalhar. Treinar com um tipo de
material e atuar com outro é tragédia na certa.
GIRALDI
142

ANEXO 13
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA
“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

ALVO “PM-L-74” ®
O alvo utilizado em todo o “Curso Básico” é o “PM-L-74”, de papelão, retangular, nas cores cinza e
branco, sem pontuações pré-definidas (serão estabelecidas de acordo com os objetivos da instrução).
Está registrado. Está à disposição nas instituições policiais e, na falta, no comércio especializado.
Em situações especiais de não existência, poderá ser confeccionado pelo professor e alunos em papelão
comum, riscando-se suas áreas com pincel atômico; isso é muito simples de ser feito.
Está oficializado para toda a Corporação através do “M-19-PM” (“Capítulo IV”, “item 5.0”; e “anexo C”).
ALVO “PM-L-74” PARA O “CURSO BÁSICO” ®

ALVO “PM-L-74”:- Obrigatoriamente de papelão. Possui 5 “zonas” de acerto (uma central na cor cinza e 4
periféricas na cor branca) cujos nomes técnicos são:- “zona central”; “zona alta à direita”; “zona alta à esquerda”;
“zona baixa à esquerda”; e “zona baixa à direita” (sempre de quem olha). Essas “zonas” possuem “subzonas”. Cada
“subzona” possui uma letra que será valorizada, pelo professor (de zero a dez), de acordo com os objetivos da
instrução.
ÁREA TOTAL ÚTIL DO ALVO (sem as sobras externas):- 80 cm. x 54 cm.
ZONA CENTRAL:- 50 cm. x 32 cm. ZONAS PERIFÉRICAS:- 40 cm. x 27 cm. (área cinza sobreposta)
SUBZONA “A”:- 14 cm. X 8 cm. “B”:- 30 cm. X 19 cm. “C”:- 42 cm. x 27 cm. “D”:- 50 cm. x 32 cm.
SUBZONA “E”:- Parte horizontal 6 cm. de largura; parte vertical 4 cm. de largura.
GIRALDI
143

ANEXO 14
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA
“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

ALVO “PM-L-4”®
O alvo utilizado em todas as pistas é o “PM-L-4”, de papelão, contorno de silhueta humana na cor cinza,
sem pontuações pré-definidas (serão estabelecidas de acordo com os objetivos da instrução), a partir do qual são
montados alvos “amigos”, “neutros” e “agressores”, todos caracterizados como seres humanos.
Está registrado. Está à disposição nas instituições policiais e, na falta, no comércio especializado.
Cópias de caras, mãos, armas de fogo, armas brancas, objetos contundentes, celulares, microfones, pastas,
gravatas, coberturas, paredes, muros, coletes balísticos, etc., serão tiradas em copiadoras, recortadas e coladas no
alvo “PM-L-4”, de acordo com os objetivos da instrução..
Em situações especiais de não existência, poderá ser confeccionado pelo professor e alunos, em papelão
comum, riscando-se o contorno da silhueta com pincel atômico, e, em seguida, sua caracterização como seres
humanos (“amigos”. “neutros” e “agressores”), da mesma forma que o de fábrica; isso é muito simples de ser feito.
Está oficializado para toda a Corporação através do “M-19-PM” (“Capítulo V”, “item 12.0”; e “anexo F”).
Abaixo, alguns modelos de alvos para “PPI” - “PPE” – “PPA”,
caracterizados a partir do alvo “PM-L-4”

ALVO “PM-L-4” “NEUTRO” “NEUTRO” “AGRESSOR”


ORIGINAL

“AGRESSOR” “AMIGO” “AMIGO” “SUSPEITO”

“AGRESSOR” “AGRESSOR” “AGRESSOR” “AMIGO”

Altura total da silhueta humana do alvo “PM-L-4”:- 82 cm.


Largura total (de cotovelo a cotovelo):- 56 cm. GIRALDI
144

ANEXO 15

PMESP - TDPV - “MÉTODO GIRALDI”®

SÚMULA PARA O ALUNO AVALIAR PROFESSORES DO “MÉTODO GIRALDI”®

Curso/estágio para:- ____________________________________________________________


(professor ou usuário do “Método Giraldi”)
OPM responsável pelo curso ou estágio:- _____________________________________________
Local da realização - CTPV do (a):- ___________________________________________________
Data ou período:- __________________________________________________________________
Coordenador/responsável:- ____________________________________________________________
Prezado aluno:- Acrescente “sim” ou “não” à frente de cada pergunta, de acordo com sua
avaliação pessoal relacionada a cada professor que lhe ministrou aulas em cada arma .
Não há necessidade de se identificar ou assinar; se quiser, faça-o.
POSTO/GRAD, NOME DE GUERRA DO PROFESSOR; ARMA POR ELE MINISTRADA
Prof. e arma por Prof. e arma por Prof. e arma por Prof. e arma por Prof. e arma por Prof. e arma por
ele ministrada ele ministrada ele ministrada ele ministrada ele ministrada ele ministrada

Quesitos

O professor
demonstrou
conhecer
profundamente
a matéria?
O professor
demonstrou
satisfação em
ensiná-lo?
Teve postura
e foi
constantemente
educado?
Conseguiu
fazer você
gostar da
matéria?
Serve como
modelo e
exemplo de
professor?
Gostaria de
tê-lo novamente
como professor?

Complementos:________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
145

Outras anotações:- No verso GIRALDI


146

ANEXO 16

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA
“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

DISTINTIVO (BREVÊ) ®

Heráldica:- “Pomba em vôo”:- Sociedade ordeira.


“Triângulo do tiro”:- Atuação armada da Polícia em defesa da Sociedade.
“Cor branca”:- Paz; a preservação da vida como prioridade.
“Cor azul”:- Harmonia, equilíbrio.
“Cor laranja”:- Sempre alerta.

Obs.:- 1. Em hipótese alguma poderá ser alterado. Está registrado. É oficial.


2. Está à venda no comércio. Ver a última folha do manual.
3. O Nome “Método Giraldi” foi dado, e acrescentado, pela PMESP e especialistas
internacionais. Tem validade internacional. Está registrado.
147

ANEXO 17
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

RESUMO DO QUE É O “MÉTODO GIRALDI”

Com metodologia e apoio do “Comitê Internacional da Cruz Vermelha”, através de


Comissão Especial Oficial por ela designada, o conteúdo deste documento integrou, de forma transversal, as “Sete
Normas Internacionais de Direitos Humanos Aplicáveis à Função Policial e Função Policial Armada”; os
“Princípios da Carta da ONU para o Assunto”; as “Diretrizes Internacionais de Direito Internacional dos Direitos
Humanos”; as “Convenções e Tratados Internacionais” dos quais o Brasil é signatário; em especial as constantes do
seu glossário.
Está, também, totalmente de acordo com as “Leis”, a “Realidade” e a “Política Policial” Brasileira. Com as
dificuldades financeiras da maioria das Polícias Brasileiras.

. A Polícia Brasileira trabalha dentro do quadro de maior violência do mundo.


. Policiais de países de primeiro mundo quando tomam contato com essa violência afirmam que
não teriam condições de trabalhar aqui.
. E que não sabem como o policial brasileiro consegue;
. Ser policial de país de primeiro mundo é fácil; quero ver aqui.
. Para fazer a sua parte a Polícia Brasileira precisa usar arma de fogo.
. Mas é no uso da arma de fogo que está o maior problema de todas as polícias do mundo.
. As maiores crises de uma polícia ocorrem quando a arma dos seus integrantes ao invés de servir e
proteger a sociedade se volta contra a sociedade;
. A maior desmoralização do estado ocorre quando a arma dos seus agentes ao invés de servir e
proteger a sociedade se volta contra a sociedade;
. O maior desrespeito aos direitos humanos ocorre quando a arma do policial ao invés de servir e
proteger a sociedade se volta contra a sociedade
. A maior causa da morte de policiais em serviço ocorre quando não eles sabem usar suas armas
de fogo para se defender;
. A maior causa da perda da liberdade do policial em serviço ocorre quando usa sua arma de fogo
de forma incorreta
. Portanto, um só fato, que é o uso incorreto da arma de fogo, por parte do policial, provocando cinco
tragédias distintas:
. Crises na polícia
. Desmoralização do Estado
. Desrespeito aos Direitos Humanos;
. Morte do policial
. Perda da liberdade do policial
. Donde se conclui que a matéria mais importante de uma instituição policial é o treinamento do uso da
arma de fogo com a finalidade de servir e proteger a sociedade e o policial.
. Quais são as características de um confronto armado?
. O agressor com a iniciativa; atuando totalmente fora da lei; a vida para ele não vale nada; o
disparo é sua primeira alternativa;
. O policial, em reação, tendo que atuar totalmente dentro da lei; o disparo é sua última
alternativa; a vida é prioridade;
. Que sente o policial durante um confronto armado?
. Totais alterações físicas e psíquicas
. A emoção e a reação são tão intensas que antecedem o raciocínio
148

. A adrenalina é jogada com tal intensidade na corrente sanguínea que pode provocar uma
síncope;
. A pupila dilata
. Face branca, cadavérica!
. Suor frio!
. Estômago encolhe!
. As pernas tremem
. Travamento físico e psíquico, total ou parcial
. Como preparar o policial para esse instante, e para evitar tragédias, incluindo a própria morte?
. Através de treinamento correto!
. E qual seria esse treinamento?
. De acordo com especialistas da ONU, CICV, DDHH, Polícia Comunitária Internacional, etc. É o
“Tiro Defensivo na Preservação da Vida” – “Método Giraldi”.
. Ou simplesmente “Método Giraldi”
. E assim está registrado e publicado.
. “Método Giraldi”:- qual a prioridade de vida?
. Do policial.
. Por quê?
. Porque ninguem dá o que não tem.
. Se o policial não tem dinheiro não pode dar dinheiro;
. Se o policial não tem educação não pode dar educação;
. Se o policial não tem direitos humanos não pode dar direitos humanos;
. Se o policial não tem vida (está fora de combate) não pode dar vida.
. Comparação:-
. Antes de uma aeronave levantar voo a comissária de bordo orienta os passageiros:- “----- se
houver despressurização da cabine mascaras de oxigênio cairão; primeiro coloque a máscara em você, depois na
criança que está ao seu lado”.
. Treinamento não é gasto, é investimento;
. Uma polícia é conseqüência do seu treinamento.
. Da qualidade dos seus professores
. Professores imbecis geram policiais imbecis que por sua vez gerarão uma polícia imbecil
. Professores respeitosos geram policiais respeitosos que por sua vez gerarão uma polícia
respeitosa
. As pessoas tendem a agir da mesma forma como são tratadas
. Trate bem o policial que ele tratará bem a sociedade;
. Trate mal o policial que ele tratará mal a sociedade
. É aqui que está o segredo para a construção de uma boa polícia.
. O “Método Giraldi” tem aprovação nacional e internacional?
. Sim!
. ONU – CICV – DDHH – Polícia Comunitária Internacional - Organizações e Polícias Nacionais
e Internacionais – SENASP - etc.
. Integrantes desses setores divulgam, recomendam e ensinam o “Método Giraldi” nacional e
internacionalmente; inclusive em língua inglesa.
. O CICV já patrocinou vários cursos internacionais do “Método Giraldi”.
. O autor do “Método Giraldi” tem sido enviado pelo CICV e outras organizações para vários países com a
finalidade de assessorar na implantação do método.
. Tambem tem recebido policiais desses países com a finalidade de lhes ensinar o método.
. A SENASP já patrocinou dez cursos do “Método Giraldi” para integrantes de todas as polícias brasileiras
(PF, PRF, PM e PC). 330 alunos.
. Foram ministrados na PMESP, com coordenação e responsabilidade do autor do método;
. Todos que dele participaram lhe deram nota dez, com louvor.
. E a SENASP continua dando apoio às instituições policiais na matéria.
. O “Método Giraldi” é aprovado por todos que participam dos cursos ministrados de forma correta.
. Europeus (ingleses, holandeses, suecos, italianos, etc.) Já vieram ao Brasil fazer curso do método
. Tambem americanos, canadenses, latinos...
. Todos o aprovaram com grandes elogios.
149

