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Modúdo de Didáctica Geral


O módulo de didáctica irá abrangir dois níveis de ensino, o nível secundário e o nível
superior. Podendo então ter na certificação duas saídas: didáctica geral e didáctica do
Ensino Superior.
I. A didática como actividade pedagógica escolar

A pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo social, no


seio de uma determinada sociedade, bem como as metodologias apropriadas para a
formação dos individuos, sendo a educação escolar uma actividade social que, através de
instituições próprias, visa à assimilação dos conhecimentos e experiências humanas
acumuladas no decorrer da história, tendo em vista a formação dos individuos enquanto
seres sociais, cabe à pedagogia intervir nesse processo de assimilação, orientando-o para
finalidades sociais e políticos e criando um conjunto de condições metodologicas e
organizativas para viabilizá-lo no âmbito da escola.

Nesse sentido, a Didactica, assegura o fazer pedagógico na escola, na sua dimensão


político-social e técnica; é por isso, uma disciplina eminentemente pedagógica, que
estuda o processo de ensino através dos seus componentes.

O ensino consiste no planeamento, organização, direcção e avaliação da actividade


didáctica, concretizando as tarefas da instrução; o ensino inclui tanto o trabalho do
professor como a direcção da actividade de estudo dos alunos.

Em sintese, são temas fundamentais da Didactica: os objectivos, os conteúdos, os


princípios didáticos, os métodos de ensino e de aprendizagem, as formas organizativas
do ensino, o uso e aplicação de técnicas e recursos, o controle e a avaliação da
aprendizagem.

O objecto de estudo da Didáctica é o processo de ensino, campo principal da educação


escolar que, considerado no seu conjunto, inclui: os conteúdos dos programas e dos livros
didáticos, os métodos e formas organizativas do ensino, as actividades do professor e dos
alunos e as directrizes que regulam e orientam esse processo.

Podemos definir processo de ensino como uma sequência de actividades do professor e


dos alunos, tendo em vista a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento de
habilidades, através dos quais os alunos aprimoram capacidades cognitivas (pensamento
independente, observação, análise-síntese e outras).

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1.1 Os componentes do processo didáctico

De facto, tradicionalmente se consideram como componentes da acção didáctica a


matéria, o professor e os alunos.

O ensino é um processo social, integrante de múltiplos processos sociais, nos quais estão
implicadas dimensões políticas, ideológicas, éticas, pedagógicas, frente às quais se
formulam objectivos, conteúdos e métodos conforme opções assumidas pelo professor,
cuja realização está na dependência de condições, seja aquelas que o já encontra seja as
que ele precisa transformar ou criar. Portanto, o processo didático, assim, desenvolve-se
mediante a acção recíproca dos componentes fundamentais do ensino: os objectivos da
educação e da instrução, os conteúdos, o ensino, a aprendizagem, os métodos, as formas
e meios de organização das condições da situação didática, a avaliação.

Objectivos do trabalho pedagógico do professor:

O trabalho docente, entendido como actividade pedagógica do professor, busca os


seguintes objectivos primordiais:

1. Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e duradouro possível dos conhecimentos
científicos;

2.Criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e


habilidades inteletuais de modo que dominem métodos de estudo e de trabalho intelectual
visando a sua autonomia no processo de aprendizagem e independência de pensamento;

3. Orientar as tarefas de ensino para objectivos educativos de formação da personalidade,


isto é, ajudar os alunos a escolherem um caminho na vida, a terem atitudes e convições
que norteiem suas opções.

Para que o professor possa atingir efectivamente os objectivos, é necessário que realize
um conjunto de operações didáticas coordenadas entre si, o planeamento.

Para o planeamento, tarefa do professor:

1. Compreensão segura das relações entre a educação escolar e os objectivos


sociopolíticos e pedagógicos, ligando-os aos objectivos de ensino das matérias;

2. Domínio seguro do conteúdo das matérias que lecciona e suas relação com a vida e a
prática, bem como dos métodos de investigação próprios da matéria, a fim de poder fazer

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uma boa selecção e organização do seu conteúdo, partindo das situações concretas da
escola e da classe;

3. Capacidade de desmembrar a matéria em tópicos ou unidades didáticas, a partir da sua


estrutura conceitual básica; de seleccionar os conteúdos de formas a destacar conceitos e
habilidades que formam a espinha dorsal da matéria;

4. Conhecimento das características sociais, culturais e individuas dos alunos; bem como
o nível de preparo escolar em que se encontram;

5. Conhecimentos e domínio dos vários métodos de ensino e procedimentos didáticos, a


fim de poder escolhê-los conforme os temas a serem tratados e as características dos
alunos;

6. Conhecimento dos programas oficiais para adequá-los às necessidades reais da escola


e da turma de alunos;

2. Planificação

1-Conceito de objectivos

O objectivo é o ponto de partida, a premissa geral do processo pedagógico. Representam


as necessidades da sociedade em relação à escola, ao ensino, aos alunos e, ao mesmo
tempo, refletem as opções politica e pedagógicas dos agentes educativos em face das
contradições sociais existentes na sociedade.

