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Alfredo Carlos Eugénio


Daiton Damião Simba Malinda
Delson Silva Taibo
Lopes Basilio Candido
Nuro José Raise
Ofélio Jaime Hilário Mandavir
Rehema Manuel Amisse

PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM
(Licenciatura em Educação Visual 2˚ Ano)

Universidade Rovuma
Nampula
2022
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I˚ Grupo

Alfredo Carlos Eugénio

Daiton Damião Simba Malinda

Delson Silva Taibo

Lopes Basilio Candido

Nuro José Raise

Ofélio Jaime Hilário Mandavir

Rehema Manuel Amisse

CONCEITO DE CONTEÚDO DA APRENDIZAGEM

 Selecção de Conteúdo
 Critérios De Selecção De Conteúdos
 Processo De Ensino E Aprendizagem E Sua Importância

(Licenciatura em Educação Visual 2˚ ano)

Trabalho elaborado no âmbito da


cadeira de Psicologia de Aprendizagem,
com fins Avaliativo.

Docenteː Gloria da Conceição

Universidade Rovuma

Nampula

2022
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Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................4

2. CONCEITO DE CONTEÚDO DA APRENDIZAGEM....................................................................5

2.1 Selecção de Conteúdos.................................................................................................................5

2,2 Critérios De Selecção De Conteúdos............................................................................................6

2.3 Processo De Ensino E Aprendizagem E Sua Importância............................................................9

3. Conclusão.........................................................................................................................................12

4. Referências Bibliografia...................................................................................................................13
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema conteúdo organização e critério de selecção. Tipo
Importância dos conteúdos no processo de ensino e aprendizagem

Falar de conceito de conteúdo é mesmo que falar o conjunto de informações, dados, factos,
conceitos, princípios e generalizações, acumuladas pela experiência do homem, em relação a
um âmbito ou sector da actividade humana.

Também falar da selecção de conteúdos está vinculada, directamente, a determinação de quais


conteúdos são considerados mais importantes e significativos para serem escolhidos e
trabalhados numa determinada realidade e época, em função dos objectivos propostos.

Objectivos Gerais

 Saber a organização dos conteúdos


 Saber identificar os processos de ensino e aprendizagem

Objectivos Específicos

 Conhecer os critérios de selecção dos conteúdos dos processos de ensino e


aprendizagem
 Conhecer a importância do critério de selecção dos conteúdos dos processos de ensino
e aprendizagem

Metodologia

A metodologia usada neste trabalho consistiu nas consultas bibliográfica.


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2. CONCEITO DE CONTEÚDO DA APRENDIZAGEM


Conteúdo é o conjunto de informações, dados, factos, conceitos, princípios e generalizações,
acumuladas pela experiência do homem, em relação a um âmbito ou sector da actividade
humana.

Para LIBANEO (1997:128), os conteúdos de ensino são o conjunto de conhecimentos,


habilidades, hábitos, modos valorativos e altitudinais de actuação social organizados
pedagógica e didacticamente, tendo em vista a assimilação activa e aplicação pelos alunos na
sua prática da vida.

Englobam, portanto: conceitos, ideias, factos, processos, princípios, leis científicas, regras,
habilidades cognitivas, modos de actividade, métodos de compreensão e aplicação, hábitos de
estudo, de trabalho e de convivência social, valores, convicções e atitudes.

Podemos dizer que, os conteúdos retractam a experiência social da humanidade no que se


refere a conhecimentos e modos de acção, transformando-se em instrumentos pelos quais os
alunos assimilam, compreendem e enfrentam as exigências teóricas e práticas da vida social.

Constituem o objecto de mediação escolar no processo de ensino, no sentido de que a


assimilação e compreensão dos conhecimentos e modos de acção se convertem em ideias
sobre as propriedades e relações fundamentais de natureza e da sociedade, formando
convicções e critérios de orientação das opções dos alunos frente as actividades teóricas e
práticas postas pela vida social.

Os conteúdos são organizados em matérias de ensino e dinamizados pela articulação


objectivos conteúdos-métodos.

2.1 Selecção de Conteúdos


A selecção de conteúdos está vinculada, directamente, a determinação de quais conteúdos são
considerados mais importantes e significativos para serem escolhidos e trabalhados numa
determinada realidade e época, em função dos objectivos propostos.

