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INTRODUÇÃO

No presente trabalho, abordaremos sobre as relações entre os componentes do


processo de ensino e a relação entre professor e aluno, determinando a unidade entre
objetivos e conteúdos de ensino, pois, os objetivos de ensino correspondem ao que todos
os alunos de uma sala devem conseguir saber e fazer ao fim de uma aula, ou de uma
sequência de aulas, ou de um curso inteiro, São os objetivos que determinam os resultados
esperados do processo entre o professor e aluno. Ao passo que os conteúdos formam a
base da instrução, é o conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos
e atitudes, organizados pedagógica e didaticamente.

Quanto a relação professor-aluno, Vasconcellos (1993), diz que a prática realizada


em sala de aula exige do professor o entendimento de como acontece e se constrói a
aprendizagem na vida do ser humano. Para que haja a compreensão deste processo, é
necessário que o professor crie vínculos afetivos com seus alunos, tenha em mente que o
seu aluno é um ser cheio de ideias e experiências próprias, e que precisam ser escutados
para a construção de seu conhecimento.

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1. OS OBJECTIVOS E OS CONTEÚDOS DE ENSINO
A educação sendo uma atividade humana realiza-se em função de propósitos e metas.
Assim, no processo pedagógico, a atuação dos professores e dos alunos está voltada para
a consecução de objetivos. Os objetivos antecipam resultados e processos esperados do
trabalho conjunto do professor e dos alunos, expressando conhecimentos, habilidades e
hábitos (conteúdos) a serem assimilados de acordo as exigências metodológicas.
1.1.CONCEITUAÇÃO DOS OBJETIVOS
É o ponto de partida, as premissas gerais do processo pedagógico, são formulações que
descrevem intenções de desenvolvimento (nos âmbitos cognitivos efetivos e
psicomotores).
Segundo Peleti, ( 1997-1965);
´´ Os objectivos é a discrição clara daquilo que se pretende alcançar como
resultado da nossa atividade´ ´portanto, no processo de ensino. Os objectivos dirigem-nos
na colocação das seguintes perguntas: o que pretendemos que os alunos sejam capazes de
fazer? O que é que eles são capazes de pensar?
Os objectivos assim entendidos, são os resultados desejados e previstos para ação
educativa. São os resultados que o professor espera alcançar com as suas atividades
didáticas pedagógicas.
1.2.TIPOS DE OBJECTIVOS
Objectivos gerais: são explicitados em três níveis de abrangência dos mais amplos aos
mais específicos.
 Pelo sistema escolar: que expressa as finalidades e educativas de acordo com
ideias e valores dominante na sociedade;
 Pela escola: que estabelece princípios e diretrizes de orientação de trabalho
escolar com base um plano pedagógico- didático que represente o conselho do
corpo docente em relação a filosofia de educação e a prática escolar;
 Pelo professor: que concretize com ensino da matéria a sua própria visão de
educação e de sociedade.
Objectivos específicos: particularizam a compreensão das relações entre a escola e
sociedade é especialmente o papel da matéria de ensino. Eles expressam, pois, as
expectativas do professor sobre o que deseja obter nos alunos no decorrer do processo de
ensino.

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O professor deve vincular os objectivos específicos aos objectivos gerais, sem perder de
vista a situação concreta (da escola, da matéria, dos alunos) em que serão aplicados.
Seguem as seguintes recomendações.
 Especificar, conhecimentos, habilidades, capacidades que sejam fundamentais
para serem assimilados e aplicados em situações futuras na escola e na vida
pratica.
 Observar uma sequência lógico, de forma que os conceitos e habilidades estejam
inter-relacionados possibilitando aos alunos uma compreensão.
 Expressar os objectivos com clareza, dosar o grau de dificuldade de modo que
sejam compreensíveis aos alunos, expressem desafios, problemas, questões
estimulantes e também viáveis.
 Como norma geral, indicar os resultados do trabalho dos alunos (o que devem
compreender, saber memorizar, fazer, etc.)
1.3.IMPORTÂNCIA DOS OBJECTIVOS EDUCACIONAIS.
Toda a prática educativa está orientada necessariamente para alcançar determinados
objectivos através de uma ação intencional e sistemática. Os objectivos expressam, pois,
propósitos definidos explícitos quanto ao desenvolvimento das qualidades humanas que
todos os indivíduos precisam adquirir para se capacitarem para as lutas sociais de
transformação da sociedade.
O professor precisa determinar o que o aluno será capaz no fim do aprendido. Isso
chama-se definir objectivos. O carácter pedagógico da prática educativa está
precisamente em explicitar fins e meios que orientam tarefas da escola e do professor para
aquela direção.
Todo professor consciente ao entrar na sala de aulas sabe perfeitamente o que pretende
conseguir ao iniciar o seu trabalho, ele já tem em mente, mesmo de maneira implícita, os
objectivos a serem atingidos. Um professor que não define os objectivos é comparado a
um barco sem rumo que corre o risco de perder-se no alto mar. Não há prática educativa
sem objetivo.
Por isso, toda a atividade sem nenhuma direção acaba por cair numa falência, numa
vacilação. São os objectivos a base de toda a direção do professor como o aluno e
possibilitam o professor determinar os procedimentos da avaliação do seu trabalho, isto
é a avaliação da atividade do professor e do aluno.

