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JOSÉ AUGUSTO SCUDILIO JUNIOR

R.A. 8157976

HERMENÊUTICA

SÃO CARLOS
2022
JOSÉ AUGUSTO SCUDILIO JUNIOR
R.A. 8157976

HERMENÊUTICA

Projeto de elaboração
apresentado ao Curso de filosofia
da universidade Claretiano em
HERMENEUTICA.
Professor: Paulo Rogério
da Silva

SÃO CARLOS
2022
O QUE É HERMENÊUTICA?

Segundo o apresentado pelo autor, no capítulo em questão, a Hermenêutica se


caracteriza tal qual, como a arte de interpretar os textos de forma coesa. Seu termo tem
origem do grego “hermeneuein” que é traduzida e compreendida como “expressar em
voz alta, explicar ou interpretar, e traduzir”. Na tradução latina, corresponde a
“interpretatio”, em português, Interpretação.
O autor para abranger a máxima da temática, faz reflexão se na realidade
humana existe um único modo de se interpretar as coisas, ou se podem ser considerados
vários meios, métodos, técnicas para se chegar ao que determinado autor tenta transmitir
ao seu interlocutor. Para tal, usa o exemplo de Hamlet, com a fala extraída “Não,
responda-me. Pare e desdobre-se”, no sentido de provocar a necessidade de uma
interpretação mais afundo sobre o que o referido autor está tentando transmitir. Para
isso, destaca a importância do conjunto de regras de interpretação, tal qual, sem elas
uma passagem pode não fazer sentido, ou dela não se consiga extrair o que o autor quis
afirmar com determinado termo.
De tal modo, afirma que uma mesma palavra, como “desdobrar”, empregada no
texto, pode ter diferentes significados a depender de seu contexto histórico, cultural da
referida época que vive ou viveu o autor. Assim, afirma que para garantir a
fidedignidade de um texto, especialmente no momento da tradução à outra língua, é
necessário aquele que irá interpretar o texto que conheça em profundidade a linguagem
do autor, para que assim, consiga lê-lo em sua própria linguagem e extrair elementos
importantes do texto, para que seja feita uma tradução mais fidedigna.
Em sentido amplo é destacado que, desde os primórdios da humanidade, em que
os seres humanos passaram a se comunicar pela linguagem falada, principalmente pela
escrita, o que entendemos por hermenêutica, acompanha todo o processo de
desenvolvimento humano, vista tal como a capacidade de interpretar. Usada na
antiguidade para situações específicas, como a pratica que buscava a interpretação
correta da lei, como exemplo.
Nos apresenta, Friedrich Schleiermacher, que foi o pioneiro que buscou conciliar
as teorias a respeito da hermenêutica em uma única que caracterizou como
“Hermenêutica Universal”. Entendendo-a assim, como “a arte de compreender a
linguagem falada e escrita”, onde, esta mesma comporta e prevê até mesmo os erros na
interpretação, que ocorrem naturalmente e por isso se faz a relevância do processo
interpretativo hermenêutico, na busca de compreensão mais fidedigna ao que foi
transmitido pelo autor.
Schleiermacher, a divide em duas máximas, a Interpretação Gramatical e a
Interpretação Técnica. A primeira, se refere se dá a busca do entendimento da
linguagem adotada pelo autor, em outras palavras, o significado das palavras utilizadas
por ele; a segunda, está mais direcionada ao modo de pensar do mesmo, como formula
suas questões e o modo com que se expressa. Se faz necessário, pelo fato de que toda
expressão de um autor contempla a totalidade de seu contexto linguístico, como
compreende a realidade e o que pretende transmitir por meio dela.
Em seu decorrer, aponta para Gadamer, Hans-Georg, principal pensador a
respeito do que se entende pela Hermenêutica contemporânea, afirma que seu processo
se dá em poder “revelar e garantir verdades que o método científico não consegue”, ou
seja, através dela, é possível se chegar ao mais próximo da “verdade” que pelo autor
está sendo desvelada, refletida e sobre o sentido profundo do que deseja provocar.
Também a respeito de seus estudos sobre a hermenêutica, é afirmado que para
Gadamer, ela é a “teoria filosófica do conhecimento que afirma que todos os casos de
compreensão envolvem necessariamente tanto interpretação quanto aplicação”, de tal
modo se faz necessária, eficaz e está inserida em todos os contextos que necessitem de
interpretação ou compreensão, por tudo que está envolvido com a linguagem em seu
amplo aspecto.
O autor fala também a respeito do “círculo hermenêutico”, que para que algo
seja compreendido em suas parcelas, é necessário antes uma compreensão geral, e que
para que o geral seja entendido, se faz necessário compreender as parcelas, tudo aquilo
que lhe compõe. Ele Justifica essa afirmação com o exemplo de uma interpretação de
uma sentença, onde, se o interlocutor, não conhecer a profundidade das palavras que
estão contidas ali, não poderá extrair o significado e toda a compreensão do que
expressa a sentença na sua íntegra, ou seja, se não conhecer as partes, não poderá
compreender também o todo.
Sendo assim, através do texto e dos elementos apresentados pelo autor, é
possível entender que o objetivo principal da hermenêutica é garantir que se possa
compreender corretamente aquilo que está contido no texto, conhecendo seus principais
elementos, as particularidades do autor, o sentido das palavras na sua língua, como
também, os próprios gêneros literários na qual expressa a suas ideias. Também, que ela
está presente em toda forma de relação e comunicação, seja na linguagem falada ou
escrita, dada as relações humanas.
Neste contexto, aprofundando na temática e buscando conhecer as suas
particularidades, é possível extrair de melhor modo o conhecimento propagado e
desenvolvido ao longo da história da humanidade, nas mais variadas sociedades, meios
culturais e costumes diferentes, conservando a essência do mesmo e por ele,
compreender seu significado.

REFERENCIA
Schmidt, L. K. Hermenêutica. Petrópolis, RJ. Vozes, 2012. 245p.

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