Ou ainda, os objectivos são a descrição clara do ponto de chegada, da situação desejada,


do que se pretende alcançar como resultado da nossa actividade.

Os objectivos consistem em uma descrição clara dos resultados que desejamos alcançar
com nossa actividade (Pileti,204 p.78): os objectivos são importantes na medida em que
as práticas educacionais se orientam, necessariamente, para alcançar determinados
objectivos, por meio de uma acção intencional e sistemática.

Os objectivos educacionais têm as seguintes referências:

1. Os valores e ideais proclamados na legislação educacional e que expressam os


propósitos das forças políticas dominantes no sistema social;

2. OS conteúdos básicos das ciências, produzidos e elaborados no discurso da prática


social da humanidade;

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3. As necessidades e expectivas de formação cultural exigidos pela população


maioritaria da sociedade, decorrentes das condições da vida e de trabalho e das
lutas pela democratização.

A elaboração dos objectivos pressupõe, da parte do professor, uma avaliação crítica das
referências que utiliza balizada pelas suas opções face aos determinantes sociopolíticos
da práttica pedagógica. Assim, o professor precisa saber avaliar a pertinência dos
objectivos e conteúdos propostos pelo sistema escolar, verificando em que medida
atende exigências de democratização política e social;

Objectivos Gerais

São explicitados em três níveis de abrangência, do mais amplo ao mais específico:

a) Pelo sistema escolar, que expressa às finalidades educativas de acordo com ideias
e valores dominantes na sociedade;

b) Pela escola, que estabelece princípios e diretrizes de orientação do trabalho


escolar com base num plano pedagógico-didáctico que represente o consenso do
corpo docente em relação à filosofia da educação e à prática;

c) Pelo professor, que concretiza no ensino da matéria a sua própria visão de


educação e de sociedade.

Alguns objectivos gerais podem auxiliar os professores na selecção de objectivos


específicios e do conteúdo de ensino.

Objectivos específicos

Particularizam a compreensão das relações entre escola e sociedade e especialmente do


papel da matéria de ensino. Eles expressam, pois, as expectativas do professor sobre o
que deseja obter dos alunos no decorrer do processo de ensino.

O professor deve vincular os objectivos específicos aos objectivos gerais, sem perder de
vista a situação concreta (da escola, da matéria, dos alunos) em que serão aplicados. Deve,
também, seguir as seguintes recomendações:

1. Especificar os conhecimentos, habilidades, capacidades que sejam fundamentais


para serem assimiladas e aplicadas em situações futuras, na escola e na vida
prática;

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2. Observar uma sequência lógica, de forma que os conceitos e habilidades estejam


inter-relacionados, possibilitando aos alunos uma compreensão de conjunto;
3. Expressar os objectivos com clareza, de modo que sejam compreensíveis aos
alunos e permitam, assim, que estes introjetem os objectivos de ensino como
objectivos seus;
4. Dosar o grau de dificuldades, de modo que expressem desafios, problemas,
questões estimulantes e também viáveis;
5. Formular os objectivos como resultados a atingir, facilitando o processo de
avaliação diagnostica e de controle;

Os objectivos podem referir-se aos domínios

Cognitivo - refere-se à razão, á inteligência e à memória.

Afetivo - refere-se aos valores, às atitudes, às apreciações e aos interesses.

Psicomotor - refere-se às habilidades operativas ou motoras, isto é, manipular


materiais, objectos, instrumentos ou máquinas.

Obs. Níveis dos objectivos:

Necessidade da sociedade

Ideal de homem que se aspira formar

Objectivos gerais da educação do país

Objectivos de cada nível de ensino

Objectivos de cada ano

Objectivos de cada disciplina

Objectivos de cada unidade temática

Objectivos de cada aula

2-Conteúdos de ensino

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São conjuntos de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e atitudinais de


actuação social, organizados pedagógica e didacticamente, tendo em vista a assimilação
ativa e aplicação pelos alunos na sua prática de vida.

Englobam: conceitos, ideias, fatos, processos, princípios, leis científicas, regras;


habilidades cognoscitivas, modos de atividade, métodos de compreensão e aplicação,
hábitos de estudo, de trabalho e de convivência social; valores, convicções, atitudes.

São expressos nos programas oficiais, nos livros didacticos, nos planos de ensino e de
aula, nas atitudes e convicções do professor, nos exercícios, nos métodos e formas de
organização do ensino.

Retratam a experiência social da humanidade no que se refere a conhecimentos e modos


de acção, transformando-se em instrumentos pelos quais os alunos assimilam,
compreendem e enfrentam as exigências teóricas e práticas da vida social.

São organizados em matérias de ensino e dinamizados pela aritculação objectivos-


conteúdos-métodos e formas de organização do ensino, nas condições reais em que ocorre
o processo de ensino (meio social e escolar, alunos, famílias, etc.).

