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Amirasse Baptista Carlos

Aurélio Quirige

Belarmino Bento Iassul

Miguel João Teófilo

Tradição e identidade cultural

(Licenciatura em Ensino Educação Visual; 2º Ano)

Universidade Rovuma

Nampula

2021
Amirasse Baptista Carlos
Aurélio Quirige
Belarmino Bento Iassul
Miguel João Teófilo

Tradição e identidade cultural


(Licenciatura em Ensino Educação Visual; 2º Ano)

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Antropologia cultural a
ser apresentado no Departamento
de FECT, orientado pelo docente:
MA. Jemusse A. Ntunduatha

Universidade Rovuma
Nampula
2021
Índice
Tradição e Identidade Cultural................................................................................................5

A Identidade Cultural..............................................................................................................8

Identidade................................................................................................................................9

Cultura.....................................................................................................................................9

Funções da Cultura................................................................................................................10

1.2.1.Identidade, Tradição.....................................................................................................10

1.3.1 Identidade cultural........................................................................................................11

14.1.Tipos de identidade cultural.........................................................................................13

2.A importância da identidade cultural no século XXI.........................................................14

3.Conclusão...........................................................................................................................14

4.Bibliografia.........................................................................................................................15
Introdução

Perante esta tarefa aborda sobre Tradição e identidade cultural, Antes de mais nada, vale
lembrar que a identidade cultural é um conceito muito abordado nas últimas décadas, no
entanto, ela sempre existiu. Ou seja, desde os primórdios os homens se organizavam em
grupos sociais, os quais compartilhavam informações e identificações com seus membros.

A interacção social entre os seres humanos fez surgir as diversas culturas, ou seja, o conjunto
de costumes e tradições de um povo os quais são transmitidas de geração em geração.

Objectivos gerais

 Conhecer Tradição e identidade cultural.

Objectivo específicos

 Descrever a importância da tradição e identidade cultural.


 Identificar a tradição e cultura.
Tradição e Identidade Cultural
Para que algo se estabeleça como tradição,
é necessário bastante tempo, para que o
hábito seja criado. Diferentes culturas e
mesmo diferentes famílias possuem
tradições distintas. Algumas celebrações e
festas (religiosas ou não) fazem parte da
tradição de uma sociedade. Muitas vezes
certos indivíduos seguem uma determinada
tradição sem sequer pensarem no
verdadeiro significado da tradição em
questão.
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Tradição e Identidade Cultural

Para que algo se estabeleça como tradição, é necessário bastante tempo, para que o hábito seja
criado. Diferentes culturas e mesmo diferentes famílias possuem tradições distintas. Algumas
celebrações e festas (religiosas ou não) fazem parte da tradição de uma sociedade. Muitas vezes
certos indivíduos seguem uma determinada tradição sem sequer pensarem no verdadeiro
significado da tradição em questão

No âmbito da etnografia, a tradição revela um conjunto de costumes, crenças, práticas,


doutrinas, leis, que são transmitidos de geração em geração e que permitem a continuidade de
uma cultura ou de um sistema social.

No contexto do Direito, tradição consiste na entrega real de uma coisa para efeitos da
transmissão contratual da sua propriedade ou da sua posse entre pessoas vivas. A situação
jurídica resulta de uma situação de fato: a entrega. Entretanto, a tradição poderá não ser material,
mas apenas simbólica.

Por outro lado, Trata-se de um termo que convida a pensar em hábitos, valores, crenças, rituais,
práticas e costumes que fazem referência a uma herança cultural e que, seguindo a etimologia da
palavra, foram entregues, transmitidos e transferidos sem que se tivesse uma prova de
autenticidade ou de veracidade, além do prestígio e da garantia de pertença a tempos imemoriais.

A circularidade que as ideias de transmissão e transferência evocam, tanto permitem pensar a


tradição como um fenômeno que conjuga passado e presente como indicam as estratégias que a
sociedade e a cultura utilizam para a sua constante atualização. Alguns desses procedimentos
podem ser lidos em conceituações da tradição que põe em relevo dualidades tais como: civilizado
e primitivo, antigo e novidade, passado e presente e, porque não dizer, entre tradição e
modernidade. Talvez no aprofundamento destas dualidades resida, tanto a desconfiança como a
celebração que foi sendo produzida em torno do termo tradição.

