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Extensão de Niassa
Departamento de Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia
Conteúdos da Cadeira de Didáctica de Biologia IV

Conceitos do Currículo

O termo currículo provém do verbo latino que significa correr, percorrer, etc.

Currículo – É o conjunto de todas experiências que o aluno adquire sob a orientação da


escola (Foshay).

Currículo – É o modelo organizado do programa educacional da escola que descreve a


matéria, o método e a ordem de ensino – o que, como e quando se ensina (Jhonson).

Currículo – É o conjunto de conteúdos a ensinar (organizados por disciplinas, temas e


áreas de estudo) como um plano de acção pedagógica fundamentando e implementando
num sistema.

Currículo – é um programa estruturado de conteúdos disciplinares.

Currículo – É o conjunto de todas experiências que o aluno vive na escola (Gimeno &
Pérez, 1989)

Currículo Escolar
Conjunto de dados relativos á aprendizagem escolar, organizados para orientar as
actividades educativas, as formas de executá – las e suas finalidades.

Geralmente exprime e busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o


plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela
sociedade.

A concepção do currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os


fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e
referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.
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O currículo escolar é o meio pelo qual a escola se organiza, propõe os seus caminhos e a
orientação para a prática, ou seja:

 Sobre o que, quando e como ensinar;


 Sobre o que, quando e como avaliar.

O currículo deve ser construído a partir do projecto político pedagógico da escola, que
viabilizará a sua operacionalização orientando as suas actividades educativas, as formas
como executá-las, além de definir as suas finalidades.

Desenvolvimento Curricular

É um processo dinâmico e contínuo que engloba diferentes fases desde a justificação do


currículo até a sua avaliação passando pelos momentos de concepção, elaboração e
implementação.

Processo de Desenvolvimento Curricular

Para que o processo curricular ocorra é preciso que todos os elementos se relacionem.
Todas as componentes e fases devem-se interrelacionar formando um sistema.

Progressão de um Currículo

Para a progressão de um currículo são necessários:

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Aspecto com mais Frequência - inclui lista de disciplinas, matéria de ensino, esquema
de conteúdos programáticos, sequência organizada de conteúdos de ensino ou seja, o
que se ensina etc.

Aspectos com menos frequência - incluem métodos e processos de ensino (como se


ensina).

Importância do Currículo

É importante porque desenvolve e institucionaliza os estudos em educação no quadro


das áreas do saber consagradas como tendo estatutos académicos e científicos próprios.

Concepções do Currículo

a) Currículo como Conteúdo: Esclarece que o currículo tem que incluir


conhecimento cultural selecionado por seu valor educativo e social;
b) Currículo como Planificação: Deve-se ter em conta a idade, devem-se
demarcar as actividades a serem desenvolvidas, tempo de efectivação, os
métodos, os meios didácticos, a metodologia, etc.
c) Currículo como Realidade Interactiva: Deve-se ter en conta com a realidade
da região, local da comunidade onde a escola se situa e o país em geral.

A prática curricular enquanto área realiza - se em função de três áreas:

1. Substantivas: Refere-se aos objectivos, conteúdos, experiências, organização e


avaliação. Este elementos decidem sobre o que se ensina, aprende ou como se
avalia tal ensino;
2. Sociopolíticas: Dizem respeito aos processos sobre os quais certos fins
educativos prevalecem sobre outros e investigam o contexto e os intervenientes
sociais nas decisões que influenciam;
3. Técnico Profissional: Relacionam-se com o currículo como planificação, com
as operações metodológicas e processos de operação, implementação e
renovação do currículo.

Diferenças Entre os Currículos

Os currículos diferem um dos outros em vários aspectos, tais como:

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 Na formulação e justificação dos objectivos;


 Modalidades e critérios de seleção e estrutura de matérias ou conteúdos;
 Modalidades e critérios de escolha e organização das actividades;
 Critérios e modalidades de avaliação.