Os elementos dos conteúdos de ensino

A herança cultural construída pela atividade humana ao longo da história da sociedade é


extremamente rica e complexa, sendo impossível à escola básica abranger todo esse
património.

Os conhecimentos sistematizados são a base da instrução e do ensino, os objectos da


assimilação e meio indispensável para o desenvolvimento global da personalidade. A
aquisição e o domínio dos conhecimentos são condições prévias para os demais
elementos, ainda que a assimilação destes concorra para viabilizar aqueles.

As habilidades são qualidades intelectuais necessárias para atividade mental no processo


de assimilação de conhecimentos.

Os hábitos são modos de agir que tormam mais eficaz o estudo ativo e independente. Os
hábitos podem preceder habilidades e há habilidades que se transformam em hábitos.

As atitudes e convicções se referem a modos de agir, de sentir e de se posicionar frente a


tarefas da vida social. Orientam a tomada de posição e as decisões pessoais frente a
situações concretas.

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Finalizando, O futuro professor não deve assustar-se com a complexidade da elaboração


dos conteúdos de ensino, pois nemhum desses elementos é considerado isoladamente,
mas reunidos em torno dos conhecimentos sistematizados. O aspecto importante a
assinalar, é um sólido conhecimento da matéria e dos métodos de ensino, sem o qual será
muito difícil responder às exigências de um ensino de qualidade.

Fontes de seleccão dos conteúdos

São três fontes que o professor utilizará para seleccionar os conteúdos do plano de ensino
e organizar as suas aulas:

1ª Programação oficial, na qual são fixados os conteúdos de cada matéria;

2ª São os próprios conteúdos básicos das ciências transformadas em matérias de ensino;

3ª São as exigências teóricas e práticas colacadas pela prática de vida dos alunos;

Critérios de seleção dos conteúdos

1º. Correspondência entre objectivos gerais e conteúdos. Os conteúdos devem expressar


objectivos sociais e pedagógicos da escola pública sintetizados na formação cultural e
cientifica para todos. A expressão ensino para todos, deve ser entendida como ensino para
a população maioritaria da sociedade.

2º Carácter científico. Os conhecimentos que fazem parte do conteúdo reflectem os


factos, conceitos, ideias, métodos decorrentes da ciência moderna. No processo de ensino,
trata-se de seleccionar as bases das ciências, transformadas em ojectos de ensino
necessários à educação geral.

3º Carácter sistemático. O programa de ensino deve ser delineado em conhecimentos


sistematizados e não em temas genéricos e esparsos, sem ligação entre si.

4º Relevância social. Este critério corresponde à ligação entre o saber sistematizado e a


experiência prática, devendo os conteúdos refletir objectivos educativos esperados em
relação à sua participação na vida social.

A relevância social dos contédos significa incorporar no programa as experiências e


vivências das crianças na sua situação concreta, para contrapor sa noções de uma
sociedade idealizada e de um tipo de vida e de valores distanciados do cotidiano dos
alunos que frequentemente aparecem nos livros didácticos.

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5ºAcessibilidade e solidez. Acessibilidade significa compatibilizar os conteúdos com o


nível de preparo e desenvolvimento mental dos alunos. È o que se costuma denominar,
também, de dosagem dos conteúdos.

Se os conteúdos são acessíveis e didacticamente organizados, sem perder o carácter


científico e sistematizado, haverá mais garantia de uma assimilação sólida e duradoura,
tendo em vista a sua utilização nos conhecimentos novos e a sua transferência para as
situações práticas.

3-Recursos de ensino

Por meios de ensino designamos todos os meios e recursos materiais utilizados pelo
professor e pelos alunos para a organização e condução metódica do processo de ensino
e aprendizagem.

Equipamentos são meios de ensino gerais, necessários para todas as matérias, cuja relação
com o ensino é indireta. São carteiras ou mesas, quadro, projector de slides ou filmes,
toca-disco, gravador e toca-fitas, flanelógrafo etc.

Cada disciplina exige também seu material específico, como ilustrações e gravuras,
filmes, mapas e globo terrestre, discos e fitas, livros, enciclopédias, dicionários, revistas,
álbum seriado, cartezes, gráficos e outros elementos técnicos dependendo de cada área de
formação.

Alguns autores classificam ainda, como meios de ensino, manuais e livros didácticos;
rádio, cinema, televisão, recursos naturais; recursos da localidade (biblioteca, museu,
indústria etc.); modelos de objectos e situações (amostras, aquário, dramatizações etc.)

Na visão de Pileti:

Recursos visuais: impressionam apenas o sentido da visão e incluem quadro de giz,


quadro magnético, quadro mural, diapositivos (slides), e outros recursos visuais tais como
ilustrações, gravuras, fotografias, desenhos e símbolos visuais.

Recursos auditivos: Impressionam o sentido da audição, incluindo fitas de áudio, discos


e símbolos verbais.

Recursos múltiplos: impressionam também os outros sentidos dos alunos, onde se


incluem as experiências que colocam os interessados em contato com fatos reais ou
simulados.