. É a matéria que obtem a maior nota de avaliação por parte dos alunos do “Doutorado em Ciências
Policiais de Segurança e Ordem Pública” (CSP) e “Mestrado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública”
(CAO) da PMESP.
. Por iniciativa e patrocínio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha o “Método Giraldi” foi oficialmente
transversalizado com:-
. Os princípios da carta da ONU para o assunto;
. As Sete Normas Internacionais para Defesa do Cidadão;
. Os Tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário;
. Tendo sido aprovado por estar totalmente de acordo com suas determinações, princípios e
normas.
. Único método do mundo a merecer tamanha consideração.
. Orgulho para nós brasileiros
. O “Método Giraldi” tambem está de acordo com:-
. As leis, a realidade, e a política policial brasileira.
. As dificuldades financeiras das Polícias Brasileiras.
. . E como o “Método Giraldi” vê a arma de fogo do policial?
. Como sinônimo de vida;
. Para ser usada como última alternativa
. Medida extrema;
. E sempre para preservar vidas inocentes,
. Incluindo a do policial
. “Método Giraldi”:
. Violência nunca;
. Tortura jamais;
. Força, a necessária;
. Total respeito à dignidade das pessoas;
. Total respeito às leis e aos DDHH.
. Para o agressor, a Lei!
. Lembrança:-
. A sociedade quer uma polícia forte, mas não arbitrária.
. Finalidade do “Método Giraldi”
. Ensinar o policial preservar a sua vida e a sua liberdade quando da sua atuação com a
finalidade de servir e proteger a sociedade e a si próprio.
. Devolver o policial íntegro ao seio da sua família após uma jornada de trabalho;
. E não para o necrotério, para uma cadeira de rodas, ou para a prisão
. Ensinar o policial a servir e proteger a sociedade e a si próprio.
. Na vida há alguma coisa mais importante que a vida?
. Depois da vida a liberdade?
. Essas são as finalidades do “Método Giraldi”
. Vida e liberdade para o policial.
. Ensinando o policial a usar sua arma de fogo, de forma correta, com a finalidade de servir e
proteger a sociedade e a si próprio.
. Para o agressor, a Lei!
. O “Método Giraldi” não é uma simples instrução de tiro,
. Mas uma doutrina do “uso progressivo da força” com a finalidade de servir e proteger a
sociedade e o próprio policial
. É aplicado em todas as atividades de uma polícia, seja na atuação de patrulheiros, de choque,
eventos esportivos, reintegrações de posse, segurança de autoridades, etc.
. Onde procedimento é regra;
. Disparo é exceção.
. Pois:-
. Procedimentos, na quase totalidade das vezes, é que preservam vidas, a começar pela do policial,
e solucionam problemas.
. O policial deve treinar e disparar para matar ou para não matar?
. Nem uma coisa nem outra.
. Se for para matar está errado
. Se for para não matar tambem está errado
150

. O policial treina e dispara para fazer cessar uma agressão de morte do marginal contra a sua
vítima;
. A morte poderá até ocorrer, mas essa não é sua finalidade.
. Acertar braços e pernas como querem os leigos?
. Utopia
. Durante um confronto armado não dá para escolher pontos de acerto no agressor;
. Dispara-se na direção da sua silhueta
. Com revólver, pistola e mtr portátil, dois disparos rápidos e seguidos por vez.
. Com fuzil, espingarda 12, carabina, um disparo por vez.
. Não sendo suficientes para paralisar a ação de morte do agressor contra a sua vítima serão
repetidos.
. Estatística:- durante um confronto armado 85% dos disparos do policial não atingem o alvo;
. Acerto na cabeça:- quase sempre é execução.
. Quando o policial dispara contra o agressor?
. Quando o agressor pede!
. Por exemplo:-
. Se o agressor soltou a arma e levantou os braços, o que ele está “falando” para o policial?
. “----Não atire em mim”
. Se o agressor está atentando contra a vida da sua vítima o que ele está “falando” para o
policial?
. “----- Atire em mim”.
. O policial não dispara contra o agressor porque quer
. É o agressor, com sua atitude de morte contra a sua vítima, que o obriga a fazê-lo.
. E a lei assim o determina.
. Quando o disparo do policial está de acordo com o “Método Giraldi”?
. Última alternativa
. Medida extrema
. Teve como finalidade evitar a morte de pessoas inocentes, incluindo a do policial
. Foi efetuado dentro da “legalidade”;
.obedecendo aos princípios da “necessidade”, “oportunidade”, “proporcionalidade” e
“qualidade”?
. Um disparo dentro dessas circunstâncias jamais levará seu autor a ser condenado por ele nos
tribunais.
. E por falar em arma, qual a melhor arma de porte para o policial?
. De acordo com estudos e pesquisas nacionais e internacionais é a “Pistola Glock modelo 22”, de
calibre .40S&W, de origem austríaca
. A PF adquiriu 12.000
. R$ 940,00 cada; metade do valor das nacionais.
. Polícias estaduais não são autorizadas a adquiri-las embora não exista similar no Brasil.
. Nenhuma arma de fogo das polícias estaduais brasileiras é própria para polícia.
. Revólver – já teve seu tempo de glória. Atualmente não está mais à altura das necessidades do
policial para servir e proteger a sociedade e a si próprio.
. Pistola:- as nacionais são boas, mas não próprias para polícias; embora o calibre .40s&w o seja.
. Espingarda 12:- as nossas são de repetição; polícia necessita da semiautomática; uma delas é a
“Benelli”.
. Metralhadora portátil:- o calibre da que temos (FAMAE) é bom para polícia (.40 S&W), mas a
mtr não, pois dá 1.200 tiros por minuto, isto é, 20 tiros por segundo, o que é um absurdo para o trabalho policial.
Possui regulagem para rajada limitada de dois tiros, mas costumam sair três ou quatro. Uma das boas
metralhadoras portáteis para polícias é a “HK”, de calibre .40 S&W; custa bem menos que as nacionais.
. Fuzis:- os que possuímos podem ser bons, mas não para o trabalho policial. Polícia requer fuzis
modernos; próprios para polícias.
. Carabina .30 (CT 30):- uma boa carabina; mas não é própria para polícia. O ideal, para polícia,
é a carabina .40 S&W.
. Efeitos dos calibres no corpo humano:-
. 380 – 38 – 9mm:- Esses calibres não tem poder de parada. Mesmo que o disparo acerte o
coração a pessoa não cai; nem sentirá o tiro; irá morrer em alguns minutos, mas terá tempo suficiente para
continuar sua ação de morte contra a sua vítima.
151

. Calibre .40 S&W:- Este tem poder de parada. É o ideal para polícias. Mata menos que os
calibres retro citados, pois, mesmo não pegando em pontos mortais, paralisará a ação do agressor. O melhor
projétil é:- .40 S&W EXPO.
***** Exibir testes em melancias, argila, etc.
. Qual a base de sustentação do “método giraldi”?
. Todo o “Método Giraldi” tem como base de sustentação as neurociências.
. Qual o principal fundamento do “Método Giraldi”?
. Reflexos condicionados positivos, a serem adquiridos pelo policial em treinamentos imitativos da
realidade, com eliminação dos negativos, antes de ser envolvido pelo fato verdadeiro.
. O “Método Giraldi” é como futebol, natação, ciclismo;
. Só se aprende praticando
. Não há livro, apostila, teorias, projeções que o ensine
. Parte do princípio de que:-
. “O que eu ouço eu esqueço; o que eu vejo eu lembro; o que e faço eu aprendo”
. Como deve ser o treinamento do “Método Giraldi”?
. O mais próximo possível da realidade;
. Nesse treinamento o policial tem que usar a mesma arma, a mesma munição, os mesmos
equipamentos com os quais trabalha ou irá trabalhar;
. Treinar com um tipo de arma, munição e equipamento e atuar com outro é tragédia na certa.
. Esses são os motivos pelos quais o “Método Giraldi” não aprova treinamento virtual ou com uso de
“paintball”.
. Quais as vantagens do treinamento em situações imitativas da realidade?
. O policial vivencia a ocorrência antes de encontrá-la na vida real.
. Os erros cometidos, pelo policial, nesse treinamento, tambem seriam cometidos na vida real
. Mas uma vez corrigidos isso não mais ocorrerá
. No “Método Giraldi” o erro é professor do acerto
. Tudo que o policial faz de errado no treinamento tambem o faria na vida real
. Mas, uma vez corrigido, isso não mais ocorrerá
. Assim:-
. O policial erra no treinamento para não errar na vida real;
. O policial morre no treinamento para não morrer na vida real;
. O policial mata pessoas inocentes no treinamento para não matá-las na vida real;
. O policial perde a liberdade no treinamento para não perdê-la na vida real;
. Portanto, “o erro acaba sendo professor do acerto”;
. Quando o treinamento do “Método Giraldi” está correto?
. Quando o campo de trabalho do policial é uma extensão do seu campo de treinamento;
. Quando o campo de treinamento do policial é uma extensão do seu campo de trabalho;
. Quando pode sair do campo de treinamento, da forma como se encontra, e ir direto para o
trabalho;
. E vice versa;
. É como treinamento de corrida de fórmula 1
. Quando aplicado de forma correta o “Método Giraldi”:-
. Reduz em mais de 95% a morte de policiais em serviço; os outros quase 5% são as fatalidades,
quase impossíveis de serem evitadas (execuções);
. Reduz em 100% a morte de pessoas inocentes provocada por policiais em serviço
. Reduz em 100% a perda da liberdade do policial em virtude do uso incorreto da sua arma de
fogo.
. Em 1999, sem o “Método Giraldi”, 318 policiais militares foram assassinados, em serviço, no estado de
São Paulo. No início de 2000 a média era de um por dia.
***** ler editorial do estadão e outros jornais.
. A continuar naquela ascendência a previsão para 2009 (10 anos depois) era a de que seriam
assassinados em torno de 450 policiais militares.
. Deu-se início à implantação do “Método Giraldi” na PMESP.
. Com a aplicação do “Método Giraldi” foram 12 (doze), e não os 450 que estavam previstos, e,
desses 12, nenhum havia aprendido, ainda, o método.
. E, nesse período, os confrontos armados triplicaram.
. Refém tomado:-
152

. Antes do “Método Giraldi”:- de cada 10 casos, com a intervenção da polícia, em 09 a vítima


morria ou tinha sua integridade física atingida;
. Com aplicação das normas estabelecidas pelo “Método Giraldi”:- de cada 10 casos, nos 10
temos:- vítima ilesa; agressor preso; polícia aplaudida; policial regressando, íntegro, ao seio da sua família;
. E, atualmente, temos, em média, um caso por dia só no Estado de São Paulo. E só não termina
bem se as normas estabelecidas pelo “Método Giraldi” não forem cumpridas;
. Só aqui dá para se ter uma ideia da quantidade de vidas inocentes que estão sendo preservadas
com a aplicação do “Método Giraldi”;
. Há pouco mais de dez anos o Estado de São Paulo era o mais violento do Brasil;
. Coincidindo com o início da aplicação do “Método Giraldi”, há dez anos consecutivos essa
violência vem declinando, a tal ponto que os índices atuais estão dentro dos padrões de aceitação internacional;
. E o “Método Giraldi” tem muito a ver com isso.
. Dados preliminares dão conta de que, proporcionalmente aos confrontos armados dos quais participa:-
. A PMESP é a polícia que menos mata no mundo;
. E a que mais respeita os Direitos Humanos no mundo;
. Graças à aplicação do “Método Giraldi”;
. E tudo isso sem gastos.
. A mesma verba que antes era gasta com instrução de resultados duvidosos passou a ser usada
com treinamento de resultados positivos.
. Policiais, não esqueçam;
. Numa negociação:-
. A vida e a integridade física da vítima precedem tudo.
. Depois a prisão do agressor
. O negociador é a figura principal
. O atirador de elite a última
. Tom de voz calmo, educado
. Conquistar a confiança do agressor
. Não ameaçar o agressor;
. Não encurralar o agressor;
. Enquanto o agressor fala, o policial se cala;
. Enquanto houver chances de negociação, mesmo que difícil, ela continuará.
. Uma vez iniciada não há tempo para terminar;
. Todos os pedidos do agressor devem ser levados ao superior
. A única coisa que o negociador promete é garantir a vida e a integridade física do agressor caso
ele liberte a vítima e se entregue.
. O “Método Giraldi” visa uma mudança de cultura na atuação armada das polícias e dos policiais com a
finalidade de servir e proteger a sociedade e a si próprio:- (ver “DVD do Método Giraldi com 18 arquivos”:-
Arquivo 14.1 – distribuição gratuita).
. De uma cultura da arma de fogo como sinônimo de morte
. Para uma cultura da arma de fogo como sinônimo de vida;
. De uma cultura de treinar para matar, e quem morria era o policial
. Para uma cultura de preservação da vida, a começar pela do policial
. Matar qualquer um sabe, inclusive os agressores
. Derrubam até helicópteros
. Para o agressor, a lei!
. De uma cultura onde disparo era regra e procedimento não existia
. Para uma cultura onde procedimento é regra; disparo é exceção.
. De uma cultura de polícia violenta;
. Para uma cultura de polícia forte, mas não arbitrária
. De uma cultura do uso da arma de fogo para segurança do estado;
. Para uma cultura do uso da arma de fogo para servir e proteger a sociedade e o próprio policial.
. De uma cultura de polícia absolutista;
. Para uma cultura de polícia como empresa de prestação de serviços onde seus clientes são os
integrantes da sociedade os quais tem de ser tratados com respeito e educação;
. Para o agressor, a lei.
. De uma cultura de teorias e mais teorias em salas de aula;
. Para uma cultura de treinamento prático o mais próximo possível da realidade, semelhante
aquilo que o policial encontrará nas ruas.
153