Categorias do Currículo

1. Currículo Formal: Consta no horário lectivo dos alunos e professores (é


formalmente organizado para promover as actividades de aprendizagem). O
currículo formal também pode ser definido como um plano organizado na base
de objectivos e cuja implementação é baseada no cumprimento de intenções
previstas.
2. Currículo Informal: Não consta no horário das aulas lectivas dos alunos e
professores (que não se orienta por intenções explicitas de aprendizagem,
planificação e sistemática). Ou seja, é um plano bastante flexível, que se refere
ao conjunto das experiências educativas vivenciadas pela comunidade escolar.

O currículo formal e informal é analisado com base nas actividades que nele se
expressam “curricular” e “extracurriculares”.

3. Currículo Oculto: É o conjunto de práticas educativas e processos pedagógicos


que vinculam a aprendizagem diferente das explicitamente definidas. Refere-se
as actividades não académicas que a escola pode promover, mas que não são
explicitamente visadas pelo currículo.
4. Currículo Local: É desenvolvido localmente, ao nível da escola com a
participação da comunidade, considerando os saberes locais das comunidades,
úteis para cada uma das disciplinas. Neste, está reservado para a integração de
matérias de interesse local.

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Significado e Importância do Currículo Local

Tem por objectivo dar a escola a oportunidade de elaborar um currículo dentro das
condições concretas que vão ao encontro das necessidades dos alunos e da
comunidade onde a escola esta inserida.

Relação entre Currículo e Processo de Ensino e Aprendizagem

Goodlad estabelece a relação entre o currículo formal e o processo de ensino com


base nas diferentes dimensões do currículo:

a) Currículo Formal- Identifica-se com o formalmente aprovado pelas entidades


responsáveis pelo sistema educativo.
b) Currículo Percepcionado (percepção) – Designa aquele em que os professores
transmitem de acordo com a sua interpretação a cerca do oficialmente definido;
c) Currículo Observado (operacional) – Representa a perspectiva (externa)
daqueles que o descrevem tal como acontece na situação do ensino escolar.

A relação existente entre o currículo e o processo de ensino é de que um currículo


resulta da operacionalização do planeamento curricular, representando um ponto de
partida para a operação seguinte.

A planificação do PEA, consiste em rever, modificar ou aperfeiçoar a sua execução


para que se possa garantir a continuidade entre currículo e ensino e a máxima
correspondência possível entre os objectivos de ensino e os resultados de
aprendizagem.

Componentes de um Currículo
 Contexto e justificação;
 Quadro de objectivos;
 Roteiro ou mapa de conteúdos;
 Plano de organização e sequência do ensino-aprendizagem;
 Plano de avaliação;

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Contexto e Justificação
Fornece quadro de referência, orientação e fundamentação do plano curricular, dos
objectivos e do modelo estrutural.

Faz-se uma análise do contexto social, cultural e educativo em que se insere e a que
pretende dar resposta.

Identificação de linhas, orientações e perspectivas que assume.

Dentro do contexto e justificação temos vários pressupostos que derivam da análise da


sociedade que são:

a) Pressupostos Socioculturais – Transmissão de valores sociais, socialização,


adaptação e preparação para a vida na sociedade.
b) Pressupostos Psicopedagógicos (provém da análise dos sujeitos) – Ocorrem um
desenvolvimento progressivo dos conhecimentos, capacidades, habilidades,
convicções, atitudes das potencialidades do educando em ambiente adequado.
c) Pressupostos Epistemológicos (provém da análise do universo do
conhecimento) – Iniciação dos alunos em diferentes áreas de aquisições
culturais, científicas, tecnológicas.

Quadro de Objectivos
Define a intencionalidade do plano curricular, direcção do plano curricular, quadro de
resultados, produtos finais a alcançar.

Objectivo – É a transmissão das orientações estratégicas (funções e finalidades) em


resultados pré – concebidos e concreto – operacionalizados.