Um dos primeiros embates que põe em questão a tradição ocorre no iluminismo. Advogando a
necessidade de estabelecer princípios racionais de compreensão e organização política e social,
este movimento cultural insurgiu contra as intolerâncias e abusos da igreja e do Estado
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absolutista, propondo a extensão dos princípios e benefícios do conhecimento científico a todos


os campos da vida social. Neste afã e impulsionados pela ideia de progresso, os partidários das
luzes acreditavam que a superação do legado de tradição e superstição que havia governado a
cultura ocidental, até aquele momento, conduziria a sociedade a um estado de esclarecimento e
de constante aperfeiçoamento. Deste modo o que se verifica, em contrapartida, é uma rejeição à
tradição em face das dificuldades para explicar a sua incomensurabilidade por meio dos critérios
de razoabilidade propostos pela Era da Razão.

Deste modo e como assinala Santos, quando uma determinada forma de compreensão da
realidade se impõe sobre as demais, ocorre a gradativa redução das outras partes à condição de
Abbagnano, 2000 p. 967 41 Santos, 2006a p. 102-105117 não existência.

É neste percurso que a ideia de tradição, na modernidade ocidental, deixa de ser válida como
condição explicativa do real, ao tempo que passa a ser associada à ideia de erro a ser corrigida
pela imposição da razão moderna como medida e como norma.

Na percepção individual ou coletiva da identidade, a cultura exerce um papel principal para


delimitar as diversas personalidades, os padrões de conduta e ainda as características próprias de
cada grupo humano. A influência do meio constantemente modifica um ser já que nosso mundo é
repleto de inovações e características temporárias, os chamados "modismos". No passado, as
identidades eram mais conservadas devido à falta de contato entre culturas diferentes; porém,
com a globalização, isso mudou, fazendo com que as pessoas interagissem mais entre si e com o
mundo ao seu redor. Uma pessoa que nasce em um lugar absorve todas as características desteː
entretanto, se ela for submetida a uma cultura diferente por muito tempo, ela adquirirá
características do novo local onde está agregada.

Celebração apache contemporânea. Os apaches são um exemplo de povo ameríndio que procura


preservar sua identidade cultural.

Segundo Stuart Hall (1999), uma identidade cultural enfatiza aspectos relacionados a nossa


pertença a culturas étnicas, raciais, linguísticas, religiosas, regionais e/ou nacionais. Ao analisar a
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questão, este autor focaliza particularmente as identidades culturais referenciadas às culturas


nacionais. Para ele, a nação é além de uma entidade política – o Estado –, ela é um "sistema de
representação cultural" (grifos do autor). Noutros termos, a nação é composta de representações e
símbolos que fundamentam a constituição de uma dada identidade nacional. Segundo Hall
(1999), as culturas nacionais produzem sentidos com os quais podemos nos "identificar" (grifo do
autor) e constroem, assim, suas identidades. Esses sentidos estão contidos em histórias, memórias
e imagens que servem de referências, de nexos para a constituição de uma identidade da nação.

Entretanto, segundo Hall (1999), vivemos atualmente numa "crise de identidade" que é
decorrente do amplo processo de mudanças ocorridas nas sociedades modernas. Tais mudanças
se caracterizam pelo deslocamento das estruturas e processos centrais dessas sociedades,
abalando os antigos quadros de referência que proporcionavam aos indivíduos uma estabilidade
no mundo social. A modernidade propicia a fragmentação da identidade. Conforme ele, as
paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade não mais fornecem
"sólidas localizações" para os indivíduos. O que existe agora é descentramento, deslocamentos e
ausência de referentes fixos ou sólidos para as identidades, inclusive as que se baseiam numa
ideia de nação

A Identidade Cultural
Quando alguém diz que é Docente ou Estudante; Jornalista; Shangana, Português ou Chinês; é
Cristão, é Feminista ou Machista, estas expressões antecipam-se a um conjunto de diferentes
níveis de Identidade: Identidade Colectiva, Identidade Étnica, Identidade de Género, Identidade
Profissional, Identidade Nacional, Identidade Pessoal, Identidade Comportamental, Identidade
Religiosa, etc. Como pode se notar, existem vários tipos de identidade. Todos eles expressam a
pertença a um grupo ou categoria de pessoas.

