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Jose Carlos Libâneo analisa em sua obra Didática, o conceito de método de ensino, assim como, propõe indicativos

para a orientação de professores. O autor apresenta métodos de exposição pelo professor, métodos de trabalho
independente, métodos de elaboração conjunta e métodos de trabalho em grupo.
O processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do professor e dos discentes. Segundo o autor,
primeiramente dependem dos objetivos imediatos da aula; seguindo da escolha e organização dos métodos de
conteúdos específicos e terceiro o conhecimento das características dos alunos. Portanto, diagnosticando o
processo formativo trazido para o novo campo de estudo. Em função dos métodos de ensino estar obrigatoriamente
vinculados aos objetivos gerais e específicos, as decisões de selecioná-los para utilização didática, depende de uma
metodologia mais ampla do processo educativo, portanto, veremos a seguir os princípios e diretrizes, métodos e
procedimentos organizativos:

 'Conceito de método de ensino'


São as ações do professor no sentido de organizar as atividades de ensino, a fim de que os alunos possam atingir
os objetivos em relação a um conteúdo específico, tendo como resultado a assimilação dos conhecimentos e o
desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos.

 'A relação objetivo-conteúdo-método'


Essa relação tem como característica a interdependência. Da mesma forma que o método é determinado pela
relação objetivo-conteúdo, pode também influir na determinação de objetivos e conteúdos, ou seja, os métodos na
proporção que são utilizados para a transmissão e assimilação de determinadas matérias, atuam na seleção de
objetivos e conteúdos.

 'Os princípios básicos do ensino'


Apesar de os estudos que vêm sendo desenvolvidos por educadores sobre esses assuntos ainda serem
insuficientes, as exigências práticas requerem certos indicativos para orientação dos professores em relação aos
objetivos do ensino.

 'Ter caráter científico e sistemático'


O professor deve buscar a explicação científica de cada conteúdo e orientar o aluno para o estudo independente
que utilize os métodos científicos da matéria.

 'Ser compreensível e possível de ser assimilado'


A combinação desse princípio com o caráter científico e sistemático compatibiliza as condições prévias para
assimilação de novos conteúdos pelos alunos. O professor deve dosar o grau de dificuldade, a fim de superar a
contradição entre as condições prévias e os objetivos. Periodicamente fazer um diagnóstico do nível de
conhecimento e desenvolvimento dos alunos, analisando sistematicamente a correspondência entre o volume de
conhecimento e as condições do grupo de alunos, obtendo aprimoramento e, principalmente, atualização dos
conteúdos da matéria que leciona, tornando-a, dessa forma, compreensíveis e assimiláveis pelos alunos.

 'Assegurar a relação conhecimento-prática'


A principal característica dessa relação é o estabelecimento de vínculos entre os conteúdos que são ministrados
pelos professores com a real aplicabilidade prática do conhecimento adquirido pelo aluno, ou seja, deve-se mostrar
aos alunos que os conhecimentos são resultados de experiências de gerações anteriores que visavam atender a
uma necessidade prática.

 'Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem'


Os métodos de ensino utilizados pelo professor devem ser claros e estimular os alunos à atividade mental, melhor
dizendo, o método de ensino deve fazer com que o aluno utilize suas habilidades para construir o conhecimento e
não simplesmente "Aprender fazendo". O professor deve esclarecer sobre os objetivos da aula e sobre a importância
dos novos conhecimentos na seqüência dos estudos, ou para atender a necessidades futuras.

 'Garantir a solidez dos conhecimentos'


A principal exigência para o professor atender a esse princípio é a utilização com freqüência da recapitulação da
matéria, da aplicação de exercícios de fixação e para alunos que apresentem dificuldades e sistematização dos
conceitos básicos da matéria, a aplicação de tarefas individualizadas.

 'Levar à vinculação trabalho coletivo - particularidades individuais'


O professor, sem deixar de atentar para as características individuais de seus alunos, deve empenhar-se e
organizar-se para atender o interesse coletivo.

Método de exposição pelo professor[editar]


Nesse método, a atividade dos alunos é receptiva, embora, não necessariamente passiva, cabendo ao professor a
apresentação dos conhecimentos e habilidades, que podem ser expostos das seguintes formas:
• Exposição verbal - como não há relação direta do aluno com o material de estudo, o professor explica o assunto de
modo sistematizado, estimulando nos alunos motivação para o assunto em questão.
• Demonstração – o professor utiliza instrumentos que possam representar fenômenos e processos, que podem ser,
por exemplo: visitas técnicas, projeção de slides.
• Ilustração - são utilizadas pelo professor, tal como na demonstração, a apresentação de gráficos, seqüências
históricas, mapas, gravuras, de forma que os alunos desenvolvam sua capacidade de concentração e de
observação.
• Exemplificação - nesse processo, o professor faz uma leitura em voz alta, quando escreve ou fala uma palavra,
para que o aluno observe e depois repita.
A finalidade é ensinar ao aluno o modo correto de realizar uma tarefa.

Método de trabalho independente[editar]


Esse método consiste na aplicação de tarefas para serem resolvidas de forma independente pelos alunos, porém
dirigidas e orientadas pelo professor. A maior importância do trabalho independente é a atividade mental dos alunos,
para que isso ocorra de forma adequada é necessário que: as tarefas sejam claras, compreensíveis e à altura dos
conhecimentos e da capacidade de raciocínio dos alunos, tendo o professor que assegurar condições para que o
trabalho seja realizado e acompanhar de perto a sua realização.

Método de elaboração conjunta[editar]


A forma mais típica desse método é a conversação didática, onde o professor através dos conhecimentos e
experiências que possui, leva os alunos a se aproximar gradativamente da organização lógica dos conhecimentos e
a dominar métodos de elaboração das idéias independentes.
A forma mais usual de aplicação da conversação didática é a pergunta, tanto do professor quanto dos alunos. Para
que o método tenha validade e aplicabilidade é necessário que a preparação da pergunta seja feita com bastante
cuidado, para que seja compreendida pelo aluno. Por isso, esse método é reconhecido como um excelente
procedimento para promover a assimilação ativa dos conteúdos, suscitando a atividade mental, através da obtenção
de respostas pensadas sobre a causa de determinados fenômenos, avaliação crítica de uma situação, busca de
novos caminhos para soluções de problemas.

= Conteúdo do cabeçalho[editar]
Quando se aplica
°quando os alunos como cientista Bento Muchecua fernando não tem bases suficiente de pre requisito ]]'

Método de trabalho em grupo[editar]


Esse método consiste, basicamente, em distribuir temas de estudo iguais ou diferentes a grupos fixos ou variáveis,
compostos de três a cinco alunos, e que para serem bem sucedidos é fundamental que haja uma ligação orgânica
entre a fase de preparação, a organização dos conteúdos (planejamento) e a comunicação dos seus resultados para
a turma.
Entre as várias formas de organização de grupos, destacamos as seguintes:
• Debate - consiste em indicar alguns alunos para discutir um tema polêmico perante a turma.
• Philips 66 - para se conhecer de forma rápida o nível de conhecimento de uma classe sobre um determinado tema,
o professor organiza seis grupos de seis alunos que discutirão a questão em poucos minutos (seis minutos) para
apresentarem suas conclusões. Pode ser organizado também em cinco grupos de cinco alunos, ou ainda em dupla
de alunos.
• Tempestade Mental - esse método é utilizado de forma a ser dado um tema, os alunos dizem o que lhes vem à
cabeça, sem preocupação com censura. As idéias são anotadas no quadro-negro e finalmente só é selecionado o
que for relevante para o prosseguimento da aula.
• Seminário - Um aluno ou um grupo de alunos prepara um tema para apresentá-lo à classe.

Atividades Especiais[editar]
São aquelas que complementam os métodos de ensino e que concorrem para a assimilação ativa dos conteúdos.
Podemos citar como exemplo:
• Estudo do meio - é a interação do aluno com sua família, com seu trabalho, com sua cidade, região, país, através
de visitas a locais determinados (órgãos públicos, museus, fábricas, fazendas, etc.). Todavia, o estudo não se
restringe apenas a visitas, passeios, excursões, mas, principalmente, à compreensão dos problemas concretos do
cotidiano, pois não é uma atividade meramente física e sim mental, para que, através dos conhecimentos e
habilidades já adquiridos, o aluno volte à escola modificada e enriquecida, através de novos conhecimentos e
experiências.
• Planejamento - O professor deve visitar o local antes e colher todas as informações necessárias para, depois, em
sala de aula, junto com os alunos, planejar as questões a serem levantadas, os aspectos a serem observados e as
perguntas a serem feitas ao pessoal do local a ser visitado.
• Execução - Com base nos objetivos do estudo e o tipo de atividade planejado e com a orientação do professor, os
alunos vão tomando notas, conversando com as pessoas, perguntando sobre suas atividades, de modo que os
objetivos planejados sejam atingidos adequadamente.
• Exploração dos resultados e avaliação - através da preparação de um relatório sobre as visitas, os alunos
registrarão o que aconteceu, o que foi visto, o que aprenderam e que conclusões tiraram. Os resultados serão
utilizados para a elaboração de provas, e para avaliar se os objetivos foram alcançados.

Piaget e o Construtivismo[editar]
Jean Piaget nasceu na Suíça em Neuchâtel, 1896 e morreu em 1980 na cidade de Genebra na Suíça. Biólogo de
formação que estudou Filosofia (Teoria do Conhecimento, Bergson e outros temas), Psicologia por estar instigado
com a possibilidade divina de criação das coisas, pois para ele a identificação de Deus à idéia de vida dá a Biologia
a chave da explicação que muitos filósofos já procuravam: a explicação de todas as coisas; Para ele, então, a
principal questão que a ciência da vida poderia resolver seria a questão epistemológica mais propriamente ligada a
teoria do conhecimento.
Para Piaget a construção do conhecimento está ligado a desde cedo ao desenvolvimento de estruturas cognitivas
sofisticadas, construídas pelo individuo para responder à questões ligadas a experiência (o indivíduo teria um “mapa
mental interno” aonde arquivaria o conhecimento que fosse obtendo). O importante é que para ele o conhecimento é
construído pela interação com o objeto a partir da tentativa consciente para entender o objeto, ou seja, antes mesmo
de entender por completo o objeto, o individuo teria formado uma hipótese (um entedimento sobre o objeto) com a
qual intermediária com a prática (a ação) sobre o objeto (isto é chamado de “práxico”, mistura de teórico com
prático). Em outras palavras, pode se dizer que sua teoria resume-se em: a construção do conhecimento ocorre
quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em
assimilação ou acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em construção de esquemas.
Ele é crítico do Behaviorismo de Skinner que nos diz que o conhecimento só pode ser entendido através da
percepção sensível (Empirismo) sem nenhum “Apriorismo” (Inatismo, cujos principais representantes foram Platão e
Kant) ou Racionalismo (principal representante foi Descartes) sem primeiro ter a sensação pela experiência. O
Empirismo indutivo seria para Skinner a única forma de conhecer. O empirista J. Locke em sua teoria da Tabula
Rasa (ardósia em branco) esclarece melhor o que é o Empirismo: A nossa mente seria uma espécie de papel ou
quadro em branco, sobre o qual seria gravado o conhecimento que seria obtido a partir das sensações. Para ele
todas as pessoas nasceriam sem nenhuma informação (é contra o Inatismo ou Apriorismo). Mas Skinner é o
representante mais radical (tenta demonstrar e seguir esta teoria a risca), pois para ele o individuo desde a infância
seria estimulado pelo meio e responderia a este estímulo (estímulo e resposta). O individuo para ele seria passível
ao objeto (sem nenhuma construção exagerada que ,por exemplo, Freud estabelecia) e sem nenhuma interferência
da consciência humana, apenas o ser associaria os objetos e os fatos puros através das sensações que seriam
totalmente exteriores ao individuo. As ciências humanas (algumas das correntes das ciências humanas) explicam
que o individuo não é passível diante do objeto, pois o ser não tem como ser totalmente neutro porque ele está
situado dentro de um contexto histórico que o influenciaria.

Princípios do Construtivismo presentes na escola [editar]


1) A Aprendizagem é uma constante procura do significado das coisas. A Aprendizagem deve pois começar pelos
acontecimentos em que os alunos estão envolvidos e cujo significado procuram construir.
2) A construção do significado requer não só a compreensão da "globalidade" como das "partes" que a constituem.
As "partes" devem ser compreendidas como integradas no "contexto" das "globalidades". O processo de
aprendizagem deve portanto centrar-se nos "conceitos primários" e não nos "fatos isolados".
3) Para se poder ensinar bem é necessário conhecer os modelos mentais que os alunos utilizam na compreensão
do mundo que os rodeia e os pressupostos que suportam esses modelos.
4) Aprender é construir o seu próprio significado e não o encontrar as "respostas certas" dadas por alguém.