Classificação dos Objectivos


Segundo a taxonomia de Muller (1975) os objectivos classificam – se em gerais;
específicos e mais específicos, usando o critério de projecção.

Objectivos Gerais – Projecção de vários anos ou ano escolar.

Objectivos Específicos – Projecta – se as unidades didácticas ou de várias aulas.

Objectivos mais Específicos – Projecção de uma aula ou fases de aula.

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Bloom (1972) classificou os objectivos usando o critério de níveis de operações a


realizar pelo sujeito de aprendizagem.

Bloom classificou os objectivos em três níveis: cognitivo, psicomotor e afetivo.

Nível ou Domínio Cognitivo – Engloba conhecimentos, compreensão, aplicação,


análise, síntese.

Nível ou Domínio Psicomotor – Diz resposta as aptidões perceptivas, destrezas físicas,


capacidades, habilidades, actividades semi – intelectuais.

Nível ou Domínio Afectivo – Engloba organização, exatidão, prontidão, valorização,


atitudes, convicções, valores, sentimentos.

Características dos Objectivos

Os objectivos caracterizam – se por serem pertinentes, lógicos, inequívocos, realizáveis,


relevantes, compatíveis, congruentes, observáveis, mensuráveis, equilibrados,
operacionalizáveis, alcançáveis, concretos.

Roteiro de Matérias ou Conteúdos


Requer a selecção e organização de conteúdos assim como a organização e sequência do
processo de ensino e aprendizagem.

A relação ou ligação entre as componentes curriculares é feita sob duas formas:

1. Modelo Linear – Este método é sequencial, segue uma linha recta.

2. Modelo Circular - Aqui neste modelo há uma interligação, uma comunicação


intrínseca.

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Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem


Avaliação é um processo contínuo de pesquisa que interpreta os conhecimentos,
habilidades, atitudes dos alunos que tem em vista mudanças esperadas no
comportamento proposto nos objectivos, a fim de haver condições dê-se decidir
alternativas do planeamento do trabalho do professor e da escola como um todo.
Para que a avaliação adquira importância que realmente tem no processo de ensino e
aprendizagem é necessário seguir alguns princípios básicos, como: entrevista com os
alunos; observação do comportamento; entrevistas com pessoas que conheçam o aluno;
leitura de fichas informativas sobre o aluno; etc. Avaliação é um processo que consiste
em verificar ou avaliar a efetividade ou o valor para saber a que nível está os objectivos.

A avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino


e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho
(LIBÂNEO, 1991:196).

Relaciona o plano de avaliação com a verificação de aprendizagem pois, para ele, a


avaliação é o processo de atribuir valores ou notas aos resultados obtidos na verificação
da aprendizagem (NÉRICI, 1985: 449).

De acordo com GOLIAS (1995:90) a avaliação é "entendida como um processo


dinâmico, contínuo e sistemático que acompanha o desenrolar do acto educativo".

Segundo GONÇALVES & LARCHERT (2012 apud LUCKESI, 1997), “a avaliação da


aprendizagem é uma prática de investigação do professor, cujo sentido é intervir na

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busca dos melhores resultados do processo de aprendizagem dos nossos educandos, em


sala de aula.”

A avaliação na mira desse objectivo se constitui enquanto aspecto qualitativo e se


desenvolve no decorrer de todo o processo ensino-aprendizagem. Nessa dimensão ela
exige um maior comprometimento por parte do professor e maior envolvimento por
parte do educando, consequentemente contribui para a construção e maior compreensão
do conhecimento proposto.

Percebe-se ai que a avaliação assume um carácter que vai além do simples dever de
avaliar no que tange as funções do professor. Nesse sentido, o compromisso do
educador envolve tanto a questão do respeito, quanto ao querer bem ao educando.

Com essa postura o profissional possibilitará ao aluno a apreensão e a construção de


saberes necessários para a formação humana.