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1.4.OBJETIVOS GERAIS E OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos são o marco inicial do processo pedagógico e social, segundo Libâneo


os objetivos gerais explicam-se a partir de três níveis de abrangência. O primeiro nível é
o sistema escolar que determina as finalidades educativas de acordo com a sociedade em
que está inserido; o segundo é determinado pela escola que estabelece as diretrizes e
princípios do trabalho escolar; o terceiro nível é o professor que concretiza tudo isto em
ações práticas na sala de aula.

Alguns objetivos educacionais podem auxiliar os professores a determinar seus


objetivos específicos e conteúdos de ensino. Entre estes objetivos educacionais destacam-
se:

 Formar nos alunos a capacidade crítica e criativa em relação a matérias e sua


aplicação;
 Formar convicções para a vida futura;
 Colocar a educação no conjunto de lutas pela democratização da sociedade;
 Oferecer a todos as crianças, sem nenhum tipo de discriminação cultural, racial
ou política, uma preparação cultural e científica a partir do ensino das materiais;
 Assegurar a estas crianças o desenvolvimento máximo de suas potencialidades;
 Institucionalizar os processos de participação envolvendo todas as partes
formadoras da realidade escolar.
1.5.OS CONTEÚDOS DE ENSINO

A relevância e o lugar que os conteúdos de ensino ocupam na vida escolar foram


retirados em diversos momentos dos nossos estudos didácticos. Se perguntarmos a
professores de nossas escolas o que são conteúdos de ensino, provavelmente responderão:
são os conhecimentos de cada matéria do círculo que transmitimos aos alunos; dar
conteúdos é transmitir a matéria do livro didáctico. Essa ideia não é totalmente errada.
De facto, no ensino há sempre três elementos: a matéria, o professor, o aluno. O problema
está em que os professores entendem esses elementos de forma linear, mecânica, sem
perceber o movimento de ida e volta entre um e outro, isto é sem estabelecer as relações
recíprocas entre um e outro. Por causa, o ensino vira uma coisa mecânica: o professor
possa passa a matéria os alunos escutam, repetem e decoram oque foi transmitido, depois
resolvem meio maquinalmente os exercícios de classe e as tarefas de casa. Ai reproduz
nas provas o que foi transmitido e começa tudo de novo. O ensino dos conteúdos deve ser

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visto como acção recíproca entre a matéria, o ensino e o estudo dos alunos, ou seja, a
matéria a ser transmitida proporciona determinados procedimentos de ensino, que por sua
vez, levam a formas de organização do estudo activo dos alunos.
Os conteúdos de ensino são o conjunto de conhecimentos, habilidades hábitos, modos
valorativos e atitudes de actuação social organizado pedagogicamente e didacticamente;
tendo em vista a assimilação activa e aplicação pelos alunos na sua prática de vida.
Englobam, portanto conceitos, ideias, factos, processos princípios, métodos de
compreensão e aplicação, hábitos de estudo e de convivência social, valores, convicções,
atitudes.
São expresso nos programas oficias, nos livros didácticos, nos planos de ensino e de
aula, nas aulas, nas atitudes e convicções do professor, nos exercícios nos métodos e
formas de organização do ensino. Os conteúdos são organizados em matérias de ensino e
dinamizados pela articulação objectivos-conteúdos-métodos e formas de organização do
ensino, nas condições reais em que ocorre o processo de ensino ( meio social , escola,
aluno , famílias etc).
São de origem, cultural, da ciência, da técnica, da arte e os modos de acção no mundo
expressam os resultados da actividade prática dos homens nas suas relações com
ambiente natural e social.
A escolha dos conteúdos de ensino leva-se em conta não só a herança cultural
manifesta nos conhecimentos e habilidades, mas também a experiencia da pratica social
vivida pelos alunos, isto é , nos problemas e desafios existente no contexto em que
vivemos .Os conteúdos de ensino devem ser elaborados numa perspectiva do futuro,
uma vez que contribuem para a negação das acções sociais vigentes tendo em vista a
construção de uma sociedade verdadeiramente humanizada.
1.5.1. OS ELEMENTOS DOS CONTEÚDOS DE ENSINO
A herança cultural construída pela atividade humana ao longo da história da sociedade é
extremamente rica e complexa, sendo impossível a escola básica abranger todos estes
patrimónios. É tarefa de a Didática destacar o que deve contribuir o objetivo de ensino
nas escolas, selecionando os elementos dos conteúdos a serem assimilados ou apropriados
pelos alunos, em função das exigências sociais e do desenvolvimento de personalidade.
Os conteúdos de ensino se compõem de quatro elementos: conhecimentos
sistematizados, habilidades e hábitos, atitudes e convicções.
 Conhecimentos sistematizados:

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É base de instruções e do ensino, os objectivos de assimilação e meio indispensável
para o desenvolvimento global da personalidade. A aquisição e o domínio dos
conhecimentos são condições prévias para os demais elementos, ainda que assimilação
concorra para viabilizar aqueles. Os conhecimentos sistematizados correspondem a
conceitos e termos fundamentais das ciências, factos e fenómenos da ciência e da
atividade quotidiana; leis fundamentais que explicam as propriedades e as relações entre
objetos e fenómenos da realidade, métodos de estudo da ciência e a história da sua
elaboração; e problemas existentes no âmbito da pratica social.
 As habilidades:
São qualidades mentais necessárias para a atualidade mental no processo de
assimilação de conhecimentos. Os hábitos são modos de agir relativamente
automatizados que tornam mais eficaz o estudo ativo e independente. Nem sempre é
possível especificar um hábito a ser formado, pois esses hábitos vão sendo consolidados
no transcorrer das atividades e exercícios em que são requeridos. Hábitos podem preceder
habilidades e há habilidades que se transformam em hábitos. Ex: habilidade em leitura
pode transformar-se em hábito de ler e vice-versa.
 As atitudes e convicções:
Referem a modos de agir, de sentir e de se posicionar frente a tarefas da vida social.
Orientam, portanto, a tomada de posição e as decisões pessoais frente a situações
concretas. Ex: os alunos desenvolvem valores e atitudes em relação ao estudo e ao
trabalho, á convivência social, á responsabilidade pelos seus actos, á prevenção da
natureza ao civismo etc.
As atitudes e convicções dependem dos conhecimentos e os conhecimentos, por
sua vez influem na formação de atitudes e convicções, assim como ambos depende de
certo nível de desenvolvimento das capacidades mentais.
Os elementos constitutivos dos conteúdos convergem para a formação das capacidades
cognitivas. Estás correspondem a processos psíquicos da actividade mental.
O futuro professor não deve assustar-se com a complexidade da elaboração dos
conteúdos de ensino, pois nenhum desses elementos é considerado isoladamente, mas
reunidos em torno dos conhecimentos sistematizados. O aspecto importante a assimilar,
entretanto, é um sólido conhecimento da matéria e dos métodos de ensino, sem o que será
muito difícil responder as exigências de um ensino de qualidade.

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1.5.2. FACTORES DETERMINANTES NA SELECÇÃO DOS CONTEÚDOS
Devemos partir do princípio de que a escolha e definição dos conteúdos é, em última
instância, tarefa do professor. É ele que tem pela frente determinado alunos, com sua
característica de origem social, vivendo num meio determinado, com certas disposições
e preparo para enfrentar o estudo. O trabalho pedagógico implica preparação desses
alunos para as actividades práticas-profissionais, políticas, culturais – e para isso, o
professor enfrenta duas questões centrais:
_Que conteúdos (conhecimentos, habilidades, valores) os alunos devem adquirir
a fim de que se tornem as exigências objectivas da vida social como a profissão, o
exercício da cidadania, a criação e o usufruto da cultura e da arte, a produção de novos
conhecimentos de acordo com os interesses da classe.
_ Que métodos e procedimentos didácticos – pedagógicos são necessários para
viabilizar o processo de transmissão – assimilação de conteúdos.
São três as fontes que o professor utilizará para seleccionar os conteúdos do plano de
ensino e organizar nas suas aulas:
 A programação oficial na qual são fixados os conteúdos de cada matéria
 Os próprios conteúdos básicos das ciências transformadas em matérias de ensino.
 As exigências teóricas e práticas colocadas pela prática de vida dos alunos, tendo
em conta o mundo trabalho e a participação democrática na sociedade.
1.5.3. CRITÉRIO DE SELECÇÃO DOS CONTEÚDOS (COMO
SELECCIONAR OS CONTEÚDOS).
Os conteúdos de ensino retirados das ciências são objectivos e universais ou reflectem
e interpretações com os interesses de grupos e classes sociais que possuem o poder
política e económico da sociedade. Existe, pois um saber objectivo e universal que
constitui a base dos conteúdos de ensino, mas não se trata de um saber neutro.
A objectividade e universidade dos conteúdos se apoiam no saber científico, que se
constitui no processo de investigação e comprovação de leis objectivas que expressam as
relações internas dos factos e de acontecimentos da natureza e da sociedade.
 Dimensão ético-social dos conteúdos é submeter os conteúdos de ensino ao dos
seus determinantes para recuperar o seu núcleo de objectividade, tendo em vista,
possibilitar o conhecimento científico vale dizer, crítico da realidade.
Dimensão ético-social se manifesta em primeiro lugar no tratado científico dos
conteúdos: Nas matérias estudam-se as leis objectivas dos factos, fenómenos da natureza