. Se nas ruas tudo é prático; por que o treinamento tem que ser teórico ou virtual?
. De uma cultura de morte importada da instrução de tiro das “FFAA”;
. Para uma cultura de preservação da vida.
. Para o agressor a lei!
 . De uma cultura onde tudo era resolvido com “invasão”, tiros, bombas; com risco de morte de
pessoas inocentes e do policial;
. Para uma cultura de “negociação”, preservando a vida de inocentes, do policial, e a prisão do
agressor.
. De uma cultura de disparar contra pessoas em atitude suspeita;
. Para uma cultura de “verbalização”.
. De uma cultura de apontar arma de fogo para pessoas inocentes;
. Para uma cultura de total proibição dessa prática;
             . De uma cultura de analisar pessoas em atitude suspeita pela cara;
                        . Para uma cultura de que o perigo está nas mãos dessas pessoas
                       . E muito cuidado para não confundir celulares e outros objetos com armas de fogo
. De uma cultura onde “sacou tem que atirar”;
. Para uma cultura do disparo como última alternativa, medida estrema;
. Para preservar vidas de pessoas inocentes, incluindo a do policial;
. De uma cultura de constante desrespeito aos Direitos Humanos;
. Para uma cultura de total respeito aos direitos humanos.
            . De uma cultura onde  o treinamento não era valorizado;
                       . Para uma cultura de que uma polícia é consequência do seu treinamento; da qualidade dos seus
professores;
                    . Que treinamento não é gasto é investimento;
                        . Que professores imbecis geram policiais imbecis que por sua vez gerarão uma polícia imbecil   
                        . Que professores respeitosos geram policiais respeitosos que por sua vez gerarão uma polícia
respeitosa;
. Trate bem o policial que ele tratará bem a sociedade;
. Trate mal o policial que ele tratará mal a sociedade;
                   . As pessoas tendem a agir da mesma forma como são tratadas;
. Que é aqui que está o segredo para a construção de uma boa polícia;
. De uma cultura de disparos a esmo provocando “balas perdidas” e vítimas inocentes;
. Para uma cultura do disparo com segurança sem provocar “balas perdidas” e vítimas inocentes.
. De uma cultura de “disparos de advertência” nunca se sabendo das consequências dos resultados da
trajetória do projétil;
. Para uma cultura de utilização de outros meios de intimidação.
            . De uma cultura de disparos em agressores em cuja linha de tiro se encontra pessoas inocentes; 
                        . Para disparos contra agressores sem a mínima possibilidade de atingir pessoas inocentes;
                           . Se houver pessoas inocentes na mesma linha de tiro do agressor, não importa se antes ou
depois, o policial não dispara
            . Nada, nada, nada justifica a morte de pessoas inocentes provocadas pelo policial;
  . De uma cultura de “precipitação” e “valentia perigosa”;
. Para uma cultura de paciência, inteligência, sabedoria e profissionalismo.
. E mudança de outras culturas ultrapassadas que não tem mais espaço nos dias atuais, mas que, muitas
vezes, ainda permanecem, como ranço, na mente de maus policiais que não conseguem se atualizar e
profissionalizar.
. O “Método Giraldi” não trata com policiais; trata com homens policiais; com mulheres policiais; com o
ser humano policial;
. Antes do policial está o ser humano;
. Ser humano é substantivo; policial é adjetivo;
. Ser humano que chora, ri, sofre, ama, é amado,
. É pai, filho, irmão, marido, amigo;
. Tem família;
. Tem dignidade;
. Tem sentimentos
. Tem limitações
. Tem dificuldades;
. Tambem falha como todas as pessoas,
154

. Pois “na vida só não falhou quem nunca viveu – vida = risco”
. (não confundir “falha” com “erro”. “falha” é involuntária; a pessoa faz uma coisa julgando
estar correta e o tempo ou as consequências mostrarão que não estava. “erro” é voluntário)
. Que é exigido do professor do “Método Giraldi”?
. Que seja exemplo, modelo e referência para seus alunos;
. Tratar os alunos com dignidade e respeito;
. As pessoas tendem a agir da mesma forma como são tratadas;
. Trate bem o policial que ele tratará bem a sociedade;
. Trate mal o policial que ele tratará mal a sociedade...
. E mais:-
. Paciência, insistência, persistência, respeito para ensinar.
. Fazer o aluno gostar da matéria
. Bom humor.
. Proibido todo e qualquer tipo de castigo físico e psicológico;
. Inclusive flexões de braços...
. Flexões de braços são para aulas de educação física;
. O “Método Giraldi” é um método humano de instrução
. O professor do “Método Giraldi” tem a missão mais nobre de um ser humano na face da terra:-
. Ensinar seu aluno a preservar a sua vida e a sua liberdade.
. Sua liberdade ensinado-o a servir e proteger a sociedade de forma correta;
. Na vida há alguma coisa mais importante que a vida?
. Depois da vida a liberdade?
. Essa é a finalidade do “Método Giraldi”:- vida e liberdade para o policial.
. Como o professor do “Método Giraldi” inicia sua instrução?
. “----- Estou aqui para ensiná-los a preservar as suas vidas e as suas liberdades; quem não quiser
aprender pode ir embora”.
. E o que é exigido do aluno?
. Que queira aprender a preservar a sua vida e a sua liberdade quando em proteção da sociedade
e própria.
. Para isso o professor dirá no início da instrução:- “----- Alguem aqui não quer aprender a
preservar a sua vida e a sua liberdade?”
. Naturalmente que ninguem dirá que quer;
. Então o professor arremata:- “----- como todos querem aprender a preservar a sua vida e a sua
liberdade então colaborem com a instrução; levem-na a sério”.
. Como o policial deve encarar o treinamento do “Método Giraldi”?
. Com seriedade;
. O professor, sempre que julgar conveniente fará seus alunos repetirem, com ele, a seguinte
frase:- “---- deixo meu suor no campo de treinamento para não deixar meu sangue e minha liberdade no campo de
trabalho”
. Tambem a frase:- “----- Trabalho de polícia é trabalho de equipe”.
. Tambem a frase:- “Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”.
. E o “Método Giraldi” é complexo, difícil de aprender?
. Não!
. Simples, prático, barato, objetivo, de fácil aprendizado,
. Tem o apoio e o respeito de todos os policiais que fazem o curso
. Exige locais e materiais sofisticados para a sua prática?
. Não!
. Pode ser feito, da mesma forma, em qualquer cidade ou local
. O “Método Giraldi” gasta muita munição?
. Não! 90% são procedimentos; 10% tiros;
. Procedimentos, na quase totalidade das vezes, é que preservam vidas, a começar pela do policial,
e solucionam problemas;
. “procedimento é regra”; “disparo é exceção”
. Pode ser aprendido até sem disparos reais
. Só simulados (ver “DVD com 18 Arquivos”:- Arquivo 08 – distribuição gratuita)
. Tambem sob forma de “teatro” (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo 10 –
distribuição gratuita)
155

. Isto porque, na quase totalidade das vezes, procedimentos e não tiros é que preservam vidas, a começar
pela do policial, e solucionam problemas
. No “Método Giraldi” o aluno precisa ficar decorando nomes de peças?
. Não!
. Isso é para armeiros
. O que interessa é saber o que fazer após sacar a arma
. Saber usá-la de acordo com a lei
. Saber evitar acidentes de tiro
. Saber solucionar incidentes de tiro
. Saber fazer sua manutenção.
. Como se chama o local onde o “Método Giraldi” é ensinado?
. “Centro de Treinamento na Preservação daVida”
. Por que não estande de tiro?
. Porque “estande de tiro” é o local onde as forças armadas treinam para matar o inimigo
. E isso está correto para elas; é sua missão.
. Polícia não tem inimigo.
. É o local onde se pratica o tiro esportivo de competição
. OPM que não possuir local para treinamento com disparos reais; que fazer?
. Preparar locais para treinar procedimentos e disparos simulados. (ver “DVD do Método Giraldi
com 18 Arquivos”:- Arquivo 08 – distribuição gratuita)
. Repetimos:- Lembre que no “Método Giraldi” “procedimento é regra”, “disparo é exceção”.
. “Procedimentos, na quase totalidade das vezes é que preservam vidas, a começar pela do
policial e solucionam problemas
. Treinar sob forma de teatro:- (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo 10 –
distribuição gratuita)
. Dentro e fora das pistas
. Alvos de papelão são substituídos por seres humanos verdadeiros.
. No treinamento sob forma de teatro usar simulacros de armas de fogo
. Pintados de azul ou amarelo.
. Na sua falta usar o revólver sem o tambor
. A pistola sem o ferrolho e o cano; só a armação;
. Tambem as outras armas.
. Antes do início do “teatro” o professor examina todos os simulacros a fim de verificar se realmente não
oferecem nenhum perigo
. Os “atores” tambem verificam os simulacros de todos os que irão participar do “teatro”.
. O “teatro” é a forma mais perfeita de treinamento para o policial
. Não gasta munição nem materiais;
. Pode ser feito em qualquer local;
. Nele podem estar previstos todos os desdobramentos e alternativas de uma ocorrência policial
. Vamos fazer um rápido treinamento sob forma de “teatro” aqui dentro da sala:-
. “Refem tomado”...
. “agressor com faca”...
. “abordagem de pessoa em atitude suspeita”...
. Lembro que:-
. O bom professor do “Método Giraldi” é aquele que não espera acontecer
. Faz acontecer
. Não fica esperando os outros providenciarem...
. Providencia!
. Qual a última etapa do “Método Giraldi”? Seu ápice?
. É o “Treinamento em Pleno Serviço” (ou Instrução Continuada), (ver “DVD do Método Giraldi
com 18 Arquivos”:- Arquivo 09.1, 09.2, 09.3 e 10; e vídeo específico da matéria – distribuição gratuita).
. Considerada, internacionalmente, como uma “obra prima” com a finalidade de preparar e
manter o policial preparado para servir e proteger a sociedade e a si próprio.
. No que consiste?
. São ocorrências policiais simuladas, sob forma de teatro, elaboradas pelo professor do “Método
Giraldi”, para serem solucionadas por policiais de serviço, nos horários de menor pico. Sempre surpresa para os
policiais. (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos:- Arquivos 09.1, 09.2, 09.3 e 10, e vídeo específico da
matéria – todos de distribuição gratuita).
156

. Tudo que o policial fizer nesse treinamento tambem o faria numa ocorrência verdadeira, mas
uma vez corrigido isso não mais ocorrerá.
. Citar a policial que “morreu” no treinamento em pleno serviço;
. Foi ensinada do que fazer para não morrer;
. Uma hora depois se viu envolvida por ocorrência real idêntica;
. Teria morrido caso não tivesse aprendido, momentos antes, como era a atuação no caso.
. Não gasta materiais
. Não prejudica as horas de folga do policial
. Não prejudica o serviço
. Se houver necessidade a guarnição suspende, imediatamente, o treinamento e vai atender
ocorrência verdadeira.
. Depois de aprendido o policial precisa continuar a treinar o “Método Giraldi”?
. Sim!
. É como jogador de futebol
. Parou de treinar volta à estaca zero
. E uma das formas mais simples de fazê-lo é através do “treinamento em pleno serviço” (ou
treinamento continuado) (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivos 09.1, 09.2 e 09.3; e vídeo
específico da matéria – distribuição gratuita)
. O “Método Giraldi” se preocupa com o bem estar do policial?
. Em promover o capital humano do policial?
. Sim!
. Numa das suas etapas chamada de “investimento e valorização do capital humano do policial”
isso é feito. (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo 15 – distribuição gratuita)
. Será ministrada daqui a pouco.
. Como fazer estatística sobre a eficiência do “Método Giraldi”?
. Achando repostas para as seguintes perguntas:-
. O disparo foi a última alternativa?
. Medida extrema?
. Teve como finalidade preservar vidas inocentes, incluindo a do policial?
. Foi efetuado dentro da “legalidade”?
. Obedecendo aos princípios da “necessidade”, “oportunidade”, “proporcionalidade” e
“qualidade”?
. Todas as respostas “sim” significam que o “Método Giraldi” foi aplicado.
. E o autor do disparo jamais será condenado por ele nos tribunais.
. Uma só resposta “não” significa que o método não foi aplicado.
. E seu autor terá sérios problemas com a justiça
. “Qualidade” não significa o acerto perfeito, mas seguro;
. É o disparo que não se transforma em “bala perdida”
. Não atinge pessoas inocentes;
. Nem provoca outros danos
. Num inquérito, para apurar se o disparo do policial foi correto, que fazer?
. Achar respostas para as seguintes perguntas:-
. 1 - O disparo foi a última alternativa?
. 2 – Foi medida extrema?
. 3 – Teve como finalidade evitar a morte de pessoas inocentes, incluindo a do policial?
. 4 – Foi efetuado dentro da “legalidade”?
.5 - Obedecendo aos princípios da “necessidade”, “oportunidade”, “proporcionalidade” e
“qualidade”?
. Respostas “sim” em todos os quesitos significam que o disparo foi efetuado dentro dos princípios do
“Método Giraldi” ;
. E seu autor jamais será condenado por ele nos tribunais.
. Detalhe:-
. Todos os oficiais, incluindo os coronéis da PMESP, já fizeram curso do “Método Giraldi”.
. A PMESP já formou em torno de 600 professores do “Método Giraldi”.
. E continua formando...
. Tem que atender em torno de 100 mil homens e mulheres...
. O “Método Giraldi” consta de todos os currículos da PMESP
157