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Quando usamos de maneira adequada, os recursos de ensino colaboram para:

1. Motivar e despertar o interesse dos alunos;

2. Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação;

3. Aproximar o aluno da realidade;

4. Visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem;

5. Oferecer informações e dados;

6. Permitir a fixação da aprendizagem;

7. Ilustrar noções mais abstratas;

8. Desenvolver e experimetação concreta.

Para que os recursos de ensino realmente colaborem no sentido de melhorar a


aprendizagem, na sua utilização devem ser observados alguns critérios e princípios:

1. Ao seleccionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objectivos a serem


alcançados. Nunca se deve utilizar um recurso de ensino só por estar na moda.

2. Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido suficientemente de forma a
poder empregá-lo correctamente.

3. A eficácia dos recursos dependerá da interação entre eles e os alunos. Por isso, devemos
estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua receptividade, tais
como a atenção, a percepção, o interesse, a sua participação ativa, etc.

4. A eficácia depende também das características dos próprios recursos com relação às
funções que podem exercer no processo da aprendizagem. A função de um cartaz, por
exemplo, é diferente da do álbum seriado.

5. O tempo disponível é outro elemento importante que deve ser considerado. A


preparação e utilização dos recursos exigem determinado tempo e, muitas vezes, o
professor não dispõe desse tempo.

Pesquisas revelam que aprendemos:

1% através do gosto;
1,5 % através do tato;

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3,5% através do olfato;


11% através da audição;
83% através da visão.

Retemos:

10% do que lemos;


20% do que escutamos;
30% do que vemos;
50% do que vemos e escutamos;
70% do que ouvimos e logo discutimos;
90% do que ouvimos e logo realizamos.

Utilização do Quadro

1. Limpar totalmente o quadro antes de qualquer utilização.

2. Começar a escrever na parte de cima do quadro.

3. Ussar o apagador no sentido vertical, de cima para baixo.

4. Não dar as costas totalmente para os alunos: escrever um pouco de lado e falar ao
mesmo tempoao mesmo tempo que escreve para manter a atenção dos alunos.

5. Escrever de forma legível e com letra grande.

6. Usar giz de cor para dar ênfase a uma palavra ou a parte de um desenho. As cores mais
adequadas são o vermelho, o amarelo, o azul e o verde.

7. Usar giz de cor para mostrar relações ou distinguir parte de um todo.

8. Repartir o quadro em duas partes: na primeira, fazer uma síntese, do assunto do dia, na
outra dar uma visão global da matéria.

4-A aula como forma de organização do ensino

A ideia mais comum que nos vem à mente quando se fala de aula é a de um professor
expondo um tema perante uma classe silenciosa.

Devemos entender a aula como o conjunto dos meios e condições pelos quais o professor
dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no
processo da aprendizagem escolar, ou seja a assimilação consciente e ativa dos conteúdos.

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Características gerais aula

Se considerarmos o processo de ensino como uma acção conjunta do professor e dos


alunos, na qual o professor estimula e se consideramos o processo de ensino como uma
acção conjunta do professor e dos alunos, na qual o professor estimula e dirige atividades
em função da aprendizagem dos alunos, podemos dizer qua a aula é a forma didáctica
básica de organização do processo de ensino.

Cada aula é uma situação didática específica, na qual objectivos e conteúdos se combinam
com métodos e formas didáticas, visando fundamentalmente propiciar a assimilação dos
alunos.

As aulas devem cumprir as seguintes exigências:

1. Ampliação do nível cultural e cientifico dos alunos, assegurando profundamente e


solidez aos conhecimentos assimilados;

2. Selecção e organização de atividade dos alunos que possibilitem desenvolver sua


independência de pensamento, a criatividade e o gosto pelo estudo;

3. Empenho pernamente na formação de métodos e hábitos de estudo;

4.Formação de habilidades e hábitos, atitudes e convicções, que permitam a aplicação de


conhecimentos na solução de problemas em situações da vida prática;

5. Desenvolvimento das possibilidades de aproveitamento escolar de todos os alunos,


diferenciando e individualizando o ensino para atingir níveis relativamente iguais de
assimilação da matéria;

6. Valorização da sala de aula como meio educativo, para formar as qualidades positivas
de personalidade dos alunos;

Estruturação didática da aula

Os passos didáticos são os seguintes: preparação e introdução da matéria (Motivação);


tratamento didáctico da matéria nova (Desenvolvimento), e aprimoramento dos
conhecimentos e habilidades, aplicação, controle e avaliação (Consolidação).

1. Preparação e introdução da matéria: No início da aula, a preparação dos alunos


visa criar condições de estudo: mobilização da atenção para criar uma atitude

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favorável ao estudo; organização do ambiente, susciatmento do interesse e ligação


da matéria nova em relação à anterior.

A motivação inicial inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão


efetivamente disponíveis e prontos para o conhecimento novo.