Para isto, devemos estar atentos para escolher conteúdos que sejam:

Os mais significativos dentro do campo do conhecimento; - Os que despertam maior


interesse nos estudantes;
Os mais adequados ao nível de maturidade e adiantamento do aluno;
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Os mais úteis em relação a resolução que o aluno tenha de tomar;


Os que podem ser aprendidos dentro das limitações de tempo e recursos disponíveis.

2,2 Critérios De Selecção De Conteúdos


Na abordagem de LIBANEO (1997:142) os critérios de selecção dos conteúdos são:

1. Correspondência entre objectivos gerais e conteúdos

Os conteúdos devem expressar objectivos sociais e pedagógicos, sintetizados na formação


cultural e cientifica para todos. Este critério, é essencial determinante, porque define se o
conteúdo é importante ou não.

2. Carácter científico

Os conhecimentos que fazem parte do conteúdo reflectem os factos, conceitos, ideias,


métodos decorrentes da ciência moderna. No processo de ensino, trata-se do seleccionar as
bases das ciências, transformadas em objectivos de ensino.

3. Carácter sistemático

O programa de ensino deve ser delineado em conhecimentos sistematizados e não em temas


genéricos sem ligação entre si. O sistema de conhecimentos de cada matéria deve garantir
uma lógica interna, que permita uma interpenetração entre os assuntos.

4. Relevância social

Este critério corresponde a ligação entre o saber sistematizado e a experiência prática,


devendo os conteúdos reflectir objectivos educativos esperados em relação a sua participação
na vida social.

A relevância social dos conteúdos significa incorporar no programa as experiências e


vivências das crianças na sua situação social concreta, para contrapor a noções de uma
sociedade idealizada e de um tipo de vida e de valores distanciados do quotidiano das crianças
que frequentemente, aparecem nos livros didácticos.

Os conhecimentos são relevantes para a vida concreta quando ampliam o conhecimento da


realidade, instrumentalizam os alunos a pensarem metodicamente, a raciocinar, a desenvolver
a capacidade de abstracção, enfim, a pensar a própria prática.

5. Acessibilidade e solidez
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Acessibilidade significa compatibilizar os conteúdos com o nível de preparo e


desenvolvimento mental dos alunos. É a dosagem dos conteúdos. É muito comum as escolas
estabelecerem um volume de conteúdos muito acima do que o aluno é capaz de assimilar e
num nível tal que os alunos não dão conta de compreende-los.

Deve-se observar, assim, que um conteúdo demasiado complicado e muito acima da


compreensão dos alunos não mobiliza a sua actividade mental, leva-os a perderem a confiança
de si e a desanimarem, comprometendo a aprendizagem. Por outro lado, se o conteúdo e
muito fácil e simplificado, leva a diminuir o interesse e não desafia o seu desejo de vencê-lo.

Em outras abordagens, o processo de selecção dos conteúdos, recorre-se ao critérios de:


validade, flexibilidade, significação, possibilidade de elaboração pessoal e utilidade.

Validade:

O critério de validade requer que os conteúdos seleccionados sejam dignos de confiança e


representativos. Exige que a estrutura essencial que caracteriza estes conteúdos reflicta, tanto
quanto possível, a utilização da disciplina da qual fazem parte. A actualização é um aspecto a
ser considerado. Os conteúdos nunca deveram ser seleccionados como definitivos e imutáveis,
isto porque a ciência revisa, constantemente, suas conclusões, e o conhecimento aumenta em
ritmo acelerado.

Flexibilidade:

O critério de flexibilidade diz respeito às alterações que se podem realizar em relação aos
conteúdos seleccionados para o trabalho a ser realizado. A escolha deve ser feita de tal modo
que possibilite a cada professor fazer modificações, adaptações, renovações ou
enriquecimentos, a fim de atender às necessidades próprias da classe, de cada aluno, do
próprio conteúdo e da realidade imediata.

Significação:

O critério significação está relacionado ao campo experiencial do aluno. Um conteúdo terá


significado para o aluno quando, além de despertar interesse, leva-o a aprofundar o
conhecimento por iniciativa própria.

Possibilidade de elaboração pessoal:


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Refere-se à recepção, assimilação e transformação da informação pelo próprio aluno. Implica


manejo intelectual que os estudantes devem fazer do conteúdo aprendido, a fim de favorecer
as experiências pessoais.