Conceitos-chave[editar]
ESQUEMAS: São estruturas mentais pelas quais os indivíduos intelectualmente organizam o meio, elas se
modificam com o desenvolvimento mental e tornam-se cada vez mais refinadas. Piaget utiliza-se de uma metáfora
para explicá-las: é, pois, um arquivo de dados na nossa cabeça.
ASSIMILAÇÃO: É o processo de colocar novos eventos em esquemas existentes, ou seja, trata-se da incorporação
de elementos exteriores (objetos, acontecimentos...). O mecanismo cognitivo em que o individuo capta o ambiente e
o organiza, utilizando estruturas já existentes.
ACOMODAÇÃO: Consiste na modificação de um esquema em função das particularidades de um objeto a ser
assimilado, podendo ocorrer de duas formas: 1.Criar um novo esquema no qual se encaixe o novo estímulo
2.Modificar um já existente de modo que o estímulo possa ser incluído
Após haver a acomodação, tenta-se novamente encaixar o estimulo em um esquema, resultando, então, na
assimilação. O balanço entra a assimilação e a acomodação é chamado de adaptação.
O individuo constrói e reconstrói continuamente as estruturas, contudo, essas construções seguem um padrão que
Piaget chama de estágios.
ESTÁGIOS: 1.Sensório-motor ( 0 a 2 anos) – começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o
meio; o contato com o meio é direto, ou seja, sem representação e pensamento, a inteligência é prática.
2.Pré-operatório (2 a 7 anos) – ocorre a interiorização dos esquemas de ação construídos no estágio anterior; surge
uma inteligência simbólica; a criança não aceita o acaso (fase dos “porquês”).
3.Operatório-concreto ( 7 a 11 anos) – não se limita a uma representação imediata, mas inda depende do mundo
concreto para chegar à abstração.
4.Operatório-formal (12 anos em diante) – a representação agora permite a abstração total.
Portanto, o Construtivismo de Piaget consiste na continua construção e transformação do conhecimento, levando ,
conforme o amadurecimento do indivíduo, a tornar-se cada vez mais apto e preparado para a assimilação de novos
estímulos, criando esquemas mais completos e genéricos. Para ele, o conhecimento consiste na organização e
compreensão do meio ( dos objetos e dos acontecimentos), que muda e forma-se por toda a vida.

Paulo Freire e o método dialógico de ensino[editar]


O próprio ofício do educador, de acordo com as concepções contidas no livro “Pedagogia do oprimido”, deve ser
exercido na interação com o educando sem que o conhecimento venha “de cima para baixo” ou “de fora para
dentro”. Ao contrário, o conhecimento e o ensino se constroem num sistema de trocas onde educadores e
educandos aprendem ao mesmo tempo enquanto dialogam e fazem reflexões críticas, comparações e relações com
base nos conteúdos. Por isso esse método se chama “dialógico” – depende da interação. É dito: “Ninguém educa
ninguém, ninguém se educa sozinho, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, e é uma frase que
resume bem o papel da união entre os agentes da educação, e portanto da liberdade – é através da comunhão, do
diálogo critico e libertador que um mundo melhor se torna possível. Para Paulo Freire, a revolução tem um grande
caráter pedagógico em seu interior, do qual não pode ser separada. Isso faz com que educação dialógica e luta por
um mundo sem opressão e menos violento andem juntas.
Essa concepção da educação, cujo papel na humanização (processo onde a humanidade é restituída àqueles
indivíduos que tiveram sua própria condição humana negada, através da opressão que sofreram) é muito grande, vai
contra o que Freire chama de “educação bancária”, onde o professor é aquele que detém o conhecimento, e o aluno
é o ignorante que deverá ser preenchido com os “depósitos” de saber que o outro faz. Nessa forma de educação o
professor estuda fora da aula, investigando objetos e os conhecendo para depois, na escola, fazer um mero relatório
do que estudou. Assim, a relação entre educador e educando, no modo como é praticada hoje, se mostra dicotômica
e contraditória na medida em que opõe em lados opostos os agentes que deveriam estar em conjunto e interação. A
educação “bancária” precisa ser superada, pois não há educação baseada unicamente na autoridade que possa ser
crítica. Nesse tipo de educação, se dá maior importância para a sonoridade e forma das palavras do que pelo
conteúdo das palavras em si, procurando sempre fazer com que o saber seja facilmente lembrado. Ou seja: A
memorização dos conteúdos substitui o entendimento e a criatividade necessários para se ter uma visão crítica de
mundo. Isso faz com que o “aprendizado” do aluno seja puro arquivamento, e Freire fala que dessa maneira o
próprio indivíduo é arquivado, pois sua ingenuidade é estimulada e ele acaba alienado - colocado junto às massas
manipuladas e sem senso crítico. A educação “bancária” é a que interessa aos opressores, pois ensina a seus
educandos a adaptação ao invés da crença na mudança. Quanto mais conformados os indivíduos forem, melhor
para a manutenção do sistema.
A pedagogia do oprimido, ao contrário, prepara os indivíduos para pensarem e raciocinarem por si mesmos e em
conjunto acerca do mundo que os cerca. Além dos conteúdos a sociedade também será problematizada nesse tipo
de educação, e será assunto abordado e colocado freqüentemente em pauta. Quanto mais a discussão incitar o
educando a pensar sobre seu papel social e a natureza da sua existência, mais ele se sentirá desafiado e
responderá ao desafio. Fazendo relações entre essas reflexões ele estará estimulando sua capacidade crítica de
perceber as coisas e portanto será cada vez menos alienado. Isso é uma ameaça à realidade injusta, pois indivíduos
capazes de questionar não são de maneira nenhuma convenientes para os opressores. Por isso se dá que a
pedagogia idealizada no livro é essencialmente ligada com a revolução, e tem um caráter desmistificador. É através
dessa educação do diálogo que a condição do oprimido e as contradições das atitudes dos opressores serão
colocados em xeque, fazendo com que os indivíduos se conscientizem e passem a ser agentes da história – não
apenas expectadores.

Novos rumos para a educação – Ensino sem


professores?[editar]
Ao contrário do que queria Paulo Freire, a educação “bancária” ainda predomina, e educar tem tido que ver
especialmente com a memória.
A televisão foi recebida com euforia por alguns educadores, sobretudo aqueles que se responsabilizavam pela
gestão da educação pública nos Estados Unidos na época. Aquela fantástica caixa eletrônica, capaz de trazer o
mundo para a sala de visitas, poderia vir a se tornar a solução para muitos dos problemas fundamentais da
Educação. O enorme alcance da TV resolveria a questão da universalização do ensino os professores - essa
categoria considerada tão incômoda poderia, com tempo, ser dispensada. A imprecisão da linguagem oral até então
dominante seria substituída por imagens objetivas, "verdadeiras", retrato “indiscutível” do real.
Dinâmicos e motivadores, todos os estudos seriam prazerosos a partir de então. Os mais otimistas chegavam a
acreditar na possibilidade de homogeneização absoluta da educação, concretizando a pretensa igualdade de
oportunidades, fundamento básico da ideologia liberal-burguesa. Pode parecer que hoje em dia, com o declínio dos
programas educativos na televisão, este discurso esteja obsoleto – mas ele ainda hoje está presente quando se
insiste no caráter "democrático" da Internet.
Essa crença desmesurada no poder das novas tecnologias apoiava-se na predominância de uma concepção de
ensino como mera transmissão de informações, resultante de séculos de hegemonia da Educação Tradicional.
Ainda, essa crença pode ser agregada a noções Behavioristas – que apesar de toda crítica que sofreram, ainda
sobrevivem, por exemplo, em muitos dos atuais softwares educativos, que possuem os mesmos mecanismos do
ensino programado de Skinner. São infinitamente mais atraentes em termos plásticos do que os maçantes manuais
do ensino programado, uma vez que vêm com todo um aparato visual e usam provavelmente de técnicas cognitivas
baseadas na psicologia da Gestalt - mas sustentam-se na mesma concepção psicológica condutista, fundada no
adestramento obtido através do condicionamento operante.
Não é possível, entretanto, cair no preconceito puro à tecnologia e simplesmente ser contra a tecnologia, uma vez
que o aperfeiçoamento tecnológico do ensino é uma realidade e cada vez mais toma espaço nas salas de aula. O
uso crescente de projetores, computadores e afins possibilita a inserção do ensino em um universo midiático e
tecnológico, e a própria internet, com seu dito caráter “democrático”, fez possível a existência do ensino à distância
numa escala de alcance nunca antes imaginada. A questão não é negar a tecnologia, o que parece ser impossível,
mas se perguntar: “Quanto disso é benéfico, se não regulado por uma teoria adequada que possibilite um ensino
crítico?” Se o ensino bancário contra o qual lutava P. Freire ainda domina, e a educação não tem um caráter crítico e
dialógico, então o que irá impedir as máquinas de serem as responsáveis pela educação, com seus softwares
condutivos? Se o objetivo da educação é simplesmente depositar conhecimento nos indivíduos, e é desejável que o
ensino seja homogêneo e universal para todos, sem respeitar a diversidade cultural e as diferentes realidades de
cada lugar, então na verdade o ofício de educador não é realmente necessário – uma máquina pode fazer esse
depósito, e na própria casa do “aluno” pela internet.
Assim, talvez a educação para o pensar e criticar, não para o decorar, seja também a única escapatória dos
educadores e da sua profissão. Devemos lembrar que o ofício do educador é construído historicamente, não é um
elemento fixo na sociedade ou impossível de ser eliminado – tudo depende do momento. É possível que objetos ou
pessoas virtuais, feitas de bits, tomem as rédeas da educação e coloquem a ação humana progressivamente para a
periferia, até ser eliminada. Se isso irá ocorrer ou não, depende de que rumos e objetivos serão atribuídos à prática
de ensinar e aprender.

O método de ensino é o conjunto de procedimentos e formas que o professor


usa para levar o aluno a elaborar conhecimentos, adquirir experiências ou
habilidades e a incorporar atitudes e ideias durante a sua aprendizagem.

As técnicas de ensino são recursos auxiliares e a maneira de utilizá-los para


a efectivação da aprendizagem pelo aluno. É um recurso didáctico de que o
professor se serve para efectivar o momento ou parte do método, na
realização da aprendizagem. A técnica representa a maneira de se efectivar
um propósito bem definido do ensino.

As técnicas de ensino referem-se mais directamente às formas de


apresentação da matéria, ou melhor, de apresentação de estímulos aos quais
os alunos devem reagir para processarem a aprendizagem. As técnicas de
ensino são, pois, formas de orientação imediata da aprendizagem.

Depois de observadas e comparadas as imagens acima, nota que existem


diversas formas de organizar as situações de aprender. Dependendo da
criatividade do professor, dos objectivos a alcançar, dos conteúdos e das
características do aluno, podemos desconstruir a ideia tradicional de que
o aluno aprende sentado, a escutar as ideias do professor.
O método de ensino é o conjunto de procedimentos e formas que o professor
usa para levar o aluno a elaborar conhecimentos, adquirir experiências ou
habilidades e a incorporar atitudes e ideias durante a sua aprendizagem.

As técnicas de ensino são recursos auxiliares e a maneira de utilizá-los para


a efectivação da aprendizagem pelo aluno. É um recurso didáctico de que o
professor se serve para efectivar o momento ou parte do método, na
realização da aprendizagem. A técnica representa a maneira de se efectivar
um propósito bem definido do ensino.

As técnicas de ensino referem-se mais directamente às formas de


apresentação da matéria, ou melhor, de apresentação de estímulos aos quais
os alunos devem reagir para processarem a aprendizagem. As técnicas de
ensino são, pois, formas de orientação imediata da aprendizagem.

4.4.1 Diferença entre método e técnica de ensino-aprendizagem

O método é mais amplo que a técnica. A técnica é mais ligada às formas,


estratégias e tácticas de apresentação imediata da matéria.

O método de ensino é o conjunto de momentos e técnicas logicamente


coordenados, tendo em vista dirigir a aprendizagem do educando para
determinados objectivos. O método indica o modo de agir para alcançar um
objectivo.

O método de ensino deve conduzir o aluno à auto-educação, à autonomia, à


emancipação para com o professor, isto é, deve levá-lo a andar com as suas
próprias pernas, usando a sua própria cabeça. Deve ir ao estudo dirigido,
passar pelo estudo supervisionado, até chegar ao estudo livre. O método de
ensino, concretiza-se através das técnicas de ensino.

Todo o método ou técnica deve efectivar-se através da actividade do aluno,


fazendo com que este, de modo geral, seja agente da sua própria
aprendizagem e não um mero receptor de dados e normas elaborados pelo
professor.