A correcção de tarefas de casa pode torna-se importante fator de reforço e consolidação.


A introdução do assunto é a concatenação da matéria velha com a matéria nova. Não é
ainda a apresentação da matéria, mas estabelecer ligação entre noções que os alunos já
possuem em relação à matéria nova, o professor fará a colocação didática dos obectivos,
pois como sabemos, indicam o rumo do trabalho docente e ajudam os alunos a terem
clareza dos resultados a atingir.

2. Tratamento didáctico da matéria nova: Nesta etapa se realiza a percepação dos


objectos e fenómenos ligados ao tema, a formação de conceitos, o
desenvolvmento das capacidades cognoscitivas de observação, imaginação e de
raciocínio dos alunos.
3. Aprimoramento dos conhecimentos e habilidades: A consolidação pode dar-se
em qualquer etapa do processo didático: antes de iniciar matéria nova, recorda-se,
sistematiza-se, são realizados exercícios em relação à matéria anterior; A
consolidação pode ser reprodutiva, de generalização e criativa. A reprodutiva tem
um carácter de exercitação; a generalização inclui a aplicação de conhecimentos
para situações novas e as tarefas de recordação e sistematização, os exercícios e
tarefas, devem prover ao aluno oportunidades de estabelecer relações entre o
estudado e situações novas, comparar os conhecimentos obtidos com os fatos da
vida real. A aplicação: É a culminância relativa do processo de ensino. Ela ocorre
em todas as demais etapas, mas aqui se trata de prover oportunidades para os
alunos utilizarem forma mais criativa os conhecimentos, unindo teoria e prática,
aplicando conhecimentos. O objectivo da aplicação é estabelecer vínculos do
conhecimento com a vida, de modo a suscitar independência de pensamento e
atitudes críticas e criativas expressando a sua compreensão da prática social.
Controle e avaliação dos resultados escolares: A verificação e controle do
rendimento escolar para efeito de avaliação é uma função didática que percorre
todas as etapas do ensino, e abrange a consideração dos vários tipos de atividades
do professor e dos alunos no processo de ensino.
1. Tipos de aula e sua estrutura
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Toda aula tem sua particularidade, ela se diferencia de outras por suas tarefas concretas e
pelo conteúdo. Não obstante, existem características gerais na atividade docente em todas
as aulas.

Entende-se por estrutura da aula, a correlação e sucessão das partes, os momentos e as


etapas da aula que contribuem ao cumprimento das tarefas docentes. Na aula, a tarefa
didática constitui o fundamento para poder distinguir os diferentes tipos de atividades
docentes.

De acordo com Baranov, Bolotina e Slastioni (1989), nós podemos estabelecer os


seguintes tipos de aulas:

1-A aula combinada, na qual se misturam diferentes tipos de trabalho como são: a
explicação, a consolidação, a comprovação, o resumo etc.

2-A aula de tratamento de novos conteúdos, na qual se presta maior atenção ao estudo do
novo conteúdo.

3-A aula de formação e consolidação de habilidades e hábitos, donde é prestada atenção


principal à atividade prática, fundamentalmente aos exercícios.

4-A aula de generalização, na qual é sistematizado o conteúdo estudado em determinados


temas e partes.

5-A aula de controle, na qual os alunos realizam diferentes tipos de trabalho de


comprovação e controle, tanto orais como escritos.

6-A aula de leitura extra-aula cujo objetivo é a educação nos estudantes do interesse e o
amor pela leitura e pela literatura.

Essas aulas têm formas específicas de manifestação, fundamentadas no interesse direto


pela obra literária. Com base na tarefa docente e no conteúdo do trabalho, há variação na
correlação das partes da aula.

Na estruturação dos diferentes tipos de aula surgem particularidades.

1-Estrutura da aula destinada ao tratamento de novos conhecimentos (aula Nova):


1. Organização do começo da aula.
2. Objetivos e tarefas da aula.

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3. Trabalho preparatório para a explicação do novo conteúdo (comprovação das tarefas


para casa, reprodução do estudado etc.).
4. Explicação.
5. Resumo da aula e tarefa para casa.
A parte fundamental é a explicação, mas o êxito da aula depende de todos seus
componentes. A unidade de estrutura significa que cada elemento contribua ao êxito de
toda a aula. Por exemplo, ao começo a atenção pode estar centrada naqueles postulados
do novo conteúdo que tenham um caráter educativo, e atrair a atenção dos estudantes. Ao
comprovar a tarefa para casa é necessário reproduzir aqueles postulados, dados e regras
que guardam relação com a explicação do novo. Por esse motivo, a tarefa para casa, dada
na aula anterior, deve ter um caráter preparatório.

Na aula de explicação do novo conteúdo, a consolidação desempenha um papel


secundário e é realizada com o objetivo de estabelecer um diagnóstico. O professor recebe
a informação sobre o modo em que os estudantes compreenderam e assimilaram os novos
conhecimentos. Por esse motivo o melhor é não delimitar a consolidação como uma parte
independente, mas incluir uma série de exercícios, perguntas e tarefas especiais, trabalhos
independentes, de fácil compreensão no sistema de explicação. Esses exercícios e tarefas
são selecionados de forma tal que neles esteja presente, o fundamental do novo conteúdo.