. Incluindo do “MCPSOP” (CAO); “DCPSOP” (CSP); “Direitos Humanos; Polícia


Comunitária”, etc.
. É a matéria que obtem maior nota de avaliação dos alunos de todos os cursos
. Em todos os cursos de Direitos Humanos realizados na PMESP:-
. Uma semana é reservada para o “Método Giraldi”
. Chegaram á conclusão que cursos de Direitos Humanos sem o “Método Giraldi” são
incompletos.
. Alguns capítulos especiais do “Método Giraldi”:-
. “Existência de currículos universais para formar professores e usuários do “Método Giraldi”; (ver “DVD
com 18 Arquivos”:- Pasta 18, Arquivos 04.1 e 04.2 – distribuição gratuita)
. Considerados os mais evoluídos e modernos do mundo;
. Aprovados pelo CICV; DDHH; Polícia Comunitária; especialistas nacionais e internacionais,
etc.
. Cada arma tem seu currículo específico.
. “Mudança de cultura na atuação armada da polícia e do policial com a finalidade de servir e proteger a
sociedade e o próprio policial”. (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo 14.1 – distribuição
gratuita).
. “Doutrina da Atuação Armada da Polícia e do Policial com a Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade
e a si Próprio”. (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivos 06 e 07.1 – distribuição gratuita).
. “Os Direitos Humanos; os Direitos Humanos do Policial; Direitos Humanos Aplicados à Atuação Armada
do Policial”. (ver “DVD do Método Giraldi Manuais, etc”:- Arquivos 563, 572, 578.1. 578.2, e 582 – distribuição
gratuita)
. “Locais para Instrução sem Disparos Reais”; (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo
08 – distribuição gratuita)
. Dá para ser montado em qualquer lugar.
. “Treinamento sob Forma de “Teatro”. (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo 10; e
vídeo específico da matéria – distribuição gratuita)
. Dentro das pistas quando os alvos de papelão são substituídos por seres humanos verdadeiros.
. E fora das pistas
. Não gasta materiais.
. O “teatro” é a forma de instrução mais perfeita de uma polícia.
. No treinamento sob forma de “teatro” usar simulacros de arma de fogo ou o
***** Montar um “teatro” rápido no auditório.
. “Evitando Tragédias”; (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo 11; e vídeo específico
da matéria – distribuição gratuita)
. Ensina evitar todas as possíveis tragédias provocadas pela arma de fogo.
. Considerado o “top”; o ponto alto do “Método Giraldi”.
. “Ocorrências com Refens; Negociação; Gerenciamento de Crises”; (ver “DVD do Método Giraldi com 18
Arquivos”:- Arquivo 12; e vídeo específico da matéria – distribuição gratuita)
. “Abordagens”; (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo 13; e vídeo específico da
matéria – distribuição gratuita)
. “Uso Progressivo da Força”. (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo 14; e vídeo
específico da matéria – distribuição gratuita)
. “Treinamento em Pleno Serviço”, ou “Instrução Continuada”; (ver “DVD do Método Giraldi com 18
Arquivos”:- Arquivos 09.1, 09.2 e 09.3. Mais “DVD Manuais, etc”:- Pasta 03, arquivo 583; e vídeo específico da
matéria – distribuição gratuita)
. É a última etapa do “Método Giraldi”
. Explicar.
. “Mensagem Especial aos Policiais e aos Jovens”; (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:-
Arquivos 07.2 e 07.3 – distribuição gratuita)
. Ensina o policial e os jovens a ter paz e ser feliz.
. “Investimento e Valorização do Policial”; (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivo 15
– distribuição gratuita)
. Trata de tudo aquilo que, fora da instrução prática de tiro, possa se relacionar ou influir na
atuação armada do policial.
. Ensina o policial a estar de bem com a vida.
. E prestar um melhor serviço à sociedade;
. Gostaria de ministrá-la para vocês ainda dentro deste fórum
158

. Não havendo tempo fica para uma próxima oportunidade.


. E outros capítulos especiais.
.Quem não dá apoio ao “Método Giraldi”?
. Professores vagabundos, irresponsáveis, ou que tenham algum interesse particular prejudicado;
. Quem não o conhece.
. Pessoas ciumentas; policiais com instinto assassino; policiais amadores.
. O “Método Giraldi” pode ser ensinado para civis especiais?
. Sim!
. Há currículo especial para eles.
. Tem sido ministrado, com grande sucesso para:-
. Ouvidores de polícia
. Defensores públicos
. Políticos
. Imprensa
. Jornalistas
. Procuradores gerais de justiça
. Magistrados
. Promotores de justiça
. E outros...
. Professores do “Método Giraldi”:-
. Só os formados em cursos oficiais, com presença do autor do método, ou por ele reconhecidos, e
desde que aplicado o currículo para isso existente.
. Civis podem ser professores do “Método Giraldi”
. Não! Só policiais e integrantes das Forças Armadas.
. Por quê?
. Por não se tratar de um curso de tiro, mas de uma doutrina do uso progressivo da força com a
finalidade de servir e proteger a sociedade e o próprio policial;
. Abrangendo todas as atividades policiais.
. A polícia que quiser implantar o “Método Giraldi” tem de pagar alguma coisa?
. Não! Ele é totalmente gratuito;
. Está à disposição das policiais e dos policiais de forma gratuita.
. Uma polícia que adote o “Método Giraldi” já resolveu seu problema?
. Não!
. Precisa preparar professores;
. Locais para treinamento;
. Materiais;
. Adaptar currículos
. Mudar toda uma cultura
. E isso demanda certo tempo.
. Mas estará no caminho correto
. O “Método Giraldi” possui Currículo Universal que pode ser aplicado em qualquer instituição policial?
. Sim!
. E foi transversalizado e aprovado pelo CICV, DDHH, Polícia Comunitária Internacional, etc.
(ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivos 04.1 e 04.2 – distribuição gratuita).
. Esse Currículo Universal serve para todas as marcas e modelos de armas?
. Sim! (ver “DVD do Método Giraldi com 18 Arquivos”:- Arquivos 04.1 e 04.2 – distribuição
gratuita)
. Para cada arma um manual específico; um currículo específico;
. Todos de distribuição gratuita.
. Esclareço que todo o meu trabalho é gratuito
. Tambem todos os materiais que distribuo.
. Já gastei, do meu bolso, em torno de Rr$140.000,00 (cento e quarenta mil reais), sem qualquer
ressarcimento
. Meu grande pagamento são as centenas de vidas que estão sendo preservadas.
. Por que não cobro?
. Se fosse cobrar o valor seria alto, mas não caro
. E as polícias são pobres.
. E para cobrar o que não vale prefiro não cobrar.
159

. Repito:- meu grande pagamento são as centenas de vidas que estão sendo preservadas
. Especialistas internacionais afirmam que se o autor do “Método Giraldi” fosse um americano, europeu,
canadense, estaria milionário.
. Certificados assinados pelo autor do “Método Giraldi” tem validade internacional?
. Sim!
. Inclusive junto ao CICV e DDHH.
. Tambem o brevê.
. Alerta!
. O “Método Giraldi” está internacionalmente registrado
. E publicado
. Não pode ser alterado nem contaminado
. Seria crime fazê-lo.
. Quando uma polícia tem poucos confrontos armados
. Qualquer método serve para ela
. Mas quando tem muitos, como a PMESP e outras PM, não.
. Cuidado!
. O alvo “colt” negro, com “5x”, foi banido das instruções de tiro.
. Usem apenas alvos previstos pelo “Método Giraldi”
. “PM-L-74” para o “Curso Básico” (ver anexo 13 do manual de todas as armas – distribuição
gratuita)
. E “PM-L-4” para as pistas. (ver anexo 08 e 14 do manual de todas as armas – distribuição
gratuita)
. Por favor:-
. Para o bem da nossa Instituição Policial
. Deem apoio ao treinamento do “Método Giraldi”
. Fiscalizem esse treinamento
. Lembranças:-
. O policial fardado, nas ruas, é o Estado, materializado, servindo e protegendo a sociedade;
. Investir nele é investir no Estado, na Sociedade, e na própria Polícia.
. É através do policial que está na ponta da linha que a sociedade julga a instituição a qual pertence
. E não pelo que ela tem ou executa na retaguarda.
. Não adiante ter professores doutores na retaguarda se na “ponta da linha” não tiver
profissionais à altura das necessidades da sociedade...
. É preciso treinar, investir e valorizar esse policial que está na “ponta de linha”.
. Mais uma vez:- “Treinamento não é gasto; é investimento”.
. Treinamento sobre o “Uso Progressivo da Força” (“Método Giraldi”) é o mais importante de uma
instituição policial.
. “Quanto mais bem preparado o policial estiver para usar sua arma de fogo menos necessidade sentirá
em fazê-lo; mal preparado verá nela a solução para todos os problemas, advindo, daí, tragédias”. (Giraldi)
. Policial, cuidado!
. Não se precipite;
. A precipitação está matando nossos policiais;
. Tirando a liberdade dos nossos policiais;
. Sua família o espera
. O necrotério tambem
. A prisão tambem
. A escolha é sua!
. Policial, cuidado!
. Não pratique a “valentia perigosa”;
. É loteria
. Poderá transformá-lo num herói, ou num defunto, ou num presidiário
. E tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, não deve ser tentado.
. Sua família o espera.
. O necrotério tambem
. A prisão tambem
. A escolha é sua!
. Policial cuidado!
. Não faça da prisão do agressor uma questão pessoal
160

. Não queira pegá-lo de qualquer jeito


. Expondo sua vida e a vida de pessoas inocentes.
. As chances disso terminar em tragédia é muito grande
. Sua família o espera.
. O necrotério tambem
. A prisão tambem
. A escolha é sua!
. Policial cuidado!
. Você tem limites; não o ultrapasse
. Sua profissão é de altíssimo risco
. Mas você não tem obrigação de aumentar esse risco
. Chame apoio, mesmo que não seja usado
. Policial, cuidado!
. Arma de fogo não é sinônimo de segurança
. Arma de fogo sem procedimentos não vale nada!
. Policial cuidado!
. Estando em trajes civis não porte sua funcional onde possa ser encontrada no caso de ser
surpreendido e rendido em roubo;
. Meia e cueca não servem apenas para portar dólares;
. Mas também para portar a funcional.
. Policial, cuidado!
. 70% dos integrantes da sociedade não acreditando mais no estado e na justiça querem que você
mate
. 60% querem que você pratique tortura contra pessoas suspeitas
. Desde que não sejam parentes seus
. Não se deixe contaminar
. Na hora do seu julgamento você estará sozinho no banco dos reus
. E quem o estimulou estará em casa tranquilo
. Nem testemunha sua aceitará ser
. Para o Estado você é um número
. Para sua família você é imprescindível.
. Nas horas de folga encontrando ocorrência policial grave seja inteligente:-
. Chame a polícia – 190!
. Você está em trajes civis,
. Sozinho;
. Sem cobertura de companheiros
. Sem proteção do Estado
. Não arrume bico como segurança
. A possibilidade de morrer nesse bico é muito grande
. Melhor coldre para as horas de folga:-
. Coldre de canela;
. Parte interna da canela fraca.
. Policial cuidado!
. Não atue fora da lei;
. Assim agindo você será mais bandido que o próprio bandido.
. Policial, não se esqueça:-
. A Polícia Militar é uma empresa de prestação de serviços
. Seus clientes são os integrantes da sociedade
. Os quais devem ser tratados com educação e respeito
. Para o agressor, a Lei!
. Policial:-
. Suas armas infalíveis para conquistar o respeito, a simpatia, e a colaboração da sociedade são:-
. A educação, o sorriso, a humildade e o profissionalismo;
. Para o agressor, a lei!
. Policial e cidadão, cuidado!
. De cada três roubos em que a vítima rege em dois ela morre ou tem sua integridade física
gravemente atingida.
. De cada 600 roubos em que a vítima não rege só em um caso fica ferida
161

. Finalizo este super resumo do “Método Giraldi” com uma pergunta a quem já fez seu curso ou, não o
tendo feito, tomou conhecimento da sua doutrina e eficiência quando colocado em prática:-
. Qual conceito teria no Brasil, principalmente das suas autoridades do setor, se fosse um europeu,
um canadense, ou um americano que fosse o autor do “Método Giraldi”?

GIRALDI

GLOSSÁRIO:-
1. Declaração Universal dos Direitos Humanos - Sigla: “DUDH”
2. Convenção Americana Sobre Direitos Humanos - Sigla: “CADH”
3. Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos - Sigla: “PIDCP”
4. Convenção contra a tortura e outro tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes - Sigla:
“CCT”
5. Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei - Sigla: “CCEAL”
6. Princípios Básicos sobre a Utilização da Força e de Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis
pela Aplicação da Lei - Sigla: “PBUFAF”
7. Conjunto de Princípios para a Proteção de Todas as Pessoas Sujeitas a Qualquer Forma de Detenção ou
Prisão - Sigla: “Conjunto de Princípios”
162

ANEXO 18
TDPV - “MÉTODO GIRALDI”®
SÚMULA PARA AVALIAR EQUIPE
ESPINGARDA 12
DATA ................ / ................ / 2.0___ LOCAL ....................................................................................................................................

NOME DO ALUNO N.º 01 ..........................................................................................................................................POST/GRAD .......….........……..…….............


RE .....................................……..... UNIDADE ..................................................................... ESP 12 N.º .................................
NOME DO ALUNO N.º 02 ................................................................................................................................... POST/GRAD .......….........……..….................
RE .....................................……..... UNIDADE ..................................................................... ESP 12 N.º ..................................
PONTUAÇÃO MÁXIMA POSSÍVEL DA EQUIPE ......................... PONTUAÇÃO OBTIDA PELA EQUIPE ................ CONCEITO ................................

“A” – PONTOS NOS ALVOS (PARA ATÉ 22 DISPAROS) – OS ALUNOS NÃO SABERÃO QUANTOS DISPAROS IRÃO EFETUAR

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 TOTAL

A
“A”, “B”, “C”, “D”, braço e mão que segura a arma; acerto na arma do agressor: 20 pontos
VALORES DAS ZONAS DE PONTUAÇÃO “E”, “F”, “G”, “H”: 10 (dez) pontos. Não importa o aluno que efetuou o acerto.