Um método de ensino, para alcançar seus objectivos, precisa de uma série


de técnicas. Assim, todo o método ou técnica de ensino, de um modo geral,
deve conduzir o educando a observar, experimentar, analisar, criticar,
pesquisar, julgar, concluir, correlacionar, diferenciar, sintetizar, reflectir; enfim,
deve conduzir a actividade do aluno para a aprendizagem.
Quadro 15: Visão geral sobre os métodos e técnicas de ensino-aprendizagem

Forma de Tipos de métodos de


Técnicas de implementação dos métodos de ensino-apre
classificação ensino-aprendizagem

Expositivo/explicativo Exposição verbal, ilustração e demonstração

Trabalho independente Interrogação, inquérito e resumo


Quanto à relação Debate, Plenária, Discussão, Grupo de Peritos, Mesa Redo
professor-aluno Cadeia de Falar, Trabalho aos Pares, Círculo Duplo, Tomar
Elaboração conjunta
Posição, Parque de Estacionamento, Aquário, Pensar-Parti
Apresentar, etc (Vide apendice 1)

Trabalho em grupo

Com este leque de métodos e técnicas de ensino-aprendizagem, o trabalho


metodológico do professor deve ser o de usaras potencialidades didácticas
de cada um destes métodos de ensino-aprendizagem, tendo em conta as
suas características. Ainda, na implementação dos métodos de ensino-
aprendizagem acima expostos, o professor pode usar uma perspectiva
indutiva ou dedutiva., Importa referir que uma maior riqueza pedagógica
na actividade do professor se consegue, quando este faz, na medida do
possível, uma combinação dos métodos e técnicas de ensino-aprendizagem.

A. Quanto à abordagem dos conteúdos

Abordagem indutiva

Esta abordagem consiste em orientar a aprendizagem, partindo dos casos


particulares da experiência sensorial para chegar a conclusões gerais. De
acordo com os princípios da indução, a aprendizagem começa com a
observação do mundo real, como forma de ter bases seguras sobre as quais
o conhecimento pode ser construído.

Esta abordagem é mais usadoa nas Ciências Naturais ou Experimentais, pois


garante a observação dos factos e fenómenos.

Abordagem dedutiva

A abordagem dedutiva transforma enunciados complexos em particulares,


isto é, a partir de proposições gerais, chega a particulares.
Esta abordagem é mais usadoa nas ciências formais, aquelas que se
preocupam com os sistemas formais como a Lógica e ideias teóricas que
levam à outras ideias teóricas, através do precesso de pensamento.

No Ensino Primário, as nduas abordagens são usadas em simultâneo, como


forma de associar as sensações visuais (observação) e os processos de
desenvolvimento do pensamento, uma vez que a maior parte dos alunos
deste subsistema ainda não desenvolveu, suficientemente, a capacidade de
“navegar” no mundo das ideias.

Exemplo: Na 1a classe, a operação 2+2=4 parte de certos objectos


conhecidos e reais. Pela indução, a criança conclui, independentemente de se
variarem os objectos. Se a quantidade for a mesma, o resultado também será
o mesmo. Da mesma forma, a partir do número 4, pode chegar às suas
parcelas.

B. Métodos quanto à relação professor-aluno

B.1: Método expositivo/explicativo

Neste método os conhecimentos, as habilidades e as tarefas são


apresentados, explicadas ou demonstradas pelo professor. A actividade dos
alunos é receptiva, embora não necessariamente passiva. É um método
bastante usado nas nossas escolas, apesar das críticas que lhe são feitas,
principalmente por não levar em conta o princípio da actividade do aluno.
Entretanto, se for superada esta limitação, é um importante meio de obter
conhecimentos.

A exposição lógica da matéria é um procedimento necessário, desde que o


professor consiga mobilizar a actividade interna do aluno de concentrar-se e de
pensar, e a combine com outros procedimentos, como o trabalho
independente, a conversa e o trabalho em grupo.

No método expositivo, é notória a acção dominante e preponderante do


professor, em detrimento dos alunos e, se este procedimento for mal
aplicado, incorre em grande perigo, visto que as potencialidades cognitivas e
afectivas dos alunos ficam, até certo ponto, atrofiadas, pois este (aluno)
limita-se a ser mero expectador do centro do PEA (o professor), que
negligencia o contributo dos alunos para a operacionalização da aula.
Entretanto, a grande potencialidade deste método reside no facto de ser o
mecanismo mais recomendado para a introdução de um conteúdo novo,
principalmente quando se trata de um assunto desconhecido pelos alunos.
Para a aplicação do método expositivo/explicativo, usam-se as seguintes
técnicas:

 Exposição verbal: consiste em explicar de modo sistematizado, por


meio da voz e/ou da escrita, um assunto que seja desconhecido, ou
quando as ideias que os alunos trazem sobre o mesmo são
insuficientes ou menos precisas.
 Demonstração: representação de fenómenos que ocorrem na
realidade.
 Ela é efectivada através de explicações num estudo do meio
(excursão), ou por meio de uma experiência simples, projecção de
slides ou outras tecnologias.
 Ilustração: forma de representação gráfica de factos ou fenómenos da
realidade, por meio de gráficos, mapas, esquemas, gravuras, etc., a
partir dos quais o professor enriquece a explicação da matéria.
 Exemplificação: ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta;
quando escreve ou diz uma palavra para que os alunos observem e
depois repitam. Quer dizer, usando o exemplo, o aluno pode captar a
essência do que se pretende que ele aprenda.

B.2: Método de trabalho independente

O trabalho independente, como método de ensino, consiste em tarefas


dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de
modo relativamente independente e criador. Este método pressupõe
determinados conhecimentos, a compreensão da tarefa e do seu objectivo,
de modo que os alunos possam aplicar os conhecimentos e habilidades, sem
orientação directa do professor. O aspecto mais importante do método de
trabalho independente é a actividade mental dos alunos.

Ao contrário do método expositivo, no método de trabalho independente é


notória a acção preponderante e dominante do aluno, individualmente. Aqui,
o professor funciona como um facilitador, como moderador, orientador da
aprendizagem, fundamentalmente para que o aluno não se disperse, ou não
se perca naquilo que são os objectivos preconizados para o conteúdo que
estiver a ser ministrado.

Em termos práticos, para a aplicação do método de trabalho independente,


são usadas as seguintes técnicas:

 Interrogação: esta técnica consiste em criar explicações que justifiquem


por que determinados factos apresentados no texto são verdadeiros ou
falsos. O aluno deve concentrar-se em perguntas do tipo, “Por quê?”
em vez de “O quê?”
 Inquérito: é uma técnica de estudo que permite a recolha de informação
directamente de um interveniente na investigação, através de um
conjunto de questões organizadas, seguindo uma determinada ordem.
Estas podem ser apresentadas ao respondente de forma escrita ou
oral.
 Resumo: é uma exposição abreviada de um acontecimento, obra
literária ou artística. Um resumo consiste em fazer a síntese ou sumário
de um determinado assunto, destacando as informações essenciais do
conteúdo.

B.3: Método de elaboração conjunta

A elaboração conjunta é uma interacção activa entre o professor-aluno


e aluno – aluno, visando a aquisição de conhecimentos, habilidades, atitudes
e convicções, bem como a fixação e consolidação
de conhecimentos e convicções já adquiridos. Este método preconiza a
reciprocidade de actividades entre o professor e o aluno. O nível de
participação e contribuição de ambos é, em certa medida, equiblibrado. É por
esse facto que, na base deste método, está-se diante do que se designa de
ensino participativo.

O método de elaboração conjunta pressupõe um conjunto de condições


prévias, nomeadamente, a incorporação, pelos alunos, dos objectivos a
atingir e o domínio dos conhecimentos básicos que, mesmo não estando
sistematizados, são um ponto de partida para o trabalho de elaboração
conjunta.

O carácter didáctico-pedagógico da elaboração conjunta está no facto de que


tem como referência um tema de estudo determinado, pressupondo-se que
os alunos estejam aptos para conversar sobre ele.

As potencialidades do método de elaboração conjunta são várias, uma vez


que a conversa tem um grande valor didáctico, pois desenvolve nos alunos
as habilidades de expressar opiniões fundamentais, verbalizar a sua própria
experiência, discutir, argumentar e refutar as opiniões dos outros, aprender a
escutar, contar factos, interpretar, etc., para além de proporcionar a aquisição
de novos conhecimentos.

Embora seja um método vantajoso, é importante chamar atenção aos


seguintes aspectos: o aluno deve estar familiarizado com o tema a ser tratado,
pois, de contrário, corre o risco dele (aluno) não colaborar na aula; leva muito
tempo e o professor pode ser desviado do tema por alunos super activos.

Para a aplicação do método de elaboração conjunta usam-se várias técnicas


do ensino participativo, tais como: Debate, Plenária, Discussão, Grupo de
Peritos, Mesa Redonda, Cadeia de Falar, Trabalho aos Pares, Círculo Duplo,
Tomar uma Posição, Parque de Estacionamento, Aquário, entre outras (vide
apêndice1

Métodos de Ensino e Aprendizagem


Antes de mais nada importa referir que, etimologicamente, método quer dizer «caminho para
chegar a um fim». Representa a maneira de conduzir o pensamento ou acções para alcançar
um objectivo. É, também forma de disciplinar o pensamento e as acções para obter maior
eficiência no que se deseja realizar.

Em relação ao conceito de métodos de ensino, existem distintas definições sobre ele. Alguns
autores partem essencialmente da actividade do professor, outros integram a actividade do
professor e dos alunos; alguns o definem como uma via para alcançar os objectivos de ensino,
outros como um conjunto de procedimentos metodológicos. Vejamos os exemplos seguintes:

Os métodos de ensino devem definir-se como as formas de organizar a actividade cognitiva


dos alunos, que assegura o domínio dos conhecimentos, dos métodos do conhecimento e da
actividade prática, assim como a educação do aluno no processo docente. (Skatkin)

Método de ensino é o modo de gestão da rede de relações que se estabelecem entre o
formador, o formando e o saber no seio de uma situação de formação (Pinheirio e Ramos).

Método de ensino é um modo de conduzir a aprendizagem, buscando o desenvolvimento


integral do educando, através de uma organização precisa de procedimentos que favoreceçam
a consecução dos propósitos estabelecidos. (Sant’anna e Manegolla). E, nesse sentido, Risk,
citado por Sant’anna e Manegolla, refere que os procedimentos de ensino são conjuntos de
actividades unificadas, relacionadas com os meios de ajuda para a obtenção dos resultados
pretendidos. Em realidade, representam modos de organizar as experiências de aprendizagem
durante os períodos de aula.

Método de ensino ou didáctico é o conjunto de procedimentos lógica e psicologicamente


ordenados, de que se vale o professor, para levar o educando a elaborar conhecimentos, a
adquirir técnicas ou habilidades e a incorporar atitudes e ideais. (Nérici)

Métodos de ensino são um conjunto de acções, passos, condições externas e procedimentos


utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e estimular o processo de ensino em
função da aprendizagem dos alunos. Ou seja, são as acções do professor pelas quais se
organizam as actividades de ensino e dos alunos para atingir objectivos do trabalho docente
em relação a um conteúdo específico. Eles regulam as formas de interacção entre o ensino e
aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado é a assimilação consciente dos
conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos.
(Libâneo, 1994)

Classificação dos métodos de ensino e aprendizagem


Existe a classificação segundo o tipo de interações entre o professor e o aluno (De Klingberg),
a qual considera existirem três variantes metódicas básicas:

 Método expositivo
 Elaboração conjunta
 Trabalho independente

Vendo esta classificação de Klingberg, lembremos a questão colocada sobre «porque a


classificação de métodos de ensino-aprendizagem tem sido a mais utilizada pelos professores,
particularmente em Moçambique». E em jeito de resposta, e analisando todas as outras
classificações anteriores, pode observar que esta classificação de Klingberg tem sido
largamente utilizada em virtude de nela poderem–se incluir o resto dos métodos e técnicas de
ensino indicados pelos outros autores, mas também parece–nos ser de fácil uso no processo
de ensino– aprendizagem. Por outro lado, devemos notar que a utilização dos métodos de
ensino no PEA não ocorre nem deve ser de forma que se utiliza preferencial e exclusivamente
um determinado método de ensino; a combinação e a alternância dos métodos de ensino é
uma das estratégias pedagógicas importantes na utilização dos métodos de ensino. Ela
enriquece o conjunto das relações entre o professor e o aluno/formando, para além de quebrar
uma possível sensação de monotonia.
1.   Método Expositivo
Características 

Caracteriza–se por uma maior actividade visível do professor e por uma atitude de
aprendizagem receptiva por parte dos alunos: o professor [ou aluno(s)] expõe a matéria e os
alunos «recebem-na». Isto acontece quando se sabe que as «exposições» do professor só são
«recebidas» pelos alunos se o professor conseguir estimular a actividade independente destes.