O professor realiza o resumo da aula do ponto de vista do cumprimento dos objetivos


instrutivos e educativos. Além disso, indica os momentos positivos e negativos no
trabalho dos estudantes e relaciona o resumo da aula com as indicações de como se deve
realizar a tarefa para casa.

2-Estrutura da aula de consolidação:

1.Organização do inicio da aula.


2.Orientação no sentido dos objetivos e tarefas da aula.
3.Consolidação.
4.Resumo e tarefa para casa.
Ao inicio da aula é preciso comprovar a disposição e preparação de cada estudante para
o trabalho, preparar os materiais que serão utilizados e coloca-los nos lugares
convenientes.

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Quando o professor não tem grande experiência, os estudantes se distraem nas aulas de
consolidação com muita freqüência. É precisamente a realização organizada do inicio da
aula que cria a atmosfera de trabalho e assegura o êxito de toda a aula. Ao orientar os
objetivos da aula, o professor lembra as regras e os postulados principais que formarão a
base da atividade prática de estudo. É adequado combinar a comprovação da tarefa para
casa com a consolidação.

A aula adquire uma ordem lógica mais rigorosa, e se sistematiza. A parte principal da
aula prevê as tarefas práticas, a solução de problemas e perguntas e os exercícios de
treinamento ou exercitação e os trabalhos independentes. O êxito da aula depende da
seleção dos exercícios levando em conta as particularidades dos alunos desse nível de
ensino. O certo é achar de maneira adequada o grau de dificuldade do exercício, pois os
exercícios muito difíceis não resultam efetivos. Os alunos perdem muito tempo em sua
realização, dedicam muito esforço, e não obtém um resultado perceptível. Em troca, os
exercícios muito simples também não contribuem a fixar corretamente o material teórico.
Os exercícios devem estar em correspondência com as possibilidades e os conhecimentos
dos alunos. Não obstante, é conveniente incluir também tarefas fáceis para educar ou
formar nos estudantes a confiança em suas possibilidades, e tarefas difíceis, para propiciar
a manifestação das capacidades criadoras.

Ao realizar o resumo da aula, além das conclusões práticas, é necessário apontar a


aplicação e capacidade de trabalho dos alunos. As aulas de consolidação, principalmente
nos primeiros anos, constituem os primeiros passos para a exercitação da vontade, a
capacidade de trabalho e a independência.

3-Estrutura da aula de generalização:

1.Organização do inicio da aula.


2.Orientação dos objetivos e das tarefas da aula.
3.Generalização e sistematização do conteúdo de estudo.
4.Resumo da aula e tarefa para casa.
A particularidade e a complexidade da realização desse tipo de aula radicam em
determinar com exatidão o que abarca o conteúdo de estudo, saber determinar com
habilidade as idéias fundamentais, os conceitos, as regras e os postulados, assim como
selecionar os exercícios correspondentes.

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Por exemplo, na aula se generalizam as partes da oração: o substantivo, o verbo e o


adjetivo. Devido às condições de tempo, é difícil assegurar o êxito quando tenta se
generalizar cada uma das partes da oração por sua ordem. Evidentemente é necessário
selecionar um sistema de tarefas e exercícios nos quais estejam representados de maneira
relacionada os principais indicadores destas partes da oração. Ao generalizar, a atenção
centra-se no aspecto educativo da aula. O conteúdo de estudo, nesse caso, guarda relação
em grande medida com dados de interesse, acontecimentos e impressões.

Uma das particularidades da sistematização e da generalização consiste em que o próprio


professor explica pouco, principalmente dirige a atividade cognoscitiva dos estudantes.
No do ensino geral, a sistematização do conteúdo é feita, com freqüência, no processo de
atividade prática docente, durante a realização dos exercícios, presta-se maior atenção à
análise teórica que conduz às conclusões generalizadas e contribui para o
desenvolvimento do pensamento lógico.

É conveniente relacionar o resumo com a tarefa para casa, com o objetivo de consolidar
as idéias e os conceitos fundamentais do conteúdo estudando.

4-Estrutura da aula combinada:

1.Organização do inicio da aula.


2.Comprovação da tarefa para casa.
3.Orientação dos objetivos e das tarefas da aula.
4.Explicação do novo conteúdo.
5.Consolidação.
6.Resumo da aula e tarefa para casa.
Este tipo de aula prevê a combinação de todos os elementos. Cada parte tem igual
importância entre as demais. A estrutura da aula nova lembra exteriormente a estrutura
da aula combinada. Não obstante, na nova tudo está subordinado à explicação do novo
conteúdo, todos os elementos da aula, desempenham um papel complementar. Na aula
combinada é concedida grande importância à explicação, mas, as outras partes da aula
têm também grande importância.