A avaliação é feita de formas diversas, com instrumentos variados, sendo o mais


comum deles, em nossa cultura, a prova escrita. Por esse motivo, em lugar de
apregoarmos os malefícios da prova e levantarmos a bandeira de uma avaliação sem
provas, procuramos seguir o princípio: se tivermos que elaborar provas que sejam bem-
feitas, atingindo seu real objectivo, que é verificar se houve aprendizagem significativa
de conteúdos relevantes. (grifo do autor) (BARBOSA & MARTINS, s/d,p.4 apud
MORETTO, 2005, p.95-96).

Por outro lado, a avaliação presente no espaço escolar também assume outra finalidade
que vai ao encontro da exigência burocrática social. No âmbito da educação formal é
exigida do professor a verificação e mensuração do aprendizado do aluno, apresentando
quantitativamente os resultados da aprendizagem. E esses, por sua vez, são obtidos
através de provas e testes, que na maioria das vezes não contribui para a construção do
conhecimento do aluno. Desse modo, o aluno acaba memorizando o conteúdo a ser
avaliado, deixando de desenvolver a aprendizagem que é fundamental em seu processo
de formação.

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Objectivos da Avaliação
Objectivo é a transcrição das orientações estratégicas (funções e finalidades) em
resultados pré-concebidos e concreto-operacionalizados.

A avaliação da aprendizagem na escola tem dois objectivos principais:

 Auxiliar no educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo de


ensino e aprendizagem;
 Responder a sociedade pela qualidade do trabalho educativo realizado.

Tipos de Avaliação
Segundo HOFFMANN (2001:95), todas as actividades avaliativas concorrem para o
desenvolvimento intelectual, social e moral dos alunos e visam diagnosticar como a
escola e os professores estão contribuindo para isso. O objectivo do processo de ensino
e da educação é que todos os educandos desenvolvam suas capacidades físicas e
intelectuais, seu pensamento independente e criativo, tendo em vista as actividades
teóricas e práticas.

Na perspectiva do autor acima citado, existem 3 principais tipos de avaliação‫׃‬

 Avaliação Diagnostica;
 Avaliação Formativa e;
 Avaliação Sumativa.

I. Avaliação Diagnóstica
Realiza-se no início de uma unidade ou um novo tema, do semestre, do curso ou
mesmo do ano lectivo.

Tem como função:

 Identificar os alunos com padrão aceitável de conhecimentos;


 Constatar as particularidades dos alunos;
 Encaminhar os que tem padrão aceitável para novas aprendizagens.
 Constatar deficiências em termos de pré-requisitos;
 Propor actividades com vista a superar as deficiências.

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A avaliação diagnóstica permite a captação de progressos e dificuldades do aluno,


visando através dos mesmos, uma modificação no processo de ensino que possibilite
concretizar seus objectivos, propondo actividades com vista a superar as deficiências.

II. Avaliação Contínua/Formativa


De acordo com PERRENOUD (1999, p. 103), “é formativa toda avaliação que ajuda o
aluno a se desenvolver, ou melhor, que participa da regulação das aprendizagens e do
desenvolvimento no sentido de um projecto educativo”.

Este tipo de avaliação ocorre continuamente ao longo das aulas do ano lectivo. É através
desta avaliação que se faz o acompanhamento progressivo do aluno, ajuda o aluno a
desenvolver as capacidades cognitivas, ao mesmo tempo fornece informações sobre o
seu desempenho.

A avaliação formativa também tem a função controladora no sentido em que visa‫׃‬

 Informar se os objectivos estão ou não a ser alcançados;


 Identificar obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem;
 Localizar deficiências; replanificar; etc.

Essa modalidade de avaliação busca identificar as principais insuficiências de


aprendizagens iniciais necessárias à realização de outras aprendizagens. Nesse sentido, é
formativa no instante em que indica como os alunos estão se comportando em relação
aos objectivos propostos.