“B” – PONTOS DOS PROCEDIMENTOS


Procedimento “certo”, individual ou da equipe:- 10 (dez) pontos positivos. Procedimento “errado”:- Deixa de ganhar os 10 pts.
Usar meios fraudulentos para obter vantagens:- Desligamento imediato do curso e medidas disciplinares.
A atuação e disparos em um dos lados e sua janela do abrigo “D” serão executados por um dos alunos, enquanto o outro dá cobertura.
Depois do lado contrário pelo outro aluno, nas mesmas circunstâncias.
ALUNO Nº 01 ALUNO Nº 02
ABAIXO, PROCEDIMENTOS QUE SERÃO AVALIADOS CERTO ERRADO CERTO ERRADO

01 Mediante ordem preparar a espingarda para executar a “PPA” (municiada, depósito com 3
cartuchos, carregada, gatilho travado, em bandoleira individualizada, “posição normal”. 5
cartuchos de reposição no porta cartuchos. Cartuchos “singular” – projétil único).
02 Ao sinal convencionado destravar o gatilho, posicionar a espingarda e colocar-se em
proteção no abrigo ”A”, com rapidez, em condições de atuar e disparar
03 Varredura e saída do abrigo “A”
04 Primeira progressão (do abrigo “A” até o abrigo “B”)
05 Proteger-se e atuar corretamente no abrigo “B” e progressão até o abrigo “C”
06 Proteger-se e atuar corretamente no abrigo “C” e progressão até o abrigo “D”
07 Proteger-se e atuar corretamente na “janela baixa” do abrigo “D”
08 Proteger-se e atuar corretamente no canto da direita do abrigo “D”
09 Primeira verbalização obrigatória, com posição correta da arma (abrigo “D”)
10 Proteger-se e atuar corretamente na “janela alta” do abrigo “D”
11 Proteger-se e atuar corretamente no canto da esquerda do abrigo “D”
12 Segunda verbalização obrigatória, com posição correta da arma (abrigo “D”)
13 Terceira verbalização obrigatória, com posição correta da arma (abrigo “D”)
14 Dar cobertura e não perder contato visual com o companheiro que atua em primeiro plano
15 “Cobrir”, sempre, o flanco desprotegido do companheiro.
16 Após pedido de “cobertura” para o companheiro remuniciar a arma de forma correta, com
rapidez, protegido e sem perder o contato visual com a área de perigo. Obrigatório um
remuniciamento por parte de cada integrante da equipe. Remuniciamento tático ou
emergencial.
17 Regressões (todas as etapas)
18 Proteger-se e atuar, corretamente, nos demais procedimentos.
19 Aplicação e execução dos “sinais policiais”.
J CONTINUA
163

CONTINUAÇÃO CERTO ERRADO CERTO ERRADO


20 Atuação com necessidade de contato físico entre os integrantes da equipe
21 Arma em “posição sul” se o companheiro for cruzar ou estiver na mesma “linha de tiro”
22 Solução de incidentes de tiro, sem ajuda, com o companheiro dando cobertura.
23 Terminada a regressão travar o gatilho da espingarda, sem descarregá-la; tomar a “posição normal”. Aguardar
ordens
24 Mediante ordem, descarregar a espingarda, com segurança, entregando-a ao professor, como se a
estivesse entregando na reserva de armas, ou a outro companheiro
25 Cumprimento, sem necessidade de ordem, entre os alunos que acabaram de executar a pista.

TOTAL DOS PONTOS POSITIVOS DOS PROCEDIMENTOS DA EQUIPE B


“C” – PENALIDADES
10 (dez) pontos negativos para cada penalidade. Será marcada apenas para o aluno que a cometer ALUNO 01 ALUNO 02
01 Arma e equipamentos mal ajustados ao corpo atrapalhando a execução dos exercícios.
02 Não efetuar os disparos com rapidez; não fazer varredura vertical e horizontal após os mesmos
03 Disparo, sem acerto, em alvo não atirável. Cada disparo uma penalidade. Ver item seguinte.
04 Acerto em alvo não atirável. Cada acerto duas penalidades. Ver item anterior.
05 Disparos no mesmo alvo, além do determinado (cada disparo a mais uma penalidade)
06 Deixar de disparar contra alvo agressor obrigatoriamente atirável (cada disparo uma penalidade).
07 Apontar a arma para pessoas sabidamente inocentes, inclusive na direção de “refém tomado”.
08 Passar ou direcionar o cano da arma para o corpo do companheiro (duas penalidades, por vez).
09 Derrubar munição de reposição
10 Ultrapassar a arma, ou qualquer parte do corpo, para além da zona de segurança.
11 Não completar a pista por falta de munição (uma penalidade para cada tiro faltante).
12 Precipitar-se. Praticar a valentia perigosa. Não pedir apoio quando necessário.
TOTAL DOS PONTOS NEGATIVOS DAS PENALIDADES DOS ALUNOS C
“D” – REPROVAÇÃO
Será reprovada a equipe que cometer qualquer uma das seguintes “penalidades fatais”:- ALUNO 01 ALUNO 02

01 Apresentar descontrole emocional


02 Atentar contra as normas de segurança; disparar para fora do barranco de contenção de projéteis
03 Demonstrar dificuldades no manejo ou na atuação com a arma.
04 Disparo acidental com ou sem vítima.
05 Derrubar a arma.
Caso ocorra uma ou mais dessas penalidades fatais, cometidas por qualquer integrante da equipe, a equipe, após voltar á calma,
e ser orientada e ensinada pelo professor, repetirá toda a “PPA”, mas com alvos e quadros diferentes
“E” – PONTUAÇÃO FINAL DA EQUIPE:– “A” mais “B” menos “C” E
(Passar para o cabeçalho)

As. do aluno nº 01
Posto/Grad, RE, nome de guerra legível e assinatura do professor
...........................................................................................

As. do alino nº 02

...........................................................................................
OBS.: - Preencher esta súmula em 02 vias; a 2ª pode ser xerox
Anotações no verso ANEXAR ESTA SÚMULA OU CÓPIA AO “RIT” DO ALUNO

(GIRALDI)
164

ANEXO 19
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA 12”
COMO PREENCHER A SÚMULA DE EQUIPE FORMADA POR DOIS ALUNOS 
1. CABEÇALHO:-
a. “DATA”:- Colocar a data da instrução (ou do evento).
b. “LOCAL”:- Unidade onde se localiza o “Centro de Treinamento para a Preservação da Vida”, da
“PPA-Padrão”, utilizada para realização da instrução (ou do evento).
c. “FINALIDADE”:- Colocar a finalidade da instrução (Ex.:- “Estágio de Multiplicador”; “Curso de
Instrutor”; “TAT”; “EAP de Tiro”; “Competição”; etc.).
d. “NOME DO ALUNO Nº 1”:- Nome completo, legível, destacando o nome de guerra. É indiferente
começar por um ou por outro aluno. Preencher os demais dados ali existentes.
e. “NOME DO ALUNO Nº 2”:- Idem.
f. “PONTUAÇÃO MÁXIMA POSSÍVEL” (DA EQUIPE):- É o resultado da soma da pontuação
máxima possível dos alvos (“A”); mais a dos procedimentos dos dois alunos (“B”). Ex.:- Se for uma “PPA-Padrão”
com 05 disparos obrigatórios (por parte dos dois alunos, em conjunto), e 25 procedimentos, a pontuação máxima
possível será de 600 pts. (100 pts. dos alvos, mais 500 pts. dos procedimentos corretos – 250 de cada aluno).
g. “PONTUAÇÃO OBTIDA”:- Passar o resultado da letra “E”, da súmula, para este campo.
h. “NOTA OU CONCEITO FINAL DA EQUIPE”:- Passar o resultado da letra “F”, da súmula, para
este campo.
2. “A”- PONTOS NOS ALVOS:-

a. Quadrículas superiores:- Servem para “PPA-Padrão” com até 22 disparos. Ex.:- Se a quantidade de
disparos prevista for 05, vai só até a quinta casa, desprezando as demais. Os alunos integrantes da equipe não deverão
saber, antecipadamente, quantos disparos efetuarão na “PPA-Padrão” (em confrontos armados reais também não
sabem, e a “PPA-Padrão” é uma simulação deles).
b. Quadrículas inferiores:- Para anotação do valor de cada impacto nos alvos atiráveis, independente
do aluno que o provocou. O disparo que não atingir alvo atirável deverá ser assinalado com “zero”. O impacto que
tangenciar zona superior de pontuação será nela considerado.
c. Valores das zonas de pontuação:-
1) Letras “A”; “B”; “C”; “D”; braço e mão que segura a arma; arma do agressor:- 20 pts.
2) Letras “E”; “F”; “G”; “H”:-10 pts.
3. “B” – PONTOS DOS PROCEDIMENTOS:-
a. Procedimento “certo”, de cada aluno, será assinalado na coluna “CERTO”, do aluno que o
executou, com um “x”.
b. Procedimento “errado”, de cada aluno, será assinalado na coluna “ERRADO”, do aluno que o
executou, com um “x”.
1) Quando o aluno executar procedimento de forma errada o professor o interromperá,
imediatamente, anotando o erro na súmula (na coluna “ERRADO”, do aluno que errou). Em seguida o ensinará a
executá-lo corretamente. Feito isso, o aluno, com o companheiro, executará, novamente e imediatamente, o
procedimento que errou. Acertando-o prosseguirá na execução da “PPA-Padrão” e o professor anotará, à frente do
erro, a expressão “OK”, significando que o aluno aprendeu e o executou corretamente; mesmo assim, o aluno que o
errou, deixará de ganhar os pontos desse procedimento. O aluno não poderá passar para o procedimento
seguinte sem ter executado, corretamente, o anterior.
165

2) A equipe de alunos, em conjunto, é obrigada a fazer “varredura” sobre muro. Se a “PPA-


Padrão” for de alvenaria, e tiver condições, a “varredura” será feita sobre o abrigo “B”. Não tendo condições, será
feita, isoladamente, fora da “PPA-Padrão”, em local (muro) indicado pelo professor.
c. TOTAL DOS PONTOS POSITIVOS DOS PROCEDIMENTOS DOS 2 ALUNOS:- Para cada
procedimento “certo”, de cada aluno, 10 pts. positivos; é só somar. Procedimento “errado” deixa de ganhar esses 10
pts. O procedimento será considerado “certo”, e terá 10 pts. positivos, quando o aluno o executar, corretamente, já
na primeira vez, mesmo que seu companheiro, em ação conjunta, instantânea, o tenha errado (esse companheiro
não terá os 10 pts. positivos).
Obs.:- Se, pelas circunstâncias da pista, não couber a um dos integrantes da equipe executar
procedimentos previstos na “súmula de avaliação” o mesmo deverá ser marcado como “certo” na coluna
correspondente ao seu nome.
4. “C” - PENALIDADES:-
a. 10 pts. negativos para cada penalidade. Será marcada apenas para o aluno que a cometer. Se os dois
alunos a cometerem ao mesmo tempo, será marcada uma para cada um.
b. Poderá haver mais de uma penalidade em um mesmo item (10 pts. negativos para cada uma).
5. “D” – REPROVAÇÃO DA EQUIPE (PENALIDADES FATAIS):-
a. A equipe será reprovada caso um dos alunos que a integra (ou os dois, ao mesmo tempo) cometer
qualquer uma das “penalidades fatais” ali previstas. A reprovação se dará no momento do cometimento da
“penalidade fatal”.
b. O aluno que provocou a reprovação da equipe, após voltar à calma, e ser orientado pelo professor de
como atuar, corretamente, onde errou, executará novamente, com o seu companheiro, toda a “PPA-Padrão”; para
isso o professor fará alterações nos alvos, e nos “quadros”..