Por exemplo, a comprovação da tarefa para a casa se realiza com freqüência como um
elemento independente da estrutura, que às vezes é difícil de vincular diretamente com o
estudo do novo. A consolidação, assim como a comprovação dos conhecimentos, são

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partes da aula relativamente independentes. Por isso na aula combinada o professor


necessita ver também as deficiências mais difundidas na prática. Em fim, a aula
combinada é uma espécie de união de todas as vantagens dos outros tipos de aulas em
uma mesma atividade docente.

5-Estrutura da aula de controle:

1.Explicação do objetivo da comprovação e dar orientações acerca da organização do


trabalho. Comprovação da disposição dos alunos para a realização da tarefa.
2.Familiarização com o conteúdo da tarefa de controle e com os procedimentos para sua
realização.
3.Trabalho independente dos alunos.
4.Resumo prévio da aula.
O inicio da aula, em essência, consiste na instrução e a comprovação da disposição dos
estudantes para o trabalho. É necessário explicar de imediato o caráter do trabalho de
controle, quais são os conhecimentos e que tema se pretende comprovar. O professor
informa que regras ou conceitos pretendem revisar-se. Explica a forma em que se
realizará o trabalho de controle. Aponta a via para a atividade mental dos alunos: como
devem utilizar a análise teórica, como relacionar a teoria com o trabalho prático e como
podem ser os procedimentos de autocontrole.

No ensino geral é necessário que as explicações sejam mais detalhadas e concretas. No


ensino superior, as explicações são mais generalizadas, já que os estudantes têm certa
experiência na realização de trabalhos desse tipo. É necessário lembrar em quais
oportunidades os estudantes podem recorrer ao professor durante a execução do trabalho.
Isso ajuda ao professor a compreender e a avaliar os conhecimentos dos estudantes ao
revisar os trabalhos de controle.

A análise prévia das conclusões consiste em dizer como os estudantes trabalharam: com
rapidez ou lentidão, com calma ou intranqüilidade, de maneira colaborativa ou
individualista, motivados ou desmotivados etc. Podem-se perguntar quais foram as
maiores dificuldades que apresentaram os estudantes ao realizarem a tarefa de controle.
Por regra geral, não são indicadas tarefas para casa aos alunos nesse tipo de aula. Não
obstante, pode ser recomendada, principalmente aos estudantes finalistas.

A classificação de aulas de José Carlos Libâneo

Elaborado pela professora mest. Maragreth António, 2021 Página 17


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Na sua concepção de ensino, as tarefas docentes visam organizar a assimilação ativa, o


estudo independente dos alunos, a aquisição de métodos de pensamento e a consolidação
do aprendido. Com base nisso, as aulas poderão ser previstas em correspondência com as
etapas ou passos do processo de ensino. Sendo assim, podem existir os seguintes tipos de
aulas:

1. Aulas de preparação e introdução da matéria, no inicio de uma unidade.


2. Aulas de tratamento mais sistematizado da matéria nova (Aula nova).
3. Aulas de consolidação (exercícios, recordação, sistematização, aplicação).
4. Aulas de verificação da aprendizagem para avaliação diagnóstica ou de controle.

De acordo com Libâneo, em qualquer desses tipos de aulas, deve existir a preocupação
de verificação das condições prévias, bem como de orientação dos estudantes para a
consecução dos objetivos previstos, de consolidação e de avaliação. Além disso:
Conforma o tipo de aula, a matéria, os objetivos e conteúdos (estudo de assunto novo,
formação de habilidades, discussão, exercícios, aplicação, de conhecimentos etc.),
escolhe-se o método de ensino, dentro das variações de cada um.

No método expositivo e de elaboração conjunta, os alunos estão ocupados ao mesmo


tempo com o mesmo assunto. No método de trabalho relativamente independente, a
tarefa escolar se concentra no trabalho silencioso dos alunos; a tarefa pode ser igual para
todos ou diferenciada para alguns; assegura um acompanhamento mais de perto dos
alunos, conforme seu ritmo de aprendizagem. No método de trabalho em grupo, os alunos
resolvem em conjunto uma tarefa, possibilitando a orientação e ajuda entre professor e
alunos, bem como alunos-alunos (LIBÂNEO, 2008, p. 191-192).

Em sintese. De acordo com Baranov, Bolotina e Slastioni (1989), nós podemos


estabelecer os seguintes tipos de aulas:

1-A aula combinada, na qual se misturam diferentes tipos de trabalho como são: a
explicação, a consolidação, a comprovação, o resumo etc.

2-A aula de tratamento de novos conteúdos ou Nova, na qual se presta maior atenção ao
estudo do novo conteúdo.

3-A aula de formação e consolidação de habilidades e hábitos, donde é prestada atenção


principal à atividade prática, fundamentalmente aos exercícios.
Elaborado pela professora mest. Maragreth António, 2021 Página 18
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4-A aula de generalização, na qual é sistematizado o conteúdo estudado em


determinados temas e partes.