Quando se aplica

 Quando se deseja transmitir muita matéria de modo sistemático e em tempo relativamente


curto;
 Quando à partir da matéria a tratar não é possível ou há muito poucas possibilidades de
conduzir directamente os alunos aos factos e fenómenos que se desejam transmitir. Quer dizer,
quando os conteúdos só podem ser medeados indirectamente;
 Quando os conteúdos são muito complexos/abstactos ;
 Quando os alunos não têm bases suficientes em termos de pré-requisitos.

Potencialidades

 Tem potencialidades educativo – emocionais, quer dizer, tem grande possibilidades de poder
tornar efectiva a força educativa da palavra do professor;
 Desenvolvimento nos alunos da capacidade de concentração e da actividade mental na
aprendizagem receptiva;
 Mediação racional e eficiente dos conteúdos. O aumento impetuoso dos conhecimentos
científicos conduz à uma acumulação cada vez maior do saber humano e, assim, sem a
capacidade de assimilação receptiva (mas também activa) de grandes campos de matéria, o
indivíduo não poderia vencer a confrontação com este cenário.

Perigos/inconveniências

 Perda de atenção/concentração, resultando em baixa qualidade de aprendizagem;


 Sobrecarregamento da memória de curta duração devido à:
 Demasiada informação;
 Passos de raciocínio demasiado grandes (obrigando a recorrência à de longa duração,
perdendo–se deste modo o fio da exposição;
 Aprendizagem limitada ao nível reprodutivo;
 Maior perigo: comodismo do professor, ou seja, menos esforço na preparação das aulas,
resultando na acumulação de todos os factores negativos no PEA.

Algumas orientações gerais

 Dar indicações prévias, orientando a atenção para os pontos essenciais da exposição;


 Controlar continuamente a atenção e concentração dos alunos;
 Dosear bem a quantidade da informação;
 Conseguir a atenção involuntária inserindo elementos interessantes, emotivos, motivadores;
 Fazer perguntas de controle durante a exposição;
 Fazer repetir/resumir o essencial no fim da exposição;
 Usar a matéria em actividades de aprendizagem subsequentes.

Formas de realização
Primeiro, é preciso notar que somente podem ser esgotadas todas as possibilidades que
oferece o método de ensino expositivo quando o professor explora convenientemente todas ou
a maior parte das formas ou possibilidades de aplicação deste método, as quais são as
seguintes: a exemplificação, a demonstração, a ilustração e a exposição.

Forma i): A exemplificação

A exemplificação consiste em o professor exemplificar determinadas actividades, acções e


modos de conduta. No ensino elementar é inquestionável a importância da exemplificação.
Podemos encontra–la quando o professor, a maneira de exemplo, diz algo previamente para
que os alunos o repitam, quando faz uma leitura prévia em voz alta, quando escreve, quando
canta para que os alunos o repitam, quando faz os exercícios de ginástica para que os alunos
observem e depois o realizem, quando faz desenho prévio, etc. Muitas dificuldades metódicas
são vencidas deste modo, sem ter que falar muito. Em cada exemplificação vai implícita a
exortação à imitação, o convite a repetir uma actividade dada.

No ensino puramente especializado (como a formação de professores, por exemplo) não se


pode renunciar a exemplificação da actividade docente. Precisamente, os alunos de maior
idade têm uma necessidade de orientar a sua actividade de acordo com exemplos observados.
Isso não se aplica somente na estreita esfera das habilidades, mas também nos rendimentos
elementares e morais mais complexos. No fundo, toda a actividade do professor está regida
pela lei do exemplo e do exemplar: parte da sua actividade e da sua conduta têm força
exemplificadora, é um dos impulsos mais efectivos para o rendimento e a conduta dos alunos.

Forma ii): A ilustração e a demonstração


A ilustração e a demonstração servem, principalmente, como representação de factos, de
fenómenos e de processos. A exemplificação é também uma forma de representação, mas
enquanto nela o desenvolvimento de capacidades e de habilidades está em primeiro lugar, a
ilustração e a demonstração são, antes de tudo, meios representativos para a assimilação de
conhecimentos.

A ilustração é adequada quando representa graficamente determinado estado de coisas,


através dos mais variados meios de ensino e aprendizagem estáticos; Ex: gráficos, mapas,
esquemas, modelos, etc.

Por sua parte, a demonstração representa processos. Ela faz a representação de processos
originais com relação a realidade (em excursões, visitas a sectores de produção mediante a
demonstração de actividades, etc.) e, por outra parte, a reconstrução de determinados
processos na aula (na demonstração de ensaios e experimentos, na projecção de películas,
etc.). E, para que seja pedagogicamente mais eficaz, deve–se dar (se possível) aos
participantes (estudantes, neste caso) a oportunidade de praticar, idealmente no fim de cada
passo da demonstração, reforçando os aspectos positivos e dando ajuda se eles não fizerem
como na demonstração.

 Em suma, diferenciamos a ilustração de fenómenos estáticos, da demonstração de fenómenos


processuais, porque as exigências cognitivas que se fazem aos alunos nesse sentido são
diferentes.

Forma iii): Exposição oral

A exposição oral é a principal forma do método expositivo, sobretudo nos lugares onde não é
possível levar os alunos directamente aos fenómenos em sua forma original ou representativa
através da exemplificação ou da demonstração. Para que ela seja produtiva, o formador deve
conhecer e dominar as técnicas da exposição–o domínio da voz e do gesto, organização dos
materiais de suporte e de gestão do tempo, etc. Podemos considerar um conjunto de regras, ou
melhor, de conselhos, que cada um pode adaptar ao seu estilo pessoal:
 O discurso escrito e o discurso oral são diferentes e, por consequência, o formador não pode
numa aula ler um texto que antecipadamente escreveu. Convém, portanto, não ler notas
escritas, mas apenas percorrer algumas palavras-chave;
 Convém ser–se afirmativo, simples e preciso. O melhor estilo é aquele que é composto por
frases positivas curtas, simples e independentes. O excesso de frases negativas provoca uma
maior dificuldade de compreensão;
 As imagens e os exemplos ajudam a compreensão e a retenção, obrigam a um esforço de
descrição e favorecem as pessoas com boa memoria visual;
 O olhar, a voz, a postura – é necessário olhar os formandos nos olhos, sem, no entanto, os
fixar, para sentirem o reflexo da segurança. O tremor da voz trai qualquer exposição e quando
nos apercebemos do tremor, este tende a acentuar–se. O ritmo da voz também é importante,
havendo toda conveniência em introduzir alguns silêncios entre as frases. Uma boa postura
facilita uma melhor ventilação dos pulmões e toda a nossa energia se deve concentrar no que
dizemos, não se devendo perder em aspectos secundários.
 Sendo esta variante ser, por vezes, predominante nos formadores, não é aconselhável a sua
utilização muito frequente e por longos períodos de tempo, sob pena de a passividade dos
formandos vir a atingir níveis demasiado elevados.

2.   Método de Trabalho independente


a.     Características

O método de trabalho independente caracteriza–se por uma maior actividade visível dos
alunos, individualmente ou em grupo. É por isso que a autoactividade e a independência
experimentam aqui sua máxima expressão, uma vez que o método de trabalho independente
consiste de tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de
modo relativamente independente e criador. Jessipow cita duas características do trabalho
independente dos alunos:

 É uma tarefa posta pelo professor dentro dum tempo razoável para que os alunos possam
soluciona–la;
 É uma necessidade resultante da tarefa que têm o(s) aluno(s) de buscar e tomar as melhores
vias para sua solução, pondo em tensão suas forças.

b.    Quando se utiliza

 Quando os alunos têm bases de conhecimentos, habilidades e comportamentos;


 Quando há diferenças de aproveitamento (o professor pode dar mais apoio aos mais fracos
e/ou os elementos mais fracos do grupo são apoiados pelos outros);
 Há tempo disponível;
 Quando os alunos podem coordenar correctamente a tarefa e o(s) método(s) de solução,
aplicar os conhecimentos e capacidades que possuem e resolver a tarefa que lhes foi posta. 

c.     Potencialidades
 Eleva os rendimentos de aprendizagem nos alunos, levando a um maior desenvolvimento das
habilidades de aprendizagem e a uma aprendizagem mais eficaz;
 Aumenta a efectividade do processo de assimilação, uma vez que o trabalho independente
conduz, por regra geral, a uma assimilação mais consciente, profunda e duradoira;
 A atitude instável de alguns alunos diante da aprendizagem se estabiliza quando tem que
resolver verdadeiras tarefas;
 Desenvolvimento da independência na aprendizagem, isto é, da auto–aprendizagem;
 Possibilita trabalho diferenciado dos alunos, com ou sem apoio do professor. Razão pela qual o
trabalho independente pode possibilitar aproximar os rendimentos dos «alunos fracos» aos dos
«alunos fortes»;
 Quando em grupo, permite o desenvolvimento de atitudes e comportamentos de trabalho em
equipe com os colegas;
 Permite sistematizar e consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos. 

d.    Perigos

 Falta de controle do tempo, por exemplo para avaliação/discussão com todos;


 Tarefas demasiado difíceis ou fáceis;
 Orientação insuficiente para a execução das tarefas ou exercícios;
 Falta de materiais/meios para o cumprimento da tarefa. 

e.     Algumas orientações

 Planificar o trabalho independente, pressupondo:


 Avaliar o tempo;
 Dar orientações claras;
 Proporcionar materiais/meios necessários;
 Verificar qual parte do tema ou da unidade da matéria é mais apropriada para o trabalho
independente dos alunos;
 Ter em conta sobre «como tem lugar a colocação e distribuição das tarefas pelos alunos” (ex:
fases de aulas, distribuição das tarefas pelos diferentes alunos, formação de grupos de
trabalho independente, etc);
 Acompanhar de perto o trabalho, tanto o individual, como o em grupo;
 Aproveitar o resultado das tarefas (de um aluno ou grupo) para toda a turma;
 Dar tarefas claras, compreensíveis e adequadas, à altura dos conhecimentos e capacidades de
raciocínio dos alunos. 

f.      Algumas formas de realização

 Forma i): Estudo dirigido individual ou em grupo. Ele se cumpre basicamente por meio de
duas funções: a realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos e
habilidades que se seguem à explicação do professor ; e a elaboração de novos
conhecimentos a partir de questões sobre problemas diferentes daqueles resolvidos na turma.

 Forma ii): Fichas didácticas, a pesquisa escolar (resposta a questões com consulta a livros
ou enciclopédias) e a instrução programada. As fichas didácticas englobam fichas de noções,
de exercícios e de correcção. Cada tema estudado recebe uma numeração de acordo com a
sequência do programa. Os alunos vão estudando os conteúdos, resolvendo os exercícios e
comparando as suas respostas com as quais estão contidas nas fichas de correcção.

3.    Método de Elaboração conjunta

a.              Características

A elaboração conjunta consiste numa interacção activa entre o professor e os alunos visando a
obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, bem como a fixação e
consolidação de conhecimentos e convicções já adquiridos. Quer dizer, nesta variante
metódica existe um maior equilíbrio da actividade visível do mediador/professor/formador e dos
alunos.

b.              Quando se utiliza

 Na aplicação de conhecimentos/capacidades/habilidades para se chegar à novas


compreensões, conclusões, conceitos e juízos;
 Quando os alunos dispõem de um determinado material de factos, de conhecimentos
elementares, ou seja, quando estes têm os pré-requisitos;
 Para aproveitar as experiências/vivências dos alunos;
 Há tempo disponível (?);

c.              Potencialidades

 Enriquecimento da aprendizagem pelas contribuições de muitos;


 Desenvolvimento da capacidade de formulação e argumentação;
 Desenvolvimento da capacidade de formar opiniões e pontos de vista;
 Desenvolvimento do respeito pelas opiniões dos outros;
 Controle imediato do nível de assimilação/aprendizagem dos alunos.

d.              Perigos

 A aprendizagem “perde-se” na conversa quando não há uma orientação muito boa;


 Os alunos não contribuem por se sentirem avaliados (e terem medo de errar/falhar);
 Maior dificuldade de desenvolvimento orgânico e sistemático do PEA;

e.              Algumas orientações gerais

 v Ter em conta certas condições prévias : a incorporação pelos alunos dos objectivos a atingir,
o domínio de conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos alunos de conhecimentos e
experiências que, mesmo não sistematizados, são pontos de partida para o trabalho de
elaboração conjunta;
 v Criar uma atmosfera em que os alunos se sintam estimulados para
responderem/contribuírem/participarem na discussão;
 v Fazer com que todos participem;
 v Deixar o aluno terminar de falar;
 v Aproveitar respostas incorrectas para a discussão, fazendo com que os colegas participem na
discussão;
 v O aluno deve ficar a saber o que estava certo e/ou errado na sua contribuição;
 v Não corrigir todos os detalhes incorrectos.

f.                Formas de realização
Forma i): Diálogo: * perguntas do professor:

 §  Elaborativas
 §  Evolutivas
 §  (Re)activadoras
 §  Perguntas dos alunos

Forma ii): Discussão


Forma iii): Debate

Forma iv): Painel, mesa redonda (=discussão entre peritos, com assistência)

Forma v): Fórum (= respostas de peritos à perguntas da «plateia»)

Forma vi): Workshop, «oficina», seminário, etc.