A avaliação formativa buscaria, além disso, compreender o funcionamento cognitivo do


aluno em face da tarefa proposta. Os dados de interesse prioritário são os que dizem
respeito as representações das tarefas explicitadas pelo aluno e as estratégias ou
processos que ele utiliza para chegar a certos resultados. Os “erros” constitui objecto de
estudo particular, visto que são reveladores da natureza das representações ou das
estratégias elaboradas por ele. A finalidade da recuperação pedagógica será ajudar o
aluno a descobrir aspectos pertinentes da tarefa e comprometer-se na construção de uma
estratégia mais adequada.

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III. Avaliação Sumativa


Para MIRAS e SOLÉ (1996, p. 378) ‟A avaliação somática pretende ajuizar o progresso
realizado pelo aluno no final de uma unidade de aprendizagem, no sentido de aferir
resultados já colhidos por avaliações do tipo formativa e obter indicadores que
permitem aperfeiçoar o processo de ensino’’.

No fim de uma determinada etapa de aprendizagem (unidade, trimestre, semestre, ano


ou curso) deve-se medir a distância a que o aluno ficou das metas pré-estabelecidas, ou
seja:

 Avaliar se os objectivos traçados foram ou não alcançados pelos alunos.

Esta distância é quantificada isto é classificada. De uma forma geral diz-se que a
avaliação sumativa serve para classificar os alunos no fim de um semestre, trimestre ou
do curso do ano lectivo segundo os níveis de aproveitamento. Tem a função:
Classificadora (classificação final). A avaliação sumativa é uma avaliação retrospectiva
e terminal. A sua função é claramente de certificar, isto é, verificar e qualificar aquilo
que os alunos retiveram. Tal como a avaliação diagnóstica, centra-se naquilo que os
alunos são capazes de produzir, mas situa-se no momento final do processo educativo.

A avaliação somática é a que tem uma função social predominante, isto é, ao certificar,
reconhece os alunos a partir de um referente criado pelas instituições como necessário
para qualquer membro da sociedade. É aquilo que é fixado, que se torna visível para a
sociedade. Ao contrário da avaliação formativa, tende a «eliminar» o percurso até
àquele ponto. É um balanço desse processo, mas não reflecte a evolução do aluno. É
classificativa, ou seja, situa os alunos em diferentes patamares de acordo com o
resultado obtido.

Características da Avaliação
São as principais características:
 Ajuda a desenvolver capacidades e habilidades.
 Ajuda na auto-percepção do professor.
 Possibilita a revisão do Plano de ensino.
 Reflecte a unidade objectiva/conteúdos/métodos.
 Reflecte valores e expectativas do professor em relação aos alunos (LIBÂNEO,
1994, p.203).

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 Ser objectiva.
 Volta-se para a actividade dos alunos.

Objectivo de Avaliação
Segundo HOFFMANN (2001:101), avaliação tem o objectivo muito valioso. Pode ser
usado para identificar as necessidades de aprendizagem dos alunos e ajudá-lo a
melhorar as próprias habilitações do ensino.
 Avaliar o grau de assimilação da matéria por parte dos alunos;
 Ajudar o professor(a) na tomada da consciência da adequação e eficiência dos
seus métodos do ensino;
 Facilita a utilização como termómetro no esforço do professor em obter
informações sobre o desenvolvimento do seu próprio trabalho na sala de aulas.

Baseando-se no auto avaliação, encontramos os seguintes teores para os


professores:
 O professor deve perguntar se no meu trabalho os objectivos estão
suficientemente claros;
 Os conteúdos são acessíveis e bem doseados;
 Os métodos e os recursos aplicados são os mais adequados;
 Estou dando atenção necessária aos alunos com dificuldades;
 Tenho-me comunicado com os alunos. Neste parágrafo a comunicação implica
que o professor seja capaz de se fazer entender pelos alunos e que sejam capazes
de compreender as sugestões dos seus alunos, Avaliar o conhecimento e as
habilidades. Um dos primeiros passos desta avaliação é de procurar saber quais
os conhecimentos adquiridos nas várias disciplinas de vários programas, o que é
que os seus alunos podem fazer;
 Avaliar atitude e comportamento que o ministério já traçou;
 Reconhecer os níveis de capacidades individuais e sucesso que cada aluno é
capaz de obter (HOFFMANN, 2001:101).

