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FILOSOFIA
FILOSOFIA DA LINGUAGEM
Apucarana
Novembro/2020
SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................................... 3
Conclusão ................................................................................................................. 19
INTRODUÇÃO
O ser humano em toda história se manifesta sempre como um ser que está à
procura de sentido, por isso, ele nunca poderá deixar de atribuir significado, isto faz
parte de sua natureza. Deste fato, podemos perceber que ao mesmo tempo em que
o homem está a atribuir significado, também está à procura de interpretá-los, seja seus
símbolos, atos ou ainda os seus signos.
aos conceitos do passado, quando neles procuramos pensar, com isso toda
interpretação está obrigada a entrar nos eixos da situação hermenêutica a que
pertence.
A linguagem ganha tal proximidade com a razão, porém, com as coisas que
nomeia, que se torna um verdadeiro enigma como pode haver diversas línguas, se
todas elas parecem valer como igualmente próximas à razão e às coisas. A linguística
nos ensina que cada língua realiza isso à sua maneira. Nos interessamos, pois, pelo
contrário, por aquilo que a ciência da linguagem tenta investigar. Vê-se ainda que a
unidade interna de linguagem e pensamento é também a premissa de que parte a
linguística.
generoso: uma palavra pode ser entendida por hábito ou convenção, ainda que
contenha sons que não possuem a menor similitude com a coisa, com o que, todo o
princípio da similitude começa a balançar e acaba se refutando com exemplos como
o das palavras que designam números.
O signo é algo que imponha um conteúdo próprio. Nem sequer necessita ter
algum conteúdo parecido com o que indica. Se o tivesse teria de ser puramente
esquemático. Assim, os signos escritos, por exemplo, são subordinados a
determinadas identidades fônicas, os signos numéricos, a determinados números, e
são os signos mais espirituais, porque sua subordinação é total no sentido de que os
esgota por inteiro. A coisa se coloca de outro modo no caso do extremo oposto, que
intervém na determinação da palavra: a cópia. A cópia contém essa mesma
contradição entre seu ser e seu significado, mas numa forma tal, que ela subsome
essa contradição em si mesma, justamente em virtude da parecença que ela própria
contém.
Na realidade, esse ideal torna patente que a linguagem é algo diverso do que
um mero sistema de signos para designar o conjunto do que é objetivo. Nessa maneira
de pensar, imaginamos a linguagem inteiramente à margem do ser pensado, como
um instrumentarium da subjetividade. Isso vale para Parmênides, que pensava a
verdade da coisa partindo do logos, e vale plenamente a partir da mudança de rumo
platônica na direção dos "discursos", seguindo também pela orientação aristotélica
das formas do ser nas formas da enunciação. A crítica da “correctura” dos nomes,
realizada no Crátilo, representa o primeiro passo numa direção que desembocaria na
moderna teoria instrumentalista da linguagem e no ideal de um sistema de signos da
razão.
da língua a que pertence, e deixa aparecer o conjunto da acepção do mundo que lhe
subjaz.
especulativa da linguagem, que consiste não em ser cópia de algo que está dado de
modo fixo, mas em um vir-à-fala, onde se anuncia um todo de sentido.
Recordamos que como a análise do ser da obra de arte nos tinha conduzido
ao questionamento da hermenêutica, e como esta tinha se ampliado até converter-se
num questionamento universal, isso tudo deu-se sem qualquer consideração paralela
da metafísica da luz, assim já pode ser apreciado na interpretação dogmática do relato
da criação, em Santo Agostinho. Este observa que a luz foi criada antes da distinção
das coisas e da criação dos corpos celestes que a emitem, nesta engenhosa
interpretação agostiniana do "Gênesis" reconhecemos um prenuncio daquela
interpretação especulativa da linguagem que desenvolvemos na análise estrutural da
experiência hermenêutica do mundo, segundo a qual a multiplicidade do que é
pensado surge somente a partir da unidade da palavra. Ao mesmo tempo podemos
reconhecer que a metafísica da luz faz valer um aspecto do conceito antigo do belo,
que pode afirmar seu direito inclusive à margem de sua relação com a metafísica da
substância e da referência metafísica do espírito divino infinito.
CONCLUSÃO
Por fim, Gadamer nos mostra que não existe compreensão que seja livre
totalmente de preconceito, por mais que a vontade do nosso conhecimento esteja
sempre dirigida, no sentido de esquivar ao emaranhado de nossos preconceitos, com
isso no conjunto da nossa investigação evidencia-se que, para garantir a verdade, não
basta o gênero de certeza, que o uso dos métodos científicos proporciona. Deste
modo o que a ferramenta do "método" não alcança tem de ser conseguido e pode
também realmente ser através de uma disciplina do perguntar e do investigar, que
garante a verdade.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método: Traços de uma hermenêutica filosófica.
2 ed. Trad. Flávio Paulo Meurer. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.