A forma mais típica do método de elaboração conjunta é a conversação didáctica. Às vezes,


denomina–se também aula dialogada, mas a conversação é algo mais. Não consiste
meramente em respostas dos alunos às perguntas do professor, numa conversa «fechada» em
que os alunos pensem e falem o que o professor já pensou e falou, como uma aula de
catecismo. A conversação didáctica é “aberta” e o resultado que dela decorre supõe a
contribuição conjunta do professor e dos alunos. O professor traz conhecimentos e
experiências mais ricos e organizados; com o auxílio do professor, a conversação visa levar os
alunos a se aproximarem gradativamente da organização lógica dos conhecimentos e a
dominarem métodos de elaborar as suas ideias de maneira independente.

Bibliografia

NIVAGARA, Daniel Daniel. Didáctica Geral – Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à


distância, Universidade Pedagógica.PILETTE, Claudino. Didática Geral. 23ª Edição, editora
ática. São Paulo, 2004.LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
Método de ensino
Libânio (2006: 159) afirma que: ‟o conceito mais simples do método é o de caminho para atingir
objectivosˮ.

Skatkin citado por Nivagara (s/d: 156) diz que, os métodos de ensino podem ser definidos como as
formas de organizar a actividade cognitiva dos alunos, que assegura o domínio do conhecimentos, dos
métodos do conhecimento e actividade prática, assim como a educação do aluno no processo docente.

Métodos de ensino, são acções do Professor no sentido de organizar as actividades de ensino, a fim de
que os alunos possam atingir os objectivos em relação a um conteúdo específico, tendo como resultado
a assimilação dos conhecimentos e desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos.

Métodos de ensino são um conjunto de acções, passos, condições externas e procedimentos utilizados
intencionalmente pelo Professor para dirigir e estimular o processo de ensino em função da
aprendizagem dos alunos

Todos os Homens têm objectivos a alcançar, e estes (objectivos) não se alcançam por se só,
necessitando da actuação do possuidor dos mesmos para a respectiva concretização.

Assim sendo, o Cientista tem como objectivo principal, a obtenção de novos conhecimentos e para tal
utiliza Métodos de Investigação Cientifica e os estudantes tem como objectivo, adquirirem o
conhecimento e para tal, utiliza métodos de assimilação do conhecimento.

Classificação dos métodos de ensino


segundo Libânio
Para Libânio (2006: 155), os métodos de ensino podem ser classificados de acordo com um critério
básico, segundo as suas condições externas (conteúdos de ensino) e as condições internas (condições
físicas e mentais) que apresentam uma relação mútua: por um lado tem a matéria a ser ensinada de
forma assimilável pelos alunos e por outro, há um aluno a ser preparado para assimilar a matéria tendo
em conta a sua disposição interna.

Método de exposição de professor


Nesse método (206: 156) diz que, a actividade dos alunos é receptiva, embora não necessariamente
passiva, cabendo ao Professor a apresentação dos conhecimentos e habilidades que podem se
expostos das seguintes formas:
A exposição verbal, ocorre em circunstâncias em que não é possível prover a relação directa do aluno
com material de estudo. Sua função principal é explicar de modo sistematizado quando o assunto e
desconhecido ou quando as ideias que os alunos trazem são insuficientes ou imprecisas;

A demonstração é uma forma de representar fenómenos e processos que ocorrem na realidade. Ela se
dá seja através de explicações em um estudo de meio (excursão), seja através de explicação colectiva
de um fenómeno por meio de um experimento simples, uma projecção de slides;
A ilustração é uma forma de apresentação gráfica de facto e fenómenos da realidade por meio de
gráficos, mapas, esquemas, gravuras etc. a partir dos quais o professor enriquece a explicação da
matéria. Aqui como na demonstração, é importante que os alunos desenvolvam a capacidade de
concentração e de observação;
A exemplificação é um importante meio auxiliar da exposição verbal, principalmente nas series iniciais ao
ensino de 1º grau. Ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta, quando escreve ou fala uma
palavra, para que os alunos observem e depois repitam. Ocorre, também, quando ensina o modo
correcto modo de realizar uma tarefa: usar o dicionário, consultar o livro-texto, organizar os cadernos,
preparar se para uma prova, observar um facto de acordo com normas e tirar conclusões, fazer relações
entre factos e acontecimentos.
Vantagens:
Todos os alunos recebem e resolvem tarefas.

Desvantagens:
Pode haver sabotagem e chantagem por parte de alguns alunos fazendo questões que não fazem parte
da aula e assim desviando o planificado.

Método de elaboração conjunta


Libânio (2006: 167) diz que, a forma mais usual de aplicação da conversação é a pergunta, tanto do
professor, quanto dos alunos. Para que o método tenha validade e aplicabilidade pelo aluno. Por isso,
esse método é reconhecido como excelente procedimento para promover a assimilação activa dos
conteúdos, suscitando a actividade mental, através da obtenção de respostas pensadas sobre a causa
de determinados fenómenos, avaliação crítica de uma situação, busca de novos caminhos para solução
de problemas.

Vantagens
Promove debate entre alno-professor;

O debate repetitivo pode facilitar a assimilação do conhecimento.

Método de trabalho em grupo


Libânio (2006: 170) diz que, esse método consiste basicamente na distribuição de temas de estudos
iguais ou diferentes a grupos fixos ou variáveis, que para serem bem-sucedidos, é fundamental que haja
ligação orgânica entre a fase de preparação, a organização dos conteúdos (planeamento) e
comunicação dos seus resultados para a turma.

Entre as várias formas de organização de grupos, destacam-se os seguintes:

Debate – consiste em indicar alguns alunos para discutirem perante a classe, um tema polémico, cada
qual defendendo uma posição.
Philips 66 – consiste em organizar pequenos grupos para discutem uma questão em poucos minutos
para apresentar depois as conclusões. O essencial desta técnica é poder verificar, rapidamente o nível
de conhecimento da classe sobre um determinado tema no início da aula ou após a explicação do
assunto.
Tempestade Mental – dado um tema, os alunos dizem o que lhes vem a cabeça sem preocupação de
censura a ideias. Estas são anotadas no quadro negro. Em seguida faz se a selecção de ideias do que
for relevante para prosseguir a aula.
Grupo de Verbalização numa Sala é formado dois grupos (grupo-A e o grupo-B) para discutir um tema. O
grupo-A deve observar, por exemplo, se os conceitos empregados na discussão são correctos, se os
colegas estão sabendo ligar a matéria nova com a matéria velha, se todos estão participando etc.
Depois, os grupos são trocados na mesma ou em outra aula.
Seminário – um aluno ou grupo de alunos preparam um tema para apresentarem a classe. É uma
modalidade de aula expositiva ou conversação realizada pelos alunos.
Vantagens:
Promove a socialização dos alunos através dos encontros repetitivos;

Os alunos acabam superando as deferências socias, religiosas e outras, através dos encontros
permanentes.

Desvantagens:
Pode surgir conflitos se houver desrespeito de alguns alunos para com os outros;

Alguns alunos não participam.

Relação entre objectivos-conteúdo-meios-métodos de


ensino
A escolha e organização dos métodos de ensino devem corresponder as necessárias unidades,
objectivo-conteúdo-meios-métodos, as formas de organização do ensino e as condições concretas das
situações didácticas. Qualquer que sejam:

Os métodos de ensino dependem dos objectivos imediatos da aula;

A escolha e a organização dos métodos dependem dos conteúdos específicos e dos métodos especiais
de cada disciplina e dos métodos utilizadas para sua assimilação;

A escolha dos métodos implica o conhecimento das características dos alunos (capacidades cognitivas e
características socioculturais e individuais);

Os métodos são a forma pelo qual os objectivos e conteúdos se manifestam no processo de ensino.

A relação entre objectivos-conteúdos-meios-métodos de ensino tem como característica a mútua


interdependia. A matéria de ensino é um elemento de referencia para a elaboração dos objectivos que,
uma vez definido a orientação e articulação dos conteúdos e métodos tendo em vista a actividade de
estudo dos alunos. Por sua vez, os métodos, à medida que expressam formas de transmissão e
assimilação de determinadas mateias, actuam na selecção de objectivos e conteúdos (Libânio: 2006:
154).

Importância dos métodos de ensino


Tendo em conta que, métodos de ensino refere-se ao caminha que se usa para assimilação do
conhecimento no Processo de Ensino e Aprendizagem, pode se dizer que os métodos de ensino são de
capital importância pós, servem de guia, bússola ou orientam o processo de ensino e aprendizagem.

Leia Também Sobre:


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Métodos de Ensino e Aprendizagem


Antes de mais nada importa referir que, etimologicamente, método quer dizer «caminho para
chegar a um fim». Representa a maneira de conduzir o pensamento ou acções para alcançar
um objectivo. É, também forma de disciplinar o pensamento e as acções para obter maior
eficiência no que se deseja realizar.

Em relação ao conceito de métodos de ensino, existem distintas definições sobre ele. Alguns
autores partem essencialmente da actividade do professor, outros integram a actividade do
professor e dos alunos; alguns o definem como uma via para alcançar os objectivos de ensino,
outros como um conjunto de procedimentos metodológicos. Vejamos os exemplos seguintes:

Os métodos de ensino devem definir-se como as formas de organizar a actividade cognitiva


dos alunos, que assegura o domínio dos conhecimentos, dos métodos do conhecimento e da
actividade prática, assim como a educação do aluno no processo docente. (Skatkin)

Método de ensino é o modo de gestão da rede de relações que se estabelecem entre o
formador, o formando e o saber no seio de uma situação de formação (Pinheirio e Ramos).

Método de ensino é um modo de conduzir a aprendizagem, buscando o desenvolvimento


integral do educando, através de uma organização precisa de procedimentos que favoreceçam
a consecução dos propósitos estabelecidos. (Sant’anna e Manegolla). E, nesse sentido, Risk,
citado por Sant’anna e Manegolla, refere que os procedimentos de ensino são conjuntos de
actividades unificadas, relacionadas com os meios de ajuda para a obtenção dos resultados
pretendidos. Em realidade, representam modos de organizar as experiências de aprendizagem
durante os períodos de aula.
Método de ensino ou didáctico é o conjunto de procedimentos lógica e psicologicamente
ordenados, de que se vale o professor, para levar o educando a elaborar conhecimentos, a
adquirir técnicas ou habilidades e a incorporar atitudes e ideais. (Nérici)

Métodos de ensino são um conjunto de acções, passos, condições externas e procedimentos


utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e estimular o processo de ensino em
função da aprendizagem dos alunos. Ou seja, são as acções do professor pelas quais se
organizam as actividades de ensino e dos alunos para atingir objectivos do trabalho docente
em relação a um conteúdo específico. Eles regulam as formas de interacção entre o ensino e
aprendizagem, entre o professor e os alunos, cujo resultado é a assimilação consciente dos
conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas dos alunos.
(Libâneo, 1994)

Classificação dos métodos de ensino e aprendizagem


Existe a classificação segundo o tipo de interações entre o professor e o aluno (De Klingberg),
a qual considera existirem três variantes metódicas básicas:

 Método expositivo
 Elaboração conjunta
 Trabalho independente

Vendo esta classificação de Klingberg, lembremos a questão colocada sobre «porque a


classificação de métodos de ensino-aprendizagem tem sido a mais utilizada pelos professores,
particularmente em Moçambique». E em jeito de resposta, e analisando todas as outras
classificações anteriores, pode observar que esta classificação de Klingberg tem sido
largamente utilizada em virtude de nela poderem–se incluir o resto dos métodos e técnicas de
ensino indicados pelos outros autores, mas também parece–nos ser de fácil uso no processo
de ensino– aprendizagem. Por outro lado, devemos notar que a utilização dos métodos de
ensino no PEA não ocorre nem deve ser de forma que se utiliza preferencial e exclusivamente
um determinado método de ensino; a combinação e a alternância dos métodos de ensino é
uma das estratégias pedagógicas importantes na utilização dos métodos de ensino. Ela
enriquece o conjunto das relações entre o professor e o aluno/formando, para além de quebrar
uma possível sensação de monotonia.