Utilidade:

O critério de utilidade leva a atender directamente o problema do uso posterior do


conhecimento em situações novas. Na selecção de conteúdos, ele estará presente quando se
harmoniza os conteúdos seleccionados para o estudo, com as exigências e características do
meio em que vivem os alunos.

Organização Sequencial dos Conteúdos

Existem aspectos que devem ser considerados na organização sequencial de conteúdos. Entre
outros destacam-se:

Logicidade: corresponde à sequência lógica em que devem ser organizados os


conteúdos. A sequência deve ser coerente com a estrutura e os objectivos da
disciplina. Vai do simples ao complexo, procurando estabelecer, além de uma
ordenação, uma sequência de ideias.
Gradualidade: diz respeito à distribuição adequada, em quantidade e qualidade, dos
conhecimentos. Visa atender as possibilidades de realização dos envolvidos no
trabalho. Uma primeira noção pode ser apresentada a partir das experiências
anteriores dos alunos.
Continuidade: propicia a articulação entre os conteúdos, de tal forma que estes irão
se completar e integrar na medida em que for se desenvolvendo o trabalho. A
continuidade deve atender o crescimento, à maturidade e aos interesses do aluno.
Integração ou relacionamento: expressa que o assunto tratado no PEA deve ser
apreendido como um todo, em seus aspectos fundamentais, linhas fundamentais. A
integração, que se relaciona com a transferência, no PEA pode ser focalizada sob
quatro aspectos:

a) Integração com a própria disciplina, para que o educando seja levado a apreender os
aspectos básicos e estruturais do que esteja sendo tratado, dando unidade ao mesmo, o que
facilita a compreensão do todo, e o processo de transferência.
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b) Integração com área ou disciplina: fins, que enriquece o que esteja sendo tratado e facilita
a transferência da aprendizagem.

c) Integração com as demais áreas ou disciplinas, que torna mais significativo ainda o que
esteja sendo tratado e mais estimula a transferência da aprendizagem, ajudando a perceber
todos os conhecimentos como interdependentes regidos pelos mesmos princípios lógicos.

d) Integração com a realidade, com o meio em que se vive e com o que no mesmo se passa a
fim de despertar para o sentido da funcionalidade e pragmaticidade dos acontecimentos, de
ajuda ao homem para que possa viver melhor, a fim de tornar a vida mais digna, mais elevada
e mais espiritual.

2.3 Processo De Ensino E Aprendizagem E Sua Importância


Processo de Ensino e Aprendizagem é importância: na medida em que tomamos
conhecimento do mundo em redor (sons, cores, cheiro, tamanho), graças aos órgãos dos
sentidos pela sensação. Aprendizagem é o primeiro elemento que nos põe em contacto com a
realidade e facilitando a apreensão da mesma (aprendizagem).

Referente a importância das sensações, PETROVSKI (op.cit.) afirma ser difícil estimar o
papel das sensações na vida do homem, pois elas são a fonte dos nossos conhecimentos sobre
o mundo e sobre nós próprios.

Percepção: é o acto de organização de dados sensoriais pelo qual conhecemos “a presença


actual de um objecto exterior”: temos consciência da existência do objecto e suas qualidades.

Segundo STRATTON & HAYES (1993:289) define a percepção como um “processo pelo
qual analisamos significados as informações sensoriais que percebemos”.

No Processo de Ensino e Aprendizagem, a percepção está relacionada com a compreensão,


representação e interpretação, análise intelectual do aprendido. A percepção ajuda a
compreensão, análise aprofundada do fenómeno e a chegar a conclusão sobre o mesmo.

A percepção está ligada a atenção. A atenção constitui a fase inicial da percepção e a principal
forma de organização da actividade cognitiva. A atenção é indispensável à percepção,
interpretação, compreensão, imaginação, assimilação, recordação e reprodução. Durante a
aula, a atenção ajuda a compreensão da essência das tarefas, ajuda a sua resolução e
verificação.
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Memória: é a capacidade de lembrar o que foi de algum modo vivido. Ela corresponde as
seguintes operações ou processos: a aquisição, a fixação, a evocação, o reconhecimento e a
localização das informações resultantes de percepções e aprendizagem. A memória facilita a
organização, fixação e retenção do aprendido, assim como a sua evocação, quando essa
informação for necessária. Não haveria evolução dos nossos conhecimentos se na medida que
os adquiríssemos, os perdêssemos. A memória conserva o passado e permite incorporá-lo na
estrutura cognitiva do sujeito.