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Tipos de Testes
i. Prova Oral
Realiza-se na base de um diálogo entre o professor e o aluno, obedecendo certos
critérios como:

 Criar condições favoráveis para que os alunos se sintam a vontade;


 Criar uma conversa amigável com o aluno;
 Fazer perguntas claras, precisa, directas e formuladas de maneira pensada.

ii. Prova Escrita


Pode ser usada em qualquer aula, no início da aula seguinte, para que o professor
certifique sobre o que o aluno aprendeu e então saber que rumo dar aos trabalhos da
nova aula.

As provas escritas principalmente utilizadas são: ACS, APS, ACF e Exame final.

Dependendo ainda delas, a atribuição de notas ou classificação vai determinar a


aprovação e reprovação do aluno.

iii. Prova Prática


Neste tipo de prova, o aluno é posto diante de uma situação problemática que há-de ser
resolvido por uma realização material, um conhecimento de elementos visuais.

Este tipo de provas é característico de desenho técnico.

iv. Prova Dissertativa


Consiste no tipo de avaliação tradicional em que o professor propõe algumas questões
para serem respondidas por escrito pelos alunos. Tanto a formulação destas questões
como suas respostas são relativamente livres.
A dissertação deve ser adoptada quando se quer verificar a compreensão global através
de raciocínio interpretativo. Consiste, geralmente, em questões que incluem instruções,
tais como: comente, explique, resuma, avalie, defina, compare, contraponha, descreva.
Nessa perspectiva o objectivo da prova dissertativa é verificar o desenvolvimento das
habilidades intelectuais dos alunos na assimilação dos conteúdos, organização das
ideias, clareza de expressão, originalidade, capacidade de aplicar conhecimentos
adquiridos (PILETTI, 2004:205).

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v. Prova Objectiva

Requer conhecimentos habilidades técnicas. A elaboração de itens é facilitada quando


obedece a um plano. O plano da prova que pode ser apresentado por meio de uma tabela
de especificação. A listagem de conteúdos específicos é feita através da amostra de
conteúdos estudados e uma distribuição equilibrada de questões. As questões devem ser
distribuídas em fáceis, médias e difíceis.

Nesse enfoque os objectivos desse tipo de prova, não são muito diferentes dos
anteriores. Na forma de elaboração, em vez de respostas abertas, pede-se que o aluno
escolha uma resposta entre alternativas possíveis de respostas, isso é o que podemos
chamar de prova objectiva.

As provas objectivas avaliam a extensão de conhecimentos e habilidades. Elas


possibilitam a elaboração de um maior número de questões abrangendo um maior
número de conteúdo estudado (PILETTI, 2004:205)

vi. Portfólio
É um dossiê das actividades realizadas pelos alunos. É uma montagem de documentos
que representam as aprendizagens em determinadas actividades: relatórios, anotações
pessoais, fotografias e outras imagens, entrevistas etc. Esses documentos dão
visibilidade ao conhecimento que foi sendo aprendido, a metodologia utilizada para tais
aprendizagens, o tempo e o espaço pedagógico disponível para tal elaboração.

vii. Relatório (Individual ou em Grupo)


Registo de dados que informam os resultados de actividades de ensino e de
aprendizagem já realizadas. Tem a estrutura de um texto dissertativo com o intuito de
documentar todas as actividades realizadas para o alcance de um determinado estudo,
pesquisa, experiência, visitas etc. É comum que, no corpo do texto, haja gráficos,
fotografias e outros tipos de imagens e mapas.

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