1.   Método Expositivo
Características 
Caracteriza–se por uma maior actividade visível do professor e por uma atitude de
aprendizagem receptiva por parte dos alunos: o professor [ou aluno(s)] expõe a matéria e os
alunos «recebem-na». Isto acontece quando se sabe que as «exposições» do professor só são
«recebidas» pelos alunos se o professor conseguir estimular a actividade independente destes.

Quando se aplica

 Quando se deseja transmitir muita matéria de modo sistemático e em tempo relativamente


curto;
 Quando à partir da matéria a tratar não é possível ou há muito poucas possibilidades de
conduzir directamente os alunos aos factos e fenómenos que se desejam transmitir. Quer dizer,
quando os conteúdos só podem ser medeados indirectamente;
 Quando os conteúdos são muito complexos/abstactos ;
 Quando os alunos não têm bases suficientes em termos de pré-requisitos.

Potencialidades

 Tem potencialidades educativo – emocionais, quer dizer, tem grande possibilidades de poder
tornar efectiva a força educativa da palavra do professor;
 Desenvolvimento nos alunos da capacidade de concentração e da actividade mental na
aprendizagem receptiva;
 Mediação racional e eficiente dos conteúdos. O aumento impetuoso dos conhecimentos
científicos conduz à uma acumulação cada vez maior do saber humano e, assim, sem a
capacidade de assimilação receptiva (mas também activa) de grandes campos de matéria, o
indivíduo não poderia vencer a confrontação com este cenário.

Perigos/inconveniências

 Perda de atenção/concentração, resultando em baixa qualidade de aprendizagem;


 Sobrecarregamento da memória de curta duração devido à:
 Demasiada informação;
 Passos de raciocínio demasiado grandes (obrigando a recorrência à de longa duração,
perdendo–se deste modo o fio da exposição;
 Aprendizagem limitada ao nível reprodutivo;
 Maior perigo: comodismo do professor, ou seja, menos esforço na preparação das aulas,
resultando na acumulação de todos os factores negativos no PEA.

Algumas orientações gerais

 Dar indicações prévias, orientando a atenção para os pontos essenciais da exposição;


 Controlar continuamente a atenção e concentração dos alunos;
 Dosear bem a quantidade da informação;
 Conseguir a atenção involuntária inserindo elementos interessantes, emotivos, motivadores;
 Fazer perguntas de controle durante a exposição;
 Fazer repetir/resumir o essencial no fim da exposição;
 Usar a matéria em actividades de aprendizagem subsequentes.

Formas de realização
Primeiro, é preciso notar que somente podem ser esgotadas todas as possibilidades que
oferece o método de ensino expositivo quando o professor explora convenientemente todas ou
a maior parte das formas ou possibilidades de aplicação deste método, as quais são as
seguintes: a exemplificação, a demonstração, a ilustração e a exposição.

Forma i): A exemplificação

A exemplificação consiste em o professor exemplificar determinadas actividades, acções e


modos de conduta. No ensino elementar é inquestionável a importância da exemplificação.
Podemos encontra–la quando o professor, a maneira de exemplo, diz algo previamente para
que os alunos o repitam, quando faz uma leitura prévia em voz alta, quando escreve, quando
canta para que os alunos o repitam, quando faz os exercícios de ginástica para que os alunos
observem e depois o realizem, quando faz desenho prévio, etc. Muitas dificuldades metódicas
são vencidas deste modo, sem ter que falar muito. Em cada exemplificação vai implícita a
exortação à imitação, o convite a repetir uma actividade dada.

No ensino puramente especializado (como a formação de professores, por exemplo) não se


pode renunciar a exemplificação da actividade docente. Precisamente, os alunos de maior
idade têm uma necessidade de orientar a sua actividade de acordo com exemplos observados.
Isso não se aplica somente na estreita esfera das habilidades, mas também nos rendimentos
elementares e morais mais complexos. No fundo, toda a actividade do professor está regida
pela lei do exemplo e do exemplar: parte da sua actividade e da sua conduta têm força
exemplificadora, é um dos impulsos mais efectivos para o rendimento e a conduta dos alunos.

Forma ii): A ilustração e a demonstração

A ilustração e a demonstração servem, principalmente, como representação de factos, de


fenómenos e de processos. A exemplificação é também uma forma de representação, mas
enquanto nela o desenvolvimento de capacidades e de habilidades está em primeiro lugar, a
ilustração e a demonstração são, antes de tudo, meios representativos para a assimilação de
conhecimentos.

A ilustração é adequada quando representa graficamente determinado estado de coisas,


através dos mais variados meios de ensino e aprendizagem estáticos; Ex: gráficos, mapas,
esquemas, modelos, etc.

Por sua parte, a demonstração representa processos. Ela faz a representação de processos
originais com relação a realidade (em excursões, visitas a sectores de produção mediante a
demonstração de actividades, etc.) e, por outra parte, a reconstrução de determinados
processos na aula (na demonstração de ensaios e experimentos, na projecção de películas,
etc.). E, para que seja pedagogicamente mais eficaz, deve–se dar (se possível) aos
participantes (estudantes, neste caso) a oportunidade de praticar, idealmente no fim de cada
passo da demonstração, reforçando os aspectos positivos e dando ajuda se eles não fizerem
como na demonstração.

 Em suma, diferenciamos a ilustração de fenómenos estáticos, da demonstração de fenómenos


processuais, porque as exigências cognitivas que se fazem aos alunos nesse sentido são
diferentes.

Forma iii): Exposição oral

A exposição oral é a principal forma do método expositivo, sobretudo nos lugares onde não é
possível levar os alunos directamente aos fenómenos em sua forma original ou representativa
através da exemplificação ou da demonstração. Para que ela seja produtiva, o formador deve
conhecer e dominar as técnicas da exposição–o domínio da voz e do gesto, organização dos
materiais de suporte e de gestão do tempo, etc. Podemos considerar um conjunto de regras, ou
melhor, de conselhos, que cada um pode adaptar ao seu estilo pessoal:

 O discurso escrito e o discurso oral são diferentes e, por consequência, o formador não pode
numa aula ler um texto que antecipadamente escreveu. Convém, portanto, não ler notas
escritas, mas apenas percorrer algumas palavras-chave;
 Convém ser–se afirmativo, simples e preciso. O melhor estilo é aquele que é composto por
frases positivas curtas, simples e independentes. O excesso de frases negativas provoca uma
maior dificuldade de compreensão;
 As imagens e os exemplos ajudam a compreensão e a retenção, obrigam a um esforço de
descrição e favorecem as pessoas com boa memoria visual;
 O olhar, a voz, a postura – é necessário olhar os formandos nos olhos, sem, no entanto, os
fixar, para sentirem o reflexo da segurança. O tremor da voz trai qualquer exposição e quando
nos apercebemos do tremor, este tende a acentuar–se. O ritmo da voz também é importante,
havendo toda conveniência em introduzir alguns silêncios entre as frases. Uma boa postura
facilita uma melhor ventilação dos pulmões e toda a nossa energia se deve concentrar no que
dizemos, não se devendo perder em aspectos secundários.
 Sendo esta variante ser, por vezes, predominante nos formadores, não é aconselhável a sua
utilização muito frequente e por longos períodos de tempo, sob pena de a passividade dos
formandos vir a atingir níveis demasiado elevados.

2.   Método de Trabalho independente


a.     Características

O método de trabalho independente caracteriza–se por uma maior actividade visível dos
alunos, individualmente ou em grupo. É por isso que a autoactividade e a independência
experimentam aqui sua máxima expressão, uma vez que o método de trabalho independente
consiste de tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de
modo relativamente independente e criador. Jessipow cita duas características do trabalho
independente dos alunos:

 É uma tarefa posta pelo professor dentro dum tempo razoável para que os alunos possam
soluciona–la;
 É uma necessidade resultante da tarefa que têm o(s) aluno(s) de buscar e tomar as melhores
vias para sua solução, pondo em tensão suas forças.

b.    Quando se utiliza

 Quando os alunos têm bases de conhecimentos, habilidades e comportamentos;


 Quando há diferenças de aproveitamento (o professor pode dar mais apoio aos mais fracos
e/ou os elementos mais fracos do grupo são apoiados pelos outros);
 Há tempo disponível;
 Quando os alunos podem coordenar correctamente a tarefa e o(s) método(s) de solução,
aplicar os conhecimentos e capacidades que possuem e resolver a tarefa que lhes foi posta. 

c.     Potencialidades

 Eleva os rendimentos de aprendizagem nos alunos, levando a um maior desenvolvimento das


habilidades de aprendizagem e a uma aprendizagem mais eficaz;
 Aumenta a efectividade do processo de assimilação, uma vez que o trabalho independente
conduz, por regra geral, a uma assimilação mais consciente, profunda e duradoira;
 A atitude instável de alguns alunos diante da aprendizagem se estabiliza quando tem que
resolver verdadeiras tarefas;
 Desenvolvimento da independência na aprendizagem, isto é, da auto–aprendizagem;
 Possibilita trabalho diferenciado dos alunos, com ou sem apoio do professor. Razão pela qual o
trabalho independente pode possibilitar aproximar os rendimentos dos «alunos fracos» aos dos
«alunos fortes»;
 Quando em grupo, permite o desenvolvimento de atitudes e comportamentos de trabalho em
equipe com os colegas;
 Permite sistematizar e consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos. 

d.    Perigos

 Falta de controle do tempo, por exemplo para avaliação/discussão com todos;


 Tarefas demasiado difíceis ou fáceis;
 Orientação insuficiente para a execução das tarefas ou exercícios;
 Falta de materiais/meios para o cumprimento da tarefa. 

e.     Algumas orientações

 Planificar o trabalho independente, pressupondo:


 Avaliar o tempo;
 Dar orientações claras;
 Proporcionar materiais/meios necessários;
 Verificar qual parte do tema ou da unidade da matéria é mais apropriada para o trabalho
independente dos alunos;
 Ter em conta sobre «como tem lugar a colocação e distribuição das tarefas pelos alunos” (ex:
fases de aulas, distribuição das tarefas pelos diferentes alunos, formação de grupos de
trabalho independente, etc);
 Acompanhar de perto o trabalho, tanto o individual, como o em grupo;
 Aproveitar o resultado das tarefas (de um aluno ou grupo) para toda a turma;
 Dar tarefas claras, compreensíveis e adequadas, à altura dos conhecimentos e capacidades de
raciocínio dos alunos. 

f.      Algumas formas de realização

 Forma i): Estudo dirigido individual ou em grupo. Ele se cumpre basicamente por meio de
duas funções: a realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos e
habilidades que se seguem à explicação do professor ; e a elaboração de novos
conhecimentos a partir de questões sobre problemas diferentes daqueles resolvidos na turma.

 Forma ii): Fichas didácticas, a pesquisa escolar (resposta a questões com consulta a livros
ou enciclopédias) e a instrução programada. As fichas didácticas englobam fichas de noções,
de exercícios e de correcção. Cada tema estudado recebe uma numeração de acordo com a
sequência do programa. Os alunos vão estudando os conteúdos, resolvendo os exercícios e
comparando as suas respostas com as quais estão contidas nas fichas de correcção.
3.    Método de Elaboração conjunta

a.              Características

A elaboração conjunta consiste numa interacção activa entre o professor e os alunos visando a
obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções, bem como a fixação e
consolidação de conhecimentos e convicções já adquiridos. Quer dizer, nesta variante
metódica existe um maior equilíbrio da actividade visível do mediador/professor/formador e dos
alunos.

b.              Quando se utiliza

 Na aplicação de conhecimentos/capacidades/habilidades para se chegar à novas


compreensões, conclusões, conceitos e juízos;
 Quando os alunos dispõem de um determinado material de factos, de conhecimentos
elementares, ou seja, quando estes têm os pré-requisitos;
 Para aproveitar as experiências/vivências dos alunos;
 Há tempo disponível (?);

c.              Potencialidades

 Enriquecimento da aprendizagem pelas contribuições de muitos;


 Desenvolvimento da capacidade de formulação e argumentação;
 Desenvolvimento da capacidade de formar opiniões e pontos de vista;
 Desenvolvimento do respeito pelas opiniões dos outros;
 Controle imediato do nível de assimilação/aprendizagem dos alunos.

d.              Perigos

 A aprendizagem “perde-se” na conversa quando não há uma orientação muito boa;


 Os alunos não contribuem por se sentirem avaliados (e terem medo de errar/falhar);
 Maior dificuldade de desenvolvimento orgânico e sistemático do PEA;

e.              Algumas orientações gerais

 v Ter em conta certas condições prévias : a incorporação pelos alunos dos objectivos a atingir,
o domínio de conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos alunos de conhecimentos e
experiências que, mesmo não sistematizados, são pontos de partida para o trabalho de
elaboração conjunta;
 v Criar uma atmosfera em que os alunos se sintam estimulados para
responderem/contribuírem/participarem na discussão;
 v Fazer com que todos participem;
 v Deixar o aluno terminar de falar;
 v Aproveitar respostas incorrectas para a discussão, fazendo com que os colegas participem na
discussão;
 v O aluno deve ficar a saber o que estava certo e/ou errado na sua contribuição;
 v Não corrigir todos os detalhes incorrectos.