A memória é “o armazenamento e posterior recuperação da informação”. (STRATTON &


HAYES, 1989:310).

Aquisição: consiste no contacto com a informação.

Fixação: para a fixação exige além da adequada aquisição, a repetição.

Evocação ou reprodução: consiste na lembrança do material fixado. É a reaparição na


consciência de um fenómeno passado. As informações armazenadas tentam a ser evocadas
junto das informações falsas.

Reconhecimento: identificação e uso de informações correctas, e as que vierem unidas são


rejeitados. Consiste em referir ao passado as nossas lembranças, enquadrando-as num
contexto de factos da nossa experiência pessoal.

Localização: consiste em situar as recordações no trama da nossa história interior, em dispô-


las umas às outras, de forma a marcar-lhes o local próprio no tempo e no espaço, para
estabelecer a sua cronologia íntima e pessoal.

A fixação e a evocação serão tanto maiores quanto maior for o significado do material.
Diferentes partes da matéria devem ser relacionadas, matérias diferentes devem ser
articuladas.

Importância

A memória é condição do progresso intelectual: não haveria evolução dos nossos


conhecimentos se à medida que os adquiríssemos, os perdêssemos;
A linguagem seria impossível sem a memória, porque para falar é necessário reter as
palavras e o seu sentido; - Permite aperfeiçoar os nossos actos;
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A personalidade não existiria sem memória, pois é ela que conserva o nosso passado e
permite incorporar no “eu” o que se vai relacionando, para organização da
personalidade.

Quando o aluno não armazena o material aparece o esquecimento. O esquecimento é o


fracasso do esforço evocativo ou impossibilidade de reproduzir o passado.

Na visão de PETROVSKI (1989:310) a memória é a mais importante característica


determinante da vida psíquica do indivíduo. O papel da memória não pode ser reduzido
apenas `a gravação daquilo que foi o passado; mas sim, nenhuma acção actual é possível fora
dos processos da memória, pois a realização de qualquer acto psíquico, mesmo o mais
elementar, pressupõe obrigatoriamente a retenção de cada seu elemento dado a fim de
encadear nos elementos posteriores.

Factores do esquecimento:

Vastidão da matéria;
Irrelevância do conteúdo;
Falta de interesse;
Doenças da memória;
O tempo (as repetições devem ser curtas): a primeira repetição deve ser na aula;
Cansaço.

A matéria fixa-se mais rapidamente quando o aluno compreende o conteúdo. Por isso, o
ensino deve ser compreensível. Por outro, quando menor for as repetições de uma dada
matéria, maior é o esquecimento. Portanto, o esquecimento é maior logo o período após a
seguir a aprendizagem. Recomenda-se que é preciso começar cedo com as repetições e os
exercícios. Mas as repetições devem ser bem estruturadas. Os exercícios fazem o aluno entrar
profundamente na matéria, servem quando bem orientados para reforçar a autoconfiança dos
alunos. Também uma aula anterior (activa) seguida de uma aula menos activa os alunos
tendem a não fixar os conhecimentos; como ainda, uma actividade muito intensiva seguida de
uma aula pode haver dificuldades de retenção.
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3. Conclusão
Feito o trabalho chega se a conclusão que os conteúdos de ensino são o conjunto de
conhecimentos, habilidades, hábitos, modos valorativos e altitudinais de actuação social
organizados pedagógica e didacticamente, tendo em vista a assimilação activa e aplicação
pelos alunos na sua prática da vida.

Falar do Processo de Ensino e Aprendizagem é importância na medida em que tomamos


conhecimento do mundo em redor (sons, cores, cheiro, tamanho), graças aos órgãos dos
sentidos pela sensação.

Aprendizagem é o primeiro elemento que nos põe em contacto com a realidade e facilitando a
apreensão da mesma (aprendizagem).
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4. Referências Bibliografia
ERLEBACH, E. Psicologia. Textos de Estudo II, Halle, Escola Superior de Halle, 1988.

MICHEL e FRANCOIS Gauquelin. Dicionário de Psicologia. São Paulo: Editora Verbo, 1978

PETROVSKY, A et al. Psicologia Geral. Moscovo: Editora Progresso, 1980

PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. Lisboa: Editora Dom Quixote, 1977

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