5-A aula de controle, na qual os alunos realizam diferentes tipos de trabalho de


comprovação e controle, tanto orais como escritos.

6-A aula de leitura extra, aula cujo objetivo é a educação nos estudantes do interesse e
o amor pela leitura e pela literatura. Essas aulas têm formas específicas de manifestação,
fundamentadas no interesse direto pela obra literária.

7- Aula de continuação: é focada na formação e consolidação de habilidades e hábitos,


donde é prestada atenção principal à atividade prática ligada ao assunto novo não
consolidado.

Contudo, existem outros tipos de aulas, mas no nosso contexto as mais comuns são: A
aula Nova, a aula de consolidação, aula de controlo e a aula combinada.

Tipos de planificação

1. Planificação curricular. Planificação curricular é aquela que contém as políticas de


educação do país a nível micro.

2. Planificação de ensino: está subdivide-se em:

a) Longo Prazo (ano lectivo)


b) Médio Prazo (Quinzenal ou unidade)
c) Curto Prazo (aula; diário)
1. Hierarquia dos planos
Ensino geral:
• Dosificação (um trimestre)
• Plano quinzenal (duas semanas)
• Plano diário

Ensino Superior:

• Programa de Disciplina (ficha curricular)


• Plano Analítico (um semestre)
• Plano diário em muitos casos Plano de Unidade

Elaborado pela professora mest. Maragreth António, 2021 Página 19


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Nesse módulo olharemos para o plano de aula: a sua estrutura é composta por duas partes:
preliminares e corpo do plano

Preliminares: Cabeçalho; Nome do professor; Data; Classe; Disciplina;


Tema, Sumário; tipo de aula; Duração; método; Instrumentos de avaliação; perfil de
entrada; perfil de saída; Recursos de ensino; Objectivos específicos (os preliminares
dependem do tipo de plano).

Corpo do Plano: Introdução; Desenvolvimento; Consolidação.

No planeamento de aula o professor especifica e operancionaliza os procedimentos


diários para a concretização dos planos de curso e de unidade.
Ao planear uma aula o professor:
1. Prevê os objectivos imediatos a serem alcançados (conhecimentos, habilidades,
atitudes).
2. Especifica os itens e subitens do conteúdo que serão trabalhados durante a aula;
3. Define os procedimentos de ensino e organiza as actividades d aprendizagem de
seus alunos (individuais e em grupo);
4. Indica os recursos (cartazes, mapas, jornais, livros, objectos variados) que vão ser
usados durante a aula para despertar o interesse, facilitar a compreensão e
estimular a participação dos alunos;
5. Estabelece como será feita a avaliação das actividades.

Portanto, o plano de aula deve estar adaptado às reias condições dos alunos: suas
possibilidades, necessidades e interesses.
A função do planejamento das actividades didácticas
O trabalho planeado, contrubui para:
1. Atingir os objectivos desejados;
2. Superar dificuldades
3. Controlar a improvisão

O planejamento didático é uma atividade importante e necessária porque tem como


função:
1. Prever as dificuldades que podem surgir durante a acção docente, para poder
superá-las como economia do tempo.
2. Evitar a repetição rotineira e mecânica de aulas;
3. Adequar o trabalho didáctico aos recursos disponíveis e Às reais condições dos
alunos.
4. Adequar os conteúdos, as actividades e os procedimentos de avaliação aos
objectivos propostos.
5. Garantir a distribuição adequada do trabalho em relação ao tempo disponível.

Elaborado pela professora mest. Maragreth António, 2021 Página 20


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Características de um bom plano didático

1. Coerência e unidade – trata-se da convergência, da correlação entre os objectivos,


os conteúdos, os procedimentos de ensino e aprendizagem e as formas da
avaliação.
2. Continuidade e sequência – é a previsão do trabalho de forma integrada do começo
ao fim, garantido a relação existente entre as várias actividades.
3. Flexibilidades _ É a possibilidade de reajustar o plano, adaptando-o às situações
não previstas.
4. Objectividade e funcionalidade _ Consiste em levar em conta a análise das
condições da realidade, pois, os conhecimentos a serem trabalhados e assimilados
devem atender aos interesses e necessidades dos alunos de forma funcional,
efetiva e prática.
5. Previsão e clareza – o plano deve apresentar uma linguagem simples e clara: os
enunciados devem ser exatos e as indicações precisas, pois não podem ser bjecto
de dupla interpretação.

Obs. O conteúdo poderá ser melhorado com alguns subsídios ao alongo do módulo,
lembrar que se trata de um módulo aplicado à...
Leituras obrigatórias:
1. Aplicação da Didáctica no ensino Superior de Felipe Silva Miranda e Hilda Ruiz
Echevarria;
2. Didáctica do Ensino Superior de António Carlos Gil;
3. Didáctica de José Carlos Libâneo;
E outras obras que ajudem a compreender o conteúdo

Elaborado pela professora mest. Maragreth António, 2021 Página 21

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