f.                Formas de realização
Forma i): Diálogo: * perguntas do professor:

 §  Elaborativas
 §  Evolutivas
 §  (Re)activadoras
 §  Perguntas dos alunos

Métodos De Ensino
No trabalho docente, o professor selecciona e organiza vários métodos de ensino e vários procedimentos didácticos
em função das características de cada matéria. Sendo assim, trataremos nesse trabalho dos métodos gerais de
ensino, cuja utilização depende dos objectivos conteúdos métodos das matérias, da peculiaridade dos alunos e do
trabalho criativo do professor.
 Há muitas classificações de métodos de ensino conforme os critérios de cada autor. Dentro da concepção de
processo de ensino que temos estudados, os métodos de ensino são considerados em estreita relação com os
métodos de aprendizagem (ou métodos de assimilação activa); ou seja os métodos de ensino fazem parte de papel
de direcção do processo de ensino por parte do professor tendo em vista aprendizagem dos alunos.
 Neste sentido, a classificação dos métodos de ensino resulta da relação existente entre ensino e aprendizagem,
concretizada pelas actividades do professor e alunos no processo de ensino.
De acordo com esse critério, o eixo de processo de ensino é a relação cognoscitiva entre o aluno e a matéria. Os
métodos de ensino consistem na mediação escolar tendo em vista activar as forças mentais dos alunos para
assimilação da matéria.
Em função desse critério básico, na qual a direcção de ensino se orienta para activação das forcas cognoscitivas do
aluno podemos classificar os métodos de ensino segundo seus aspectos externos – método de exposição pelo
professor, método de trabalho relativamente independente do aluno, método de elaboração conjunta (ou de
conversação) e método de trabalho em grupo – e seus aspectos internos passos ou funções didáctico e
procedimentos lógicos e psicológicos de assimilação da matéria.

Classificação de Métodos de Ensino

Método de exposição pelo professor

Nesse metido, os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentadas, explicadas ou demonstradas pelo
professor. A actividade dos alunos é receptiva, embora não necessariamente passiva. É bastante usado nessas
escolas, apesar das criticas que são feitas principalmente por não levar em conta o principio de actividade do
aluno. Entretanto, ficou superada essa limitação, é um importante meio de obter conhecimentos. A exposição
lógica da matéria continua sendo, pois, um procedimento necessário, desde que o professor consiga mobilizar a
actividade interna do aluno de concentrar-se e de pensar, e a combine com outros procedimentos, como trabalho
independente, a conversação e o trabalho em grupo.
Entre as formas de exposição, mencionamos a exposição verbal, a demonstração, a ilustração e exemplificação.
Essas formas, em geral, podem ser conjugadas, possibilitando o enriquecimento da aula expositiva.
A exposição verbal, ocorre em circunstâncias em que não é possível prover a relação directa do aluno com
material de estudo. Sua função principal é explicar de modo sistematizado quando o assunto e desconhecido ou
quando as ideias que os alunos trazem são insuficientes ou imprecisas. A palavra do professor, em muitos casos
serve também como forca estimuladora para despertar nos alunos uma disposição motivadora para o assunto em
questão. Nesse caso o professor estimula sentimento, instiga a curiosidade, relata de forma sugestiva um
acontecimento descreve com vivacidade uma situação real, faz uma leitura expressiva de um texto etc.
A explicação da matéria deve levar em conta dois aspectos: proporcionar conhecimentos e habilidades que
facilitem a sua assimilação activa e desenvolver capacidades para que o aluno se beneficie da exposição de modo
receptivos activo.
A exposição do professor pode conjugar se com a exposição do aluno, a partir de um certo momento da
escolarização. A exposição ou relatos de conhecimentos adquiridos ou de experiencia de vividas é um exercício útil
para desenvolver a relação entre o pensamento e a linguagem, a coordenação de ideias e sistematização de
conhecimentos.
A demonstração é uma forma de representar fenómenos e processos que ocorrem na realidade. Ela se dá seja
através de explicações em um estudo de meio (excursão), seja através de explicação colectiva de um fenómeno
por meio de um experimento simples, uma projecção de slides.
Exemplo: explicar processo de germinação de uma planta mostrando por que e como se desenvolveu um grão de
feijão.
 A ilustração é uma forma de apresentação gráfica de facto e fenómenos da realidade por meio de gráficos,
mapas, esquemas, gravuras etc. a partir dos quais o professor enriquece a explicação da matéria. Aqui como na
demonstração, é importante que os alunos desenvolvam a capacidade de concentração e de observação.
A exemplificação é um importante meio auxiliar da exposição verbal, principalmente nas series iniciais ao ensino
de 1º grau. Ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta, quando escreve ou fala uma palavra, para que
os alunos observem e depois repitam. Ocorre, também, quando ensina o modo correcto modo de realizar uma
tarefa: usar o dicionário, consultar o livro-texto, organizar os cadernos, preparar se para uma prova, observar um
facto de acordo com normas e tirar conclusões, fazer relações entre factos e acontecimentos etc.
O método de exposição verbal ou aula expositiva é um procedimento didáctico valioso para assimilação de
conhecimentos.
Entretanto, sendo a aula expositiva um método muito difundido em nossas escolas, torna se necessário alertar
sobre práticas didacticamente incorrectas tais como: conduzir os alunos a uma aprendizagem mecânica, fazendo
os apenas memorizar e decorar factos, regras, definições, sem ter garantido uma sólida compreensão do assunto;
usar linguagem e termos inadequados, distantes da linguagem usual das crianças e dos seus interesses: usar que
não tem correspondência com o vocabulário das crianças; apresentar noções, factos , assuntos sem ligação com a
meteria anterior, isto é, sem um plano sistemático de unidades de ensino com objectivos.

Método de trabalho independente

O método de trabalho independente dos alunos consiste nas tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para que
os alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. O trabalho independente pressupõe
determinados conhecimentos, compreensão da tarefa e do seu objectivo, o domínio do método de solução, de
modo que os alunos possam aplicar conhecimentos e habilidades sem a orientação directa do professor.
O aspecto mais importante do trabalho independente é a actividade mental dos alunos, qualquer que seja a
modalidade de tarefa planejada pelo professor para estudo individual. Pode ser adoptado em qualquer momento
da sequência da unidade didáctica ou aula, como tarefa preparatória, tarefa de assimilação do conteúdo ou como
tarefa de elaboração pessoal.
As tarefas de assimilação de conteúdos são exercidas de aprofundamento e aplicação dos temas já tratados,
estudo do dirigido, solução de problemas, pesquisa com base num problema novo, leitura do texto do livro desenho
de mapas depois de uma aula de geografia etc.
As tarefas de elaboração pessoal são exercícios nos quais os alunos produzem respostas surgidas do seu próprio
pensamento. Para que trabalho independente cumpra a sua função didáctica são necessárias condições prévias.
 A professora precisa:
- Dar tarefas claras, compreensíveis e adequadas, à altura dos conhecimentos e da capacidade de raciocínio dos
alunos.
- Assegurar condições de trabalho (local, silencio, material disponível)
- Acompanhar de perto o trabalho
- Aproveitar o resultado das tarefas para todas as classes
Os alunos por sua vez devem:
- Saber precisamente o que fazer e como trabalhar
- Dominar as técnicas do trabalho (como fazer a leitura de um texto, como utilizar dicionário ou enciclopédia,
como utilizar atlas etc.);
-Desenvolver atitudes de ajuda mútua, não apenas para assegurar o clima de trabalho na classe, mas também para
pedir ou receber auxilia dos colegas.
O estudo dirigido procura:
- Desenvolver habilidades e hábitos de trabalho independente e criativo;
- Sistematizar e consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos
- Possibilitar os alunos o desenvolvimento da capacidade de trabalhar de forma livre e criativa com os
conhecimentos adquiridos aplicando – os a situações novas, referentes a problemas quotidianos da sua vivencia e a
problemas mais amplos da vida social.
A primeira função de estudo dirigido é a realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos e
habilidade seguindo se à exposição verbal, demonstração, ilustração ou exemplificação, que são formas didáctica
de método expositivo.
 A segunda função de estudo dirigido é a proposição de questões que os alunos possam resolver criativamente de
modo que assimilem o processo de busca de soluções de problemas. Este tipo de estudo dirigido consiste de uma
tarefa cuja solução e cujo resultado são desconhecidos para o aluno; mas, dispondo de conhecimentos e
habilidades já assimilados, ele pode buscar a sua solução.

Método de Elaboração Conjunta

É uma forma de interacção activa entre professores e alunos visando a obtenção de novos conhecimentos,
habilidades, atitudes e convicções, bem como a fixação e consolidação de conhecimentos e confecções já
adquiridos. Faz parte do conjunto das opções metodológicas das quais podem servir-se o professor. Aplica se em
vários momentos do desenvolvimento da unidade didáctica seja na fase inicial de introdução e preparação para
estudo de conteúdos, seja no decorrer da fase de organização e sistematização, seja ainda na fase de fixação,
Consolidada e aplicação.
Supõe um conjunto de condições prévias: a incorporação pelos alunos dos objectivos a atingir, a domínio de
conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos alunos de conhecimentos e experiencias experiências que,
mesmo não sistematizados, são pontos de partida para o trabalho de elaboração conjunta.
 A forma mais típica de método de elaboração conjunto é a conversação didáctica. As vezes denomina-se,
também, aula dialogada, mais a conversação é algo mãe.
O professor traz conhecimento e experiencias mais ricos e organizados; com auxílio do professor, a conversação
visa levar os alunos a se aproximar gradativamente da organização lógica dos conhecimentos e a dominarem
métodos de elaborar as suas ideias de maneira independente.
A conversação didáctica atinge os seus objectivos quando os tema s da matéria se tornam actividade do
pensamento dos alunos e meios de desenvolvimento das suas capacidades mentais. A conversação tem um grande
valor didáctico, pois desenvolve nos alunos as habilidades de expressar opiniões fundamentadas e verbalizar a sua
própria experiencia, de discutir, argumentar e refutar opiniões dos outros, de aprender a escutar, contar factos,
interpretar etc. Proporcionar a aquisição de novos conhecimentos.
A forma mais usual de organizar a conversação didáctica é a pergunta tanto do professor, quanto dos alunos. A
pergunta é um estímulo para o raciocínio, incita os alunos a observarem, pensarem, duvidarem, tomarem partido
é, também, um indício de que os alunos estão compreender a matéria, na medida em que vão apreender a
formular respostas pensadas e correctamente articuladas.     
Recomendações sobre a elaboração de perguntas e a condução metodológicas de conversação eis algumas:
- A pergunta deve ser preparada cuidadosamente para que seja compreendida pelo aluno;
-Deve ser iniciada por um pronome interrogativo correcto (o quê, quando, por quê etc.).
-Deve estimular uma resposta pensada e não simplesmente sim ou não ou uma palavra isolada.
Exemplo de uma pergunta
 Inadequada
 Os animais que possuem bico, penas e pés chamam-se…?
As plantas precisão de agua para germinar?
-Adequada o cavalo é mamífero?
 Por que uma planta germina e cresce?
 Como podemos distinguir as aves dos mamíferos?
Por que a cor das folhas é verde?
A formulação de pergunta possibilita a resposta do aluno que mostre a compreensão de um conceito ou facto a
partir da sua própria experiencia.
Exemplo:
Por que em nossa região chove pouco?
Calcule a distância entre a sua casa e escola?
O professor deve dar um tempo para que os alunos entendam a pergunta e reflictam, regras gerais.
O professor deve evitar reacções nervosas e impacientes, para que os alunos não se sintam aterrorizados e nem
precipitem a resposta.
A conversação didáctica é por tanto um excelente procedimento de promover a assimilação activa dos conteúdos,
suscitando a actividade mental dos alunos e não simplesmente a atitude receptiva.