O conceito de diversidade cultural está intimamente ligado ao de identidade. Ele aponta para a
variedade de culturas existentes no mundo, as quais foram surgindo pela interação desenvolvida
entre os seres e o meio ambiente.
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Identidade
A palavra identidade está associada, historicamente, ao que algo é. Na Filosofia, a essência é a
definição do que algo é, ou seja, a identidade é a definição da essência. A identidade cultural não
está distante da definição de identidade, pois ela é a identificação essencial da cultura de um
povo. O que um povo produz linguística, religiosa, artística, científica e moralmente compõe o
seu conjunto de produção cultural. Esse conjunto tende a seguir certos padrões dentro de
sociedades, o que cria um aspecto identitário para as culturas de determinadas sociedades.

Cultura
Enquanto a cultura constitui uma referência básica para o entendimento do social e do político,
definindo a matriz e o suporte da identidade, da tradição e da memória de qualquer povo e de
qualquer sociedade. Na verdade, a realidade social está estmturada em dispositivos que
constituem o campo em cujo seio se manifestam as interacções e os fenômenos, quer individuais,
quer colectivos; esta estmturação manifesta-se em diversos níveis: no nível global, no nível
institucional e no nível ambiental. Estes diversos níveis interpenetram-se e coexistem. Na sua
base, situa-se a cultura que, não sendo uma realidade em si mesma, configura a realidade,
tomando-a social, através de um conjunto complexo de factores, tais como as diversas
aprendizagens respeitantes à maneira de ser social dos indivíduos e dos gmpos, numa sociedade
determinada. Em sentido sociológico, podemos dizer que a cultura é tudo aquilo que os homens
criaram ao longo do tempo e em todos os domínios, numa dada sociedade. É, portanto, todo um
conjunto de elementos de ordem material e mental, algo que, através da sociedade, se recebe do
assado, sofrendo naturais alterações, quer por abandono de certos elementos, quer por absorção
de elementos novos.

A par da definição de Tylor outras vingaram. Para Linton (1945), a cultura tinha a ver com a
maneira de se viver numa determinada sociedade. Na perspectiva de Linton, a cultura é o
conjunto de comportamentos apreendidos, compartilhados e transmitidos aos membros de uma
sociedade; é, pois, uma herança social, segundo Linton. Outro antropólogo americano,
Malinowski (1947), baseou a sua definição de cultura na função dos factos, enquanto elementos
culturais. A sua teoria é a de que a cultura é um sistema capaz de responder às necessidades
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humanas. Estas são de três tipos: básicas (alimentação), derivadas (comunicação, educação) e
integradoras (religião).

Funções da Cultura
A cultura desempenha várias funções psicossociais. Socialmente, a cultura tem como função
reunir uma variedade de pessoas numa colectividade específica, favorecendo a adaptação do
homem ao seu meio ambiente e ao conjunto das realidades com que tem de viver

1.2.1.Identidade, Tradição
Através da identificação, isto é, da conquista da identidade, da maneira de pensar, de agir e de
sentir que lhes são comuns, a cultura dá às pessoas que integram uma determinada colectividade
uma identidade colectiva, numa linha de tradição e de memória. Para tal, a cultura apoia-se em
factores objectivos mas que, através dela e nela, ganham uma significação mais cultural.

A tradição e a memória são alargadas. Por exemplo, os laços de sangue são transformados através
da cultura em laços de parentesco; a coabitação geográfica em pátria, nação e propriedade; a
divisão do trabalho em hierarquia social, prestígio social e classe social.

A cultura propõe também modelos, enquanto processos de continuidade da tradição, de modo a


consumirem-se novos modos de vida. Contém e reinterpreta valores de modo mais ou menos
sistemático, oferece aos indivíduos escolhas e opções entre valores dominantes e outros.