6. “E” – PONTUAÇÃO FINAL DA EQUIPE:- É o resultado da soma dos pontos obtidos nos alvos
atiráveis (“A”), mais os pontos dos procedimentos (“B”), menos os pontos das penalidades (“C”), conseguidos
pelos dois alunos, em conjunto. Em caso de reprovação, os alunos, após voltarem à calma, e serem ensinados pelo
professor, nos procedimentos em que erraram, repetirão toda a avaliação com os alvos e “quadros” modificados.
7. “F” – NOTA OU CONCEITO FINAL DA EQUIPE:-
a. Transformação da pontuação final em nota ou conceito:- De acordo com o que está previsto na
súmula.
b. Para a equipe ser aprovada terá que obter a nota ou o conceito previamente estabelecido em
“currículo”, ou em outro documento oficial; caso não o consiga repetirá toda a “PPA-Padrão” em outra
oportunidade (podendo ser no mesmo dia); para isso o professor fará alterações nos alvos e nos “quadros”.
c. Caso a pontuação final da equipe (letra “E” da súmula) tenha que ser transformada em nota (de zero
a dez; ou de zero a cem); basta fazer uma regra de três simples e direta. A pontuação máxima possível (letra “f” do
item “1.”, retro) corresponderia à nota dez (se for de zero a dez) ou à nota cem (se for de zero a cem). Basta fazer
uma regra de três simples e direta em relação ao total de pontos obtidos (letra “E”, retro). Ex.:- Pontuação máxima
possível:- 600 pts. (100 dos acertos dos dois alunos, em conjunto, mais 500 dos procedimentos dos dois alunos, em
conjunto). Pontuação final da equipe (letra “E”, da súmula):- 480 pts. Faz-se uma regra de três simples, e direta,
da seguinte forma:-

600 pts. corresponderiam à nota 100 (ou 10,0)


480 pts. corresponderiam à nota “x”

Multiplica-se 480 por 100 e divide-se o resultado por 600, achando o valor de “x”, que é 80,0 (ou 8,0).
Portanto, nota 80,0 (ou nota 8,0).
8. SÚMULA:-
a. Deverá ser conferida e assinada pelos alunos. Deverá ter o posto/graduação, nome legível, e
assinatura do professor.
b. Anotações serão feitas no verso.
c. Será feita em duas vias (uma para cada aluno); a segunda pode ser cópia (carbono, xerox ou cópia
autêntica).
d. Quaisquer que sejam os resultados dos alunos suas súmulas deverão ser anexadas aos seus
assentamentos.
GIRALDI
166

ANEXO 20
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA

“MÉTODO GIRALDI”
(Registrado)
Todos os direitos reservados

“ESPINGARDA 12”

“PISTA POLICIAL DE APLICAÇÃO – PADRÃO” ®

ORIENTAÇÕES À EQUIPE ANTES DE SER AVALIADA NA “PPA-PADRÃO”


Deverá ser distribuída uma cópia, a cada policial, até 30 minutos antes de ser avaliado na “PPA-Padrão”

Aos integrantes da Equipe:-

. De acordo com o “Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, através do qual
vocês foram instruídos, apliquem, na “PPA-Padrão”, tudo aquilo que vocês aprenderam relacionado às suas
atuações armadas em defesa própria e da Sociedade.
. Utilizem as suas armas da forma mais perfeita possível; apliquem, com seriedade, todos os
ensinamentos que lhe foram transmitidos.
. Dentro de instantes vocês irão participar de um confronto armado com os “agressores da sociedade”,
com possibilidades de “mortes” de ambos os lados (sentido figurado). Estejam atentos a tudo. Desconfiem de tudo.
. O cartucho a ser usado será o “singular” (projétil único).
. Suas atuações e deslocamentos na “PPA-Padrão” serão idênticos aos que vocês aprenderam na “PPI-Padrão”;
as únicas diferenças serão os alvos e os “quadros” que poderão estar alterados ou mudados de lugar.
. Inicialmente, mediante voz de comando, vocês descerão da sua viatura (de forma simulada, se for o caso)
protegendo-se no abrigo “A”, progredirão pelo centro (entre os abrigos “B” e “C”) até o “D”. Atuarão em toda a pista, e
regredirão, pelo centro, ao abrigo “A” novamente.
. Para efeito de análise, no abrigo “D” cada um de vocês atuará, com o companheiro dando cobertura,
num dos lados (uma janela e um canto). Fica a critério de vocês a escolha.
. Fica a critério de vocês a forma de recarga a ser utilizada (“emergencial” ou “tática”).
. Quando da execução da pista, fica convencionado que, alvos, representado “agressores da sociedade”,
que estiverem apontando a arma para vocês é porque estão “atirando” contra vocês ou contra terceiros. Efetuem 01
(um) disparo rápido contra cada um deles, se for o caso; nem sempre o é (exemplo:- pessoas inocentes na mesma
linha de tiro; agressor no meio do povo; etc.). Na vida real, caso 1 (um) disparo não seja suficiente para fazer cessar
a ação de morte do agressor contra a sua vítima, será repetido.
. Caso o “agressor da sociedade”, representado no alvo de papelão, estiver com a arma em outra posição,
que não apontada para vocês, não disparem contra ele; mantenham o cano da arma e o olhar na direção do perigo;
dedo fora do gatilho; e verbalizem, firme:- “----- Aqui é a polícia! Largue a arma! Mãos na cabeça! Olhando para
mim, caminhe na minha direção!” Etc. Dependendo da reação da pessoa em atitude suspeita, representada no alvo,
vocês darão continuidade às suas atuações.
. Lembrem-se:- O disparo é a última alternativa, medida extrema para preservar vidas inocentes,
incluindo a do policial, efetuado dentro da legalidade, obedecendo aos princípios da “necessidade”,
167

“oportunidade”, “proporcionalidade”, e “qualidade”. Um disparo dessas condições jamais levará seu autor a ser
por ele condenado nos Tribunais.
. Mantenham o dedo fora do gatilho quando não for para atirar; o dedo só vai para o gatilho no momento
do disparo; executado o disparo volta para a sua posição normal que é estendido junto a armação da arma. Evite
tragédias mantendo o dedo fora do gatilho. Cano da arma voltado sempre para direção segura ou do perigo (dedo
fora do gatilho); olhar na direção do perigo.
. Os disparos serão rápidos. 1 (um) disparo por alvo atirável.
. “Verbalizem” quando for o caso. A primeira frase da verbalização é:- “¾ Aqui é a polícia!” Depois,
esclareçam o que vocês desejam.
. “Negociem” quando for o caso. Apliquem, aqui, o que aprenderam.
. Apliquem os “sinais policiais”.
. Não apontem a arma para pessoas (alvos) inocentes (usem a “posição sul”). Não apontem a arma na
direção de “refém tomado”. Normalmente ele já está com a arma do agressor apontada para a sua cabeça; com a
sua serão duas.
. Não analisem as pessoas (alvos) pela cara, mas pelas intenções; é nas mãos que está o perigo;
concentrem seus olhares nas mãos das pessoas (dos alvos).
. Vocês receberão pontos positivos tanto pelos seus impactos nos alvos atiráveis como pelos seus
procedimentos corretos (vejam letras “A” e “B” da súmula que já está com vocês). Deixarão de ganhar pontos se
errarem o procedimento.
. Caso errem o procedimento serão interrompidos, imediatamente; o erro será anotado na súmula. Em seguida,
após serem corrigidos, executarão, novamente, o procedimento que erraram. Acertando-o prosseguirão na execução da
“PPA-Padrão”. Vocês não passarão para o procedimento seguinte sem ter executado, corretamente, o anterior.
. Cuidado com as “penalidades” (letra “C” da súmula). Para cada uma vocês perderão 10 (dez) pontos.
. Em caso de reprovação, a equipe, após voltar à calma e ser ensinada pelo professor sobre os erros cometidos,
terá direito a uma segunda passagem, com os alvos e “quadros” da pista modificados..
. Cuidado com as “penalidades fatais” (letra “D” da súmula). Uma só, de qualquer um de vocês, reprovará,
imediatamente, a Equipe.
. Pontuação final:- Ver letra “E” da súmula.
. O tempo para executar a “PPA-Padrão” será idêntico ao de uma atuação verdadeira; um menor ou maior
tempo não lhes dará mais ou menos pontos.
. Evitem a “precipitação”. Ela está matando nossos policiais ou os levando para a prisão.
. Evitem a “valentia perigosa”; é uma “loteria”; poderá transformá-los num herói ou... num defunto... ou
num presidiário. E, tudo que é loteria, quando está em jogo a vida humana, inclusive a sua, não deve ser tentado.
Peçam apoio.
. Se houver incidentes de tiro tentem solucioná-los, com rapidez e sem ajuda.
. Apresentem-se para executar a pista com a súmula de avaliação de equipe nas mãos (cabeçalho preenchido).
Espingarda em “posição normal”; totalmente vazia. 3 (três) cartuchos singular (projétil único) mas mãos; serão os primeiros
a serem utilizados; e 5 (cinco) no porta cartuchos. Só municie o depósito e carregue a espingarda com ordem do professor.
Uniforme do serviço da sua Unidade. Colete balístico com plaqueta de identificação. Protetor ocular e auricular. .
. Vocês não saberão, antecipadamente, quantos disparos irão efetuar (quando vocês entram num confronto armado
verdadeiro também não sabem). Também não saberão o que irão encontrar na pista; sempre surpresa (como na vida real).
. Ao terminarem a pista travem o gatilho, tomem a “posição normal” e aguardem ordens. O professor irá
pedir para vocês entregarem a espingarda para ele (isso valerá pontos); façam-no de acordo com o que vocês
aprenderam, em absoluta segurança. Em seguida ele a devolverá para vocês. Após recebê-la de volta a mantenham
totalmente vazia, em “posição normal”. Cumprimentem-se (o cumprimento entre os integrantes da equipe é
obrigatório).
. Vocês poderão acompanhar o levantamento dos seus pontos nos alvos; sem tocar os alvos.
168

. Após o levantamento dos seus pontos nos alvos, e o preenchimento total da “súmula”, vocês deverão
conferi-la e assiná-la. Uma cópia será anexada aos seus assentamentos, juntamente com a “Súmula de Análise
Pessoal” (“Capítulo 03”, deste manual), e outras súmulas.
. Após passarem pela pista assistam pelo menos as duas próximas equipes a fazê-lo. Só saiam do local com
autorização do professor.
. Após passarem pela pista não a comentem com ninguém que ainda não a tenha executado; caso isso
ocorra vocês, e essa pessoa, serão eliminados e punidos disciplinarmente (“cola”). Lembrem-se:- trata-se de um
“teste” de avaliação importantíssimo; vidas inocentes futuras, inclusive as suas, poderão depender desse “teste”.
. Sempre, ao final da instrução do dia o professor deverá fazer vistoria física e visual, rigorosa, em todas as
armas para que só saiam do local vazias e em segurança. Em seguida, com o semblante alegre, reunirá os alunos,
elogiará a todos pela boa vontade, disciplina, colaboração, capacidade para aprender, etc. (elogios e palavras de
incentivo são extraordinariamente importantes, dão autoestima e gosto pela matéria). Fará comentários gerais sobre
a instrução. Destacará os pontos positivos da instrução; também os negativos e o que precisa ser melhorado. Dirá
que “o erro é professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que quando
acertamos” (Giraldi). Que alguns aprendem mais rápido do que outros e que isso é normal em todos os setores da
vida; que o importante é insistir até aprender; etc. Estimulará os alunos a fazerem perguntas; esclarecerá pontos
duvidosos e responderá essas perguntas. Antes de liberá-los solicitará uma salva de palmas para todos desejando-
lhes boa sorte; em seguida um aperto de mão, um toque firme, suave e amigo no ombro de cada um deles e um
“----- Até breve!” ou “---- Até a próxima oportunidade!” (ver item “20”, do Capítulo 02, deste manual.
18. Só encerrar a instrução do dia após aplicar o que está previsto no item “20”, do capítulo “02”, deste
manual.

“Somente avaliando a atuação do policial em “Pistas Policiais de Aplicação” é que se saberá se ele está
condições de atuar armado em defesa própria e da Sociedade; não há outra forma”. (Giraldi)

GIRALDI
169

ANEXO 21

PMESP - TDPV - “MÉTODO GIRALDI”®


ESPINGARDA 12
SÚMULA PARA “TREINAMENTO EM PLENO SERVIÇO”®
FORMA DE EXECUÇÃO (“com disparos reais” ou “teatro”):- _____________________________
OCORRÊNCIA SIMULADA:- ______________________________________________________________
UNIDADE:___________ Data:- ____/____/20_____ Local:- ____________________________
Professor responsável (Posto/Grad, RE, nome de guerra:- ______________________________________________
Pontuação máxima possível da guarnição:- _______ pts Pontuação máxima possível individual:-_______ pts
A:- ______________ ________________ ______________________ ___________________________________________
Posto/Grad RE Nome de Guerra Função dentro da guarnição
B:- _______________ _______________ ______________________ ___________________________________________
Posto/Grad RE Nome de Guerra Função dentro da guarnição
C:- ______________ _______________ ______________________ ____________________________________________
Posto/Grad RE Nome de Guerra Função dentro da guarnição

PROCEDIMENTOS QUE SERÃO AVALIADOS (Anotar apenas os errados) A B C


Pontuação máxima possível:- Número de procedimentos x 10 pts - Cada erro desconta 10 pts
Posicionamento da viatura
Reação no caso de ter sua viatura atacada com tiros e estar no seu interior.
Pedir apoio quando necessário
Desembarque
Equipamentos bem ajustados ao corpo facilitando a atuação
Varreduras, progressões e regressões
“Cobrir”, sempre, o flanco desprotegido do companheiro.
Não expor a própria vida, a vida de companheiros, e de pessoas inocentes, a risco de morte
Abordagem
Atuar protegido, a não ser que não exista necessidade desse procedimento
Olhar e cano da arma voltado para a direção do perigo; dedo fora do gatilho quando não for para atirar
“Verbalizações” (clara, educada, sem gírias, sem palavras ofensivas)
Reação a situações inesperadas
Posição correta da arma para o momento (“no coldre”, “de saque”, “sul”, “alerta”, “tiro”)
“Precipitação” ou “Valentia perigosa”
“Negociação”
Não direcionar a arma para pessoas sabidamente inocentes, inclusive com “refém tomado”
Capacidade para atuar em equipe
Aplicação e execução, correta, dos “sinais policiais”.
Controle emocional
Mostrar-se seguro durante toda a atuação.
Disparos, se necessários, dentro da legalidade (necessidade, oportunidade, proporcionalidade,
qualidade)
Não disparar em agressor se houver pessoas inocentes na mesma linha de tiro
TOTAL DOS PONTOS INDIVIDUAIS (máximo possível menos pts perdidos)

TOTAL DOS PONTOS DA EQUIPE (máximo possível menos pts perdidos da equipe)
Quando integrante da guarnição cometer erro o treinamento será interrompido e o erro corrigido após o que a guarnição reiniciará sua
atuação. O erro cometido será anotado na súmula; à sua frente, após a repetição e acerto será colocado “OK”.