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e da sociedade, investigando as suas relações internas e buscando a sua essência
constitutiva por de traz da aparência.
 Os conteúdos têm um carácter histórico em estreita ligação com o carácter
científico. Os conteúdos escolares não são informações, factos, conceitos, ideias
etc. Que sempre existirão na sua forma actual, registada nos livros didácticos nem
são estáticos e definitivos. Os conteúdos são elaborados e reelaborados conforme
as necessidades práticas de cada época histórica e os interesses sócios vigente em
cada organização social.
 Em terceiro lugar a dimensão critica social, implica vinculares os conteúdos de
ensino a exigências teóricas e práticas de formação dos alunos, em função da
actividade de vida pratica.
Em síntese, a dimensão ético-social dos conteúdos correspondem a abordagem
metodológicas dos conteúdos na qual os objectivos de conhecimentos (factos, conceitos,
leis, habilidades, métodos, etc) são aprendidos nas suas propriedades e características
próprias e, ao mesmo tempo, nas suas relações com outros factos e fenómenos da
realidade, incluindo especificamente as ligações nexos sócias que os constituem como
tais ( objectos de conhecimentos ).
O conhecimento é considerado nesta perspectiva, como vinculado a objectivos
socialmente determinados, a interesses concretos a que estão implicadas a tarefas da
educação escolar.
1.6.OS CONTEÚDOS E O LIVRO DIDÁCTICO
Nas considerações anteriores procuramos mostrar que o saber científico expresso nos
conteúdos de ensino é o principal objectivo da mediação escolar. Sua democratização é
uma exigência da humanização, pois ocorre para aumentar o poder do homem sobre a
natureza e sobre o seu próprio destino.
Os livros didácticos se prestam a sistematizar e difundir conhecimentos, mas servem
também para cobrir alguns aspectos da realidade, conforme modelos de descrição e
explicação da realidade consoante com os interesses económicos e sócias dominantes na
sociedade.
Ao seleccionar os conteúdos da série em que irá trabalhar, o professor deve analisar
os textos, verificar como são enfocados os assuntos, para enriquecê-los com sua própria
combinação e a dos alunos, comparando o que se afirma com factos, problemas e
realidades da vivência dos alunos. Ao recorrer ao livro didáctico para escolher os

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conteúdos, elaborar p plano de ensino e de aulas, é necessário ao professor o domínio
seguro da matéria e bastante sensibilidade criticam.
1.7.RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNO NA SALA DE AULA

Entendemos que as relações entre professores e alunos dependem das formas de


comunicação, que os aspectos afetivos e emocionais contribuem para a dinâmica das
manifestações na sala de aula, e que fazem parte das condições organizativas do trabalho
do docente. Segundo Libâneo (1994, p. 21), a interação professor-alunos é um aspecto
fundamental da organização da “situação didática”, tendo em vista alcançar os objetivos
do processo de ensino: a transmissão e assimilação dos conhecimentos, hábitos e
habilidades. Libâneo (2011, p. 42), comenta que:

O professor precisa juntar a cultura geral, a especialização disciplinar e a busca de


conhecimentos conexos com sua matéria, porque formar o cidadão hoje é, também, ajudá-
lo a se capacitar para lidar praticamente com noções e problemas surgidos nas mais
variadas situações, tanto do trabalho, quanto sociais, culturais e éticas.