Esta escolha não é, porém, ilimitada e as opções também são restritas, embora umas sejam mais
privilegiadas do que outras. A cultura é um universo mental, moral e simbólico comum a uma
pluralidade de pessoas em função do qual podem comunicar entre si, reconhecer laços, interesses
comuns, divergências e opiniões, sentindo- -se cada um individualmente e todos colectivamente
como membros de uma entidade que lhes é superior, chamada campo, colectividade ou
sociedade.

A função psicológica da cultura tem a ver com a sua função de formar a personalidade de cada
indivíduo. É como que um molde que lhes propõe modos de pensar, conhecimentos, ideias,
maneiras de se exprimir, formas de gostar, meios para satisfazer necessidades fisiológicas, etc.
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Kardiner integra esta função no conceito-chave de personalidade de base. Assim, uma criança
que nasce e cresce numa cultura particular vai gostar de determinados pratos, comer de
determinada forma, ligar sentimentos a certas cores, casar de determinada maneira. Se a mesma
criança fosse colocada noutra cultura, apôs ter nascido, iria provavelmente gostar de outra
comida, provavelmente usar outros talheres e casar de outro modo.

1.3.1 Identidade cultural


É, justamente, esse padrão que identifica uma produção cultural a certo grupo social. Por
exemplo, podemos associar certos tipos de roupas e um ritmo musical específico à cultura hip
hop, que surgiu nos centros urbanos a partir da década de 1980. Também identificamos
algumas pinturas corporais como dos índios habitantes das aldeias indígenas brasileiras, assim
como e identificamos as flautas feitas de bambu tocadas em certos ritmos com os nativos do
território boliviano. A identidade cultural funciona, portanto, criando laços que ligam certos
elementos a povos específicos.

A identidade refere-se a alma colectiva, é a sobrevivência de uma referência gloriosa do passado.


Geralmente a identidade procura a permanência ou a afirmação de um grupo ou de uma pessoa.
Muitas vezes, os traços ressaltados são escolhidos de entre os que são considerados positivos ou
vantajosos para a afirmação dos grupos. Nenhum grupo quer projectar aspectos negativos ou que
lhe proporcionem uma posição subalterna.

A identidade é também negociada, porque pode ser firmada na diversidade. Por exemplo, a
Comunidade Lusófona, a Comunidade Europeia). Por exemplo, esta última procura projectar-se
através de uma concórdia, uma democracia, uma moeda e um mercado comum, mesmo que isso
não signifique que todos os europeus se comportem da mesma maneira. A identidade é uma
definição de “nós” em função dos conteúdos das relações para com os “outros”.

A identidade constrói-se historicamente, portanto, está em constante mudança, apesar da sua


aparente permanência no tempo. Ex: os Zulus de ontem não são os mesmos de hoje. A identidade
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constrói socioculturalmente a semelhança interna de um grupo pensado como homogéneo


(mesmo que não o seja, como ficou vincado com o exemplo da Comunidade Europeia), e a
diferença (heterogeneidade e diversidade) face a outros grupos. A identidade alimenta-se da
alteridade, isto é, a identidade é sempre firmada pela presença de um grupo diferente, mas com
referenciais idênticos. O médico o é, em relação ao enfermeiro.

A identidade pode ser objectivada, isto é, pensada como continuidade da base ecológica
(território, meio natural), da base social (população), da base temporal (história) e da base
cultural (traços culturais). Mas também pode ser subjectivada, através da construção da diferença,
no auto definição da imagem endógena ou interna, na definição da imagem exógena e no
sentimento de identificação e pertença. Neste segundo processo podem ser utilizados
instrumentos de autores conhecimento (ex.: bandeira, escudos, mitos, ícones, folclore, leis, etc.).
Como você pode notar, muitos destes elementos têm uma grande força comunicativa e
condensam ideias, imagens e significados interiorizados por um dado grupo. Assim, enquanto a
cultura é modo de vida de um grupo humano, a identidade é a representação da cultura de um
grupo humano.