_______________________ _______________________ _______________________ ___________________


As do policial “A” As do policial “B” As do policial “C” As do Professor
GIRALDI
170

ANEXO 22

PMESP - TDPV - “MÉTODO GIRALDI”®

ESPINGARDA 12

“TREINAMENTO EM PLENO SERVIÇO”


CAPÍTULO 15 C/C 13, DO “MÉTODO GIRALDI”
PARA OCORRÊNCIAS SIMULADAS COM DISPAROS REAIS OU SOB FORMA DE “TEATRO”
PROCEDIMENTOS QUE PODERÃO CONSTAR DAS SÚMULAS
OUTROS, COMPLEMENTARES, PODERÃO SER ELABORADOS PELO PROFESSOR
AUTOR:- CEL PMESP GIRALDI

Para alterar a quantidade de policiais na súmula:-


        1. Na súmula, para alterar a quantidade de policiais basta fazer o seguinte:-
         1.1. Correr o cursor deixando preto todo o conteúdo da letra "C" horizontal, no cabeçalho. Depois "copiar".
Depois levar o cursor um espaço para baixo do final do conteúdo da letra "C". Depois "colar". Pronto, aparece a
linha para o 4º policial, mas ainda com a letra "C" (pois foi colado); passar para "D".
        1.2. Depois colocar o cursor dentro da coluna "A". Depois "tabela". Depois "inserir". Depois "coluna à
esquerda". Pronto, aparece a coluna à esquerda para mais um policial. Coloque as letras "A", "B", "C", "D", a partir
da esquerda, no local para isso destinado. 
1.3. E assim sucessivamente.
1.4. Para diminuir a quantidade de policiais fazer operação inversa.

Com relação aos procedimentos:-


Os procedimentos deverão estar, sempre, relacionados com o uso da arma de fogo por parte do policial,
mesmo sem necessidade de saque (“Tiro Defensivo na Preservação da Vida”, “Método Giraldi”, e Sua Doutrina
para a Atuação Armada da Polícia, e do Policial, com a Finalidade de Servir e Proteger a Sociedade e a Si Próprio”
®).
Caso os espaços destinados aos procedimentos, existentes na súmula, não forem suficientes para todos os
procedimentos necessários, novas casas serão acrescentadas, bastando usar o ícone “tabelas”. Não há limite.
Quando da impressão aproveitar o verso da folha.
A quantidade de procedimentos que serão treinados e avaliados, e constarão da súmula, dependerá
dos objetivos a serem alcançados. Assim, por exemplo, poderão estar previstos 05 (cinco); 10 (dez); 15
(quinze); 20 (vinte) ou mais procedimentos.
À frente do procedimento tem que caber, sempre, a palavra “errado”, pois não serão assinalados os
procedimentos “corretos”; só os “errados”. Assinalar com um “x”.
O erro será individual, mas podendo ser cometido, por toda a equipe (ou parte dela), ao mesmo tempo
Erros de um mesmo policial, num mesmo procedimento, serão assinalados quantas vezes forem repetidos.
Cada procedimento “certo”, de cada policial envolvido na ocorrência simulada, valerá 10,0 pts. Assim, se
na súmula da ocorrência simulada estiverem previstos 15 procedimentos, a pontuação máxima de cada policial
será de 150 pts (10 x 15). Acrescentar no cabeçalho.
Quando, por circunstâncias especiais, um ou mais dos policiais não tiver que executar alguns dos
procedimentos, por não estar a ele afeto, será considerado como “correto”.
Obrigatoriamente, em todas as súmulas, o último procedimento será:- “Ao final o professor deve
elogiar os policiais e encerrar a instrução com uma salva de palmas”
171

A pontuação máxima da equipe será o máximo possível por parte de cada policial multiplicado pelo
número de policiais envolvidos na ocorrência simulada. Ex.:- Máximo possível por cada policial:- 150 pts.
Número de policiais envolvidos na ocorrência:- 3. Basta multiplicar 150 por 3; resultado:- 450 pts. Acrescentar no
cabeçalho.
A pontuação final individual de cada policial será o máximo possível menos o total de pontos por ele
perdidos.
A pontuação final da equipe será a soma da pontuação final dos seus integrantes. 
         A súmula matriz será anexada ao “RIT” do policial de maior posto ou graduação da equipe; cópias sua
serão anexadas ao “RIT” dos outros integrantes da equipe.
Terminado o “Treinamento em Pleno Serviço” aos seus executantes será servido, obrigatoriamente,
água, cafezinho e um lanche, antes de retornarem ao serviço.

O “Treinamento em Pleno Serviço” será feito com disparos reais quando o “Centro de Treinamento na
Preservação da Vida” tiver condições para isso, e sob forma de “teatro” quando não tiver (será usado qualquer
local).
No cabeçalho, logo à frente de “FORMA DE EXECUÇÃO” escrever:- “Com disparos reais”; ou “Sob
forma de “teatro”.
No cabeçalho, logo à frente de “OCORRÊNCIA SIMULADA”, escrever o nome dela; por exemplo
“Refém tomado”.
Em hipótese alguma a estrutura da súmula poderá ser alterada. Está registrada. Direitos autorais
reservados.
GIRALDI

Os procedimentos abaixo estão em letra tamanho “10”; é só selecioná-los e colá-los na súmula.


Outros, específicos à ocorrência simulada, desde que relacionados á arma de fogo, poderão ser acrescidos
pelo instrutor.
Procedimentos “errados”, desde que relacionados à arma de fogo, não previstos na súmula, deverão ser
anotados em “Outros procedimentos”.

Posicionamento da viatura
Reação no caso de ter sua viatura atacada com tiros e estar dentro dela
Pedido de apoio (atuar com superioridade de meios, inclusive humanos)
Desembarque
Capacidade para atuar em equipe
Cobertura ao companheiro
Mostrar-se seguro durante toda a atuação.
Educação no trato com as pessoas
“Sinais policiais”
Não expor a própria vida, e de companheiros, a risco de morte
Não expor a vida de pessoas inocentes a risco de morte.
Atuar protegido, a não ser que não exista necessidade desse procedimento
Olhar sempre na direção do perigo
“Verbalizações” (clara, educada, sem gírias, sem palavras ofensivas)
Reação a situações inesperadas
Controle emocional
Uso da força necessária (violência nunca; tortura jamais)
Posição correta da arma para o momento (“no coldre”, “de saque”, “sul”, “alerta”, “tiro”)
“Precipitação”
“Valentia perigosa”
Não direcionar a arma para pessoas sabidamente inocentes, inclusive com “refém tomado”
Arma direcionada sempre para o perigo
Dedo fora do gatilho quando não for para atirar
Disparos dentro da legalidade (necessidade, oportunidade, proporcionalidade, qualidade)
Arma de porte e mtr portátil:- Disparos de 2 em 2, rápidos. Fz, “12”, Car:- De 1 em 1
172

Não disparar em agressor se houver pessoas inocentes na mesma linha de tiro


Não disparar em agressor que estiver no meio do povo.
Segurança nos disparos evitando “balas perdidas”. Não efetuar disparos de advertência
“Varredura” após os disparos
Não manusear arma no interior de viatura
Atuar com a arma sempre carregada
Recarga (tática ou emergencial)
Solução de incidentes de tiro
“Negociação” (clara, educada, sem gírias, sem palavras ofensivas, sem ameaças)
Não tomar nenhuma medida que possa aumentar o risco a que a vítima já está sendo submetida
“Progressão”
“Regressão”
“Olhada rápida”
“Tomada de ângulo” ou “fatiamento”
Atuação em janelas (olhada rápida; fatiamento; etc.)
Atuação em portas (olhada rápida; fatiamento; etc.)
Atuação em esquinas (olhada rápida; fatiamento; etc.)
“Varredura” e transposição de muros
“Entrada” (sempre em equipe e como última alternativa)
Abordagem em pessoas a pé
Abordagem em pessoas embarcadas
Identificação de pessoa suspeita ou em atitude suspeita
Agradecer, com um sorriso, a colaboração da pessoa anteriormente suspeita e que era inocente
Algemamento
Revista pessoal
Atuação quando veículos (incluindo motos) rompem bloqueio
“Acompanhamento” de veículos suspeitos (incluindo motos)
Socorro às vítimas de confronto armado
Atuação com pouca luminosidade
Uso de lanterna combinado com a arma
Outros procedimentos
Ao final o professor deve elogiar os policiais e encerrar a instrução com uma salva de palmas
Terminado o treinamento a Unidade deverá fornecer água, cafezinho e lanche aos participantes antes de
regressarem ao trabalho.
GIRALDI
173

ANEXO 23 (manual de todas as armas)

PMESP – TDPV – “MÉTODO GIRALDI”®

“CURSO BÁSICO”
“SÚMULA DO OBSERVADOR” ®
Posto/Grad, nome de guerra do “aluno observador”:- _________________________________________
Posto/Grad, nome de guerra do “aluno observado”:- __________________________________________
Arma utilizada pelo “aluno observado”:- ___________________________________________________

Ao “aluno observador”:-
Fique em torno de 3 (três) metros de distância do aluno que você irá observar, em segurança, sem
atrapalhar a sua atuação e a atuação do professor.
Esteja com colete balístico; protetor ocular e auricular; plaqueta de identificação sobre o colete.
Anote apenas os erros do aluno que você está observando, de acordo com o abaixo especificado.
Para cada erro uma anotação em “x”. Se o erro repetir-se outra anotação.
Não interferir quando dos erros do “aluno observado”. Só com determinação do professor.

ERRADO
01. Arma e equipamentos bem ajustados ao corpo ........................................................ _____________
02. Estar com os braços soltos, ao longo do corpo, antes de sacar a arma ............................... _____________
03. Sacar a arma sem olhar usando apenas a “mão forte”, e olhando para a direção do perigo._____________
04. Manter o cano da arma e o olhar voltados sempre para a direção do perigo ................... _____________
05. Movimentar-se corretamente para tomar a posição da vez................................................ _____________
06. Posicionar-se, corretamente, para executar os disparos. Protegido, quando for o caso ..... ._____________
07. Manter o dedo fora do gatilho até o momento do disparo.................................................. _____________
08. Efetuar os disparos com rapidez. ................................................................................ _____________
09. Retirar o dedo do gatilho logo após os disparos ............................................................... _____________
10. Fazer “varredura” vertical e horizontal após os disparos................................................... _____________
11. Voltar à posição de partida executando os movimentos de forma correta .................. ..... _____________
12. Ao voltar à posição de partida, manter o cano da arma e o olhar voltados para a
direção do perigo, dedo fora do gatilho, até o momento de coldreá-la, travada ................... _____________
13. Manter o cano da arma voltado sempre para direção segura. ........................................... _____________
14. Efetuar a recarga de forma correta, e sem perder o contato visual com a área do perigo _____________
15. Atuar com a arma sempre carregada. ........................................................................ _____________
16. Coldrear, sem olhar, usando apenas a “mão forte”, e olhando para a área de perigo...... _____________
17. Outros erros. .................................................................................................................... _____________

_______________________________ ____________________________
Assinatura do “aluno observador” Visto do Professor
Anotações no verso
Depois de preenchida e assinada, devolver esta súmula ao professor da “oficina”.
GIRALDI
174

PMESP – TDPV – “MÉTODO GIRALDI”

CURSO BÁSICO
“SÚMULA DO OBSERVADOR”®
ESCLARECIMENTOS

Muitas vezes, quando da execução prática do “Curso Básico”, não há espaço, ou “barricadas de
treinamento”, etc., para que todos os alunos o executem ao mesmo tempo. Nessa situação, para que alguns
alunos não fiquem ociosos e, ao mesmo tempo aprendam, o professor deverá tomar as seguintes
providências:-
. Colocar, atrás do aluno que irá executar os exercícios práticos, um outro aluno que terá de aguardar a vez
para fazê-lo. Esse aluno tem o nome de “aluno observador”. O que irá executar os exercícios práticos tem o nome
de “aluno observado”.
. Posteriormente o professor inverterá a posição dos mesmos. O “aluno observado” passa para “aluno
observador”, e vice versa.
. O professor fornecerá, a cada “aluno observador”, uma “Súmula do Observador”, para preenchimento, por
parte do mesmo.
. Essa súmula não visa dar nota ou conceito ao aluno que está executando o “Curso Básico” (“aluno
observado”), mas fazer com que o “aluno observador” identifique seus erros, acertos, fique atento e aprenda com a
observação.
. Também não tem como finalidade “aprovar” ou “reprovar” o aluno “observador”, mas obrigá-lo a prestar
atenção à execução dos exercícios que estão sendo executados por seu companheiro (“aluno observado”). Saber se
esses exercícios estão sendo executados com correção ou incorreção, ao mesmo tempo em que acompanha as
explicações e os ensinamentos do professor. Dessa forma o “aluno observador” já vai aprendendo como executar os
exercícios, se ainda não os executou; ou, confirmará o que já aprendeu se já os executou.
. Em situações especiais o professor poderá escalar grupos de dois, três, ou mais alunos para atuarem como
“alunos observadores” de um só “aluno observado”. Cada “aluno observador” preencherá a sua “Súmula do
Observador”, isoladamente.
. Situações inversas também poderão ocorrer, isto é, um só “aluno observador” atuar sobre vários “alunos
observados”.
. O “aluno observador” não deve interferir quando dos erros do “aluno observado”; isso é competência do
professor. Só o fará se o professor assim determinar.
. Após a execução de cada exercício, havendo tempo e condições, com a autorização do professor, e, sem
atrapalhar o trabalho do professor, o “aluno observador” comentará, junto ao “aluno observado”, os erros que o
mesmo cometeu na execução do exercício. Isso é importantíssimo para ambos. O professor deverá dar um tempo
para que isso aconteça.
. Após preencher e assinar a súmula o “aluno observador” a entregará ao professor.
. O professor fará análise sobre a mesma e a assinará. Fará comentários sobre ela, e a devolverá para o
“aluno observador” para que esse possa comentá-la com o “aluno observado”.
. Com autorização do professor o “aluno observado” poderá ficar com a posse definitiva da súmula.
. A “súmula do observador” poderá ser aplicada em todas as armas; o professor fará as adaptações
necessárias para isso.
GIRALDI
175

ANEXO 24

PMESP – TDPV – “MÉTODO GIRALDI”®

“PISTA POLICIAL DE INSTRUÇÃO” – “PISTA POLICIAL ESPECIAL”


“PISTA POLICIAL DE APLICAÇÃO” – “OUTRAS PISTAS”
“SÚMULA DO OBSERVADOR” ®
ESPINGARDA 12

Posto/Grad, nome de guerra do “aluno observador”:-__________________________________


Posto/Grad, nome de guerra do “aluno observado”:- ___________________________________
Ao “aluno observador”:-
Fique em torno de 3 (três) metros de distância do aluno que você irá observar, em segurança, sem
atrapalhar a atuação dele e a atuação do professor.
Esteja com colete balístico, protetor ocular, protetor auricular e plaqueta de identificação sobre o colete.
Anote apenas os erros do aluno que você está observando, de acordo com o abaixo previsto.
Para cada erro uma anotação. Se o erro repetir-se, outra anotação.
Não interferir quando dos erros do “aluno observado”. Só com determinação do professor.