Método De Trabalho Em Grupo

O método de trabalho em grupo ou aprendizagem em grupo consiste basicamente em distribuir temas de estudo
iguais ou diferentes a grupo fixo ou variáveis, composto de 3 a 5 alunos. O trabalho em grupo tem sempre um
carácter transitório, ou seja, deve ser empregado eventualmente, conjugado com outros métodos de exposição e
do trabalho independente.
Dificilmente será bem-sucedido se não tiver uma ligação orgânica entre a fase de preparação e organização dos
conteúdos e a comunicação dos seus resultados para a classe toda.
A finalidade principal do trabalho em grupo é de obter a cooperação dos alunos entre si na realização de um a
tarefa. Para que cada membro do grupo possa contribuir na aprendizagem comum, é necessário que todos estejam
familiarizados com o tema em estudo. Por essa razão exigisse que a actividade grupal seja precedida de uma
exposição, conversação introdutória ou trabalho individual.
Usa-se o critério de misturar alunos de diferente rendimento escolar, cada grupo devera ter um coordenador,
preferentemente indicado pelo professor. Recomendável que a sala de aula seja arranjada (deslocamento de
carteiras) antes de inicio da aula, para ganhar tempo e evitar bagunça.
Alem dessa forma de organização de grupos, há muitas outras, entre as quais as seguintes:
-Debate são indicados alguns alunos para discutirem perante a classe, um tema polémico, cada qual defendendo
uma posição.
-Philips 66 seis grupos de seis elementos discutem uma questão em poucos minutos para apresentar depois as
conclusões. O essencial desta técnica é poder verificar, rapidamente o nível de conhecimento da classe sobre um
determinado tema no inicio da aula ou após a explicação do assunto.
-Tempestade Mental dado um tema, os alunos dizem o que lhes vem a cabeça sem preocupação de censura a
ideias. Estas são anotadas no quadro negro. Em seguida faz se a selecção de ideias do que for relevante para
prosseguir a aula.  
- Grupo De Verbalização Grupo De Observação (Gv- Go) uma parte de classe forma um circulo central (GV) para
discutir um tema, enquanto os demais formam um circulo em volta, para observar (GO). O GO deve observar, por
exemplo, se os conceitos empregados na discussão são correctos, se os colegas estão sabendo ligar a matéria nova
com a matéria velha, se todos estão participando etc. Depois, os grupos são trocados na mesma ou em outra aula.
Seminário um aluno ou grupo de alunos preparam um tema para apresenta-los a classe. É uma modalidade de aula
expositiva ou conversação realizada pelos alunos.
Qualquer que seja em grupo, ele deve procurar desenvolver as habilidades de trabalho colectivo responsável e a
capacidade de verbalização, para que os alunos aprendam a expressar se e a defender os seus pontos de vista.
 

1. 1.      ACTIVIDADES ESPECIAIS

Denominamos actividades especiais aquelas que complementam os métodos de ensino e que concorrem para
assimilação activa dos conteúdos. São por exemplo, o estudo de meio, o jornal escolar, assembleia de alunos,
museu escolar, o teatro, a biblioteca escolar etc.
O estudo de meio mais do que uma técnica didáctica, é um componente de processo de ensino pelo qual a matéria
de ensino (factos, acontecimentos, problemas ideias) estudada no seu relacionamento com factos sociais a ela
conexos. O estudo de meios não se restringe a visitas, passeios ou excursões, mas se refere a todos procedimentos
que possibilitam o levantamento, a discussão, compreensão de problemas concretos de quotidiano do aluno, da
sua família, do seu trabalho, da sua cidade, região ou pais.
Segundo o professor Newton, César Baizan (In castro 1976) o estudo de meio é um instrumento metodológico que
leva o aluno a tomar contacto com o complexo vivo, com o conjunto significação é o próprio meio.
 
 
BIBLIOGRAFIA
LIBANEO, José Carlos, Didáctica, são Paulo, Cortes, geral 1994
publicado por malua7rcbm às 16:44
link | comentar | favorito

elecção de métodos de formação


Métodos pedagógicos e participação do formando
Uma maneira de distinguir métodos de formação poderá ser pelo nível de participação requerido ao
formando em cada um deles. Alguns métodos como por exemplo o método expositivo, se mal utilizados
convidam à passividade dos formandos. Outros métodos, tais como a discussão em grupo ou
o brainstotming, exigem a participação activa dos formandos.
A aprendizagem baseada na experiência é um termo associado a métodos de formação que requerem a
participação activa dos formandos, desde que na aprendizagem sejam utilizadas actividades, a realizar
por exemplo, no contexto das suas próprias experiências de trabalho.
Uma segunda maneira para diferenciar os métodos é pelo nível de controlo do formador que é definido por
cada método. Alguns métodos como a conferência/ exposição conferem total controlo ao formador.
De modo oposto, outros métodos, tais como a solução de problemas em grupo centram o controlo nos
formandos porque tornam os participantes activos no processo de aprendizagem com menor
envolvimento do formador.

1. Critérios de selecção de métodos pedagógicos


Ao meio pelo qual um conteúdo ou um material é comunicado está
associado um método pedagógico. Cada método requer um conjunto
de actividades que despertem o interesse e a participação do
formando.

1. Aspectos a considerar na selecção de métodos


Na selecção de métodos de formação, não há nenhum que seja
o único e o melhor para todas as situações, devendo considerar-
se sempre a utilização de uma combinação de métodos que
configuram uma determinada orientação estratégica.
Contudo na selecção dos métodos de formação são considerar
os seguintes aspectos (Karen Lawson, 1998):
 A natureza da matéria de ensino;
 O conhecimento do grupo sobre o assunto;
 Os objectivos de formação;
 O tempo disponível;
 A dimensão do grupo;
 O tipo de participação desejado;
 O equipamento disponível;
 O tipo de sala;
 Os custos
 A zona de conforto do formador;
 A zona de conforto dos participantes;
 Os estilos de aprendizagem e modos de percepção dos
participantes.

1. Critérios de selecção de Karen Lawson:


Para determinar quais os métodos a utilizar considere a
seguinte sequência de passos, descritos em tabelas (que
equivalem a guias de estudo), como se indica:
1. Analise as vantagens e desvantagens de cada
método (Tabela pagina 2.4 - Métodos pedagógicos: vantagens
e desvantagenss) .
2. Considere o propósito de cada método e quando a sua
utilização é adequada para comunicar um determinado
conteúdo (Tabela pág 2.5 - Métodos pedagógicos: propósito e
quando usar) .
3. Consoante os objectivos definidos na concepção da
formação, deve utilizar os métodos de formação
sugeridos que melhor se adequam aos resultados
desejados (Tabela pág 2.6 - Conjugação de métodos de
formação e resultados desejados) .

O que são as metodologias de ensino?


A palavra metodologia tem origem no termo que vem do latim "methodus" e o seu significado está
relacionado a forma de direcionamento dada para a realização de um objetivo. 

Desta forma, o vocábulo se difundiu no ambiente educacional indicando o campo onde o modo
como o conhecimento é produzido é estudado.
Sendo assim, as metodologias de ensino compreendem todos os modelos utilizados pelos
educadores para que os alunos sejam capazes de se desenvolverem e ampliarem os seus
conhecimentos.

Cada instituição de ensino utiliza um método para atingir tal objetivo e cada professor busca
direcionar os alunos ao aprendizado da melhor forma seguindo as diretrizes da escola.

Dado o contexto, é perceptível que a metodologia de ensino diz respeito aos critérios que moldam a
forma como os educadores ministram as suas aulas e influenciam no modo como os alunos irão
assimilar o conteúdo e produzir conhecimento.

Diversos tipos de ferramentas podem ser utilizadas neste processo. Desde as mais tradicionais
como a leitura, até aquelas consideradas mais inovadoras, como os recursos visuais, sonoros ou
performáticos.

A metodologia de ensino guiará então os educadores neste processo - podendo indicar formas de
ensino e até mesmo os recursos de aprendizagem, como dissemos. Assim, como responsável pela
criança, você será capaz de conquistar a tranquilidade a respeito do que é ensinado ao seu filho e
como o processo de ensino e aprendizagem se dá.

Ao identificar a metodologia de ensino mais adequada para o seu filho, será possível analisar se a
instituição de ensino coloca em prática a sua missão, a sua visão e os seus valores no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos.

Desse modo, você garantirá que a criança será educada a partir dessas diretrizes e também que
será motivada pelos princípios daquele método de ensino na busca pelo seu desenvolvimento como
aluno e como ser humano.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que é uma metodologia de ensino, é preciso
entender que inúmeros e diferentes métodos pedagógicos podem ser aplicados. A seguir
abordaremos brevemente sobre como alguns deles funcionam. Acompanhe!
Quais são as principais metodologias de ensino?
Optar pela linha pedagógica de uma instituição de ensino é definir de que forma o seu filho irá
receber o conteúdo fundamental para o seu aprendizado e também a forma como ele será cobrado
por isso adiante - especialmente em tempos de extrema conectividade, em que, desde cedo, as
crianças lidam com o excesso de informação e precisam desenvolver o senso crítico para
segmentá-las.

As linhas pedagógicas se distinguem de várias maneiras, as diferenças mais evidentes estão na


forma em que o conteúdo é abordado e no papel que os professores desempenham em sala de
aula. 

Para te auxiliar durante o processo de escolha da metodologia de ensino mais adequada para o seu
filho, listamos abaixo um breve panorama sobre as principais. Confira! 

O método de ensino tradicional


A metodologia de ensino tradicional é a mais disseminada no país - e no mundo. Consiste,
basicamente, no ensino centrado na figura do professor, em uma relação de exposição de
conhecimento e cobrança é completamente vertical.

Além das aulas expositivas, existe uma pressão por resultados mensuráveis e há reprovação dos
alunos que não obtêm desempenho suficiente a partir desta diretriz.

O método de ensino construtivista

Ao contrário da metodologia de ensino tradicional, o método de ensino construtivista coloca o aluno


no centro do processo de aprendizagem, fazendo com que ele desempenhe um papel ativo na
busca por conhecimento na medida em que o senso crítico é estimulado por meio de
questionamentos. 

Desta forma, cada aluno tem a oportunidade de ser protagonista do seu próprio processo de
aprendizagem e de se desenvolver no seu tempo. Além disso, os estudantes participam da
estruturação do currículo que é flexibilizado de acordo com seus respectivos perfis. 

O método de ensino montessoriano

Este método de ensino busca garantir a autonomia máxima do aluno sobre o processo de
aprendizagem. Neste contexto, os pais e professores se tornam apenas facilitadores do
conhecimento, disponibilizando meios para que os alunos escolham os temas de interesse para que
possam ser pesquisados e estudados.

Em relação à faixa etária, as classes são mistas, ou seja, alunos de diferentes idades podem ter
interesses de aprendizagem semelhantes. Os principais objetivos desta metodologia de ensino é
estimular a criatividade e a independência dos alunos.  

O método de ensino waldorfiano

A metodologia de Waldorf incentiva a imaginação e a criatividade, direciona os alunos ao


pensamento autônomo e entende que o desenvolvimento e a compreensão dos seres humanos,
relacionados aos mais diferentes âmbitos, precisam levar em conta a individualidade de cada aluno.

Esta metodologia de ensino prioriza as atividades que incentivam o pensar, o agir e o sentir - e
considera fundamental o equilíbrio entre a atividade intelectual e a prática, entre o esforço e o
descanso.

O método de ensino sócio-interacionista


Esta metodologia de ensino considera que é por meio da interação entre o sujeito e a sociedade
que o processo de aprendizagem se dá. Sendo assim, o método de ensino sócio interacionista
entende que o ser humano pode modificar o ambiente e que o ambiente é capaz de modificar o ser
humano.

No contexto escolar, o educador assume o papel de mediador para incentivar os progressos que
teriam dificuldade ou não seriam capazes de ocorrer espontaneamente.

Como escolher uma metodologia de ensino?


Antes de tudo, conforme dissemos inicialmente, é importante ressaltar que não podemos
generalizar e eleger uma metodologia de ensino como sendo a melhor ou a mais eficiente.

Na verdade, o que acontece de fato é que algumas metodologias de ensino se mostrarão mais
adequadas às necessidades de aprendizagem do seu filho em relação a outras. Por isso, a decisão
sobre qual metodologia de ensino oferecer à criança precisa ser coerente - evitando assim
problemas futuros.
Com o objetivo de te ajudar a escolher a metodologia ideal para o seu filho, vamos apresentar, a
seguir, alguns fatores que precisam ser levados em consideração no momento de decisão. Confira!

Conheça todas as suas possibilidades

Sabendo quais são as necessidades de aprendizagem do seu filho, o processo de escolha sobre
qual metodologia de ensino será a mais adequada à ele se torna mais fácil.

Neste momento, não se contente com pesquisas superficiais. Busque por informações sobre tudo a
respeito dos métodos selecionados como opções. Entenda sobre o propósito da criação de cada
um deles e sobre como é a rotina nas instituições que aderiram às respectivas propostas
pedagógicas.

Entenda quais são as diretrizes de cada escola

Ao ter em mente qual é o melhor método de ensino para o seu filho, é chegada a hora de escolher
uma instituição de ensino adequada para matriculá-lo, certo?

Sim! Mas ao escolher uma escola, é preciso validar se as diretrizes propostas estão em
conformidade com as atividades prestadas. Deste modo, é preciso analisar minuciosamente - e com
proximidade - se existem ou não incoerências que possam colocar a instituição em descrédito.

Considere fazer testes

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