A identidade expressa o sentimento de pertença de uma pessoa a algo. Por isso, existem
diferentes tipos de identidade, definidos pelo tipo de pertença: profissional, territorial, étnica,
linguística, religiosa, etc. A identidade é construída e procura formar as bases de sobrevivência de
um grupo em relação aos outros, daí que sejam escolhidos os aspectos positivos. Ela é objectiva
quando os traços até aí existentes são objectivamente imutáveis, como o território de origem ou a
história de um povo e subjectiva, quando os elementos postos em consideração são permutáveis.
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14.1.Tipos de identidade cultural

 Religiosidade
 Artes plásticas
 Música
 Culinária

É difícil delinear exemplos claros de identidade cultural, visto que a cultura é um termo muito
amplo e maleável. No entanto, alguns aspectos culturais podem ser separados e postos como
exemplos de elementos identitários de determinadas culturas. Listamos a seguir alguns exemplos
de identidade cultural que são associados a algumas culturas:

 Religiosidade: as diversas religiões são elementos identitários de certos grupos


culturais. Cristãos (católicos, protestantes ou espíritas), judeus, muçulmanos,
candomplecistas, budistas, hinduístas ou qualquer outra denominação religiosa
compreedem grupos identitários que se relacionam a determinadas culturas.
 Artes plásticas: os arte fatos produzidos por artistas plásticos e artesãos também são
fortes elementos de identidade cultural de um povo. Os adereços corporais, a pintura e
a escultura podem representar de maneira efetiva uma cultura.
 Música: é um elemento de identidade cultural muito eficaz. De acordo com o ritmo
ou com os instrumentos utilizados, é possível estabelecer de onde a música se
originou, havendo uma noção de identidade cultural implícita nessa relação. A música
sertaneja composta por viola caipira, por exemplo, remete ao sertão do Brasil,
enquanto os ritmos rápidos com tambores e chocalhos remetem aos ritmos africanos
ou de origem africana.
 Culinária: forte elemento de identidade cultural. É comum associarmos as massas à
culinária italiana, o bacalhau à culinária portuguesa, o sushi à culinária japonesa, a
paella à culinária espanhola, a feijoada à culinária brasileira e a cerveja à culinária
alemã. Os hábitos culinários dizem muito a respeito da cultura em questão
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2.A importância da identidade cultural no século XXI

O século XXI vivencia o ápice da globalização. O fenómeno da globalização começou com força
na década de 1960, período da Guerra Fria (quando Estados Unidos e União Soviética
disputavam a hegemonia do poder político no mundo). Com o fim da União Soviética, no final da
década de 1980, o capitalismo estadunidense passou a dominar as relações comerciais e políticas.

Com isso, houve uma invasão da cultura norte-americana em países da América do Sul, países
africanos e países orientais. Essa invasão da cultura norte-americana como modo cultural
hegemónico ocasionou uma mudança de perspectiva, que colocou o hábito cultural imposto no
lugar do hábito cultural tradicional.

Podemos perceber, por exemplo, que o gosto musical dos brasileiros mudou ao longo dos tempos.
Se até a década de 1960 os brasileiros consumiam mais uma música brasileira de origem
regional, a partir dessa década, passou-se a ouvir mais músicas estrangeiras. Com o fenómeno da
importação de filmes e programas televisivos dos Estados Unidos e, a partir dos anos 2000, com
o advento da popularização da internet, a música consumida pela população brasileira sofreu uma
influência norte-americana muito maior.

3.Conclusão

Conclui-se que a identidade cultural é, justamente, esse padrão que identifica uma produção
cultural a certo grupo social. Por exemplo, podemos associar certos tipos de roupas e um ritmo
musical específico à cultura, que surgiu nos centros urbanos a partir da década de 1980. Também
identificamos algumas pinturas corporais como dos índios habitantes das aldeias indígenas
brasileiras, assim como e identificamos as flautas feitas de bambu tocadas em certos ritmos com
os nativos do território boliviano. A identidade cultural funciona, portanto, criando laços que
ligam certos elementos a povos específicos.
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4.Bibliografia

Tradition and Living Magisterium The Catholic Encyclopedia, (em inglês) Última edição a 10 de
outubro de 2019, às 13h05min

BERNARDI, B. Introdução aos Estudos Etno-Antropológicos. Lisboa, Edições 70, 1974, p. 19-
119.

MARTÍNEZ. Pe. Francisco Lerma. Antropologia Cultural. SMSto. Agostinho da Matola: S/Ed,
2004, p. 28-54.

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