Desta forma, torna-se fundamental que o professor busque na sua formação


permanente, o sentido do: “Por quê Para que E como” ensinar aos seus alunos, tendo
sempre em consideração a realidade e a experiência de cada um, preparando e planejando
sua prática docente, procurando sempre transmitir aos seus alunos aquilo que faz, parte
de sua realidade

1.7.1. PRÁTICA DO PROFESSOR NA SALA DE AULA

De acordo com (LIBANO), podemos ressaltar dois aspectos da interação professor-


alunos no trabalho docente: o aspecto cognoscitivo (que diz respeito a formas de
comunicação dos conteúdos) e o aspecto sócio emocional (que diz respeito às relações
pessoais entre professor e aluno e às normas disciplinares indispensáveis ao trabalho
docente).

Corroborando com o aspecto sócio emocional, Vasconcellos (1993), diz que a prática
realizada em sala de aula exige do professor o entendimento de como acontece e se
constrói a aprendizagem na vida do ser humano. Para que haja a compreensão deste
processo, é necessário que o professor crie vínculos afetivos com seus alunos, tenha em
mente que o seu aluno é um ser cheio de ideias e experiências próprias, e que precisam
ser escutados para a construção de seu conhecimento.

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O professor não deve ser apenas alguém que aplica conhecimentos pré-produzidos
por terceiros, nem tão somente um agente indicado e manipulado por mecanismos sociais,
mas sim um ator no sentido forte do termo, isto é, um sujeito que assume sua prática a
partir dos significados que ele mesmo dá a realidade, um sujeito que possui
conhecimentos e um saber-fazer provenientes de sua própria atividade e a partir dos quais
ele a estrutura e orienta. Acredita-se ainda que, a sala de aula é o lugar em que há uma
reunião de seres pensantes que compartilham ideias, trocam experiências, contam
histórias, enfrentam desafios, rompem com o velho, buscam o novo, enfim, há pessoas
que trazem e carregam consigo saberes cotidianos que foram internalizados durante sua
trajetória de vida, saberes esses que precisam ser rompidos para dar lugar a novos saberes
(VASCONCELLOS, 1993, p. 35)

O autor enfatiza ainda que o professor para atuar verdadeiramente como tal deve
considerar sempre a realidade da sala de aula, sabendo que é com os alunos que ali estão
que ele terá que trabalhar, mesmo não sendo estes o modelo ideal. O professor deve
provocar o pensar e promover a reflexão crítica e coletiva em sala de aula, propiciar uma
verdadeira atividade de interação que viabilize os processos mentais mais elevados, que
ajudem os alunos a compreenderem a realidade em que estão inseridos.

1.7.2. POSTURA DO PROFESSOR NA SALA DE AULA

Todos que vislumbram a carreira de professor devem ter em mente, que somente após
a sua formação inicial a qual recebeu um embasamento teórico, e de ter iniciado o
exercício da prática docente propriamente dita, é que terá a percepção concreta de qual é
de fato a sua postura em sala de aula, “que tipo de professor eu sou, e como o aluno me
vê” O educador precisa estar preocupado tanto com os alunos quanto com o conhecimento
que precisa transmitir, uma vez que, essas inquietações são fundamentais para alcançar
seus propósitos de ensino e aprendizagem e estar convicto de suas responsabilidades
nesse processo. O professor também deve estar disposto a adotar uma prática inovadora
e que dê resultados na aprendizagem de seus alunos, é necessário uma constante reflexão
“do que e como ensinar”, refletindo e percebendo quais os pontos que precisam ser
modificados quais dificuldades podem ser encontradas e como preparar os alunos para
lidar com elas. Sob essa luz comenta (Libâneo, 1994, p. 12) “As dificuldades encontradas
no estudo não podem levar os alunos ao desânimo. O professor deve colocar essas
dificuldades como desafios a vencer.

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CONCLUSÃO

Portanto, o conteúdo de ensino é de grande importância pois``quem aprende,


aprender alguma coisa.” e que a absorção de informação e essencial para se viver em
sociedade, pois os conteúdos selecionam as informações de grande importância e as
aplicam nos indivíduos em momentos específicos, ou seja, transformar o conhecimento
adquirido por gerações em um conhecimento prático. E que a postura do professor deve
ser vista de forma impar por seus alunos, servindo de referência não só na aprendizagem,
como também na forma de se relacionarem uns com os outros em sala de aula, e com a
sociedade como um todo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Libâneo. (1994).

LIBANO, 1. (s.d.).

VASCONCELLOS. (1993).

LIBNEO, José Carlos. Didática. 32. Ed. São Paulo: Cortez, 1994.

LIBNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

DE MASI, Domenico. O ócio criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo:
Salesiana Dom Bosco, 1993.

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