ERRADO
01. Arma e equipamentos bem ajustados ao corpo ................................................. ______________
02. “Progressão” (do início ao fim). Cada erro uma anotação ..............................______________
03. Manter o cano da arma e o olhar voltados sempre para a direção do perigo .......______________
04. Atuar sempre protegido......................................................................................______________
05. “Varreduras” nas esquinas, janelas, etc. (incluindo, se for o caso, a “olhada rápida”)__________
06. Não ultrapassar a arma, ou qualquer parte do corpo, para além do limite de segurança_________
07. Manter o dedo fora do gatilho até o momento do disparo..................................______________
08. Efetuar os disparos com rapidez..................................................................... _____________
09. Retirar o dedo do gatilho logo após os disparos.................................................______________
10. Manter a arma recarregada, em “posição de tiro”, efetuando “varredura”, após os disparos ._____
11. “Verbalizações”, com posições corretas da arma .............................................______________
12. “Negociações”, com posições corretas da arma ...............................................______________
13. Atuar com a arma sempre carregada. ...........................................................................______________
14. Disparar em alvo não atirável (cada disparo um erro)........................................______________
15. Manter o cano da arma voltado sempre para direção segura. ............................______________
16. Remuniciamento correto, protegido, e sem perder o contato visual com a área do perigo ____________
17. “Regressão” (do início ao fim). Cada erro uma anotação .................................______________
18. Outros erros. ....................................................................................................______________

_________________________________ __________________________________
Assinatura do “aluno observador” Assinatura do Professor

Anotações no verso
Após preenchida e assinada, devolver esta súmula ao professor.
GIRALDI
176
177

PMESP – TDPV – “MÉTODO GIRALDI”®

“PISTA POLICIAL DE INSTRUÇÃO” – ‘PISTA POLICIAL ESPECIAL” -


“PISTA POLICIAL DE APLICAÇÃO” – “OUTRAS PISTAS”
“SÚMULA DO OBSERVADOR”®
ESCLARECIMENTOS

Quando o professor estiver ministrando a parte prática da “Pista Policial de Instrução” (“PPI”), da “Pista
Policial Especial” (“PPE”), da “Pista Policial de Aplicação” (“PPA”), ou de “Outras Pistas”, poderá aproveitar
alunos que não as estejam executando para atuarem como “observadores” de alunos que as estejam executando
(“observados”).
Nessas ocasiões o professor determinará o uso e preenchimento da “Súmula do Observador”, por parte do
“aluno observador”.
Essa súmula não visa dar nota ou conceito ao aluno que está executando a pista (“aluno observado”), mas
fazer com que o “aluno observador” identifique seus erros, acertos, fique atento e aprenda com a observação.
Também não tem como finalidade “aprovar” ou “reprovar” o “aluno observador”, mas obrigá-lo a prestar
atenção à execução dos exercícios que estão sendo executados por seu companheiro (“aluno observado”). Saber se
esses exercícios estão sendo executados com correção ou de forma errada; ao mesmo tempo em que acompanha as
explicações do professor. Dessa forma, o “aluno observador” aprende como fazer os exercícios; posteriormente,
através da prática, deverá ficar condicionado a fazê-lo, ou, se já os executou, confirmará o seu aprendizado.
Em situações especiais o professor poderá escalar grupos de dois, três, ou mais aluno para atuarem como
“alunos observadores” de um só “aluno observado” (ou “equipe de observado”). Cada “aluno observador”
preencherá a sua “Súmula do Observador”, isoladamente.
A atuação do “aluno observador” poderá se dar em relação a companheiros que estejam executando a pista
individualmente, ou em equipe.
Naturalmente que, com relação à “PPA”, o professor só escalará “alunos observadores” que já a tenham
executado.
O “aluno observador” não deve interferir quando dos erros do “aluno observado”; isso é competência do
professor. Só o fará se o professor assim o determinar.
Não havendo condições, só atuarão como “observadores” os alunos que o professor julgar com mais
necessidade para isso. Mas, se houver possibilidades de todos atuarem como tal, isso deverá ocorrer.
Após o “aluno observado” passar pela pista, e ser liberado pelo professor, o “aluno observador”, sem
atrapalhar o trabalho do professor, comentará, com ele, seus erros na execução da pista. Isso é importantíssimo para
ambos.
Após preencher e assinar a súmula o “aluno observador” a entregará ao professor.
O professor fará análise sobre a mesma e a assinará. Fará comentários sobre ela, e a devolverá para o
“aluno observador”, para que este possa comentá-la com o “aluno observado”. O “aluno observado” ficará de posse
definitiva da súmula.
A “Súmula do Observador” poderá ser aplicada para todas as armas. O professor fará as adaptações
necessárias para isso.
GIRALDI
178

ANEXO 25

PMESP – TDPV – “MÉTODO GIRALDI”®

CEL GIRALDI – AUTOR DO “MÉTODO GIRALDI”®


CURRÍCULO PROFISSIONAL

Nilson Giraldi
Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Tambem professor e educador.
60 anos de experiência profissional em Segurança Pública, Polícia e Tiro.
Sua carreira vai de soldado a coronel.
Fez todos os cursos da Polícia Militar do Estado de São Paulo sendo sempre o 1º colocado. Depois foi
professor de todos esses cursos.
Também fez cursos e estágios de especialização dentro e fora da Polícia Militar do Estado de São
Paulo.
Faz parte, entre outros, do Corpo Docente do “Centro de Altos Estudos de Segurança” da Polícia
Militar do Estado de São Paulo responsável pela formação de mestres e doutores em “Ciências Policiais de
Segurança e Ordem Pública”.
Especialista em:- "Segurança Pública e Polícia"; "Uso Progressivo da Força"; "Gerenciamento de Crises";
"Negociação"; "Polícia Comunitária"; “Direitos Humanos”; “Direitos Humanos do Policial”; "Investimento e
Valorização do Capital Humano do Policial"; “Relacionamento Familiar e Humano”; “Qualidade de Vida”;
“Educação”; "Drogas, Dependência e Codependência Química", “Método Giraldi”.
Atua como assessor, consultor, professor e palestrante dessas matérias em nível nacional e internacional,
inclusive na PMESP.
Autor do “Método Giraldi”® o qual tem como finalidade preparar o policial para servir e proteger a
sociedade e a si próprio; internacionalmente aprovado, divulgado recomendado, e ensinado, inclusive em língua
inglesa.
O “Método Giraldi” reduz em 100% a morte de pessoas inocentes provocada por policiais em
serviço, também daquelas contra as quais não há necessidade de disparos (agressores). Reduz em 100% a
perda da liberdade do policial pelo uso incorreto da arma de fogo. Reduz em mais de 95% a morte de
policiais em serviço, os outros quase 5% são as fatalidades, quase impossíveis de serem evitadas (execuções).
Por iniciativa e patrocínio do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, através de comissão
internacional por ela nomeada, o “Método Giraldi” foi transversalizado com os princípios da Carta da ONU
para o assunto; com as convenções e tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário; com as “Sete
Normas Internacionais para Defesa do Cidadão; com os “Direitos Humanos”, tendo sido integralmente aprovado
por estar totalmente de acordo com suas determinações e normas.
Único método relacionado ao uso progressivo da força, inclusa a arma de fogo, do mundo, a merecer
tamanha distinção e consideração. Uma honra para o Brasil.
Seu “Método” está, também, de acordo com as Leis, a Realidade e a Política Policial Brasileira, assim
como as dificuldades financeiras das polícias que a constitui.
Simples, prático, barato, objetivo, de fácil aprendizado; ao gosto e respeito dos policiais. Pode ser
feito em qualquer parte sem necessidade de locais sofisticados e materiais especiais.
O trabalho do Cel Giraldi é totalmente gratuito; não visa lucro ou qualquer recompensa que não seja
colaborar com as polícias, com os policiais e com a Sociedade. Está à disposição de todos de forma gratuita,
inclusive a distribuição dos seus materiais.
Cursos de Direitos Humanos e de Polícia Comunitária Internacional, agregam o “Método Giraldi”
por considerá-lo imprescindível ao seu complemento, o mesmo ocorrendo com os “Seminários Latinos de
Direitos Humanos”.
Com o “Método Giraldi” a Polícia Militar do Estado de São Paulo se tornou exemplo, modelo e
referência internacional relacionada ao uso progressivo da força, inclusa a arma de fogo.
O Cel Giraldi ainda tem, no seu currículo, como praticante do tiro esportivo de competição, 45
(quarenta e cinco) títulos de Campeão Brasileiro, com vários recordes, nas três modalidades existentes
(olímpico, prático e policial).
ANTONIO BAPTISTA
SECRETÁRIO
179

PÁGINA AVULSA

MELHORES FIRMAS E ENDEREÇOS PARA AQUISIÇÃO DE MATERIAIS DESTINADOS


AO “TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA”, “MÉTODO GIRALDI”
...............................................................................................................................................................

ALVOS, OBRÉIAS, ETC.:-

“LCL” – COMÉRCIO DE ALVOS


RUA FLORIANO PEIXOTO, N° 304
SÃO CAETANO DO SUL – SP
TEL. 11 – 4226.4843 11 – 4224.3732 11 – 9997.5971
lcl@alvos.com.br

Obs.:- Envia por transportadora


................................................................................................................................................................

ARMAÇÕES DE FERRO, FIXAS E MÓVEIS, TODOS OS MODELOS (“Cainte Simples”; “cainte duplo”;
“subinte”; “abrinte”; “vira vira”; etc.):-

SERRALHERIA “MÁRIO MENCIA CAMPOS”


RUA FLORESTA, nº 7-33
BAURU – SP
17020-030
TEL. 14 – 3239.8959

Obs.:- Envia por transportadora


................................................................................................................................................................

BREVÊS DO “TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA”, “MÉTODO GIRALDI”, METÁLICO:-

“METALÚRGICA PANELLI LTDA” - RUA ALFREDO MAIA, Nº 318 - BAIRRO DA LUZ - SÃO PAULO –
SP - 01106-110 - TEL. 11- 228.4697 11 – 3313.2779

Obs.:- Envia por “sedex” ou transportadora


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BREVÊS DO “TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA”, “MÉTODO GIRALDI”, BORDADO:-

“STEFAN FLIEG LTDA” - RUA DA CONSOLAÇÃO, Nº 960 - SÃO PAULO – SP - 01302-000 - TEL. 11 –
3256.9869 0800-100417

Obs.:- Envia por “sedex” ou transportadora


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BREVÊ DO “TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA”, “MÉTODO GIRALDI”, EMBORRACHADO,


SEM CORES, PARA USO EM UNIFORMES CAMUFLADOS E SIMILARES:-

“MAGALHÃES SUCUPIRA”:– QD 10 – BL “A” – LOJAS 39/40 – CRUZEIRO VELHO – BRASÍLIA – DF – Tel.


61 – 3233.2863
“UNIMIL”:- QD 10 – BL “A” – LOJA 48 – CRUZEIRO VELHO – BRASÍLIA – DF – TEL. 61 – 3233.3419
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CONSTRUÇÃO, REFORMA E ADAPTAÇÃO DE LOCAIS PARA


INSTRUÇÃO PRÁTICA DO “MÉTODO GIRALDI”

Sr. Caio Corradini & Filhos - pforone@yahoo.com.br petizinha@ig.com.br


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OBS.:- O CEL GIRALDI E O CAP SUERO NÃO PARTICIPAM DE QUALQUER


PORCENTAGEM, LUCRO OU VANTAGENS DAS VENDAS E SERVIÇOS.

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